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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO CAMPUS DE SINOP
INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E AMBIENTAIS CURSO DE AGRONOMIA
ADUBAÇÃO FOLIAR COM COBALTO E MOLIBDÊNIO NA CULTURA DA SOJA
FABRÍCIO GONÇALVES MORAGA
SINOP – MT 2018
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO CAMPUS DE SINOP
INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E AMBIENTAIS CURSO DE AGRONOMIA
ADUBAÇÃO FOLIAR COM COBALTO E MOLIBDÊNIO NA CULTURA DA SOJA
FABRÍCIO GONÇALVES MORAGA
ORIENTADOR: PROF. DR. CASSIANO SPAZIANI PEREIRA
Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) apresentado ao Curso de Agronomia do ICAA/CUS/UFMT, como parte das exigências para a obtenção do Grau de Bacharel em Agronomia.
SINOP – MT 2018
G635a Moraga, Fabrício Gonçalves.
Adubação foliar com Cobalto e Molibdênio na cultura da soja / Fabrício Gonçalves Moraga. -- 2018
43 f. ; 30 cm.
Orientador: Prof. Dr. Cassiano Spaziani Pereira. TCC (graduação em Agronomia) - Universidade Federal
de Mato Grosso, Instituto de Ciências Agrárias e Ambientais, Sinop, 2018.
Inclui bibliografia.
1. Produtividade. 2. Cobalto. 3. Molibdênio. 4. Micronutrientes. 5. Adubação. I. Título.
Dados Internacionais de Catalogação na Fonte.
Ficha catalográfica elaborada automaticamente de acordo com os dados fornecidos pelo(a) autor(a).
Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a fonte.
AGRADECIMENTOS
A Deus por me dar saúde, força e sabedoria.
A Universidade Federal do Mato Grosso pela oportunidade na formação profissional
pessoal e humana, e pelo ensino de qualidade.
Ao Prof. Dr. Cassiano Spaziani Pereira pela orientação e suporte para que este
trabalho fosse realizado.
Aos companheiros de projeto Alan Comiran e Pablo Lucas, que foram vitais para
realização deste trabalho.
Ao meu amigo Luciano Felix pela ajuda nas pesquisas.
Aos meus pais Valdeir e Geislene por me darem suporte, amor e paciência.
E a todos os professores e amigos que fizeram parte desta difícil etapa da minha vida.
SUMÁRIO
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO ......................................................................... 1
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO ......................................................................... 2
1. INTRODUÇÃO .............................................................................................................................. 10
2. REVISÃO DE LITERATURA ...................................................................................................... 12
2.1 História da Soja ...................................................................................................................... 12
2.2. Micronutrientes ..................................................................................................................... 13
2.3 Cobalto ..................................................................................................................................... 13
2.4 Molibdênio ............................................................................................................................... 14
2.5. Teores de Clorofila ............................................................................................................... 15
3.1 Local .......................................................................................................................................... 17
3.2 Analises de Solo .................................................................................................................... 17
3.3 Delineamento .......................................................................................................................... 17
3.4 Manejo ...................................................................................................................................... 18
3.5 Analise estatística ................................................................................................................. 19
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES ................................................................................................ 20
4.1 Índice de Clorofila .................................................................................................................. 20
4.2 Número de vagem por plantas ........................................................................................... 21
4.3 Número de grãos por vagem .............................................................................................. 23
4.4 Massa de cem grãos ............................................................................................................. 25
4.5 Produtividade .......................................................................................................................... 27
5. CONCLUSÃO ................................................................................................................................. 29
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................................................... 30
ANEXOS .............................................................................................................................................. 37
ANEXO 1: Análise estatística anavar ...................................................................................... 38
ANEXO 2: Fotos ............................................................................................................................ 40
RESUMO
A capacidade de fixação biológica de Nitrogênio (FBN) da cultura pode resultar em menores custos de adubação nitrogênada, porém, a eficiência do processo de FBN pode ser influenciada muitos nutrientes, dentre eles o Co e Mo. Apesar de estar claro na literatura que as formas de aplicação de Mo e Co na soja podem apresentar influência no melhor aproveitamento destes nutrientes pela cultura ainda não existe um consenso a respeito da eficiência da adubação foliar com tais micronutrientes. Desta forma, o trabalho objetivou determinar os efeitos da aplicação foliar e Cobalto (Co) e Molibdênio (Mo) nos estádios fenológicos vegetativo (V5) e estádio reprodutivo (R2) na soja (Glycine max L. Merril). Avaliou-se o teor de clorofila, número de vagens por planta, número de grãos por vagem, massa de cem grãos e produtividade. Para realização do experimento, foram aplicadas diferentes dosagens do fertilizante liquido CoMo10 ® (Cobalto e Molibdenio) aplicado nacultivar BRS 811CRR. O ensaio foi montado em delineamento em blocos casualizados com cinco tratamentos e quatro repetições em cada estádio, as doses aplicadas foram de 50, 100, 150 e 300 mL.ha-
1. Conclui-se que a aplicação de micronutriente cobalto e molibdênio não aumentou o alterou o teor de clorofila e a produtividade da cultura. .
Palavras chave: Produtividade, cobalto, molibdênio, micronutrientes, adubação.
ABSTRACT
The biological nitrogen uptake (BNF) of the crop can result in lower costs of nitrogen fertilization, however, the efficiency of the BNF process can be influenced by many nutrients, as is the case of Co and Mo. forms of application of Mo and Co in soybean can be improved and improved. The objective of this work was to determine the effects of the application of Cobalt (Co) and Molybdenum (Mo) on vegetative (V5) and reproductive (R2) soybean (Glycine max L. Merril). The content of chlorophyll, number of pods per plant, number of grains per pod, grain mass and yield are used. In order to carry out the experiment, different dosages of CoMo ® ® fertilizer liquid (Cobalt and Molibdenium) applied in the cultivar BRS 811CRR were applied. The assay was assembled in a randomized block design with five treatments and replicates at each stage, according to the doses written at 50, 100, 150 and 300 mL.ha-1. It concludes that the application of micronutrients cobalt and molybdenum did not increase the content of chlorophyll and the productivity of the culture.
Key Words: Productivity, cobalt, molybdenum, micronutrients, fertilization.
LISTAS DE SIGLAS E SÍMBOLOS
ATP = Adenosina Trifosfato.
APROSOJA – MT= Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso.
CUS = Campus Universitário de Sinop.
