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DENISE TA VARES MORI
AFETIVIDADE
CURITlBA
2004
DENISE TAVARES MORI
AFETIVIDADIl
I\I\ollografia de Conclusao aprcscntada ao cursode [spccializa<;ao em I\.:dagogia It:rapeutica. cia(PROPP E) Pro-Reiloria de P6s-Gradua<;aoPcsquisa c Extensao da Universidadc Tuiuli doParana, sob oricntaC;30 cia Professor ••Maria Letizi.lMarchese.
Cl:RlTiBA
A Deus pcla oporlunidadc Illaravilhos~ de trilhar
os cllminhos da vida.
A Illinha familia por todo 0 apoio (' compr<':cllsao.
RESU:VIO
A afetividadc tern grande influencia no processo cnsino·aprendiz;'lgem. Buscando
a!irlll<:lr a impumincin da quesl:lo arcli"u do alullo. suns intel'encias de comportamcnto c
.lIliddLS ,knlru lb :.,t!.l ~k aula e. pnm:ip;llinclllI.:. quanto ,10 proccdillll'llto :1SCI'adotado pelo
educador para 0 di.lgnostico ~ mOliY<l\=aodesic aiullo quanto ao seu progrcsso eSludantil.
Cabt' aos educadores. pais e profcssores. inccl1tivar c apoiar a crian<;a durante todD 0 processo
dc lkSo.!llvolvimcllIo. EllIfctanto, em despeilo do mcio em que vivem. as crianyas dCmOtlSlram
o dl.;silllcrcs~c L'a agrcssi\'id:ldc Ill) interior das salas !.Ie ,mla. prollloH;ndo assim. lim interesse
maior por pan, .•do cdw.:ador no sClltido de ajudil-Ias a libertarcllI-se Lias puls5t:s llt:gilli\'<\s que
as alligt:m. Portanto. os cOlltalOs e cxpericncias vivenci,"ld:Js at~ u inicio tin socializ<lyao
limit<lm-st' ao scio fillniliar. Expericncias l'stas em sua maioria carregadas de scntimenlOs.
n~gati"os ou positivos. as quais podcm. dc alguma rorma, innucnciar dur;lI1te toda a sua vida.
Palavras·cha\'c: Afetividade; proressor; crian<;as: cilsino-aprendizagem.
AIlSTRACT
The carefully has a great ant: influences in the process Icach-learning. Looking for
affirm the imparlance of the a!Tcclive question of the pupil. its inference of behavior and
alliludcs in \0 the classroom and mainly by than \0 the procedure \0 be adoplcd by the
educator for Ihis diagnosis it and motivation of Ihis pupil by than student grow up. It filS to
the educators. parents and professors, to all stimulate ancl 10 support Ihe child during the
development process. However. in spite ortlle way where they live, the children demonstrate
1bl.' disinterest and the aggressiveness in the interior of the classrooms. thus promoting, a
hlggl.:r interest all Ihl.' pari of the educ;lior in Ihe direction helping it to become free it or the
negative pulse qua artlic\s il. Therefore, the contacts and lived deeply experience tic the
beginning of the socialization limit it within one's ramily. Experiences these in its majority
loaded of feelings. negatives or positives, \Vhich can of some rorm inOut:nce during all its life.
Kcy-\~ ords: arCecli vii)': teacher: child; teach-learning.
SUMARIO
I INTIHlDU(:AO
2 A I'SICOI.OGIA DO llESENVOI.VIMENTO
2.1 PSICOLOGIA DO DESENVOI.VIMENTO ...
......... 6
2.1.1 Teor-ins da Pcrsonalidadc .
.................. S
... 8
.... 9
2.1.2 Sigmund Freud t' sua \coria , ..,,, . ....,.9
..122.1.3 A illlpofl:intia lin rclat:iulI:III1Cllto mac ('lilho laden!C .
2.20 DES[;'>!\,OLVIVIENTO ME'ITAL SEGL:'1DO PIAGET 18
1.3 Dl'SENVOLVIMENTO DA CI(Ii\N~:A SeGUNDO VYGOrSKY. . 21
1.-1 .~ /\FHIVIDAIX EO PROCESSO DE APRENDIZi\GEM ... . 23
1.5 IvIOTIVi\(Ao.
2.b XrllCDES ".
. 25
. 18
2.(1.\ As aliludcs 110Salios escol:in's do ('IlSiIlO fundamental ......................... 34
2.C1.2As alilulil'S 110anos cSl'olan:s do clIsino medio
) I .\ WlTIVA('AO COIviO ATO I'EDM;OGICO ..
...... 36
....................................... 38
. 44
3 A PEDAGOGIA
31 Ff\VORCCENDO 0 DESFl\VOLVIMENTO DA PERSONALIDADE ..
3.3 TII'OS 1-PRATICAS DISCIPLINARES ..
.49
. 53
~ CONCLl!SAO ..
REFr:RI~NCIAS
. 56
..... 58
I I.YrRol)u(:Ao
/\ qUi.'sti'iD qU(: 1101'1Claa present.: p~'squisa cmbas<I-se llH influcilcia da afetividaclc
dUl"dlllL" 0 pro(.;o,:sso d~ I1WIlU!I..'I1c;:ao cogniliva i.' biologica c sua inllucncia no proccsso de
l.~nsino-aprl'ndi7agclll. Buscando informal" a import{mcia cia qucslao aktiva do allllm. SHas
in/\,.'I"cncias de comportamenlO e atitudcs denim da sala de aula c principallllenle quanta ao
proccciimcnlo d Sl.;r adotado pelo educador para diagnoslico l' 1l1Ovimcnta\=ao dl'sle aluno
quanlO ao sell progrcsso infanti!.
Denlro do contexte cia ccluca<;ao, enconLra-se como agcntc primordial a criam;:a Na
aus2ncia cia cooperac;:ao eleslc agente. Oll na anulm;:ao de sua vOlltadc de se educat", nada
podelll Lw:r os :lgi.'Illi.'S 1..:Xlcrnos. lndtpi.'ndclltc cia capaciLiI.;;iio prolissional ou do ..:slor~o
dcspendido pc:los cclucadures. 0 tc:rrCllo a ser Irabalhado continuar{\ inj('nil ate que ocorra a
Cliluencia cia crian\:I.
A criall\'a d~\'\..'n·1 dispor de ~n~rgias ill1~rnas, possibilidades latent..:s que ansei~1l1
p••.'\lI desahrochar e pelo ('x('rcicio continuo de suas faculdadcs intelcctuais. Estas ali\'idades
profundas variam de H('orcto C0111 a idade e meio, scndo increl1tcs <'I indi\'idualidade de cada ser
11l1l11<1l10.Cabendo aos cclucadores. pais e protcssorcs. incelltivar e educar a criatly<l durante
todn 0 proccsso d".' dcsclIvoh imcmo. Emrcl<llllo, ('m dcspcilo do Illcio em que Vi\"CIll, ,IS
crian\as demOnSinHll () desinteressc e a agrcssividade 110interior da sala de aula, promovcndo
assilll Ulll intcrcss-.: m:tior por parte do eclucaclor 110 senlicio cle aju(hi~l:l a libertar~sc clas
pulsoC's n~gali\'as que ,I nnigel11. alim de eOllscguir 0 inlenlo da escola. Oll sc.ia, a instaura~ao
do proccsso de ensino-aprcndizagem.
Snbe-sc que duranle 0 proccsso dc l1latura~ao biologica a crian~a soli·e dependcncia
total do ambienle em que vive ate 0 momenta til: iniciar a sua socializHyao no interior de uma
institui(,:,10 de cnsillo. POrlanlo. os (olltralOS e expericncias vivi::llciadas ate 0 inicio da
socialil..<l~:ao limiLam-st: ao sl:io familiar. Expcri0ncias costas em sua l11aiori,1 carregadas de
~entiIl1entos negalivos Oll POSilivos, os qllai~ pOclCIll inllucnciar toda Slla vida,
Para fllndamcnlar lal pesquisa, eSIC trabalho enconlra-sc em Ires capilulos principais.
o prilllciro Ira7 informac;ocs CJuanlO ,1 psicologia do descnvolvimcnto buscando e:-.:planar a
lmplJri.ilh:i;1 d;, ,If,:ti\ i..1,I\..1•.,: ,ll,:::.d•..: ;1 primcir:1 inEulI.:ia (lil::>•....bCICllIC); Ll segundo Iraz a qucslao
da all'li\'idmh: (01110 ll()(,'aOd.:- l11oti\'ayao para a educilyao c 0 Icr<:..:iro capilulo fUlldalllenla a
(ictlcia pcdagogica como lllcio de diagnoslicar. incentivar c desenvolvcr a pl.'J'sonalidacie (1<1
criany<l quando dellotado a car0ncia afetiva mediante 0 ckcrcsclmo de rendimc!llo cscolar.
2 A I'SICOLOGIA DO DESENVOLVI!VIENTO
Nao hi! possihilidade de expo!" a afcliviclac!c scm cxplicar 0 mccanismo que a eria, OlL
:-.~.ia.0 apardho psiquiL:u. lnlllnt:ras (curias (oram postuladas descle a AntigOidade. na busca do
"QUi:1l1 sou'?" (' "0 ljlJi": souTo IllicialmcnlL: si:ni. l:XpoSta ,I psicologia do dL'senvo]vimL'nlo.
<:icm.:ia ('sla dt.'siinada ao ('studo cia psiquc humana, cxponclo a \coria rrcudiana - psicanalitica
do ck'scI1\'olvim\;.'l1to psiquico. c a (coria cia aprenclizagem de Jean Piagcl c Vygotsky. para
tinalmcilic sl.,'r eX)Josta it 'lIelividadc. sellS conccilos e imponfi.ncia.
2.1 I'SICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO
A psicologia do dCSCllvolvimcll\o telll pOl' objctivo conheccr 0 individllO clcsdc 0
Il:lSCimL'I1\(l att' " 1ll()r\L'. pan indo d..:- ll111ser imaturo. dependentt'. incapaz de garamir Slla
prop!"i,1 ~obr("\"ivcn("ia. pam lUll inclividuo macll1l'o c_ sc possive!. bcm adnptado ao seu
amhicnlC
Para tel' esse objelivo cumpl'ido C nccessilrio que a psicologia do descnvolvimelllo
~sllldl' lOci as as rases ~ crises pelas quais 0 inclivicluo passa decorrer cia sua vida, 8i(10);os e
psicillogos 10m cli\'icliclo desenvolvilllenlo hUllw!lo cia seguinle forma: pcriodo pre-natal;
p\!rLod\) n:c01ll-nascido: priml;'ira inmncia: s(-gunda infanr.:ia: ac1olcs~0ncia: maturidac1c:
scnilidade Oll vclhiec. /\ partir ciesla divisno e passivel ~stlldar a descnvolvimcnto como lll11
lodo ( biol6gico . ...:mocional. social c inlcle.clual).
No presel1lc esludo sen'! dJc1a cnlase ~ISteorias cia persollJlidacle c cia aprcndizagclll.
as quais possucm como maiores pesquisadores: Freud com sua tcoria do dCSCllvolvimcnlo
psicossc.\ual, Winnicott com a leoria objetal do rclacionamenlo infanti\. Piagel c Vygotsky
COIll it tcoria da aprcndizagcm.
2.1.1 Tcorias da Personaliclacle
Us 11lostlj'ns );I\:gos l'swdanll1l -:.\<:IllstivaI1lCnll' as <1tividades d\) hOl1lcm; S6craws
utih/.\)u (I Ill~·tudo ..1.1inll'O:.pcc<.;ao. ou s~.ia. \) hUllh.:IU teria que st: l'ulllll.·..:~r pilra assim poder
conhc(t.'r 0 l'olllp0rlamento dos outros: Pla1<10sug~re que os homens Il<lsciam com as idCias t:
o ambicntc apl'nas dcspcrtava durante 0 desenvolvimento; Arist6tclcs claborou leis a cerca
dos fcnoll1cnos I1lclllais C cOlllprccndt' ,I inlcrpcla9uo entre 0 organisll1o C 0 '-Illlbienle. nada
mais hawria no l't~r...:bro que mio hnuvcsse passado pclos 6rg[ios dos scnlidos. Mas roi
SOIllCllIl' por volta do s~clllu XVIII que tt:orias 1aram formuladas para (\\;.·s\~ndar os mist~rios
do cu/pcrsonalid,ldc, tendo como maior rcprcsclltante Sigmund Freud com a sua teoria clo
clesenvolvimenlO psicosscxlIal.
2.1.2 Sigmund Fn:ud <.:sua tcoria
Siglllund Freud Il<lSCCUt'1ll Frcibc.rg na Monivia em 06 de maio de 1856. Vislo SCI"
ludell. lotlas as carrctras fora a Mc(lieilla e 0 DireilO loram-lhe vedadas. devido ao clima <lnli-
st:ll1il<l cia cpoca. inllul;."llciado pOl' Goethe c Darwin. ingressa na faculdadc de Medicina da
l lni\ crsidade de Vien;] cm 1873. Espeeializou-sc em Ncurologia c psiquiatri,1. propoc lima
concep(,:ao de pcrsonalidack que surtiu efeitos importanles na cllltllra ocid...:ntal. Sua visao de
condi(,:ao hUlllann. <ll<t<.:andoviolcnl<l1l1enlC as opinioes prevalceente ell' sua epoca. of creel' lim
mudo I.:olllpk:-.:u I;." ~Hra~mc dt: pcn:cbcr 0 dCSCllvolvimcnlo normal ~ anonnal, c:-.:plora areas da
psiqu(' qlU.:('ram discr~·tamcntc obscurt'cic\<ls pcla moral t: lilosofi<l \ itorias. Sells cscritos. SU<I
pcrsonalidac!c e Slla delenllina~ao crn ampiiar os lilllites de SCli trabalho fizcnlm dele 0 centro
de tll11cin:ulo de :l1l1igns t: crilicos em COllstan(l;.·mudan~a. Segundo Fadilllall ef (If (1986.
10
p.{) I). Fn:ud ~ I.:onsic\(>radu 0 Pai da Psicanalise. dcvido ~l grandl! importam:ia Ii! contribui'i=ao
do sell trabalho a IT\'('la~iio do Il1l1ndo que repousa sob <l consciencia. Fr~lId cstrutura a
p-.:rsonalidatil.: propondu Ires coll1ponclllcs b,isicos:
-If)- llerdado. pn:scntc no nascimento, fa7 parle cia consliluit;ao. (leima de IUclo.
porlanto. as instintos que sc original11 cia organi7.a(,:iio sOlllutica e que <lC]ui (I/O id) cnconlralll
HIll.l pnllll'll'a l'.\pl-..:::.::.ilO psil[uica. ~lJb forma qUi.; sao desconh •.:cidas. I~ a c::.lrulura da
]k'I'snn,tiid<lch.: orig.inal. h,isica e mais central. ('.'\]J0SI<I 1anto as cxigt:t1cias SOlll{llicas do curpo
quanta as cf('ilDS do ego c do superego scndo. porlanlo. 0 rescrvalorio de cnergia de toda a
personalidade.
-EGO: c a parle do apmelho psiquico que CSI{1 em COlllalO COIll a realidade e.xtcrna.
clcscn\·oh·e·,,~ a panir do i<l. il rnedida que 0 hehe lorna-s(' conscio de slia propria idclltidadc.
p:lra alcllder ~ :'Iplacar as constanles exigrncias do id. Como tUlla casca de ,irn>re. ell' protege
() It! lIlas e.\lnll dele it cllcrgia. a lim de rcalizar iSla. Tem ;l larcfa lit, garamir a sHllCle.
seguranyil 1;.' sanidade da pcrsonalidaclc. i\ssim 0 ego to originallllenic relo iel na lelltaliva de
enrrelllar a ncccssidade de rcduzir a tensao e alimental' 0 prazer. eonludo. 0 ego. par sua vez.
Il'1ll de cOlllrol:lr Oll regular as implllsos do id de modo que 0 illdividuo possa bllscar solll~'ocs
lIIenos illll·dJal.1S l' Illais ro:-atiSlas.
·SUPEREGO: dcsenvolvc-sc a partir do ego, atua COIllO juiz ou censor sobre as
ali\idade~ c p('nsamcnlO do I.!go. freud descrcve tres rlillyOCS do supercgo: consticm:ia. aulO-
observayao c IOnlwyao de ic\cias. j\ meta rllndamcntal da psiquc c manter - e reclIpcrar.
quando pel'dido lUll nh 0:1 ac.;illl\lt:l de cl]uilibrio dintunico qllC lll{J,\illlil'.a 0 pnl.lCr c
llIinimiz<l 0 despraZtT Portanlo. 0 <icsctlvotvilllctlto do individuo caracteri,a-se pOI' Hill circulo
\'lcioso de praz~r e despra.lcr.
II
Buscando l'\plicar 0 d('scnvolvlIllcnlO cia psiquc no sel' humano. Freud escrcve·se a
mais prodigiosa u.:oria d~ d•.'scnvulvimcnlo. bllscando enralizar 0 circulo \ ici050 de pra7.cr c
tkSprab:r d<:mro de lodas as 1~lixas clari'ls do SCI'hUIlWIlO.
Nessc cSlUda Freud divide 0 dcsenvolvimento psicosscxual do SCI"humane em cinco
ctilpas (FAD!ivIAi\', 1986. p. 104).
I~ Fase Oml: d""sdc 0 nascimento. a Ilccessidadc c a j,!ralitica<,::10('sIno"lIlbas com:Clllradas prcdominalllCI\\ClIlC em volta dos tflbios, lingua c. llillP0UCO mai" lar(k d()s (knles. 1\ bO<.:<1e a primei •.:] :lrea do corpo qlle 0 hebepodl: cOl1\rolar, n mawr parle da l'ncrgia libidimll disponivcl Co dirccionada auI()calizadll m;sta area. A Iixa(,:ao nessa fase PO(1e originar os segllinlcslHibilos: fUIll(\r.nlr.:oolismo. C(J!ll~rdClllais. Illordiscar. !l1nsclIr.e!c
2~ Fase Anal: i. Illl.:dieiaque a criam;:a cresce. novas ;'Ireas de 1~!ls:10egra!ilicnO;;;losilo !rn7idns ,'1collsci(:ncia. Entre dais ~ quatro i\nos. as criano;;asaprendelll a cOIHrolar os esfinCleres anais e ,I be.'.;ig'l. A crianC;'1elil limailtenc;:10cspl'cial £1mieC;110e £1cvacuaC;ao. 0 !rCinalllclilo do lonlele despcnalim Illtercssc natural pda autodcscaOl!rla. a ObICIH,:Audo <.:onlrok lisiull)gi..:u(~ligada ,i per<.:cpo;;iiode quc \!sse control.: e um,1 nova fanlc de praLcr. ah!1llde que recebem elagios e incentivos dos pais. CamC!eriSlieas de lixao;;iionafas\! anal: ordclll. parcimonin e obstinao;;:10.
