AGRONEGÓCIO BRASIL EM FOCO - …³cio... · Os resultados do terceiro e quarto trimestres foram...
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Sumário Executivo
Soja – Cotações internacionais devem se acomodar em níveis mais baixos nos meses à frente, em resposta à sobre oferta global. Cotações domésticas também tendem à queda, refletindo o movimento internacional e a expectativa de safra recorde no Brasil.
Milho – Preços internacionais devem seguir em baixos patamares nos próximos meses, refletindo a safra recorde norte-americana. Cotações domésticas também tendem a cair, em resposta à estimativa de forte ampliação da safra brasileira.
Café – Como resultado do quadro global mais ajustado entre oferta e demanda, as cotações internacionais seguem com tendência de alta. Esse cenário é reforçado pela expectativa de safra menor no Brasil no próximo ano, afetada pela baixa bienalidade. Os preços domésticos seguirão a tendência internacional.
Boi – As cotações do boi gordo tendem a continuar no mesmo patamar atual, sem tendência de alta relevante, refletindo o fraco consumo doméstico que responde por 80% da produção. Embora alguns fatores possam exercer pressão de alta (exportações, baixa oferta de animais e alta de preços de carnes no atacado), o fundamento do fraco consumo doméstico deverá prevalecer.
Açúcar e Etanol – Preços internacionais do açúcar devem manter a tendência de alta, refletindo o déficit global de produção e os menores estoques mundiais. Preços domésticos do etanol devem seguir em elevação, em resposta à oferta interna mais restrita durante a entressafra, pois a maior parte da produção de cana está voltada para o açúcar.
Outubro de 2016
Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos
Panorama Macroeconômico Os dados de atividade econômica relativos ao terceiro trimestre estão trazendo resultados mais fracos do que os esperados. A retomada da confiança observada recentemente esteve muito associada à melhora das expectativas, com avanço bem marginal da situação atual. Esse descolamento está se traduzindo, na prática, em desempenho da produção e das vendas aquém do que o esperado, o que motivou a redução de nossa projeção da retração do PIB para 2016, de 3,0% para 3,4%. Os resultados do terceiro e quarto trimestres foram revisados de -0,3% e +0,2% para, respectivamente, -0,6% e -0,2%. Por ora, mantivemos o crescimento de 2017 inalterado em 1,5%. Esse cenário, por sua vez, segue sustentando nossas expectativas favoráveis para a inflação. Projetamos alta de 6,9% para o IPCA de 2016, dada a descompressão em curso dos preços de alimentação. Para 2017, a elevação deverá chegar a 4,9%. Favorecendo essas condições positivas, a taxa de câmbio – influenciada pelas condições internas e externas – segue em patamar compatível com nossa estimativa de que o Real encerrará o ano cotado a R$/US$ 3,20. Mesmo reconhecendo os desafios ainda elevados para as contas públicas, com piora dos resultados no curto prazo, temos observado importante avanço das reformas, especialmente da PEC 241, que limita a expansão dos gastos à inflação do ano anterior, já aprovada em primeiro turno na Câmara dos Deputados. O déficit primário como proporção do PIB chegará a 2,5% e 2,1%, em 2016 e 2017, respectivamente. Assim, as condições apontadas pelo Banco Central – alívio da inflação no curto prazo, desinflação dos preços de serviços e evolução favorável das reformas fiscais – estão caminhando na direção correta, para que a taxa de juros comece a cair agora em outubro, encerrando 2016 em 13,25%.
O cenário externo, nas últimas semanas, ganhou convicção de que as condições de liquidez seguirão amplas por um período mais longo. Essa leitura foi reforçada pela sinalização dos bancos centrais. O Federal Reserve revisou para baixo todas as suas projeções de taxas de juros e o Banco do Japão inovou ao estabelecer uma meta para taxa de juros de títulos de dez anos do país. Entendemos, assim, que os mercados continuarão pautados nos próximos meses: (i) pelo Fed, que deverá subirá novamente a taxa de juros em dezembro e (ii) pelas preocupações, que estão se reduzindo de forma importante mas continuam presentes, relacionadas aos efeitos da saída do Reino Unido da União Europeia. Por fim, a economia chinesa tem dados sinais de moderação na passagem do terceiro para o quarto trimestre. Além disso, chama atenção a rápida resposta do governo ao aumento dos preços dos imóveis residenciais. Nas últimas semanas, diversas cidades anunciaram medidas restritivas à aquisição de novas residências, o que deve levar a um arrefecimento da atividade de construção.
