Afiando o Machado

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Afiando o Machado Preparação passo a passo para concursos públicos Escrito por Alexandre Miguel Jorge - AFR SEFAZ/SP para os colegas concurseiros

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Preparação passo a passo para concursos públicos

Escrito por Alexandre Miguel Jorge - AFR SEFAZ/SP

para os colegas concurseiros

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Introdução

“No pain, no gain” (sem dor, sem ganho), dizem os praticantes de

atividades físicas. E o mesmo vale para muitos outros ramos de

nossas vidas. Para o postulante a uma vaga no serviço público, nada

mais verdadeiro.

Contudo, sou partidário de que não há necessidade de sofrer além do

necessário. Isto, pois perdi muitos meses de minha preparação

tomando atitudes, que apesar de honestas e cheias de brio, não me

conduziram ao resultado pretendido.

Um famoso professor de curso preparatório para concursos públicos

dizia ainda que “leva-se mais tempo aprendendo a estudar do que

para ser aprovado”. Sábia constatação.

E a nossa intenção, sem, obviamente, esgotar o assunto, é levar o

concursando – que a partir de agora chamaremos de “concurseiro” –

a encontrar o “caminho das pedras” de forma mais rápida e eficiente,

apenas as palavras essenciais.

Vamos a ele . . .

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Optando (ou não) pelo Setor Público

O setor público foi e ainda continua sendo visto por muitos como um

bom lugar para trabalhar. Bons salários, cobranças menores que no

setor privado, férias de trinta dias, horas extras, quando necessárias,

pagas e em muitos casos o status e o respeito de ser uma autoridade

pública.

Por outro lado, o setor público é muito suscetível a influências

políticas e “engessado” pelas leis e regulamentos, além do que, em

alguma fase do serviço você fará atendimento ao público.

Por isso mesmo, antes de qualquer outra providência, devemos ter a

certeza do que queremos. É preciso ter alguma afinidade com o

atendimento público e o estrito respeito às normas e regulamentos.

Há espaço para iniciativa e criatividade, mas sempre a serviço do que

manda a lei.

Se você optou por este caminho, estão vamos afiar o machado

juntos.

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Primeiro Passo – Definir a Área

Existe uma infinidade de especialidades no setor público, com

praticamente todas as do setor privado e outras próprias daquele,

como policiamento, fiscalização, julgamento, dentre tantas.

Para cada uma destas especializações, geralmente existem um órgão

ou entidade da Administração Indireta com uma forma própria de

agir e uma competência bem definida, exigindo conhecimento e

preparação específicos.

Por este motivo, é necessário ter em mente, muito bem definido,

para qual dessas áreas você pretende ir. Pois o concurso das áreas

jurídicas é diferente das áreas fiscais, que por sua vez difere da área

policial, das empresas públicas e de economia mista, e assim por

diante.

Para facilitar podemos dividir, de uma forma geral, a escolha nas

seguintes áreas:

- Fiscal: englobas os fiscos municipais, estaduais e federal;

- Jurídica: englobando as carreiras da magistratura, procuradorias e

promotorias, dos analistas e técnicos dos tribunais e ministério

público.

- Legislativa: das câmaras, assembléias e senado;

- Policial: polícias civil, militar e federais;

- Controle e Gestão: dos tribunais de contas, ministério do

planejamento, orçamento e gestão, secretarias e órgãos afins;

- Regulatória: agências reguladoras, banco central, SUSESP, CVM e

outras autarquias.

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Notam-se dois fatos: o primeiro é que existem muitas semelhanças

nos conhecimentos exigidos dentro das áreas anteriormente citadas;

o segundo é que, mesmo havendo muitas semelhanças, há muita

especificidade, pois, cada esfera, órgão e entidade, têm sua

regulação própria.

Não precisamos de muito esforço para perceber que é necessário

escolher uma carreira para termos sucesso. Pode parecer óbvio,

agora, mas o motivo de muitos candidatos não terem atingido seu

objetivo é o fato de quererem abraçar mais áreas para terem mais

chances. Nada mais errado.

Então fica esta primeira lição: é necessário escolher uma área e

especializar-se nela. Tenha foco.

Algumas pessoas, querendo entrar logo num concurso, acabam por

estudar para áreas completamente diferentes e não se aprofundam

em nenhuma área. Resultado: reprovação.

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O Segundo Passo – Levantamento das Disciplinas

Considerando que optamos pelo serviço público e já temos uma área

em mente, ainda falta especializar um pouco mais a nossa escolha.

Se a escolha foi a área fiscal, existe fisco federal, vinte e sete fiscos

estaduais e uma infinidade de fiscos municipais. Cada qual com sua

banca organizadora e avaliadora, legislação própria e condições de

trabalho e remuneração peculiares. Se foi a jurídica, existem vários

tribunais, várias procuradorias e ministérios públicos e em diversas

esferas.

