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groin a gronegócios a O Jornal do Agronegócio Brasileiro. Agricultura, Pecuária, Meio Ambiente, Turismo, Indústria e Energia Jornal 52ª EDIçãO - 28 DE NOVEMBRO A 9 DE DEZEMBRO DE 2010 circulação MS, MG E SP Página 5. aProvado zonEaMEnto dE Milho coM braquiária EM MS braSil conSolida ESPaçoS naS ExPortaçõES aGroPEcuáriaS “O Brasil avançou mui- to nas exportações agropecuárias nos últimos anos e agora é o momento de consolidar este espaço, afirmou o secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Francisco Jardim. Ele participou de encontro, em Brasília, entre governo e setor privado para definir estratégias para o comércio internacional em 2011. Na opinião do secretário, o Brasil não é mais um pequeno vendedor no mercado mundial de alimentos e, de agora em diante, é preciso promover um marketing positivo dos produtos brasileiros. Para Jardim, a integração entre governo e empresários também é fundamental para a abertura de novos mercados e a ampliação daqueles já consolidados. “Precisamos criar, com cada setor, uma agenda para levantar demandas e dificuldades em aspectos sanitários e cul- turais com cada país e traçar ações para a busca de novos mercados”, afirmou. Francisco Jardim defendeu maior partici- pação das empresas e entidades exportadoras em organismos internacionais, como a Or- ganização Mundial de Saúde Animal (OIE) e o Cobex Alimentarius. Segundo ele, as discussões nesses fóruns, embora sejam re- alizadas prioritariamente pelo setor público, afetam diretamente a iniciativa privada. Ele sugeriu também a adoção de um sistema de gestão com base em princípios científicos que favoreçam as negociações entre países. As apresentações da reunião 4ª Reunião Estratégica: Resultados 2010/Perspectivas 2011 seguem durante todo o dia no Hotel Grand Bittar. À tarde, as discussões serão di- recionadas para produtos de origem vegetal. O Brasil não é mais um pequeno vendedor no mercado mundial de alimentos e, de agora em diante, é preciso promover um marketing positivo dos produtos brasileiros. PlaSticultura GarantE Produção durantE alta tEMPorada M ais de 40 municípios sul-mato-gros- senses tiveram o zoneamento agrícola para a cultura de milho consorciado com braquiária aprovada pela Coordenadoria Geral de Zoneamento Agropecuário do governo Federal. A decisão foi publicada no dia 26, no Diário Oficial da União e é válida para o ano- safra 2010/2011. Conforme anexo da portaria federal, o cultivo consorciado do milho com a braquiá- ria é utilizado no Estado predominantemente na safrinha (segunda safra), proporcionando formação de palhada - essencial para o sistema de plantio direto. Assim, a braquiária pode ser utilizada como pasto no período de entressafras. No consórcio de duas gramíneas, como é o caso do milho e braquiária, há uma competição por luz e água entre as culturas, o que pode afetar a produtividade do milho. No consórcio do milho com braquiária, quando bem conduzido, a perda de produtivi- dade do milho normalmente é inferior a 10% em relação ao cultivo solteiro. Para que ocorra um mínimo de competição entre as culturas é fundamental proporcionar condições para que o milho se desenvolva e ocupe o terreno antes de a braquiária se estabelecer plenamente. Os efeitos da reciclagem de nutrientes, acú- mulo de palha na superf ície, melhoria da parte f ísica do solo pela ação conjunta dos sistemas radiculares e pela incorporação e acúmulo de matéria orgânica são benéficos para os plan- tios subsequentes, em especial para os de soja, contribuindo para o aumento de produtividade. O principal objetivo do zoneamento agrí- cola é de identificar os municípios aptos e os períodos de semeadura para o cultivo do milho como segunda safra em condições de baixo risco climático. A identificação foi realizada a partir de análises térmicas e hídricas. Considerou-se apto para o cultivo do milho consorciado com braquiária, o município que apresentou no mínimo 20% de sua área, condi- ções climáticas dentro dos critérios considerados em 80% dos anos avaliados. As listas com a relação dos municípios sul-mato-grossenses aptos para o cultivo está disponível na página 18 do Diário da União, que pode ser acessado através do endereço www.dou.gov.br. Exportação do agronegócio brasileiro faz país ser visto com outros olhos la fora

