Agricultura e Energia Como a compatibilizar? - lneg.pt e energia_LNEG.pdf · Agricultura e Energia....
Transcript of Agricultura e Energia Como a compatibilizar? - lneg.pt e energia_LNEG.pdf · Agricultura e Energia....
Fernando Bianchi-de-Aguiar Unidade Biocombustíveis, Desenvolvimento Agronómico.
Galp Energia
LNEG, 17 de março de 2014
Agricultura e Energia
Como a compatibilizar?
Agricultura e Energia. Como a compatibilizar?
Sumário
A. Introdução
B. O conflito entre a produção de alimentos e a produção de matérias-primas para biocombustíveis.
i. O potencial de crescimento das áreas agrícolas, as necessidades crescentes de alimentação e outros fins.
ii. A evolução dos preços de mercado e stocks de cereais. Principais causas das alterações.
C. Culturas anuais vs culturas plurianuais e a sua sustentabilidade económica, ambiental e social.
D. Projetos agroindustriais da Galp Energia, para produção própria de biocombustíveis, numa intervenção verticalizada. O Projeto Belém em parceria com a Petrobrás
DESENVOLVIMENTO RURAL
AMBIENTE SEGURANÇA
ENERGÉTICA
Malasia
Indonésia
Nova Zelândia
Japão
UK
Coreia do Sul
China
França
Argentina
India
US
Filipinas Brasil
EU
Fonte: WoodMackenzie – “Global Biofuels 2020”
PROCURA OFERTA
INSTRUMENTOS POLÍTICOS SOBRE A INSTRUMENTOS POLÍTICOS SOBRE A
EU => 10% da energia dos combustíveis dos transportes em 2020
Portugal ?
África ?
Vectores principais das políticas de biocombustíveis
Vectores principais das políticas de biocombustíveis
DESENVOLVIMENTO RURAL
AMBIENTE SEGURANÇA
ENERGÉTICA
Malasia
Indonésia
Nova Zelândia
Japão
UK
Coreia do Sul
China
França
Argentina
India
US
Filipinas Brasil
EU
Fonte: WoodMackenzie – “Global Biofuels 2020”
OFERTA
INSTRUMENTOS POLÍTICOS SOBRE A INSTRUMENTOS POLÍTICOS SOBRE A
Portugal ?
África ?
EU => 10% da energia dos combustíveis dos transportes em 2020
PROCURA
Vectores principais das políticas de biocombustíveis
DESENVOLVIMENTO RURAL
AMBIENTE SEGURANÇA
ENERGÉTICA
Malasia
Indonésia
Nova Zelândia
Japão
UK
Coreia do Sul
China
França
Argentina
India
US
Filipinas Brasil
EU
Fonte: WoodMackenzie – “Global Biofuels 2020”
OFERTA
INSTRUMENTOS POLÍTICOS SOBRE A INSTRUMENTOS POLÍTICOS SOBRE A
Portugal ?
África ?
EU => 10% da energia dos combustíveis dos transportes em 2020
PROCURA
Terra arável e culturas permanentes (milhões de ha)
O primeiro e mais importante papel da agricultura é a produção de alimentos e outros bens primários. Pode contudo fornecer uma multiplicidade de bens e serviços incluindo uma fonte viável e sustentável de energia, contribuindo para a disponibilização para seu próprio uso.
O Papel da agricultura
Fonte: FAO
Terra arável e culturas permanentes (milhões de ha)
Esta dupla função implica maior produtividade e mais altos níveis de sustentabilidade através da produção de energia CO2-neutra. O aumento do uso da bioenergia pode conduzir benefícios ambientais e ao desenvolvimento rural mas conduz a um potencial conflito com a produção de alimentos.
O Papel da agricultura
Fonte: FAO
A “revolução verde” será ilimitada? (1/2)
Fonte: Food Outlook: Global Market Analysis November 2010. Rome FAO.
Indices of world agricultural production, nitrogen fertilizer use and world agricultural area (100=1999–2001)
Desde os anos 50 que o crescimento da produção agrícola está largamente baseada no crescimento das produtividades. Desde essa altura área cultivada cresceu relativamente pouco – 1,4 a 1,5 milhões de ha entre 1950 e 2005. Este espectacular crescimento está fortemente ligado ao aumento de inputs por ha ...
