ADRIANO JOSÉ ALVES MOREIRA - ipv.pt · depois da Revolução Francesa: o exército nacional, a...

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Em três anos de vida, Em três anos de vida, Em três anos de vida, Em três anos de vida, Em três anos de vida, Polistécnica Polistécnica Polistécnica Polistécnica Polistécnica tem- tem- tem- tem- tem- se assumido como import se assumido como import se assumido como import se assumido como import se assumido como importante veículo de ante veículo de ante veículo de ante veículo de ante veículo de informação institucional, t informação institucional, t informação institucional, t informação institucional, t informação institucional, tanto dentro, anto dentro, anto dentro, anto dentro, anto dentro, quanto p quanto p quanto p quanto p quanto par ar ar ar ara for a for a for a for a fora do Instituto Superior a do Instituto Superior a do Instituto Superior a do Instituto Superior a do Instituto Superior Politécnico de V Politécnico de V Politécnico de V Politécnico de V Politécnico de Viseu – ISPV iseu – ISPV iseu – ISPV iseu – ISPV iseu – ISPV. Como . Como . Como . Como . Como Boletim Boletim Boletim Boletim Boletim Informa Informa Informa Informa Informa tivo do Instituto Superior Politécnico tivo do Instituto Superior Politécnico tivo do Instituto Superior Politécnico tivo do Instituto Superior Politécnico tivo do Instituto Superior Politécnico de V de V de V de V de V iseu iseu iseu iseu iseu é essa a sua na é essa a sua na é essa a sua na é essa a sua na é essa a sua natureza: informar. tureza: informar. tureza: informar. tureza: informar. tureza: informar. Difundir e permut Difundir e permut Difundir e permut Difundir e permut Difundir e permutar, dentro das diversas ar, dentro das diversas ar, dentro das diversas ar, dentro das diversas ar, dentro das diversas Unidades Orgânicas que o compõem, o que Unidades Orgânicas que o compõem, o que Unidades Orgânicas que o compõem, o que Unidades Orgânicas que o compõem, o que Unidades Orgânicas que o compõem, o que se é, o que se f se é, o que se f se é, o que se f se é, o que se f se é, o que se faz, o que project az, o que project az, o que project az, o que project az, o que projecta ser e a ser e a ser e a ser e a ser e fazer. Dar a conhecer o seu p azer. Dar a conhecer o seu p azer. Dar a conhecer o seu p azer. Dar a conhecer o seu p azer. Dar a conhecer o seu património e a trimónio e a trimónio e a trimónio e a trimónio e a sua vida, pensar e reflectir est sua vida, pensar e reflectir est sua vida, pensar e reflectir est sua vida, pensar e reflectir est sua vida, pensar e reflectir esta polis que a polis que a polis que a polis que a polis que é, hoje, o ISPV é, hoje, o ISPV é, hoje, o ISPV é, hoje, o ISPV é, hoje, o ISPV. Externamente, divulgar a . Externamente, divulgar a . Externamente, divulgar a . Externamente, divulgar a . Externamente, divulgar a Instituição, servindo, na comunidade, Instituição, servindo, na comunidade, Instituição, servindo, na comunidade, Instituição, servindo, na comunidade, Instituição, servindo, na comunidade, regional ou nacional, entre estudantes, regional ou nacional, entre estudantes, regional ou nacional, entre estudantes, regional ou nacional, entre estudantes, regional ou nacional, entre estudantes, docentes e funcionários, de instrumento de docentes e funcionários, de instrumento de docentes e funcionários, de instrumento de docentes e funcionários, de instrumento de docentes e funcionários, de instrumento de marketing institucional. T marketing institucional. T marketing institucional. T marketing institucional. T marketing institucional. Também preserv ambém preserv ambém preserv ambém preserv ambém preservar a ar a ar a ar a ar a sua memória e dar testemunho vivo e vivido sua memória e dar testemunho vivo e vivido sua memória e dar testemunho vivo e vivido sua memória e dar testemunho vivo e vivido sua memória e dar testemunho vivo e vivido da sua história, em construção. É assim que da sua história, em construção. É assim que da sua história, em construção. É assim que da sua história, em construção. É assim que da sua história, em construção. É assim que a publicit a publicit a publicit a publicit a publicitação da Actividade Editorial do ação da Actividade Editorial do ação da Actividade Editorial do ação da Actividade Editorial do ação da Actividade Editorial do ISPV ISPV ISPV ISPV ISPV, manifest , manifest , manifest , manifest , manifestação essencial da sua ação essencial da sua ação essencial da sua ação essencial da sua ação essencial da sua vit vit vit vit vitalidade, é uma das linhas mestr alidade, é uma das linhas mestr alidade, é uma das linhas mestr alidade, é uma das linhas mestr alidade, é uma das linhas mestras de as de as de as de as de Polistécnica. Em “Entre – vist Polistécnica. Em “Entre – vist Polistécnica. Em “Entre – vist Polistécnica. Em “Entre – vist Polistécnica. Em “Entre – vistas”, dest as”, dest as”, dest as”, dest as”, desta vez, a vez, a vez, a vez, a vez, o Pólo de L o Pólo de L o Pólo de L o Pólo de L o Pólo de Lamego da Escol amego da Escol amego da Escol amego da Escol amego da Escola Superior de a Superior de a Superior de a Superior de a Superior de Educação, pelo discurso da sua Educação, pelo discurso da sua Educação, pelo discurso da sua Educação, pelo discurso da sua Educação, pelo discurso da sua Coordenadora, Dr.ª Margarida Menezes. Coordenadora, Dr.ª Margarida Menezes. Coordenadora, Dr.ª Margarida Menezes. Coordenadora, Dr.ª Margarida Menezes. Coordenadora, Dr.ª Margarida Menezes. Pelos outros títulos das diferentes secções Pelos outros títulos das diferentes secções Pelos outros títulos das diferentes secções Pelos outros títulos das diferentes secções Pelos outros títulos das diferentes secções dest dest dest dest desta publicação se rep a publicação se rep a publicação se rep a publicação se rep a publicação se repartem as notícias que artem as notícias que artem as notícias que artem as notícias que artem as notícias que dão cont dão cont dão cont dão cont dão conta da actualidade da vida estudantil, a da actualidade da vida estudantil, a da actualidade da vida estudantil, a da actualidade da vida estudantil, a da actualidade da vida estudantil, das Unidades Orgânicas, da cooperação das Unidades Orgânicas, da cooperação das Unidades Orgânicas, da cooperação das Unidades Orgânicas, da cooperação das Unidades Orgânicas, da cooperação internacional e da formação docente. internacional e da formação docente. internacional e da formação docente. internacional e da formação docente. internacional e da formação docente. Particul articul articul articul articular realce nos merece a ar realce nos merece a ar realce nos merece a ar realce nos merece a ar realce nos merece a comemoração, este ano, dos 25 anos do comemoração, este ano, dos 25 anos do comemoração, este ano, dos 25 anos do comemoração, este ano, dos 25 anos do comemoração, este ano, dos 25 anos do Instituto Politécnico de V Instituto Politécnico de V Instituto Politécnico de V Instituto Politécnico de V Instituto Politécnico de Viseu. iseu. iseu. iseu. iseu. Efectiv Efectiv Efectiv Efectiv Efectivamente, em 1979, o Decreto-Lei n.º amente, em 1979, o Decreto-Lei n.º amente, em 1979, o Decreto-Lei n.º amente, em 1979, o Decreto-Lei n.º amente, em 1979, o Decreto-Lei n.º 513- 513- 513- 513- 513-T/79, de 26 de Dezembro, define a rede T/79, de 26 de Dezembro, define a rede T/79, de 26 de Dezembro, define a rede T/79, de 26 de Dezembro, define a rede T/79, de 26 de Dezembro, define a rede de est de est de est de est de estabelecimentos do ensino superior abelecimentos do ensino superior abelecimentos do ensino superior abelecimentos do ensino superior abelecimentos do ensino superior politécnico. Entre outros, o cit politécnico. Entre outros, o cit politécnico. Entre outros, o cit politécnico. Entre outros, o cit politécnico. Entre outros, o citado Decreto, ado Decreto, ado Decreto, ado Decreto, ado Decreto, cria o Instituto Politécnico de V cria o Instituto Politécnico de V cria o Instituto Politécnico de V cria o Instituto Politécnico de V cria o Instituto Politécnico de Viseu, iseu, iseu, iseu, iseu, prevendo-se, desde logo, que “agrup prevendo-se, desde logo, que “agrup prevendo-se, desde logo, que “agrup prevendo-se, desde logo, que “agrup prevendo-se, desde logo, que “agrupa os a os a os a os a os seguintes est seguintes est seguintes est seguintes est seguintes estabelecimentos de ensino: abelecimentos de ensino: abelecimentos de ensino: abelecimentos de ensino: abelecimentos de ensino: Escol Escol Escol Escol Escola Superior de Educação e Escol a Superior de Educação e Escol a Superior de Educação e Escol a Superior de Educação e Escol a Superior de Educação e Escola Superior de Tecnologia.” Assim, durante este Superior de Tecnologia.” Assim, durante este Superior de Tecnologia.” Assim, durante este Superior de Tecnologia.” Assim, durante este Superior de Tecnologia.” Assim, durante este ano de 2004, v ano de 2004, v ano de 2004, v ano de 2004, v ano de 2004, vamos celebr amos celebr amos celebr amos celebr amos celebrar os 25 anos do ar os 25 anos do ar os 25 anos do ar os 25 anos do ar os 25 anos do Instituto Politécnico de V Instituto Politécnico de V Instituto Politécnico de V Instituto Politécnico de V Instituto Politécnico de Viseu, o que equiv iseu, o que equiv iseu, o que equiv iseu, o que equiv iseu, o que equivale ale ale ale ale a dizer, festejar 25 anos de Ensino Superior a dizer, festejar 25 anos de Ensino Superior a dizer, festejar 25 anos de Ensino Superior a dizer, festejar 25 anos de Ensino Superior a dizer, festejar 25 anos de Ensino Superior Público em V Público em V Público em V Público em V Público em Viseu! iseu! iseu! iseu! iseu! V V V ALE! V ALE! V ALE! V ALE! V ALE! V ALETE FR ALETE FR ALETE FR ALETE FR ALETE FR A A A TRES! TRES! TRES! TRES! TRES! A Coordenação de Polistécnica agradece o envio de informação sobre actividades realizadas, eventos a ocorrer, ou outra julgada relevante, bem como comentários e/ou sugestões que visem uma melhor informação institucional. Os conteúdos devem ser enviados para: [email protected]