CONAB= Companhia Nacional de Abastecimento.
cmolc.dm-³ = Centimol por decímetros cúbicos.
et al. = Referencia bibliográfica feita após o primeiro autor, que representa os outros co-autores da obra, publicação, entre outros.
Ed. = Edição, Editora, Editor.
Embrapa = Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária.
FAO = Organização das Nações Unidas Para Alimentação e a Agricultura.
FBN= Fixação Biológica de Nitrogênio.
Fd = Ferredoxina reduzida.
g.dm-3 = Gramas por decímetros cúbicos.
g = Gramas.
GS= Glutamina gintetase.
GOGAT= Glutamato sintase
ha =Hectares
IMEA = Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária.
ICAA = Instituto de Ciências Agrárias e Ambientais.
In situ = Expressão latina que significa no lugar.
Kg. ha-1= Quilos por hectares.
KCl = Cloreto de potássio.
L = Litros
m = Metro.
MAP = Monoamônio de fosfato.
mL= Mililitros
mol = Unidade de massa atômica
M.O = Matéria Orgânica.
mg.dm-³ = Miligrama por decímetros cúbicos.
mm = Milímetro.
n. = Número.
O = Oeste.
Orgs. = Organizadores.
p. = Paginas.
R2 = Estádios reprodutivos, com florescimento pleno.
Rev. = Revista.
S = Sul.
SSD= Sistema de semeadura direta.
TCC = Trabalho de Conclusão de Curso.
ton= Tonelada.
v. = Volume.
V5 = Estádios Vegetativos, com a quarta trifólio completamente desenvolvido.
LISTA DE TABELA
Tabela 1. Resultado analíticos de macro e micronutrientes de solo. ...................... 17
Tabela 2. Resultados das relações das análises de Solos. .................................... 17
Tabela 3. Relação dos tratamentos realizados à campo nos estádios fenológicos V5
e R2. ............................................................................. Erro! Indicador não definido.
Tabela 4. Análise de variância. ................................................................................ 20
LISTAS DE FIGURAS
Figura 1. Teor de clorofila no tecido vegetal em relação as doses de Co e Mo, aplicado no
estádio V5. ........................................................................................................................................... 21
Figura 2. Teor de clorofila no tecido vegetal em resposta as doses de Co e Mo, aplicado no
estádio R2. ........................................................................................................................................... 21
Figura 3. Número de vagens por planta em função do tratamento empregado no estádio V5.
............................................................................................................................................................... 22
Figura 4. Número de vagens por planta em função do tratamento empregado no estádio R2.
............................................................................................................................................................... 23
Figura 5.Número de grãos por vagem em função do tratamento empregado no estádio V5.
............................................................................................................................................................... 24
Figura 6. Número de grãos por vagem em função do tratamento empregado no estádio R2.
............................................................................................................................................................... 25
Figura 7. Massa de cem grãos (g) em função do tratamento empregado no estádio V5. ... 255
Figura 8. Massa de cem grãos (g) em função do tratamento empregado no estádio R2. ..... 26
Figura 9. Produtividade kg/ha em função do tratamento empregado no estádio V5. ........... 277
Figura 10. Produtividade kg.ha-1 em função do tratamento empregado no estádio R2. ....... 28
Figura 11. Aplicação do Cobalto e Molibdênio na área do experimento no estádio Vegetativo
da cultura da soja. .............................................................................................................................. 40
Figura 12. Aplicação do Cobalto e Molibdênio na área do experimento no estádio Vegetativo
da cultura da soja. .............................................................................................................................. 40
Figura 13.Aplicação do Cobalto e Molibdênio na área do experimento no estádio Vegetativo
da cultura da soja. .............................................................................................................................. 41
Figura 14. Realização do manejo da cultura nos experimentos em campo. ........................... 41
10
1. INTRODUÇÃO
O ritmo de crescimento demográfico mundial é de 70 milhões de pessoas por ano
e de acordo com a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação
(FAO), até o ano de 2050 a população mundial será de aproximadamente 9 bilhões
de pessoas e até o final do século, consistirá de mais de 10 bilhões de pessoas. Com
tal crescimento populacional e a acelerada urbanização, a demanda por alimentos
deve aumentar em cerca de 60 % (MUTEIA, 2014), exigindo o máximo de eficiência
na utilização dos recursos naturais, elevando a responsabilidade dos produtores, que
devem alcançar maiores produtividades de maneira sustentável (MELLER, 2015).
Dentro deste contexto, é necessário que novas tecnologias sejam aplicadas na
produção agrícola, aumentar a produtividade das culturas por área. A cultura da soja
[Glycine max (L.) Merrill] possui papel fundamental na busca pela maximização de
produtividades, correspondendo a um dos grãos mais produzidos no mundo na
atualidade (MELLER, 2015).
O Brasil tem-se destacado no cenário agrícola mundial desde o final do século
XX, no qual ocupa as primeiras colocações no ranking de produção de grãos
(Embrapa, 2015). Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB, 2018),
o Brasil se apresenta atualmente como segundo maior produtor de soja mundial,
exibindo amplo potencial para superar os Estados Unidos, atual líder de produção.
A aplicação de corretivos agrícolas e a adubação representam fatores
determinante para a produtividade da cultura da soja, representado grande parte do
custo final da produção. A reposição destes se faz necessários devido à alta
exportação de nutrientes do solo, resultante de sua utilização de forma intensa, além
de que, manter a planta bem nutrida é sinônimo de cultura sadia e com maior
resistência a algumas pragas e doenças (DOURADO NETO, et al., 2012).
Devido essa leguminosa apresentar eficiência na fixação biológica de
Nitrogênio (FBN), os custos com a aplicação de Nitrogênio na produção são
relativamente baixos, pois, sua demanda nutricional é suprida. Porém, a eficácia do
processo de FBN pode ser influenciada por outros nutrientes, tais como, deficiência
de Co e Mo (DOURADO NETO et al., 2012). Tais micronutrientes fazem parte do
grupo de nutrientes que se encaixam nos critérios de essencialidade, interferindo
diretamente na qualidade de produção (KIRKBY & RÖMHELD, 2007).
11
O Mo tem papel fundamental na assimilação de Nitrogênio em compostos
orgânicos por meio de reduções de nitrato e nitrito (SFREDO & OLIVEIRA, 2010),
sendo crucial, pois aproximadamente 70% do Mo absorvido pela soja é exportado
pelos grãos (OLIVEIRA et al., 2007). O Co também apresenta papel importante para
a síntese da cobalamina (Vitamina B12), que participa dos passos metabólicos para a
formação da leghemoglobina, e regula sua concentração nos nódulos, impedindo a
inativação da enzima nitrogenase (DANTAS & NEGRÃO, 2015), porém poucas
pesquisas foram realizadas visando estudar o efeito isolado de cobalto na soja
(HANSEL & OLIVEIRA, 2016).