Uma vez escolhido concurso específico, é hora de ler o edital e

levantar algumas informações, como escolaridade exigida, local de

trabalho, remuneração e, principalmente, a forma de avaliação e as

disciplinas exigidas, bem como o peso de cada uma.

Aqui há um ponto interessante: notaremos que este edital tem

semelhanças com outros editais da mesma área, o que nos permitirá

concorrer, com um pouco de estudo extra, em mais de um concurso.

Como estamos dentro da mesma área, não perderemos o foco.

Existem três épocas distintas na preparação para um concurso:

- antes do edital;

- com o edital;

- semana da véspera da prova.

Mais adiante, veremos qual a melhor forma de estudar e quais os

erros mais comuns.

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O Terceiro Passo – Material de Estudo, Cursos e o Tempo

Esta será nossa última grande etapa de planejamento. A partir do

próximo passo começaremos a executar o planejado.

Uma vez definidas as disciplinas que serão exigidas em nosso

concurso, teremos que praticamente dominá-las. Para isso, é

necessário, no mínimo, o seguinte:

- tempo livre para estudar;

- livros próprios de concurso, atualizados (nem apostilas nem livros

acadêmicos nem material pirata nem livro de concurso

desatualizado);

- cursos com professores “concurseiros”, ou seja, professores focados

em concurso público e com didática e que dêem muitas dicas sobre

as bancas examinadoras;

- local próprio para estudo, silencioso, onde não haja desvios de

atenção como telefone, crianças, cônjuge, etc.;

- método de estudo correto.

Tempo: se você está totalmente dedicado ao concurso, ótimo. Se

você tem outros compromissos dispensáveis, dispense-os e retome-

os após sua aprovação no concurso. Se você, como eu, trabalha e não

há como dispensar-se do trabalho, pois é o seu sustento, teremos

que arrumar algumas horas. E tempo de qualidade, onde estejamos

descansados e dispostos. De alguma ou de mais de uma das formas a

seguir virá o seu tempo:

- após o trabalho;

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- antes do trabalho, como muitas pessoas já fizeram, dormindo cedo

e acordando por volta das 04:00 horas da manhã e estudando até o

horário de irem ao trabalho;

- Durante o trabalho, como no meu caso, autônomo, em que

estudava várias horas e fazia apenas o trabalho necessário, abrindo

mão de alguma renda por isso;

- Em parte do horário de almoço;

- Nos sábados, domingos e feriados.

Pelo que vi e vejo, não há outra alternativa e muito tempo será

necessário. O ideal, a meu ver, para quem trabalha, é estudar pelo

menos duas horas nos dias úteis e pelo menos dez horas nos finais de

semana. Só isso já dá vinte horas semanais, que, se bem

aproveitadas, são suficientes para sua aprovação.

Sinto-me à vontade para entrar num terreno perigoso, o dos

números. Em nosso caso, número de horas necessárias, número de

meses ou anos de estudo. A primeira pergunta que muitas pessoas

gostam de fazer é: em quanto tempo vou passar ? Isso é muito

relativo. Eu, em quase quatro anos de preparação. Em parte porque a

dedicação não podia ser integral, por causa do trabalho, e em parte

porque eu simplesmente não sabia como planejar o estudo e

também porque o concurso não é aberto quando queremos, mas

pode demorar muito. Outras pessoas passam em alguns meses ou

até um ano. Mas uma coisa é certa: para ser aprovado, é necessário

ter no mínimo umas mil, mil e quinhentas horas líquidas de estudo,

levando em conta as provas do ano de 2009 para o ICMS de São

Paulo e a Receita Federal, por exemplo. Para se ter uma idéia do que

isso representa, se você consegue estudar oito horas líquidas por

dias, mil horas serão cento e vinte e cinco dias, pouco mais de quatro

meses. Se você estuda vinte horas líquidas por semana, mil horas

serão cinquenta semanas, ou seja, praticamente um ano.

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E o que são horas líquidas ? Imagine que você está estudando entre

dez horas da manhã e meio-dia. Neste período de duas horas

“brutas”, você falou dez minutos ao telefone, fez duas pausas para

tomar água e uma para ir ao banheiro. Conclusão, destas duas horas,

você aproveitou, na frente dos livros, uma hora e meia “líquida”.

Outro erro relativamente comum entre os “concurseiros” e já citado

muitas e muitas vezes pela dupla Alexandre Meirelles e Deme

(Demétrio) é esperar a hora “redonda”. “São 13:43 horas, quando for

14:00 horas eu estudo”. Não espere a hora redonda, estude

imediatamente e use, de preferência, um relógio digital para marcar

o início e fim dos estudos. Sim, você vai anotar o tempo em que

começou a estudar, o momento em que parou para tomar um copo

de água, para esticar a perna, o instante em que retornou e que

parou novamente e assim por diante e, no final, fará a contabilidade

de quanto tempo realmente você esteve estudando naquele período

e verá que se for muito disciplinado, conseguirá aproveitar, no

máximo, 75%-80% do total de horas disponíveis.