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Em três anos de vida, Em três anos de vida, Em três anos de vida, Em três anos de vida, Em três anos de vida, Polistécnica Polistécnica Polistécnica Polistécnica Polistécnica tem-tem-tem-tem-tem-

se assumido como importse assumido como importse assumido como importse assumido como importse assumido como importante veículo deante veículo deante veículo deante veículo deante veículo deinformação institucional, tinformação institucional, tinformação institucional, tinformação institucional, tinformação institucional, tanto dentro,anto dentro,anto dentro,anto dentro,anto dentro,

quanto pquanto pquanto pquanto pquanto pararararara fora fora fora fora fora do Instituto Superiora do Instituto Superiora do Instituto Superiora do Instituto Superiora do Instituto SuperiorPolitécnico de VPolitécnico de VPolitécnico de VPolitécnico de VPolitécnico de Viseu – ISPViseu – ISPViseu – ISPViseu – ISPViseu – ISPV. Como . Como . Como . Como . Como BoletimBoletimBoletimBoletimBoletimInformaInformaInformaInformaInformativo do Instituto Superior Politécnicotivo do Instituto Superior Politécnicotivo do Instituto Superior Politécnicotivo do Instituto Superior Politécnicotivo do Instituto Superior Politécnicode Vde Vde Vde Vde Viseuiseuiseuiseuiseu é essa a sua na é essa a sua na é essa a sua na é essa a sua na é essa a sua natureza: informar.tureza: informar.tureza: informar.tureza: informar.tureza: informar.Difundir e permutDifundir e permutDifundir e permutDifundir e permutDifundir e permutar, dentro das diversasar, dentro das diversasar, dentro das diversasar, dentro das diversasar, dentro das diversas

Unidades Orgânicas que o compõem, o queUnidades Orgânicas que o compõem, o queUnidades Orgânicas que o compõem, o queUnidades Orgânicas que o compõem, o queUnidades Orgânicas que o compõem, o quese é, o que se fse é, o que se fse é, o que se fse é, o que se fse é, o que se faz, o que projectaz, o que projectaz, o que projectaz, o que projectaz, o que projecta ser ea ser ea ser ea ser ea ser e

fffffazer. Dar a conhecer o seu pazer. Dar a conhecer o seu pazer. Dar a conhecer o seu pazer. Dar a conhecer o seu pazer. Dar a conhecer o seu paaaaatrimónio e atrimónio e atrimónio e atrimónio e atrimónio e asua vida, pensar e reflectir estsua vida, pensar e reflectir estsua vida, pensar e reflectir estsua vida, pensar e reflectir estsua vida, pensar e reflectir esta polis quea polis quea polis quea polis quea polis que

é, hoje, o ISPVé, hoje, o ISPVé, hoje, o ISPVé, hoje, o ISPVé, hoje, o ISPV. Externamente, divulgar a. Externamente, divulgar a. Externamente, divulgar a. Externamente, divulgar a. Externamente, divulgar aInstituição, servindo, na comunidade,Instituição, servindo, na comunidade,Instituição, servindo, na comunidade,Instituição, servindo, na comunidade,Instituição, servindo, na comunidade,

regional ou nacional, entre estudantes,regional ou nacional, entre estudantes,regional ou nacional, entre estudantes,regional ou nacional, entre estudantes,regional ou nacional, entre estudantes,docentes e funcionários, de instrumento dedocentes e funcionários, de instrumento dedocentes e funcionários, de instrumento dedocentes e funcionários, de instrumento dedocentes e funcionários, de instrumento de

marketing institucional. Tmarketing institucional. Tmarketing institucional. Tmarketing institucional. Tmarketing institucional. Também preservambém preservambém preservambém preservambém preservar aar aar aar aar a

sua memória e dar testemunho vivo e vividosua memória e dar testemunho vivo e vividosua memória e dar testemunho vivo e vividosua memória e dar testemunho vivo e vividosua memória e dar testemunho vivo e vividoda sua história, em construção. É assim queda sua história, em construção. É assim queda sua história, em construção. É assim queda sua história, em construção. É assim queda sua história, em construção. É assim que

a publicita publicita publicita publicita publicitação da Actividade Editorial doação da Actividade Editorial doação da Actividade Editorial doação da Actividade Editorial doação da Actividade Editorial doISPVISPVISPVISPVISPV, manifest, manifest, manifest, manifest, manifestação essencial da suaação essencial da suaação essencial da suaação essencial da suaação essencial da sua

vitvitvitvitvitalidade, é uma das linhas mestralidade, é uma das linhas mestralidade, é uma das linhas mestralidade, é uma das linhas mestralidade, é uma das linhas mestras deas deas deas deas dePolistécnica. Em “Entre – vistPolistécnica. Em “Entre – vistPolistécnica. Em “Entre – vistPolistécnica. Em “Entre – vistPolistécnica. Em “Entre – vistas”, destas”, destas”, destas”, destas”, desta vez,a vez,a vez,a vez,a vez,

o Pólo de Lo Pólo de Lo Pólo de Lo Pólo de Lo Pólo de Lamego da Escolamego da Escolamego da Escolamego da Escolamego da Escola Superior dea Superior dea Superior dea Superior dea Superior deEducação, pelo discurso da suaEducação, pelo discurso da suaEducação, pelo discurso da suaEducação, pelo discurso da suaEducação, pelo discurso da sua

Coordenadora, Dr.ª Margarida Menezes.Coordenadora, Dr.ª Margarida Menezes.Coordenadora, Dr.ª Margarida Menezes.Coordenadora, Dr.ª Margarida Menezes.Coordenadora, Dr.ª Margarida Menezes.Pelos outros títulos das diferentes secçõesPelos outros títulos das diferentes secçõesPelos outros títulos das diferentes secçõesPelos outros títulos das diferentes secçõesPelos outros títulos das diferentes secções

destdestdestdestdesta publicação se repa publicação se repa publicação se repa publicação se repa publicação se repartem as notícias queartem as notícias queartem as notícias queartem as notícias queartem as notícias que

dão contdão contdão contdão contdão conta da actualidade da vida estudantil,a da actualidade da vida estudantil,a da actualidade da vida estudantil,a da actualidade da vida estudantil,a da actualidade da vida estudantil,das Unidades Orgânicas, da cooperaçãodas Unidades Orgânicas, da cooperaçãodas Unidades Orgânicas, da cooperaçãodas Unidades Orgânicas, da cooperaçãodas Unidades Orgânicas, da cooperação

internacional e da formação docente.internacional e da formação docente.internacional e da formação docente.internacional e da formação docente.internacional e da formação docente.PPPPParticularticularticularticularticular realce nos merece aar realce nos merece aar realce nos merece aar realce nos merece aar realce nos merece a

comemoração, este ano, dos 25 anos docomemoração, este ano, dos 25 anos docomemoração, este ano, dos 25 anos docomemoração, este ano, dos 25 anos docomemoração, este ano, dos 25 anos doInstituto Politécnico de VInstituto Politécnico de VInstituto Politécnico de VInstituto Politécnico de VInstituto Politécnico de Viseu.iseu.iseu.iseu.iseu.

EfectivEfectivEfectivEfectivEfectivamente, em 1979, o Decreto-Lei n.ºamente, em 1979, o Decreto-Lei n.ºamente, em 1979, o Decreto-Lei n.ºamente, em 1979, o Decreto-Lei n.ºamente, em 1979, o Decreto-Lei n.º513-513-513-513-513-T/79, de 26 de Dezembro, define a redeT/79, de 26 de Dezembro, define a redeT/79, de 26 de Dezembro, define a redeT/79, de 26 de Dezembro, define a redeT/79, de 26 de Dezembro, define a rede

de estde estde estde estde estabelecimentos do ensino superiorabelecimentos do ensino superiorabelecimentos do ensino superiorabelecimentos do ensino superiorabelecimentos do ensino superior

politécnico. Entre outros, o citpolitécnico. Entre outros, o citpolitécnico. Entre outros, o citpolitécnico. Entre outros, o citpolitécnico. Entre outros, o citado Decreto,ado Decreto,ado Decreto,ado Decreto,ado Decreto,cria o Instituto Politécnico de Vcria o Instituto Politécnico de Vcria o Instituto Politécnico de Vcria o Instituto Politécnico de Vcria o Instituto Politécnico de Viseu,iseu,iseu,iseu,iseu,

prevendo-se, desde logo, que “agrupprevendo-se, desde logo, que “agrupprevendo-se, desde logo, que “agrupprevendo-se, desde logo, que “agrupprevendo-se, desde logo, que “agrupa osa osa osa osa osseguintes estseguintes estseguintes estseguintes estseguintes estabelecimentos de ensino:abelecimentos de ensino:abelecimentos de ensino:abelecimentos de ensino:abelecimentos de ensino:

EscolEscolEscolEscolEscola Superior de Educação e Escola Superior de Educação e Escola Superior de Educação e Escola Superior de Educação e Escola Superior de Educação e EscolaaaaaSuperior de Tecnologia.” Assim, durante esteSuperior de Tecnologia.” Assim, durante esteSuperior de Tecnologia.” Assim, durante esteSuperior de Tecnologia.” Assim, durante esteSuperior de Tecnologia.” Assim, durante este

ano de 2004, vano de 2004, vano de 2004, vano de 2004, vano de 2004, vamos celebramos celebramos celebramos celebramos celebrar os 25 anos doar os 25 anos doar os 25 anos doar os 25 anos doar os 25 anos doInstituto Politécnico de VInstituto Politécnico de VInstituto Politécnico de VInstituto Politécnico de VInstituto Politécnico de Viseu, o que equiviseu, o que equiviseu, o que equiviseu, o que equiviseu, o que equivalealealealeale

a dizer, festejar 25 anos de Ensino Superiora dizer, festejar 25 anos de Ensino Superiora dizer, festejar 25 anos de Ensino Superiora dizer, festejar 25 anos de Ensino Superiora dizer, festejar 25 anos de Ensino SuperiorPúblico em VPúblico em VPúblico em VPúblico em VPúblico em Viseu!iseu!iseu!iseu!iseu!

VVVVVALE! VALE! VALE! VALE! VALE! VALETE FRALETE FRALETE FRALETE FRALETE FRAAAAATRES!TRES!TRES!TRES!TRES!

A Coordenação de Polistécnicaagradece o envio de informação sobreactividades realizadas, eventos aocorrer, ou outra julgada relevante, bemcomo comentários e/ou sugestões quevisem uma melhor informaçãoinstitucional.Os conteúdos devem ser enviados para:[email protected]

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A memória das instituições constroi-se em cada fracção do tempo.A memória das instituições constroi-se em cada fracção do tempo.A memória das instituições constroi-se em cada fracção do tempo.A memória das instituições constroi-se em cada fracção do tempo.A memória das instituições constroi-se em cada fracção do tempo.De forma imperceptível. Mas imperecível. Nos volumes e nasDe forma imperceptível. Mas imperecível. Nos volumes e nasDe forma imperceptível. Mas imperecível. Nos volumes e nasDe forma imperceptível. Mas imperecível. Nos volumes e nasDe forma imperceptível. Mas imperecível. Nos volumes e nassilhuetas de arquitecturas nascidas de energias germinadas nosilhuetas de arquitecturas nascidas de energias germinadas nosilhuetas de arquitecturas nascidas de energias germinadas nosilhuetas de arquitecturas nascidas de energias germinadas nosilhuetas de arquitecturas nascidas de energias germinadas nopensamento. Nas ppensamento. Nas ppensamento. Nas ppensamento. Nas ppensamento. Nas palalalalalaaaaavrvrvrvrvras e nas ideias de quem nelas e nas ideias de quem nelas e nas ideias de quem nelas e nas ideias de quem nelas e nas ideias de quem nelas tras tras tras tras trabalha e nasabalha e nasabalha e nasabalha e nasabalha e nasdaqueles que as privilegiam com a sua presença solidária.daqueles que as privilegiam com a sua presença solidária.daqueles que as privilegiam com a sua presença solidária.daqueles que as privilegiam com a sua presença solidária.daqueles que as privilegiam com a sua presença solidária.

