Agronegocio Brasil em Foco

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Abril de 2012 Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos Panorama Macroeconômico Esses primeiros meses do ano têm sido marcados pela elevada volatilidade em relação à leitura da economia mundial, mais recentemente, destacamos a redução do otimismo com o crescimento dos EUA e da China, ao mesmo tempo em que a preocupação com a sustentabilidade da Espanha voltou a ganhar peso. Com isso, os preços de commodities metálicas cederam nesse período, sendo que até os preços agrícolas foram contaminados, ainda que em menor magnitude. O mercado do petróleo também mostrou algum arrefecimento, refletindo as incertezas com a recuperação mundial e a ameaça de liberação de reservas estratégicas por parte dos EUA e do Reino Unido. No Brasil, as discussões continuam na intensidade e velocidade da reaceleração da atividade econômica alinhadas com as dúvidas relacionadas à demanda mundial e novos estímulos para o crescimento da indústria nacional. Em relação a inflação, as últimas informações continuaram apontando desaceleração importante em dozes meses, com forte ajuste para baixo nas expectativas para esse ano conforme tem mostrado o relatório Focus do Banco Central. AGRONEGÓCIO BRASIL EM FOCO AGRONEGÓCIO BRASIL EM FOCO Sumário Executivo Soja Preços devem receber pressão de alta nos próximos meses, alavancados pela incorporação no relatório do USDA das perdas na América do Sul e pela redução de área de soja em favor do milho nos EUA. Milho Aumento da expectativa de produção para a 2ª safra de milho, associada ao incremento de área plantada nos EUA, deve pressionar preços para baixo nos próximos meses. Mas baixa relação estoque consumo dará piso às cotações. Café A 2ª estimativa oficial da safra brasileira de café será divulgada pela Conab em 10 de maio. Os preços devem registrar volatilidade esperando a entrada da safra brasileira em maio. Boi Preços do boi seguem tendência sazonal de baixa, refletindo o aumento da oferta de animais prontos para abate, que antecede a entrada do clima seco do inverno.

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Soja Preços devem receber pressão de alta nos próximos meses, alavancados pela incorporação no relatório doUSDA das perdas na América do Sul e pela redução de área de soja em favor do milho nos EUA.Milho Aumento da expectativa de produção para a 2ª safra de milho, associada ao incremento de área plantada nosEUA, deve pressionar preços para baixo nos próximos meses. Mas baixa relação estoque consumo dará pisoàs cotações.Café A 2ª estimativa oficial da safra brasileira de café será divulgada pela Conab em 10 de maio. Os preços devemregistrar volatilidade esperando a entrada da safra brasileira em maio.Boi Preços do boi seguem tendência sazonal de baixa, refletindo o aumento da oferta de animais prontos paraabate, que antecede a entrada do clima seco do inverno.

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Page 1: Agronegocio Brasil em Foco

Abril de 2012

Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos

Panorama Macroeconômico

Esses primeiros meses do ano têm sido marcados pela elevada volatilidade em relação à leitura da economia

mundial, mais recentemente, destacamos a redução do otimismo com o crescimento dos EUA e da China, ao

mesmo tempo em que a preocupação com a sustentabilidade da Espanha voltou a ganhar peso. Com isso, os

preços de commodities metálicas cederam nesse período, sendo que até os preços agrícolas foram

contaminados, ainda que em menor magnitude. O mercado do petróleo também mostrou algum arrefecimento,

refletindo as incertezas com a recuperação mundial e a ameaça de liberação de reservas estratégicas por parte

dos EUA e do Reino Unido.

No Brasil, as discussões continuam na intensidade e velocidade da reaceleração da atividade econômica

alinhadas com as dúvidas relacionadas à demanda mundial e novos estímulos para o crescimento da indústria

nacional. Em relação a inflação, as últimas informações continuaram apontando desaceleração importante em

dozes meses, com forte ajuste para baixo nas expectativas para esse ano conforme tem mostrado o relatório

Focus do Banco Central.

AGRONEGÓCIO BRASIL EM FOCO AGRONEGÓCIO BRASIL EM FOCO

Sumário Executivo

Soja

Preços devem receber pressão de alta nos próximos meses, alavancados pela incorporação no relatório do

USDA das perdas na América do Sul e pela redução de área de soja em favor do milho nos EUA.

Milho

Aumento da expectativa de produção para a 2ª safra de milho, associada ao incremento de área plantada nos

EUA, deve pressionar preços para baixo nos próximos meses. Mas baixa relação estoque consumo dará piso

às cotações.

Café

A 2ª estimativa oficial da safra brasileira de café será divulgada pela Conab em 10 de maio. Os preços devem

registrar volatilidade esperando a entrada da safra brasileira em maio.

Boi

Preços do boi seguem tendência sazonal de baixa, refletindo o aumento da oferta de animais prontos para

abate, que antecede a entrada do clima seco do inverno.

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Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos

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2*

em mil hectares Fonte e Projeção: ConabÁrea Plantada no Brasil com Soja - 1990 - 2011

Fonte e Projeção(*): Conab

Elaboração: BRADESCO

15.394

19.419

23.04225.05925.934

23.19026.160

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58.39260.018

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*em mil toneladas

Fonte e Projeção: CONAB Elaboração: BradescoProdução Nacional de Soja 1990 - 2012

Fonte e Projeção(*): Conab

Elaboração: BRADESCO

Área Plantada no Brasil

com Soja - 1990 – 2012

Em mil hectares

Produção Nacional de Soja

1990 – 2012 – em mil

toneladas

Fundamentos Como já era esperado, o relatório do USDA divulgado em 10 de abril trouxe novas revisões para baixo

para a safra brasileira de soja, convergindo para o número esperado pela Conab. A produção no Brasil foi

revisada em menos 2,5 milhões de toneladas em relação ao levantamento do mês anterior e menos 1,5

milhão de toneladas na Argentina.