A “revolução verde” será ilimitada? (2/2)
Fonte: Food Outlook: Global Market Analysis November 2010. Rome FAO.
Indices of world agricultural production, nitrogen fertilizer use and world agricultural area (100=1999–2001)
... como é o caso do uso de fertilizantes. O melhoramento genético desempenhou igualmente um papel relevante com o fornecimento de novas cultivares. Este modelo está contudo esgotado... a começar pelo potencial de crescimento da produtividade das novas cultivares ... em termos globais.
Evolução da terra arável disponível por habitante (1/2)
Terra arável per capita (ha/per capita)
Fonte: Jelle Bruinsma (2009) *Population Division of the Department of Economic and Social Affairs of the United Nations Secretariat (2007)
Estima-se que a população mundial atingiu os 7,2 mil milhões de pessoas em 2013 e que superará os 9,1 mil milhões em 2050*, 30% superior à atual. Este crescimento centra-se nos países em vias de desenvolvimento associado a um processo de concentração urbana (70% contra 49% atualmente)!
Evolução da terra arável disponível por habitante (2/2)
Terra arável per capita (ha/per capita)
Fonte: Jelle Bruinsma (2009) *How to Feed the World in 2050. FAO
A produção mundial de cereais terá de crescer para 3 mil milhões de toneladas (2,1 mil milhões actuais) e a produção de carne terá de atingir 470 mil milhões de toneladas (200 mil milhões actuais)*.
Potencial de crescimento mundial das áreas de cultivo (1/2)
Fonte: FAO
Terra arável e culturas permanentes (milhões de ha)
Prevê-se que até 2050 a terra arável crescerá cerca de 70 milhões de hectares, 120 milhões (+12%) nos país em desenvolvimentos com um declínio de 50 milhões (-8%) nos países desenvolvidos. Uma parte do aumento da produção mundial de alimentos, estimada em 80%, terá contudo de resultar de uma intensificação cultural.
Terra arável em uso, 2005 Terra adicional potencial (sequeiro)
Potencial de crescimento mundial das áreas de cultivo (2/2)
Terra arável e culturas permanentes (milhões de ha)
O mundo tem consideráveis reservas de terra que podem teoricamente ser convertidas em terra arável. Uma parte tem contudo uma importante função ecológica que não pode ser ignorada. Essas reservas estão principalmente localizadas nalguns países da América Latina e na África Sub-Sahariana, zonas com falta de acessos e infraestruturas ...
Países de
Transição
América Latina África Sub-
Sahariana
Países
Industrializados
Ásia Oriental
Ásia do Sul Norte de África e
Próximo Oriente
Fonte: How to Feed the World in 2050. FAO
1.200
1.000
800
600
400
200
0
Segundo a FAO, apenas 10% das terras aráveis do país são cultivadas e a
maioria dos agricultores ainda utilizam sementes de baixa qualidade. Depois do
aumento nos preços globais dos alimentos durante o biênio 2007-2008, a
iniciativa da ONU tornou-se central para garantir a estabilidade dos alimentos
em todo o país.
Sete por cento do total da terra arável em Moçambique foram concedidos
entre 2004 e 2009, segundo o estudo do instituto norte-americano Oakland
Institute. Cerca de dois milhões e meio de hectares foram concedidos a
investidores estrangeiros de países, como África do Sul, Austrália, Portugal,
Suécia, Noruega e Índia.
Muitos dos projetos são de reflorestamento, outros de agro combustíveis ou
de produção de açúcar. A atribuição desses 2,5 milhões de hectares tem
gerado conflitos com as comunidades locais que tiveram que ser
desalojadas.
O preço dos alimentos (1/5)
O aumento dos preço dos alimentos nos últimos anos atingiu milhões de pessoas, minando o seu estatuto nutricional e a segurança alimentar
O índice de preços de alimentos no mundo aumentou mais de 100 por cento nos últimos 10 anos regressando a valores ( a preços constantes) de meados dos
anos 70 ...