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Presidente do Conselho Nacional de Avaliação do Ensino Superior(CNAVES) desde 1998.

Nasceu em Grijó, Macedo de Cavaleiros, a 6 de Setembro de 1922.Doutor pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da UniversidadeTécnica de Lisboa, do qual foi Professor Catedrático, Director e Presidente doConselho Científico. Doutor em Direito pela Universidade Complutense deMadrid. Professor Emérito da Universidade Técnica de Lisboa. Doutor HonorisCausa pelas Universidades da Beira Interior, Aberta, Manaus, S. Paulo, Bahía,Brasília e Rio de Janeiro. Presidente Honorário da Sociedade de Geografia deLisboa. Presidente Honorário da Academia Internacional da Cultura Portuguesa.

ADRIANO JOSÉ ALVES MOREIRA

A eloquência do professor, a sua erudição, a inteligência viva e arguta,o seu conhecimento do mundo, foram elementos sempre presentes na comunicaçãoque proferiu.

A vasta audiência sorveu, palavra a palavra, o pensamento reflexivosobre o mundo, em constantes mutações, e convulsões, e suas múltiplas relaçõesculturais.

A história do Instituto Superior Politécnico de Viseu ficou assim maisrica com a honrosa presença de tão proeminente académico.

Relembre-se que as comemorações do Dia do Instituto e Sessão Solenede Abertura do Ano Académico 2002/2003 foram complementadas com ainauguração do edifício dos Serviços Centrais e da Presidência.

Delegado de Portugal na ONU em 1957/58/59. Presidente Internacional do CEDI - Centro Europeu de Informação e Documentação. Ministro doUltramar (1961-1963). Deputado entre 1979 e 1995. Vice-Presidente da Assembleia da República (1991-1995). Tem, ainda, diversas obras publicadas.

Esta súmula do extenso currículo do professor, político, jurista e sociólogo releva o perfil de um dos mais reputados, e respeitados, vultosda sociedade portuguesa contemporânea.

No âmbito das comemorações do Dia do Instituto Superior Politécnico de Viseu (27 de Novembro de 2002), o Professor Doutor AdrianoMoreira honrou a Instituição com a sua presença, proferindo a Oração de Sapiência subordinada ao tema “Cultura Transnacional”.

A coordenação de Polistécnica decidiu publicar na íntegra a comunicação brilhante proferida pelo Professor Adriano Moreira no Dia doISPV. As razões são naturalmente evidentes, conforme se poderá concluir após leitura de um texto eivado de conceitos e reflexões sobre o

mundo em que vivemos.

Cultura Transnacional

Esta questão da cultura transnacional tem o seu ponto de referência inicial na função e importância das fronteiras geográficas, tradicionalmentebarreiras defensivas de todas as outras vizinhanças. Aquelas não foram apenas delimitações de um território definido em função de um critérioestratégico, e sacralizadas de regra pelo sangue derramado para as constituir e manter, foram também barreiras contra a invasão de usos, costumes,crenças, e etnias vindas do exterior e supostos violadores de uma espécie de santidade dos modelos de comportamento, identificadores de uma populaçãounida por um sentimento de pertença recíproca, e solidariedades tendentes a assumir uma natureza política.

Do ponto de vista universal, a Muralha da China é a expressão esdrúxula desse isolamento das influências exógenas, e no século passado aLinha Maginot foi a expressão mais simplista da atitude defensiva que fez dos povos europeus, com fronteiras comuns, não vizinhos que se frequentam,

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mas sim inimigos íntimos que se detestam.Seria despropositado tentar fazer aqui uma resenha da evolução

diferenciada dos modelos que se consolidaram dentro dessas fronteiras, mastalvez seja indicado, ao menos na área ocidental, admitir que a Nação foi aexpressão mais lídima da identidade cultural produzida.

De tal modo se tornou num conceito dominante, ainda quando anatureza plural do Estado impedia considerá-la como a realidade básica, que avirtude do nacionalismo se tornou abrangente das concepções ideológicas detodas as soberanias, a partir do Renascimento, e com afirmação definitivadepois da Revolução Francesa: o exército nacional, a Nação em armas, foi umadas expressões mais vividas do conceito.

A questão da identidade teve a sua faceta mais expressiva justamenteno problema da cultura. No século passado, o nacionalismo foi um dosmovimentos políticos que assumiu a cultura como tema, com expressão talvezrelativamente moderada no conservadorismocultural, não faltando combates assumidos a favorda independência cultural dos povos ou das classes:recorde-se a guerra da cultura do programa deBismark (Kulturkampf) que visou eliminar adominância da Igreja católica, atitude defensivaque não faltou ao revolucionarismo de Lenine, deHitler e de Estaline.

Para ajudar a compreender otransculturalismo actual, talvez seja apropriadorecordar a distinção corrente, embora maisoperacional do que substantiva, entre alta culturae baixa cultura, uma adjectivação que logo convidaà prudência.

Partindo para a meditação com estareserva, lembremos que os antropólogos esociólogos abrangem no conceito de culturapopular os modelos de comportamento queincluem costumes, práticas religiosas, mitos, porvezes objecto de uma interpretação funcionalistarelacionada com a preservação de uma ordem social. Usos correntes da palavraparecem limitar a expressão às práticas da vida conversada, sem preocupaçãode trabalho, como a dança, o desporto, a música, os espectáculos, em que separticipa apenas porque se é membro daquela comunidade; mas emcontraposição, a alta cultura exige educação apropriada, de regra a cargo de umsofisticado aparelho, encaminhando no sentido de reproduzir uma elite detentorade um saber que não é acessível à generalidade da população. Por isso Ortegasublinhou que uma primeira função da Universidade, submissa às autoridadesinstituidoras, a Igreja ou o Estado, foi preservar e transmitir as ideias dotempo, no início guardadas em livros autorizados e interpretados com autoridadereconhecida.

Para a formação do que chamamos ocidente, em sentido cultural, osvalores religiosos cristãos foram um cimento de etnias diversas falando línguasdesencontradas, mas tendo no Credo, e no Livro, um comum bilhete de identidadecomo doutrinou Camões ao elaborar o Manifesto Político euromundista queconsta de os Lusíadas. A Europa etnicamente plural, com heranças diferenciadas,praticando línguas específicas, mas unida e identificada por aqueles valores epráticas correspondentes.

Tal elemento comum, que os soberanos anunciaram em títulos quepretenderam altamente dignificantes, chamando-se Rei Fidelíssimo como o dePortugal, Rei Católico como o de Espanha, Rei Cristianíssimo como o deFrança, não impediu que as identidades culturais diferentes se afirmassem, porvezes muito apoiadas na língua: a maneira portuguesa de estar no mundo, oufrancesa, ou espanhola, ou inglesa, foram definições dessas diferenças queanimaram conflitos fronteiriços históricos com os vizinhos.

Diferenças que por vezes se diluíram na “mirada del outro”, quandoos projectos de expansão lançaram os povos europeus a longe, todos chamadosfrancos pelos detentores da Terra Santa que as Cruzadas agrediram, todoschamados ocidentais pelos povos dos 3AA (Ásia, África e América Latina) quepor largo tempo aqueles submeteram à sua hegemonia.

Muitas vezes adoptando escalas popularizadas de hierarquia, comoos ocidentais fizeram em relação a todos os povos que colonizaram, e queconsideraram a cera mole que poderia ser moldada pelos seus próprios padrõesde comportamento, designadamente na área religiosa. Uma atitude que setornou esdrúxula com o conceito de povo eleito, com a prática do apartheid,com a solução radical do genocídio.

Foi por isso que Toynbee identificou a natureza do conflito entre asgrandes áreas culturais, que inspirou a recente conhecida tese de Fukuyama,como sendo uma percepção global dos ocidentais como os grandes agressoresdos tempos modernos. Insistiu em que essa era a resposta que se obtinha de

orientais, de africanos, de aborígenes, de muçulmanos, quando interrogadossobre a memória e imagem dos ocidentais.

Sugiro que esta é uma percepção mais rica de virtualidades parainterpretar a conflitualidade em progresso, do que o recurso à identificaçãodas áreas culturais pelos valores religiosos dominantes, e conflituosos.

Isso não significa que os valores religiosos não fazem parte dotecido cultural identificador dos povos, e também não obriga a ignorar queos poderes políticos inscrevem valores religiosos no seu conceitoestratégico, para conseguirem uma mais sólida adesão das populações emque se apoiam, e para tornar mais firme a decisão dos combatentes.

Foi o que aconteceu com a violenta Revolução do Irão quederrubou a monarquia, é o que passa com o conceito estratégico daorganização de Ben Laden, foi o que animou o ardor guerreiro dos Cruzados,e encheu a Europa de ruínas nas guerras religiosas que acompanharam a

divisão dos cristãos.Mas talvez no fundo sejam as

alegadas agressões ocidentais, antes de maisagressões políticas de imposição dassoberanias coloniais, e depois políticas deexportação e implantação de modelos decomportamento, que levam osfundamentalismos muçulmanos aconsiderarem que tais modelos ofenderama dignidade dos valores do seu Livro, que éo Corão, e o comportamento das mulheres,a estrutura da família, o ordenamento dassociedades civis.

De facto, a revolução dos meiosde comunicação permitiu que taisconsideradas agressões pelos destinatáriosdas intervenções colonizadoras possam serexecutadas sem oposição eficaz conhecidacontra a superioridade técnica.

Por isso, depois da largadescolonização política do mundo, em execução do projecto da ONU, seidentifica a já chamada “colonização dos espíritos”.

Tal questão da colonização dos espíritos afecta os valores econceitos da liberdade e da democracia porque o processo de formação davontade dos eleitorados é afectado por factores exógenos mal identificados.

A hierarquia das potências está aqui em causa, as substituiçõesfrequentes da acção dessas potências pela intervenção hegemónica deentidades privadas transnacionais é visível, a relação entre as identidadesculturais e a globalização é desafiante. Foi este o tema alarmante de queArmond Mattelart se ocupou em Histoire de l’Utopie Planetaire: de la citéprophétique à la societé globale (1999).