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groina gronegóciosaO Jornal do Agronegócio Brasileiro. Agricultura, Pecuária, Meio Ambiente, Turismo, Indústria e Energia

Jorn

al 52ª Edição - 28 dE novEmbro a 9 dE dEzEmbro dE 2010

circulaçãoMS, MG E SP

Página 5.

aProvado zonEaMEnto dE Milho coM braquiária EM MS

braSil conSolida ESPaçoS naS ExPortaçõES aGroPEcuáriaS

“o brasil avançou mui-to nas exportações agropecuárias nos últimos anos e agora é o momento de

consolidar este espaço, afirmou o secretário de defesa agropecuária do ministério da agricultura, Francisco Jardim. Ele participou de encontro, em brasília, entre governo e setor privado para definir estratégias para o comércio internacional em 2011.

na opinião do secretário, o brasil não é mais um pequeno vendedor no mercado mundial de alimentos e, de agora em diante, é preciso promover um marketing positivo dos produtos brasileiros. Para Jardim, a integração entre governo e empresários também é fundamental para a abertura de novos mercados e a ampliação daqueles já consolidados. “Precisamos criar, com cada

setor, uma agenda para levantar demandas e dificuldades em aspectos sanitários e cul-turais com cada país e traçar ações para a busca de novos mercados”, afirmou.

Francisco Jardim defendeu maior partici-pação das empresas e entidades exportadoras em organismos internacionais, como a or-ganização mundial de Saúde animal (oiE) e o Cobex alimentarius. Segundo ele, as discussões nesses fóruns, embora sejam re-alizadas prioritariamente pelo setor público, afetam diretamente a iniciativa privada. Ele sugeriu também a adoção de um sistema de gestão com base em princípios científicos que favoreçam as negociações entre países.

as apresentações da reunião 4ª reunião Estratégica: resultados 2010/Perspectivas 2011 seguem durante todo o dia no Hotel Grand bittar. À tarde, as discussões serão di-recionadas para produtos de origem vegetal.

O Brasil não é mais um pequeno vendedor no mercado mundial de alimentos e, de agora em diante, é preciso promover um marketing positivo dos produtos brasileiros.

PlaSticultura GarantE Produção durantE alta tEMPorada

mais de 40 municípios sul-mato-gros-senses tiveram o zoneamento agrícola para a cultura de milho consorciado

com braquiária aprovada pela Coordenadoria Geral de zoneamento agropecuário do governo Federal. a decisão foi publicada no dia 26, no diário oficial da União e é válida para o ano-safra 2010/2011.

Conforme anexo da portaria federal, o cultivo consorciado do milho com a braquiá-ria é utilizado no Estado predominantemente na safrinha (segunda safra), proporcionando formação de palhada - essencial para o sistema de plantio direto. assim, a braquiária pode ser

utilizada como pasto no período de entressafras. no consórcio de duas gramíneas, como é o caso do milho e braquiária, há uma competição por luz e água entre as culturas, o que pode afetar a produtividade do milho.

no consórcio do milho com braquiária, quando bem conduzido, a perda de produtivi-dade do milho normalmente é inferior a 10% em relação ao cultivo solteiro. Para que ocorra um mínimo de competição entre as culturas é fundamental proporcionar condições para que o milho se desenvolva e ocupe o terreno antes de a braquiária se estabelecer plenamente.

os efeitos da reciclagem de nutrientes, acú-

mulo de palha na superf ície, melhoria da parte f ísica do solo pela ação conjunta dos sistemas radiculares e pela incorporação e acúmulo de matéria orgânica são benéficos para os plan-tios subsequentes, em especial para os de soja, contribuindo para o aumento de produtividade.

o principal objetivo do zoneamento agrí-cola é de identificar os municípios aptos e os períodos de semeadura para o cultivo do milho como segunda safra em condições de baixo risco climático. a identificação foi realizada a partir de análises térmicas e hídricas.