Apesar de estar claro na literatura que as formas de aplicação de Mo e Co na
soja podem apresentar influência no melhor aproveitamento destes nutrientes pela
cultura (RUSCIOL et al., 2013) ainda não existe um consenso a respeito da eficiência
da adubação foliar com micronutrientes (MELLER, 2015).
Na ausência de uma resposta concreta e fundamentado na carência de
subsídios na literatura, este trabalho objetivou avaliar a eficiência agronômica da
aplicação foliar de Cobalto (Co) e Molibdênio (Mo) nos estádios fenológicos vegetativo
(V5) e estádio reprodutivo (R2) na soja (Glycine max L. Merril) sobre o teor de clorofila
e produtividade da cultura da soja.
12
2. REVISÃO DE LITERATURA
2.1 História da Soja
A soja é uma representante da família Fabacea (leguminosae), gênero Glycine,
espécie Glycine max e forma cultivada Glycine max (L.) (CINTRA, 2017). A soja
(Glycine max L.) tem como centro de origem o continente asiático, mais precisamente,
a região correspondente à China antiga. Pertencente à classe das eudicoledoneas
apresenta sistema radicular pivotante, com a raiz principal bem desenvolvida e as
secundarias bastante volumosas. A soja do passado é muito diferente dos padrões
atuais, essas plantas eram rasteiras que se desenvolviam ao longo de cursos d’agua,
ou seja, uma espécie selvagem (EMBRAPA, 2013).
Embora haja registros históricos que apontam para cultivos experimentais já
em 1882, é em 1914, que a soja é oficialmente introduzida no Brasil, pelo estado do
Rio Grande do Sul, estado que apresenta condições similares às regiões produtoras
dos Estados Unidos, origem dos primeiros cultivares (APROSOJA, 2017). No ano de
1935 a soja passou a ser expandida em escala comercial e três anos depois (em 1938)
o Brasil exportou soja pela primeira vez, sendo a Alemanha o pais de destino
(SEDIYAMA et al., 2015). A cultura da soja passou a ser produzida no Sudeste, Norte
e Nordeste Brasileiro a partir do ano de 1950 (SEDIYAMA et al, 2009).
Em meados da década de 60, a principal cultura produzida na região Sul do
Brasil era o trigo, a soja representava uma alternativa para cultivo de verão. No final
desta década, o crescimento da produção de aves e suínos resultou em aumento na
demanda do farelo de soja para a ração, fazendo com que o mercado interno
passasse a ver a soja como bom produto comercial (EMBRAPA, 2013).
A inserção da cultura para outras regiões além da região Sul, onde ela foi mais
adaptada devido às condições climáticas, só foi possível devido a evolução de
cultivares de climas frios, tornando as adaptadas a climas mais quentes (APROSOJA,
2017).
Na atualidade, a soja é cultivada, praticamente, em todo território brasileiro, e
representa a principal cultura da agropecuária do pais, sendo líder nos faturamentos
e exportações no agronegócio (HIRAKURI et al., 2014). O estado de Mato Grosso
tem-se destacado na produção de grão de soja no cenário nacional, sendo atualmente
o maior produtor nacional, estima-se que na safra 2016/2017, o estado plantou
13
aproximadamente 9,4 milhões de hectares de cultivo, tendo uma produtividade média
colhida de 55 sacas por ha-1, conforme dados do Instituto Mato-grossense de
Economia Agropecuária (IMEA, 2017).
2.2. Micronutrientes
Os Micronutrientes correspondem aos nutrientes que as plantas demandam em
pequenas quantidades, tais como: Boro (B), Cobre (Cu), Ferro (Fe), Manganês (Mn),
Molibdênio (Mo) e Zinco (Zn). Os elementos Sódio (Na), Cobalto (Co), Silício (Si) e
Níquel (Ni), são considerados benéficos as plantas (CESARIN, 2018).
Apesar das plantas necessitarem de pouca quantidade desses elementos, as
culturas não completam seu ciclo de forma eficiente sem eles. A carência rigorosa de
qualquer um destes pode afetar a produtividade de toda a lavoura, assim como afirma
a a lei do Fator Mínimo de Liebig, “substância mineral em menor concentração relativa
determina o limite para o crescimento e o rendimento da cultura” (MARIN, 2012, p.19).
Os micronutrientes são caracterizados por ser de natureza essencialmente
inorgânica, e sua disponibilidade está relacionada a outros fatores, tais como, reações
com componentes orgânicos e inorgânicos presentes no solo. Assim, o solo possui
capacidade de reter e liberar os micronutrientes para as plantas segundo suas
propriedades físicas, químicas e biológicas, tais como: a textura, o pH, a umidade, a
quantidade de matéria orgânica e de óxidos (THOMAS & COSTA, 2011).
Os micronutrientes exibem desempenho importante na cultura da soja,
especialmente o molibdênio e cobalto, por estarem relacionadas a associação
simbiótica com bactérias do gênero Bradyrhizobium, estas essenciais na fixação
biológica do nitrogênio (BÁRBARO, et al. 2015).
Neste contexto, é necessário que novos estudos sejam realizados para
servirem de suporte aos técnicos e produtores na sua tomada de decisão sobre o uso
de micronutrientes.
2.3 Cobalto
O Cobalto (Co) é um elemento importante para a fixação biológica da soja,
micronutriente que é absorvido pelas raízes na forma Co2+, quelatos e complexos com
compostos orgânicos, sendo móvel no floema. Contudo, quando absorvido por via
foliar é parcialmente móvel (SFREDO & OLIVEIRA, 2010). O Co é necessário para a
14
fixação de N2 por constituir a cobalamina, que é requerida para a síntese de
leghemoglobina, pigmento vermelho que transporta o oxigênio para geração de
energia para as bactérias fixadoras de N (SANTANA, et al., 2011).
Portanto, deficiência de Co pode ocasionar deficiência de Nitrogênio na soja,
devido à baixa fixação do N2, resultando em baixo teor de proteína nos grãos, seguida
de clorose total e de necrose nas folhas mais velhas (SFREDO & OLIVEIRA 2010).
Sabe-se que a necessidade de Cobalto pela planta da soja é menor que a de
molibdênio, e que o excesso de Co pode induzir deficiência de cobre (Cu), ferro (Fe)
e Manganês (Mn) em soja, por influenciar o transporte de ferro para a parte aérea,
(HANSEL & OLIVEIRA, 2016). O que leva ao aparecimento de sintomas de deficiência
dos mesmos na planta.