Assim, o novo levantamento reduziu a expectativa de produção global de soja em 24 milhões de

toneladas comparativamente à safra anterior, o que representa uma retração de 9%. Com isso, a

expectativa da relação estoque consumo passou de 22,5% em março para 21,9% em abril, apontando

uma piora significativa em relação à safra passada que foi de 27,3%.

A Conab também revisou a safra brasileira de soja, em fase de colheita, agora para 65,6 milhões de

toneladas, um recuo de 3 milhões de toneladas ou 4,6% menor em relação ao levantamento anterior,

incorporando as novas previsões de perdas no Sul. A quebra é mais acentuada na região Sul (-38,4) e no

Mato Grosso do Sul (-10,9%), comparativamente à safra anterior, afetados pela estiagem ocorrida entre

novembro e janeiro.

Os próximos relatórios tanto da Conab quanto do USDA ainda podem incorporar mais perdas para a soja,

em razão do clima ainda seco. No Brasil, 79% da área plantada com soja já está colhida, contra média de

77% do mesmo período do ano passado. No Rio Grande do Sul, até o final de março, 40% da área já

estava colhida, porém 60% ainda está em fase de maturação, e com a continuidade do clima seco, as

perdas poderão ser maiores e deverão ser incorporadas nos próximos relatórios.

Em 30 de março o USDA divulgou o relatório de intenção de plantio nos EUA para a próxima safra

2012/13, apontando intenção de redução de 1% na área com soja, em favor do milho, para o qual a

intenção é de elevação de 4%, ambos na comparação com a área plantada na última safra. A real área

plantada nos EUA será conhecida no relatório do USDA de 30 de junho.

Neste contexto, os preços internacionais devem continuar acelerando, impulsionando os preços

domésticos, dado que os fundamentos do lado da oferta estão altistas e os próximos relatórios podem

apontar reduções adicionais.

2

Soja – Preços devem receber pressão de alta nos próximos

meses, alavancados pela incorporação no relatório do USDA das

perdas na América do Sul e pela redução de área de soja em favor

do milho nos EUA

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Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos

1.580

2.027

2.1502.1792.221

2.175

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2.3842.3672.395

2.751

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2.339

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1

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2*

em kg por ha Fonte e Projeção: Conab Elaboração: Bradesco Produtividade da lavoura de soja - 1990 - 2012

Produtividade da

lavoura de soja

1990 – 2012

em kg por ha

Fonte e Projeção(*): Conab

Elaboração: BRADESCO

18,0

15,7

19,0

16,8

26,6

20,0

43,9

32,4

44,0

48,2

34,5

27,0

31,8

24,2

26,2

22,6

28,6

27,0

42,1

44,4

39,8

30,6

45,7

43,5

47,9

10,0

15,0

20,0

25,0

30,0

35,0

40,0

45,0

50,0

55,0

jan/00 jan/01 jan/02 jan/03 jan/04 jan/05 jan/06 jan/07 jan/08 jan/09 jan/10 jan/11 jan/12

SOJA EM GRÃO PREÇO AO PRODUTOR - PRAÇA PR

em R$ por saca de 60 kg Fonte: Deral PR Elaboração e Projeção: Bradesco

dez/12Fonte : Deral

Elaboração e Projeção: BRADESCO

Preço de soja em grão ao

produtor – Praça Paraná -

2000 – 2012

em R$ por saca de 60 kg

21,4

24,2

27,1

24,3 23,7

33,3 33,0

28,3 27,8

37,0

23,4

20,3

25,6

38,837,9

30,8

39,240,0

73,3%

-3,3%

-25,3%

5,2%

63,8%

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38,5%43,7%

-40%

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Margem Operacional em %

Custos e Preços ao Produtor em R$ sc 60 kg

Fonte: Conab Elaboração: BradescoMargem Operacional Soja - Mato Grosso - 2003 - 2012

Custo Operacional

Preço ao Produtor

Margem Operacional

Fonte : Conab, Deral

Elaboração e Projeção(*): BRADESCO

Margem Operacional

Soja- Mato Grosso –

2003 – 2012 Custos e

Preços ao Produtor

em R$ por saca 60 kg

– Margem

Operacional em %

3

Page 4: Agronegocio Brasil em Foco

Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos

Milho – aumento da expectativa de produção para a 2ª safra,

associada ao incremento de área plantada com milho nos EUA

devem pressionar preços para baixo nos próximos meses. Mas

baixa relação estoque consumo dará piso às cotações.

13.451

14.027

12.436

14.15214.282

13.75713.799

11.391

12.51312.758

12.973

12.319

13.226

12.783

12.208

12.964

14.055

14.766

14.172

12.994

13.806

15.652

10.000

11.000

12.000

13.000

14.000

15.000

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0

10/1

1

11/1

2*

em mil hectares

Fonte e Projeção: Conab

Área Plantada no Brasil com Milho 1990 - 2011

Fonte e Projeção(*): Conab

Elaboração : BRADESCO

Área Plantada no Brasil

com Milho 1990 – 2012

em mil hectares

24.096

30.77129.208

33.174

37.442

32.405

35.716

30.188

32.39331.641

42.290

35.281

47.411

42.129

35.007

42.515

51.370

58.652

51.004

56.018

57.407

65.144

20.000

30.000

40.000

50.000

60.000

70.000

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*em mil toneladas Fonte e Projeção: Conab

Produção Nacional de Milho - 1991 - 2012

Fonte e Projeção(*): Conab

Elaboração : BRADESCO

Produção Nacional de

Milho 1991 – 2012 em

mil toneladas

Fundamentos O USDA manteve a expectativa de produção global de milho no relatório de 10 de abril, estável

comparativamente ao mês anterior. O relatório de intenção de plantio nos EUA, divulgado em 30 de

março, apontou aumento de 4% na área de milho, como já era esperado pelo mercado . A cultura já está

em fase inicial de plantio nos EUA e nos próximos meses deveremos perceber maior volatilidade das

cotações internacionais, refletindo as preocupações com o clima nas regiões produtoras dos EUA.