AGRONEGÓCIO BRASIL EM FOCO AGRONEGÓCIO BRASIL EM FOCO
Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos
Fonte e projeção: Conab Elaboração: BRADESCO
Produção Nacional de soja
(em mil toneladas)
SO
JA
2
SOJA – Cotações internacionais devem se acomodar em níveis mais baixos nos meses à frente, em resposta à sobre oferta global. Cotações domésticas também tendem à queda, refletindo o movimento internacional e a expectativa de safra recorde no Brasil
Fundamentos O USDA divulgou o 6º levantamento da safra 2016/17 de grãos, que está sendo colhida nos EUA e
plantada no Brasil e na Argentina. Pelo quarto mês consecutivo, o USDA elevou a estimativa para a safra norte-americana, que passou de 114,3 para 116,2 milhões de toneladas, refletindo a revisão da produtividade. De fato, essa foi favorecida pelas boas condições de clima e das lavouras nos EUA. A safra norte-americana é recorde, com alta de 8,7% ante a safra passada. O USDA manteve o prognóstico de 57,0 milhões de toneladas para a Argentina e elevou a estimativa para o Brasil, passando de 101 para 102 milhões de toneladas, o mesmo nível esperado pela Conab. A relação estoque consumo global subiu de 22,0% para 23,5% entre o mês passado e o atual, aproximando-se do nível registrado na safra passada, que foi de 23,9%.
A Conab divulgou a primeira estimativa de plantio da safra 2016/17 de grãos, que está sendo plantada no País. Considerando a média entre o limite inferior e superior, a área plantada com soja está estimada em 33,8 milhões de hectares, ampliando 1,6% em relação à safra anterior. Com a expectativa de clima mais regular durante o desenvolvimento da safra, é esperado o retorno aos bons níveis de produtividade alcançados antes da quebra de 2016. Assim, a produção esperada deve ser recorde, alcançando 102,9 milhões de toneladas, ante 95,4 milhões da safra passada. Isso representa uma expansão de 7,9%, considerando o intervalo entre os limites inferior e superior. O destaque ficará com o Nordeste (+73%) e o Centro-Oeste (+6,2%), regiões que sofreram quebra acentuada de produtividade como resultado da seca deste ano, mas devem voltar ao nível normal de produtividade. Já o Sul deve registrar elevação mais modesta (0,3%), pois não registrou quebra de safra de soja.
O NOAA (serviço de meteorologia dos EUA) reduziu para 50% a probabilidade de ocorrência de La Niña para este ano. Em junho, o instituto apontava probabilidade de 75% e em julho de 60%. Ademais, a intensidade do fenômeno deve ser moderada, reduzindo o risco de estiagem no Brasil.
As cotações internacionais devem seguir acomodadas em níveis mais baixos nos meses à frente, em
resposta à ampliação da relação estoque consumo global. No mercado doméstico, os preços devem começar a cair, seguindo o movimento internacional e refletindo a expectativa de safra recorde no Brasil.
15.39419.419
25.934 26.16031.370 32.345
41.917
52.01849.98955.027
60.01857.162
68.688
75.324
66.383
81.49986.121
95.435
102.943
8.000
17.000
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35.000
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Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos
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546 507
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757
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965871
1.146
965
400,0
600,0
800,0
1.000,0
1.200,0
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Produtividade da lavoura de soja (em kg por ha)
Fonte e (*) projeção: Conab Elaboração: BRADESCO
Fonte: Deral Elaboração e Projeção: BRADESCO
Preço de soja em grão ao produtor – Praça Paraná - (em R$ por saca de 60 kg)
3
Fonte: Bloomberg Elaboração: Bradesco
Soja - Preço Futuro 1º vencimento (em US$ cents/bushel) Projeção de preço: média dos preços futuros
1.580
2.027
2.1502.221
2.175
2.2992.367 2.395
2.751
2.567
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2.3392.245
2.419
2.816
2.629
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3.115
2.651
2.9382.854
2.998
2.871
1.500
1.700
1.900
2.100
2.300
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44,37
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30,59
45,68
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73,92
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10,0
20,0
30,0
40,0
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MIL
HO
MILHO – Cotações internacionais devem seguir em baixos patamares nos próximos meses, refletindo a safra recorde norte-americana. Cotações domésticas também tendem a cair, em resposta à estimativa de forte ampliação da safra brasileira.