Por fim, uma última e talvez mais importante palavra sobre o tempo:

não coloque uma meta de tempo para ser aprovado, não diga “se eu

não passar em dois anos, vou desistir de tudo !”. O guru dos

“concurseiros”, William Douglas, sempre afirma que devemos

estudar até passar.

Bibliografia: “Preciso comprar [livro] mesmo professor ? Não, só

se você quiser passar no concurso !”. Professor Sérgio Carvalho no

site www.euvoupassar.com.br.

Para aqueles que não sabem quais livros comprar neste mar editorial

do mundo dos concursos, além dos livros abaixo, sugiro que

conversem com outros “concurseiros” pessoalmente ou pela internet

em fóruns como o www.forumconcurseiros.com.br. A fim de onerar

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o mínimo necessário, sugiro uma pesquisa de preços pela internet

(www.buscape.com.br, por exemplo) de cada livro e consultar o site

www.livrariaultimainstancia.com.br, que costuma ter estas

facilidades: reúne todos os livros necessários; preço abaixo da média;

entrega para todo o Brasil; parcelamento módico em até doze vezes.

Vamos, então, à sugestão de livros:

Editora Método: DIREITO ADMINISTRATIVO:

Direito Administrativo Descomplicado - Marcelo Alexandrino, Vicente Paulo

DIREITO CONSTITUCIONAL:

Direito Constitucional Descomplicado - Marcelo Alexandrino, Vicente Paulo

DIREITO TRIBUTÁRIO:

Direito Tributário Esquematizado - Ricardo Alexandre

Editora Ferreira: CONTABILIDADE:

Contabilidade Básica - Ricardo J. Ferreira

Contabilidade Intermediária e Avançada - Ricardo J. Ferreira

Contabilidade de Custos - Ricardo J. Ferreira

AUDITORIA:

Manual de Auditoria - Ricardo J. Ferreira

DIREITO PREVIDENCIÁRIO:

Manual de Direito Previdenciário - Hugo Medeiros de Goes

ICMS:

ICMS de São Paulo Comentado – Pedro Diniz

ICMS de São Paulo em Questões – Pedro Diniz

Editora Campus: COMÉRCIO INTERNACIONAL:

Comércio Internacional e Legislação Aduaneira - Rodrigo Teixeira Luz

ESTATÍSTICA:

ESTATÍSTICA BÁSICA SIMPLIFICADA - Sérgio Carvalho, Weber Campos

MATEMÁTICA FINANCEIRA:

MATEMÁTICA FINANCEIRA SIMPLIFICADA PARA CONCURSOS - Sérgio Carvalho, Weber Campos

INFORMÁTICA:

INFORMÁTICA PARA CONCURSOS - João Antônio

PORTUGUÊS:

GRAMÁTICA PARA CONCURSOS - Marcelo Rosenthal

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RACIOCÍNIO LÓGICO:

Raciocínio Lógico Quantitativo - B.César & Augusto C. Morgado

Editora Frase: ECONOMIA:

Introdução à Economia - Paulo E. V. Viceconti, Silvério das Neves

E o que ainda é importante em termo de livros? A coleção PROVAS

COMENTADAS da Editora Ferreira de diversas bancas e disciplinas.

E que material ainda falta? As leis, as normas, os regulamentos e

afins e as provas anteriores para você resolver. Tudo isso é gratuito e

pode ser facilmente baixado pela internet no site dos órgãos oficiais

como o www.planalto.gov.br e as provas no site

www.pciconcursos.com.br ou buscadas no Google.

E o que não adquirir? Apostilas; livros acadêmicos; livros

“concurseiros” desatualizados; material pirata copiado ou baixado

pela internet. Mas e a apostila bonitinha comprada legalmente no

cursinho também não? Resposta: nunquinha da Silva a menos que

você tenha dinheiro sobrando. Digo isso pois gastei um bom dinheiro

com apostilas nos meus primeiros seis meses de estudo. Tive que

encostar todas e comprar livros e, pasmem, gastei um pouco a mais

apenas.

Cursos Preparatórios: Dê preferência ao professor e não à

instituição. Evite fechar pacotes, mesmo com alguma vantagem

financeira. Procure descobrir os melhores professores através de

conversas com outros colegas. Existe, ainda, a possibilidade de cursos

“on-line”, pela internet, em duas modalidades: com fornecimento de

material para “download” para a leitura e o professor apenas tira

dúvidas (www.pontodosconcursos.com); vídeo aulas, também para

“download” como uma aula normal, e depois podem ser tiradas as

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dúvidas (www.euvoupassar.com.br). Isso pode ser positivo para

ganhar tempo e economizar recursos e esta segunda modalidade é

quase tão boa quanto a aula presencial.