Fonte: FAO, Food price index. Release date: 06/03/2014
Fonte: FAO, Food price index. Release date: 06/03/2014
O preço dos alimentos (2/5)
O mercado de óleo de palma reflete, principalmente, preocupações relativas ao longo tempo seco em algumas áreas produção no sudeste asiático, em conjunto com o dinamismo da procura em todo o mundo, incluindo os produtores de biodiesel. Quanto ao óleo de soja, as cotações subiram com receios das condições desfavorável na América do Sul no período de colheita que estão afetar negativamente a produtividade.
O índice de preços de óleo vegetal FAO com média 197,8 pontos em fevereiro, mais 9,2 pontos (ou 4,9 por cento) do que Janeiro, sustentada principalmente pelos preços mais elevados para o óleo de palma e óleo de soja.
Fonte: FAO, Food price index. Release date: 06/03/2014
O preço dos alimentos (3/5)
Após um declínio de três meses consecutivos, o açúcar recuperou os preços no final de
fevereiro, resultado das preocupações com um período de seca no Brasil e recentes
previsões apontam para uma queda de potencial de produção na Índia.
O índice de preços FAO do açúcar com uma média de 235,4 pontos em fevereiro, mais 13,7 pontos, ou 6,2 por cento, de Janeiro
Equilíbrio mundial da oferta e
procura de cereais em situação
confortável e previsão
favorável para a produção de
trigo em 2014
Previsão de reservas de cereais
do mundo, no final da estações
de colheita de 2014, cresceu um
por cento (5 milhões de
toneladas), desde fevereiro, para
578,5 milhões de toneladas. O
nível atual das existências de
cereais está 14,5% (73 milhões
de toneladas) acima do inicio da
campanha e o valor mais alto
desde 2001/02 (últimos12 anos).
O preço dos alimentos (4/5)
• o crescimento do preço dos alimentos é um problema da “volatilidade dos preços agrícolas” e um quase natural e constante problema dos mercados agrícolas (elasticidade da procura, políticas comerciais e especulação);
• crises anteriores (1950, 1970 e atualmente) podem ser explicadas pela dinâmica do investimento agrícola e;
• problemas conjunturais climáticos, secas, precipitação na época das colheitas,…;
• estaremos perante um sinal precoce de uma carência duradoira nos mercados agrícolas?
O preço dos alimentos (5/5)
Fonte: Price volatility and food security. A report by The High Level Panel of Experts on Food Security and Nutrition. Rome, July 2011
Produtividade de etanol da Cana e cereais, t/ha Produtividade de óleo das principais oleaginosas, t/ha
Fonte: Worldwatch Institute (excepto Sorgo – IICA Handbook on Biofuels)
Matérias-primas - Produtividade
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
4
4,5
5
S orgo Trigo Milho C ana0
1
2
3
4
5
6
Soja Girassol Colza Jatropha Palma
A Palma destaca-se claramente como a oleaginosa com maior produtividade de óleo por hectare (5 t/ha), seguida pela Colza (ca1,2t/ha). No lado do Etanol o destaque vai para a Cana-de-açucar (Cana) com 4,7 t/ha.
Matérias primas- sub-produtos
Contrariamente ao que acontece com a produtividade em óleo a Palma é das oleaginosas que produz menor quantidade de bagaço no processo de esmagamento. Na Soja, pelo contrario, o bagaço é considerada a matéria-prima por excelência sendo o óleo um sub-produto.
Fonte: A Global Challenge: Markets and Oil Palm Expansion. LMC International
Conteúdo de bagaço no output total da semente das oleaginosas, %
0
5
10
15
20
25
30
Palma Soja Colza Girassol Jatropha
Emissões de CO2 do cultivo de oleaginosas para biodiesel* (gCO2eq/MJ energia final)
Matérias-primas – Emissões de CO2
Fonte: Estudo Galp
* Para avaliação final da sustentabilidade falta incluir o processamento para biocombustível.