Estudos mostram que os resultados são positivos para fixação biológica do N2
e na produtividade da soja quando a aplicação do Co é realizada no momento que a
planta está bem nutrida de molibdênio (DIESEL, et al., 2010). Dourado Neto et al.
(2012), utilizando diferentes formulações de Co e Mo, aplicada via foliar, no estádio
V5 de desenvolvimento da soja, observaram aumento no número de vagens por
planta, número de grãos e produtividade com cerca de 10% de superioridade a plantas
sem tratamento.
É importante ressaltar que outros aspectos devem ser considerados para que
esse micronutriente atue positivamente, que são: teor de Co no solo disponível, pH
elevado no solo e disponibilidade de outros nutrientes (HANSEL & OLIVEIRA, 2016).
Neste contexto os resultados de Diesel et al. (2010) mostraram que a aplicação de Co
e Mo não influenciou no rendimento dos grãos de soja.
Outro fator importante é que, assim como o Molibdênio, o Cobalto pode
ocasionar a redução na nodulação, dependendo da metodologia de aplicação. Tal
fato, reforça a importância de estudos relacionados a difentes formas e épocas de
aplicação desses nutrientes, objetivando minimizar as possíveis perdas e elevar o
potencial de produção da cultura (MATA, et al. 2011).
2.4 Molibdênio
O molibdênio é um micronutriente que desempenha papel fundamental na
nutrição das plantas, está envolvido em diversos processos bioquímicos e tem
importância fundamental na incorporação de N2 (SFREDO & OLIVEIRA, 2010). Ele
15
também é essencial para a FBN, pois é componente de duas metaloenzimas: a
nitrogenase, que participa na fixação simbiótica do Nitrogênio e a redutase do nitrato,
que atua na redução do nitrato à amônia na planta (SOMENZI, 2016).
A deficiência de Molibdênio tem efeito negativo na formação de ácido
ascórbico, no conteúdo de clorofila e na atividade respiratória, a deficiência em Mo
provoca uma concentração anormal de NO3- nas folhas, afetando o metabolismo do
N2, assim pode influenciar a viabilidade do grão de pólen e consequentemente
afetando a produção da planta (TORQUATO, 2009).
Inicialmente os sintomas de deficiência são a deformação das folhas, mesmo
apresentando a cor verde, em seguida elas mostram tamanho reduzido apresentando
clorose total ou parcial e mosqueados de cor marrom, surgindo zonas necróticas na
ponta das folhas e por último ocorre a morte da folha provocando morte prematura
(TORQUATO, 2009).
Embora a necessidade de Mo seja em pequenas quantidades, alguns solos
apresentam níveis inadequados e pequenas adições de molibdênio podem melhorar
bastante o crescimento das culturas a um preço desprezível (TAÍZ & ZEIGER, 2004).
A absorção de Mo pelas plantas de soja, ocorrem predominantemente na forma
de MoO42-, quando o pH é igual ou maior que 5,0 (SFREDO & OLIVEIRA, 2010).
Quanto maior o pH no solo, maior será a disponibilidade de molibdênio,
diferentemente da maior parte dos micronutrientes, que têm sua disponibilidade
reduzida nessas condições, explicando assim a não deficiência desse nutriente em
solos com valores mais elevados de pH (NEGRI, 2015).
Levando em conta que Mo é facilmente lixiviado e existe uma extração do
mesmo pelas culturas, os valores do molibdênio presentes no solo podem não ser
suficientes para atender à demanda da cultura, havendo a necessidade de sua
suplementação via adubação (HANSEL & OLIVEIRA, 2016). Devido à mobilidade que
o Mo exerce na planta, ele pode ser adicionado em soluções via adubação foliar, pois
desta forma, sua absorção ocorre rapidamente, sem os riscos de ser lixiviado quando
adicionado ao solo (DOURADO NETO, et al., 2012).
2.5. Teores de Clorofila
Clorofila é um grupo de pigmentos fotossintéticos presente nos cloroplastos
(organelas presentes nas células das plantas e algas, rico em clorofila), responsável
pela cor verde das plantas. No interior das células vegetais, a clorofila encontra-se
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dentro de cloroplastos cercados por densos corpos de protoplasma (SALISBURY &
ROSS, 2012).
A clorofila é o principal pigmento responsável pela captação da energia
luminosa utilizada no processo de fotossíntese, e um dos principais fatores
relacionados à eficiência fotossintética da planta, influenciando diretamente no
crescimento e adaptabilidade da planta (SOUZA, et al., 2017).
O teor de clorofila está relacionado com os níveis de Nitrogênio na planta, , uma
vez que 70% do N contido nas folhas está nos cloroplastos, a determinação da
concentração de clorofila é uma ferramenta útil nos estudos de produtividade, na
interpretação de resultados de análises físicas e químicas, e na indicação do estado
fisiológico da planta (FERREIRA, et al., 2015).
Na cultura da soja, a deficiência de Nitrogênio causa perda de coloração nas
folhas, podendo passar de verde-escuro até completamente amarelas. Este sintoma
aparece primeiro nas folhas inferiores, mas espalha-se rapidamente pelas folhas
superiores, por se tratar de um elemento extremamente móvel na planta (NOGUEIRA
et al., 2010).
Para se determinar a clorofila, tradicionalmente se realiza a extração do soluto,
porém, os medidores portáteis chamados de clorofilômetros vem demonstrando
resultados positivos para a determinação de avaliação de tais valores, além de ser um
método não destrutivo e de rápido diagnóstico do estado nutricional das plantas em
relação ao conteúdo de Nitrogênio (JESUS & MARENCO, 2008).
Os registradores portáteis de clorofila aferem a transmissão de luz vermelha a
650 nm, quando acontece absorção de luz pela molécula de clorofila, e de luz infra-
vermelha, a 940 nm, quando não ocorre tal absorção. Tendo como base essas
estimações, o instrumento é capaz de calcular o valor ou índice SPAD (Soil Plant
Analysis Development), o qual é altamente correlacionado ao teor de clorofila, que
posteriormente são mostrados num visor (DIAS, 2012).