Y rase F:l!icn: 11crinl\ya .Iii aos Ires anos rocalizn as im:.'asgenitnis docorpo. :l descobertil dos 6rgiios gCllitais: 0 penis e a vagina. 0 dcscJo de IeI'11111penis c a aparenlc dcseoblma dc que lilltll "algo" COIISlilllCIlltlll11Il0lllel1!Ucritieo no dcsenvolvillll'llIO. pudcndn h.'\·,i-la na malundjtk aCl)l1lport:lIll..::nlosde inibi~,'lo ~"::.'\lIal011:i Ile\lro~..::.Freud t..::nllHIcUlIlpro.:l.:lllk:r:ISlensol'S qUo:lUlla erianp \ i\'t'llci'l 'luanda selltc excitao;;ao "sl'.xual" is\O 0.l) praLer a p;,nir <lacSlimula,fto dc {lfcas genitais. Esta ~.'\citaYilucSla ligada.na men Ie da crian,a. il presCIl9il flsica proxima dos pais. Freud viII eriall9nsn~.'~1<1faso.::rcagiro.:rna S("U5pais como :lInea9a ]lOlencial a satisfn(j:ao de sua:>Ill'cessidades: para 0 mellino que dcseja eSlar pn')XilllO a 5l1;1llllic. u paiassume :,lguns alributos dc riv:l1. !\ mesmo tempo, 0 mo.::ninoqllcr 0 31110r0.::arci~ilo de sell pai e. pOl' i5S0.Stlilmac e vista como lima rival. A crian(j:a cst:,Illi posiC;iio in5uslcnl;',vet de qucrer c \I;.'mera iUl.hos os pais. EIll Inc'ninos.J'ro.:lId dC'lwminolJ a .~jllla~[io ,,::olllpk.'\a do.::[~dipu. ~o.::glll\d(),I pI,sa do.::s\·)rol.;le~.COlli a Illenin<l 0 pl"Oblernll0 silllilar. milS sua \!xprcss:10 ~ SOIW:;llu1011l<ltlllItlt rllmo diterel1lc: a .11(:l1illadcseja possuir :'\"1Ipai c \,~, sua 111<10.:como sua maior rival. cnqtl:uHo os menlnos repnmem seus 5enlimi.:nlos. emparte pelo lIlcdo da castray.lo, a neecssidadc da Il1C!l.narepnlnn SCtlSdcseJos(- l11eno~Sl!vera, llH.:1l0S1U1'11.1\ cliferen(j7<1em inlcnsidadc pcrmitC' " elaspcrmnncccrCIll I.el., (silua~iio edipiana) pOl' IIIll lempo illclclenninado:dcslrucm-na lardiaml.:nlc c, ainda assim de modo incomplelo.
Pcriodo dl' L:lIl'ncia: cia idade de 5, 6 anos ate a comc~o da pubcrdade.as desejos scxllais 1lI1o-re.solvidosda rase ii'!\ica 1\,10s,lo atcndido po.::loego I.;
cuja repri.:ssiio C feil:L eom succsso. pclo superego. 1~ (lilde <IScriano;;as
12
p::lrccem modificlIr scu llpcgO aus pais c voham-sc para 0 reJacionamentocom scus companhciros. atividadr.:s escolares, esportcs e uutras habilid::ldcs.
rase: (i('nilal: C a Case final do descllvolvimclllO biol6gi(.;o •.,..psicologiw. ocone 'Olll 0 illiciu cia pubcrdadc: C {,:OIlSCq(h.:1l11:n:lornu ciacllci':.;.ia libidinal ao~ brl.!...los sexuais. Neste Illomento. IllCnillO$ t' Il1cn1ll:lS
••.·S1.1,; alllbos o.:ollso.:il'JlleS~ (k :!oWlSidclllidades s('.\uais diSlinlilS C COlllCO:;<l111 it
IlU:.car fOrtHaS dt:' sali!.filz;:r suas Ilcccssidades cr6\icas c illlcrpcssoais
CUl1l ,1cria<;iio d" Psican.ilise Illuitos I.'swdiosos bU5Car,lI11 na Icoria acinKI explicar os
inlttnt.'1"OS prohkmas dl'COITClllCS cia primeira inltmcia. na busta de inlllllcras rcsposta5 au
COlllpOnamenlO adulto. Winnicolt foi 11111<tdas scguidoras de Freud no sClitido de cstabelccer
lig,H;o,:::.d.: a!i:tividadc durantc a filsc lacli::ntl.!. principalmcnle na rclayao Illac c lilho.
2.1.3 A imporl<llH.:ia ell> rclw.:ionalllt'llto mac c I1lho luctenlc
\10 periodo cUl1lprccndido entre os primeiros relacionamenlOs entre rm1e e lilho
lactcntc. 1;\L-s": n':Cl'SS~lrill dislingllir aquilo que pen(;.'llce a rnac e ao rilho. Prit11l.!iramt'llle h<',
itk:lltilil'a~:10 da l1lal.!CUI1ls..:u filho c 0 cSladu de idcntifica~tio do lill10 para com a 111,k. em
quanto a primei!'a lInw capacidade dcsenvolvida. a criarwa encontra-se nessl.! cstado prirm'trio
dcvid0 nfio possllir olltrn saida. pois e a inicia(,:ao 0 periodo pclo qual Lodas as crian<;as
passam. (WINNICOTT. 1982, p.12)
I~nquanl() a maC' possui lima crescenle iclenlifica~ao com a crian~a. esta cncontra-sc
Will ;r !(kia de que perlcnee a lim objclo inlerno da !nilC'. porlanlO a mae posslli gi::rallllentc
LIma prcucllp_'(,:iio lllall'l'nal prill1Jria para (.:01110 bebe. ;,rpcsar dc oulros significados nil
f~lIlIasia inconseicntC'. Essa prcocupac;ilo. segundo WinnicoIL C que dcsenvolve a habilidadc
especial ~'Inull: par;:l cLlidar do bcb~. possuindo conhecimcnto sobre como 0 beh~ pode t:star
sClltindo. capacidack cs!a pcrlencente apcnas a mile. llcnhul1l autro profissional consegllt:
id~'llIilicar 0-'; sctUimC'n1os do bche com tal clarcza e c(.·rtc.'7.i\ contO a pr6prin mac
I)
.\kss~ pt:riodo podt: oconeI' dais lipos de disllirbios com a mac. pril1lt;.~iramente hc',
fixar;ao cia Im1c consigo propria de cartner compuisivo. c no outro extrema a mac
pn;:ocup:1-:-;(' em qll:llqlll'l' siluw,:ao. !ornanda () beb~ St'll objeto de preOl:upa<;;lu p<'ltol6gica. 0
proC'csso p:lnl n.'c,'U]K'rar;JO da <lutO-cstima da mile c normal por0m. 0(.'01'1"1:de forma
propon:ional. A esse proccsso de supcracrao correspollde normalmcntc ao cle dcsmame, send a
Ill) priIlH.:iro i.:<lSOimpusSi\el ell::desmamar pois 0 be be I1lltlca precisoll £lela. no segundo caso a
mal' nk\o cons('gLll..' dt'::.nWtllHr all dcsmmna subitalllellte. nao cOlTcspondcndo a necessidadc cia
d<.:sm;lln;\da SCI'gradual par;! 0 dcscnvoh imcnto cancIO do bcbc.
Ah:rn do ('xl){)SIO <leima. a mat' CIlCOlllra-sc till \olal vulncrabilidadl'. podcndo cstar
apoiada atcli\,ilmcnlc pelo companilciro Oll pelos parelllcs, entrclanlo quando ocorr(' Ulli
colapso das fOI"(;:as proletoras nalL1l'ais nota-se quae vulncnivel a mae sc encontra. Para
\Vinnicolt. 0 dificil () prot.:t.:sso de descnvolvilllcnto cia preOCllp<H;aO maternal cia ma('. mais
ainda quando cstn terlla retomi.lr ao sell comportamenlo normal li'cntc {I vida e ao proprio selL
os dislllrbios dess..: pl'riodo podcm produ/.ir docllyas ciinicas. c eSlas colll'ormc sua cxtensao
s,io ocasiormdas pdo fracasso na capacidadc dn mae para voltar-sc H sua condi\'fio de mae c 11
abslra~,il) dos perigos e:Xlernos enquanto encontra-se vollada ao lilho.
A identi!ica~;"ro cia Cri<lIH;a com a mac rekrc-sc ao pcriodo da primcira in!Tmcia
(h<..'b0). em que 1I1lW(.'rianY<l com seus scis mcses de idade ji.i posslii ajuslalllcnto cxcluindo-sc
(ksse est:'lgio. Nllm procr:sso efl' integrw;ao dn din,lmica tmic-lilho bon. 0 I.!g()lIa cri~Hly<ltoroa-
:.e lll11ilU forte devidu dO apoj() do ego d,l propria mac. conscqucll\l.':lllcntc a crian~a poden"t
o!"sani/d!" suas dcl(.'sas c dcsen\"o!ver pad roes pcssoais tonement(' co!oridos ienciem.'ias
hcn:dit{lrias. tornando-sl,.' de meS1110 ou ela mcsllla (crianii'a). Acaso nao t:,.••islia \;.'ss\;.'apoio au
sCJa rraco ou <linda chcio de rClllcnlios, 0 dcsenvolvitnenlO da Crially<l torna-se clwo!vido por
SllccssinlS rc,u;ocs al) i'racasso do ,lInbiclltc an invcs das neccssidacles intcrnas ou falores
g.cncticos. As crian\'as cnvu!vidas nesse proccsso pato!6gico possuem
14
l'ompOrLamCIlIU inquielOS. d~$coilliados. apaticos, inibidos e submissos. Durante 0 ellidado
lL'r;lpl'ulico ]lll\,]-Sl: :1 llt:cl'ssidadr: l'111crgl..'ntc da crially<l ern \ornar-sc pela prirneira vez lim
IIllli\ Idup
o local anele os bebcs habitam durante ('sIc periodo e estranho. pois nada ainda loj
scpara<io como nao-cu. portanto niio h;:i ainda 1LI11 ell difcrcnciado. inicianclo assim 0 processo
de idcllliticw;,:uo cia trianY<i. pois 0 se(j'dcSl<l encontra-sc !1UllI cSl~lgio "pcnas potencial, imensa
:\0 sclf' d~l m~h::. SCill mll clcsc]wolvimcnto complelo. A nec..:ssidmk' cit- iclclllificCI<,:fh) dcslc
pl,,'riodo. pois a crialH;a enCQnlra-sc 1H1Il1 processo de IOrnar-se. 0 que W1NNICOTT( 1982. p.
25) concciltl<l de nfto-integnH,:<1o. sendo nccessario 0 conhecimento das relm;ocs objclais para
cOInpn:l:l1sao dessc inkio cia crianY<l.
\VillnicOll classificu as J'lIll'Ti')CS boas nus primeiros cslagins (.:01110 slO'gurar. tocar c
,'pr\'SClllay,1u dos nbjlo:tos. 0 s(:gurar c~MI intrinslo:carn.:ntc rdadonado ;:, idcntilic<u;ao cia ll1<k
CUIIl oj lilhu. puis qll<lndu :.alisl~lIoriu engloba os cllidados birsicos. e. quando ('silo: e irwclcquado
poclc dar base a scnsw;ao de se partir em peda<;os ou cair num po<;o scm rundo. em Olltro lipo
de <lnsicJadc classilicadas como psicolicas. 0 toea I' pur sua vez l"<!cilila a associa<;ao
psiCllssnrn{lli":<1 nil crianc,:a conlribuindo pnra 0 dCSCllvolvirnenlO do real c do OpOSIO ao inc'l!.
o loque dcsajeitado pod~' atuar COntra dcscnvolvimento do tbnus muscular (coordt'na<;ao).
agintlo conlra a capacidac1e da cri'll1<;a de sentiI' prazcr na l:xpericnciu corporal C' de scr.
Apn.·:-'I.'nuy,10 de ohjl.·los (coHcn:lil.:a<;;lo). objeliva lamar real 0 impulso crialivo cia (.;rianc,:,1.
iniciando-a nCl n;;i;l<;i'io com objClOS. quando insuli<.:icilic eSla apresciliayao bloqucla
pos\l'ri()nm~ntl..' 0 1.;'11l1inhopara 0 dcsenvolvimi::!110 da crian<;a para sl..,ntir-sc real. ou sej~, 0
muntio rca] d~ objl.'l()s C I(.'ncimcnos.
Portanlo. 0 d~.'senvolvil11cn{O do bebe C lima qlleslao de heram,:a de LIm processo
lllalural.;ionai 1..' da acullluJayao de expericncias de vida. desdc que possu:! llill arnbicnte
15
faeililadl)r, primciralllCllle absoluto c dcpois rc,ltivo, classifieando assirn 0 descllvolvimcnto
em dcpL'ndcncia ahsolula. d('pcndencia rclativi.l c lima evoluyuo para illdcpcncicncia.
\\"1I11l1eO!!(1981. p. 128) I.:.\plica LJU~ inil.:ialtll(,1l1C a Ill;.'ccssi<iac\c- do b~bl: nao
{;;I1COllll"<l-S•..' n.:sllmicla apcnas <1salisra~ao dos instinlos. alinal 0 ego cnCorlll"a-se cm t.:volll.;ao,
criando t'or~a sl:nclo as ('xig0n<:ias do iel scnlidas como partl: do pn·)prio selr. senclo ('SIC
pl:riod!) IUlldallll:l1lal para 1l1l"lili(,:'11·0 eg.o. () qual •..·IlL"OlHra·se incapi.li' dc SlJSlClllar os riscos c
as rruslra~o •..·s cxpl:rimclllacias al~ 0 pOllIO cia concrt'tizm,;ao cia s<ltisJ:"1.;ao do id.
Tanto no dcsenvolvirncnlo cia pcrsonalidade qUlJllto na rclac;ao enlre mac c lilho
laetcntc, cneantra-sc a alUHc;flO cia principia b{ISico de Freud- prazer e desprazcr, sendo
'iimboli/ado por sl'ns:H;<ies positi vas Oll Ilcgaliv<ls - scI f falso e sef verdadciro.
o set/falso possui como run~'Jn ocultar e proteger 0 self" verdadeiro, independcnte cia
natureza deste, possllindo como caractcristicas: em caso extrema, 0 I~dso self POSSU]
1.:<..lIlUt:l\·:lLl r•..·,11 S••.·lhJu .tprt.:so.:ntado COIllO a pr()pria pcssoa, podcndu (".!lllar ('Ill sitUHyOCS cit:
cOIl\'l\"(?ncia c algum:ls earcncias essenciais, 0 self vcrdadciro enconlra-se ocullo: em caso
mcnos C"\lrell1o. 0 self Elisa dcfendc 0 sel(verda<iciro, 0 qual estt' lillimo if: pcrcebido C.0I110
pOI •...lll·ial pl'nnilin<lo lima vida secreta, •...st:\ silLla~ao ~ COIllUIll quando ocon·c a prcser\'ar;ao do
in<li\'iduo quanlo ,is condi90es ambicntais anormais.
() importante clinicamente. segundo Winnicott. e 0 reconhecimento do seifralsa pant
(jUL' ••.•ssas falsas personalidadcs nao sejam cllcal11inhaclas a estudantes, pois CllcontrarJo
1111111a" dilicll!dad~'-j na id('ntifica~,1o dcss •...self fa Iso, podcndo incorrer ern diagnostico
1111.:0rrCIO.
A milL! alil11(,l1ta a onipotencia do lactenle rcpetidamentc, dando a vida lim self
verdadciro par meio lia rorC;<l dada ao ego fraco. Pcla compicmcnta"ao das c.\prl'ssocs de
onipoll'nria. tornando-o capa;:..: de acreditar n(l rCctiidade externa que surge. renunciando
gr.llL,ti\.llll •..'IlIC. :\ m:k que 1);10 l' '>uf'll·il·llkln •..·l1h: bun n:io cnnscgllc t'",la c.:urnrkllK'nla"i.i\).
16
falhandu fl'pCli<imncllle na tlllsia de salisj~lzer 0 gcslo c a submissao do mcslllo frente ,I esta
silll'W~(). 0 cSl<lgio ini<.:ial da I.'onsu'ur;ao do self falso, torna-o incapaz de usaf simbolos.
podcndo ocasionar a morte Cisica. devido a caLexia dos objetos eXlernos. pcrmanecentio 0
heh~ isulado na rcalidadc. falsamcnlc ocasionando irriwbilidadc e clisllirbios da alimcntw;ao
Assilll 0 falso se({constroi lllll conjulHo de relacionamcl1los ralsos. Iransfonnando-os
pm m~i() d,,' illlroj('(,:0cS it ullla aparencia real. 0 falso self e na rcaliclade lima defesa contra 0
o self wrdadeiro scria 0 gcslO cspont;:inco e a ideia pessoa!. <':I"ialivo ao pOlliO dc
senlir-sc real. provoc<lndo ao sell falso a st.:ns<lYuo de irrcalidadc e mll selllimcnto de
fUlilida<k. Quando hem slicedido 0 sciI' !~11soucu1ta 0 vt:rdadeiro ou dcscabre lim jcito de
possibililar ao self \'I:rdadeiro ('umeC;<lr a ~xistil'. 0 se(fvcrdadciro provem cia vitalidnde dos
tecidos corporais c <las run~oes do corpo. intimamente ligado i1 iell'ia de processo prirm'trio.
nao-rl..'alivo aos (,stimulus externos. lllas primilrios, Apan:ccndo logo C]Lreocone qualqut:r
organiLa<;,io lllentaL ou sc,ia. pOlleo mais clo qUl' a scnsClyao sensorio-rnolOra, Graclativamcnlc
lorna-se Illais ('omplcxo, 0 lactcnlc possui capacidadc de rcagir a estimulos SClll traumalisll1os.
cncarando-os como projl'Cocs. /\ partir dcst(' cSl;igio 0 laclcl1l(' lOrn<t-SC'capaz de manter 0
senlimenlo ell: onipOICnci<l. mesrno quando em situ<lyck:s que tcnha que CnfrC1l1ar no munclo
ambienta!' prccedcndo 11 ,HlOS de capHcidade da crianca conceber. no raciocinio intclectual. a
\.)PI.'ril\',l\) dl..' <ll':)SO puro.