Local de Estudo: Um lugar silencioso e confortável que não o

faça forçar a vista, a coluna e os membros ou qualquer outra parte do

corpo, bem iluminado, ventilado, enfim, um lugar em que você sinta-

se bem. Deve ser silencioso, sem ninguém para distrair nem cônjuge,

crianças, etc. Pode-se usar um porta-bíblia para não forçar o pescoço.

É interessante, também, ter algumas fotos dos seus futuros projetos,

como viagens, carro, casa, cursos futuros, etc., para que você,

quando cansar, fique motivado e lembre para que está estudando.

Não estude deitado, fique sentado numa mesa. Não havendo um

local assim, procure estudar numa biblioteca ou similares. Não

havendo esta possibilidade é necessário adaptar-se à sua situação de

barulho, desconforto, etc., inclusive adquirindo “tapa-ouvidos”.

Método de Estudo: Cada um pode ter uma forma de melhor

estudar, mas algumas regras são universais:

- estudar num ambiente silencioso ou, no máximo, com uma música

clássica de fundo, com baixo volume, que ajude a manter a

concentração, mas nunca com barulho, conversando, sendo

interrompido, assistindo a filmes ou televisão;

- desligue o telefone, pager, celular e religue apenas quando acabar;

- intercalar matérias, nunca estudar uma única matéria por mais de

duas horas, procurando intercalar uma matéria de leitura com uma

de raciocínio;

- fazer intervalos de cinco minutos a cada hora estudada, para

manter um bom rendimento;

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- procurar fazer exercícios físicos pelo menos uma hora, três vezes

por semana, ainda que uma caminhada, mas preferencialmente

algum esporte que já goste como natação, bicicleta, academia, etc.;

- fazer uma grade ou ciclo de estudos e segui-la à risca;

- marcar o tempo exato, do minuto inicial, ao que você parou, depois

o que você continua e assim sucessivamente até encerrar; depois

faça a somatória e veja quantos minutos de fato você estudou.

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O Quarto Passo – O Estudo Individual – Teoria

Não existe a menor possibilidade de alguém passar num concurso

público sem centenas e centenas de horas de estudo individual, num

local apropriado e com o material adequado. Pode-se, até, abrir mão

do curso preparatório, mas nunca do estudo individual. Isso é

absolutamente fundamental.

Não basta apenas estudar de qualquer forma, mas com um horário

bem dividido e com disciplina para cumpri-lo. É interessante,

também, anotar o horário do início e do fim, sem esperar algum

horário redondo, como por exemplo 20:00 horas. Se são 19:52,

comece agora mesmo e anote este horário. O telefone tocou ? Foi

tomar água ? Foi ao banheiro ? Parou para descansar ? Tudo muito

justo, mas anote o horário em que parou e, depois, anote de novo o

horário de reinício. Você perceberá que o número de horas

realmente estudadas (horas “líquidas”) é bem menor que o número

de horas em que nos propomos a estudar (horas “brutas”).

Veja um exemplo de grade de estudo que você deverá fazer,

tomando-se por base duas horas “líquidas” durante a semana e cinco

no sábado e domingo, num total de vinte horas por semana:

Note que fiz espaços de uma em uma hora. Por quê ? Quando eu

estava na escola e mesmo depois na faculdade, os horários eram de

cinquenta e cinco minutos com intervalo de cinco e mais cinquenta e

Horas SEG TER QUA QUI SEX SAB DOM

1,00 Dir. Const. Dir. Trib. Dir. Adm. Contabilidade Dir. Const. Dir. Trib Com. Intl.

1,00 Informática Mat. Fin. Estatística Português Informática Mat. Fin. Inglês

1,00 XXX XXX XXX XXX XXX Contabilidade Economia

1,00 XXX XXX XXX XXX XXX Português Administração

1,00 XXX XXX XXX XXX XXX Dir. Penal Estatística

1,00 XXX XXX XXX XXX XXX Auditoria Dir. Adm.

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cinco com outro intervalo de cinco minutos. Num cursinho, com um

professor aposentado, vim a saber o porquê: estudos mostraram que

este é um tempo médio máximo em que há um bom rendimento,

que vem a cair rapidamente após este período e que é necessário um

intervalo de cinco minutos para “refrescar a cuca”. Então não tente

estudar direto duas, três, quatro horas sem parar. A cada hora, pare

cinco minutos e faça qualquer coisa para desligar-se dos estudos.

Olhar a janela, dar uma volta, tomar água, banheiro, o que for, mas

desligue-se. Isso é importantíssimo para um máximo rendimento, até

mesmo na prova (veremos adiante).

O primeiro passo é estudar a teoria. Não adianta achar que é perda

de tempo e que se deve estudar apenas pelas provas anteriores. Isso

será feito, mas, antes, a teoria. A teoria compõe-se dela mesma mais

os exercícios que um bom livro deve trazer para fixá-la. Geralmente,

pode-se estudar pelos capítulos em que o livro é dividido.