Fonte e (*) projeção: Conab Elaboração : BRADESCO
Produção Nacional de milho
(em mil toneladas)
4
Fundamentos O USDA divulgou o 6º levantamento da safra 2016/17, revisando para baixo a estimativa de produção de
milho nos EUA pelo segundo mês consecutivo, passando de 383,4 para 382,5 milhões de toneladas, como resultado da menor estimativa para a produtividade. A safra norte-americana é recorde, com alta de 10,7% ante a safra passada. Para a Argentina, foi mantida a estimativa do mês anterior, de 36,5 milhões de toneladas. Para o Brasil, onde a safra está em início de plantio, foi novamente elevada a estimativa, de 82,5 para 83,5 milhões de toneladas, volume próximo ao estimado pela Conab. Com isso, a relação estoque consumo global passou de 21,6% para 21,3% entre o mês passado e o atual. Vale lembrar que na safra passada a relação atingiu 21,9%.
A Conab divulgou a primeira estimativa de plantio da safra 2016/17 de grãos, que está sendo plantada no País. Considerando a média entre o limite inferior e superior, a área plantada com milho está estimada em 16,0 milhões de hectares, subindo 0,5% ante a safra anterior. A área plantada com a 1ª safra de milho deverá crescer 1,4%, enquanto que a estimativa para a área a ser plantada com a 2ª safra foi mantida no mesmo patamar da safra passada, tendo em vista que o plantio só começará no início do próximo ano. Com a expectativa de clima mais regular durante o desenvolvimento da safra, é esperado o retorno aos bons níveis de produtividade alcançados antes da quebra de 2016. Assim, a produção esperada deve alcançar 83,1 milhões de toneladas, o que representa crescimento de 24,6% em relação à safra passada, considerando o intervalo entre os limites inferior e superior. A estimativa é de expansão em todas as regiões: Nordeste (48,9%), Centro-Oeste (41,8%), Sudeste (19,2%) e Sul (3,3%). A 1ª safra, que não sofreu quebra de produtividade na safra passada, deve somar 27 milhões de toneladas, subindo 4,4%. Já a 2ª safra, que sofreu quebra acentuada da produtividade, afetada por estiagem, deve recuperar o potencial produtivo, alcançando 56 milhões de toneladas, chegando a um nível recorde para a 2ª safra, com expansão de 37,3%.
O NOAA (serviço de meteorologia dos EUA) reduziu para 50% a probabilidade de ocorrência de La Niña para este ano. Em junho, o instituto apontava probabilidade de 75% e em julho de 60%. Ademais, a intensidade do fenômeno deve ser moderada, reduzindo o risco de estiagem no Brasil.
As cotações internacionais devem seguir em baixos patamares nos meses à frente, em resposta à safra recorde norte-americana. Os preços domésticos também tendem a cair, refletindo a estimativa de forte ampliação da safra brasileira.
24.096
30.77133.174
37.442 35.71632.393
42.290
35.281
47.411
42.129
35.007
42.515
51.370
58.652
51.00456.018
57.407
72.980
81.50680.052
84.673
66.694
83.078
20.000
30.000
40.000
50.000
60.000
70.000
80.000
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Produtividade – milho (em kg por ha)
Fonte: Conab Elaboração : BRADESCO
Fonte: Deral Elaboração e Projeção: BRADESCO
Preço de milho ao produtor – Praça
Paraná (em R$ por saca de
60 kg)
5
Milho - Preço Futuro 1º vencimento (em US$ cents por bushel) Projeção de preço: média dos preços futuros
Fonte: Bloomberg Elaboração: Bradesco
217235
267
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316
237
413
326
493
711
418
322347
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763
662
439
502
335
410
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160
260
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1.791
2.1942.3492.344
2.6222.356
2.5882.6502.5892.480
3.260
2.864
3.585
3.296
2.867
3.279
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3.599
4.3114.158
4.808
5.149 5.057
5.396
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5.500
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11,95
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22,28
18,96
16,26
10,44
14,14
24,94
13,07
26,92
17,26
23,29
19,17
24,34
39,98
31,49
5,0
10,0
15,0
20,0
25,0
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Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos
Fundamentos O USDA divulgou em junho o 1º levantamento semestral da safra 2016/17 e apontou redução da
relação estoque consumo de 23,7% na safra passada para 20,9% na atual. Para o Brasil, o USDA estimou ampliação de 13,3% da safra, somando 55,9 milhões de sacas. No Vietnã e na Colômbia, as lavouras foram muito afetadas pela estiagem, agora estimadas com quedas de 6,9% e 2,2% respectivamente em relação ao ano anterior. O próximo levantamento do USDA será divulgado em dezembro.