Quando 0 self verdadeiro nao e interrompido rcsultar{, no fonalctilllento do
senti menlO ch; scr real. possibilil<lndo ao laclt'nte tolerar dois tipos de r~n6mcnos: 0 primeiro
nas solw:;oes de cominuidadc na vivcncia do self verdadeiro; 0 segundo quando hit
1''\j1C'ricllCias do self t';11,,0I'dacio1l:tdos com 0 arnbienle na parle cia sibmissao. r('conhcccndo a
l',i'ill:m:ia d(' lInl ilrnhientc que lorna-sc aCetin intdectllalnH:nIO:. scguido ()ll n50 de
semimt:lHos de gratidilo.
17
o laClcnt<..' dest'nvolve lIllla organizar;ao do ego adaptada ao ambientc. 11:10
IlcccSSarialllclllc em conjUlllo. mas SOlllenlC apos a ocorrencia do se(fvcrdadeiro caractcrizado
como normal qU;l1ldo pode scr dcscilvolvido pda criall(,:<l no st:ntido clas boas nwneiras
sucinis. :1qu:iI pod\.: st'r adapt{l\'cl. currcspunc!cndo a lima (;oncilia~i1u. c em silllW:;Ot'S cfm:iais
o selrvcrdadciro assullle a posi(,:ao do se(/conciliador. Clinici.ll11entc, segundo \Vinnicott, cSle
(. lim prohlclll<l recorrenle cia ado1cscencia. Para os psicimalislas. nao e difkil enconlrar casos
(\c- \1111alia Oll de lllll baixo gr<lU de falso sr({ como dcfcsa, podcndo ser de aspcclO pal ida
normal do se/fao man:admu •..falso t.' suhmisso self. 0 qual e confundido com.\ crian'rH imcira.
:Vlctat"oric,1Il1cnte sc cxplica 0 excmplo de rclac,:ao de <Jutores. onele cxislem a personalidaele
(h:les Il1('Slll()S C H de que prccis<tlll represcntar. enquanto outros s6 represcnlam, ficando
~Oll1ple\alll~nle pcrdidos quando nao cxerCClll lIl11 papd e conseqllcllIcmcme nao sao
n.:conheclc\os como I..'xis\cnlcs pda socicdaue.
No inclividuo nnnnH1. sellcom aspecto submisso enlrctanlO com conolayuo cit' lUll ser
I.'spont<inl.'o c crialivo. cxiSle a capacidade de lISO de simbolos. Portanlo a Ilonnalidadc do self
•.'SI{1 ligada il cap<H.;iliack cltl inclividuo de viver em uma area que c inlcrmeC\i,'lria ('1111"1:0 sonho
e a realiclade, challlad,l de vida cultural. NUIll alIa grau de splilling etllre 0 self verclacleiro C 0
fabo s•.'lf\crirlca-s..:- pnllea capacidadl..' para 0 lISOde simbolos. pOn<lnlO uma poore/.a de vida
cultural. ..:- ao in\'l's de objclivos cuhurais. obscJ"\',\-se p•.'ssoas com extrema inqllii;.'Ii.lyao.
incapacidade de sc COllcentrar e Hilla llecessidade de colecionar ilusocs de realiclade c.'\terna.
tk modo quI.." loda a vida dcsle individuo pode ficar cheia de rea\,oes ils ilusocs eriadas pOl' de
prl)prio. (\vIN~ICOTT. 1982. p. l-il)
1\ inlluem:ia cia rel<1yao afctiva delltro dessc cot1lexlO IOrna-sc de Slltlla importiltlcia
par" lUll prUL·•..SSO (I..' m:nllnll;ao sadio do SCI"humano .
.\ :;•..guir sl..'nio ckmonstradas as tcorias quI..' visalll a explicac,:fio do desenvolvimento
d,j nprl'lldil.agO:!ll alraveS (k PiagcI c Vygotsky. os maiores rcpresenlalltcs dessa temiH.
18
2.2 0 DESENVOI.VIME:-JTO MENTAL SEGUNDO PIAGET
o dcscnvolvimento menIal, segundo (PIAGET, 1987), dcpenue clos seguintcs
ra!orcs
,1) A l1laIUr~I'r:llldo ~ist(,IlJa 11l;'"l'\'OSO.abrindo po::;sibilidade parJ SlTeI11 dcscllvo]\,idas;
b) 0 :1ll1bil.'tlll' fisiL'o. ofcrt-ddo <'I crian~a fano material concrcto com 0 objelivo de
propon.:innar a eSlimul,wtlo C <l Illanirula.;:~o. inslflllllclltOS 1;.'SICS primordiais para a
comprl..'cnsao na primcira inmncia;
c) 0 uillbicntc social. propon.:ionando ahcra~Oes corn oulros individuos de forma
posiliv(\. 011 seja. atraves d" cooperay<lo e colaborm;ao, agindo em niveis iguais para crianya
dt: Incsma idadc (' dil'erc:n~ados quando O<':Ol"rcrelw.:ionamenLo en1re adultos e crian<;as.
d) Complemcnlarmente cnCOnlra-5C 0 I~Hor de cquilibrio progressivo, ou sCJa,
utiliza\8.o do dcsl;'llvolvimcnlo COllSliluido pda ayao. inicialmcllIc risica a pr[lIica e
P",-Il"rllIlllh:nll' pas::;,lIldo au ,lll1bllO Illl'Il1al (: silllb<'llieo,
ral como a adaptayao bioh'>gieCl. 0 dcsenvolvimclllo mental st: processa a partir cia
:1:-;:-;il11il<l\:lodos d:1dos do 1l111l1docxtcrior. para :1SI;'struturas Illentais do individuo (' para uma
Cl(;ol11od<l(;:1ode suas t.'struturas n:fcrcl1tt:s aos <Iados assimilarcs mCllIalmcntc, assim 0
individuo eonslruinl suas 110~OCS cle munclo e as n::cOl1struin'l quando necess'\l'iu. (lcaso hajam
110\as 1l0..,;Ol"S(b<las pela socil.!tlacle Oll quanto v,li alcm dt!sl<lSnoyoes na eiaborw;ao til" tcorias
mais coerentes.
Para Piagcl lIplld I,cile (1987). pesquisador quc mais cOlllrihuiu para 0 estuda do
dcsel1\'olvimento cia intdigcneia. a criarwa esta semprc criando e recriando seu proprio
modele dc realidadc c dcscilvolve-sc Illentalmcnte ao inll:grar conceitos nmis simplt:s em
wnccilos (Ii: Ilivel mais e1cvClClo.Piagct delendc nssim 0 eom:eiro de "epistemoiogia genclica"
19
•...sp~("i(' de ("ronograma estabelccido pel a nature/a para 0 dcsenvolvimcllto cia capacidadc
infanti! de pcnsar.
Esse cranograma dcscnrola-sc em quaLro eSlagios: no primciro. chamado periodo
sensoria-motor. que vai do nascimcnlo ate lml ana c meia ou dois arlOS. a crian~a COI11••.•\(I a
IOlllaf ,I 1.·lJns•...i~nt:la d•...sell prllprio corpo de s•...us rctkxt)s lisicos inalO~ ..: cia possibilidade de
lIIiH1il'ld:"I.lil" par:1 f:vn cnisas inlcn:ssanlt's 011 ler Pn17.cr. ('01111..'<;<1 talllhclll a lamar
coml..'il'llcia de <;i Illcsma C0l110 uma cnticl<1cie separada e das caisas a sua valla COIll cntidadcs
::.Cp.lf<.tdas l<llnb •...nl.
o s••:gundn o;;.·s\{lgio C0 do pcnsamcnto pre-operacional e vai. mais Oll menos. dos dois
,111\)$ :lll::,~('\•...'1110S. ,\ cri~l!l\a cons\;."gu(' maniplliar simboiic<lmcnlc seu universo. por meio de
repn.:~St'n\ay()eS intcrnas. ou pensamctltos. sabre 0 mundo eXlerior. Durante CSSd rase. ela
aprcnclc a reprcsen1<l1' as objetos pOI' mcio de palavras e a lllanipular tllellll.dmente as palavras,
wi C0l110nnlcriormente manipulara os objcto::; tisicos.
:'\10 lCI'(.:ciro eSl;'tgio. chamado de operacional concreto, dos 7 aos 11 ou t 2 allas, a
crian(,:<1 COllll.:<;a a utili/.ar algumas opera~oes !6gicas. COIllO a revcrsibilidadc. a classifkn~'Jo
do:'> uh.ll·IOS pllr suas selllelh,)l1(,:as e difc'I'I.!IH;as. c lamb~1ll n cornprel.!l1(kr os conecil0s de
Illll11eros e de lempo. Introc!uz·se assim a l<'Jgica no proccsso de pcnsRmclllo da crian\a.
o qWlrto cSlagio C 0 periodo das opera«oes tonnais. que comec;a aos 12 <lIlOS e se
t'slcndt: pet:1 \ ld:l adulta. (";Ir<lclcrin-sc pela capaeidadc de pellsar ardenadamcnte e pelo
d01llinio do pcns<tl11l'nlo 16gi(:o. 0 que l'l1Scja Uilla c.sp~cie de l:xperimcnt<ly,-10 tlll:nlal Illais
!k:d\'l'1. N('sSL: ('slilgio final. a crianya aprende a manipular ideias abstratas. a j'ormular
hip<'Jtcses e a en tender as implicayoes de sua maneira de pensar e da maneinl de pensar dos
mllros.
A psicolagia de Piagct trata·sc ponanto, cia psieologia do sujcilo como criador de si
mesilla l' do Illuneln nUIll proCL:SSOde illlera<;6es sujeito·ohjeto (intcracionislllo). sendo a
20
inldigL-lH:ia adquirida ])1..'laassill1ila(,'iio C cl(,;omoda'Yao tt!ndo como rcsu1tado 0 conhecimento.
llleio pelo qll<ll 0 espirilo hUlllano pode adaptar-se,
o dcscnvolvimct110 afctivo ocorre de modo semclhanlc ao dcsenvolvimcnto
cognilin). i:;IO e. a:; t:struturas ali:livas siio cOllslruidas como as cslnLluras cognili\·as. 0
aSI1L'<:IO;lIcti\'o C n:sponsfm~1 pela ativi1(,'ao da atividade intclectual c pcla sek<;fi.o £los objeLos
sobrc os quais agir.
Algumas recorncllda<;oes [cvando-sc em consiclera<;iio a tcoria piagetiana:
1) Os pais c profcssorcs devclll assllmir rela~oes de respeito milluo com as crian~as
i.' nao UlHorilarias. pclo menos alguma parte do tempo em que pcrmanecclll
jUlHOS. Os prolcssorcs podem cncorajar as crian<;as a resolvcrern problemas pOl' si
Il1csmas c a dcscnvolvcrem a autonomia. as profcssores precisam respcitar as
crian<;as.
21 Quando a pl1ni.;:ao <'•.<.; crian.;:as o.;t' fizer nccess<'lria. c!e\'e cSlar bascada na
rt'\:ljll"lKidade t' m10 n<l('xpi<l\~10. POI' cxcmplo, 0 Illcnino que se rccusa a arrumar
o s~u qLl~lrto pode s('r privndo das coisas que estao no quano, A Illenina que bate
t'm oUlru criall~ll. deve scr n('gada a inlcraryao com outras crian<;as.
3) Os profcssorcs podclll prolllover a inlera<;ao social nas salas de aula e cncorajar 0
qllesiiOna11lenlO C 0 examc de qualqucr problema que pode SCI' levantado pelas
cnanryas.
4) Os prof'cssores podcll1 envolver os alunos. mesillo os cia pre-escola, em
disclIss{),:s de problcmas. A I11cdida em que ouvem as argumenlos de sells
\.:i)k!,!<Ispodell] cxperimentar a des..:quilibn:u;:ao cogniliva. qUt' pode (.;ondllzir a
l't'of!,!<lni/,ill,;aO dt, :-.Cll~ cOlIl.:t'i[Os. 0 conOilo cognill\o t~ nt:cl'ss,il'iu para
1\.'l..'strutura,uo do raciocinio c pura 0 descnvolvilllcn\o 1l1CllW!.
21
5) As cscolas c as s<llas de aula poc!em ser rcestruturadas de 1110do a pennitir lima
maior pUrlicip<H,:50 dus ,dullas nos aspectos significativos do processo de clin':l;ao
t' adminisll'l.!<;ao cia escola. t\ responsabilidncle. a cooperac;:ao C <lLlIodisciplina !laO
podcm ser twnsllliticlas ~IS crian~'ls au!OriLariamcnte. Tais conccilos dC\'~m scr
cons'rL1ido~ pm cbs ,', partir de sua:; prclprins c:>:pcrienci:ls. p~\ra 0 que as rclac;flcs
dl;.' reSpt'iLO IlllllUO siio csscilciais. E discu{[vel a ideia de que as crianc;:as pode-Ill
dl:sctlvolvcr as conccitos de juslic;a. baseados na coopC'rac;:ao. t'm lIlll arnhi(,l1t('
cliju II scntido dc juslil,':<ltcnha por base apenas a autoridack.
2.3 DESE:-IVOLVI:VIENTO DA CRIAN(A SEGUNDO VYC;OTSK Y
Segundo Vygolsky 1984, principal [enrico cieSla concepc;<lo. 0 conhecimento c
C(lllSlruido na rela<;;lo diill~lica ~nlre 0 suje;lo e 0 111(';0 atravcs dn lingliageill. 0 Illctodo
\) gl)bh) ~ ..:unstituido pelo ambiente ILsi..:o: ideias. pessoas, cliltur;:ls Ch:. 0 conhecimento C
a":lIlllulati\o \.' historico e l"oi constituido peb hllll1anidad.:. 0 individuo e visto como urn scr
social. integra. de propos llma pedagogia dial6gico cnlre professor c aluno. Para conellli!".
:lcreSCCnla-Sl' ,\ C.ilW;liotil' Vygolsky (1984) "Tudo que nos rodeia. qut." lui niadn pda IIllio dl)
hOllll.!l1l. todo U lllulldn <.fa cultum. sc dikrcncia do Illulldo da n<HlIn':Z::l_pda prnduc;Jo da
imaginac;uo I.! cia criac;ao humana"" (JOLlVET. 1987, p.51) .
. \ t"uI1\·:.'io da linguagcl11. porlanlo. e a de relletir 0 mllndo exterior c a de planejar t:
ddcl"lninar 0 L-urso (Ie lIllla a~ao. Antes de controlar 0 comportamcllIo. a crian~a inicia por
conlro\ar SCll <lmbiciltc COIll a ajuda cia rala, produzindo novns rela~oes com ambicntc. al~m
de tlll1,l 110\;1 or:Jalll/a~iio do pensamt'nto. t\ crim;ao dessas i.:araetcrlsticas hUll1<1n<lsde
comportamcnto produL. mnis tarde 0 intelccto. COllstilllindo a bns.: de Irabalho prodlilivo: ,I
10nn<1 espt'cilica hllmana do lISOde illstrllillentos.
22
I)l'sdl;.' os priml'iros dias de descnvolvimcnto da crian~a, suus atividades adquircm
urn significado proprio Imlll sistema de comportamento social e, sendo dirigidas a objctivos
ddinidos. sao rctralJdas atraves do prism<l do Hmbiel1te cia erian<;a. 0 eaminho do objcto ate a
1.:!"i;'lJw.1,,: dcsta ao ObJl.:lOpassa alrav0s de oulra peSsoa. A eStrlllura hUlllaml comp!cxa C 0
prodUIO dc tllll processo de- descnvolvimento profundame!lte emai7.ado nas liga<;oes entre
historia indi\"idual c hisloria social.
o descll\'olvilllclllO e aprendizagclll. segundo Vygotsky, eslao rclacionados dcsde 0
n<lSCilllCll\Oela crian<;i.Lon(k a aprcncii7.agclll rcsllltan·l do dcscnvolvilllcnto c eSIt: min oCOlTer{1
:-oelllquI,.' haja aprl,.'ndiLagclll. hm enelo lImJ. pOlcncialidadc no homem, a parlir cia rclayao com
o !llcio colocada elll a~';io.
'\ zOlla de desc]1\'olvilllcnto proximal - ZDP e a dis\,incia entre 0 nivc1 de
,h..S(1)\"uh·il11cnto ["I,.'alquc sc costum<l dctcrillillur alrav0s cla solll~ao indepcndc!lLe de
problemas (' 0 nivcJ dc descllvolvimcnto pOlencial, deLl.!rminado alraves da solu<;ao de
probkmas soh oril.!llta~'''io ell;.'tllll adulto. Oll ('Ill colabora~ao rom eompanheiros mais capazcs.
o Elzer peclagogico fllnda-se no dcsellvolvimento potencial. Ocorrendo dois niveis de
descllvolvimcnto (LEITE, 1987, p. 7[):
dCil,.'nn)I\'iIIlCnIO real: capacidnck intdcctual jei. (()Ilsolidada pela crian<;:a
(n,:.'solm;-fiode prohlcmas scm 0 <Iuxilio do outfcm).
- descllvolvimento potencial: capacicladc de resolver tim problema com 0 allxilio de
algllcill mais \'clho ()1IIllais adulto. A crian~a precisa de intC'r\'en~ao pcdag6gi..:a extcrna a lim
d.: colabnrar 1111rl':IliLa~J.o cla larcla. Oll sc.ia. cncontra~sc no cs\,igio de ··1I111bOiao de !lor que
('st,1 por dcsabrochar"'
23
~,~ A AFET[\'[i)ADE E 0 PROCESSO DE APREND[ZAGE:V[
o arelo pOl' sua vez, represel1\<l lJm processo de descarga da energia puisionai que
constiwi lima das mallill:Sla~'lk:s da pllls,10, gcralllll.!nle dificil de comrolar nas prim..:iras l~lSCS
(\:I IIlI~incia, posteriol"llh:nlC sendo cUlllrolmlo con forme 0 processu de maturac;ao do individuo.