Outra dica valiosíssima que aprendi com a dupla Alex/Deme, é a de

fazer um pouco de exercícios de determinado assunto de cada vez,

nunca no mesmo dia em que aquele assunto foi estudado e nunca

todos de uma vez. Imagine que você acabou de estudar controle de

constitucionalidade e seu livro traz sessenta questões para você

treinar. O que você faz? Resolve as sessenta de uma vez só e fala,

acabei com essa obrigação? Não! Resolva uns cinco a dez no dia

seguinte de estudo daquela matéria e estude outro tópico. Depois

faça mais cinco a dez do tópico antigo e mais cinco a dez do tópico

novo. Quando se der por si, estará trabalhando cinco ou seis tópicos

diferentes o que os manterá ativos na sua memória enquanto avança

para novo tópicos. Depois, apague os exercícios feitos e continue a

estudá-los de pouco em pouco enquanto avança na matéria. Isso tem

um poder de fixação e manutenção quase milagroso. Obviamente,

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marque as resposta a lápis ou em um papel à parte para poder

refazê-los.

Resumos. Fazer ou não fazer, eis a questão! Fazer resumos toma

tempo, praticamente dobra o tempo necessário. Porém ao fazê-los

conseguimos montar um esquema geral e a nossa compreensão

aumenta muito. Fazer no computador ? Fazer à mão ? Fazer tabelas,

gráficos, esquemas, fórmulas ? Colorir ? Tudo isso é ótimo se você

tem tempo.

Eu fiz o seguinte: primeiro li toda a teoria e fiz os exercícios

propostos. Depois recomecei a teoria e os exercícios propostos e

comecei a fazer os resumos. Depois que acabei é que fui para as

questões de provas. Tem gente que não os faz. Há outros que fazem

super resumos, tópicos, esquemáticos e coloridos. Nem todas as

disciplinas, a meu ver, precisam de resumos. Para mim, engenheiro,

direito Administrativo e Constitucional, principalmente este, foram

aprendidos e fixados à base de tabelas. Tabelas são bons

instrumentos para comparar coisas semelhantes ou diferente como

as ações de controle de constitucionalidade, as entidades da

administração indireta, os tribunais, as formas de licitação e assim

por diante.

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O Quinto Passo – Estudo Individual dos Exercícios de Provas

Anteriores

Aqui é que sabemos quem realmente vai ser aprovado e quem vai

ficar nas nuvens, nos sonhos. Não existe a menor possibilidade de ser

aprovado num concurso sem fazer milhares de questões de provas

anteriores. Não se assuste, pois um certame traz duzentas, trezentas

ou até mais questões. Se você fizer quatro provas anteriores já fez

mais de mil. Quando fizer umas cinqüenta provas, mais de dez, doze

mil. Fazer exercícios nos exige mais mentalmente e nos deparamos

com nossos acertos e fracassos e, portanto, poderemos corrigir estes

últimos. Também é interessante marcarmos o percentual de acertos

de cada disciplina para constatarmos onde somos fortes e onde

precisamos melhorar. Não se preocupe se você já fez esta ou aquela

prova uma, duas ou dez vezes. Você pode decorar uma e outra

questão e sua resposta (e isso é até bom) mas nunca vai decorar as

respostas das duzentas ou trezentas questões.

Não precisamos nos preocupar com o tempo nesta fase. Isto será

uma preocupação posterior. Neste passo, interessa testar nosso

conhecimento, perceber como este conhecimento é exigido – se

diretamente, se através de textos da lei que devemos decorar, se

através de um caso prático, se através de assuntos que sequer

constam no edital mas cuja resposta depende apenas do

conhecimento que consta, se através de um texto mal elaborado, se

através da demora com as contas que deveremos realizar sem a

calculadora, se através de uma “pegadinha”.

Então, procure na Internet no site www.pciconcursos.com.br ou no

Google, caso não ache no primeiro:

- primeiramente as provas anteriores do seu concurso;

- as provas anteriores de concursos parecidos da mesma banca;

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- provas anteriores de concursos parecidos de bancas diferentes;

- da mesma banca de concursos em que haja disciplinas similares.

Sugiro imprimir frente e verso nos mesmos moldes em que a prova

lhe será fornecida para acostumar com o espaço, o tamanho da letra,

diagramação, etc.

Apesar de ter falado para não se preocupar com o tempo, é

interessante marcar quanto tempo foi gasto em cada disciplina e,

pela sua soma, na prova toda, apenas para você ter uma idéia inicial.

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O Sexto Passo – A Solução das Provas Anteriores

A diferença entre o tópico anterior e este é que aqui nós estaremos

preocupados com mais dois fatores:

- o tempo de prova; (mais importante)

- a nota obtida. (menos importante)

Para tanto, imprima os cadernos das provas e o gabarito. Imprima

tudo direitinho, como se fosse fazer uma prova de verdade, frente e

verso, no mesmo tamanho, etc. Depois reserve o mesmo tempo que

você teria para fazer esta prova e faça-a, sem ser interrompido. Você

vai notar que algumas disciplinas como os “direitos”, a parte de

gramática e demais matérias teóricas em geral precisam de menos

tempo que a parte de leitura e interpretação de textos, matemática,

estatística, raciocínio lógico, a parte de fazer contas de contabilidade.