Considerou-se apto para o cultivo do milho consorciado com braquiária, o município que

apresentou no mínimo 20% de sua área, condi-ções climáticas dentro dos critérios considerados em 80% dos anos avaliados.

as listas com a relação dos municípios sul-mato-grossenses aptos para o cultivo está disponível na página 18 do diário da União, que pode ser acessado através do endereço www.dou.gov.br.

Exportação do agronegócio brasileiro faz país ser visto com outros olhos la fora

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SEnadora Kátia abrEu lança conGrESSo intErnacional da carnE EM caMPo GrandE

JORNAL AgROiN AgRONEgÓCiOSCirculação MS, Mg e SP

ANO ii - Nº 5228 de novembro a 9 de dezembro de 2010

Diretor: WiSLEy TORALES ARguELhO

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Diretor de Arte: MAykON TORALES

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a presidente da Confederação da agricultura e Pecuária do brasil (Cna), senadora Kátia abreu, afirmou no último dia 25/11, em evento

da Federação da agricultura e Pecuária de mato Grosso do Sul (Famasul), que a carne do brasil está entre as melhores do

mundo, por ser segura, barata e saborosa.a senadora participou do seminário

mS agro – desafios Estratégicos para a Competitividade do agronegócio do mS, e aproveitou para fazer o lançamen-to oficial do Congresso internacional da Carne 2011, que será realizado em Campo Grande.

além de destacar a qualidade da produ-ção brasileira como modelo para o mundo, a senadora falou dos projetos do sistema Cna/SEnar para os próximos anos. Uma das ações citadas foi o Projeto biomas, feito em parceria com a Empresa brasileira de Pesquisa agropecuária (Embrapa) para garantir a conciliação entre produção de alimentos e preservação do meio ambien-

te. Ela também falou sobre o trabalho da entidade para divulgar a imagem do pro-

dutor rural como principal responsável pela produção de alimentos. “a imagem do produtor é muito importante e muitas vezes o homem do campo está tão ocupado em produzir que não encontra tempo para

trabalhar essa imagem”, enfatizou.a senadora lembrou que o setor produ-

tivo tem muitas lutas e precisa conseguir junto ao governo uma política agrícola que seja boa para todos. “acredito que vamos ter avanços, mas precisamos trabalhar duro pela melhora do Código Florestal e das legislações trabalhista e sanitária”, disse. Para as ações em cada estado, rea-lizadas através do sistema Cna/SEnar, Kátia abreu reforçou ainda o apoio que a instituição oferece às Federações de agricultura e Pecuária.

de Campo Grande, a presidente da Cna seguiu para bonito, onde acontece o encontro de representantes das Federações e unidades do SEnar de todo o País.

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lEilão virtual FazEnda 3r Fatura 30% a MaiS EM rElação ao ano antEriorrubinho Catenacci recebeu os amigos no Twist, dia 24-11, para o 4º Leilão

virtual Fazenda 3r. rubinho afirmou que o faturamento foi 30% maior do que o ano anterior, e que ele reservou os animais que levaria no leilão destaques do mS. “Quem comprou no virtual comprou bem, porque levou a vantagem de pagar mais barato. no leilão presencial os animais com certeza teriam um

valor muito maior!” conclui. as médias de prenhezes ficaram em r$ 20.000, fêmeas Po r$ 5.500,00 e bezerros Po r$ 4.500,00. “os compradores foram tanto de mato Grosso do Sul quanto dos quatro cantos do país”, afirmou rogério rosalin, gerente da Fazenda 3r. Quem quiser pode acompanhar mais fotos no www.agroin.com.br.

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lídErES cooPErativiStaS SE rEúnEM EM Encontro EStadual

ampliar a visão dos dirigen-tes cooperativistas sobre as formas de gestão do empre-endimento cooperativo na atual conjuntura econômi-

ca é objetivo do Encontro Esta- dual de Líderes, promovido pelo sistema oCb/SESCooP/ mS no dia 2 de dezembro, às 13 horas, no auditório da Famasul.

o encontro é destinado a líderes, dirigentes, gerentes, conselheiros e coo-perados e conta com uma programação diversificada e de alto nível. a primeira

palestra será “Conjuntura Econômica”, com o renomado roberto rodrigues, uma liderança e referência mundial do cooperativismo. É o único não europeu que já presidiu a aCi- aliança interna-cional Cooperativista. Logo depois será a vez de José Luiz Tejon com uma palestra contemporânea “Liderança e Estratégia”. Tejon em 2010 lançou o livro máquina de vendas (co-autoria) e lançará tam-bém as obras Luxo for all e, o vôo dos inven- cíveis.