No Brasil, 70% da área plantada com milho 1ª safra já está colhida, contra média de 58% do mesmo

período do ano passado. A Conab estima quebra de 17% da 1ª safra na região Sul em relação à safra

anterior, sendo 38,5% no Rio Grande do Sul. No entanto, a quebra do Sul é compensada pela safra

recorde no Centro-Oeste para a qual a estimativa é de alta de 46%.

Já a expectativa para a produção da 2ª safra de milho foi revisada para cima pela Conab em 3 milhões

de toneladas, o que representa alta de 12,5% em relação ao levantamento anterior e uma expansão de

35,1% em relação à safra passada. Com isso, a 2ª safra de milho ganha mais relevância, participando

com 47% da safra total, lembrando que essa participação foi de 10% em média até 2001.

A 2ª safra de milho que começa a ser colhida em junho, está com 90% da área já plantada. A expectativa

é de elevação de quase 40% da produção no Centro-Oeste em relação à safra passada, por conta da

ampliação da área em quase 30% e do clima favorável à cultura.

No Paraná, único estado da Região Sul que cultiva o milho safrinha, é esperada elevação de 30% da

produção, impulsionada pela expansão de 11% da área e pela melhora do clima. No entanto, notícias

vêm apontando continuidade de seca no Paraná, o que poderá comprometer esta estimativa.

Essa ampliação da oferta será um limitador para a alta de preços do milho nos próximos meses,

notadamente a partir da entrada da safrinha em junho. De todo modo, dois fatores deverão dar piso às

cotações do cereal: (i) os preços do milho tendem a seguir as cotações da soja, que estão em elevação;

(ii) o relação estoque consumo global de milho está no nível mais baixo – 14% sendo a média histórica

de 26%.

4

Page 5: Agronegocio Brasil em Foco

Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos

1.791

2.194

2.349 2.344

2.622

2.356

2.5882.650

2.5892.480

3.260

2.864

3.585

3.296

2.867

3.279

3.655

3.972

3.599

4.311

4.158

3.942

1.500

2.000

2.500

3.000

3.500

4.000

4.500

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11

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*

em kg por ha Produtividade - Milho - 1991 - 2012

Produtividade -

Milho - em kg

por há

1991 – 2012

Fonte e Projeção (*): Conab

Elaboração : BRADESCO

11,95

10,91

11,96

7,05

10,47

12,22

22,28

19,95

16,83

12,92

18,96

14,97

12,71

16,26

11,52

12,67

10,44

16,33

14,14

24,94

22,20

21,31

15,20

14,14

23,78

20,30

22,57

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

30,0

jan/00 jan/01 jan/02 jan/03 jan/04 jan/05 jan/06 jan/07 jan/08 jan/09 jan/10 jan/11 jan/12

Preço pago ao produtor de milho - Paraná Fonte: DeralElaboração e Projeção:

Em R$ por saca de 60 kg

Dez/12

Fonte : Deral

Elaboração e Projeção: BRADESCO

Preço de milho ao

produtor – Praça

Paraná - 2000 – 2012

em R$ por saca de 60

kg

13,35

15,3816,58

14,0813,48

16,37 16,30

18,36 18,07

15,1113,99

13,13

16,37

20,17

16,3515,12

24,6523,91

13,2%

-9,0%

-20,8%

16,3%

49,6%

-0,1%

-7,2%

34,3%32,3%

-30,0%

-20,0%

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0,0%

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50,0%

60,0%

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

30,0

03/04 04/05 05/06 06/07 07/08 08/09 09/10 10/11 11/12*

Margem Operacional em %Elaboração e Projeção: BradescoCustos e Preços ao Produtor

em R$ sc 60 kgFonte: ConabMargem Operacional Milho - Goiás

Custo Operacional

Preço ao Produtor

Margem Operacional

Fonte : Conab, Deral

Elaboração e Projeção(*): BRADESCO

Margem Operacional

Milho - Goiás – 2003 –

2012 Custos e Preços

ao Produtor em R$

por saca 60 kg –

Margem Operacional

em %

5

Page 6: Agronegocio Brasil em Foco

Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos

Café – Preços devem registrar volatilidade até a entrada da safra

brasileira em maio

26.000

16.800

27.500

18.860

34.547

27.170

31.100

28.137

48.480

28.820

39.272

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42.512

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45.992

39.470

48.095

43.484

50.619

11.000

21.000

31.000

41.000

51.000

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4

04/0

5

05/0

6

06/0

7

07/0

8

08/0

9

09/1

0

10/1

1

11/1

2

12/1

3*

Fonte e projeção (*): Conab Elaboração: BradescoProdução Nacional de Café - 1994 - 2012mil sacas de 60 kg

Produção Nacional de

Café - 1994 – 2012

Em mil sacas de 60 kg

Fonte e projeção (*): Conab

Elaboração: Bradesco

Fundamentos As cotações do café seguiram movimento de baixa, acumulando retração de 17% entre as médias

mensais de dezembro e de março, refletindo a expectativa com o aumento da safra brasileira. De fato,

em 2012 a oferta deverá ser mais folgada, pois a safra brasileira na temporada 2012/13, a ser colhida a

partir de maio, está estimada em 50,61 milhões de sacas de 60 quilos. Se confirmada, será uma safra

recorde.

No entanto, há muitas dúvidas em relação ao número da safra brasileira, em razão dos efeitos do clima

seco sobre a safra de Minas Gerais e da Bahia. As estimativas do Emater – MG apontam que a safra

mineira pode apresentar uma redução de até 2 milhões de sacas, ou 8% menos em comparação ao

volume inicialmente previsto. Na Bahia a seca também deverá afetar a safra, podendo chegar a uma

quebra de 12% em relação à estimativa inicial.

O próximo levantamento de safra oficial de café será divulgado pela Conab em 10 de maio, quando

começa a colheita nas principais regiões produtoras. Até lá, quando teremos um número mais apurado

da nova safra, as cotações de café devem registrar volatilidade, refletindo as preocupações com o clima

no Brasil. De todo modo, permanecem os fatores fundamentais para a cultura de café que deverão dar

um piso de baixa às cotações: (i) reduzidos estoques globais, que estão no nível mais baixo já registrado

(ii) problemas climáticos com excesso de chuvas e propagação de doenças do cafeeiro na Colômbia e

(iii) consumo firme nos países desenvolvidos e em expansão nos países emergentes e nos países

exportadores.