Verá também que você vai querer fazer umas continhas com cinco,

seis, sete algarismos e não vai ter espaço. Bem vindo à realidade.

Você sabe como fazer, mas não dar tempo ou não haverá um espaço

razoável para você montar aquelas demonstrações contábeis que

você estudou até a exaustão.

Então, daqui para frente, quando você for estudar teoria novamente,

vai se preocupar com o tempo de solução da questão e uma forma de

fazê-la no espaço dado.

Com relação à nota, serve para você comparar se já teria pontos para

passar naquela prova, se já está fazendo os mínimos. Se não está,

veja onde estão seus pontos fracos e corrija-os. Se estiver, anime-se,

mas saiba que a cada “geração” a concorrência está mais forte e que

há ainda o impacto emocional que certamente aparecerá no dia

decisivo.

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O Sétimo Passo – O Edital

Se você estudou direitinho, dedicou-se, fez muitas provas anteriores

e tudo mais, o edital será, para você, uma benção, um presente.

Mais uma vez, a estratégia vai mudar. Agora não trabalhamos mais

com hipóteses e sim com a realidade. Portanto foco total e absoluto.

Agora é preciso estudar as disciplinas “surpresa” que a avaliadora vai

incluir para eliminar o máximo possível de gente. Também é

necessário olhar as matérias que tem peso maior e se a matéria ou

prova vai ter notas mínimas. A partir destes dados, monte uma grade

de estudos ponderada com base no peso, nos mínimos, na situação

atual dos seus conhecimentos e nas disciplinas surpresa. Lembre-se

que a surpresa é para todos e não há necessidade de entrar em

pânico. Deixe o pânico para os outros.

Nas provas do ICMS SP e Receita Federal de 2009, o “filet mignon”

da área fiscal, tiveram disciplinas amplas e desconhecidas ou

ignoradas pelos “concurseiros” como direitos penal, civil e comercial,

valendo, as três juntas, menos de cinco por cento da prova. Direito

Civil é uma matéria imensa. Penal é mais curta. Comercial, em alguns

momentos, parece grego. E três disciplinas, Contabilidade, Direito

Tributário e a Legislação Fiscal valendo mais de sessenta por cento da

prova ! Por outro lado, Auditoria, que é relativamente curta, valia

mais que o dobro daqueles três direitos. Então, o que você estudaria

? Obviamente as que valem mais. Mas estas todo mundo já era

mestre e doutor. Então, terá que abandonar a matéria mais extensa e

que dá menos pontos, no nosso exemplo, direito civil e focar na mais

curta e que dá o mais pontos, auditoria. Não adianta querer, neste

ponto, tratar por igual todas as disciplinas. Agora somos

“mercenários”, precisamos ganhar mais pontos com menos esforço e

menos tempo.

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O Oitavo Passo – Estratégia para a Prova

Está chegando a hora. E nosso lado emocional pode sofrer um pouco

com isso. Já estudamos milhares de horas. Lemos dezenas de livros e

fizemos dezenas de milhares de exercícios. Estamos prontos no que

tange ao conhecimento, mas entre ter o conhecimento e marcar a

resposta certa no cartão de respostas ainda há um caminho a ser

percorrido.

A primeira providência a ser tomada na semana que antecede a

prova, ou pelo menos, dois dias antes, é relaxar a mente. Sim,

fizemos um esforço hercúleo até agora. O cérebro está cansado,

apesar de estar em muito boa forma. Como os jogadores antes de

uma partida final não fazem esforço para poder dar cento e dez por

cento no grande jogo, é preciso descansar o cérebro para poder tê-lo

inteiro. Vá fazer algum exercício físico, passear, enfim, relaxar.

Cuidado com os excessos e não durma tarde. Não se importe se seus

colegas estão se matando na véspera e você está relaxando. Azar

deles. Geralmente, as pessoas se esforçam na véspera para tentar

compensar um programa de estudo mal feito ou para tentar acalmar

a consciência.

A segunda providência é visitar o local da prova com antecedência,

ver como você chegará lá e ter um plano B de locomoção, mesmo

que seja um táxi. Em São Paulo, por exemplo, com o tráfego ruim,

manifestações inesperadas, grandes distâncias, precisamos de uma

plano C. Já vi gente que estava pronta não conseguir chegar a tempo

e perder o certame. Isso é muito triste. Verifique se seus documentos

estão em ordem, se está com dois de cada: lápis, caneta, borracha.

Leve água e uma fonte leve de energia, como chocolate ou barra de

cereais. Lembre-se que estará indo fazer uma prova e não uma

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refeição. Procure chegar pelo menos na hora de abertura dos

portões. Não dê sorte ao azar.