17
3. MATERIAIS E MÉTODOS
3.1 Local
O experimento foi conduzido numa área comercial pertencente a fazenda
“Celeste”, localizada as margens da BR – 163, km 776, no município de Vera – Mato
Grosso. As coordenadas geográficas do local do experimento são: latitude 12° 22’ 71”
S e longitude de 55° 55’ 52” O, com altitude de 382 metros. O clima local conforme a
classificação de Köppen-Geiger é do tipo Aw, definido como Clima Tropical com
período chuvoso intenso e seca bem definida (SOUZA, et al. 2013).
3.2 Analises de Solo
Previamente a implantação do experimento foi realizado coleta de amostra de
solo. As analises foram realizados no laboratório Solos e plantas – Agroanálises®, em
Sorriso-MT. Os resultados da análise de solo, macro e micronutrientes, podem ser
observados nas tabelas 1 e 2, onde é possível notar que o pH está na faixa ideal para
a boa disponibilidade dos nutrientes, conforme Malavolta (2006) a faixa de pH bom
varia de 6.0 a 7.0.
Tabela 1. Resultado analíticos de macro e micronutrientes de solo.
pH P K Ca Mg Al H+Al M.O B Cu Fe Mn Zn
Água --mg.dm-³-- --------cmolc.dm-³-------- g.dm-³ ----------mg.dm-³----------
6,2 16,3 0,15 2,1 0.9 0 2,7 2,5 0,2 0,7 162 6,8 13,4
pH: Potencial hidrogênio em água; P: Fósforo; K: Potássio; Ca: Cálcio; Mg: Magnésio; Al: Alumínio; H: Hidrogênio; M.O: Matéria Orgânica; B: Boro; Cu: Cobre; Fe: Ferro; Mn: Manganês; Zn: Zinco.
Tabela 2. Resultados das relações das análises de Solos.
3.3 Delineamento
SB T T V M Ca/Mg Ca/K Mg/P Ca+Mg/K
------cmolc.dm-3------- ------------%------------
3,13 3,18 5,83 53,7 1,6 2,5 14,1 5,7 19,9
SB: Somas de Base; t: Capacidade de Troca Catiônica efetiva; T: Capacidade de Troca Catiônica pH 7; V: Saturação por Base Potencial; m: Porcentagem de saturação por alumínio da CTC efetivo; Ca/Mg: Relação Cálcio e Magnésio; Ca/K: Relação Cálcio Potássio; Mg/P: Relação Magnésio e Fosforo; Ca+Mg/K: Relação Cálcio, Magnésio e Potássio.
18
Foi realizado adubação foliar com os micronutrientes cobalto e molibdênio, as
doses aplicadas foram de 50 mL.ha-1 (tratamento 1), 100 mL.ha-1 (tratamento 2), 150
mL.ha-1 (tratamento 3) e 300 mL.ha-1 (tratamento 4), conforme apresentado na tabela
3. As aplicações foram realizadas nos estádios fenológicos V5 e R2 da cultura, com
quatros repetições mais a testemunha, totalizando quarenta (40) parcelas.
Tabela 3. Relação dos tratamentos realizados à campo nos estádios fenológicos V5 e R2.
No experimento foi utilizada a cultivar BRS 811CRR, de 117 dias, variando de
acordo com as características da região de cultivo. A semeadura mecanizada foi
realizada no dia 29 de setembro de 2016 sob sistema direta (SSD), com densidade
de 12 sementes por metro quadrado.
As parcelas experimentais foram compostas por cinco linhas com cinco metros
de comprimento e espaçamento de 0,45 m, totalizando área de 11,25 m² por parcela,
sendo considerado como área útil apenas as três linhas centrais e desprezando-se as
linhas de cada extremidade, resultando assim em 6,75 m² para colheita. Antes da
semeadura na safra 2016/17 foram distribuídos os fertilizantes granulados a lanço em
toda área.
3.4 Manejo
O manejo de pragas e doenças foi realizado conforme os tratos culturais da
fazenda, as sementes foram tratadas com Inseticida clorantraniliprole com dose de
100 mL. Também foi utilizado o fungicida thiram com dose de 250 mL e com Inseticida
imidacloprido dose de 200 g, sendo todas as proporções para a quantidade de 100 kg
de sementes.
Tratamentos Estádios de Aplicação Co e Mo10 ESSENTIA mL.ha-1
V5 R2
Testemunha 0 0
01 50 50
02 100 100
03 150 150
04 300 300
V5: Estádios vegetativo com o aparecimento do quito nó com a quarta folha trifoliada; R2: Estádios reprodutivo com florescimento pleno; Co e Mo10 ESSENTIA: Fertilizante liquido fonte de Cobalto e
Molibdênio.
19
Posteriormente foram inoculadas com Materfix® (inoculante turfoso para a
cultura da soja - Estirpe: SEMIA 5019 (Bradyrhizobium elkanii) e SEMIA 5079
(Bradyrhizobium japonicum) – 5 x 109 de células/g) na dose de 100 mL ha para
semeadura. A adubação de base consistiu na aplicação superficial de semeadura de
300 kg.ha-¹ de monoamônio de fosfato (MAP) e 200 kg.ha-¹ de cloreto de potássio
(KCl) com 60% de K2O. A aplicação dos fertilizantes foi realizada com um
pulverizador pressurizado a base de CO2 de 5 bicos com 0,5 m de espaçamento entre
si, e o volume de calda utilizado foi de 150 L ha-1.
As leituras executadas pelo medidor portátil de clorofila foram realizadas em
campo, e estas são equivalentes ao teor referente de clorofila presente na folha da
planta. O teor de clorofila na folha é utilizado para predizer o nível nutricional de
Nitrogênio (N) em plantas, devido ao fato de a quantidade desse pigmento
correlacionar-se positivamente com teor de N na planta (ZUFFO et al, 2012).
Previamente na colheita, foram coletadas 3 plantas na área útil por parcela
após atingirem a maturidade fisiológica para a análise em laboratório. Assim sendo
avaliados os seguintes parâmetros: níveis de clorofila nas folhas (clorofilômetro),
massa de cem grãos, massa seca, altura das plantas, número de vagens por planta,
grãos por vagem e produtividade. As demais plantas da área útil foram colhidas e
trilhadas em meados do mês de janeiro, para a obtenção da produtividade total da
parcela.
3.5. Analise estatística
Os dados coletados foram submetidos à análise de variância pelo teste F, pelo
software SISVAR e as diferenças entre médias comparadas pelo teste Tukey a 0,05
de significância.
3.6 Informações sobre o produto utilizado
Foi utilizado o fertilizante foliar líquido CoMo10 Essentia, indicado para
fornecimento de Cobalto (Co), Molibdênio (Mo). Contendo 13,0 g/l de cobalto (1%) e
130,0 g/l de molibdênio (10%). Sendo sua densidade de 1300,0 g/l.