Acontece que esta marcha para a globalização dos padrõesculturais, que deve ser avaliada em relação com as outras variáveis,económicas, políticas, estratégicas, têm um efeito autonomizador deidentidades silenciadas pelas estruturas políticas anteriores, e por issoescritores como Tadeusz Mazowiecki falam de Un autre visage de l’Europe(1989), e países longamente submissos à unidade política tendem paraviver o desafio à desagregação: a República Checa e a Eslováquia separaram-se, as nacionalidades do Reino Unido vêm organizar movimentosindependentistas, a Jugoslávia dissolveu-se num conflito de etnias eidentidades, a Bélgica mostra debilidades evidentes, a Espanha dasnacionalidades está longe da centralização histórica e da proclamação daEspanha, una, grande, e livre, do Caudilho.

A relação da crise do Estado soberano com estas mudanças éclara, e a gestão da globalização, ainda que à margem dos tratados, aotransferir para centros estratégicos a direcção das sociedades civistransnacionais, também contribuiu para alterar a percepção das identidades,e as vocações para a manutenção de um estatuto internacional soberano.No discurso cívico português há manifestações desta perspectiva de erosão,designadamente em vozes da área económica e financeira.

A chamada alta cultura, as lembradas “ideias do tempo”, por umlado tendem para encontrar um suporte de mundialização nas redesuniversitárias, assim como a cultura corrente é uniformizada pelos meiosde comunicação, mas a crescente liberdade de circulação de pessoas, capitais,e mercadorias, também influi na multiplicação das identidades por caminhosdiferentes.

É assim que o clássico modelo da nação, ambicionado pelassoberanias ocidentais, e adoptado pelos povos que se tornaramindependentes na vaga da descolonização, se formou pela integração degrupos diferenciados, de regra por acção de um poder político unificador.

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As Ordenações do Reino de Portugal,que vigoraram até à publicação do Código Civilde Seabra, ainda autonomizavam os judeus, osmouros de Granada, os ciganos, embora a suaidentidade separada já por esse tempo estivesseamenizada. Mas se o nacionalismo foi um valorocidental, nem sempre pacifista, o modelotransformou-se numa ambição mundial, e depoisda guerra de 1914-1918, o Presidente Wilsonintroduziu nos seus 14 Pontos a regra de cadaNação se organizar em Estados independentes.

As referidas livres circulações decapitais, pessoas, e mercadorias, deste milénio,estão porém a fazer regressar o modelo medievaldas sociedades cosmopolitas, e a inquietanterealidade das colónias interiores que avultamnos países europeus que recebem as migraçõesvindas do sul e do leste, estas ao mesmo tempofugindo das condições adversas nos seus paísesde origem, e esperando uma nova liberdade nosmercados de trabalho dos países de destino.

Estas colónias interiores, como sepassa com os turcos na Alemanha, e com osmilhões de muçulmanos e africanos nos váriospaíses europeus, articulam-se com dificuldadecom os padrões culturais das terras deacolhimento, e a teoria dos mitos raciais échamada à discussão para ajudar a compreenderos conflitos crescentes.

Conflitos que tendem para umaarticulação transnacional sempre queorganizações erráticas, como a de Oussama BenLaden, apelam a valores religiosos para sustentaras intervenções terroristas. Os cerca de 14 milhões de muçulmanosradicados na Europa, e não integrados culturalmente, devem aconselharmeditar sobre as sociedades cosmopolitas de que a Europa julgava estarlonge.

Nestes casos numerosos, de integração duvidosa e decoexistência conflituosa, é o risco que se transnacionaliza, não são ospadrões culturais que se articulam, e a paz das sociedades civis é facilmenteafectada pela turbulência internacional.

Existe porém outro fenómeno que se desenvolveu a partir dafilosofia fundadora do movimento de unidade europeia, claramente expostapor Jean Monnet.

Os povos europeus, como repetidamente tenho escrito, tendempara não serem vizinhos dos povos fronteiriços, porque a história osencaminha para serem inimigos íntimos. A França e a Alemanha são umexemplo de pesados custos para a Europa, e Monnet pretendeu que ascomunidades transfronteiriças, como foi a Comunidade do Carvão e doAço, eliminassem essa conflitualidade histórica. Neste caso concreto,criando as Altas Autoridades que não exerciam soberania, mas que, poracordo das próprias soberanias envolvidas, retiraram a estas o poder deintervir.

Isto, que foi um resultado metodicamente procurado, tambémse desenvolveu noutros lugares, um processo apoiado nas livres circulaçõesdo modelo europeu, e com um dinamismo animado pelo favorecimentoaos projectos transfronteiriços pela União Europeia.

Deste modo nascem as “regiões de trabalho”, que não respondema nenhum projecto interno regionalizador das soberanias, resultam dotecido que a sociedade civil organiza com as suas actividades.

Em Portugal, julgo que a Galiza-Minho é já uma região detrabalho com identidade suficientemente visível, e as interioridadesportuguesa e espanhola, designadamente com Leão e Castela, tendempara se articular segundo esse modelo. Os indícios apontam para oentrelaçamento da cultura das sociedades civis com a alta cultura que asUniversidades raianas guardam, alteram e transmitem, de acordo com asua memória histórica.

Deste modo, a tradicional ausência da problemática da Espanhano ensino português, e a tradicional displicência do ensino espanhol emrelação a Portugal, parecem estar a ser alteradas pelo dinamismo dasociedade civil em busca de um desenvolvimento sustentado. O estudo dalíngua espanhola por portugueses encontra dinamização na apetência deestudantes portugueses pela entrada em universidades de Espanha, e estafortalece o estudo da língua portuguesa talvez também animada pelos seus

projectos relacionados com a AméricaLatina onde procura firmar posiçãono Brasil. De qualquer modo, oconhecimento recíproco dasliteraturas de ambas as línguas fezprogressos, o conhecimento dassociedades civis respectivasaprofunda-se, a dinâmica do mercadomultiplica as trocas de padrões, a redeeuropeia das universidades consolidaos temas de saber.

Digamos que o modelocultural português, como tantosoutros, sofre tensões quedefinitivamente rompem o modelo devida habitual de há meio século, emtodos os patamares da cultura.

No que toca à alta cultura,pela exigência de acompanhar ospadrões de excelência europeia emundial, percorremos um trajecto emque não faltam avanços quefrequentemente parecem absorvidospelo ambiente de pessimismo querodeia a acção do aparelho do ensino.E todavia, muito por acção da revoadade estrangeirados e africanistas queassumiram a direcção de numerosasinstituições, as interioridades paradasforam agredidas, e cidades comoBraga, Vila Real, Bragança, Covilhã,Évora, Castelo Branco e Viseu, seriammuito outras sem essa acção que fez

despertar vocações, desejos de saber e de mudar as ideias do tempo, consolidandoa ascensão social pelo saber.

Por outro lado, a vida da sociedade civil está desafiada não apenaspela colonização dos espíritos que alarma alguns responsáveis mais directospela área da cultura, mas também pelas migrações avultadas que é necessárioevitar que se isolem em colónias interiores, mas que não poderão ser integradassem que a troca de padrões de comportamento tenha lugar e efeitos.

É aqui que parece oportuno lembrar a longa experiência portuguesade lidar com culturas diferenciadas, de não tratar estas como a cera mole quepode ser moldada hegemonicamente, antes trocando padrões que envolvem asmaneiras de comer, de amar, de trabalhar, de morrer, de apelar à transcendência,de responder às exigências da solidariedade. As mudanças e trocas de padrões,uma experiência mundializada que raros povos tiveram, não afectaram a nossaidentidade que tomou a forma de nação antes de qualquer outro povo europeu.Por isso a questão não é nova, o desafio é que tem forma nova, e a respostadeverá continuar a assentar na maneira portuguesa de estar no mundo.

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Continuamos, ainda, em mais este número, a publicação de textos quetínhamos em acervo. Salpicados, também, por um outro conjunto de artigos,frescos e actuais. Divulgam, estes últimos, aquela que tem sido a produçãocientífica de docentes de diversas Unidades Orgânicas do Instituto Politécnicode Viseu e, assim, dão conta da mais recente investigação realizada na instituição.Assinam os artigos, nas diversas secções, alguns colaboradores externoshabituais, mas a maior parte dos textos que se trazem a lume são da autoria dedocentes de todas as Escolas que, actualmente, integram o Instituto Politécnicode Viseu.

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Sónia Silva - Gabinete de Relações Internacionais - ISPV

De 10 a 13 de Setembro passado, nas instalações da Universidade de Viena (Áustria), a EAIE (European Association for International Education – AssociaçãoEuropeia para a Educação Internacional) levou a cabo a sua 15ª Conferência Anual, que, à semelhança de anos anteriores, contou com a presença de mais de 1700 participantes,entre dirigentes, técnicos de relações internacionais e docentes envolvidos em actividade de cooperação ao nível do ensino superior. A referida conferência incluiu cerca de 100sessões e workshops que versaram sobre as mais actuais questões associadas à internacionalização do ensino superior.

Uma das temáticas centrais abordadas em Viena prende-se com o Processo de Bolonha e suas perspectivas de alargamento. Realizada em vésperas de mais umEncontro deste Processo – a Conferência de Berlim (19 de Setembro de 2003) - , a Conferência da EAIE dedicou diversas sessões aos progressos e prioridades das reformasem curso, incluindo o seu alargamento geográfico. O Encontro de Ministros em Berlim viria a sistematizar muitas das ideias entretanto avançadas e a definir as linhas de orientaçãopara os próximos anos.

O ALO ALO ALO ALO ALARGAMENTO DO PROCESSO DE BOLARGAMENTO DO PROCESSO DE BOLARGAMENTO DO PROCESSO DE BOLARGAMENTO DO PROCESSO DE BOLARGAMENTO DO PROCESSO DE BOLONHAONHAONHAONHAONHA: A DIVERSID: A DIVERSID: A DIVERSID: A DIVERSID: A DIVERSIDADE DE PERSPECTIVADE DE PERSPECTIVADE DE PERSPECTIVADE DE PERSPECTIVADE DE PERSPECTIVASASASASAS

Na Conferência de Bolonha* , em 1999, as primeiras reacções à filosofia das reformas propostas foram, de alguma forma, pouco entusiastas,apesar de se ter verificado a adesão de 29 países europeus. No entanto, o tempo mostrou que Bolonha viria a tornar-se uma história de sucesso. De facto,diversos países foram, entretanto, revelando o seu interesse pela aplicação dos seus princípios. Em Maio de 2001, no âmbito da Conferência de Praga,aderiram mais 4 países. Após a Conferência de Berlim (Setembro de 2003), Bolonha passou a contar com 37 signatários, reflectindo um crescente interessepelo processo de harmonização dos sistemas de ensino superior no espaço europeu.