Se a prova não for muito extensa, você pode pedir para ir ao

banheiro a cada hora, para relaxar o cérebro, da mesma forma que

fazia com os estudos.

Cuide bem do seu cartão de respostas. Não o amasse nem o dobre

nem o molhe, pois ele é seu melhor amigo.

Finalmente, um ponto que tem sido importante nestas últimas

provas: o tempo dado é inferior ao necessário para resolver as

questões. A solução é ir resolvendo as questões que exijam menos

tempo e deixando as que exijam mais tempo para o final, ainda que

tenha que deixar para o final disciplinas inteiras (administrando os

mínimos por disciplina). Deixe pelo menos trinta minutos para

preencher o gabarito. Se você está percebendo que não vai dar

tempo de resolver a prova inteira, não entre em pânico, é uma forma

de a banca eliminar os menos preparados. Deixe o pânico para os

outros. É claro, se falta tempo, não dá para ir ao banheiro toda hora.

É importante que você faça todas as provas do seu certame mesmo

achando que foi mal e que não vai passar. Veja o que aconteceu

comigo: três anos e meio de preparação, a família apoiando, rezando,

precisando que eu passasse; chegou a primeira prova e falei, vou

arrebentar; depois de quase uma hora, das quatro horas totais da

prova, tinha feito apenas dezoito das cem questões; pensei comigo

“não vai dar” e entrei em pânico; comecei a pular as questões

demoradas e fui para as mais rápidas; depois de mais uma hora eu

tinha feito metade da prova e bem feito; comecei a fazer as questões

mais demoradas e o tempo foi passando; faltando meia hora para

terminar o tempo, o fiscal anunciou que era melhor começar a

preencher o gabarito; o pânico me assaltou de vez, pois faltavam

umas quinze questões; não teve jeito, fiz mais cinco e preenchi o

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Afiando o Machado

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gabarito chutando dez; a mão tremia, quase não deu tempo de

anotar o resultado para eu conferir depois; fiquei uma pilha, não

tinha o que falar lá em casa; quase não dormi para as provas do dia

seguinte; tinha certeza que não tinha feito o mínimo; fui para a prova

do dia seguinte com uma baita decepção de mim mesmo; esta

segunda prova era bem teórica e muito rápida, sobrou tempo; sabia

que não tinha ido muito bem e quase comecei a chorar; então,

lembrei que metade desta segunda prova era das matérias extensas

e que caiam poucas questões; fui almoçar e com tempo entrei na

igreja e, para surpresa, havia quase uns cem “concurseiros” que

estavam fazendo prova no mesmo prédio que eu (não sabia se ria ou

se chorava); então rezei: ”Jesus, são seiscentas vagas e somos só cem

aqui, por favor garanta a minha !”; depois de quase uma hora veio

uma senhora dizendo que precisava fechar a igreja e saímos todos;

finalmente chegou a prova peso dois, com apenas três disciplinas, a

que nos reprovaria ou aprovaria; fui embora com a sensação que

tinha gabaritado numa das três disciplinas e ido muito bem na outra;

cheguei à minha casa e falei: ”mulher, ainda estamos na briga !”;

mais dois dias e uma manhã de ansiedade e o bate papo correndo

solto no fórum; saiu o gabarito; o site ficou congestionado e mais

duas horas para conseguir baixar os gabaritos; comecei a conferir e,

no começo, vi que errava mais de que acertava, mas fiz bem mais

que os mínimos na primeira prova, aquela que deu vontade de ir

embora, que achei que não tinha passado (no final, a média foi quase

setenta por cento); depois conferi a segunda prova, a das matérias

extensas e com poucas questões de cada matéria, e vi que tinha

acertado quase setenta por cento; pedi a Deus que acertasse pelo

menos setenta por cento e finalmente fui conferir a terceira prova e

... acertei vinte e quatro das vinte e cinco primeiras questões, conferi

as demais e acabei perfazendo oitenta por cento na nota peso dois;

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Afiando o Machado

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resultado: aprovação. O emocional acaba com a gente no momento

do prova, portanto faça todas as provas até o fim como quem tem

todas as chances de passar.

Mas você pode dizer: “Puxa, fiquei por uns poucos pontos !”. Isso é

ótimo, por incrível que pareça. Sinal que você está indo bem e que

nas próximas ocasiões você vai passar com toda a certeza. Conheci

um colega “concurseiro” no fórum que tinha ficado por pouco em

quatro provas seguidas e acabou ficando por alguma coisa em torno

de um por cento da nota no certame em que passei. Casos assim

existem e são um incentivo para até mudar um pouco a postura para

que a aprovação venha logo. Contudo, se você acha que ficou por

pouco, mas eram, por exemplo, 600 vagas e sua classificação foi

1.200, então você não ficou por pouco, mesmo que a diferença da

nota entre o último aprovado e a sua seja pequena.

