África

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África Localização: O Continente Africano possui um pouco mais de 30 milhões de Km². A África se situa numa posição que é a mais quente da Terra, pois 4/5 do seu território está entre os trópicos. O litoral desse continente se estende por 27.638 quilômetros. Sendo essa extensão distribuída da seguinte forma pelos oceanos e mares: Oceano Atlântico, 10.840 km; Oceano Índico, 8.584 km; Mar Mediterrâneo, 5.254 km; Mar Vermelho, 2.960 km. O litoral africano, devido a sua forma retilínea e pouco articulada, possui poucos portos naturais. Condição que dificultou o estabelecimento de agrupamentos geopolíticos em seu litoral. Restringindo-se apenas em estabelecimentos costeiros e proporcionando certa facilidade na ocupação das ilhas do litoral africano, pelo fato de serem mais fáceis para ocupação e defesa. Os mapas a seguir mostram algumas localidades:

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África  

Localização:

O Continente Africano possui um pouco mais de 30 milhões de Km².

A África se situa numa posição que é a mais quente da Terra, pois 4/5 do seu território está entre os trópicos.

O litoral desse continente se estende por 27.638 quilômetros.

Sendo essa extensão distribuída da seguinte forma pelos oceanos e mares:

Oceano Atlântico, 10.840 km;

Oceano Índico, 8.584 km;

Mar Mediterrâneo, 5.254 km;

Mar Vermelho, 2.960 km.

O litoral africano, devido a sua forma retilínea e pouco articulada, possui poucos portos naturais. Condição que dificultou o estabelecimento de agrupamentos geopolíticos em seu litoral. Restringindo-se apenas em estabelecimentos costeiros e proporcionando certa facilidade na ocupação das ilhas do litoral africano, pelo fato de serem mais fáceis para ocupação e defesa.

Os mapas a seguir mostram algumas localidades:

Aspectos fisiográficos:

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Quanto ao relevo, há predominância dos planaltos com altitude média de 660 metros. O relevo, de certa forma, dificulta em partes a penetração das pessoas em determinadas áreas, também é responsável pelo direcionamento da hidrografia.

A África possui o maior deserto do mundo, o Saara, que ocupa vastas regiões do norte do continente. E no sudoeste encontra-se o Kalahari com aproximadamente 120 Km².

Mesmo com várias extensões desérticas a África possui rios importantes e de grande extensão, dentre eles podemos citar o rio Nilo, o rio Congo e o rio Níger.

A vegetação é composta principalmente por florestas tropicais e equatoriais no centro-oeste, estepes e savanas que margeiam os desertos e as florestas e as vegetações desérticas que coincidem aproximadamente com os desertos.

O deserto do Saara, maior deserto do mundo é uma região de clima árido, onde a evaporação excede a precipitação média anual, resultando em carência de água e fraco desenvolvimento da biosfera, ocupa uma grande área no norte do Continente Africano.  Estende-se do oceano Atlântico ao mar Vermelho, pode ser considerado um divisor não só climático, mas cultural na África.

Os mapas a seguir mostram as áreas dos desertos:

 Saara

O maior deserto quente do mundo, (perde em extensão para Antártida) divide o continente africano em duaspartes, a África do Norte e Sub-Saariana. A fronteira saariana ao sul é marcada por uma faixa semi-árida de savana, o Sahel. Segundo pesquisas,o deserto cresce pelo menos um centimentro por ano. As prováveis causas desse crescimento são as mudanças climáticas em vigor no planeta que acentuam a erosão e a aridez na região.