1\l'[~"[COTT, [082, p, 56)
o aspeclo alC-livo tem uma profunda inOucncia sabre a dcscnvolvilllcnia inleleClual
Ell: pock acclcrar ou dilllinuir a ritillo de descnvolvirnento. Ele pocle determinar sabre que
COllil':ltdo~ a ;ltividack illlde1:lUal se concentran·\. Na teoria de rigel. () dcscnvoivimenlo
illlclcctual e considcrado COIllO tendo dais componcnles: um cognitivo C outro afelivo.
Pal'aldo ao dCSCtlVOlvimclllo cognilivo cst.:'l 0 desellvolvimcmo aktivo. Arelo itH.:lui
sentimenlos. inlcrcsscs. c1cscjos. lenciencias. valores e clllo<roes em gem!. Piagel apontn que hj
aspecto do arCIO que sc desenvolve.
o areto aprescnta varias dimensoes. incluindo os scnlimenlos subjetivos (amuL raiva.
dcprL'ss,ltl) t: aspectos cxpressivos (surrisos. gritos. I{tgrimas). :-In sua vi sao 0 afeto se
(h."';l'l1\O\\'C 110mCSll10 sClltido que a c(l!,!ni~a(l Oll inleligcl1cia. E C reSpiltlSllVcl pela aliva~ao
da ntivldade intclcclual. (LEITE, 1987, p. 75).
Em varios livl'Os Piagc\ descreveu cuidadosamenle 0 dcsellvolvimento aielivo c
cogniti\'o do naSCilllCtlIO ate a vida adulta. ccnlranc\u-se na infancia. Com suas capacidades
afclivlls cognitiv<ls c\pandiclas atraves cla continua constru<;ao. as Crial1yHS tornatll-se capazes
de invesl;r alclos C ((;1'sentimenlos valid<l(\cs nela mesma.
'\1('s\e aspectl). a ;\UIO-CSlimit manlctll uma estreila reltwao l'om a t1101i\'a'-;<loou
interesse cia crian~'~. para uprendcr.
24
o afclo 0 0 principlo !lorleadar da <lulo-estima. Apes dcsenvolvido 0 vinculo alctivo,
a aprcndizagelll. a motivayuo e a disc.:iplina como "mcio" para conseguir 0 auto-contrale da
\,:rianC;:1 ~. 'iI,.'U hl'lll l'sUr :-.an c{)nquislas significalivas.
'lIm:1 1"ci;t(;:I(\ ..:dllClli\'~l 1'!'I..''iSlIP(''lc-sc 0 conhecimento d(' st'!11i1l1cll\(ls pn'lprios c
alht.'ios qlle possibilita UtlW disponibilidade corporal pOl' parte do cdllcador. I':m expcricncias
curpor;lis cum l:rial1,Js hj um conn'onto com 0 problema cia agn.:ssi\'idadt:. comportamcnto
que l'\ ickllcia \1111dl'sequilibrio itltcrilo. A dificlIld,l(ie elll ,\lingir ('ss:!s criatH;as csui no t~110de
sentirlllos 0 mcdo delas por nos. Faha-Ihes lim cXt'rcicio de amor. carinho. mcnc;iio. jusliY<l. E
pl"llllJll\ l'r esse cxcrciciu C llill desatit)
A agressividade aparece como lima procura C lIllla dcfcsa da idcmidade. No
1l10men\(l em que ('51a for realmenle de5coberta. aceita pelo outru e nao mais amc<lyada. a
agrcsslvldade lendl' a (liminuir
t III \lUlro prohkm<l a SCI' ent'rclltaLio e () mcdo J'n:lllc ans relacionalllC!1tOS
llllcrpCSSO(lIS. A pona do medo, /lcando lrancada impede 0 accsso ao dcscnvolvill1ClllO
cognitivo. ao saber melhor clnhorado. a vida mais completa (' satisfilluria nas rdayol's sociais.
() desenvotvimcnto afl'tivo 0 basico elll tOdD 0 processo de crialividade. que cnvolve
a cri;llH,:.1.ltllaJld(). oh::.cn andu -..'criticanclo. ('Slas conslitm:ll1-se a~oe:i fund<llll(,lliais para a
j(lrIna~-':'io cia pcrs0nalidm!c do educando. Sendo nec(;.'ss<lrio oi"erecer ,\ crian<;a
oporlunidades nm. quais cIa possa se cxpressar. I1UIllclima de libcrdade c confian~a
No descilvolvimcnto de atividades de cxprcssHo artistica bascados no jogo infantil.
prctc!lde-s~ formar lHll ser CSPO!ltilllCO, vivo. dinfullico. capaz de- \';xu:.:rioriLar SI.~llS
PI.'I1SlUllI.'IlIOS.s~nlilllentos I.' sensa~ol,,!s: ulilizando diversas fOl"mas dc linguagcm a lim de
cOllslruir gradu<lJlllcnte sua propria cscala de valores e dcscnvolver sell sensa estctico. Nessas
sitlla~ol.'s dl.' il1lila~'10. cria~,10 au rccrim;ao que se dcscnvolvem durante a reaJizm;aa das
25
:lIi\ id:J(h,:s, (l ...-:dLlC:lt!mh:1ll LlIll:1UC1Sifiol!!lien para conhcccr sellS alunos c dcscobrir a Inclhor
manL'ira til' oriL'IlI:1-los
2.5 IvIU IIV;\,'AO
A mOlivm;ao foi a prineipnl prCOClipayaO no cstlldo cia personnlidmlc para Maslow.
Ek :1('l'il(HI ,I id~'i<l lk qlll' 0 cOlllpon:tIlll'llto hllmano C l11olivaclo pcla salis!~l~ao cl<..:
III:CL'S~ldddc5hIOk)gjc;I~, l'1la~1\.:jL'itoulirnh:ll1l'lltL' a pr~pusit;au de qUl' tocla llloli\'a(,:ao hUIllHna
pode scr cxplieada ('Ill lcrmos des conccilos de Hull au Skinner de privac;ao e de
rcfon,:all1L'llIOS dcserilos anteriOl"lllCnle. 12111vez elisso, POStulOll utll lipo de tnoliviJyao
crcsccnlC, que indica que a neccssidadc de aUlo-realiza(,:ao c oulras llccessiciades cle orclcm
";lIpcrinr ..;,io prinHlrias. mas que clas podelll sel" m:lnirCSladas no COlllportamenlo apcnas
(kpoi~ qlll' as Il('ccssidadl's de dcfieicilciu torelll salisfcitHs. Assim Maslow tI/mt! Klallsmeier.
(1977), csquemalizoll lima hierarquia de mOlivos/ncccssidades. Os sete eonjuntos de
ncccssidade da hicrarquia sao:
Nec.:ssiclades iisiol6gieas, .V1ASLOW apoiliou como necessidacks lisiol6gicas
;1j1l'Il:I-';:1"; ca1l'gorins principai::., por l';\\.'lllplo: oxigcnio. liqllido. alilllcnlo c descanso.
Rdm:iolloll dais imponantcs pomos com a satisfac;ao das neccssidadcs fisiologicas. Primciro·
eOIll eXlrema lome Oll scde. 0 individuo se comporta como lim animal interior. 0 estllc\o do
compon:lI11cllIO hlllll<lllO soh eslits cOlldi~ocs revda LillI qllaciro t~llsu das mOli\ a~'ocs
.,,;upl'ri('I"I,:sdo hUIllClll. inciuindo as sociais. Segundo: " bllsca do intli\ idllO para s<llisfaLL'r as
Il~'cessi(bdcs sociais (k (l]'ckm superior 0 l!lll Inoliv() l1luilO Illais forte do quc as necessidacl<..:s
lisiol6gicas. IsIU ~ \'crcladeiro porqut' a salisf~I~'ao lias ncccssidades lisio16gicas ('vila que' 0
orgallismo seja dominado pOl' eslas nccessidades e pennilc <lll1anifesla~ao de ncccssidadcs de
ordcm superior.
26
2. Nl:cl:ssid'ldl.: de sel.!umnca. A m:cessidade de scgural1~a em be be c crianyas e
dcmonstrada por sua prl'ferencia por alguF11 tipo de rotina ou ritlllo em \'('z de dcsordcm. por
Sl'U C\'italllcnio dc driJs lonnas de SiIU<l<;tICS de perigo pcrcebidas c pOl' sell reeUD de
slllla~OL'::'<:slranhas e n,10 tiull1liares que diciarn reayocs de perigo c de terror. Em geral. a
Ill'l:L'ssidade de sl.:guratwa em criam,"a c aclullo (" obscrvada como sClldo lllll mobilizaclor alivo
l' dominant\.! clos r('cursas do or~anisrno em cmcrgcncia - guerra. docnc;a. danos. cat{lstrofes
naturalS e coisas sClllclhanles.
_, ~~p\"·rlln":IIU;1. A nCl'I.:ssidadl' <.k arnor l.' dcsl.:ril<l cumo lIlll (\(,!';:'I.:'joUll lima
fOl1lt' de rclac;ao afcliva com pcssoas em geral l' de pcrtenccr a um grupo. i\ fory" cieSla
necessidadc C obscrvada na pessoa qLle sente a auscilcia de amigos. csposa ou mariclo. a
seres hUlnanos Inentaltllcntt; sadios
-1. Estim<L. 1\ ncccssidadc de estima surge muito claramcnte a busca de
n,·conhc<.:imcnto como uma pcssoa cI~ valor. J\ smisfw;ao cia necessicladc de estima e
acompanhada pelo sentimcnto de confialll;:a. valor. fon;a e utilidade. Obst<lculos a ('ssa
11L'Ct;s~idildl'pn)liLlIl'111 scmimcillos dc infcrioricladc. fraqL1cza Oll desamparo. Coopersmith
,.dma ("111 L111l~1<las suas obras. que 0 sucesso de um aluno na ('scola e ('xtremamcnte afetaclo
pclo seu senso de aUlo·cstima. (KLAUSMEIER, 1977)
5. Auto-atualizacao. A necessidade de auto·atualiz~l.(;ao e a necessidadc de ser ou de
:.L:torn~lr d pL:::.~tlaqUl' SL·pOtil' SI;!l".iS10~ . .., It.'ncl~tH.:iado individuo sc tornar na rl'aliciaci(" 0 qUl'
L'k· L: PHIo.:1l1l.111llL:1l1l·. ,\ .'>~l1islat;a() tksta I1L·l.;l·ssidad~ ~ l:.xprl.·ss~1 dl.· \·;irios modos. uma pcssoa
S\;' torna dona dc casa. outra ,uleta. outra musico. outra professor c assim por diunte. As
pl'ssoas nas quais cSlas nt!'cessidades lorum rdati\ amellll.! salisfcilas sao as mais sauchi.vcis da
socicd:ldc.
27
6. N~ccssidncle ck l.:onhccime1Ho I.!comprecns;'io. Maslow nao I!slava ceno dl! qUI! os
~k·:,,,:.1o:-,.I..: t:onhl.!t:illll.:nto (: t:olllprCcllsiio lo:;scill manifl.:staclos em IOclos os seres humanos laO
ciaram..:nh: como ()turos desejos. A curiosidadc. a explora~ao e 0 desejo de adquirir mais
conhecimento sao Il'lais evidente:; em algumas pessoas do que em Olliras. Quando a
nccessidmlc e lome. cia c acompanhada peta vO!ltade de sistematizar, organizar. analisar e
procurar rcliH;6cs
7. :'\;ct:I..'ssidades I..'st0ticas 1\s nt'cl;.'ssidades es\clicas. de acordo com iVlaslow. sao as
menos bem compreetldidas de lodas as necessidades. Estao presentes em alguns incli\'iduos e
s:10 int'..:ridas a IXlrtir d:l husca ali\ a de uma pessoa peJa beJaa I.' de Slla repugmincia peb
Il·ilJnI. Akl11 disso. crialH;as sadias bUSC<Hll ativarnl.!l1h: a belcza.
A hicrarquia de ncccssidadcs e imponantc na \eoria de Maslow, pois elas devt'lll
llol'llHlil11l..'llll..' SCI' salisfeitas na ordclll dada: isto C. as necessidades lisiol6gi\;as devem ser
s:llisfcilas anlcs que possa h<l\'(::r satisfa<;:fio da necessidade de seguram;a: de modo sClllelhantc.
a Ilt'cessidacJe de scguran't<i dcve scr salisll'ita antes que as necessidades de amor e pertincncia
cnln;m ('Ill cena.
Os principios sl10 colocadus de tal forma que cad a kitor passa apHd-los a si mCS!11O
que estes possam Sl!r cO!lsic1l!rados como as condi<;:oes intcrnas do incJiviciuo 1110ti\'ado. As
coloca~·6I.'s sobrl..' 0 comport:l!l1enlO do profcssor <ielcnnin<lm SCLl papcl ao aplicar os
print'ipios. b;scs cOlllportamcnlos propicialll concJi~oes de cnsino que inllLU:nciam as
condi(,'iie:, intcrnas dllS a[unos. Em oulras palavras. 0 professor podl..' fazcr muilas cuisas,
assoliando aspectos Iisicus. inte1ccluais c sociais, de modo a produzir llin nivel razoavcJ dl.!
lllotivay,10 no alullo. Sendo esses principios regidos POl':
1. Prl!star alelH;iio a uma tarcfa de aprcndizagcm e ~ssencial para iniciar lima
S~ljO(:llcia dc aprcndi/agem
28
Pretender atingir c vivcnciaf 0 slicesso C csscncial para 0 cstabclccimento
dos objelOs rcalistas.
FS1;lhl'h.~Cl~rt' ah:atwar 0hjcli\os t'-..:igl' que as l:lrt'l~ls dl' aprcndizagem
eSll.:Jilll1 1lLIlll I1lvei apropriado de diliclildadc: u sucesso COIll tareJ~ls
di,hias de aprcndizagt'tll Hlllllcnta a mOliva~ao para as [arefas
sllbseqii~ncias: as scntimentos de fracasso diminucm a 1l100iva~ao para
slIhscqUcnles.
2.6 ATITUDES
Eill r(,.'la~·ao a ,lIitude como disposi~oes emocionalmente matizaclas de individuos.
n.:conhl.'CCllhlS que os indi\ iduos ern IlHlIlU',i\,io formam suas atitu(ks cit- acordo (om sells
padn.ll':-' lllalUr'll.:iondls I.' cum sua:; cxperi'::1H.:iCiS de aprcnciil-agc:m (miens. As atiludcs podctn
ser apn:ndidas ([uer indepcndcntclllente <1ftlingua. quer em intima dependencia da lingua. As
alillldes que as pcssoas aprcndem por qllaisqller meios inlluenciam SCllS comporlamenlos de
aproxill1~l~aO-I..'\itallll..'llto elll dire-vao a pt:ssoas. objetos, eventos e ideias. e tarnbem sell
pensaml..'llto sohre 0 Illllndo lisieo e social
\tiltldcs como cnti<.hldes Pllblicas sao derendidas como a informa~ao org<lIlizada
correspol1dcl1do no significado das palavras que I"cpl"CSenlillll liS atiludes. Estes signiJicados
pndern "('I" (,(lll"idt'rad(), ('01110 lim p~dr::'hl tIL- comportamcnto eOlllunic<1ti\'o. cOlllpartilhado
com p(:s::.oas que fi.lIalll a mesma lingua. i\ssill1. os significados das palavras que rcpresentam
a" atitulk:; SilU enliducks pllhlic'lS. As palavras lIsad,ls para expressar miludes sao
frcqllCll\o:llll..'!lIC carn.:gadas dl,.' \"alm e dCl10tam senlimcnto. par exemplo. "grande gosto par
l-list6ria". "intcnsa suspeita de socialislllo'·. ··complcta accita<,:ao de erescimento nulo cia
29
mll1Srnill.!lll 0 meslllo significado para grande lllllncro de pessoas dc modo lao inl:quhoco.
como aCllIlII.x·cm com :Lmaiori:"! dos conceilos.
Vi~to qu~ as atiludcs silo complexas c muito imporwnte para 0 comportaJllcnto do
indi"iduo e do grupo. c.!bom que sc considcrc com cuidado as atributos definidores clas
miwdl.!s. Kbusmci~r Cllumcra cinco atribl110S que rellclem tanlo a Icoria psico16gica a rcspeito
dL"~tprl'ndll:lg"1ll quanto ~lOcksc!lvo1vimenlo individual. como a lcori8 sociologica a rcspeilo
dt.: aprcmll/agclll C dcsctl\'oh"imeI110 incli\'idual C0l110 a (coria sociologica a n:spcilo dOl
I.:SlrUHlt"a (' dimimica dt.' grupo:
I. Anrcndibilidade: tadas as aliludcs s~o aprendidas. Algumas atitudcs sao
aprendidas nuo inlencionalmcntc e sem conscicncia por parte do individuo. Par
cx('mplo. as pessoas pod em se relacionar favoravclmemc com pessoas de uma
riwa. n:ligiil0. (Ht creny<l politica c desl~lVora\,I;.'lmC'lllc com pcssoas dl.! rac;a.
I\'ligi:l0 ou crl.'IH;a poiitica ciifc:rciltes. scm rcconileccr as bases cmocionais ou
informacionais de S1l3S atitudcs. Oll scm ter cOllscicncia de COIllO all quando
aprcnderam esws atitudcs que SlISlentalll. Par OlUro lado. 0 individuo pode
IJ'r•...•IHkr inlcn •.·i0'l;t!ml.:nlL' il ",,: (11mportar dc modtJ f:1\'or:"l\l·l Oil lk'''1~1\(lrtl\d
l'lll n.:la<;il0 a qualquer individllo ou grupo cspccirlco. Por excmplo. 0
comportamcmo de profcssorcs diante de adminislradorcs e vice-versa, au
qunlqtlcr l'vcnto p~nicular. podendo scI' lima grcve de proressores ou lIlll boicote
de cSlUdantes. A aprendizagem intencional de atiwdes telll maiores
probabllld:IIJes de ocarrer quando os individuos reconheccm que iraQ se s•....ntir
111••..•11101' \.:111 rL'layi'io a si mcsmos. contribuir para os objeti\'o~ de tllll grupo Oll
ganhar algo de valor pessoal.