Consultorias especializadas estão apontando que esta safra será a segunda com déficit global de produção.
Em setembro, a Conab divulgou o 3º levantamento da safra de café. A estimativa para a produção de arábica subiu de 40,3 milhões de sacas de 60 quilos em maio, para 41,3 milhões, o que representa uma alta de 2,5%, em resposta às boas condições climáticas nas regiões produtoras. Para o Paraná, a estimativa de produção de café arábica foi reduzida em 5,9% ante o levantamento de maio, em razão das geadas ocorridas no estado. Para o robusta, a estimativa recuou 11%, passando de 9,4 para 8,3 milhões de sacas. Para o Espírito Santo, a queda da estimativa foi de 9,6% e, para a Bahia, chegou a 36,6%, regiões muito afetadas pela estiagem. A quebra de produção do café robusta foi severa. Vale lembrar que a primeira estimativa, de janeiro, era de 11,7 milhões de sacas, situando-se agora em 8,4 milhões. Em sentido contrário, a estimativa para o café arábica subiu de 38,8 para 41,3 milhões de sacas, entre janeiro e setembro. O próximo levantamento da Conab será divulgado no final de dezembro.
As atenções já começam a ficar mais concentradas na florada de outubro da safra 2017/18, cuja colheita começa a partir de abril do próximo ano. Ainda não há estimativas, mas é possível que a geada ocorrida em junho nas principais regiões produtoras de café arábica possa ter afetado o potencial produtivo das plantas.
As cotações internacionais de café seguem com tendência de alta, refletindo o quadro global de oferta e demanda mais ajustado. Reforça esse cenário a expectativa de safra menor no Brasil no próximo ano, quando a safra será de baixa bienalidade. Diante disso, os preços domésticos deverão seguir a tendência dos preços externos.
CAFÉ – Como resultado do quadro global mais ajustado entre oferta e demanda, as cotações internacionais seguem com tendência de alta. Esse cenário é reforçado pela expectativa de safra menor no Brasil no próximo ano, afetada pela baixa bienalidade. Os preços domésticos seguirão a tendência internacional.
Produção Nacional de Café (em mil sacas de 60 kg)
Fonte e projeção (*): Conab Elaboração: Bradesco
CA
FÉ
6
26.000
16.800
27.500
18.860
34.547
27.170
31.10028.137
48.480
28.820
39.272
32.944
42.512
36.070
45.992
39.470
48.095
43.484
50.82649.152
45.34243.235
49.640
11.000
21.000
31.000
41.000
51.000
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Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos
Fonte: CEPEA ESALQ Elaboração: Bradesco
Preço Café Arábica (em R$ por saca de 60 kg) Projeção de preço: média dos preços futuros BMF
7
Fonte: Bloomberg Elaboração: Bradesco
Café Arábica - NYBOT Preço Futuro 1º vencimento (em US$ cents por libra peso) Projeção de preço: média dos preços futuros
115,06
63,07 65,9567,78
99,48
127,53
96,55
131,18
152,04
108,67
142,45
272,07
180,03
150,03
117,62
197,02
118,14
146,40
25,0
75,0
125,0
175,0
225,0
275,0
325,0
jan/
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17
223,6239,8
337,0
230,4
291,4269,8
247,5
328,0
530,8
408,6
247,7
366,3
480,1
424,0
491,1
570,2 580,8
90,0
190,0
290,0
390,0
490,0
590,0
jan/
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jan/
01
jan/
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03
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Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos
BO
I
BOI – As cotações do boi gordo tendem a continuar no mesmo patamar atual, sem tendência de alta relevante, refletindo o fraco consumo doméstico, que responde por 80% da produção. Embora alguns fatores possam exercer pressão de alta, o fundamento do fraco consumo doméstico deverá pesar mais.
Fundamentos As exportações de carne bovina cresceram 7,7% até agosto, favorecidas pela abertura de mercados
e pela taxa de câmbio, que se manteve em nível mais depreciado nos primeiros meses do ano. Os principais destaques de ampliação foram: 6,8% para países árabes e 7,2% para Europa. Para a China e para a Arábia Saudita, que não importaram carne do Brasil no ano passado, os embarques somaram 95,5 e 20,2 mil toneladas respectivamente. Para a Venezuela e a Rússia, países muito dependentes das receitas com petróleo, os embarques foram reduzidos em 72,4% e 26,8% respectivamente.
