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Afecções Sistema Digestório Aula 03 EO Karin Bienemann

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Afecções Sistema Digestório

Aula 03 EO Karin Bienemann

Úlcera Péptica Lesão ulcerada que pode ocorrer: esôfago,

estômago e duodeno devido o suco gástrico.

“Sem ácido, não há úlcera" “Uma vez ulceroso, sempre ulceroso".

H. pylori

Etiologia

Distúrbios emocionais(stress); Hábitos de vida; Erros alimentares; Medicamentos: AAS. H. pylori; Jejum prolongado.

Localização: Duodeno Estômago(piloro). Incidência: 30 a 50 anos. DX: Anamnese, RX, Endoscopia e prova de

acidez gástrica.

Sinais e sintomas: Epigastralgia. Náuseas, vômitos ácidos, pirose. Queimação retroesternal. Anorexia. Sialorréia. Hematêmese e melena.

Tratamento: Medicações. Repouso físico e mental. Evitar uso de : café, chá, fumo e BA. Dieta equilibrada. Cirurgia. ATB em H. pylori.

Cuidado: Caso de hemorragia por perfuração. Obstrução pilórica devido a cicatrização.

APENDICITE

A apendicite é a inflamação do apêndice.A causa mais habitual da apendicite é o bloqueio do orifício de comunicação do apêndice com o ceco devido a uma acumulação de matérias fecais endurecidas - os microorganismos da flora bacteriana intestinal encontram condições propícias para a sua reprodução, provocando a infecção...

Sinais e sintomas:

Dor abdominal severa, intensa e progressiva que inicia a meio caminho entre o umbigo e a espinha ilíaca anterossuperior;

Febrícula, náuseas e vômito; Anorexia.

Complicações: A principal complicação é a perfuração, que irá resultar em peritonite ou em abscesso

Tratamento: Cirúrgico (Apendicectomia)

Cuidados de emergência:

- Manter uma atitude calma e segura;- Caracterizar e localizar a dor -Característica: Pontada, moínha, cólica;- Fatores desencadeantes, fatores de alívio;- Administrar O2 a 3 lt/min, ou 10 lt/min caso esteja em choque;- Verificar e registar os sinais vitais;- Prosseguir com o exame da vítima - Não permitir a ingestão de alimentos ou líquidos;- Manter a temperatura corporal.

Gastroenterite

Conceito: Infecção simultânea do estômago e intestino.

Causas: Microrganismos como: vírus, bactérias e

fungos; Baixa resistência orgânica.

Sinais e sintomas

Náuseas, vômitos e dor abdominal tipo cólica;

Hipertermia, geralmente de 38ºC a 39ºC acompanhada de calafrios;

Evacuações líquidas, fétidas e frequentes, podendo ser acompanhadas de muco e sangue.

Diagnóstico: Exame de fezes: parasitológico e cultura; Exames radiológicos; Exame de sangue.

Tratamento:

Específico: antibióticos e fungicidas de acordo com o agente etiológico;

Antieméticos e antiespasmódicos; Hidratação parenteral se houver vômitos,

ou terapia de reidratação oral se não houver vômitos;

Dieta: manter dieta zero enquanto houver vômito, posteriormente, iniciar dieta líquida pastosa, pobre em resíduos para não irritar o intestino.

Complicações:

Desidratação Choque hipovolêmico; Desnutrição; Caquexia; Óbito: a gastroenterite é uma das

principais causas de óbito em crianças menores de 1 ano.

Cuidados de enfermagem:

Isolar o paciente em caso de diarreia infecciosa;

Controlar evacuações: frequência, quantidade, cor, consistência, presença de muco ou sangue;

Controlar vômitos: frequência, quantidade, cor e características;

Fazer balanço hídrico; Controlar sinais vitais para verificar sinais

de choque; Controlar peso e diurese; Manter o paciente limpo e seco.

1-Caso clínico Sr J.P.S 58 anos Pedreiro Queixa: Epigastralgia há 1 ano Fatores: tabagista 1 maço/dia,BA em fim

de semana

Consulta médica Exames: EDA e laboratoriais

DX: ÚLCERA PÉPTICA GASTRITE CRONICA E INFECÇÃO H.PYLORI

TRATAMENTO OMEPRAZOL ATB- CLARITROMICINA E AMOXI REPETIR APÓS 2 MESES EDA SINTOMAS MELHORAM EM 5 DIAS

PLANO DE CUIDADOS

2-caso clínico Paciente sexo masculino, 17 anos, negro, natural e procedente de

Salvador-Ba, com história de dor abdominal há quatro dias em região epigástrica, associada a náuseas e vômitos. Evacuou, há dois dias, fezes com aspecto normal e, desde então, não mais evacuou. Refere que a dor melhorava após episódios de vômitos e uso de analgésicos. Evoluiu com piora da dor nas últimas 24horas associada a episódios de febre, não aferida. Informa que a dor agora encontra-se localizada em região hipogástrica e fossa ilíaca direita (FID). Nega sintomas urinários ou alterações na cor da urina. Nega doenças crônicas, uso de medicamentos contínuos e antecedentes de doenças psiquiátricas. Nega alergias alimentares e medicamentosas.

Antecedentes: Nunca foi operado. Nega traumas. Nega episódios semelhantes no passado.

Exame físico Paciente encontra-se em regular estado geral, lúcido e

orientado no tempo e espaço com palidez e fácies de dor. FC: 100bpm, FR: 24ipm, Peso: 70kg e Altura: 1,70m.

Apresenta abdômen distendido, rígido, e doloroso a descompressão súbita em FID. Som timpânico a percussão. Ruídos hidroaéreos reduzidos em todo abdome. Percussão lombar +

Hipótese diagnóstica: ?

Exames laboratoriais:

1. Hemograma Hb: 15g/dL Hematócrito: 45% 2. Leucograma Leucócitos totais: 16.000mm3 Plaquetas: 300.000mm3

USG abdominal Conclusão: Apêndice de 8mm no seu

diâmetro ântero posterior com paredes espessadas.

Conduta Apendicectomia

Pós operatório Repouso relativo Dieta zero por 24 horas Solução Fisiologia 1000mL Solução glicosada 1500ml Uso: Alternar a solução fisiológica com o soro glicosado. Via

endovenosa, 35 gts/min Ceftriaxona - 01 g EV 12/12h Tilatil - 01 ampola EV 12/12h Plasil - 01 ampola EV 8/8h Dipirona - 01 ampola EV se dor

Conclusão O paciente evoluiu bem após a cirurgia,

recebendo alta 2 dias após a internação. Foi orientado a permanecer em dieta branda por 01 semana e não realizar esforços ou pegar peso por 15 dias. Fará o uso de uma Cefalosporina de terceira geração via oral por mais 7 dias. Retorno em 10 dias para a retirada dos pontos.