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Kalahari

Kalahari é um deserto localizado no Sul da África, com cerca de 900.000 km² distribuídos por Botswana, Namíbia e África do Sul. Namib é também um deserto; um grande deserto no sudoeste da África. (No sul de Angola e na Namíbia)

 

 Sahel

O termo Sahel significa "costa do deserto” ou “margem". É uma região que margeia a parte sul do deserto do Saara, uma transição entre o clima desértico e o clima tropical (os índices pluviométricos dessa região dão a ela características de região semiárida), é uma região muito fragilizada socioeconomicamente. Os países que compõem essa região são: Mauritânia, Senegal, Mali, Burkina Faso, Níger e Chade. Outros países também possuem terras na região do Sahel, são: Nigéria, Rep. Democrática do Congo, Camarões e Sudão.   

Nos aspectos naturais o deserto do Saara domina a maior parte da África do Norte, o que de certa forma contribui para dificultar a agricultara na região. Sendo esta praticada em alguns oásis, no vale do rio Nilo e no MAGREB. O subsolo possui importantes recursos energéticos, com destaque para o petróleo.

MAGREB

Existem várias possibilidades de subdividir o continente africano, uma delas na África do Norte é o MAGREB.

MAGREB significa "onde o Sol se põe", localiza-se na porção oeste do norte do continente, são formadas por Marrocos, Argélia, Tunísia Saara Ocidental e Mauritânia. Podendo se expandir até a Líbia, no chamado grande MAGREB.

A cordilheira do Atlas dá características fisiográficas que diferenciam essa região do restante da África do Norte. Os ventos do Atlântico ao encontrarem a cordilheira provoca uma precipitação regular, tornando o clima mediterrâneo na porção norte. Na faixa litorânea, entre a cordilheira do Atlas, o mar Mediterrâneo e o oceano Atlântico, estão as principais cidades da região e ali se realizam a maioria das práticas agrícolas, com destaque para cultivo das oliveiras e das videiras. A região foi ocupada por vários povos desde a antiguidade; cartagineses, romanos, vândalos, berberes e europeus modernos estão entre eles. O domínio dos povos árabes, que se miscigenaram com os berberes, dão traços culturais islâmicos para a região.

Atualmente o MAGREB possui um forte comércio petrolífero com a Europa e principalmente com os EUA, por isso, existe entre eles as relações diplomáticas (termo usado na política dos países, onde todos os governos têm seus diplomatas, cuja função é dialogar com os outros países para que acordos sejam levados a bom termo e para que as situações mais críticas sejam resolvidas pacificamente).

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Os mapas a seguir mostram as áreas que compreendem o sahel e o MAGREB:

Sahel

Região da África situada entre o deserto do Sahara e as terras mais férteis a sul. O termo foi cunhado para designar uma região fitogeográfica, dominada por vegetação de savana, que recebe uma precipitação entre 150 e 500 mm por ano. Pode, portanto pensar-se que a agricultura no Sahel está condenada ao fracasso mas, ao contrário, ela é protegida por uma “cintura verde” constituída por uma flora altamente diversificada, que – por não ter sido usada pelo homem - a protege dos ventos do Sahara.

 

MAGREB

Identificado geralmente com a parte ocidental da África do Norte, engloba a região deste continente a norte do deserto do Saara. Na época do império romano, era conhecido como África menor. Composto por Marrocos, Argélia, Tunísia, Líbia, Saara Ocidental, Mauritânia

 

Aspectos populacionais:

A região do Saara é composta predominantemente por povos de pele clara de origem árabes onde predomina a religião islâmica. Essa parte é conhecida como África Branca, ou África Saariana.

Ao sul do deserto do Saara predominam as etnias negras. São várias etnias formando uma das regiões com a maior diversidade cultural do mundo, que professam várias religiões como cristianismo, islamismo e o animismo. Essa parte é conhecida como África Negra, ou África Subsaariana.

 Regiões da África

Essa forma de regionalizar o Continente Africano leva em consideração os aspectos étnicos e culturais:

  África Branca (ou Setentrional)

A África Branca, que também pode ser chamada de Setentrional (norte) ou Saariana possui povos de origem de origem árabe.

O Islamismo predomina nessa região que representa em torno de 30% da população africana.