Os EUA liberaram a entrada da carne bovina in natura brasileira, passando a aceitar a carne oriunda de regiões onde o gado é vacinado contra a febre aftosa. Antes só aceitavam carne proveniente de Santa Catarina, estado considerado livre da doença sem vacinação. Os embarques destinados ao mercado norte-americano não devem alcançar volumes muito expressivos, pois a cota anual sem pagamento de taxas de exportação é de 64 mil toneladas, que será disputada com países da América Central. Mas a abertura do mercado norte-americano significa para o Brasil um selo sanitário que poderá permitir a liberação da carne brasileira para outros países como Coreia do Sul, Canadá, Japão e México.
Os preços de carne bovina no atacado paulista, que vinham caindo desde o início do ano em resposta à piora do mercado de trabalho, passaram a subir a partir de setembro. Entre o mês passado e este, os preços no atacado de carne de 2ª subiram em média 5% e os preços da carne de 1ª mostraram alta de 22%. Como referência, no mesmo período, o preço da carne de frango avançou 10,9%.
A oferta de animais prontos para abate continua apertada. No ano até agosto, os abates caíram 2,2% ante o mesmo período do ano passado, após recuo de 8% no ano passado. Os elevados custos com ração à base de milho e soja limitarão a expansão dos confinamentos, que não deverão contribuir de forma relevante para a ampliação da oferta. O IMEA, do Mato Grosso, estima queda de 24% do volume confinado neste ano ante 2015, em razão dos elevados custos com ração, combinados aos preços estagnados do boi.
Alguns fatores poderão pressionar para cima os preços do boi, como: (i) ampliação das exportações, (ii) baixa oferta de animais prontos para abate e redução dos confinamentos e (iii) alta de preços de carnes no atacado. Mas o consumo doméstico, com participação relevante de 80% na produção do País e que continuará fraco, será o principal fundamento para que as cotações do boi gordo continuem estabilizadas no nível atual, sem pressões relevantes de alta.
8
Exportações brasileiras de carne bovina (em mil toneladas)
Fonte: Secex Elaboração: Bradesco
1.412
1.361
1.702
1.208
1.297
1.069
1.592
1.428
800
900
1.000
1.100
1.200
1.300
1.400
1.500
1.600
1.700
1.800
ago/
05no
v/05
fev/
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ai/0
6ag
o/06
nov/
06fe
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mai
/07
ago/
07no
v/07
fev/
08m
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08fe
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Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos
Boi Gordo – Preço ao Produtor – Praça São Paulo (em R$ por arroba)
Fonte: CEPEA Elaboração: Bradesco
9
Projeção de preço: média dos preços futuros BMF BOVESPA
Abate de bois em mil cabeças
Fonte: MAPA Elaboração: Bradesco
2.485
2.2562.239
2.052
1.9982.006
1.800
2.000
2.200
2.400
2.600
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
2014
2015
2016
61,8
93,3
74,5
109,6 106,9
90,897,0
108,4
125,2
150,7157,7 157,2
20,0
40,0
60,0
80,0
100,0
120,0
140,0
160,0
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222.429 223.460240.944
287.810314.969
257.592
320.650359.316
431.413
474.800
559.432
604.514623.905
560.364588.916
658.822634.767
665.586684.774
150.000
250.000
350.000
450.000
550.000
650.000
90/9
1
91/9
2
92/9
3
93/9
4
94/9
5
95/9
6
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7
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8
98/9
9
99/0
0
00/0
1
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2
02/0
3
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4
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3
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AÇÚCAR E ETANOL – Cotações internacionais do açúcar devem manter a tendência de alta, refletindo o déficit global de produção e os menores estoques mundiais. Preços domésticos do etanol devem seguir em elevação, em resposta à oferta interna mais restrita durante a entressafra, pois a maior parte da produção de cana está voltada para o açúcar.
Fundamentos Em maio, o USDA divulgou seu relatório semestral sobre a safra 2016/17 de açúcar. As estimativas de
produção e consumo global chegaram a 169,3 e 173,6 milhões de toneladas, nessa ordem, configurando um déficit de 4,3 milhões de toneladas. Como referência, na safra anterior, o déficit chegou a 6,9 milhões de toneladas. Com isso, a relação estoque consumo está estimada em 18,9%, abaixo do nível de 22,0% da safra anterior. E consultorias especializadas também estão estimando déficit global de açúcar pela segunda safra seguida.