60,5%

56,7%56,5%

52,6%

48,6%

55,6%

44,4%

41,6%38,8%39,3%

52,2%49,3%

43,8%46,7%

34,6%

31,0%

22,7%21,5%

14,7%15,5%

13,6% 12,7%

85,0

67,9

180,0

53,45

125,27

163,29

253,2

194,10

40,0

90,0

140,0

190,0

240,0

290,0

7,0%

17,0%

27,0%

37,0%

47,0%

57,0%

67,0%

90/9

1

91/9

2

92/9

3

93/9

4

94/9

5

95/9

6

96/9

7

97/9

8

98/9

9

99/0

0

00/0

1

01/0

2

02/0

3

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4

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5

05/0

6

06/0

7

07/0

8

08/0

9

09/1

0

10/1

1

11/1

2*

Relação Estoque Consumo Mundial de Café 1990 - 2011

Estoque/consumo

Preço médio

•Projeção de preço: média dos preços futuros Fonte: Nybot, OICElaboração: Bradesco

Relação Estoque Consumo

Mundial de Café 1990 – 2012

Projeção de preço: média dos preços futuros

Fonte: Nybot, OIC Elaboração: Bradesco

6

Page 7: Agronegocio Brasil em Foco

Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos

223,6

143,8130,5

104,4

117,8

193,0

162,8

239,8

199,0

305,1

337,0

230,4

291,5

218,2

291,4

232,2245,8

267,8

269,3

247,50

282,2 302,4

328,16

530,76

457,81

491,35

387,53

449,87

90,0

140,0

190,0

240,0

290,0

340,0

390,0

440,0

490,0

540,0

590,0

jan/00 jan/01 jan/02 jan/03 jan/04 jan/05 jan/06 jan/07 jan/08 jan/09 jan/10 jan/11 jan/12 jan/13

Café Arábica - Preço ao Produtor - Praça São Paulo 2000 - 2012Em R$ por saca 60 kg Fonte: Cepea EsalqElaboração e Projeção: Bradesco

dez/13

Fonte: Cepea Esalq Elaboração: Bradesco

Café Arábica - Preço ao

Produtor - Praça São Paulo

2000 – 2013

Em R$ por saca de 60 kg

Projeção de preço: média dos

preços futuros BMF

7

Fonte: Bloomberg

Elaboração: Bradesco

Café Arábica - NYBOT Preço Futuro 1º vencto 2000 - 2013 Em US$ cents por libra peso

Projeção de preço: média dos

preços futuros

55,8

53,154,2

52,2

47,4

53,5

44,242,2 40,0 41,0

55,154,0

48,3

52,7

41,2

37,2

28,427,8

19,5 20,518,5

17,4

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

19

90

19

91

19

92

19

93

19

94

19

95

19

96

19

97

19

98

19

99

20

00

20

01

20

02

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

em milhões de sacas de 60 kg

Fonte: OIC Elaboração: Bradesco

ESTOQUE INICIAL DE CAFÉ NOS PAÍSES EXPORTADORES - 1990 - 2011

MÉDIA HISTÓRICA

Fonte: OIC

Elaboração: Bradesco

Estoques Iniciais de café nos países exportadores

1990 – 2011

Em milhões de sacas de 60 kg

115,06

96,77

79,51

65,22

63,15

45,33 48,64

66,17

58,73

78,09

67,78

99,01

129,13

93,57

119,33

96,55

124,12

108,17

130,86

152,15

133,07

108,70

125,78142,59

204,99

242,93

288,27

186,05

209.09201,20

35,0

85,0

135,0

185,0

235,0

285,0

335,0

jan

/00

jan

/01

jan

/02

jan

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jan

/05

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/07

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/08

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/09

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/11

jan

/12

jan

/13

Projeção de preço: média dos preços futuros

Café em grão - Bolsa de Nova York - NYBOT2000 - 2010

Em US$ cents por libra peso

Fonte: Bloomberg Elaboração:

de

z/1

3

Page 8: Agronegocio Brasil em Foco

Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos

Boi – Preços do boi seguem tendência sazonal de baixa

refletindo o aumento da oferta de animais prontos para abate que

antecede a entrada do clima seco do inverno

29,2%

22,2%

29,0%

36,1%35,9%

34,0%

29,8%

34%

53,0%

57,9%

54,7%

58,3%

53,3%

47,5%

56,2% 54%

186,5208,9

290,8

379,5394,5

341,9

366,4

728,03

751,6

607,1

722,8

180,0

330,0

480,0

630,0

780,0

12%

17%

22%

27%

32%

37%

42%

47%

52%

57%

62%

dez/

97

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98

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/98

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98

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98

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99

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/99

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99

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99

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00

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/00

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00

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00

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01

jun

/01

set/

01

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01

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02

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02

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03

jun

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03

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03

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04

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04

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04

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05

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05

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05

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jun

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6m

ar/

07

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07

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07

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08

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09

dez/0

9m

ar/

10

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/10

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10

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10

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11

jun

/11

set/

11

dez/

11

Abates de Bois e Vacas (Acumulado em 12 meses) e Preços de Bezerro – 1997 – 2011

abate de vacas

abate de bois

preços bezerro

PARTICIPAÇÃO % NO NÚMERO DE ANIMAIS ABATIDOS EM R$ POR CABEÇAFONTE: IBGE E CEPEAELABORAÇÃO: BRADESCO

Abates de Bois e Vacas

(Acumulado em 12 meses) e

Preços de Bezerro – 1997 – 2011

Em R$ por cabeça

Participação % em número de

animais abatidos

FONTE: IBGE E CEPEA

ELABORAÇÃO: BRADESCO

Fundamentos Os preços do boi estão em queda desde dezembro de 2011, como reflexo da ampliação da oferta de

animais prontos para abate. O clima favorável no ano passado na região Centro-Oeste permitiu boas

condições das pastagens, elevando o potencial de oferta para abate neste ano. Não houve alteração do

cenário de demanda: mercado interno aquecido e externo retraído e limitado pela substituição em favor

da carne de frango.