O padrão de vida é considerado baixo, mas superiores aos do restante da África. A economia se baseia principalmente na exploração mineral (petróleo), no turismo, na agricultura comercial irrigada e na agricultura mediterrânea.

Os países da África Branca são os seguintes: Mauritânia, Marrocos, Saara Ocidental, Argélia, Líbia, Tunísia, Egito, Sudão e Etiópia.

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·         África Negra (Subsaariana).

É a África dos povos negroides que abrange uma grande variedade de etnias formando uma heterogeneidade das mais complexas. Uma região considerada a menos desenvolvida no mundo, os indicadores sociais são os piores África Negra.

No quadro natural prevalece áreas de florestas tropicais e savanas, com uma região desértica no sudoeste - o deserto do Kalahari.

 A maioria dos países é agroexportador e o comércio de seus produtos obedece a uma lógica capitalista que permanece no continente desde os tempos coloniais (agricultura de plantation).

A região possui muita riqueza mineral e energética, mas de modo geral, ainda não está conseguindo explorá-los com resultados satisfatórios. A exceção pode ser feita a Angola e a Nigéria, que vêm apresentando significativo crescimento econômico, porém sem muito reflexo na parte social.

A colonização dessa parte do continente contribui em grande parte para a situação de subdesenvolvimento atual, foram criadas fronteiras artificiais e alguns grupos que apoiaram o colonizador ainda estão no poder e foram usados pelas potências para manter o domínio sob os recursos naturais da região.

Nas últimas décadas a presença chinesa vem se ampliando na África Negra, o Brasil também defende interesses nessa última fronteira natural do mundo, em especial na Nigéria, em Angola e Moçambique.

A África do Sul é o grande destaque da região. É o país mais industrializado, não só da região, mas de todo continente. Possui uma considerável industrialização e é rica em recursos naturais.

 

Apartheid

Significa separação, em africâner.

Foi um regime de segregação racial praticado por política de Estado na África do Sul entre 1948 e 1994.  Era negado à população negra o acesso a espaços ocupados por pessoas brancas.  O sistema se baseava na superioridade racial branca, mas na realidade servia de estratégia para explorar terras cultiváveis e consolidar a dominação branca sobre a população negra.

Os mapa a seguir mostra: A divisão histórico cultural. 

 

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Verde = África Branca ou Saariana

Cinza =  África Negra  ou Subsaariana

 

 

 

 

Aspectos econômicos:

O continente sofreu muito como o sistema de colonização do século XVI que se intensificou no final do século XIX e início do século XX e, de certa forma, foi submetido a uma lógica que perdura até hoje. Visto que muitos países ainda se fazem presentes no continente em busca dos recursos naturais. Em especial países europeus, mas nas últimas décadas a presença chinesa e brasileira vem aumentando consideravelmente no continente.

O setor industrial, não apresenta diversificação nem dinamismo suficientes que sustentem o desenvolvimento econômico. Possíveis exceções ocorrem com a África do Sul e o Egito.  A Angola e Nigéria estão crescendo em ritmo considerável.

O setor agropecuário está submetido quase que totalmente à logica capitalista atual. O continente produz gêneros que interessam aos países desenvolvidos que são os grandes consumidores e muitas vezes não possuem uma agropecuária para atender de forma satisfatória o mercado interno.

 

O continente na globalização:

A África mantém um intenso fluxo comercial com a Europa e os Estados Unidos, de certa forma, com alguns países asiáticos.

 A China tem presença marcante no continente, investindo alto em recurso naturais, em especial, petróleo.

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 O Brasil, ultimamente, vem se aproximando da África com intenção semelhante à da China. Grandes empresas brasileiras como a Petrobras, a Vale do Rio Doce, entre outras, estão presentes em países como Angola, Argélia, Nigéria, Tanzânia Mauritânia e África do Sul.

Site de Geografia - Escola Villare

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Regiões da África - o Magreb.