20
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Os resultados da aplicação de Co e Mo foliar nos estádios vegetativos (V5) e
reprodutivos (R2) na cultura da soja, observados nas análises de valores
CLOROFILOG ® clorofila no tecido vegetal e nos números de vagem por planta, foram
submetidas as análises de testes estatísticos observando a interações entre as
variáveis. As variáveis vagem por planta e número de grão por vagem tiveram
resultados significativos e na variável clorofila e massa de cem grão e produtividade
não apresentaram resultados significativos (TABELA 4).
Tabela 4. Análise de variância das características massa seca, massa de cem grãos, número de vagens por planta, número de grãos por vagens e produtividade.
Fator de variância (FV), grau de liberdade (GL), massa seca (MS), massa de cem grãos (MCG), número de vagens (N.º V), número de Grãos por vagem (N.º G.V.), produtividade (Prod.), Doses (D), épocas de análise (E), não significativo (NS) e significativo (S)
4.1 Índices de Clorofila
Os resultados dos índices de clorofila no estádio vegetativo (V5) e reprodutivo
(R2), podem ser analisados nas figuras 1 e 2, onde possível observar que que a
aplicação de CoMo (Cobalto e Molibdênio) via foliar não apresentou diferença
significativa para a leitura da clorofila. Em ambas as fases da cultura, a resposta da
testemunha semelhante estatisticamente aos das parcelas que tiveram aplicação de
doses de CoMo com aplicação entre 50 mL.ha-1 e 300 mL.ha-1.
No estádio V5 da cultura da soja (Figura 1) todos os tratamentos foram
superiores a testemunhas, sendo que a dosagem de 150 mL.ha-1 apresentou o maior
valor para o teor de clorofila. Já no estádio R2 (Figura 2), somente a dosagem de 50
mL.ha-1 foi superior a testemunha.
Nogueira (2010) verificou resultados não significativos, em que o suprimento
de Cobalto e Molibdênio não foi suficiente para atingir os níveis de clorofila
proporcionais pela adubação, porém foi verificado uma correlação positiva entre
planta e as leituras do clorofilômetro nos estádios reprodutivos R1 e R2.
FV GL CLO MCG N.º V. N.º G.V. Prod.
Blocos 4 208,8969NS 0,6250NS 557,8250S 0,0106NS 165147,629NS
Doses 4 6,8784NS 1,2050NS 85,3500NS 0,0245S 200049,632NS
Épocas 1 13,8180NS 0,2250NS 616,2250S 0,0302S 431793,854NS
D x E 4 77,3882NS 5,900NS 2846,4000S 0,1798S 147179,281NS
Erros 27 14,2537NS 1,0324NS 145,6028NS 0,0064NS 125950,497NS
21
Figura 1. Teor de clorofila no tecido vegetal em relação as doses de Co e Mo, aplicado no estádio V5.
Figura 2. Teor de clorofila no tecido vegetal em resposta as doses de Co e Mo, aplicado no estádio R2.
4.2 Número de vagem por plantas
O número de vagens é o componente que mais contribui para o aumento da
produtividade, porém se não ocorrer a suplementação de nutrientes de forma
adequada, a cultura fica limitada no momento de enchimento dos grãos causando a
diluição dos nutrientes entre os grãos formados resultando em baixa massa de grãos
e interferindo na produtividade (ZUCARELI et al., 2006).
44
46
48
50
52
54
56
58
60
0 50 100 150 200 250 300
Teo
r d
e C
loro
fila
Doses de CoMo, ml.ha-1
Média= 52,07
44
46
48
50
52
54
56
58
0 50 100 150 200 250 300
Teo
r d
e C
loro
fila
Doses de CoMo, ml.ha-1
Média= 50,89
22
De acordo com a análise de variância (TABELA 4), analisando as duas épocas
de aplicação do CoMo conjuntamente, não foi observado diferença estatística
significativa entre os tratamentos avaliados no presente estudo, porém, existe
diferença entre as épocas de aplicação.
Na figura 3 está apresentado a relação entre os números de vagens e as
diferentes doses de CoMo para aplicação no estádio V5. É possível observar que
testemunha apresentou resultados superiores que os demais tratamentos, com valor
médio de 78,25 vagens/planta.
Figura 3. Número de vagens por planta em função do tratamento empregado no estádio V5.
Em estudo realizado por Gris (2005), a aplicação de altas concentrações de
molibdênio via foliar, obteve produção menor que a testemunha, o que provavelmente
pode ter causado efeito tóxico às plantas devido as altas concentrações de molibdênio
para a fase da cultura.
Analisando a figura 4, observa-se que não houve diferença significativa no
número de vagens no estádio R2. O parâmetro apresentou média de 73,0
vagens/planta, em que todas as parcelas com tratamento obtiveram quantidades
superiores de vagens em relação a testemunha. Se destacando o tratamento com
doses de 150 mL.ha-1 como melhor resultado com média de 82,25 vagens/planta.
40
45
50
55
60
65
70
75
80
85
0 50 100 150 200 250 300
Nú
mero
de v
ag
en
s p
or
pla
nta
Doses de CoMo, ml.ha-1
23
Figura 4. Número de vagens por planta em função do tratamento empregado no estádio R2.
Estes resultados corroboram com os resultados encontrados por Marcondes &
Caires (2005) e Diesel et al. (2010), que também verificaram que não houve resultados
significativos em relação a produtividade da soja com aplicação de Co e Mo no estádio
reprodutivo. Esses resultados podem ser motivados pela capacidade de suprimento
pelos solos, e pela presença de contaminantes contendo micronutrientes em
corretivos e fertilizantes.
4.3 Número de grãos por vagem
As avaliações de número de grãos por vagem entre a aplicação de CoMo nas
fases vegetativas e reprodutivas da soja, verificacou-se que existe diferença
estatística significativa, tanto entre as dosagens quanto entre a época de aplicação
dos micronutrientes (TABELA 4).
Com relação ao número de grãos por vagem com aplicação de CoMo no estádio
reprodutivo da soja (V5), foi observado diferenças estatísticas significativas entre as
dosagens aplicadas (FIGURA 5). A testemunha apresentou os melhores resultados,
com média de 2,24 grãos/vagem, e o tratamento com doses de 150 mL.ha-1
apresentou a menor eficiência em relação as diferentes doses com 1,89 grãos/vagem.