0
5
10
15
20
25
30
Cana Milho Trigo Sorgo
Emissões de CO2 do cultivo de Cana e cereais para etanol* (gCO2eq/MJ energia final)
A Palma e a Jatropha são as oleaginosas cujo cultivo tem menores emissões de CO2eq/MJ, por serem culturas plurianuais, sendo a Colza a que emite mais. No Etanol, a Cana é de longe a que regista menos emissões na produção.
N.D
Variação
dependente do
processo utilizado
Custos de produção agrícola
Durante a fase produtiva, a Palma e a Jatropha (Pinhão Manso) têm custos de produção agrícola anuais mais baixos do que o Girassol (cultura anual), facto semelhante nas outras produções anuais.
Custos das operações agrícolas durante a fase de produção, (USD/t de óleo)
NOTA: Contabilizados apenas os custos directamente ligados às operações agrícolas após entrada em produção. Não estão contabilizados custos administrativos, infra-estruturas e amortizações.
FONTE: Cálculos baseados em modelos agrícolas e de negócio elaborados pela Unidade de Desenvolvimento de Biocombustíveis da Galp Energia (2010): Palma – Brasil; Pinhão Manso – Moçambique; Girassol – Moçambique
• 3 Toneladas Semente/ha
• 1 t Óleo/ha
• 27 Toneladas CFF/ha
• 5 t Óleo/ha
• 2 Toneladas Semente/ha
• 0,672 t Óleo/ha
Fonte: Anexo I – D, D.L 117/2010, Análise Galp Energia
50% 42,0
Emissão de GEE ao longo do ciclo de vida das matérias primas
Emissões de GEE com tecnologia HVO de óleo de palma, Jatropha e Girassol registam redução > 60% (33,5) face ao diesel fóssil
2016
2017
35% 54,6
60%
34,0
Etanol
Biodiesel
Análise de Competitividade
+ Competitivos
Brasil
Ásia
Brasil
Argentina
Cana Açucar
Óleo Palma
Óleo Soja
Óleo Girassol
Produto Matéria Prima
Fonte: Galp Energia
Fonte: OECD-FAO Agricultural Outlook 2013 - © OECD 2013 Version 1 - Last updated: 28-Jun-2013
CHAPTER 3. BIOFUELS Share of feedstocks used for biofuels production
Fonte: OECD-FAO Agricultural Outlook 2013 - © OECD 2013 Version 1 - Last updated: 28-Jun-2013
CHAPTER 3. BIOFUELS Share of feedstocks used for biofuels production
Mais de 75% da produção global de biodiesel em 2020 será a partir de óleos vegetais. Jatropha representará em torno de 7%. As fontes não agrícolas* representarão 15% no mundo desenvolvido. A 2.ª geração de biodiesel pode representar já 10% do total.
*gorduras, óleos usados e subprodutos da produção de etanol
Fonte: OECD/Food and Agriculture Organization of the United Nations (2013), OECD-FAO Agricultural Outlook
2013, OECD Publishing.
http://dx.doi.org/10.1787/agr_outlook-2013-en
Fonte: OECD/Food and Agriculture Organization of the United Nations (2013), OECD-FAO Agricultural Outlook
2013, OECD Publishing.
http://dx.doi.org/10.1787/agr_outlook-2013-en
Fonte: OECD/Food and Agriculture Organization of the United Nations (2013), OECD-FAO Agricultural Outlook
2013, OECD Publishing.
http://dx.doi.org/10.1787/agr_outlook-2013-en
Impacto no Desenvolvimento Económico
1. Cana Açúcar
2. Jatropha ou Palma
3. Soja ou Girassol
+ Emprego/ha
+ Renda/ha
- Área Abrangida
Fonte: Galp Energia
+Emprego/ha
+ Renda/ha
- Área Abrangida
- Emprego/ha
- Renda/ha
+ Área Abrangida
+ Sub-produtos
O impacto social das principais culturas
Micro-algas
Matriz de Avaliação
Matriz de impacto - por matéria-prima
Competição alimentar
- Produtividade em litros de óleo por ha dada pela dimensão relativa
Sustentabilidade Ambiental
+
-
-
+
Gordura animal2
Óleos usados2
Biomassa2
1. Culturas com baixa produtividade em óleo porque ainda pouco exploradas. 2. Produtos residuais não agrícolas, logo, não faz sentido colocar a produtividade. 3. Não existe info sobre emissões de CO2 na produção do Sorgo.