Para os próximos meses, com a tendência de clima mais seco, por conta do inverno e consequente

deterioração da qualidade das pastagens, há maior oferta de gado para abate, o que deverá dar

continuidade ao recuo sazonal de preços do boi até maio, quando entra a entressafra.

A partir de junho, os preços deverão entrar em tendência de alta, sustentados pela baixa oferta sazonal

de animais prontos para abate, por conta das condições ruins das pastagens e pelos preços da carne de

frango que devem subir, em razão do melhor ajuste no alojamento de pintos de corte.

De todo modo, os preços médios do boi gordo neste ano devem ficar abaixo dos preços médios

registrados no ano passado, em razão da concorrência com a carne de frango, da fraca demanda

externa e da tendência de aumento do confinamento no Centro-Oeste, incentivado pela redução dos

custos com o milho. As estimativas da Conab apontam para crescimento de 40% da safrinha de milho

no Centro-Oeste – a região responde por 70% da produção, devendo levar à baixa das cotações

regionais do cereal, favorecendo os custos do confinamento. As estimativas apontam para aumento de

10% do confinamento neste ano.

Em 2011 houve maior descarte de matrizes, de fato, a participação do abate de vacas nos abates totais

subiu de 30% para 33% entre 2010 e 2011. O clima seco de 2010 e a elevação de custos de ração, a

base de milho, podem ter levado o pecuarista ao descarte de matrizes. Isso terá reflexo na menor oferta

de bezerros e consequentemente no preço de animais para reposição, levando a uma tendência de alta

de preços do boi gordo a partir de 2013.

8

Page 9: Agronegocio Brasil em Foco

Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos

40,31

35,75

41,92

39,02

45,81

41,50

56,63

51,15

59,21

57,05

60,46

49,02

55,01

47,83

60,19

58,10

64,54

75,60

81,52

92,61

80,93 75,7

89,77

106,02

101,92

106,74

94,16

99,7298,59

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

80,0

90,0

100,0

110,0

120,0

jan

/00

jan

/01

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/09

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/10

jan

/11

jan

/12

BOI GORDO PREÇO AO PRODUTOR - PRAÇA SP

Em R$ por arroba (15 kg)Fonte: Cepea EsalqElaboração e Projeção: Bradesco

De

z/1

2

Boi Gordo – Preço ao

Produtor – Praça São Paulo

– 2000 – 2012

Em R$ por arroba

FONTE: CEPEA

ELABORAÇÃO: BRADESCO

9

74,4

90,7

88,7

79,5 80,4

110,4

103,0103,7

94,4

67,1

79,0

74,072,0

75,5

79,9

95,0

89,6

92,9 91,7

60,00

70,00

80,00

90,00

100,00

110,00

fev/0

8

mar/

08

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8

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8

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08

ou

t/08

no

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8

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9

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09

ab

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mai/0

9

jun

/09

jul/09

ag

o/0

9

set/

09

ou

t/09

no

v/0

9

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09

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/10

fev/1

0

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10

ab

r/10

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0

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/10

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0

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10

ou

t/10

no

v/1

0

dez/

10

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1

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11

ab

r/11

mai/1

1

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ag

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1

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11

ou

t/11

no

v/1

1

dez/

11

jan

/12

fev/1

2

mar/

12

Preços do Boi Gordo e Preços da Carne bovina no Atacado equivalente em carcaça Fonte: CEPEA e IEA Elaboração: Bradesco

Preço do Boi Gordo

Preço de carne no AtacadoPreços do boi gordo e da

carne bovina no atacado –

equivalente em carcaça

Em R$ por arroba

FONTE: CEPEA e IEA

ELABORAÇÃO: BRADESCO

2,74

2,46

2,23

2,44

2,26

2,06

2,45

2,67

2,58

2,47

2,43

2,35

2,37

2,13

2,06

2,21

2,28

1,9

2,1

2,3

2,5

2,7

2,9

fev/9

7m

ai/97

ag

o/9

7n

ov/9

7fe

v/9

8m

ai/98

ag

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8n

ov/9

8fe

v/9

9m

ai/99

ag

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9n

ov/9

9fe

v/0

0m

ai/00

ag

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0n

ov/0

0fe

v/0

1m

ai/01

ag

o/0

1n

ov/0

1fe

v/0

2m

ai/02

ag

o/0

2n

ov/0

2fe

v/0

3m

ai/03

ag

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3n

ov/0

3fe

v/0

4m

ai/04

ag

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4n

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4fe

v/0

5m

ai/05

ag

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5n

ov/0

5fe

v/0

6m

ai/06

ag

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6n

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6fe

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7m

ai/07

ag

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7n

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7fe

v/0

8m

ai/08

ag

o/0

8n

ov/0

8fe

v/0

9m

ai/09

ag

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9n

ov/0

9fe

v/1

0m

ai/10

ag

o/1

0n

ov/1

0fe

v/1

1m

ai/11

ag

o/1

1n

ov/1

1fe

v/1

2

Fonte: Cepea EsalqElaboração: Bradesco Relação de Troca entre boi gordo e bezerro - 1996 - 2012