Numa primeira fase, Bolonha constituiu um processo fundamentalmente assente em orientações governamentais, tendo, posteriormente, passadoa suscitar reacções e iniciativas directas por parte das próprias instituições de ensino e mesmo dos seus estudantes. O seu sucesso prende-se, antes de mais,com o facto de a necessidade de transformar os sistemas nacionais de ensino superior coincidir com os desenvolvimentos do cenário europeu e internacional.Na verdade, Bolonha constitui uma reacção de adaptação a um contexto de globalização crescente, marcado por uma mobilidade reforçada, não só em termosfísicos mas também virtuais, exigindo aos sistemas de ensino superior uma capacidade de resposta ao novo contexto.

15ª CONFERÊNCIA ANU15ª CONFERÊNCIA ANU15ª CONFERÊNCIA ANU15ª CONFERÊNCIA ANU15ª CONFERÊNCIA ANUALALALALALDADADADADA

ASSOCIAÇÃO EUROPEIA PASSOCIAÇÃO EUROPEIA PASSOCIAÇÃO EUROPEIA PASSOCIAÇÃO EUROPEIA PASSOCIAÇÃO EUROPEIA PARARARARARA A EDUCAÇÃO INTERNACIONALA A EDUCAÇÃO INTERNACIONALA A EDUCAÇÃO INTERNACIONALA A EDUCAÇÃO INTERNACIONALA A EDUCAÇÃO INTERNACIONALSETEMBRO DE 2003, VIENA, ÁUSTRIA

O PROCESSO DE BOLONHAO PROCESSO DE BOLONHAO PROCESSO DE BOLONHAO PROCESSO DE BOLONHAO PROCESSO DE BOLONHA

MILLENIUMMILLENIUMMILLENIUMMILLENIUMMILLENIUM2828282828

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O Processo de Bolonha cobre uma área geográfica queultrapassa as fronteiras da União Europeia. O seu alargamento é essenciale vem permitir dar um novo impulso à integração europeia. NaConferência de Berlim (Setembro de 2003), aderiram a Bolonha 4 novospaíses – Albânia, Bósnia-Herzegovina, Macedónia e Sérvia Montenegro.Outros seis – Andorra, Bielorússia, Moldávia, Rússia, Vaticano e Ucrânia– manifestaram já o seu interesse em aderir.

O facto de o Processo ter evoluído de uma base devoluntarismo intergovernamental para uma parceria assente numcompromisso de implementação, no sentido da convergência, confere àconstrução do Espaço Europeu de Ensino Superior uma sustentabilidadee aceitabilidade crescentes. Ainda que os caminhos a tomar para aimplementação das reformas possam variar em função das condiçõesespecíficas de cada país/instituição, é importante que este percurso secentre nos mesmos objectivos fundamentais e se desenvolva avelocidades não muito díspares.

De acordo com Gottfried Bacher (Ministério Federal para aEducação, Ciência e Cultura, Áustria), uma das vertentes surpreendentesdeste Processo é o facto de o mesmo ter feito sentir os seus efeitossobre países não signatários, mostrando a influência dosdesenvolvimentos intra-europeus sobre países terceiros.

Da mesma forma, Lewis Purser (Associação Europeia deUniversidades) acredita que o enquadramento de Bolonha constituiuma referência fundamental para a reforma dos sistemas de ensinosuperior na Europa, mesmo para os países não signatários. De facto,Bolonha, na opinião do mesmo orador, pode funcionar como umaagenda europeia destinada a facilitar a tomada de decisões, acelerandoas reformas necessárias. As questões essenciais da reforma são comunsa todos: Como abrir os sistemas de ensino? Como aumentar a suaqualidade? Como incrementar a mobilidade? Tratam-se de questõesimpostas pelo contexto que nos rodeia. A verdade é que as reformaspropostas por Bolonha frequentemente coincidem com a necessidadede proceder a reestruturações domésticas. Esta coincidência éparticularmente relevante no caso dos países da Europa de Leste. Taisorientações podem, assim, funcionar como um importante apoio,traduzindo-se na economia de esforços e de tempo.

Kassevitch (Conselho Reitor da Rússia), ao apresentar asdificuldades inerentes à aplicação dos princípios de Bolonha ao casoconcreto do seu país, chamou a atenção para a necessidade de incluir noProcesso a dimensão da investigação, opinião partilhada também porPurser. Desta forma, as actuais discussões em torno de Bolonha alertam-nos para a necessidade de alargamento do Processo não só em termosgeográficos, mas também no que respeita às suas esferas de actuação.

A CONFERÊNCIA DE BERLIM,A CONFERÊNCIA DE BERLIM,A CONFERÊNCIA DE BERLIM,A CONFERÊNCIA DE BERLIM,A CONFERÊNCIA DE BERLIM,SETEMBRO DE 2003SETEMBRO DE 2003SETEMBRO DE 2003SETEMBRO DE 2003SETEMBRO DE 2003

Em Junho de 1999, um ano após a Declaração de Sorbonne,os Ministros responsáveis pelo ensino superior de 29 países assinarama Declaração de Bolonha, acordando num conjunto de objectivos comunsimportantes para o desenvolvimento, até 2010, de um Espaço Europeude Ensino Superior (EEES) coerente e coeso. Na primeira conferênciaapós esta assinatura, organizada em Praga em Maio de 2001, ocompromisso foi reafirmado, tendo sido alargado o conjunto deobjectivos anteriormente definido. Em Setembro de 2003, os ministrosresponsáveis pelo ensino superior em 33 países europeus encontraram-se em Berlim para a avaliação dos progressos realizados até ao momento,assim como para o estabelecimento de prioridades e novos objectivospara os anos seguintes, com vista a acelerar a implementação do EspaçoEuropeu de Ensino Superior. Neste encontro, foram tecidas diversasconsiderações e estabelecidos alguns princípios e prioridades, a saber:- A importância da dimensão social do Processo de Bolonha: isto é, a

necessidade de aumentar a competitividade deve estar em harmonia com oobjectivo de melhorar as características sociais do EEES, de forma a reforçara coesão social e reduzir as desigualdades sociais e entre sexos, tanto ao nívelnacional como europeu.

- A necessidade de desenvolver esforços no sentido de estreitar os laçosentre o ensino superior e os sistemas de investigação em cada um dos paísesenvolvidos. Devem ser estimuladas as sinergias entre o EEES e o EspaçoEuropeu de Investigação (EEI) reforçando, desta forma, uma Europa enquantoSociedade do Conhecimento. O objectivo é preservar a riqueza cultural ediversidade linguística da Europa, promovendo o seu potencial de inovação,assim como o seu desenvolvimento social e económico através do reforço dacooperação entre as instituições de ensino superior desta região.

- O papel fundamental desempenhado pelas instituições de ensino superiore correspondentes associações de estudantes no desenvolvimento do EEES.De facto, foram e serão tidas em consideração as sugestões apresentadas porestas organizações ao longo de todo o Processo.

- A necessidade de acolher o interesse de outros países, nomeadamente deregiões extra-europeias (alguns dos quais estiveram presente nestaconferência).

Os ProgressosOs ProgressosOs ProgressosOs ProgressosOs Progressos

Apesar de ter sido reconhecido o contributo das instituições deensino superior, estudantes e outros intervenientes na implementação deiniciativas destinadas a fomentar a comparabilidade/compatibilidade,transparência e qualidade dos sistemas de ensino superior, os Ministrosreforçaram a ideia da necessidade de intensificar os esforços, aos níveisinstitucional, nacional e europeu, para: o incremento dos sistemas de garantiade qualidade; a aplicação efectiva de um sistema de dois ciclos; e a melhoriados mecanismos de reconhecimento de graus e períodos de estudo.

Garantia de QualidadeGarantia de QualidadeGarantia de QualidadeGarantia de QualidadeGarantia de Qualidade

A garantia da qualidade constitui uma questão central na construçãodo Espaço Europeu de Ensino Superior, pelo que é necessário desenvolvercritérios e metodologias comuns neste domínio. De acordo com o princípiode autonomia institucional, a responsabilidade na garantia de qualidade noensino superior deve, primeiramente, residir em cada instituição, em respeitopelo enquadramento nacional respectivo. Assim, é do entendimento dosMinistros que, até 2005, devem estar concluídas as seguintes actividades:

- definição das responsabilidades das instituições e organismosenvolvidos;

- avaliação dos programas de estudo das instituições (incluindoavaliação interna, revisão externa, participação dos estudantes e respectivapublicação de resultados);

- desenvolvimento de um sistema de acreditação, certificação oude procedimentos comparáveis;

- intensificação da cooperação e do estabelecimento de parceriasinternacionais.

Adicionalmente, os Ministros solicitaram a colaboração de algumasassociações europeias (nomeadamente a Associação Europeia de Instituiçõesdo Ensino Superior -EURASHE, a Associação Europeia de Universidades,a Agência Europeia para a Qualidade, entre outras) para o desenvolvimentode um conjunto de standards, procedimentos e orientações sobre garantia dequalidade, assim como para o estudo das possibilidades de estabelecimentode um adequado sistema de revisão conjunta da qualidade e/ou agências/organismos de acreditação. Essas associações europeias comprometeram-sea apresentar, em 2005, os resultados entretanto alcançados. De igual forma,serão tidas em consideração as experiências de associações e redes comactividade na área da garantia da qualidade.

Segundo os resultados do Estudo “Trends 2003”, cerca de 80%

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das instituições de ensino superior europeias dispõem de sistemasinternos de garantia de qualidade. No entanto, estes parecem serfundamentalmente aplicados ao ensino e não tanto à investigação. Paraalém disso, a natureza destes sistemas parece não justificar a reduçãodos mecanismos de avaliação externa. De uma forma genérica, asinstituições de ensino superior europeias vêem com bons olhos aintrodução de estruturas europeias neste domínio, nomeadamente acriação de uma Agência de Acreditação Pan-Europeia.

A Estrutura dos Graus: os dois ciclosA Estrutura dos Graus: os dois ciclosA Estrutura dos Graus: os dois ciclosA Estrutura dos Graus: os dois ciclosA Estrutura dos Graus: os dois ciclos

Foi possível constatar que, com base no compromisso deaplicação de um sistema de dois ciclos (definido em Bolonha), está jáem curso uma série de reformas no EEES. Todos os Ministros secomprometeram a assegurar o início desta reestruturação até 2005,tendo salientado a importância do envolvimento dos empregadoresnas reformas em causa.

Para além disso, os Ministros encorajaram os estadosmembros a elaborar um quadro de qualificações comparáveis /compatíveis no ensino superior. Estas qualificações devem ser descritasem termos de volume de trabalho, nível, resultados da aprendizagem,competências e perfis. De forma a apoiar o desenvolvimento destetrabalho, assumiram a responsabilidade de elaborar um enquadramentoamplo para as qualificações no Espaço Europeu de Ensino Superior.