- Em fase de maturação tecnológica
Milho
Trigo
Colza
Girassol Soja
Cana Palma
Sorgo
As matérias-primas melhor posicionadas são as não agrícolas (Gordura animal/óleos usados/Biomassa). No entanto, a escassez das primeiras e a maturidade tecnológica da última não dão garantias de disponibilidade.
Jatropha
Análise do Ciclo da Vida – Resultados Produção agrícola
1 ton sementes
97,4 kg CO2eq
• 71.3% CO2eq - Adubo N
• 22.5% CO2eq - Adubo P
• 6.1% CO2eq - Operações culturais
Análise do Ciclo da Vida – Resultados Globais
1 GJ Biodiesel Ecofining de Jatropha
34,2 kg CO2eq
• 38% CO2eq – Extracção/Ecofining
• 36% CO2eq – Produção agrícola
• 26% CO2eq – Transportes e distribuição
ATINGIR A META DE 10% ANTES DE 2020
Objectivo: “Ser um player Europeu de referência, com produção integrada de biocombustível social e
ambientalmente sustentáveis”
Produção de Biodiesel
Distribuição Produção de Óleo vegetal
E&P VERDE
Papel activo no sector das Energias Renováveis
Operador europeu de referência no sector de biodiesel Promoção de supply sustentável com comprovadas
reduções de emissão de gases com efeito de estufa
GALP ENERGIA
As 5 variáveis principais na ponderação dos investimentos
em biocombustíveis, para além da componente económica
Impacto Social Impacto
Ambiental
Maturidade
Tecnológica
Competição
Alimentar Produtividade
Os Projetos em curso
PROJECTOS EM DESENVOLVIMENTO E ESTUDO
1. BRASIL Produção de Óleo Palma (Belem Bioenergia Brasil => GALP + PETROBRAS)
2. Produção biocombustível matérias primas residuais (ENERFUEL)
3. Produção de Biodiesel HVO (Belem Bioenergia Portugal HVO => GALP + PETROBRAS)
4. Analise de Tecnologias 2G e novas matérias-primas (Estudos)
Palma
Competitividade Sustentabilidade
Galp Energia
Biocombustíveis
HVO – O.V. Hidrogenado
Biodiesel 2G
FAME Resíduos
INDICADORES CHAVE
Hoje 2016
108 Produção
Matéria-
prima
(kton) (Prod. Média)
250 0
Hoje 2016
155 Produção
de Biofuel
(kton) (Prod. Média)
155 0
~1/4 das necessidades do Supply GALP
• Processo de adaptação aos padrões Brasileiros e Internacionais de certificação de sustentabilidade do óleo vegetal
•Roundtable on Sustainable Palm Oil (RSPO)
• International Sustainability & Carbon Certification (ISCC RED)
• Selo Combustível Social - conjunto de medidas que visam estimular a inclusão social na agricultura → desenvolvimento da agricultura familiar aproveitando a produção de matérias-primas para biodiesel.
• Os produtores de biodiesel apresentam projeto ao MDA para incluir a agricultura familiar na sua cadeia produtiva, garantem a compra de matéria-prima oriunda deste tipo de agricultura. Para a região Norte o MDA definiu o limite ≥ 10% (vai a 50% no Noroeste). O MDA atribui do selo combustível social. Participar dos leilões de compra de biodiesel para o mercado interno brasileiro, bem como acesso a melhores condições de financiamento junto do Banco Nacional de Desenvolvimento-BNDES
• Reserva legal de 50% e 50% área agrícola. Mesmo nestes 50% agrícolas as áreas de protecção (APP’s) têm que ser mantidas (faixas ripícolas, zonas de conservação, manchas com floresta, etc). PRODES monitorização da floresta
amazónica
• Cerca de 125 M € investidos até 2013 - mais 238,6 M€ até 2018
Projeto Belém Bioenergia Brasil - Factos Relevantes
As repercussões só serão verificadas, no concreto, a médio prazo
• Empregos diretos – 1.200 trabalhadores, que atingirá cerca de 5.000
• Empregos indiretos/estimulo atividade económica - terceirização
• Ocupação estável de mão-de-obra ao longo de todo o ano
• Contratos de arrendamento – 25 anos com renda dividida em duas parcelas:
• componente fixa 60,75 R$/ha/trimestre, actualizado pelo IGPM
• componente variável, dependente da variação percentual do preço do óleo de palma em Roterdão (apura. trim.) aplicado ao valor trimestral da renda, de forma não cumulativa. Se negativo não entra.