Em agosto, a Conab divulgou o 2º levantamento da safra 2016/17. A produção de cana, antes estimada em 690,9 milhões de toneladas em abril, foi revisada para 684,8 milhões de toneladas. Isso representa uma queda de 0,9% ou de 6 milhões de toneladas, incorporando os efeitos da estiagem em abril e maio no Centro-Oeste. Em relação à safra passada, a produção é 2,9% maior, como resultado da melhora do clima e da expansão da área. A produção de açúcar está estimada em 39,96 milhões de toneladas, atingindo nível recorde, com alta de 6,5% ante o levantamento anterior e de 19,3% em relação à safra passada. A produção de etanol total está estimada em 27,87 milhões de litros, caindo 8,1% em relação ao levantamento de abril e 8,5% ante a safra passada. O próximo levantamento da Conab será divulgado em meados de dezembro.
Até meados de setembro, o volume de cana processada no Centro-Sul registrou ampliação de 7,9% na comparação com o mesmo período do ano passado, segundo acompanhamento quinzenal da Unica. O processamento de açúcar subiu 19,3%, enquanto o de etanol total ficou estável, com variação positiva de 0,2%. A produção de etanol anidro (mistura à gasolina) avançou 11,8%, ao passo que a produção de etanol hidratado (usado como combustível) caiu 6,6%. Esse movimento, de processamento mais direcionado para o anidro, deve-se à demanda doméstica que está mais robusta por gasolina. Até agosto, o consumo de gasolina tinha avançado 2,6%, enquanto o consumo de etanol hidratado tinha recuado 14,2%. As usinas estão direcionando mais cana para a produção de açúcar, em detrimento do etanol, em razão da melhor rentabilidade do primeiro.
Apesar da ampliação da produção brasileira de açúcar, nos próximos meses, as cotações internacionais devem manter a tendência de alta, como resultado do déficit global de produção e dos menores estoques mundiais. Os preços do etanol no mercado doméstico devem seguir em alta nos meses à frente, como resultado da oferta interna mais restrita durante a entressafra, já que maior parte da produção está voltada para o açúcar.
10
AÇ
ÚC
AR
E
E
TAN
OL
Produção nacional de cana-de-açúcar em mil toneladas
Fonte e projeção (*): Conab Elaboração: Bradesco
Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos
Preço de Etanol Hidratado (em R$ por metro cúbico)
Fonte: BMF BOVESPA Elaboração: Bradesco
11
Preços internacionais de açúcar (em US$ cents por bushel) Projeção de preço: média dos preços futuros
Fonte: Bloomberg Elaboração: Bradesco
Produção nacional de açúcar (em mil toneladas) Produção nacional de etanol (em mil litros)
Fonte: Conab Elaboração: Bradesco
Projeção de preço: preços futuros BMF BOVESPA
11.700
16.020
27.500
35.968
37.878
33.489
39.963
12.692
13.07810.518
14.640
23.007
25.763
27.595
23.640
30.462
27.870
8.000
15.000
22.000
29.000
36.000
43.000
93/9
4
94/9
5
95/9
6
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7
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8
98/9
9
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0
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1
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2
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3
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6
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7
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8
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9
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0
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1
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2
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3
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4
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5
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6
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AÇÚCAR
ÁLCOOL
5,6
10,79,0 8,8
6,3
9,0
8,4
17,9
8,9
13,1
11,3
28,4
14,6
32,1
21,9
29,5
24,9
17,7
15,4
10,7
14,9
23,1
20,5
3,0
9,0
15,0
21,0
27,0
33,0
jan/
00
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1.062
1.291
1.025
1.354
1.076
1.316
1.148
1.842
1.285
1.7581.860
920
1.020
1.120
1.220
1.320
1.420
1.520
1.620
1.720
1.820
1.920
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Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos
FONTE: Bloomberg ELABORAÇÃO: BRADESCO
Posições não comerciais e preços internacionais de soja
FONTE: Bloomberg ELABORAÇÃO: BRADESCO
Posições não comerciais e preços internacionais de milho
FONTE: Bloomberg ELABORAÇÃO: BRADESCO
Posições não comerciais e preços internacionais de café
Acompanhamento das posições não comerciais
-24414
260.845
168.209
-130.404
55583
1.613
940,8
1007,75
-160.000
-120.000
-80.000
-40.000
0
40.000
80.000
120.000
160.000
200.000
240.000
280.000
0
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1.800
2.000
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Posição não-comercial
preço soja
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n-
80.111
149.456
-113.383
109136
142245
-87984
789,5
545,3
340,5
405
-300000
-200000
-100000
0
100000
200000
300000
400000
500000
150
250
350
450
550
650
750
850
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US$ cents por bushel
posição não comercial
preço milho
37358
53800
208,9
168,3
118,3
-30.000
-20.000
-10.000
0
10.000
20.000
30.000
40.000
50.000
60.000
70.000
-20
30
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130
180
230
280
330
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posição não comercial
Café
US$ c / libra em número de contratos
Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos
SO
JA
Complexo Soja Da soja em grão produzida no Brasil, 60% do volume é exportado e 40% é destinado à moagem. O
processo de moagem resulta em 72% de farelo e 18% de óleo. Os 10% restantes são sementes e perdas. Do farelo produzido, 50% são exportados e, do óleo, 20% são embarcados.