Neste enquadramento, devem ser estabelecidos os resultadosa obter pelos diferentes graus. Os graus do 1º e 2º ciclos devem terorientações e perfis diferentes, de forma a acomodar a diversidade dasnecessidades individuais, académicas e do mercado de trabalho. Osgraus do 1º ciclo devem dar acesso, no sentido definido pela Convençãode Lisboa sobre o Reconhecimento, aos programas do 2º ciclo. Osgraus do 2º ciclo devem dar acesso a estudos de doutoramento.

Os Ministros convidaram ainda o “Grupo deAcompanhamento” para a exploração de formas possíveis dearticulação entre os programas de ensino superior de curta duração e osgraus do 1º ciclo, no enquadramento do Espaço Europeu do EnsinoSuperior.

No que diz respeito ao actual estado das reformas (Estudo“Trends 2003”), 80% dos países signatários dispõem já de umenquadramento legal ou estão já a introduzir o sistema de 2 ciclos. Osrestantes 20% estão em fase de planeamento da reforma. Em termosgenéricos, o número de créditos previstos varia entre os 180 e os 240para o 1º ciclo e entre os 90 e 120 para o 2º ciclo. O mesmo estudopermitiu verificar que a maioria dos estudantes se encontra de acordocom a orientação destas reformas curriculares, por entender que asmesmas poderão proporcionar percursos de aprendizagem maisindividualizados, facilitar a mobilidade e aumentar a empregabilidade.

Promoção da MobilidadePromoção da MobilidadePromoção da MobilidadePromoção da MobilidadePromoção da Mobilidade

A mobilidade de estudantes, docentes e pessoaladministrativo constitui a base para o estabelecimento do EEES. OsMinistros enfatizaram a sua importância para as esferas académica,cultural, política, social e económica, tendo constatado, com agrado,que os números desta mobilidade haviam subido, graças ao apoiosubstancial dado pelos programas comunitários. Reafirmaram a suaintenção de desenvolver todos os esforços nos sentido de remover osobstáculos à mobilidade dentro do Espaço Europeu de Ensino Superior,assim como de melhorar os mecanismos de cobertura estatística destetipo de actividade. De igual forma, com o objectivo de promover amobilidade de estudantes, comprometeram-se a tomar medidas nosentido de permitir a transferibilidade dos empréstimos e bolsasnacionais.

estabelecimento de um Sistema deestabelecimento de um Sistema deestabelecimento de um Sistema deestabelecimento de um Sistema deestabelecimento de um Sistema deCréditosCréditosCréditosCréditosCréditos

Os Ministros sublinharam o importante papel desempenhado peloSistema de Transferência de Créditos Europeus (ECTS) para facilitar amobilidade de estudantes e o desenvolvimento curricular conjunto. Foi notadoque o ECTS se está a tornar uma base generalizada para os sistemas decrédito nacionais, tendo sido encorajada a sua expansão, não somente comoum sistema de transferência, mas também de acumulação de créditos, a seraplicado consistentemente dentro do EEES.

O Estudo “Trends 2003” revelou que cerca de dois terços dasinstituições de ensino superior europeias estão já a aplicar este sistema.

Reconhecimento de Graus: Adopção de umReconhecimento de Graus: Adopção de umReconhecimento de Graus: Adopção de umReconhecimento de Graus: Adopção de umReconhecimento de Graus: Adopção de umSistema de GrSistema de GrSistema de GrSistema de GrSistema de Graus Faus Faus Faus Faus Facilmente Reconhecíveisacilmente Reconhecíveisacilmente Reconhecíveisacilmente Reconhecíveisacilmente Reconhecíveise Compe Compe Compe Compe Comparáveisaráveisaráveisaráveisaráveis

Os Ministros fizeram notar a importância da Convenção de Lisboasobre o Reconhecimento, apelando à sua ratificação por todos os paísesparticipantes no Processo de Bolonha. Solicitaram, ainda, a colaboração deorganismos europeus ligados ao reconhecimento (ENIC e NARIC), que, emconjunto com as competentes agências nacionais, deverão promover acrescente implementação dos princípios da convenção mencionada.

Adicionalmente, estabeleceram que qualquer estudante que termineo seu grau a partir de 2005 deve receber automática e gratuitamente oSuplemento de Diploma, a ser emitido numa língua amplamente utilizada naEuropa. As instituições e empregadores devem orientar-se no sentido do usopleno do Suplemento do Diploma, de forma a incrementar a transparência eflexibilidade dos sistemas de ensino superior, o que irá promover aempregabilidade e facilitar o reconhecimento académico necessário àprossecução de estudos.

As Instituições de Ensino Superior eAs Instituições de Ensino Superior eAs Instituições de Ensino Superior eAs Instituições de Ensino Superior eAs Instituições de Ensino Superior eos Estudantesos Estudantesos Estudantesos Estudantesos Estudantes

Os Ministros constataram com satisfação a participação dasinstituições de ensino superior e seus estudantes no Processo de Bolonha,afirmando que só o envolvimento de todos pode assegurar o seu sucesso alongo prazo.

Conscientes da forte contribuição que as instituições de ensinosuperior podem dar ao desenvolvimento económico e social, os Ministrosafirmaram que estas devem tomar decisões relativamente à sua organizaçãoe administração internas de forma a assegurar que as reformas sejamplenamente integradas nas suas funções e processos nucleares. As instituiçõesdevem, igualmente, incluir as organizações de estudantes em todas as fasesdo Processo, de forma continuada. Nesta linha de ideias, apelaram aodesenvolvimento de modelos de governação (nas instituições de ensinosuperior) que impliquem uma maior participação dos estudantes.

Adicionalmente, os Ministros sublinharam a necessidade de asinstituições de ensino superior garantirem aos estudantes as condições devida adequadas, de forma a que estes possam completar os seus estudos comsucesso, sem obstáculos que se prendam com a sua condição sócio-económica.

Promoção da Dimensão Europeia noPromoção da Dimensão Europeia noPromoção da Dimensão Europeia noPromoção da Dimensão Europeia noPromoção da Dimensão Europeia noEnsino SuperiorEnsino SuperiorEnsino SuperiorEnsino SuperiorEnsino Superior

Os Ministros constataram que, desde a reunião de Praga, foramvárias as iniciativas no sentido de desenvolver módulos, cursos e curriculacom um conteúdo, orientação ou organização europeus (nomeadamenteatravés de programas de estudo integrados e graus conjuntos, a diversosníveis). Comprometeram-se a remover, ao nível nacional, os obstáculos legais

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ao estabelecimento e reconhecimento desses graus, assim como a apoiaractivamente o seu desenvolvimento e respectivos sistemas de garantia dequalidade.

Foi notado, no entanto, que é necessário prolongar as estadias dosestudantes móveis que participam nestes programas, assim como assegurara provisão de diversidade linguística, de forma a que os estudantes possamatingir o seu pleno potencial de identidade, cidadania e empregabilidadeeuropeias.

Promover a CapPromover a CapPromover a CapPromover a CapPromover a Capacidade de Aacidade de Aacidade de Aacidade de Aacidade de Atrtrtrtrtracção doacção doacção doacção doacção doEspEspEspEspEspaço Europeu de Ensino Superioraço Europeu de Ensino Superioraço Europeu de Ensino Superioraço Europeu de Ensino Superioraço Europeu de Ensino Superior

A capacidade de atracção do EEES deverá serreforçada através do desenvolvimento de programas debolsas para estudantes de países terceiros, devendo osintercâmbios transnacionais assentar na qualidade evalores académicos. Os Ministros comprometeram-se,assim, a debater estas questões nos fóruns apropriados,que devem contar com a participação dos parceirossociais e económicos. A promoção da cooperação comoutras regiões do Globo, ficou claro, passa igualmentepela abertura das conferências do Processo de Bolonha apaíses terceiros.

Aprendizagem ao Longo daAprendizagem ao Longo daAprendizagem ao Longo daAprendizagem ao Longo daAprendizagem ao Longo daVidaVidaVidaVidaVida

Foi, igualmente, sublinhada a importância docontributo do ensino superior para tornar a aprendizagemao longo da vida uma realidade. Constatou-se que estãojá a ser dados os passos necessários para alinhar aspolíticas nacionais relativamente a este objectivo, incluindo o incentivo aoreconhecimento de aprendizagens prévias. Esta acção, afirmou-se, deve serparte integrante da actividade do ensino superior.

Os Ministros solicitaram, a todos quantos se encontram a trabalharnos enquadramentos das qualificações no EEES, o desenvolvimento de umamplo leque de percursos de aprendizagem flexíveis, oportunidades e técnicas,assim como o uso apropriado dos créditos ECTS.

Sublinharam, ainda, a necessidade de melhorar as oportunidadespara todos os cidadãos, de acordo com as suas aspirações e capacidades, deforma a que estes possam aprender ao longo da vida até e dentro do ensinosuperior.

Acções AdicionaisAcções AdicionaisAcções AdicionaisAcções AdicionaisAcções Adicionais

- Espaço Europeu de Ensino Superior (EEES) e Espaço Europeude Investigação (EEI): dois pilares de uma Sociedade do Conhecimento.

Conscientes da necessidade de promover laços mais estreitos entreo EEES e o EEI numa Europa do Conhecimento, assim como da importânciada investigação como parte integrante do ensino superior na Europa, osMinistros consideraram ser necessário ir para além da presente abordagemcentrada nos dois ciclos do ensino superior, devendo ser incluído um nívelde doutoramento como o terceiro ciclo do Processo de Bolonha. De igualforma, chamaram a atenção para a importância da investigação, da formaçãopara a investigação, assim como da promoção da interdisciplinaridade, paraa manutenção e melhoria da qualidade do ensino superior e alargamento dacompetitividade do ensino superior europeu de uma forma mais geral.Apelaram a uma maior mobilidade aos níveis do doutoramento e pós-doutoramento, tendo encorajado as instituições envolvidas a aumentar a suacooperação nos domínios dos programas de doutoramento e na formação dejovens investigadores.

Para além disso, os Ministros comprometeram-se a desenvolver

os esforços necessários para tornar as instituições de ensino superiorainda mais atractivas. Deste modo, foi solicitado às instituições paraque apostem crescentemente no papel e relevância da investigação, emsintonia com a evolução das necessidades da sociedade em termostecnológicos, sociais e culturais. Conscientes de que os obstáculos àconcretização destes objectivos não podem ser superados pelasinstituições de ensino superior isoladamente, afirmaram ser necessáriodisponibilizar um forte apoio ao nível financeiro, assim como tomar asdecisões apropriadas ao nível dos governos nacionais e organismoseuropeus.

Finalmente, os Ministros reafirmaram a importância das redesde cooperação no que concerne aos programas dedoutoramento, sendo necessário apoiá-las e estimulá-las por forma a promover o desenvolvimento deExcelência no EEES.