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Esclarecimentos Finais

Alguns mitos costumam rondar os concursos públicos, seja pela

mídia, seja pelos colegas. O mais conhecido talvez seja a relação

candidato por vaga. Uma estatística que não diz nada. Que há um

número de interessados para aquela vaga. Interessados, que pelo

que pude apurar nestes quase quatro anos, cerca de apenas dez por

cento tem alguma preparação. O restante nunca abriu um livro. E

este alguma não quer dizer uma preparação adequada. Veja que num

concurso de gari, a concorrência candidato por vaga é acirrada

enquanto para juiz em SP há sempre mais de cem vagas que nunca

são ocupadas, onde a relação candidato por vaga é muito menor que

a de gari e trata-se de um concurso infinitamente mais difícil.

Outro que de vez em quando aparece é o “leão de cursinho”. Sabe

tudo, conhece todas as dicas, macetes, os autores, os professores,

responde às perguntas na aula, só que nunca passou num concurso.

Sabe treinar, mas não joga nada.

Mais um mito é o de achar que concurso da mesma carreira que

ganha menos é mais fácil. Tomemos um exemplo: ATA - Analista

Técnico Administrativo, de nível médio, ATRFB - Analista Técnico da

Receita Federal do Brasil, de nível superior e AFRFB - Auditor Fiscal da

Receita Federal do Brasil, também de nível superior. Todos são da

área fiscal da RFB. O último ganha o triplo ou o quádruplo do

primeiro cargo. Sabe quem passou para ATA, de segundo grau ? Os

que estavam estudando para AFRFB, que era de terceiro grau. A

concorrência é sempre com quem estuda para os cargos mais altos

da carreira. Então, não há concurso mais fácil ou difícil para carreiras

similares. Logo, é melhor se preparar para a carreira mais elevada e

com certeza você estará concorrendo para as carreiras

intermediárias.

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Outro mito bem conhecido e já um pouco desgastado é o que diz que

em concurso público só passa gênio. Em concurso público passa

quem tem muita disciplina e persistência. Pode até ter um ou outro

gênio no meio.

Esse também é recorrente: “Eu nunca vou passar !”. Fique repetindo

isso que sua mente acaba acreditando e você não passa mesmo.

Falamos de mitos, falemos da realidade. Na fase de preparação que

pode durar seis meses, um, dois, três, quatro, cinco, seis anos ou

mais, como estaremos em dedicação absoluta aos estudos, é

provável que a dedicação ao trabalho, cônjuge, família, amigos,

passatempos, passeios e tudo mais seja o mínimo necessário e

certamente teremos que administrar alguns problemas como a falta

de dinheiro, exigências do cônjuge, da família, dos amigos. Sem falar

no seu trabalho, que ficará um pouco de lado e isso deverá ser

sentido pelo seu chefe e colegas, que também farão cobranças. Para

quem se dedica em tempo integral, o caminho deverá ser mais

rápido, mas também não faltarão momentos de tristeza,

desmotivação, ansiedade e até algum problema de saúde por causa

de tudo isso acumulado dentro de você. Mas o caminho é este

mesmo, não há um caminho mágico, apenas este. E, ao trilhá-lo, você

vai crescer e amadurecer. No final virá a recompensa por este

projeto, este investimento, este empreendimento que é estudar para

concursos públicos.

Um ponto importantíssimo que ainda não mencionei é levar o estudo

com prazer e não como uma barreira intransponível ou uma coisa

chata. Geralmente não gostamos do que não entendemos. Posso dar

meu próprio exemplo: sou engenheiro. Nunca estudei Direito e era

muito ruim na Língua Portuguesa. Em compensação era muito bom

em nas matérias de exatas. Quando mudei um pouco de postura e

comecei a entender e gostar daquelas matérias, comecei a prestar

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mais atenção nos jornais e a entender os porquês das regras

gramaticais, tudo ficou mais fácil. E mais útil. Portanto, estudar não é

uma coisa chata ou para gênios; serve para sua própria cultura geral,

seu prazer e seu amadurecimento e desenvolvimento como pessoa.

Finalmente, antes de deixar algumas indicações de sites, digo que a

indústria do concurso público - editorial, cursos preparatórios,

fóruns, sites – está crescendo e deve crescer ainda mais e há muito

material e formas de se estudar. Apesar de ser imprescindível

estudar sozinho, de vez em quando é bom dar uma pesquisada no

que há de novo por aí. Use essa indústria a seu favor. O seu primeiro

salário pagará todos os livros, cursos e tudo mais. No máximo com o

segundo salário tudo se paga. E o cargo é para vida inteira e para a

aposentadoria, sem muito estresse, se comprado ao setor privado,

com garantia de emprego, bons salários, a possibilidade de prestar

novos concursos e mais importante: servir bem todo o povo

brasileiro.

Fé em Deus e pé na tábua !

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