VII ESCOLA DE VERÃO EM EDUCAÇÃO QUÍMICA - 25 à 28 de janeiro de 2011

ÁGUA RECURSO NATURAL COMO TEMA GERADOR DO CONHECIMENTO QUÍMICO.

Anderson de Oliveira Santos1* (IC), Jadson Luan dos Santos1 (IC), Djalma Andrade1(PQ).

1) Departamento de Química – Universidade Federal de Sergipe - Av Marechal Rondon, s/n-Jardim Rosa Elze - CEP 49100-000 - São Cristóvão-SE. andersonoliveira.sergipe@bol.com.br

Palavras-Chave: ensino CTS, aprendizagem significativa.

Introdução e Metodologia

O Ensino de Ciências tem sido freqüentemente conduzido de forma desinteressante e pouco compreensível. Muitas práticas, ainda hoje, são baseadas na mera transmissão de informações, tendo como recurso exclusivo o livro didático. O aluno passa a ser um receptor estático de conteúdos sem significado e não um sujeito ativo em seu processo de aprendizagem. Com as reformas educacionais a orientação é buscar um ensino de Ciências que contribua para a formação de cidadãos mais conscientes e críticos frente às aplicações e implicações da ciência e da tecnologia na sociedade. Essa perspectiva se insere nas orientações do movimento Ciência-Tecnologia e sociedade – CTS - para o currículo de ciências, que envolve os alunos em experiências e assuntos que são pertinentes e relevantes ao seu dia-a-dia, possibilitando a interligação com outras disciplinas, contribuindo para despertar o interesse e motivar o aprendizado. Existe um consenso entre os educadores sobre a importância de se ensinar conhecimentos químicos inseridos em um contexto social, político, econômico e cultural, mas nem sempre, o ensino de Química contempla a preocupação de educar para a cidadania. Assim, a formação do cidadão precisa estar centrada na inter-relação de dois componentes básicos: a informação química e o contexto social, ou seja, para participar da sociedade, o indivíduo precisa não só compreender química, mas também a sociedade na qual está inserido. Tais componentes precisam ser abordados de forma integrada, o que implica, necessariamente, a adoção de temas sociais. Essa abordagem através de temas sociais é importante para permitir a contextualização do conteúdo e o desenvolvimento de habilidades essenciais ao cidadão. Este estudo é parte de uma pesquisa mais ampla realizada pelos bolsistas do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação á Docência/PIBID/CAPES, da Universidade Federal de Sergipe, na área de Química e foi realizado com 25 alunos de uma escola da rede pública estadual de ensino de Aracaju/Se com o objetivo de identificar as concepções dos alunos sobre “poluição”. Um questionário foi o instrumento de coleta de dados, seguido de intervenções do professor em sala de aula.

Resultados e Discussão

Da clientela pesquisada – Há uma predominância do sexo feminino (57,2%), a faixa etária de idade da maioria está entre os 16 a 17 anos (66,67%). Dos pesquisados 52,4% têm noções de informática e 76,19% têm acesso regulamente à Internet. b) Das concepções prévias dos pesquisados Para 57,2% o rio próximo da comunidade deles está poluído e 42,8% não sabem ou não informaram; 42,8% afirmaram que contribuem para a poluição do bairro. A concepção dos pesquisados sobre poluição está associada a “tudo que faz mal ao planeta” (50,0%) e 28,5% associaram a poluição das águas. c) As concepções dos pesquisados após intervenções do professor, feitas numa abordagem CTS, considerando aspectos sociais e químicos foram mais estruturadas e 69,2% associaram “a tudo que afeta o planeta e prejudica os seres humanos, animais e os rios”. As respostas dos pesquisados revelam concepções de poluição geradas num meio social, ou seja, concepções que sofrem influência de fatores que constituem a cultura da qual faz parte. Houve uma maior conscientização da responsabilidade de cada um no processo de poluição do bairro e do rio (66,66%).

Conclusões

Os resultados nos permite considerar que:

deve ser preocupação constante do professor descobrir recursos para despertar no discente o desejo de aprender;

quando o material é potencialmente significativo pode promover a motivação e esta é fundamental ao ensino porque dirige a ação do educando para o aprendizado;

aulas mais dinâmicas podem contribuir para tornar a química mais interessante.

Agradecimentos

Agradecemos aos alunos e a equipe pedagógica do Colégio Estadual Paulino Nascimento pelo apoio e ao PIBID/CAPES/UFS/Química pela oportunidade de reflexão sobre o ensino de química. _________________________________________ 1- MOREIRA, M. A. Aprendizagem significativa; a teoria de David Ausubel. São Paulo: Centauro, 2001.