Imagem: http://eo.wikilingue.com/es/Magreb

Existem várias possibilidades de dividir e subdividir o Continente Africano. Uma divisão muito usada e que tem por base os fatores étnicos culturais é a divisão em África do Norte (ou Branca) e África Subsaariana (ou Negra). A África do Norte suporta algumas subdivisões, dentre elas, o Magreb.O Magreb localiza-se na porção oeste do norte do continente, a palavra significa "onde o Sol se põe" é formada por Marrocos, Argélia, Tunísia Saara Ocidental e Mauritânia. Podendo se expandir até a Líbia, no chamado grande Magreb. O cordilheira do Atlas dá características fisiográficas que diferenciam essa região do restante da África do Norte. Os ventos do Atlântico ao encontrarem a cordilheira provoca uma precipitação regular, tornando o clima mediterrâneo na porção norte. Na faixa litorânea, entre a cordilheira do Atlas, o mar Mediterrâneo e o oceano Atlântico, estão as principais cidades da região e ali se realizam a maioria das práticas agrícolas, com destaque para cultivo das oliveiras e das videiras.A região foi ocupada por vários povos desde a antiguidade; cartagineses, romanos, vândalos, bérberes e europeus modernos estão entre eles. O domínio dos povos árabes, que se miscigenaram com os bérberes, dão traços culturas islâmicos para a região.O Magreb possui um forte comércio com a Europa. Em torno de 48 bilhões de dólares é a quantia de exportações para a Europa Ocidental, cifra bem menor para a América do norte, 10 bilhões, as exportações para os Estados do Golfo são de 5 bilhões enquanto para as demais regiões as exportações giram em torno de 1 bilhão de dólares.

Referências:VESENTINI, José William; VLACH, Vânia. Geografia Crítica. São Paulo: Ática, 2002.São Paulo (Estado) Secretaria de Educação. Caderno do professor: geografia, ensino médio, 3ª série, vol. 3. Maria Inês Fini [et al]. São Paulo: SEE, 2009.

Regiões da África - a África Negra (Subsaariana).

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Imagem: www.fsc.ufsc.br/~canzian/bau/aids/africa.html

A maior parte do Continente Africano é chamada de África Negra (Subaariana). É a África dos povos negróides que abrange uma grande variedades de etnias formando uma heterogeneidade das mais complexas. Uma região considerada a menos desenvolvida no mundo, os indicadores sociais são os piores África Negra. No quadro natural prevalece áreas de florestas tropicais e savanas, com uma região desértica no sudoeste - o deserto do Kalaari. A maioria dos países são agroexportadores e o comércio de seus produtos obedece uma lógica capitalista que permanece no continente desde os tempos coloniais. A região possui muita riqueza mineral e energética, mas de modo geral, ainda não está conseguindo explorá-los com resultudos satisfatórios, exceção pode ser feita a Angola e a Nigéria, que vêm apresentando significativo crescimento econômico, porém sem muito reflexo na parte social.A colonização dessa parte do continente contribui em grande parte para a situação de subdesenvolvimento atual, foram criadas fronteiras artificiais e alguns grupos que apoiaram o colonizador ainda estão no poder e foram usados pelas potência para manter o domínio sob os recursos naturais da região.Nas últimas décadas a presença chinesa vem se ampliando na África Negra, o Brasil também defende interesses nessa última fronteira natural do mundo, em especial na Nigéria, em Agola e Moçambique. A África do Sul é o grande destaque da região. É o país mais industrializado, não só da região mas, de todo continente. Possui uma considerável industrialização e é rica em recurso naturais.Referências:VESENTINI, José William; VLACH, Vânia. Geografia Crítica. São Paulo: Ática, 2002.CASTRO, Therezinha. África: geohistória, geopólitica e relações internacionais. Rio de Janeiro: Biblioteca do Exército, 1991.Sugestões de leituras:África Branca.Magreb.África - pequena síntese geográfica.

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África população e urbanização.