1. ESlabilid,,,lc: algumas <ltiwdes sao aprendidas inicialmcnll.!. iJClrlllalll-sc C
pl,;'nluraJll. OUlras mitude.';; sao aprcndidas. mas sao modificadas Ol1 deixam de
30
o..:orrcr !lodc-5 •...fa/ .•...r Ull1~! difi.'1"l·ncia~ao ('ntn; gosio. alilUdc:s t' valores. com
base n<l cs\'lbilidadc. 0 goS!O referc-se a alga espccilico. tal como gostar ou !laO
g.o::>wr d•...um animal ou de lima ('or particular. Os valores S~tO l1lais gerais c
ahnn::Hll :irl..'as maiores de ('xpcricncia. enquanto as atiludes estiio no melo dns
dois. Por exetnplo. podcmos pcnsar el11 gosto como sc aplicando a lltll arranjo
I.'specifieo de um" cOlllposi~iio musical: em aLilude. como aceita~ao Oll rcjt'i~ao
<I..: c.-rll):, tipos ell.' I11l1sica. como cI{lssica ou "jazz"; I.' em valor como 0 pape! da
Illll.sica 1.:111gl.'ral 11<1vida do individuo. 11ft uma diminuil;flo graclativa no 11l1l11ero
cle \"C'zcs que ocorre a Illudan<;a re!aliva ao gosio de um indivicluo para
<,·omposi~(-)(.·s Il1l1si..:ais esp('cilicas: a SlI<lS atiludes I;.'m rela~':io a lipos de IlllLsicas ('
:L() \,;1111r (1:1 Il1lLsica •...·m sua vida.
3. Significado nessoal-socict{lrio; Ullla atiludc envolve a rea\uo entre lima pcssoa c
(lutl"<!. C. t:Lmbcrn. entre Ullla pessoa e coisas. As <I(,:o':s qlle os inclivicluos
cmprcendcrn em rela.,:uo a outras afetal11 a maneinl como eles se scntcrn em
n.:I;Il;flll ;1 si llh ..'S1ll0S. sl.:ndo assim. de signilicado pessoal. Por I.::\cmplo. 51:' as
pes50as 1('111lima atitudc de que outras pessoas siio ami gas e dispostas a ajudar e
se aproxiniam clas call) abertura e areta. clas iriio. provavclmenle. experimentar
suas depellcicncias emocionais iivremenle C 5e senlir favoravelmente em relm;:ao a
si mesilla. Par oulro lado, sc as pessoas sllstenlam llma atitude de que OOlras
pessnas s:lo inamislosas (lU Illcdiocres. clas iriio, provavclmcnlc. experimentar
ceno isolamcnlo 011 rc.iei~ao c percler a rnainria c!as vias dc intcn.:ambiu de
scnrimentos (' idCias. As atiHldes e val ores tem grande imporlancia para c1iversos
scgl11cntos org.mi/.ados de socicdadc, tais como a ('oJ11unid:ldc, 0 cSlado c a
n:I~'a(l. Cr:l11d('s clircrcn~:Js ('Ill \"~lores ou nos Illl.:ios de rorlll~lr os IllCSJl1US\alor(.;s
l'nlrC subgrupos de uma comuniclade ou na<;ao resultam elll conl1ilo ('
31
ch:sorganiz,l(,:ao da socicdadc. As diferen~as de valorcs entre pais c tambem
proressorcs de lima mesma regiiio rcsultam em conflilos sabre taisas tao
import<lrllc C0l110cilsinar ou nao aDs alUllOS algo sobre rcligiao. incluindo preces
I.: l'\.'kbnl\-'(lCS C'm dia::; :.antos. familia e casam~nlo. anlic()nct:p~,io c
uporlunid,lde:. dt: tr••balho, I~\"mh.lo-sl.· elll cunLa a ncct:::.sidadc ou nao dt: um
diploma d~' cnsino m(:dio ou uniH'rsit<'lrio. Conscqucntemcnte, estes interessantes
aspectos da formw;uo do altum sao ignorados pclas escolas c sao discutidos em
grupos de pressilo cOlllpclidorcs da comunidadC'. scm 0 objcti\'o de cnsino Oll de
csclarecimcnto.
-L COtlll;.'llcioafetivo-cognitivo: 0 cOlllport<lmento cognitivo de alilude C 0 c01111;'(l(lo
inl0nmcional por ('\clllpio. a inform<l~'5o r~t(':lUaiqu\,: llill individuo tem sobre a
Reforma Protestantc. John F. Kennedy ou de lIllla associa\,ilo eSlUdaJ1lii chamada
··I:.swJante::; para lima Soci~dadc DCllloL:nitica'·. 0 compollcnle afelivo de llllla
:lIilLldc n:fcrc-:-,e lIS 1.!ll11)\,OI.;S quI.! Utll individllO lem em rt:lw;ao ao objcli,o cia
::ltitmk. Istu c. 0 objeti'o ~ sentido como agrad{lvd ou dl'sagrad{\vel: 0 apn:ciado
ou evitaclo.
5. Orielllacfio aproxim:lc:'io·evitamcnto: sc as individllos POSSlICll1 lima .nitidc
fayonh'el em relay~o a algurna coisa. eles iran se aproximar dela e dcfcndc·Ja;
Illas Sl' 10m lima atltudc desfavor{!\'t'I. irao evitil·la au aprcscnt.u· componamentos
negativos em n:la<;50 a cia. Par cxcmplo, se as individuos tl.!l11 uma atiude
!I\:gati\·,1 1:111 rdat,:.io it n:ligi;jo prova\ dmcntt' t.'ks nao freqOcntanio a igrcja. Por
outro !ado. st: Icm uma forte atitucle positiva em reln\,ao n pesquisa sabre as
causa::; t: cums dt: doen\,as. dcfendenlo campanhas para angariar fundos e amp!iar
:1:-. pesqui3:1s n\0dicas. t': pnssive! tel" aliludes qut.'. por \ C'Z('S. lc\'cm a conflitos
inlernos. Os indi\'iduos pod1.:111ler uma fone atitude negativa elll rdw;ao ao
32
IrmamClllO medico de ducn~as e lima forte alilude posit!va em rcla~iio aos
pnc\cres (:urati\'os da fe. Todavi.1. sc tivercm um apcndk'C superado Oll qucbrar~m
a perna podL'nl0 n..'ccbcr IraIalllento medico. Al0tn elissa, dais ou Illais individuos
que lenhalll uma miludc favor[lvd em rclayao a um dado objclo ell.! alitudc. nao sc
cumpunalll llC(l.:",sanarn\,.'nh.' clL' modo icli::nli(;() para C\lJll (IUlrU", objclm.
rclacionad()s cle alillicies.
As alliuc\cS pockm scr iniciulmcnlc aprcndidas c tambem Illodilicadas. atravcs
cia obscrva"flo (' cia irnitayao ck pessoas mais vel has e companheiras cia mesma idade.
<1lran:'s do condicionalllenio cl<'lssico e opcranlc ou cia busea internacional de
inlo["I11<11;.10.c cia reflex,10 L' avalia(,:1'10 sabre a meSilla. Estas sao fOl"mas de
apn.:n<iizagcm total mente disccrnivcis. Entretanto. cada lllll desses meios de
apn:ndizagt'Jl) de- ali1l1dcs C digno de atcll\ao. lima vez 0 cOlllponente alclivo c a
basl: illterpt'ssoal relacionadas com atitudcs sao importantes. Seraa examinados
t,)l1lb~t11 os akitos da integnu;:1o dos individuos em grupo sabre a aprendizagt:!1l de
:ltJIlld(.:s.
As atitud.::s POSSllCJ11 uma base de significado e lillla base emociona!. As
dliluues 5,10 adquiridas com rdm;ao a objctos c c"enlOs anteS que os individuos
::.aiballl os si~J1iJi(:ados <.las palavras <.Jut' as rcpn::scIlI<.1m. :--.Jestc sentido. os bcbcs
",,:l1lel11 nli\ <I\.: lllt:do ,lilies de rOfl11<U' os conccilos dt' raiva C 1llt'c1o. Enlao. c prov;:ivcl
que 0 componenle emocional de lima aliwde c a lendcncia de a<;fto re!acionac1a quc
para sc aproximar, qllcr para cvitar, sc dcsenvolvam antes que sc Icnha conhecimento
de SCll signi f"lcado.
Kratllwohl, Bloom. c Masia flfJl/(f Patio (1986), cxplicam 0 descJ1volvimcnto no
campo <lli:livo CI11 lerl110s dc inlcrna!iz(l<;ao. Dc acordo com a sua seqUencia de
dcscnvolvimcnto. a aprcndizagcm de atitude envolve sucessivamcllIc: 1) Ter
33
l'ons(i':'nci:1 dn~ CStilllUlos t" recl'bc-los: 2) Respondt:r a estimulos de maneiras que
"Ill dl.:sdt: a m\.·ra aqlli~si.:eni.:ja at~ obter sUlisfuo;;ao com a rl'Srosta: J) formal' llill
padnlo st:qUellcial desde a rrimcira aceita~ao ate 0 compromelim~lllO: -t) Organizar
os pr6prios v.ilares em um sistema conceitual e 5) Construir llma filosafia de vida
que c,lraclerizc 0 ;ndividuo como llma personalidade (mica.
Cenos paraldos enlr\.' os I.:inco !liveis prcct:dcntcs de il11ernalii'..•,1\"aode atitudc c
\)s qualro ni\"\."is de J"orma.;J.o de um conccilo podcll1 Sl'r ll"i.l\,:ados. para que os
IIlclivi<.iuos rcspondam a qllalC]lIcr pcssaa au objcto dc mallcin) consisleme. des
pr~us,llll 11.:l" lU1"Ina<.lolIIll conccLlo d,\ pcssoa ou objeto no nivel concn:to ou de
l~klllLd:ldc ,\s criaJl(,.'as pcqu("nas formam alguns eanceitos t:1l1ambos 05 niveis par
\ alta dos dais anos.
a tern'iro nivcl do campo al"clivo envol\'e valorizn.;aa dt: uma pessoa. objelo
all C\elHO prov<l\lelmente cxige a forma.;J.o do conceito re!acionado. rdativo ,j Nivcl
de OescLl\ ol\"im~t1lO c SeqUencia de Internaliza.;ao Conccitual. estes no !live!
dassiticatorio. ivlullOS conceilOs sao formados no nivc1 c1assifical6rio por crian\,<ls
elll idade de csmlar prinuiri<l. bem como par crian<;as mais vel has.
o quano c quinto nive! do campo afctivo dcstes, dentro de um sistcma
("OO:1"CnIC. rcqllcr 0 dominio do significado clas palavras que rcprcsentam as \"alores
lh) ni\ d furma! ell: Il1rmayaO de conceitos e lambcm. a capacidadc de compreendcr a
rda.;;io enlre dais au llmis concellOS que compocill v<dares.
:-"'laose pode tornar implicito nJ disclissao prcccdente que 0 dcseLlvolvimcnlo
de aliludcs dc lllll indi\·iclu("l. em qualqLLcr 1ll0ll1\;.'llIu.seja limitado a apenas lim !live!.
Pcl0 conlr~rio pode-sl.! cstar em um nivel com relw;iio a um1.l ::!Iilude c em oUlro !live!
l:om re!m;,ll) a lima <llilude difercnle. Alem elisso, as miludes pod em l11uciarde dirt:.;ao
durante PlTiodos CUriOS de fempo. /SIO lorna-se-a mais c\·idcl1le l1a proxima
dISClL::.sal,). ::.ohre Illlld:lll~a <II.' alilUdl.· \,.' (;"slahilidade I.'m ,,{trim Ill\ci::. de I.'duca~.io
cscolar.
2,6,1 As alilUdl.~s IlOS anos esco!arcs do ensino fundament.1I
r.SI\.m c CsI\:II1Il/J/If/ PallO (19S6) t'!lCOlllraram cSlabitid.ldc em algulll<ls <lliludcs c
mlldan~as em outras. com rd<ll;50 a uma scrit, de condi~oes umplas 1;.'significativ<ls, dcsde a
primcira ale a scxla serie. Por cxcmplo. aliludes ncgalivas com reia(,:ao a lIlll "status" de vida
mais haixo loram aclqlliridfts anles que as CrianyClS atcan(,:assem n primeira serie I.!
pcnnanL'cl.'rem rl.'lalivamenlt' inSI{I\'cis ale :1 sexta serle, As criam;as adquirclll :llitucles
f"\'or{t\'('i" (Dill rda\';10 a lim "SlafllS" (II: vida mais alia durante :\s scis primeiras series cia
c::.cob. Os alullos da sc:'\w sli:rit' ITIl)Slraram IllUltO mais ariw(ks positi"'ls do 1.j1lC nl.'galivas
(1)1]1 rda(,'Jo a lIllI "st'ltllS" de \ ida sLlp~rior dl,) qlll.' os <ia primcira s0rie. Apcsar de tllcninos e
ml.'ninas ICrl.'1ll <llilUdes SClllC!lWIlI<;.'Sem silu<I<;ao de "Slaws" infcrior. as Illcilinas er<lm mai:;
.111':!ilb... a Silll.li;6I.'~ tIL' "sl;:HlIs"mais altos do quc I11l.'l1ino:;. /\ inlerprc\<l(,:;io feila par ESlvan ('
ESl\;ul IllL llUt' a:, mClliml::' L'wm [)lais n:spunsaveis sociatml!l1te e tinh,ul1 illlcrnalizadu 1,:111
lima id;ldc inf.:rior it Jos mcninos,
Flanders, Morrison c Brode "pud Klallsmeier (1977), idcnlilicaram tlllldan(,:as
:-,ignili-.:a;i\ as CIll alitudL:s (h.: criwwas com rela<;;10 it eSCohl durante lIlll pcriodo dt: qualfO
!lI<;.·•..t·.., I hlll\ I;' lIm:1 si~nilkallic rcdLI(;;io de atilmks positi\ as dos alullos (om rd.:wao <1: I)
,\lr<l<;:1o do prnfessor: 2) Justi,;! nas reC011lpeilSaS ~ puniyoes: 3) Compclcllcia do professor e:
-t) In!l,'I'('$S(' 110 Iri\h:llho I.'scolar. Dois lrllorcs foram correlacionados com as IllLldan<;ns de
:\Ilwdcs ohscl'vadas. Os alullos que acreditavam scr as slicessos c i'racnssos cHusados par fon;:CI
(jUl' ul!r:lpass<\\'<lm 0 proprio colmolc do individuo. aprescntam lllll<! maior tnoC\ilica(,:il0
Jll.'gali\ a l'lll Hliludes qm.' a .••crianlYas que acredi!avam que 0 :-;ucesso::. e fracassos cram
35
aUlodClenninados. C Hlmbem lim produto das comportamenlos do proprio individuo. Aiem
elissa. !las salas dc aula em que as professores forncceram menos clogia e incentivD, as
aliludes positivas, diminuirnm mnis do que nas sakis de aula em que as professores
forncceram mais clogio c incentivD.
Observando a complexidade das atitudes <las crianyas em rclac;ao il escola. varios
cslmios 111051r:U11 ulna atituck ~cralrnclltc r,l\"ora\"\~1 <las crianc;as do ensino fundamental.
Apcsaf das propon;oc:s dife-firem pam meninos c meninas - as meninas tendo ulitudcs mais
1~\\0ni\l,:is - aproxinladaJl1cnLI.; gO% dos aluno::; relevaram atitudes (avoniveis com reiac;ao a
('scola. i\ medida que aUlllcntava 0 !live! de seriac;ao. as atiludes favoni.veis com rclaC;ao it
escola IClldiam a diminuir. ESlas aliludes que sc tomavam progrcssivamenle menos posilivas
l'lll rd(l~ao ,1 c5(.'0Ia. {I !l1cdidn que as criam;as passavam para as series supcriorcs. foram
enconlradas IiJl11bem pOl' Neale c Proshck apud Klausmeier (1977). TodaviCl. 010 cOlltr<'lrio dos
resullados dCl pesquisa anterior. estes pesquisadorcs veri ficaram que as crianc;as menos
pri\'ilt'giadas de cnsino fundamental nao sao negativas com relac;ao a escolCl. no sentido de
dcsvaloriL.ar a escola e as atividades com cia relacionadas.
A partir desl~s tipos de eSludos. e passivel concluir que algumas atitudes das crianps
de ensino fundamental. par exemplo, em relaC;ao a "status" social e olltros grupos sociais que
11;10 0 delas proprias - sao adquiridas logo no inicio da vida e sc tornam mais eSli.h'cis com
aprcncii7Clgcm adicional. 0l1tra5 atitudes - par exemplo. aquclas em rela\8.o a cscola -
pan:celll mcnos est,iveis C Illudam dc din:<;ao. As interac;oes de cada crian<;a com grupos de
companhciros da Illcsma illadc. grupos de refcr~ncia de adultos c condic;ocs situacionais no
lar. na cscola l: na vizinhmwa. influenciam na aprendizagcm de aritudes.
J&
2.6.2 ;\s atillld~s no anos escolarcs do cllsino media
Durante a adolesccncia. hil lIllla crescente passagem da innuencia do adulto no !ar.
~'''l'(lLl l' \-i'linhan~a. para a inllllcncia das companheiros. como llill gruro de rdc['(-ncia. Os
fatores pcssoais c sociais IOrnalll-SC mais importantcs: scm dll\ljda. alingt'l11 sua inlluencia
Imixima ao !liVel dc t'llsino media. f: ncstc !livel que osjovcns de nossa sociedade !"t.'vclam um
Cllom1\..' contlilo com rda<;:ao a quem sao cles equal 0 seu lugar no mundo. Assim. a
adok!)(l'llcia ..: llin )ll,:rlodo erilieo llil desenvolvimcllto de aliludcs c as adolcscentcs se
cnconlntm ('Ill cOllllito enlre a idcntilica<;:ao com pape! da criany<l (do qual t.'st£io cmcrgindo) e
o Pilpcl do adullo (que cstao cOl1lc<;an(\o a assumir). (';onl1ilO cstc rcsolvido at raves do maior
cllvolvimcnlo dc!es em grupo de companhciros cia mesilla idadc. A inccrtcza e ambigUidadc
que C'1lC'ot1!ramentre as t'xpect<ltivas de comportamcnto adulto e a aparenle clareza das nonnas
L' patin)..;.') dD grupu dc- cOlllpanheiros Icv<lm os adoh:scente.s a se basearctll para julgar a
adcqlla~[io de seu eOlllport<lmcnto.