“Cooperativismo como Pauta” é a úl-

tima palestra do evento e será ministrada pelo jornalista Eloy Setti, que foi assessor de comunicação da oCEPar- Sindicato e organização das Cooperativas do Estado do Paraná por 22 anos, além de outros trabalhos no segmento cooperativista.

Para fechar o encontro ocorrerá a ce-rimônia de entrega do ii Prêmio oCb/mS de Jornalismo e a formatura dos alunos do Programa Líderes 2010 e Formacoop 2010.

o ii Prêmio oCb/mS de Jornalismo foi um sucesso. as inscrições cresceram 100% em relação ao ano anterior. São 21 trabalhos inscritos, sendo duas séries de reportagens, que totalizam 25 matérias concorrendo. isso mostra a credibilidade

que o Prêmio oCb/mS de Jornalismo tem com a imprensa de mato Grosso do Sul.

Com o intuito de mobilizar e reco-nhecer jornalistas dedicados a divulgar os projetos, ações econômicas e sociais realizadas pelo cooperativismo sul-mato-grossense, o prêmio oCb/mS de Jorna-lismo voltou com toda a força em 2010 em duas categorias: Jornalismo impresso e Telejornalismo.

“nos sentimos lisonjeados com a boa recepção do nosso prêmio pela impren-sa. Queremos firmar uma parceria para divulgar e disseminar o cooperativismo para a sociedade”, afirmou Celso régis presidente da oCb/mS.

Programação diversificada e de alto nível

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“Produzir commodities agrícolas se tornou uma questão estratégica”, disse há pouco o secretário de

relações internacionais do ministério da agricultura, Célio Porto. Ele conduz, nesta quinta-feira, 25 de novembro, em brasília, o encontro com os principais setores ex-portadores do agronegócio nacional para avaliar o ano de 2010 e definir estratégias para 2011.

Porto explicou que com aumento da demanda por alimentos e a redução do estoques mundiais, o brasil passou a ser visto como um parceiro comercial importante no cenário mundial. “Existe uma preocupação com a escassez de ali-mentos e o mundo está de olho em quem tem a capacidade de atender a crescente demanda”, afirmou.

Segundo o secretário, a China, por exemplo, passou a ser, em 2008, o maior

Produção dE aliMEntoS SE torna Fator EStratéGico

comprador de produtos do agronegócio brasileiro. o país asiático já é um grande importador de soja e este ano começou a comprar milho por não conseguir suprir a necessidade interna.

o aumento de preços no mercado inter-nacional e das quantidades embarcadas de alimentos levará o brasil a atingir o recorde nos valores exportados em 2010. de acordo com Célio Porto, as vendas externas do agronegócio devem atingir US$ 75 bilhões, superando o maior valor já registrado, de US$ 71,8 bilhões, em 2008.

Ele reforçou ainda que o brasil tem o maior superávit mundial da balança comer-cial do agronegócio e amplia, em média, 16,1% ao ano o valor exportado. Porém, Porto explica que é necessário diversificar a pauta exportadora, ampliando para produ-tos com grande inserção no exterior, como óleo de palma, pescados e lácteos.

PlaSticultura GarantE Produção durantE alta tEMPoradaComercializar a produção

sempre foi o principal desafio para a agricultura familiar. E a busca por alternativas para chamar a atenção do mercado

e do consumidor invariavelmente acaba caindo em um mesmo ponto: a inovação. inovar é o caminho para destacar-se dos demais e garantir, por meio dela, um valor agregado maior ao produto.