A soja é uma cultura de exportação, visto que o nível de produção excede o consumo em torno de 40%.
Isso significa dizer que qualquer crescimento da produção nacional gera excedente exportável.
No mercado doméstico, a soja é utilizada na fabricação de alimentos, como mortadelas e salsichas, e cerca de 80% são utilizados na fabricação de rações. A soja responde por 25% a 30% da ração de aves e suínos.
Países de destino Grão: 75% China, 10% Europa.
Farelo: 56% Europa, 14% Indonésia, 8% Tailândia.
Óleo: 48,8% Índia, 12% China. Sazonalidade Safra de verão: plantio ocorre entre outubro e dezembro e colheita se concentra entre fevereiro e maio. Regionalização Centro-Oeste: 46%; Sul 37%; 8% Sudeste; 5% Nordeste Ranking O Brasil é o segundo maior player global na produção, com 31,2%, atrás dos EUA, com 33,4%, mas é o
maior exportador, com 43,0% do total, seguido pelos EUA, com 38,2%.
Retrato do mercado
13
Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos
O milho é base das rações para os principais tipos de criação. Na composição das rações, o produto representa:
64% da avicultura
65% da suinocultura
23% da pecuária de leite Países de destino As exportações de milho respondem por 32% do volume produzido. Os principais mercados de destino
são: 15% Irã, 10% Coréia do Sul, 9,6% Japão. Sazonalidade O milho tem duas safras: Safra de verão: plantio ocorre entre outubro e dezembro e a colheita se concentra entre fevereiro e
maio. Representa 40% da safra total. Tem a seguinte distribuição regional: 45% Sul; 26% Sudeste; 13% Nordeste; 10% Centro-Oeste.
Safra de inverno: plantio ocorre entre fevereiro e junho e a colheita se concentra entre julho e novembro.
Responde por 60% da safra total. Tem a seguinte distribuição regional: 64% Centro-Oeste; 24% Sul (somente Paraná); 7% Sudeste; 3% Nordeste (somente Bahia).
Ranking O Brasil é o terceiro maior produtor global, com 8% de participação no mercado e o terceiro maior
exportador, com 16% de participação.
MIL
HO
Retrato do mercado
14
Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos
O Brasil exporta 70% do café produzido, sendo 96% de café verde e 4% de café solúvel
A cultura de café tem elevados custos com mão de obra, que representam cerca de 52% dos custos totais, pois a maior parte da colheita é manual.
Países de destino Europa 50,3%, 21,6% EUA, Japão 6,7%. Regionalização Distribuição regional da produção de café arábica: 70,6% Minas Gerais 12,7% São Paulo 8,9% Espírito Santo 3,4% Bahia 2,7% Paraná
Distribuição regional da produção de café robusta: 65,6% Espírito Santo 14,3% Rondônia 15,7% Bahia 2,9% Minas Gerais Sazonalidade A florada do café ocorre entre setembro e novembro no Brasil. A colheita tem início em maio e se
estende até setembro. Ranking O Brasil é o maior player global, com participações de 33% na produção e de 27% na exportação. Os
demais players, como Vietnã e Colômbia, têm baixo consumo interno, ao contrário do Brasil, que responde por 14% do consumo mundial.
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Retrato do mercado
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O rebanho bovino nacional é estimado em quase 200 milhões de cabeças. O rebanho comercial para abate é estimado em 40 milhões de cabeças, ou seja, este é o volume de gado em idade e peso ideais para o abate. O restante do rebanho se divide entre vacas de leite, bezerros e boi magro.