I~cxtrelllamenlC imponanll.' tc1mbcrn reconhecer a consider{lvcI influcilcia dos wmpos
tiL' Iransi'tao suhre a <Ict:iwbilidade (I.: varias mitudcs. De ger<u;ao para gL'l'<lyao. ditcn::nlcs
aliludes se tornam possivcis. accitilvcis e a\(~mesmo esperaclas. E gcralmcllIc h;:i lima barreira
elHrc as gera<yoes. Para os aciolescentes, C c1ificil apreciar os pontos de vistas dos ndullos. cujo
o rOlllO de n:::f'erencia C a gcra<;ao anterior. pois os jovcns estflO cnvolvidos pelas expt::cli.Hivns
do grupo de companhciros de sun propria gcray,10. Neste senlicio. scm clLlvida. os ac!olcsccntes
po(km cSlar Illais pro:dnloS do prCsC!lIC do qu(;.' () adulto. J I{Imuitos C'xcmplos. variando dcsde
o comprilllclllO do cabelo masculino, a aecitahilidadc de l1lulheres que fumam, usa de rOllpas
(;.'cosm~lico:. <lIe alilUclt'S elll I'l'laryao a sexo. familia. trabalho. govcrno (' rdigiao.
OUlros aspectos clas aliludcs dos adok'scentcs eli/em rcspcito a conformidadc c
idealisillo. A socicdadc cspera confol'lnidadc de sellS mcmbros como meio de obler 11
37
I.:stabilidmlc e a ordclll. 0 grupo de companhciros tende a scr mals into!erantcs com a [laO
confonnidack do qUl' 0 grupo adullo. '-')10 ~. c muito dillei! par<! {) adolescentc negar a
accitahdid<lde de atillldcs sustcntadas par seils grupos de campanheiras de 1l1csma idadc.
Obviamclllc, quando cstas alitucics connilam com as de adultos imporlantes, I<lis COIllO pais c
profcssorcs. as adolescentcs pOdClll Ie]"dificl1ldades de ajllstamcnlo e atitude confusa.
AD meslllo tempo, I1lUilOS adolcscentes tend em a scr pessoas alti.lmcntc idcaiislas,
1l:1ll prubabilidadl..: d..: su:-;lelll;n- ,lItos ideais para cles Illcsmos e para oulros. inelllindo pais c
1'1"01(.-'>501'1:5 Nao c inCOIllLlI11 ollvir quc .1dolcscentes sao intolerantcs com aqudes que nao
concordam com sellS POlllOS de vista e seus ideais. Os valores tradicionais Coram
represent ados pelo interesse no trabalho bcm sucedido. pianejamcnlo para 0 futuro,
indcpendencia de pressoes sociais e ll10ralidadc puritana, Os valorcs cmcrgenles ioram
id\,:!lti1il.:(ldo::. \:omo \:('l1\rmlos an\\:s no presclltc do qu~ no futuro. rdal;ocs sociais.
conforll1idade c moralidadc mellos rigida.
No conlCX!O de !Oebs as cOl1sidcra~oes prccedcntcs poclc SCI" e1ito que durante a
"1dolcsccncia. tlssim como nos <lnos do ensino fundamental. algumas atitudcs sc IOrnalll llu)is
I.;'sl,h'cis (' outms se lllodificam.
lS
3 A PEDAGOGIA
Para Galioll!. desck a dccadn de 2(J ate os anus 90, e possive! c\c:lec1<tr as concepc;ocs
du~ llh)lk:lu5 pl,;lbgogir.:os que \'ariavam de <leonlo com dClcrminndo contcxlO historico. Uma
primcira gera\=ao. que dada entre a dl.!cadn cit: 20-30 velll da Tcnclencia Liberal Traditional.
I.iheral aqUl. Il~O 1('111 n scnlido de dcmocr<lIico. I)c acordo com Gadolli. 0 tcrl1l0 lihtral vem
cI() Si~(l.!llHl capil<llistu qlll:. ,\0 ddcnder a prec\omin{l!lcia tla liberdacle e dos intcresscs
indiyiduuis na socicdadc. estabclecCll llma forma de organizac;ao social baseada ni1
propricdade privada nos meios de prodll~i'io, tambcll1 denominada de sociedadc de classes.
Para a •...~scol<l. c ddendida a id~ia de igualdade ell' oportunidadcs. SCIll kvar em considerac;ao a
dc:.iguald,tdc de r.:ondi~lks.
Para esse Illoeldo pt:elag6gico, os contt:lldos nao tem ncnhuma n:layao corn 0
cotidiano t: muito menos com a rcalidadc social. E a prcdominiincia cia palavra do pro lessor.
(bs rt'gras impostas. do cultivo exdusivamenle intclectual. 0 conhecimento cstu aprcsenlado
com enfasc nos cxercicios. na repctir;ao Otl rnclllori7.w;;fio de conccilns Oll f(Jnnulas. Visa
disciplillar :1 lllcnlt: 1,.' limn:!r habito:'O. R('lra1<l. POrt,llltO a sucicdadc da ditadura da 0poca e (:
aluailic ille nos elias de hojc. A avalia<,:ao para esse modeJo c determinada alraves da
lllt:nsurHl,:,io. onde avaliar c medir. (: alrihuir notas.
A scgunda gcrayao (40 - 50). aprcsenta 0 inido da Pedagogia Liberal Renovada. A
I,.·ducw;.io (: vist<:l como lim processo inwl"Ilo, nilo exlerno. Ela parte cia neccssidadc e do
intcressc individual llcccss{u·ius pard a adaptar;uo ao melo. ( lim tipo de auto-educar;ao. 0
conhecimento apresenta-sc I.:OIll enfasc nos processos mcntais e habilicladcs cognitivas.
atJ"<I\('s da valori7.a~·Jo da pesquisa, cia descoberta e da soluyiio de problemas. 0 modelo
Ili~\{·lric\..l - Soci •.11 t' aprest'nt<ldo por Vygolsky c Wallon. qut' <llribuiram 0 aspcclo para 0 qual
39
os COnlC'lldos .:s180 ilistoril.:<l11lc!ltc d<..:tcl"lllinados c culturnlmcntc situados. A avalii1l;ao para
A \erceira gcrw,:ao (60-70), Irata <In PCdagogia Liberal Tccnicista em que 0 essencial
nfio t' 0 CO!ltClldo cia rC.1lidacle. mas as ler.:nicas de dcscobcna e aplicar;ao. 0 conhecimento
('s(,'\ t:m transmitir inrOrnH\~OeS eficicnlcmcnlc precisas. objclivas e !"<\pidas. Tudo e objclivo.
eliminando qualqucr sinal dc subjctividade. 0 material inslrucionai cncOlHra-se sistcllulIiLado
nos manuais. nos m6dulos de e115ino. nos ,)udiovisliais. etc. Skincr. (iagnc. Bloom. jvlagcr
trabalham com essas conccpr;ocs. J)elltro clessc 111odelo a avalia~ao assume 0 papel de
julgamclllO. pois 0 cllsino e um proccsso de condicionamento as rcsposws que se quer obler.
Paraldo (j eSS<lS conr..:ep~,oes. surge ,lie as anos 80 a Pedagogia Progressisla que
dispos a anillisc c!"ilka das rcalidades sociais, sustentanclo as finalidadi;.'s da cctuca(,:Jo. Os
COnll.'ll(los S;:IOlelllas gcradores. e.\lraicios da problclllalizayfio do cotidiano cia vida dos ah1l105.
o conhecimctlto c resllltat1IC do saber criticHllll'nle elaboraclo. Freine!. Arroyo c Freire atllatll
nl'SSI' Illoddo. Para C5sa conccp<;ao de educa<;ao. a avaliayao passa a ser visla como
.~\ partir da decachl de 90, lllll 110VO tllodclo pcdagogico c aprest:tllado alrav(:s do
Empowerment (ivIILLER, 1996), elll que a e:'<pcricncia do conhecimento passa a ser
illtcralivll. A avalim,:Jo c sin6nimo de capacilm,:ao e 0 avaliador agora passa a scr 0
c()labor'1do!". 0 !~Icilitnclo!". Empowcrmcnl C 0 JortalccimenlO das pessoas, <llraves de SllHS
habilidadt·.., (' conlribuiryCH:S significi:ltivas no proccsso. sendo capazcs de i11oval" scmpre para n
llludal1ry<l. ntravcs do novo ou a novidade.
Os lllodelos pcdag6gicos sClllprc re!ataram 0 (;ontexto l1isl61"ico da sociedadc.
Enlrclanlo. !liIO ('xi SIC uma metodologia consensual. Um<l concepyao IilosoJica da educ<l..,:iio
nan n(.!ga a anl('rior. cIa :-,(.!adapt a \,.'inovn a cad a momento. 0 rundamental ~ que a an{dise do
c()nlC'lKln p.::lo nlun() possa passar de llilHl apropria<;ao apenas rcprodlllivn para uma
40
apropria~50 IranS/Onn,ldora; quer dizcr. 0 que f"az 0 aluno para dernonslrar que rca]mente
aprcndcll'!
Est:! concep,,':]o I'oi discutida alraves <las conccp(,:oes C()I1S1l'Ulivistas de ClutOrcs
prcocupados com esse dcsario.
Segundo a C01KCp\<10 !ilos6fica de Paulo freire. 0 saber telll lim pape! cmancipador,
pois a [t'oria e a pn"llic<!rciacion<lm-sc com 0 conhecimento e sellS illlcrcsscs. A Illcnsagctll de
Paulo Fr~irc c- lIl11a pcdagogia qllC dignitica 0 Olltro. Forma a consci~ncia_ sem violentil-l0,
sl.;m humilh{l-Io. 0 respcito clialt-tico ~ funclamcnlal (lef respcilo e indicar QUlro caminho),
saito cia con::.ci0ncia ingcnua para cOllscicllcia crilica. 0 nH~10do consisle ern razer cia pcrgunta
Hill jogo: pcga n pcr~ullta. trabalha a pergullIa e voiLa a pergunta para 0 aluno. pois s6
Freire coloea\'1\ que ilprender c;.:ige alcgrin e a alegria fUllciona COIllO rcsultado da
apn.:n<iizagl'tll. 0 alo (11..' eSlclica para rrcirc ~ scnlir-se b~m na t'scola. e leI" qualidade c
qualic\mk C 0 proft'ssor trabalhar com alegria. C 0 aluno ler vOllladi.: de ir para a cscola,
C)llalqucr COlsa pode sl,;r Iransl11ilida de lima rnallcira simples, por rnais complex'l que seja. A
prcocupay;]o de I.'reire rcsultava na consLruyao de uma nova socicclade. cliferentc de Piaget,
sabre a cOl1stl"u(,:audo l:Ollhccimcnto.
Essa nova sOl:icdade l.:oloc<Ique e·nsinar nao c transmiti!" conhet:imcntos. mas sim a
conscicm:ia do in<lcab<lmcnto. a c<lpacidaclc cst,'1 no invcsti!" sobr~' os nossos pr6prios
rOlldlciollamcnlos, ISla exigc bom SI,;l1S0e apreellsao cia realidade. estc e 0 resullaclo de
L:IIsinar.
o ensino que s6 Irabalha com clados como fan Ie de inrorll1a~,1o ncccssila passar os
dados como int()J"Illa~:10. C chegar ao conhecimento alravcs da clccoditica~ao dessa
infnl"llla~'tln .: 11<1l'Iahora~,10 d\.' novas infol"lll<l\,OCS. l~ 0 conhecillll...!l1l0 quI...!d<'t os senlicios clas
41
coisas. [sle cotlceiro de cduca~~o revela a produ<;ao dos trabalhos dos allillos e n~o somente
<.ISSlIas lll)las. ISlo e produill. o;.~ fnzer parle cia historia.
Podc-sc c!izcr que ex iSle tlma cOlllplcmenlaridadc entre Freire c PiagcL Piagel sc
pn.:ol.:up:w<\ (';om a conslnl(,:,10 do conhecimento. C01110 sc organiza 0 descilvolvimento das
estrulur<tS mentals do individuo. HI Freire se prcocupava com 0 lipo de homclll que "em pOl'
ai. qUCtll ~ r~(lIIlH:l1!~ 0 horncl11 do sell It!!l1PO. ondt: a insatisf~tryao r;: a auto-n.:alizaryiio 5,10
aspectos ill1purlanlCS Il('SSC homem. 0 ensino. purtanlO, cleve preparar 0 homcrn para a
<lllionomia illldec\lI<l1. para a comprcr;:l1siio cia realidade, para a laci!idadc da cOlllunica<;ao.
par;! a or:lliclade. niio prcpan1-10 pam a cullllra do silGncio. e, somentc dessc modo de paden'!
afirmar-sc C01110 sobcrano
Piagcl eSludou scparadamcille c cxplicou na sua teoria ehamada de Epislcmologia
(j~110Iica au Teoria d" Psicogen61ica como a intt:ligencia v:.Ii sc construindo clcsde ()
n:lscimclltn, t. a conccp~Jo constrlllivist:\ nwis conhecidn.
Enqllanto que no construtivismo c a pesson qlle constr6i 0 seu p["()prio conhecimento,
nilS leorias 1'Illpiristas c racion:distas recluzem 0 descnvolvilllenlo intL'lcctuid somente il fon,:a
do rncio au ,'1 a~iio do individuo. Piagel aborcla que a qucst.:1o clo dcsenvolvimcilio cia
intciigcllcia cst,:1 em mnnler lim equilibria clinamico COIll a meio ambiente. Quanda 0
equilibria se rampe. a indiviliuo age sabre a que 0 afctou (11I11 SOI11.Llma imagem. lima
inl()!'l1\iH':,-IO)busc311do 5C rccquilibrar. I.~sses equilibrio c reilo alrav0s <.Ia adaptw;;ao e
organiza~:fio.
i\ adaptw:;fio apresenta duas formas h{\sicas: a assimilw;ao e n acomoda\ao. Na
assilllila~·'10. () inclividuo usa as 0struluras psiqu\cas que j,'l possui. construinclo novas
estnllUl'ils. Sl' nccl'ssnrio. Isso c acoilloday{to. A organizuy£io anieula a ativiclade cia mente e a
Pl\.'ss;10 da realidack COIll as CSlrllluras cxislcnll..!s e rcorguniza lodo 0 Clllljl1ntO. 0 indivicluo
vai assil11. conslruinclo c rcconstru\ndo cOlltinullmcntc as eslrutl1ras que 0 lornam eada vcz
42
ll1~li~ ;IJHO,II) •..:quilibrio. Porcm. o.:ssas constrlll;ocs scgul;'m idacll:'s mais au menos
dCl(:rlllinadas, como rormas cspt'cilicas cia i11ltlig~ncia
S.:gllildo Piagl:\ (1987). os o.:s!<lgios que dcscrevem 0 descnvolvirncnto da inwligcncia
sao; sensorio-mOLor (0 a 2 <ln05); pre-opcl'<1I6rio (2 a 7 ,mos): operat6rio-concrelo (7 i.l 11
<lnos) I,: logieo-formal (12 <lIlOS em dianLc). No sensoria-motor. a inlclig2ncia C pratiea. /\
p.mir tins n:t1exns 111.'lIfOlogicos. COI11(,\'(I a consll"uir I;'sqllcmas dl..' a\,ao para assimilar
I11cnlaJ!llt'111o.:0 meio. No est{lgio pre-operaLorio. torna-sc caraz de fepre-scrllar I11cnlalmcI11e
pcssoas e Silu3yoes. Tem perccpyuo global, nil0 aICnta para dctalhcs. t centrada em SI mesma,
nao trill noc,:,io de abstrato .. hi na fase operatorio-concrelO. e capaz de relationar difcrentcs
a:-,po:cto::, ',: ahstr:tir dado::. (\;I ro.:alidatk. !\ crian~a Il1..'55<1Jasc:.:.'dependc ainda do mundo concreto
P;\nI ch~gar a abstrw;;]o. 0 eS!<lgio !()gico-Jonna! permite que a rcprCs"nta9ao tenha abstra9uo
IOUtl. s-':Ildo capaz de 1)I.'nsar em todas as rcla~oes possivcis !ogicalllelltC.
Pinget analisav<I 0 descnvolvimenlO cia inteligencia. cnquanto que Freire se
preocupava COI110 dcsenvolvimento cia cOllscicllcia politiC<l. Dc acordo COIll Becker (1997),
. u prolo:::.sor pru!l:ssa t:pislt:moILlgias do SellSO COlllUIll. e. Ilessa medida. IlHO pock agir no
ni\'el d:\ critica p()liti<.:~\proposto por Freire".
Uma oulra conccp~a() cia aprcndizagem c aprcsentada pcb COtlCCPO:;HOhist6rico socia!
do desenvolvimcllto humano. pais pCfmite comprccncier os processos de interao:;ao t:xislenlc
o:ntrc p,.:nsamcllto c atividadc humalla. Vygotsky c Wa[[oll sao os reprcsentantcs principais
dcsst: Illodclo Ambos estlldaram .1 constrtu;ao do ser humano e it cOlUribui\'ao cia cduca~ao
sis!o..:matiL'lcla ncsle proccsso quI..! e dialClico c hist6rico. Pam VY[,!lllSky. 0 individllO
aprcscnla-sl.' em cad a situa.yao de interayao com 0 mUllelo social. cle maneira particular. onde
tr,lt. dekTlllin:ldas jnli:rprcta~~ocs e rcssigniilctlyocs do material que obtclll do mundo.
Par;l ~k as run~0c::. psico16gicas n:ro..:rl'.'lll-sl;: a proCI.'SSllS \ olullt,irios. m;oes
cOllscicnlelllcnlC cOlltroi<Hlas, intencionais.