É o que fez o produtor rural Sérgio Chiquito, que há 16 anos trabalha com a técnica conhecida como plasticultura, numa propriedade distante seis quilômetros de Campo Grande. o trabalho consiste em utilizar o plástico para proteger a produção

de agentes externos. assim, por meio de estufas, tubos, mangueiras de irrigação e sombrites os cultivos ficam a salvo do sol, chuva ou predadores naturais. após a colheita, é novamente o plástico que vai envolver os alimentos durante o transporte até o consumidor final.

“Quando começamos só tinha a gente usando estufa aqui em Campo Grande”, recorda Sérgio. o investimento inicial foi alto, mas o retorno foi rápido e em um ano já havia sido recuperado. “Conseguimos vender 100% da nossa produção o ano todo, por causa das medidas que adotamos, não é só a qualidade do produto, é a aparência dele na prateleira que também conta para

o consumidor”, observa o produtor rural.o cultivo em ambiente protegido per-

mite o desenvolvimento de culturas que necessitam de condições especiais para a produção fora de época. Conseguindo co-lher durante a alta temporada um produto com qualidade e esteticamente convidativo, é possível atingir um preço ainda maior no mercado.

o consultor do Sebrae, Élio Sussumo, destaca que a plasticultura é interessante, mas como em todo empreendimento é preciso avaliar o mercado e estudar as possibilidades de comércio antes de realizar qualquer investimento. “É preciso ter claro se a sua produção esperada vai ser capaz de

suprir os custos”, alerta.na propriedade de Sérgio, as estufas

possuem 400 m² de área e utilizam 1.200 m² de plástico. o material pode durar até quatro anos, se corretamente armazenado. Como o ambiente é fechado, o risco de con-taminação é maior, o que requer o cuidado redobrado do agricultor. “Todas as vezes que há algum indício de praga trocamos toda a terra imediatamente”, expõe o produtor.

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rEal h rEaliza iMPortantES contatoS durantE a FEilEitE

mais de dois mil animais das raças Girolando, Ho-landesa, Simental, Jersey, Gir Leiteiro entre outras, estiveram em destaque

durante a Feira internacional da Cadeia Produtiva do Leite realizada recentemente, em São Paulo (SP).

Pelo segundo ano consecutivo, a real H participou do evento e levou ao Centro de Exposições imigrantes a melhor tecnologia voltada para a produção leiteira. ao lado dos distribuidores brac e agro Cavaquinho, a empresa desenvolveu um excelente trabalho de divulgação da Homeopatia Populacional.

Com um estande montado próximo a pista de julgamentos, a equipe atendeu inúmeros pecuaristas todos interessados em fazer bons negócios. Presente na feira, o diretor comercial, dr. marcelo renck real se reuniu com os distribuidores brac e Ca-quinhos para discutir algumas estratégias de crescimento das empresa bem como de melhor atendimento aos clientes.

Ele conversou ainda com a proprietária da biomax de botucatu e com o sr. Paulo vieira de Sousa, novo distribuidor da região de Uberlândia (mG). “Tivemos uma impressão bastante positiva e ficamos muito satisfeitos com o perfil do novo distribuidor. acredita-

mos que está será uma parceria de grande sucesso”, comentou marcelo real.

na oportunidade juntamente com o promotor de vendas, Fábio bertolla e com a assistente comercial bruna Lapenna Ferreira, o diretor comercial traçou planos específicos para determinadas regiões do Estado de São Paulo, realizou contatos com vários clientes potenciais e também definiu, ao lado do gerente comercial Léo vechi, estratégias comerciais para os estados de minas Gerais e Goiás.

Em reunião com o presidente do Girolan-do, sr. José donato dias Filho e com 4º vice-presidente, Jonadan Hsuan mim ma, a real

H foi convidada a participar como parceira máster do Girolando durante o ano de 2011.

apoiadora e incentivadora da pecuária leiteira, a empresa se destaca como uma das anunciantes do livro Girolando - Edição de ouro, lançado no dia 11 de novembro, durante a exposição.

“a Feileite foi extremamente positiva e a empresa novamente fez seu papel partici-pando de uma feira com esta envergadura, demonstrando assim o seu compromisso com a classe produtora do nosso país, que é responsável por uma grande geração de empregos, de receitas e divisas”, finalizou o diretor comercial.