50
55
60
65
70
75
80
85
90
0 50 100 150 200 250 300
Nú
me
ro d
e v
ag
en
s p
or
pla
nta
Doses de CoMo, ml.ha-1
Média= 73
24
Figura 5.Número de grãos por vagem em função do tratamento empregado no estádio V5.
Semelhantemente ao parâmetro anterior de número de vagens por planta,
observou-se que os tratamentos, com cobalto e molibdênio, tiveram desenvolvimento
inferior, em relação as testemunhas, para a aplicação no estádio V5 de
desenvolvimento da soja, devido as altas concentrações de micronutrientes (GRIS,
2005).
Na figura 6, observa-se que não ocorreu variações significativas no número de
grãos por vagem para a aplicação dos micronutrientes no estádio reprodutivo da soja,
isso indica que a nutrição em tal período (pleno florescimento) é pouco influenciada
pelas condições em que são submetidas. Nota-se que igual ao parâmetro anterior de
número de vagens por planta no estádio R2, o tratamento com doses de 150 mL.ha-1
apresentou a maior média em relação a testemunha, tendo média de 2,18
grãos/vagem.
Testando doses de cobalto e molibdênio foliar, doses que variaram de 0 a 180
g.ha-1, aplicadas em estádios semelhantes (R1 e V4), também não obteve resultados
significativos no mesmo parâmetro, assim como massa de 100 grãos e altura de
plantas (ROSSI et al., 2012)
1,7
1,8
1,9
2
2,1
2,2
2,3
2,4
0 50 100 150 200 250 300
Nú
mero
de g
rão
s p
or
vag
em
Doses de CoMo, ml.ha-1
25
Figura 6. Número de grãos por vagem em função do tratamento empregado no estádio R2.
4.4 Massa de cem grãos
Comparando as duas épocas de aplicação do CoMo (TABELA 4) é possível
observar que não se encontrou diferença estatística significativa entre a aplicação no
estádio vegetativo e reprodutivo e entre as dosagens aplicadas. Assim como também
está demonstrado nas figuras 7 e 8, verifica-se que não se obteve resultados
significativos para os resultados obtidos para a massa de 100 grãos, ou seja, a
aplicação de molibdênio e cobalto via foliar não influenciou a variável analisada.
Figura 7. Massa de cem grãos (g) em função do tratamento empregado no estádio V5.
1,9
2
2,1
2,2
2,3
0 50 100 150 200 250 300
Nú
mero
de g
rão
s p
or
vag
em
Doses de CoMo, ml.ha-1
Média= 2,14
15
16
17
18
19
0 50 100 150 200 250 300
Massa d
e c
em
grã
os (
g)
Doses de CoMo, ml.ha-1
Média= 17,6
26
Figura 8. Massa de cem grãos (g) em função do tratamento empregado no estádio R2.
Na aplicação do estádio vegetativo da cultura da soja, todos os tratamentos
apresentaram resultados inferiores a testemunha (FIGURA 7), que atingiu média de
17,6 g. Os tratamentos com doses de 50 mL.ha-1 e 150 mL.ha-1 foram os que
apresentaram os piores resultados, ambos com 17,00 g. O tratamento com dose de
100 mL.ha-1 foi o que mais se aproximou da testemunha com 18,00 g.
Ao avaliar o fornecimento de Nitrogênio via fertilizante mineral, pela fixação
biológica do Nitrogênio através da inoculação e a aplicação de Cobalto e molibdênio,
verifica-se que nenhuma das variáveis analisadas neste trabalho apresentaram
diferença significativa. Justifica-se que o volume de precipitação foi mais elevado na
época de semeadura, dando a impressão de stress hídrico para a cultura, dando altas
precipitações em um curto espaço de tempo seguido por longos períodos de estiagem,
afetando a produção (BELLAVER & SILVA, 2009),
Na figura 8, relativa a aplicação na época de reprodução da cultura, foi
observado que todos os tratamentos apresentaram resultados superiores a
testemunha. De acordo com Fonseca (2006), em seu estudo observou que a
aplicação de molibdênio na fase reprodutiva, apesar das plantas estarem
adequadamente nutridas, se obteve grãos com maior teor de molibdênio, porém não
apresentou aumento na produtividade. Neste parâmetro o tratamento com dose de
300 mL.ha-1 teve o melhor resultado em comparação a testemunha com 18,5 g.
16
17
18
19
0 50 100 150 200 250 300
Massa d
e c
em
grã
os (
g)
Doses de CoMo, ml.ha-1
Média=17,75
27
4.5 Produtividade
Analisando a produtividade, observa-se que os resultados obtidos não foram
significativos (TABELA 4). Os valores de produtividade da testemunha e dos
tratamentos são semelhantes, portanto não se comprova a eficiência dos
micronutrientes aplicados via foliar na soja
Corroborando com os resultados encontrados, Milani (2008), não alcançou
efeitos significativos na produtividade da soja com a aplicação foliar de cobalto e
molibdênio, sendo que as concentrações de Co e Mo aplicadas, não geraram toxidez
a planta, não geraram acúmulo de tais nutriente na planta e também não houve
aumento da produção.
No estudo realizado por Diesel et. Al. (2010), foram aplicadas as doses de 0,
50, 100, 150 e 200 mL.ha-1 de Co e Mo. Como resultado, os valores de produtividade
da testemunha e dos tratamentos foram semelhantes, sendo assim não houve a
comprovação da eficiência do micronutriente pela aplicação foliar.
Na figura 9, representando aplicação no estádio V5 de desenvolvimento da
soja, o tratamento com dose de 150 mL.ha-1 apresenta o maior valorde média com
3127,74 kg.ha-1, porém novamente não obteve um resultado estatístico significativo.
Figura 9. Produtividade kg/ha em função do tratamento empregado no estádio V5.
Analisando os resultados de produtividade na figura 10, é possível observar que
apenas o tratamento 4 obteve média superior a testemunha com 2.924,20 kg.ha-1.
2500
2600
2700
2800
2900
3000
3100
3200
0 50 100 150 200 250 300
Pro
du
tiv
idad
e k
g.h
a-1
Doses de CoMo, ml.ha-1
Média= 2965,66
28
Mesmo não havendo diferença significativa entres tratamentos, houve diferença de
incremento no tratamento com dose de 150 mL.ha-1.
Figura 10. Produtividade kg.ha-1 em função do tratamento empregado no estádio R2.
Fonseca (2006), em seu estudo observou que a aplicação de cobalto e
molibdênio na fase reprodutiva, apesar das plantas estarem adequadamente nutridas,
obteve sementes com maior teor de molibdênio, porém não apresentou aumento na
produtividade.