A África é, sem dúvida, o continente que apresenta os piores indicadores sociais do mundo. O continente africano abriga, atualmente, cerca de 930 milhões de habitantes. Desse total, grande parte se concentra na Nigéria, Egito, Etiópia, República Democrática do Congo e África do Sul, que são países mais populosos.

As regiões que apresentam maiores densidades demográficas são aquelas que possuem solos férteis, como o vale fluvial e o delta dos rios Nilo e Níger, além da costa litorânea, lugar com boa incidência de chuvas.

As regiões da África que apresentam baixa densidade demográfica compreendem as áreas desérticas, como o deserto do Saara (África Islâmica), deserto da Namíbia e do Calaari e nas florestas do Congo (África Subsaariana).

Atualmente, o continente tem passado por um intenso processo de urbanização, mesmo assim, são restritos os centros urbanos de grande porte, as maiores cidades são Cairo (Egito), com cerca de 7 milhões de habitantes; Alexandria (Egito), com 4 milhões; Lagos (Nigéria), com 7 milhões; Casablanca (Marrocos), com 3,7 milhões; Kinshasa (República Democrática do Congo), com 9 milhões; Argel (Argélia), com 2,5 milhões; e Cidade do Cabo (África do Sul), com 3,4 milhões.  

Os países africanos possuem as piores taxas de mortalidade (13,5%), além de apresentar elevada taxa de natalidade (35,2%) e o maior crescimento vegetativo do mundo (2,17%), mostrando que a qualidade de vida da população é decadente. A fome e a AIDS são problemas que atingem a África quase que na totalidade.

Segundo dados da Organização das Nações Unidas, cerca de 150 milhões de africanos não ingerem a quantidade mínima de calorias diárias, e mais 23 milhões correm o risco de morrer de fome.

Todos os problemas sociais identificados na África (miséria, fome, desemprego, guerras, dentre muitas outras) podem ser agravados, tendo em vista que se o crescimento vegetativo continuar no mesmo passo (cerca de 1,9% ao ano), em 2015 a população africana será de 1 bilhão de habitantes. Fato que irá desencadear um aumento pela procura de alimentos, aumentando a fome.

Por Eduardo de FreitasGraduado em GeografiaEquipe Brasil Escola

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História do Imperialismo na África 

Na segunda metade do século XIX, a África foi colonizada e explorada por nações europeias, principalmente, Reino Unido, França, Holanda, Bélgica e Alemanha. Este período ficou conhecido como neocolonialismo.

Como a Europa passava pelo processo de Revolução Industrial, necessitava de matérias-primas e novos mercado consumidores para as mercadorias produzidas pelas indústrias europeias. Uma solução encontrada foi a exploração de regiões da Ásia e África.

O continente africano foi “repartido” entre os paises europeus que implantaram um sistema imperialista, desrespeitando a cultura e diversidade étnica na região.

O imperialismo na África teve as seguintes características:

- Os países europeus forçaram os povos africanos a seguirem aspectos culturais europeus, justificando que estavam levando o progresso e a ciência para o continente;

- A superioridade militar europeia foi usada para dominar e evitar revoltas e manifestações populares;

- Os europeus praticamente obrigaram os africanos a consumirem os produtos fabricados nas indústrias europeias;

- O território da África foi dividido entre as nações europeias, ignorando os povos que ali viviam;

- Os europeus exploraram os recursos naturais (principalmente minérios) do solo da África, sem que os africanos tivessem qualquer benefício neste processo;

Resultados do neocolonialismo e imperialismo na África

O imperialismo aplicado pelos europeus na África na segunda metade do século XIX deixou feridas no continente até os dias de hoje. Além de explorar os recursos naturais, o imperialismo provocou graves conflitos étnicos na África. A cultura africana também foi muito prejudicada neste processo.