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o produtor brasileiro já pode conhecer um novo conceito de trator, de fabricação nacional, livre de todos aqueles cabos,

telas e conexões acoplados na cabine da máquina, com uma eletrônica para cada implemento, colheitadeira, adubadora, plantadeiras, entre outros, que compli-cam a vida do operador na hora de usar o equipamento na propriedade. o trator padronizado, compatível com todos os implementos, ficou exposto durante a so-lenidade de posse do novo chefe geral da Embrapa instrumentação, Luiz Henrique Capparelli mattoso, no último 25.

o trator padronizado tem na cabine apenas um monitor, segundo a norma iSobUS, o que quer dizer que este equi-pamento tem programas computacionais compatíveis com os implementos e a ele-trônica a bordo. o trator foi adquirido pela Embrapa instrumentação, com recursos

trator Padronizado é aPrESEntado PEla EMbraPa EM SolEnidadE dE PoSSE

da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e é considerado o mais moderno produzido no brasil.

Padrão - o trator é da massey Fer-guson e está equipado com piloto automá-tico System 150, Estação rTK (precisão centimétrica), configuração especial para telemetria e terminal compatível com as normas iSobUS de eletrônica embar-cada.modelos similares já existem, mas são importados e os antigos são de dif ícil operação.

o pesquisador da Embrapa instrumen-tação ricardo inamasu - coordenador da rede de agricultura de Precisão da Embra-

pa - explica que um dos maiores problemas com o aumento da complexidade de siste-mas de diferentes fornecedores para super-visionar e para controlar automaticamente as funções das máquinas e implementos é a freqüente incompatibilidade existentes entre os sistemas. “a partir da década de 70, o produtor passou a conviver com uma grande quantidade de eletrônica na cabine do trator e com dezenas ou mais de metros de cabos elétricos interligando os sistemas e os sensores, porque cada um só funciona com seus componentes, e não se pode aproveitar o que já havia sido instalado anteriormente”, lembra inamasu.

Porém, desde a década de 80 tem se ten-tado elaborar normas para a comunicação entre dispositivos eletrônicos em máquinas agrícolas para prover um padrão aberto para interconexão de sistemas eletrônicos embarcáveis através de um barramento que é um conjunto formado por fios, conectores e dispositivos de potência. Grande parte da documentação da norma encontra-se já publicada e torna possível a implemen-tação de redes embarcadas segundo essa padronização, que tem sido chamada de iSobUS.

as pesquisas em desenvolvimento ba-seadas nessa norma começaram a surgir na segunda metade da década de 1990, mos-trando seus benef ícios e versatilidade para diferentes aplicações. “atualmente, além dos esforços de instituições de pesquisa e associações de normas, observa-se o esfor-ço por parte de fabricantes de máquinas, implementos e outros equipamentos para tornar a implementação dessa norma uma realidade”, adianta o pesquisador.

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por Wisley Torales

O assunto dessa edição é a nova sede da Leiloboi que vai ser inaugurada em fevereiro do ano que vem. Guaritá conta que será um lugar pra acomodar toda a equipe e que também vai reservar um espaço para quem quiser acomapanhar os leilões com transmissão pelo site da Leiloboi.

CAFARE - A 1ª Cavalgada da Família Reszende, Cafare, foi um sucesso! Foram três dias de con-fraternização em família. Tudo correu como planejado: a fiscalização por parte da Iagro, as paradas para o tereré, os pousos e a comida. A organização cumpriu a programação a risca. Agora é só esperar pela 2ª Cafare, nós da Agroin estaremos lá com certeza. Acompanhe as fotos pelo site www.agroin.com.br.

Aguiar Pereira, o comandante da Corrêa da Costa Leilões realiza amanhã, dia 29, o Leilão Cabeceira na Estância Orsi. Mais uma vez a quantidade de animais é surpreen-dente! Serão ofertados 881 animais entre machos, fêmeas, vacas lisas, paridas e boiadeiras. A transmissão é pelo site da Corrêa da Costa.

Murilo Zauith e Carlos Guaritá

Aguiar Pereira