QUANTIDADE DE BEZERROS QUE É POSSÍVEL COMPRAR COM UMA CABEÇA DE BOI

QUANTO MENOR PIOR – INDICA AUMENTO DE CUSTOS COM A REPOSIÇÃO

Relação de Troca entre boi

gordo e bezerro - 1996 - 2012

FONTE: CEPEA

ELABORAÇÃO: BRADESCO

Page 10: Agronegocio Brasil em Foco

Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos

75.324

72.71272.227

71.287 71.751

69.22968.749

65.603

60.000

62.000

64.000

66.000

68.000

70.000

72.000

74.000

76.000

78.000

2010/11 out/11 nov/11 dez/11 jan/12 fev/12 mar/12 abr/12

Acompanhamento de safra

de soja no Brasil 2011/12

Em mil toneladas

FONTE: CONAB

ELABORAÇÃO: BRADESCO

Acompanhamento de safra

de milho no Brasil 2011/12

Em mil toneladas

FONTE: CONAB

ELABORAÇÃO: BRADESCO

57.407

58.158

58.943

60.319

59.210

60.831

61.703

65.144

52.000

54.000

56.000

58.000

60.000

62.000

64.000

66.000

2010/11 out/11 nov/11 dez/11 jan/12 fev/12 mar/12 abr/12

828

868 866

872

861

855

860 859

868 868864

865

865

843

861

872

878

869

862

867 866 869 868 868869

867

128,1

129,1

114,5

127,2128,1

125,4122,7

100,0

105,0

110,0

115,0

120,0

125,0

130,0

135,0

800,0

810,0

820,0

830,0

840,0

850,0

860,0

870,0

880,0

890,0

2010/11 mai/11 jun/11 jul/11 ago/11 set/11 out/11 nov/11 dez/11 jan/12 fev/12 mar/12 abr/12

Estoque final mundial

Produção mundial

Consumo mundialAcompanhamento de

safra mundial de milho

2011/12

Em mil toneladas

FONTE: USDA

ELABORAÇÃO: BRADESCO

10

Acompanhamento de safra

Page 11: Agronegocio Brasil em Foco

Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos

Relação Estoque

Consumo Global de milho

safra 2011/12

FONTE: USDA

ELABORAÇÃO: BRADESCO

15,2%

15,0%

12,8%

13,2%

14,2%

14,0%

14,6%

14,8%

14,4%

14,3%

14,2%

12,0%

12,5%

13,0%

13,5%

14,0%

14,5%

15,0%

15,5%

2010/11 mai/11 jun/11 jul/11 ago/11 set/11 out/11 nov/11 dez/11 jan/12 fev/12 mar/12 abr/12

264263 263

261

257 258 259 259 259

257

251

245

240

252

262263 263 262 262 262 261

260 259258

255253

68,6

61,961,0

60,3

57,3

55,5

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

80,0

225,0

230,0

235,0

240,0

245,0

250,0

255,0

260,0

265,0

270,0

2010/11 mai/11 jun/11 jul/11 ago/11 set/11 out/11 nov/11 dez/11 jan/12 fev/12 mar/12 abr/12

Estoque Final Mundial

Produção Mundial

Consumo MundialAcompanhamento de

safra mundial de soja

2011/12

Em mil toneladas

FONTE: USDA

ELABORAÇÃO: BRADESCO

Relação Estoque Consumo

Global de soja safra

2011/12

FONTE: USDA

ELABORAÇÃO: BRADESCO

27,3%

23,4%

23,6%

24,1%

24,8%

24,5%

23,4%

22,5%

21,9%

20,0%

21,0%

22,0%

23,0%

24,0%

25,0%

26,0%

27,0%

28,0%

2010/11 mai/11 jun/11 jul/11 ago/11 set/11 out/11 nov/11 dez/11 jan/12 fev/12 mar/12 abr/12

11

Page 12: Agronegocio Brasil em Foco

Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos

0,6%

13,5%

35,1%

0,0% 5,0% 10,0% 15,0% 20,0% 25,0% 30,0% 35,0% 40,0%

1ª safra

milho - total

2ª safra

Fonte: Conab Elaboração: Bradesco

VAR. % DA PRODUÇAO DE MILHO SAFRA 2011/2012

Variação da Produção

de milho safra 2011/12

FONTE: CONAB

ELABORAÇÃO: BRADESCO

Acompanhamento de safra

de milho 1º safra no Brasil

2011/12

Em mil toneladas

FONTE: CONAB

ELABORAÇÃO: BRADESCO

35.926

36.731

37.655

39.031

37.922

35.045

35.89936.125

32.000

33.000

34.000

35.000

36.000

37.000

38.000

39.000

40.000

2010/11 out/11 nov/11 dez/11 jan/12 fev/12 mar/12 abr/12

Acompanhamento de

safra de milho 2º safra

no Brasil 2011/12

Em mil toneladas

FONTE: CONAB

ELABORAÇÃO: BRADESCO

21.481 21.428 21.288 21.288 21.288

25.786 25.804

29.019

15.000

17.000

19.000

21.000

23.000

25.000

27.000

29.000

31.000

2010/11 out/11 nov/11 dez/11 jan/12 fev/12 mar/12 abr/12

12

Page 13: Agronegocio Brasil em Foco

Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos

FONTE: Bloomberg

ELABORAÇÃO: BRADESCO

Posições não

comerciais e preços

internacionais de soja

2002 - 2012

FONTE: Bloomberg

ELABORAÇÃO: BRADESCO

Posições não

comerciais e preços

internacionais de milho

2002 - 2012

FONTE: Bloomberg

ELABORAÇÃO: BRADESCO

27.304

84.918

45.289

-89.468

-16.898

-56.797

203.215

-28.178

199155

593

540

1.628

-100.000

-60.000

-20.000

20.000

60.000

100.000

140.000

180.000

220.000

260.000

380

580

780

980

1.180

1.380

1.580

1.780

mar/

02

jul/02

no

v/0

2

mar/

03

jul/03

no

v/0

3

mar/

04

jul/04

no

v/0

4

mar/

05

jul/05

no

v/0

5

mar/

06

jul/06

no

v/0

6

mar/

07

jul/07

no

v/0

7

mar/

08

jul/08

no

v/0

8

mar/

09

jul/09

no

v/0

9

mar/

10

jul/10

no

v/1

0

mar/

11

jul/11

no

v/1

1

mar/

12

Posições Não Comerciais e Preços Internacionais de soja - Fonte: Bloomberg Elaboração: Bradesco