• Parcerias:
• Preço: por t de CFF, 10% da cotação da t de óleo de palma no mercado internacional
• Distância de entrega: agricultor entrega CFF num ponto de colecta da BBB que fica num raio máximo de 20 km da extractora (diâmetro 40 km)
• Assistência técnica garantida pela BBB
• Financiamento da Operação pelo BASA (Banco da Amazonia), outros bancos e agencias
• O incentivo à participação de unidades familiares enquadrado no PNOP tem os seguintes objectivos: aumentar até 10x as receitas das famílias; aumentar as alternativas de exploração da terra; fixar as populações no campo evitando o êxodo para as cidades e a perda de qualidade de vida; garantir o destino da produção da unidade familiar.
• Alguns países têm medidas de política que obrigam os produtores de BioC a executar investimentos em áreas muito concretas (Angola (Lei 6/2010), Brasil selo social). Moçambique é mais omisso.
BBB - PAPEL NO DESENVOLVIMENTO/SEGURANÇA
ALIMENTAR
JV GALP + PETROBRÁS BIOCOMBUSTÍVEIS
ORIENTAÇÕES ESTRATÉGICAS GEOGRAFIA DAS ACTIVIDADES
Produção e Supply de óleo de Dendê sustentável
Cooperação entre Galp e Petrobrás Biocombustíveis (partilha de investimento e conhecimento)
Garantindo de produção no Brasil de óleo vegetal competitivo e sustentável
Produção e venda de biodiesel de 2ª Geração na Europa
Impacto social e ambiental positivo
OBJECTIVOS
Produção de óleo de Palma
300 mil t/ano de óleo de Palma em Belém do Pará
Produção a iniciar em 2013, chegando à velocidade cruzeiro em 2018
Produção de Biodiesel
270 mil t/ano de Biodiesel (HVO) de 2ª Geração em Portugal
Produção a iniciar em 2015 com distribuição na Europa, com enfoque na Ibéria
Projeto Belém Bioenergia Brasil – Visão Geral
2013
• Plantio 27.306 ha em 2 polos e entrada em produção da 1ª área
• Lançamento do EPC da 1ª Esmagadora em Tailândia
• Fecho do Financiamento bonificado com FDA – Banco do Brasil
2014
• Implantação de 15.400 ha (1º Trim. – atingindo 42,7 kha de área
própria)
• Adjudicação da 1ª Esmagadora (Polo de Tailândia)
• Com as Unidade familiares e empresarias completam-se 48 kha
(1.ª fase)
2015-18
• Entrada em produção de óleo vegetal, start up esmagadora
• Lançamento EPC da 2ª Esmagadora (Polo Tomé Açu)
• Término do período de investimento e de garantias pré-
operacionais
Etapas do Projeto 2013/2018
BELÉM BIOENERGIA BRASIL (BBB)
Parceiro Local
Indicadores Operacionais
- 50%
- 50%
Modelo de Produção
Anos Área plantada
(ha) Produção óleo
(ton)
2012 12.520 -
2013 27.306 -
2014 42.700 -
2015 48.000 54.006
2016 48.000 108.596
2017 48.000 161.786
Prod. média 48.000 250.000*
Produção
Própria
Esmagadora
Cacho de
Fruto
Fresco
(CFF)
Produção
de
Biodiesel ÓLEO
Produção
em Parceria
BB BRASIL
Localização:
Estado do Pará
BB PORTUGAL