Corroborando com os resultados encontrados no presente trabalho, Lopes et
al., (2013) não observaram influencia no desenvolvimento e produtividade da cultura
da soja com a aplicação de Co e Mo, tais autores afirmara que esses resultados estão
associados ao pH do solo, não havendo resposta quando o solo apresenta pH em
água acima de 6,0.
2300
2400
2500
2600
2700
2800
2900
3000
0 50 100 150 200 250 300
Pro
du
tiv
idad
e k
g.h
a-1
Doses de CoMo, ml.ha-1
Média= 2697,66
29
5. CONCLUSÃO
A aplicação de micronutriente molibdênio e cobalto na cultura da soja, aplicado
via foliar nos estádios V5 e R2 não altera a coloração e consequentemente o teor de
clorofila das folhas.
A aplicação de micronutriente molibdênio e cobalto na cultura da soja, aplicado
via foliar nos estádios V5 e R2 não altera a produtividade da soja em áreas que o
produtor realiza esta prática anualmente.
30
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Durante a decisão sobre a aplicação dos micronutrientes na cultura da soja, é
importante que todos os fatores envolvidos sejam considerados, como índice de área
folear, desenvolvimento das plantas, enchimento de grãos e viabilidade econômica,
não considerando apenas a produtividade final da cultura (FAVARIN & MARINI, 2000).
O molibdênio e o cobalto são micronutrientes essenciais para a cultura da soja.
Contudo a determinação quanto sua aplicação como fertilizante precisa ser realizada
com cautela, pois, a quantidade e metodologia de aplicação via foliar ou semente, as
caracteristicas do solo e fontes dos nutrientes associados a uma análise folhar e da
química do solo para estimar a rela necessidade, com reservas nas observações dos
sintomas de deficiência de tais nutrientes são fatores que devem ser levados em
consideração (TIRITAN et al., 2007).
Desta forma, ainda são necessários novas pesquisas com os micronutrientes
Co e Mo para que recomendações seguidas possam ser feitas para a cultura da soja,
uma vez que poucas pesquisas, com tais micronutrientes, são encontradas na
literatura (LOPES, et al., 2013).
31
6. BIBLIOGRAFIA
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37
ANEXOS
38
ANEXO 1: Análise estatística anavar
Anexo 01: teor de Clorofila. --------------------------------------------------------------------------------
TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA
--------------------------------------------------------------------------------
FV GL SQ QM Fc Pr>Fc
--------------------------------------------------------------------------------
doses 4 27.513785 6.878446 0.483 0.7483
épocas analses 1 13.818002 13.818002 0.969 0.3336
doses *épocas analse 4 77.388235 19.347059 1.357 0.2748
blocos 3 626.690968 208.896989 14.656 0.0000
erro 27 384.850008 14.253704
--------------------------------------------------------------------------------
Total corrigido 39 1130.260998
--------------------------------------------------------------------------------
CV (%) = 7.33
Média geral: 51.4847500 Número de observações: 40
--------------------------------------------------------------------------------
Anexo 02: Número de vagens por planta --------------------------------------------------------------------------------
TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA
--------------------------------------------------------------------------------
FV GL SQ QM Fc Pr>Fc
--------------------------------------------------------------------------------
doses 4 341.400000 85.350000 0.586 0.6754
épocas analses 1 616.225000 616.225000 4.232 0.0494
doses *épocas analse 4 2846.400000 711.600000 4.887 0.0043
blocos 3 1673.475000 557.825000 3.831 0.0209
erro 27 3931.275000 145.602778
--------------------------------------------------------------------------------
Total corrigido 39 9408.775000
--------------------------------------------------------------------------------
CV (%) = 17.47
Média geral: 69.0750000 Número de observações: 40
--------------------------------------------------------------------------------
Anexo 03: Número de grãos por vagem --------------------------------------------------------------------------------
TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA
--------------------------------------------------------------------------------
FV GL SQ QM Fc Pr>Fc
--------------------------------------------------------------------------------
doses 4 0.098075 0.024519 3.831 0.0136
épocas analses 1 0.030250 0.030250 4.727 0.0386
doses *épocas analse 4 0.179825 0.044956 7.025 0.0005
blocos 3 0.031810 0.010603 1.657 0.1998
erro 27 0.172790 0.006400
--------------------------------------------------------------------------------
Total corrigido 39 0.512750
--------------------------------------------------------------------------------
CV (%) = 3.79
Média geral: 2.1125000 Número de observações: 40
--------------------------------------------------------------------------------
39
Anexo 04: Massa de cem grãos --------------------------------------------------------------------------------
TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA
--------------------------------------------------------------------------------
FV GL SQ QM Fc Pr>Fc
--------------------------------------------------------------------------------
doses 4 4.900000 1.225000 1.187 0.3391
épocas analses 1 0.225000 0.225000 0.218 0.6444
doses *épocas analse 4 5.900000 1.475000 1.429 0.2515
blocos 3 1.875000 0.625000 0.605 0.6172
erro 27 27.875000 1.032407
--------------------------------------------------------------------------------
Total corrigido 39 40.775000
--------------------------------------------------------------------------------
CV (%) = 5.75
Média geral: 17.6750000 Número de observações: 40
--------------------------------------------------------------------------------
Anexo 05: Produtividade --------------------------------------------------------------------------------
TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA
--------------------------------------------------------------------------------
FV GL SQ QM Fc Pr>Fc
--------------------------------------------------------------------------------
doses 4 800198.528715 200049.632179 1.588 0.2060
épocas analses 1 431793.854123 431793.854123 3.428 0.0751
doses *épocas analse 4 147179.281115 36794.820279 0.292 0.8805
blocos 3 495442.886347 165147.628782 1.311 0.2911
erro 27 3400663.412678 125950.496766
--------------------------------------------------------------------------------
Total corrigido 39 5275277.962978
--------------------------------------------------------------------------------
CV (%) = 12.67
Média geral: 2801.5657500 Número de observações: 40
--------------------------------------------------------------------------------
40
ANEXO 2: Fotos
Figura 11. Aplicação do Cobalto e Molibdênio na área do experimento no estádio Vegetativo da cultura da soja.
Figura 12. Aplicação do Cobalto e Molibdênio na área do experimento no estádio Vegetativo da cultura
da soja.
41
Figura 13.Aplicação do Cobalto e Molibdênio na área do experimento no estádio Vegetativo da cultura
da soja.
Figura 14. Realização do manejo da cultura nos experimentos em campo.