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Processo de descolonização africano

Assim como a América do Sul e Central e Ásia, a África também foi colonizada pelos europeus, fato comum entre os citados é que todos foram colônias de exploração. A divisão do continente para exploração ocorreu na Conferência de Berlim, na Alemanha em 1885, nessa fizeram parte Inglaterra, França, Bélgica, Alemanha, Itália, Portugal e Espanha.

A partir dessa conferência ficou definida a divisão geográfica dos respectivos territórios a serem explorados. O processo de exploração das colônias africanas durou muito tempo, as conseqüências atuais são derivadas de vários fatos históricos, sobretudo, da exploração.

No início do século XX, somente a Libéria havia alcançado a independência política em todo continente, isso prova o grau de dependência em relação às metrópoles e também o nível de atraso em desenvolvimento tecnológico, industrial e econômico em comparação aos outros continentes. O processo de independência das colônias em relação às metrópoles européias é denominado historicamente como descolonização.

Doravante a esse período, teve início uma modesta iniciativa de instaurar a independência e autonomia política das colônias, os primeiros a contemplar tal feito foi o Egito nos anos 20, além da África do Sul e Etiópia, ambos nos anos 40.

Um dos fatos que mais favoreceu o processo de descolonização da África foi sem dúvida a Segunda Guerra Mundial que ocorreu na Europa entre 1939 e 1945. Como esse conflito armado que aconteceu no continente europeu o mesmo sofreu com a destruição e o declínio econômico.

O enfraquecimento econômico e político de grande parte dos países europeus, especialmente aqueles que detinham colônias na África, foram aos poucos perdendo o controle sobre os territórios de sua administração.

Esse fato deixa explícito que a perda de territórios se desenvolveu somente pelo motivo de reconstrução que muitos países necessitavam executar, assim não podendo designar forças e recursos para o controle das metrópoles.

Aliado à questão da guerra, surgiram grupos e movimentos que lutavam em busca da independência política, essa onde libertaria se dispersou por todo o continente e perdurou por vários anos. Posteriormente, o resultado foi a restituição dos territórios e surgimento de pelo menos 49 novas nações africanas.

Porém, a luta pela independência se intensificou na década de 60, sempre marcada pelo derramamento de sangue, uma vez que nunca havia atos pacíficos.

Mesmo com todas as adversidades, os países foram alcançando sua independência política, no entanto, a divisão dos territórios ficou definida a partir da concepção européia que não levou em consideração as questões de ordem étnicas e culturais, desatenção que desencadeia uma série de conflitos em distintos lugares da África, isso por que antes dos europeus as tribos tinham suas próprias fronteiras e todos se respeitavam. Com a instauração das novas fronteiras algumas tribos foram separadas, grupos rivais agrupados, entre outros fatos que colocaram em risco a estabilidade política na região.

Depois de longas décadas de lutas para alcançar a autonomia política e econômica, hoje a África conta com 53 territórios independentes, salvo o Saara Ocidental, que é um território de domínio do Marrocos.

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Africa dos grandes fluxos migratórios

Entre os séculos XV e XIX, a apreensão de africanos para o trabalho escravo, principalmente na América, constituiu um importante fluxo migratório. A partir do século XIX, a introdução das atividades de mineração e de plantations pelos colonizadores europeus provocou vários movimentos migratórios internos, como o deslocamento de mão-de-obra para áreas de exportação.Mais recentemente, após o processo de descolonização, desencadearam-se grandes fluxos migratórios devido o êxodo rural, que vem provocando um rápido processo de urbanização em vários países africanos. Existe também intensos fluxos migratórios de uma área rural para outra, que podem ocorrer no interior de um mesmo país.Do mesmo modo, o fenômeno da desertificação e da fome movimenta um grande fluxo de migração (região norte de Sahel), pois tem expulsado a população para áreas monocultoras e de extração madeireira, localizadas ao sul. O desemprego e as guerras civis provocadas por conflitos étnicos também é um dos principais fatores que colaboram para as migrações. África Negra ou Subsaariana