Água: da sedentarização à transposição

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O PROCESSO DE

SEDENTARIZAÇÃO

O Neolítico ou Pedra Polida (10 mil – 4 mil a.C.):

Fabricação de artefatos mais cortantes (polimento);

REVOLUÇÃO NEOLÍTICA – desenvolvimento da agricultura;

Desenvolvimento do pastoreio; Sedentarização (margens dos rios); Produção de excedentes; Aumento da população e da média de vida; REVOLUÇÃO URBANA - primeiras cidades;

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AS CIVILIZAÇÕES ORIENTAIS E O CRESCENTE

FÉRTIL

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EGITO:

“dádiva do Nilo”

O Crescente Fértil

• Berço das primeiras civilizações;

• Impérios TEOCRÁTICOS de REGADIO;- Líder = Deus ou representante dele;- Aproveitamento de cheias dos rios

- Civilizações fluviais;

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“A ÁGUA É O PRINCÍPIO

DE TUDO”Tales de Mileto

Pré-socráticos (séc. VII a V a.C): De Tales de Mileto a Sócrates. A filosofia se ocupa da natureza e da origem das coisas.

Querem descobrir, com base na razão e não na mitologia, a substância primordial (arché, em grego) existente nos seres materiais, ou seja, a matéria-prima de que são feitas as coisas.

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Tales de Mileto

Na busca de fugir das antigas explicações mitológicas sobre a criação do mundo, Tales queria descobrir um elemento físico constante em todas as coisas.

Concluiu que a água é a substância primordial, a origem única de todas as coisas.

Para ele, a água permanece a mesma, em todas as transformações dos corpos, apesar dos diferentes estados: sólido, líquido e gasoso.

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NO BRASIL SEISCENTISTA

é preciso acompanhar os rios...

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PECUÁRIA NO

“NORDESTE”

o processo de

sedentarização dos sertões.

1. Carta Régia de 1601a. A “concorrência com a cana-de-açúcar”

2. Facilidade de obtenção de terras;3. Papel das Entradas/Bandeiras;4. A criação da Fazenda de gado (Currais de

Gado) exige pouco capital;5. O Rio São Francisco - o rio dos “currais”.6. As oportunidades de ascensão social – a

“quarteação”;

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RIO SÃO FRANCISCO

dando origem...

A civilização do Couro, como afirmava o historiador Capistrano de Abreu

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A “CIVILIZAÇÃ

O” DO COURO

De couro era a porta das cabanas, o rude leito aplicado ao chão duro, a mais tarde cama para os partos; de couro todas as cordas, a borracha de

carregar água, o mocó ou alforje para levar comida, a maca para guardar roupa, a mochila para milhar

cavalo, a peia para prendê-lo em viagem, as bainhas de faca, as bruacas a surrões, a roupa de entrar no mato, os banguês para curtume ou para apurar sal; para os açudes, o material de aterro era levado em couros puxados por juntas de bois que calcavam a terra com o seu peso; em couro pisava-se tabaco

para o nariz... Capistrano de Abreu

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OU “O OUTRO BRASIL”COMO AFIRMAVA EUCLIDES DA CUNHA

EUCLIDES DA CUNHA

Principais obras: Os sertões (1902); Contrastes e confrontos (1907); À margem da história (1909).

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O REPORTER DA GUERRA

Em 1897, graças a artigos publicados no jornal O Estado de São Paulo, recebe um convite para ir ao front de Canudos (no sertão baiano), como correspondente de guerra. Assistiu aos últimos dias da resistência do arraial sertanejo e escreveu suas reportagens ainda dentro de uma ótica republicana radical. Nos anos seguintes, refletiu melhor sobre o que havia presenciado e o resultado = um livro monumental cheio de paixão, ciência e amargura: Os sertões (1902).

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“Quem volta da região

assustadoraDe onde eu

venho, revendo inda na mente,Muitas cenas do

drama comoventeDa guerra

despiedada e aterradora.”

A composição de Os sertões Proposta: explicar racionalmente a “grande tragédia nacional” que observara. Pede ajuda à ciência da época. Estuda geografia, botânica, antropologia, sociologia, etc. Fontes exclusivamente européias, impregnadas da perspectiva colonialista (Europa imperialista). Resultado = erros interpretativos do autor, sobretudo nas duas primeiras partes de sua obra.

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O DETERMINISM

O GEOGRÁFICO

O homem é produto do meio natural. O clima desempenha papel preponderante na formação do meio.

Existe a impossibilidade de se constituir uma verdadeira civilização em zonas tórridas como o sertão.

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O DETERMINISM

O RACIAL

Os cruzamentos raciais enfraquecem a espécie.

O sertanejo é caso típico de hibridismo racial (composto de elementos de origem diversa).

A miscigenação induz os homens à bestialidade e a toda espécie de impulsos criminosos.

“De sorte que o mestiço – traço de união entre as raças – é quase sempre um

desequilibrado (...) sem a energia física dos ascendentes selvagens, sem a altitude intelectual dos ancestrais superiores.”

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Os sertões adquire, assim, um caráter de denúncia. Trata-se de um “grito de aviso à consciência nacional”. Tal perspectiva é anunciada na nota preliminar que abre o livro:

“Aquela campanha lembra um refluxo para o passado. E foi, na significação integral da

palavra, um crime. Denunciemo-lo.”

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A INTERPRETAÇÃ

O DO BRASIL

Para Euclides, as duas sociedades brasileiras, separadas pela raça, pelo meio e pela história, deveriam se aproximar e se integrar pacífica e lentamente. Sob esse prisma, a perspectiva de aproximação entre os dois Brasis, defendida pelo escritor na sua obra-prima, se tornaria, depois de 1930, o projeto político nuclear da nação.

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A IMPORTÂNCIA SOCIOLÓGICA DA OBRA “OS

SERTÕES”

“Escrevi este livro para o futuro”

(Euclides da Cunha)

Põe em xeque todas as concepções que a intelectualidade brasileira tinha a respeito de

seu próprio país, passando a influenciar decisivamente a discussão política sobre os

destinos da nação. Influencia, de forma marcante, o chamado “Romance de 30” a as primeiras possibilidades de criação dos mitos

de identidade nacional.