43
Wallon c Vygo[sky chegaram ~l conclusao de que 0 sujeito c dClcrlllinado pdo
organislllo e pclo social que cstrutllra sua consciencia. sua lillguagelll. sell pensamento. a
partir da apropri{]((~\O aliva das significa~ocs hist6rico-sociais. No ciltanto, \Valloll claborol!
lim sistema de cstagios. Cad a cstagio signitica. ao mcsmo tempo. lim momenta dc cvoillyao
melltnlc tim li]1o de comportamcillo dctcnnin'ldo pcbs intcrac;oes socials
t..:sscs Illoclclos cle aprcndizagc!1l aprcscnlados pOl' Freire, Piagcl. Vygolsky c Wallon
C Inuito:; oulros n:nC1Cl1l no cotidiuno do interior cia sala dc aula. Becker pcSqUiSOll C 3nuiisoll
profcssorcs qU3nto a cpistclllologia determinanle existenLc no illdividllo (no caso 0 professor)
c que dClerlllina~oes essa epistemologia produz na sua pn'ttiea. A sua pesquisa da
episleillologia do professor revelolJ que os prolessores respondern eOl11o ernpiristas diante de
cklerminadas eircullstaneias epistell1ologicas. como aprioristas diante de outras. ou ainda.
como construlivistas. EnlretanLo, essa amilise e imponante, pois n;sLa saber como essas
postlJras dos pro!"t:ssores sc n:vdal11 na pdlLica com os sells <dunos.
Pode-sc nolar que as diferenLes cOtlcep~'oes de aprendizagel11 aLu<lm consLanLel11enLe
IHl pn'ttica ciu professor e que superar. ponanlO. () cmpirisl11o. e 0 apriorisl11o C a condi<;ao
fundalllL:llLal para a pralica pedagogica. Neste scntido 6 possivel afirmar que a lCoria dialogica
de Freire que apresenta as cmacterislieas de eolabo]"w;ao, uniJo, organiza<;flO e sinLese cultural
5[10 fundamcntais para a conslruyao do professor nessa concep<;ao epistemologica.
Os Illodelos pedag6gicos lrazem imporlilncia signi!icaliva para ° bum undal11enlo do
pl"Ocesso de ellsino-aprendi7.agclll. se.ia na eduear;ao presencial au na cducar;ao a clistancia. No
eillan\(l. necessiLalll lambcm de lonles incenlivadoras que proporeionalll a 11100iv<lyaopara a
assimilar;iio de conhccimcntos e a produ<;ao de novos conhecimentos.
3.1 !I MOTIV!l~'AO COMO !ITO PED!lOOOICO
A 1l1o\ivw;;Jo (,;UtllC~OLl a SCI" vista (,:01110lim centro de interesse de ato pcdag6gico
d~sck 'Ill": as 110\as cOIl\:t;p\<les de cduca<;ao Jl:smislilicaram a idcia (\1..' que a aprenciizagclll
A ~ran(1c qll;l11lidade de hiografia sabre 0 lema dClllonslra que 0 interesse pela
1110Ii\'<1<;:10\('111 k\'udo pcsquisadores a buscmcill rcspostas para eS5" vnriflvcl impn:scindivel.
pois ,1 aprendi7.a~CIll propon.:ionancio a modiJil:ar,;<1o do componmnclllo salisJ'az a ll1otivos
individuais para que ocorra 0 dcscnvolvill1enlo da aprcndizagclll.
Para Viiarillho, SCj'l tlllllla aprcndizagcm molora, ou llUtllil que cnvolve a
comprccnsao de n:.'l~u;ocs C conceitos Oll "I aprccnsao de valores. s6 havenl aprcndizado
C]lHlndo houvcr atividadc do <lprendiz, que por slia vez neeessita de 1110liv05 para desperta-lo il
Para muilo~ prorcssorcs. tnolivar ~ despcnar 0 inleressc. 1\0 cnl<lllto. a dcfiniyuo de
iIllcn..:SSC para CUllPOS t 1972), c a atrayuo clllolivada exercida par lim objelo ideal sobre a
individuulidade (.;onseiciltc. 0 interesse pock scr illlcdiato (subjelivu) quando se liga a 11111
\)hjl..'lO aillai. implic;L!lcio na n..'la<;flU com propria <Itividadc. ou pode SCI" llle<iialO (Objclivo),
quando St' liga a lim obj!,.'lo idl'aL implieancJo n<l n.:lm;ao com 0 objclo para a qual a ativiclaclc
s\.' dirigc. \leste semido. 0 professor pode incentivar a aluno a dcspcrtar as motivos para a
aprcndiLagclll.
Segundo Vil<-!I"inho. 0 inccnli\'o. implica na proposiyao de situi.lyoes de modo a
denagrar no psiquislllO do slIjeito as fOllies de cncrgia interior (molivos). que 0 lcvarao a ayao
com empenho e elllllsiasmo. Inccmivar c manipuJar as condi\ocs exlcrnas ao sujt.'ito. de forma
a despertar no aprcncii7. a motiva<;ao que mant61ll () processo de aprencii7.agem.
45
o incentivo pode ser intrinsc(';o ou extrinseco. A inlrinSCl:<l estimula 0 alullo a es\uciar
lIllla disciplina p('10 prbprio valor que a discip1ina aprescnla. A c:\lrinscca estimula 0 aluno a
('sIUdaI' L11ll::!disciplina pclas vanlagens que cia pode proporcionar na vida do alLulO.
.1;'1para Caillpl!~. a ll1uli\a~Jo ..: tlill process\) ilHerior. indi\'idual. que dellagra.
rnanLcm .: dirigc 0 C'oillportnmcilio. [mplica Illllll ~stado de ICllsao encrgcLica. resultante l1a
alua~ao de fones l1lolivos que impelem 0 sl1jeilo a agir COI11certo grau de intcnsidadc c
clllpcnilo. Pode-sc tmnht!l11 distinguir dois tiros de l11otivac;ao: I. motivayuo inlrinseca:
quando 11:'1interesse pcssoal na aprcndizagem; Ex. 0 altum que ('sIuda intcligcncia aplicada,
por qUl..: lelll real interesse na disciplilla. 2. lllotiva<y:l0 extrinscca: quando 0 objeto cstudado
traz aspectos relacionados COIll 0 cotic!iano do sujeito; Ex: 0 aluno que estuda intcligencia
aplicada. porquc i..~stjdcsellvolvcndo um projcto de Treinamenlo Baseado em Computaclores.
o illcelltivo promovc a llloliva<y:l0 e Illuitos autorcs prefercm que os professores utilizem a
Illodaliclade intrinseca.
11;:1Inuit,;;; L'O!1Cl']J\'f'lcscle como a aprendizagclll pode ocorrer, Para alguns <lutorcs 0
ato pcdag6gico poc!c aconlecer. eSlando () aluno l1lotivado c aeompanhado da l11aturidade bio-
s6eio-psicoI6gica. SHO as habilidadcs iniciais que 0 alllllo possui para que a prendizagcm
possa sc descnvolver. POI' cxcmplo: suficiente capacidadc intclectual; eeno grilu de interesse;
ceria aptidao ('1(:,
Os CStLh.lOSconlcmporancos ace rca da l1lotiva<yao trazem ainda COIlCCilOS de
edllcadorcs e psicologos da decada de 70. De acordo C0111Carvalho. chcgaram as seguintes
conclu5iors:
- :--.Jiio11,) aprcndi7agcm scm lllotivw:;fio (seja cst.:! consciclltc Oll inconscient~,
46
- D~v(' hawr uma rdayao positiva entre os incentivos c molivDs (motivos fones x
alllbicnic hosti!. in<':~lltivos inoperanleS x aprendiz com pOllca Illoliva\,uo) sao realidades
im::ompatiwis:
- Vl0Iiv<lo;:,lil c illccnlivo sao imponantes em webs as 1~1SCScia aprcndizag~ll1:
- Incentivo POSi1ivox inccnLivo ncgativo (clogios fUllcionam melhor que puni9ao ou
ccnsura);
- A COIl1I)l·ti~ao po(k fUl1cionar COIllO c!emento estirnulador (a compcli(,:iio entre
grupa (> prcferivel a cOlllpcliyao individual);
- AUlllcnlO a incentivos deve alimental' proporciollalmcnlc as motivDs. no cnIanlO C
pr('ciso Il'r l"lIidado para que as incentivos nao ultrapasscm 0 limile maximo cia capacidade do
slljcito:
-1~xito inicial nUlllU tmcfa pocle funcionar como fontc de mOliv<H;ao:
-lnsllcl.,.'sSO inicial pode. cm alguns casus. servir de cstirnulo para novas
aprcndi/agclls;
-Um esfon;o suspenso Oll lima tare fa intcrrompida pode st:r fonte de Illotivw,:iio:
- A !llotiv<l~ao pode aumental' n<Jmedida em que 0 aluno sabe 0 objetivo de sua
tarcfa, bCIll como alribui valor a esse tim;
- ivlOlivn~ao em e:-':cl:sso pode leval' 0 sujeilo a rcalizar um trabalho abaixo do nivd
que costU!l1:l fazer.
A aprcndi;.:agclll nao neccssita necl.!ssariamcnle cia motiva~50. Fit: ocorre pOl' si 56.
Para cle. quando se aprende algo. ha lima satisl~wa() ini!,;ia!. que estimula que 0 ato
pcdagogico continue sc desenvolvendo. 0 aspecto cognitivo e a sua Illaior preocupac.,:ao. A
nmtiv.u,:ao para c1c t: crescenlC' no momenta em que 0 aluno conhece os objetivos do cnsino.
quI.: dc\ eill SCI' darns 1.,.' rdacionados com 0 imecli<lto. Panl de. lllotivac.,:ao c a propria
aprendi7agcm.
47
l~ importantc dislinguir motiv<lc;ao intrillscca e mOlivac;ao c;.;trinscca. 0 prof,,'ssor
d~\'e scmpre cstirnulaf as ,!lunas para a descobcrta. a aprcndizagem ~ Imnbcm motinl<;ao.
onde os mOli\'os prO\'OC~Hllinlcrcsscs para aquila quc s..:r:, <lprendido.
Outro aulor que pcsquisou 0 dcsalio da Illotivacyao loi Skinner. Para cle a mOliva<;ao
S~ rcsoln: em (erlllOs d~ r..:for<;o. de acordo com as nccessidadcs individuais. 0 professor.
segundo ck. de\'c sL'rnprc controlar 0 comportamcnto obscrvavel do alutHl. para nl/Ill segundo
mom en to. possa () ahmo ler aUlocontrole .
.lit pant Rogers aplfd Klausll1cier (1977). a m()tiva~'ao tem lll11<\ grand ••., illlportcincia
em lodo 0 proccsso educalivQ. Os motivQs que Jevam 0 aiullo a aprender devem scr
cOllhccidos do professor. SOllll'l1lC assim ocorrer~ aprendizagcm elicienle e ilulo-rcaliz.:'H;fio.
Rog("'r!) cia muila en rase it motivac;:io inlrinseca. all s~ja. 0 aluno cleve gostar de aprt:nder
dL"ll'rmin:ldo COllh:lldo rlClo praZl'f da <ltividadc. Professor e aluno dcvelll cOl1vergir as
objcti\os para qUl' a mOliva'i=fio aUllh.'nle.
Vilarinho lambcm aborda tccnicas incentivadoras aprcsenladas pcb dichhica para
(kspl'nar os Illotivos dos aillnos c assim favorccer a ocorrencia do processo cducativo. Coloca
qUl' as It:cnicas inlrinsecas sao em maior numero pela imponancia que os auLores a1ribuclll a
das. jil as t~cnicas l'xtrinsec.ls 550 considt":radJS rccursos complemental"l's. caso as intrinsecas
t:llhelll. Ilor c'\l'lllplu: aprCSel1t<lC;aO de objl!tivos no inicio cia aula aprcscntandu 0 valor e a
impon."il1cia das :lIividaclt's '11K'sen10 dcscnvolvidas. Tambel11 a apn.'seIlLac;ilo de tarefas. logo
no init'io cia aula. mostrando quais as tarefas que irao sel' solicitadas a partir daqude objetivo
uu l~Ullll'lldo sIlo I.:xl'mplos (k Iccnicas intrins!;'(:as.
Como tamb~11l 0 StlCCSSOinicial, que implica no dcsenvolvimento de atividadcs
mkquadas <10 !livcl cia lurma all insucesso inicial. que implica no clesc!lvolvi!llenlO de
atividades que estao ale-m do nivcl da turma. lJllla outra h~cnica incentivadora consiste na
(;.'xcmpljlica~·ao. que tem pOl' finalidade a apresentac;:ao de Illodelos ou cxempJos relacionados
48
ao asslI1l!o Ull lambcm larefa intcrrompida. ancle se inlerrompe a Hlividade num pOllIO critico.
\\.'flllil1:l11du·;1na pro'\im.1 aula. a aula m::tba ..:m !'luspl2'n:'>~ 1;.'os illunos POt!I.'lll I\:llclir llluilO
rnais sohre 0 assunlo.
As le<:nicas inlrinsecas apresentam·sc sob a forma de inh:rcsscs pelos resuhados: sao
as pn..'ocl1pm;ocs com 0 produlo. c naa COIll 0 pracesso. 0 allino eSllIda pnra scr aprovado na
dlSl:iplill;t e 1l11npara ;Iprendt'r 0 contclldo. 1\0 elllanlO. durante 0 cSluLio. 0 aluno pode vir a
liclr moti\'adn pdu cnnlCltdo. l'111a oLilra lonna de Iccnica a l;.'xtrinS('I,,:a - 0 a dl.'dicac;au do
professor, que mostra afctividadc pelo aluno c cste quer COl'fcsponder ao afelo do professor.
As puni\ocs sao i1H.:cmiv"4foes negmivas c dcvcm ser lIsadas somente quando lodos as oulras
tl-cnicns 1":llharclll.
Intcgrnda <"ISlccnicas de incentivo. ~stao os comcudos do ensino que de\'clll sel" be-Ill
•..·:-.tnJlur,ldo~ t' (0111 c.xpo..:riencias significativas. a Illl..":lodologia qu.... dl..":vc raciiilar a
:lprcndizagclll C que proporciona ao aillno gerar processos mcntais quc penmtam a
gcneralizm;ao c aplica~ao do contclldo. Os recursos de cnsino devem ser usados de manrira
1I1lcligcnle. para racililar 0 alcance dos objclivos pOl' fim a personalidadc do professor que
sc~undo llluilOS autores •..; a mais rica fonlc de inct'lllivo.
As lc(nicas ek incc:nli\o qut' buscam os lllotivos para 0 alullo se tornar motivado.
proporcionarn uma <lllla mais ereliva pOI"parte do doccnle. pois ensinar esta relacionado a
l"UlllllllicH;f10. No ('nl:lnto. 0 alo de ....nsinllr efetivamCllle est.l Ild capacidadt' do ec!uc~1llc!o
decodificar a mCllsagcl11 que foi rcccbida. 0 ensino so tern senti do quando implica na
aprendizagem. E conhcl"~r como 0 professor ens ina 6 importantc para 0 alo pedagogico sc
ckscllvol\,er. canludo. emender como a all/HO aprcnde c rundamental. SOIl1t'IlIC assim 0
prol.:....ssa cducati\ 0 padedl aconteccr c a "Iuno conscgulr{l aprcnder a pensar, a sentir, a agir.
Neste senlido Piagcl dctem uma obw gigantesca. PiagcI coloca que 0 proct'sso de
fnnnn~·fto do conhecimento C dado atnwes do desenvolvirncnto e\as cstrUluras do conlclldo C
49
devc-sl.: relonwr semprc_ aumentando 0 nivel de complexidade de abordagcm. A linguagem
ackquada e aqllcln a rase do <icscilvolvimcllio cognitivo na qual 0 alUllO se cnconlra. Dcvc-se
tambem facililar a passagcm do pcnsamctlto concreto ao estagio da rcpresenlayao cotlceitual-
simb61ica e cnsinar mais csqucmas de raciocinio do que contelldos propriamenle clitos. 0
contclldo cleve ser aprcscnlac10 semprc de maneira hipolelica c heuristica. 0 aluno aprendc
neSla Cotlcl.!p~ao quando aprcscnI<I resposlas compativeis com 0 nive! do sell dcscnvolvimento
intelectllal: quando t:1Z re!a~oes entre 0 material aprendido e Olmos conceitos eloll contextos:
e qllando aplica 0 conhecimento adquirido a novas situ<lc,;oes.
3.2 rAVORECENDO 0 DESENVOLVIMENTO DA PERSONALIDADE
Os principios C respectivos comporLamenLos do professor em relm;ao a atitudes c
valorcs. sao relcvantcs tambem ao dcscnvolvimento da pcrsonalidade. Klausmeier apresenta
qualro principios adiciotluis e os respcctivos comportamentos do professor para 0
lksenvolvilllcnto da pcrsonalidude. Estes principios e comportamentos do professor dcvem
ser considcrados como hip61eses llLeis e nao como leis estabelecidas:
I. Scnlir-sc psicologicamcl1tc seguro em grupos prim,irios C essencial para 0
c1esenvolvirncnto da personalidadc.
2. Aceitar-se (aulocotlceilO adequado). accitar os ouiros e ser accilo pelos outros sao
interdepcnc1enlcs e nccess,irios para 0 descnvolvimento da pcrsonalidadc
3. A]can<;ar a independencia e lllll scntimcilio de realizacrao e essencial para 0
dcscnvolvilllcnto da pcrsonalidade.
4. Adquirir Illctodos racionais de ajustamento e siwac,;oes frustradoras favorecc 0
dcscnvo!vimcnto da pcrsonalidade.
Neste senticio 0 comportamento do professor deve seguir as seguintcs caracleristicas:
50
!. Dcscilvolver lml i.llllbicntc cl11ocionalmcntc segura: SenlimcJltos de accitayao •.'
pertinencia sao essenciais para se a\cancrar urn ambicntc de aprendizagcm
clllocionalll1enlC scguro. Ambicntes cmocionalmcnte scguros tOlllam-se possiwis
quancio ;\5 Ql1<llicbdcs (lj~tivas de profcssores ~ classes sao (';<lr,Klcrizados por llm
scntimcnlO de accitacrao gem!: exprcssao Illoderada de cmoftocs c scntimcntos
pdos alunos: tomada de dccisao em grupo. dcmocr{nica. Ie\ ando as atividadcs
cstimuladoras; 0 usa de Lecnicas de contrale claras c precisas. mas nao puniLivas
c pOUC<l frUSlrrl930 C Hllsicdadc ern siru<lyoCS de aprcndizagem c
excepciollaJmclllc complt:xo. A maio ria das situayocs de apn.:ndizagcm na escola
dcspl.;na [I ansiedack por si mcsmas c a melhor abordag~m c reduzir
dcliberadalllCtllC a ansiedade.