posição não comercial

preço soja

16-j

un

-09

US$ c / bushel em número de contratos

114.121

-46.149

177.895152.879

310.487

113.201

-119.389

413.915

110.142

209

312

764

-200.000

-100.000

0

100.000

200.000

300.000

400.000

150

250

350

450

550

650

750

850

mar/

02

mai/0

2ju

l/02

set/

02

no

v/0

2ja

n/0

3m

ar/

03

mai/0

3ju

l/03

set/

03

no

v/0

3ja

n/0

4m

ar/

04

mai/0

4ju

l/04

set/

04

no

v/0

4ja

n/0

5m

ar/

05

mai/0

5ju

l/05

set/

05

no

v/0

5ja

n/0

6m

ar/

06

mai/0

6ju

l/06

set/

06

no

v/0

6ja

n/0

7m

ar/

07

mai/0

7ju

l/07

set/

07

no

v/0

7ja

n/0

8m

ar/

08

mai/0

8ju

l/08

set/

08

no

v/0

8ja

n/0

9m

ar/

09

mai/0

9ju

l/09

set/

09

no

v/0

9ja

n/1

0m

ar/

10

mai/1

0ju

l/10

set/

10

no

v/1

0ja

n/1

1m

ar/

11

mai/1

1ju

l/11

set/

11

no

v/1

1ja

n/1

2m

ar/

12

Em número de contratosUS$ cents por bushel

posição não comercial

preço milho

114.121

-46.149

177.895152.879

310.487

113.201

-119.389

413.915

110.142

209

312

764

-200.000

-100.000

0

100.000

200.000

300.000

400.000

150

250

350

450

550

650

750

850

mar/

02

mai/0

2ju

l/02

set/

02

no

v/0

2ja

n/0

3m

ar/

03

mai/0

3ju

l/03

set/

03

no

v/0

3ja

n/0

4m

ar/

04

mai/0

4ju

l/04

set/

04

no

v/0

4ja

n/0

5m

ar/

05

mai/0

5ju

l/05

set/

05

no

v/0

5ja

n/0

6m

ar/

06

mai/0

6ju

l/06

set/

06

no

v/0

6ja

n/0

7m

ar/

07

mai/0

7ju

l/07

set/

07

no

v/0

7ja

n/0

8m

ar/

08

mai/0

8ju

l/08

set/

08

no

v/0

8ja

n/0

9m

ar/

09

mai/0

9ju

l/09

set/

09

no

v/0

9ja

n/1

0m

ar/

10

mai/1

0ju

l/10

set/

10

no

v/1

0ja

n/1

1m

ar/

11

mai/1

1ju

l/11

set/

11

no

v/1

1ja

n/1

2m

ar/

12

Em número de contratosUS$ cents por bushel

posição não comercial

preço milho

Posições não comerciais

e preços internacionais

de café 2002 - 2012

Acompanhamento das posições não comerciais

Page 14: Agronegocio Brasil em Foco

Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos

Complexo Soja

Da soja em grão produzida no Brasil, 45% é exportada e 55% é destinada à moagem. O processo de

moagem resulta em 72% farelo e 18% óleo. Os 10% restantes são sementes e perdas. Do farelo

produzido, 50% é exportado e do óleo, 20% é exportado.

A soja é uma cultura de exportação, visto que o nível de produção excede o consumo em torno de 40%.

Isso significa dizer que qualquer crescimento da produção nacional gera excedente exportável;

No mercado doméstico a soja é utilizada na fabricação de alimentos como mortadelas e salsichas e cerca

de 80% é utilizada na fabricação de rações. A soja responde por 25% a 30% da ração de aves e suínos.

Países de destino

Grão: 65% China, 25% Europa, 10% outros países asiáticos.

Farelo: 70% Europa, 20% países asiáticos.

Sazonalidade

Safra de verão: plantio ocorre entre outubro e dezembro e colheita se concentra entre fevereiro e maio.

Regionalização

Centro Oeste: 45%, Sul 38%, 8% Nordeste, 6% Sudeste

Ranking

No Brasil há presença de grandes players globais na produção de soja como Bunge, Dreyfus, Cargill.

O Brasil é o segundo maior player global de produção e de exportação de soja, após os EUA.

Produção Exportação Produção Exportação Produção Exportação

EUA 35,5% 44,2% 20,2% 14,0% 20,6% 12,9%

Brasil 26,4% 32,0% 15,1% 22,9% 15,8% 16,2%

Argentina 19,8% 12,8% 17,2% 49,3% 17,7% 54,6%

China 5,6% 0,0% 25,8% 0,0% 24,6% 0,0%

Grãos Farelo ÓleoRanking

Fonte : USDA

Elaboração : BRADESCO

Ranking mundial do

complexo soja

safra 2011 - 2012

Retrato do mercado

14

Page 15: Agronegocio Brasil em Foco

Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos

O milho é base das rações para os principais tipos de criação. Na composição das rações o milho

representa:

64% da avicultura

65% da suinocultura

23% da pecuária de leite

Países de destino

O milho é uma cultura mais voltada para o mercado doméstico, pois atende à forte demanda da

avicultura e da suinocultura, atividades muito desenvolvidas na região Sul e Sudeste do Brasil.

As exportações de milho são realizadas quando há excedente de produção. Na safra 2010/11 as

exportações responderam por 15% do volume produzido.

Sazonalidade

O milho tem duas safras:

Safra de verão: plantio ocorre entre outubro e dezembro e a colheita se concentra entre fevereiro e

maio. Representa 64% da safra total. Tem a seguinte distribuição regional: 43,4% Sul, 30,3% Sudeste,

10% Centro Oeste,12,8% Nordeste.

Safra de inverno: plantio ocorre entre fevereiro e junho e a colheita se concentra entre julho e novembro.

Responde por 36% da safra total. Tem a seguinte distribuição regional: 59,3% Centro Oeste, 30,7% Sul

(somente Paraná), 5,7% Sudeste, 3% Nordeste (somente Bahia).

Ranking

O Brasil é o 4º maior produtor global de milho, com 7% de participação no mercado e o 3º maior

exportador, com 9% de participação.

Retrato do mercado

15

Page 16: Agronegocio Brasil em Foco

Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos

O Brasil exporta 70% do café produzido, sendo 96% de café verde e 4% de café solúvel

A cultura de café tem elevados custos com mão-de-obra, que representam cerca de 50% dos custos

totais, pois a maior parte da colheita é manual.