As exportações respondem por 20% da produção nacional de carne bovina. Países de destino Os principais mercados de destino em 2015 foram: 19,4% Hong Kong, 14,4% Egito, 13,2% Rússia,
8,6% União Europeia, 7,2% Irã, 7,2% China e 6,9% Venezuela. Regionalização Os abates de bovinos têm a seguinte distribuição regional: 36,1% Centro-Oeste; 21,2% Sudeste; 20,8%
Norte; 11,5 Sul; 10,4% Nordeste. Ranking O Brasil é o segundo maior produtor global de carne bovina, com 16,3% de participação, antecedido
pelos EUA, que representam 19,2%.
O Brasil é o maior exportador mundial, com 20% do mercado. Sazonalidade O ciclo da pecuária bovina é longo – 2,5 anos, contando desde o nascimento do bezerro até o abate do
animal com aproximadamente 15 arrobas.
O sistema de criação de bovinos no Brasil é a pecuária extensiva, ou seja, o boi é criado solto no pasto, alimentado à base de capim.
O sistema de confinamento, que é a criação do boi à base de ração em pequenos espaços, responde por apenas 5% do total de abates.
A safra bovina ocorre no primeiro semestre do ano, no período de chuvas, quando há pastagens abundantes. Com maior oferta de boi para abate, os preços do boi gordo nesse período são menores.
A entressafra bovina ocorre no segundo semestre, período da seca, quando o frio e as geadas secam as pastagens. O boi perde peso e há menor oferta de boi para abate. No entanto, os preços se elevam nesse período, pois a oferta é maior de boi de confinamento, cujo custo de produção é mais elevado. No pico da entressafra (outubro) ocorre o maior abate de boi macho confinado.
Nos confinamentos há dois turnos: 1º turno: aloja o boi magro entre maio-junho e entrega em agosto-setembro 2º turno: aloja o boi magro em agosto-setembro e entrega em novembro-dezembro
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Complexo Sucroalcooleiro Da cana-de-açúcar produzida no Brasil, 47% se destinam à produção de açúcar e 53% à produção de
etanol.
O açúcar tem a seguinte destinação: 70% exportação e 30% mercado doméstico. O etanol tem a seguinte destinação: 6% exportação e 94% mercado interno.
Do total de etanol produzido, o hidratado representa 60% (usado como combustível nos carros flex fuel) e o anidro 40% (misturado à gasolina na proporção de 20% a 25%).
O açúcar é uma cultura de exportação, visto que o nível de produção excede o consumo em torno de 70%. Isso significa dizer que qualquer crescimento da produção nacional gera excedente exportável.
Países de destino Açúcar: 10,4% China, 10,3% Bangladesh, 6,8% Argélia, 6,3% Índia. Etanol: 49,2% EUA, 25,2% Coreia do Sul. Sazonalidade A cana é uma cultura perene, pois o tempo entre o plantio e a colheita da cana é de 18 meses, e da
mesma planta é possível fazer até 6 cortes, em média.
O período de colheita da ocorre entre abril e novembro. Nesse período, as usinas operam 24 horas. Entre os meses de janeiro e março as plantas industriais são desmontadas para manutenção.
O Brasil é o único grande player mundial com safra no primeiro semestre do ano. Os demais produtores relevantes (EUA, Europa, Índia, Tailândia e Austrália) têm início de safra a partir do segundo semestre.
Regionalização 65% Sudeste; 16,8% Centro-Oeste; 10,3% Nordeste; 7,3% Sul. Ranking O Brasil é o maior produtor mundial de açúcar, com participação de 20,3%. Os demais players são:
Índia 16,6%; União Europeia 9,4%; Tailândia 6,3%.
O Brasil é o maior exportador, com participação de 43,4% no mercado global. Os demais exportadores são: Tailândia 16,1%; Austrália 6,7%.
Os maiores produtores mundiais de etanol são: 57,5% EUA e 27,7% Brasil.
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Economistas: Ana Maria Bonomi Barufi / Andréa Bastos Damico / Ariana Stephanie Zerbinatti / Constantin Jancso / Daniela Cunha de Lima / Ellen Regina Steter / Estevão Augusto Oller Scripilliti / Fabiana D’Atri / Igor Velecico / Leandro Câmara Negrão / Marcio Aldred Gregory / Myriã Tatiany Neves Bast / Priscila Pacheco Trigo / Regina Helena Couto Silva / Thomas Henrique Schreurs Pires Estagiários: Bruno Sanchez Honório / Christian Frederico M. Moraes / Fabio Rafael Otheguy Fernandes / Mariana Silva de Freitas / Rafael Martins Murrer
Octavio de Barros - Diretor de Pesquisas e Estudos Econômicos Fernando Honorato Barbosa - Superintendente executivo
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