As emorrf'lcs agrad<iveis sHo raramente I.!xprcssas em siltlCu;oes de sala de aula
pelo professor c pclo 0 <llllno. c C prov<lvel qlle ocorra lima sllpr,,'ssao execssiva de
;o.(,lllilllI:Il10S.dl.' modo geral (PAllO. 1986. p. 56). Na educa~~iio infanlil e nas series
iniciais do ensino fundamental, 0 professor ICllde, normalmenle. a cxpressar sellS
senlimc11los agrad{lveis com baswntc liberd~ldc c a cncorajar cxprcssoes cmocionais
agrad,ivl;.'is nos ,dutlos. 1510 0 rclativamentc j',ieil. pOl'que as crian(,:<ls pequcnas sHo
cliriosas c qucrem aprendcr.
ivlas. parll !1111it3ScrianY<ls. esta expr,,'ssuo emocional livre e ('sle praz •....r em
aprender $,10 abrandados durante os t'dlimos allOS do ensino fundamental e 0 ensino
medin. COlHO a exigcncin para aprendcr areas de COnll:!llc\o mais organizadas
'lllmenla. as exprcssoes emociol1nis agrad{]vcis 11<1sala de aula dilllinuem. 0 anseio
pOI' <ltivldades que Icvt:m a novas descobertns e contmriado pda prcssao para 0
conformislllo. As respostas que as crianyas necessitam para resolver problemas que
51
SilO im]JllrldnlCS paru clas sao prcteridas por causa de lim problema que 0 professor
quer que scja rcsolvido.
Fvcntuallllcntc. as alunos nao experienciam mais c!l1oyoes agradnveis Oll
desafios na situayuo de aprcndizagem cia sala de aula. Se. no inicio. as alullos
busc<lm as ansiosamente solw;:oes, dcpois eles sc tornam passivamcnte tolerantes ou
Illcsmo abert<lmenle resislenles nos problemas: Quando iS10 aconlcce, modos
imksej<lveis de ajustalllclltIJ predominam. A atmosfera emocional da malaria das
SilIns de aula scria mclhorada sc () program a de ensino desperlasse mais rcayocs
emocionais agradaveis e sc fossc dedicado mais tempo ajudando os allinos a lidarem
mais cfclivamcilic com Sllas emoyoes (KLAUSivlEIER. 1977. p. 86). Tal senlimcnto
1llC'lhorado Oll C'lima cillocional da classe iria. par sua vez. conlribuir tanto para llill
alcallC'c ll1ais cficienle de objetivos cugnilivos COIllO para 0 Cavoreeimento do
dcscnvolvilllento da personalidade.
2. Encoraiar a auto-compreensao e a auto-aceitacao: a auto-aeeita~50 coprincipal
rCCluisito para se obter lim auto-co nee ito adequado. AICm disso. se 0 individuo c
aceilo por outros c tam brill os aeeita. pode-se dizer que ele tem grande
prob~lbilidade de aeeilar a si pr6prio. Frequcnkmenle. lIlll orientador faz uma
avaliayJo baslanle adequada dos rccursos e limilayoes dos estudantes e usa isto
para colod-los em classes, de acordo com certos curriculos. Enlrelamo. as
l...'stlldantL's nao IOJ1WIl1conhecimento do que ser~l avaliado em seu clesempenho.
de modo que cles possam compreender as pontos rortes que pOdClll aproveitar, os
POlltos fracas que padC'!ll supcrar atraves do esfon;o persistente e possivei,
lil11ita~i'ics que nao podern Sllperar. mas devetll aeeitar. Alem de se ineentivar a
l.llliO-Comprcensao de forma inadequada, lUI uma tentativa ainda menos
deliberada para eneorajar a allio-acciia~ao. Em VCl. de ajudar os alunos a
52
aceilarcll1 ou apreciarem SCIlS proprio:> "self's" individuais. estabelccc1l1os um
objdo utopico: -'Todos dcvern LeI"lllll rcsllltado neste testc" -' Todos devclll
terminar CIll 10 milllltos" Dc modo 5cmclhante, as sistemas de nota lendclll a
levar <l llma falta de 3lllo-accita.;ao ('xcelO para "lunos que recebclll tlotas ahas.
Apl.!sar de as notas baixfls c instI!icienles poderem despel"lar 0 "Iuno para a
I"c;llilbdc_ i:-.so n,iu It.'\ ,1 a dllIU-<ll.:l-il:.l<;Uo.~spccialmcnh: 51.!tamb0m 5C Will em
Illcn\(' quI."! nao :>c dc\,(' ficar salis[cito COIll nows baix<ls, meslllo que sc tcnha
feilo 0 melhar possivel. Telltativas dcliberaclas para levar 0 aluno a melhorar seu
aLLlo-conccilo tem proclllZido resultndos satisfntorios (BRUCE apl/d
KLAUSMEIER. 1(77). fez llin rel<llo subl"e ensino durante as missoes): busca de
atl:Il\'ao (0 qUl' husca a alcn.;Jo. por exemplo. pas:>ando bilhctes. fazenda
gracejas); desafio de aUlOridadc (0 rcbelde, pOl' exemplo, desabedecendo
aUlOridadc, proleslando da qU<l!llidade de lrabalha): c c1isscnsao critica (0
queixoso. pOl' cxemplo. fazcmla criticas que !laO sao construtivas. rindo de modo
a pcrturbar os oUlroS)_
:"-JoenSill\) medio. as !"azoes mais frcqOentes para c~stigar os alunas ate reCClHl..'mente
('ram. para Illcninas. falar quando se I..'spcrava silencio e. pHra para me-ninas. desatem;ao e
perturba~ao na class(.'. Os problemas graves de comportamcllto de alunos de ensino medio
inclueill. agora. varias lormas de agil<1yJo e 0 usa de drogas perigosns. Entre os alunos
1l1ll\Cr::.Il,lr;o:-..illclucrn l'uisas t<lis comu ruubo. jogos de azar. viola,;Clcs clos regulamenlOs do
alojamcnlo, orensas a proressores, aciclenlcs de C;lrro e conduta desregrada.
Klausl1ll'ier alribuiu a ma condula dus alullos a scis fatort:s quc parecclll validos
ainda hojc: insatisl~I<;,1oCOIll0 Irabalho esc alar. agi[H<;Jo cmodonal no relacionamento com os
OlilroS. pl't"lurha~'ilcs no clima de sala de aula. cOnlraste enlre 0 controle de sala de aula e a
53
n~(.:(,;ssidaclc cle elTlancip;l(;ao de eadet aluno. tensues emocionais que acompanham 1ll11dan~as
!\:p~nlinas de uma alividadc para oulra c composiyao do grupo da sala d~ aula.
Bamcs (ll1l1d Klausmcier (1977. p. 56) relatou cia seguintc forma as causas mais
I"rl'q(kntl's cia rm'l conelula dos allll1os. mencionada par professorcs de cnsino fundamental:
incompet~ncia dos proJ"cssorcs. difercn<;:as nos inlcrcsscs dos alunos. cb;ejo dl..·alcn~ao dos
alullos. dileren<;:as nos valores familiares. falta de interesse clos pais. intcligencia limitada e
"!Jllckgrolllld" do lar. 0 mesilla autor t:laborou uma !ista das concii<;i·h.'s associaclas aos casas
ck indisciplina na universidade. inc!llindo as regras rcpressivas e costumes de institui<;oes. a
f:llta de clima ack:quado. 0 choquc cnlrt.' as restri<;:i'h.:stlos pais para a libt.'rdacle do "campus".
'\ IlIl:1 pl'la indCjl~ndcllcia dp:; pais. transteridas para as iluloridadcs ulliversilklrias. 0 cariller
pa!olok!ico e 0 ('spirito lolga7.ao. Provavelrncntc. csws 1~llores passarialll a incluir dirt.!l,!oes
oricntadoras escritas c nlio escritas a rcspcilO de rela~ocs in!ergnrpais. particulannentc aql1c1as
que parccern envoh'l'l" n diseri!1lina~'ao de sexo c ra<;:a.
3.3 TWOS E PRATICAS DISCIT'L1NARES
Os mclhorcs eslol"yos do professor sflo dirigidos para eriar um ambicllte em sal,l de
aul<1 que manlenha lima imcgrayao smrdavcl da pcrsonalidade dos alunos c scja rico em
i,.'.\pl'ril:ncias de <lprclldi/.agem que clcspcrlern 0 enlusiasJl10 dos jovens. A cscola moclcrna nao
,,: 1..·\11",,:1ll,1Il1l:1lIt:1I111l'la- Ct:ni.Ulll:llIt: 11<\0exisle 0 lipo de clisciplinil ('Ill que"podc-sc ollvil" 0
allindc cair" Pdo cormario. C li'eqUentclllcnte Ulna colmcia de mividadcs. na qual a maloria
ell)S t:slucl.!nlcs parti.:ip'l ativClIll..:nlc di,.'sitUClt;O('Sconstrutivas de aprcndizagern. Oeste modo.
as situavocs que exigcrn atellyflo clisciplinar sao eviladas e minimizad,ls - uma espccie de
disciplina prc\·cllli\ll. Alcm elisso. um lllrmcro maior de prol\.!ssores encam u mall
cornpOrtamcll1O nao l.:OIllOlima aJl1en~tl tl sua liderarwa Oll rcplItat;Jo. Illas COIllOlIllla n:sposta
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do aluno as condi\,ocs cscolares I'ruslradoras e outros fatores inlerativos nao control{lVeis
10I:1\l11cnl(' pc\o pmfcssor
Foram iclemilicadas pril.licas disciplinal"C-s de proJessorcs de cllsino fundamental.
,,'lbiIIO Illcdiu ~ lIivd SlljKrior. !james apllti K\allsmeier (\ 977) par (';.;emplo, relalOLI qualm
lipos de tecnicas ao nivel de ensino fundamental: ignorar 0 mall comporlamenlO. rornecer
atividmles ('nriquecedoras e assistcncia espcciajizada, raciocinar com as crian.;as c
incii\'i<iualizar u trabalhu ~scolar. No nive! do ensino m0dio as metodos de cantrole disciplinar
Illais !i·eqiicllll.!ll1elltc cmprcgados !cram: reprimenda dianlc cia classe scguida pOl' reprimcnda
particular. ordetn para que 0 aillno fiquc na classt: depois da aula. designayuo para tarelas
espcciais. envio dos allulOS para rora cia sala. dislribuiyao dos aluno para rora cia classc. envio
do:-. alul10s para u direlor e dill1inui~ao de suus notas. Garisson aplld Klallsmcier, (\ 977). No
I.'nSi1l0 supt'rior. lidar com casas d(' disciplina e mais cOl11pl..::-:o. tvluitas faculdades c
lIlli\\.:r:-.iJa<.ks I.'st.lbcil.'c""I"am cOlllissi)es disciplinan:s composlas de cSllld'llHI.'S c alguns dos
prolessorcs para .iulgar casos di!1ccis de ma conduta do altlilO. Aquelcs que descmpenham
rUllyOeS de oriemadort's jU1HO aos rcitort's. normalmentc cstao separados deslas comissocs
cllscip\inarcs e desempcnhalll Hill papel consultivo.
!\. 1"t'(\lH;;:10no lISO de puniyao corporal. como Ulna tccniea disciplinar. tem
act)l1lpanilado a lransfnrnw.;iio gcral de form as dt: c1isciplimls I.'oercivas para fcnnHs dt' aulO
controlc, Apcsar <la puni(,:ao corporal ni"io tcr sido complctamente abandonada. e proibida por
lei CI11alguns estados dos E.U.A lla maioria dos ESlados, 0 Iratamento cruel de crian.;as e
prnihido pOl' lei I:.' assilll. em casas oncle a pllni~ao corporal c c:-:cessivCl. 0 pro lessor pode ser
pn.::::.u.
Como lima pane normal do processo educacional. as t~(.;nicas prevenlivas c.xigem a
fnnnul:u;:10 de politi<.~as (' k;cni<.'as para !ider (,Dill a 111;:'1('oneluta desagrc-gada do aluno. As
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1((l1i(<lS de cOlltJ'Ok sao essenci<lis Uma dessas ocasi6es e quando a classC' encontra lim
professor novo pcla primeira vez
A lileratura edueacional inclui mllilas sllgesloes para componamenlos especifieos
:lpropriados a Silllw;:oes de disciplina de emergencia - lecnic<ls de primeiros "socorros'·. 0 que
f~l:l,er 110 primciro enconlro na classc C' C'lll oUlras situuyoes. Deve-se reconhecer que lais
Il'L'llicas nill) alingl.'l1l os punlos fundamC'lllals envolvidos em siluayoC's disciplinares
I·rcqu..:nt..:m..:nle. as sugesloes sabre 0 que nao fazer. sao lao lite]s como as oricnwyocs sobre 0
que f~l/er
Algumas pn'lIicas lipicas, que devem ser evitadas sao meneionadas: Usar sarcasmo:
possui li1\'orilOS; insistir em desculpas: filzcr amca((as; dar tarelils muito difkeis: punir a
classe loda pclo mall componamc!l1O do utll ou de UIlS POliCOS; apeJar para 0 medo: ficar
senlado na ml.'sa lodo 0 tempo: SCI' desviado pOl' quesl6es irrclevallh..'s, ater-se <10livro de
le)\lo. US<lr 11111vocablll{lrio acima do nive! do alunos; fOliar r<'tpido OLl nervosamente:
Ilcgligcllciar 0 conrorto fisico dos alul1()s Ila sala; c.\pressar raiva dianle da classe. Algumas
sugcslot:s lipicas (jUl' sao llleis incluel11: sabcr 0 nome de IOdos os alullos: tcr as aulas bcm
prcparadas; chamar alunos cuja alen((aO eslii div(lgando: ser melodico: usm os pad roes dos
grupos pma I.'slahelccer regras: el1ccrrur os peqllellos dislltrbios antes que sc lorncm serios;
llsar a VOl.cfctivamCIlIC; cxibir presteza; vitalidadc c cntusiaslllo; lllostrar senso de humor. Dc
fal\), n lisla de sllgeslocs (neis poderia prosseguir Cjuasc scm tim. lima Iccnica de controle telll
estes airiblilos: esl{l rclacionada com 0 mall comp0rlamento: e consislenle: e clara. finne e
dl.'~lillli,i:l (k ;lllll'~l~'aS OLl grosseria~: l' conslrllliva. levando ao (llito-conlrole: e percebida
como justa pOl' (lqllele que se comporla mal e pelo reslo da classe.
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o (llIKCi\o de pcrsonalidmk rcfcrc-sc il singularidad..: e tOlalidade de lllll indiviuUll
como lUll SCI" social. Um modclo de ajustamcnlo interativo incJui 0 auto-contrale. a
n:spn!lsahilicbdc pcssoal. a responsabilidaclc social. 0 equilibria L'tllociona!. os inlcrcsses
sl)Ciais dCll1ocn'lIicos e ideais.
A responsabilidmle (\,1 escola em "~lldar 0 jovclll na busca pelo seu descllvo\vimcnlo
pessoaJ. que engloba Satlelc. habiliclades P51C01110\or<l5 c capacidades cogniliv:ls. Emotividadc,
lIll'lOS ;Ii,kquados de ajust<1111cnl0 e <lu\oCOnCCiloC intcnsificada sob as condiyocs aluais. que
:Sl'1ll0dllicII1l nl))I(..iamcnlc.
\ll1(bn~;IS radicais em muitos comportamcntos ocorrclll elHre a primcira inlImcia C 0
inkio da fase adulta. Encontrt:l-se expcri0ncias cmolivas lanlo posilivas quanlo negaliv<ls. as
quais inl1ucnciam 0 comportamenlo I:! poclcl11 dcturpar 0 proccsso de maturayaO cia
pl.:rspnalidadl.: 1,.' {kgradar a capacidndc de apn,::ndizagt:11l da crian<;a. muito dcvido 11
c!cslllotivw,:,10 (' ,,\ ralla de cOlltlanrya. gerados pelo processo clcgcncrativo da 'll11o~eslirna.
ViS10 que (IS (ltitucies c vaiores skio compollclllCS illtcgrantcs da pcrsonalidade.
rl,.,nc.'\os 1;,'innuenciado pcla afelividade. us principios para faci!ilar a aprcndizagern de
alitudl:s (,:\'nlor('s. larnbcm sao aplidlveis ao dcscnvolvill1clllO cia propria personalidade.
FaL-se Il~c('ssario, dcntro da prillica pedagogica. componamcJllos modelos para 0
clcsellvolvimcnlo cia personalidade, a rim de: desenvolvcr um ambienle cmocionalmcnte
seguro: cncorajar a aUlo-compreensao e a aUlo-aceila~iio; ajudar os alllllOs a alcanyarem
ohjclivos realislas e a propiciar meios dc sc cnfrenlar siluac,:ocs de conflilo.
;\ prCsclltl' pesquisa a!irma a imponfillcia da afctividadc denlro do processo de
1ll'1Iura~~10r..:uglliliv<le biolog.ica do SCI' ilulllHno, s(.;ndo delllonsirado que dcscle a mais lema
idmk 1,.' r('pcrctllillcio durante toda a vida clo inclividuo 0 infinito circlilo vicioso de prazcr c
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dt:spra/.cr. sl.:nsa~·(ks cstas em sua maioria d~rivmlas do proprio conccito de aretivldade,
cahcndo ao •...ducador, lima [lIenc;ao maior quanto :'1analise do alullo durante 0 proccsso de
cllsino-aprcndizagcm. jmnais esquccendo 0 univcrso de scnsac;o •...s qlle cnvolve principalmcntc
;1 l.'riwH,:<I 1,.'0 adoksl'cnlC aos quais clcvcm st'r uportunizadas cxpcriencias para promo vcr lima
Sildi" In;lll!ra~':io da pcrsonalidade
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