- Balanços das Actividades Desenvolvidas

Tendo em consideração os objectivos definidospara 2010, considera-se essencial a realização debalanços dos progressos efectuados ao longo doProcesso de Bolonha. O primeiro (intercalar) serárealizado antes da Cimeira de 2005, contendo adescrição dos progressos efectuados até ao momentoe as prioridades intermédias para os dois anosseguintes:

- garantia de qualidade;- sistema de 2 ciclos;- reconhecimento de graus e períodos de estudo.

Os países participantes deverão, adicionalmente,estar preparados para disponibilizar a informação necessária para ostrabalhos de investigação sobre o Ensino Superior e aplicação dosobjectivos estipulados pelo Processo de Bolonha. De igual forma, devemfacilitar o acesso a bancos de dados sobre a investigação em curso eresultados de investigação.

Finalmente, ficou estabelecido que a próxima Conferência do Grupode Bolonha ocorrerá em Bergen (Noruega), em Maio de 2005.

Fontes:- 15ª Conferência Anual da EAIE, 10 a 13 de Setembro de 2003,

Universidade de Viena, Áustria.- www.bologna.at - Reichert, Sybille e Tauch, Christian (2003) - Trends 2003-

Progress Toward the European Higher Education Area.Bruxelas: Comissão Europeia, DGEC.

* A Declaração de Bolonha traduz um compromisso ministerial dospaíses signatários no sentido de levar a cabo um conjunto de reformaspara o estabelecimento do Espaço Europeu de Ensino Superior, assentenos seguintes objectivos: adopção de um sistema de graus facilmenteidentificáveis e comparáveis; reestruturação curricular para aimplementação de um sistema de dois ciclos (o 1º de formação inicial,com pelo menos três anos, orientado para o mercado de trabalho; e osegundo de nível pós-graduado, só acessível para detentores do 1º grau);estabelecimento de um sistema de créditos que facilite a mobilidade (talcomo o Sistema Europeu de Transferência de Créditos – ECTS); promoçãoda mobilidade através da remoção de obstáculos que ainda persistem;desenvolvimento de critérios e metodologias comuns ao nível da garantiade qualidade; promoção da dimensão europeia no ensino superior, quedeve cobrir programas de estudo, cooperação, investigação, etc.

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Nome Unidade deOrigem

Serviço/Departamento Instituição deAcolhimento

País deAcolhimento

Luísa Cunha Serviços Centrais Dep.Técnico Univ.Cartagena Espanha

Docentes Enviados: 13Nome Escola de

OrigemDomínio

CientíficoInstituição deAcolhimento

País deAcolhimento

Maria H. Cunha ESEV Matemática Univ. Salónica GréciaAna M. Matias ESEV Comunicação Social Univ. Ramón Llull, Barcelona EspanhaVéronique Delplancq ESEV Língua e Filologia Univ. Mons-Hainaut BélgicaRosa Maria Chaves ESEV Francês Univ.Toulouse FrançaAntónio RodriguesLopes

ESEV Formação deProfessores

Univ.Valenciennes França

Antonino Pereira ESEV Educação Física Stord College of Education NoruegaAna Branca Pina ESTV Gestão Univ. Inholland HolandaArtur Sousa ESTV Engª Informática Univ.Leuven BélgicaAntónio Gouveia ESTV Engª Civil Univ.Téc.Bucareste RoméniaGilberto Rouxinol ESTV Engª Civil Univ.Téc.Bucareste RoméniaDulcineia Ferreira ESAV Engª Agro-alimentar Univ.Burgos EspanhaJoão Paulo Gouveia ESAV Ciências Vitivinícolas Univ. St. Estêvão,

BudapesteHungria

Amarílis Rocha ESENF Enfermagem Politécnico de Turku FinlândiaDocentes Recebidos: 8

Nome Escola deAcolhimento

Área Científica Instituição deOrigem

País de Origem

Horst Raabe ESEV Francês Univ.Bochum AlemanhaRima Tamosiuniene ESTV Gestão Univ.Téc.Vilnius LituâniaConstanta Herea-Buzatu

ESTV Engª Civil Univ.Téc.Bucareste Roménia

Christian Pedersen ESTV Engª Mecânica/ EngªCivil

College de Engenharia deOdense

Dinamarca

Gerben Diereck ESTV Engª Informática Univ.Leuven BélgicaDainius Paliulis ESTV Engª Ambiente Univ.Téc.Vilnius LituâniaCécile Moutarou ESTV Engª Electrotécnica IUT Créteil FrançaMargareta Miljeteig ESENF Enfermagem Stord College NoruegaTotal: 21 docentes

Estudantes

MOBILIDADE ERASMUS NO ISPVMOBILIDADE ERASMUS NO ISPVMOBILIDADE ERASMUS NO ISPVMOBILIDADE ERASMUS NO ISPVMOBILIDADE ERASMUS NO ISPV

2002 / 20032002 / 20032002 / 20032002 / 20032002 / 2003

1111111111

E s c o l a E n v ia d o s N . º d e M e s e s R e c e b id o s N . º d e M e s e s T o t a is

E . S . E d u c a ç ã o 1 9 7 8 7 4 7 2 6 e s t u d a n t e s1 2 5 m e s e s

E . S . T e c n o lo g ia 9 4 5 9 3 9 1 8 e s t u d a n t e s8 4 m e s e s

E . S . A g r á r ia 0 0 4 1 6 4 e s t u d a n t e s1 6 m e s e s

E . S . T . G . L a m e g o 0 0 0 0 0 e s t u d a n t e s0 m e s e s

E . S . E n f e r m a g e m 4 1 2 0 0 4 e s t u d a n t e s1 2 m e s e s

T o t a is 3 2 1 3 5 2 0 1 0 2 5 2 e s t u d a n t e s2 3 7 m e s e s

Docentes

Funcionários

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Reza a história, relatada na “Ora Marítima” (périplo de navegação doromano Rufo Festo Aviero, século IV a.C.), que uma tribo de “mastienos” chegou àactual Cartagena, no século V a.C., fundando aí a sua capital Mastia.

Foi sobre este povoado que o general cartaginês Asdrúbal fundou, no ano227 a. C., Quart Hadast (Cidade Nova), nome atribuído em memória da sua africanaCartago. O seu porto era sucessivamente visitado pelos povos costeiros, como osgregos, que a chamavam Karche’don-Nea ou Koine Polis.

Manteve-se sob o poder dos cartagineses até que, no ano 209 a.C.,durante a Segunda Guerra Púnica, foi conquistada pelo romano Publio Cornelio Escipión,recebendo o nome Cartago Nova.

Durante o domínio romano a cidadeviveu os seus maiores momentos de esplendortendo recebido o título oficial de Colonia Urbs IuliaNova Carthago. A importância da cidade tinha osseus alicerces na riqueza mineira da sua serra, nasua privilegiada localização e na singularidade dasua topografia (situada numa pequena península,rodeada de colinas e com uma laguna ou mar interior)que permitiam a sua fácil defesa.

Com o final do Império Romano, Cartagena entra num período degrande crise social. Deste período destacam-se a passagem dos vândalos pelacidade e o domínio visigodo, interrompido em 555 pelas tropas bizantinas deJustiniano que, enviados pelo imperador Maurício na tentativa de recuperar osterritórios que pertenceram ao Império Romano do Ocidente, tomaram a cidade econverteram-na na capital da província de Spania, que abarcava parte do sudestepeninsular, desde Málaga até Cartagena. A cidade foi capital da província bizantinaaté 624, quando Sisebuto, rei visigodo, a destruiu completamente.

A cidade permaneceu no poder dos visigodos até 734, ano em quecaiu no poder muçulmano devido ao pacto da Cora de Tudmir. O seu nomepassaria a ser Qartayanna al Halfa. Durante os séculos X e XII empreende umprocesso de lenta recuperação.

Em 1245 o Príncipe Alfonso (posteriormente Alfonso X - El Sabio)reconquistou a cidade tendo-lhe sido concedido o Foro de Córdoba em 1246 erecuperado a sua condição de sede episcopal em 1250. A cidade é incorporada nacoroa de Castilla pelos reis católicos.

A política real baseada na unidade dinástica, no poder real e na unidadereligiosa apoiou-se na Inquisição e em frei Tomás de Torquemada para conseguira conversão dos judeus. Todos aqueles que não aceitassem o baptismo deveriam

... seguindo as leis do movimento

A CIDADEA CIDADEA CIDADEA CIDADEA CIDADEUM RELATO DO PASSADO, UMA IMAGEM DO

PRESENTE

Luísa Oliveira e Cunha - Departamento Técnico - ISPV

Calle Maior

Edifício da Plaza de España

Pormenor de edifício na Calle Cuatro Santos

Pormenor dos Jardins do Edifício La MilagrosaPainel de Azulejos da Plaza del Ayuntamiento

Porto de Cartagena

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abandonar Espanha deixando todos os seus bens. Em 1492 cerca de 100000judeus abandonaram Espanha pelo porto de Cartagena distribuindo-se pela Grécia,Turquia, Palestina, Egipto e Norte de África.

Durante o século XV Cartagena continuava a representar um fortebastião defensivo da zona costeira, muito fustigada pelos ataques berberiscos, eFelipe II enviou para a cidade Vespasiano de Gonzaga para que este a fortificassecom muralhas.

Expulsos por Felipe III, os mouros acabariam por abandonar Espanhapelo seu porto em 1610.

No século XVI a cidade recupera de mais um período de decadência,consequência de uma generalizada reactivação económica e política em todo opaís. Esta reabilitação durou apenas um século já que no século XVII o país voltaa ser assolado por nova crise, agravada pelas repetidas epidemias de peste queo atingiram durante os reinados de Felipe IV e Carlos II.

Em 1702começa a Guerra daSucessão ao Trono deEspanha, que durou 11anos. Cartagena foitomada pelos ingleses e,posteriormente, libertadapelo duque de Berwick, aoserviço dos Bourbonfranceses.

Cartagena recobra a sua antiga importância no século XVIII quandofoi eleita capital do Departamento Marítimo del Mediterráneo, em 1728, e a construçãodo Arsenal e dos castelos e quartéis previstos no plano de fortificação da cidade(plano elaborado pelo engenheiro militar Martín Zermeño, a pedido do Conde deAranda) levaram a uma grande actividade construtiva e mercantil que atraíram atéela grandes contingentes de população (a população aumentou, num curto espaçode tempo, de 10000 para 50000 habitantes).

O século XIX começa com a Guerra da Independência contra osfranceses. A cidade foi um dos poucos núcleos que não foi ocupado.

Após um novo período de crise na primeira metade do século XIX,volta a assistir-se a um auge devido à importância dos minérios da região queserviram de estímulo à indústria e ao comércio.

Na segunda metade do século rebenta o Cantón Cartagenero,movimento independentista romântico e federalista contra o governo central daPrimeira República, que durou desde Julho de 1873 até Janeiro de 1874.

Será nesta época que Cartagena, após a destruição provocada pelaRevolução Cantonal de 1873, adquire a sua fisionomia actual, ao construírem-senumerosos edifícios - de carácter público e, sobretudo, privado - que seguiam astendências eclécticas e modernistas imperantes nessa altura em Espanha.