Países de destino

Café verde: 60% Europa.

Café solúvel: 18,5% EUA, 11,3% Rússia, 6% Japão.

Regionalização

Distribuição regional da produção de café arábica:

67,9% Minas Gerais

10,8% São Paulo

9,1% Espírito Santo

5,4% Bahia

5,3% Paraná

Distribuição regional da produção de café robusta:

71,2% Espírito Santo

14,3% Rondônia

6,4% Bahia

2,4% Minas Gerais

Sazonalidade

A florada do café ocorre entre setembro e novembro no Brasil. A colheita tem início em maio e se

estende até setembro.

Ranking

O Brasil é o maior player global de café com participação de 39,2% na produção e de 30,5% na

exportação. Os demais players, como Vietnã e Colômbia tem baixo consumo interno, ao contrário do

Brasil que responde por 15% do consumo mundial.

Retrato do mercado

16

Page 17: Agronegocio Brasil em Foco

Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos

O rebanho bovino nacional é estimado em quase 200 milhões de cabeças. O rebanho comercial para

abate é estimado em 40 milhões de cabeças, ou seja, este é o volume de gado em idade e peso ideal

para abate. O restante do rebanho se divide entre vacas de leite, bezerros e boi magro.

As exportações respondem por 17% da produção nacional de carne bovina.

O complexo carnes vem passando por mudanças estruturais como:

Em 2004 o Brasil se consolidou como maior exportador mundial de carne bovina e de frango;

Processo produtivo – redução do ciclo de abate;

Regionalização – deslocamento da produção para as regiões Centro-Oeste e Norte do País;

Consolidação – movimento de fusões e aquisições;

Internacionalização – compra de frigoríficos no exterior por empresas nacionais. JBS, Marfrig e Bertin

compraram plantas na Argentina e no Uruguai. JBS comprou a Swift com plantas nos EUA e na

Austrália e se tornou o maior do mundo;

Abertura de capital – JBS (ex-Friboi), Marfrig, Minerva.

Países de destino

A Rússia é o principal mercado de destino das exportações brasileiras de carne bovina, com

participação de 27%. Os países árabes respondem por 30%.

Regionalização

Os abates de bovinos tem a seguinte distribuição regional: 34,8% Centro-Oeste, 22,7% Norte, 18,2%

Sul, 13,5% Sudeste, 10,8% Nordeste.

Ranking

O Brasil é o 2º maior produtor global de carne bovina com 15,9% de participação, antecedido pelos EUA

que detém 21%.

O Brasil é o maior exportador mundial com 20% do mercado.

Sazonalidade

O ciclo da pecuária bovina é longo – 2,5 anos contando desde o nascimento do bezerro até o abate do

animal com aproximadamente 15 arrobas.

O sistema de criação de bovinos no Brasil é a pecuária extensiva, ou seja, o boi é criado solto no pasto,

alimentado à base de capim.

O sistema de confinamento, que é a criação do boi à base de ração em pequenos espaços, responde

por apenas 5% do total de abates.

A safra bovina ocorre no 1º semestre do ano, no período de chuvas, quando há pastagens abundantes.

Com maior oferta de boi para abate, os preços do boi gordo nesse período são menores.

A entressafra bovina ocorre no 2º semestre, período da seca, quando o frio e as geadas secam as

pastagens. O boi perde peso e há menor oferta de boi para abate. No entanto, os preços do boi se

elevam nesse período, porque a oferta é maior de boi de confinamento, cujo custo de produção é mais

elevado. No pico da entressafra (outubro) ocorre o maior abate de boi macho confinado.

Nos confinamentos há dois turnos:

1º turno: aloja o boi magro entre maio-junho e entrega em agosto-setembro

2º turno: aloja o boi magro em agosto-setembro e entrega em novembro-dezembro

Retrato do mercado

17

Page 18: Agronegocio Brasil em Foco

Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos

Economia Internacional: Fabiana D’Atri / Daniela Cunha de Lima /Igor Velecico / Thomas Henrique Schreurs Pires / Matheus

Ribeiro Machado / Leandro de Oliveira Almeida

Economia Doméstica: Robson Rodrigues Pereira / Andréa Bastos Damico / Ellen Regina Steter / Myriã Bast / Priscila

Pereira Deliberalli / Andréa Marcos Angelo

Análise Setorial: Regina Helena Couto Silva / Priscila Pacheco Trigo / Rita de Cassia Milani

Pesquisa Proprietária: Fernando Freitas / Ana Maria Bonomi Barufi / Leandro Câmara Negrão

Estagiários: Mirella P. Amaro Hirakawa / Gabriel Lyrio de Oliveira / Priscila Monteiro Ortega / Ricardo Romano /

Thunay Mota Raia / Ana Beatriz Ract Pousada

Octavio de Barros - Diretor de Pesquisas e Estudos Econômicos

Marcelo Cirne de Toledo - Superintendente executivo

O DEPEC – BRADESCO não se responsabiliza por quaisquer atos/decisões tomadas com base nas informações disponibilizadas por suas publicações e projeções. Todos os dados ou opiniões dos informativos aqui presentes são rigorosamente apurados e elaborados por profissionais plenamente qualificados, mas não devem ser tomados, em nenhuma hipótese, como base, balizamento, guia ou norma para qualquer documento, avaliações, julgamentos ou tomadas de decisões, sejam de natureza formal ou informal. Desse modo, ressaltamos que todas as consequências ou responsabilidades pelo uso de quaisquer dados ou análises desta publicação são assumidas exclusivamente pelo usuário, eximindo o BRADESCO de todas as ações decorrentes do uso deste material. Lembramos ainda que o acesso a essas informações implica a total aceitação deste termo de responsabilidade e uso. A reprodução total ou parcial desta publicação é expressamente proibida, exceto com a autorização do Banco BRADESCO ou a citação por completo da fonte (nomes dos autores, da publicação e do Banco BRADESCO).

Equipe Técnica

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