Edifício da Asamblea Regional

Calle Mayor

Plaza Héroes de Cavite - anterior localização dosubmarino Peral, inventado e construído porIsaac Peral (1851-1895), agora situado no Portode Cartagena

Edifício dos “Servicios Generales”

Palacio Consistorial

Plaza Héroes de Cavite

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Novo período de baixa na sua economia, decorrente da crise dos minériosdo final da segunda década do século XX. Seria desta forma que Cartagena enfrentavaa Segunda República e a Guerra Civil, durante a qual foi um dos bastiões maisimportantes do governo republicano e, juntamente com Alicante, a última cidade a cairnas mãos do General Franco.

Fonte: Historia da cidade de Cartagena http://www.ayto-cartagena.es/

Os mais de 7000 membros da Comunidade Universitária distribuem-se pelas várias infra-estruturas existentes na cidade de Cartagena e na QuintaTomás Ferro, localizada a Norte de Cartagena, perto de La Manga.

Em Cartagena existem dois Campus: o Campus Paseo Alfonso XIII,onde funcionam as Escolas Universitárias de Engenharia Técnica Civil e deEngenharia Técnica Naval e a Faculdade de Ciências da Empresa e a EscolaTécnica Superior de Engenharia Agrónoma, e o Campus Muralla del Mar, ondefuncionam as Escolas Técnicas Superiores de Engenharia Industrial e Engenhariade Telecomunicações.

A Universidade tem vindo a melhorar as suas infra-estruturas físicasno sentido da optimização da qualidade de vida de todos os seus utentes.

ANTIGUO HOSPITAL DE MARINA

Este edifício é parte integrante do conjunto militar edificado em Cartagenano século XVIII tendo sido patrocinado por Fernando VI.

Situado no Monte de la Concepción (antigo Asclepio), numa escarpa,foi necessária, para a sua edificação, a construção de uma muralha de 12 metros,separada 8 metros de uma outra, que formam entre elas um fosso de circunvalação.

O projecto foi realizado pelo Engenheiro D. Sebastián Feringán, Directorde Obras Militares, falecido 7 dias antes da sua inauguração oficial (20-5-1762).

Localizado no Campus Muralla del Mar, este edifício foi reabilitado

Porto de Cartagena

a universidadefechos allend mar

entre os anos 1271 e 1272, o rei alfonso x, elsabio,

criava a ordem militar de santa maria de espanapara «los

fechos allend mar»

A Universidade Politécnica de Cartagena inclui várias Escolas dedicadasprincipalmente ao ensino nas áreas da engenharia e da economia. São elas as EscolasTécnicas Superiores de Engenharia Agrónoma, de Engenharia Industrial e de Engenhariade Telecomunicações, as Escolas Universitárias de Engenharia Técnica Civil e deEngenharia Técnica Naval e a Faculdade de Ciências da Empresa.

Estão ainda adstritas à Universidade Politécnica de Cartagena a EscolaUniversitária de Relações Laborais e a Escola Universitária de Turismo.

Vista aérea de Cartagena – em primeiro plano o CampusMuralla del Mar, in http://www.upct.es/politecnica.htm

Vista aérea de Cartagena – em primeiro plano oCampus Paseo Alfonso XIII, in http://www.upct.es/politecnica.htm

Planta de Localização da UniversidadePolitécnica de Cartagena

Antiguo Hospital de Marina

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Localizado no Campus Muralla del Mar, este edifício foi reabilitado (projecto dosarquitectos Martínez Zárraga e Francisco Ruiz), sendo a actual sede das Escolas TécnicasSuperiores de Engenharia Industrial e de Engenharia de Telecomunicações.

O edifício do “Hospital de Marina”, já no seu terceiro ano de funcionamento, converteu-se no modelo de referência para os edifícios e instalações da Universidade Politécnica deCartagena. Está totalmente equipado com modernas instalações eléctricas e de ar condicionadoe a sua rede de sugestões e dados permite aos professores e alunos aceder aos serviços decomunicações mais actuais.

Dispõe de mais de 2500 lugares em salas de aula, salas de aula informatizadas esalas de informática de acesso livre para alunos, cafetaria, reprografia, gabinetes e laboratóriospara docentes e para investigação, biblioteca, salas de reuniões, assim como uma sala de actoscom capacidade para mais de 500 pessoas.

CUARTEL DE ANTIGONES

Mateo Vodopich projectou, em 1779, este quartel, localizado sobre a Muralla del Mare anexo ao Hospital Real (actual Hospital de Marina). A sua construção foi iniciada apenas em1783, tendo sido inaugurado em 31 de Dezembro de 1796. Estilo neoclássico, tem planta emforma de U, embora os seus braços se unam num muro que delimita a praça de armas.

Foi recentemente iniciada a restauração para a sua futura incorporação no CampusMuralla del Mar.

Espera-se a sua entrada em funcionamento no início do anolectivo 2004-2005, estando prevista a instalação, neste edifício, dosserviços de Biblioteca e Hemeroteca do Campus Muralla del Mar.Disporá de 700 novos postos de leitura e consulta, juntamente comdepartamentos e outras instalações da Escola Técnica Superior deEngenharia de Telecomunicacões.

RECTORADO – LA MILAGROSA

Herdou o seu nome “La Milagrosa” da escola que aquifuncionava para crianças descendentes de famílias com dificuldadeseconómicas.

A recente recuperação do edifício como sede administrativada Reitoria permite à Universidade Politécnica de Cartagena dispor deum edifício singular, no coração do centro histórico da cidade, com oespaço e as instalações necessárias para proporcionar um bom serviçoà comunidade universitária, em áreas tão importantes como a gestãoacadémica, os recursos humanos, as relações internacionais, amanutenção e melhoria das infra-estruturas, entre outras.

CAMPUS PASEO ALFONSO XIII

Neste Campus estão sediadas as Escolas Universitárias deEngenharia Técnica Civil e de Engenharia Técnica Naval, a Faculdadede Ciências da Empresa e a Escola Técnica Superior de EngenhariaAgrónoma.

Existem ainda neste campus dois edifícios com salas deaula, um edifício de oficinas onde está também localizada a biblioteca eum anexo onde estão localizados laboratórios e oficinas do curso deEngenharia de Minas.

Alçados do Antiguo Hospital de Marina

Cuartel de Antigones

Alçados do Cuartel de Antigones

Alçado Principal do Edifício La Milagrosa

Edifício La Milagrosa

Planta do Campus Paseo Alfonso XIII

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A reabilitação dos edifícios e instalações do “Campus de Alfonso XIII” e asmelhorias da urbanização à sua volta, juntamente com a construção do “aulario nuevo”,que será inaugurado este ano, com 14 salas de aula, permitirá, às escolas e departamentosali localizados, dispor de maiores e melhores espaços para realizar o trabalho docente ede investigação.

LABORATÓRIOS

A entrada em funcionamento no ano de 2001 dos laboratórios da EscolaUniversitária de Engenharia Técnica Civil em Santa Lúcia permite que os novos estudosdisponham agora de laboratórios específicos de novas áreas como a Hidráulica,Construções Arquitectónicas, etc, ocupando uma superfície de aproximadamente 1400m2.

FINCA TOMÁS FERRO

Situada perto de La Palma, esta quinta dispõe de10 hectares de superfície cultivável e mais de 1500 m2 de modernos laboratóriospara permitir um desenvolvimento eficaz do trabalho docente e de investigaçãoda Escola Técnica Superior de Engenharia Agrónoma.

INSTITUTO DE BIOTECNOLOGIA VEGETAL

Este Instituto, dotado de instrumentação, permite à UniversidadePolitécnica de Cartagena dispor de um centro, de âmbito internacional, dedicadoà investigação, desenvolvimento e inovação das tecnologias de produção agrícolae dos processos de elaboração e conservação de alimentos.

RESIDÊNCIAS

Residência Alberto Colao, in http://www.upct.es/~ruac/inicio.htm

A Residência Universitária Alberto Colao proporciona aos estudantesresidentes instalações modernas nas quais, para além dos serviços básicos,têm à disposição serviços e actividades tais como: uma sala de estudos-biblioteca, uma sala com recursos informáticos (internet), rede informática emtodos os quartos, actividades culturais muito frequentes, etc.

A Residência Calle Caballero disponibiliza 32 quartos para o uso daUniversidade Politécnica de Cartagena mediante convénio com o “Ayuntamiento”e INJUVE (Instituto da Juventude).

CASA DE LA JUVENTUD, PABELLÓN URBAN, CLUB SANTIAGO

A cedência das instalações da Casa da Juventude, do PavilhãoUrbano e a futura construção das pistas desportivas do Clube Santiago, vematenuar o déficit histórico de instalações desportivas para os universitários deCartagena. Estas instalações permitem que os estudantes da Universidadepossam realizar a maior parte de modalidades desportivas em instalações próprias,muito próximas dos centros universitários.

EQUIPAMENTOS

Uma das características mais importantes do ensino na área dasengenharias reside nas aulas práticas, que exigem laboratórios bem equipados.A Universidade Politécnica de Cartagena dedica uma grande parte dos seusrecursos ao equipamento de laboratórios dos diferentes Centros da Universidadee equipamento do Instituto de Biotecnologia Vegetal e do Centro de Investigaçãoe Desenvolvimento Tecnológico. A Universidade Politécnica de Cartagena estátambém a investir em larga escala em sistemas informáticos e de comunicações,

Edifício da Faculdade de Ciências da Empresa

Perspectiva do Edifício da Escola TécnicaSuperior de Engenharia Agrónoma

Ao fundo, laboratórios da UniversidadePolitécnica de Cartagena

Localização da Finca TomásFerro

1 – Club Santiago; 2- Pabellón Urban;3 – Casa de la Juventud,in http://www.upct.es/politecnica.htm

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com a finalidade de dispor de uma gestão moderna, altamente informatizadae poder permitir a todos os membros da comunidade universitária o acessoàs mais modernas tecnologias da informática e das comunicações.

No último ano foi instalado e posto em funcionamento o sistemade Gestão Académica “Ágora”, que permite, entre outras coisas, a gestãodescentralizada das actas de exames, possibilitando aos alunos uma maioragilidade nos processos e com uma menor margem de erro.

Também, durante o ano lectivo de 2001-2002, se realizarammelhorias gerais em toda a rede de sugestões e dados de todos os edifíciosda Universidade. Instalaram-se novas salas de informática para alunos, foiampliado o espaço dedicado ao Serviço de Apoio à Investigação Tecnológica(SAIT), onde trabalham 5 grandes equipas de investigação, ao serviço detoda a Comunidade Universitária. Tudo isto com um baixo custo para aUniversidade Politécnica de Cartagena, devido às ajudas conseguidas atravésde diversos patrocínios públicos.

Fonte: Universidade Politécnica de Cartagena http://www.upct.es/

A Unidade Técnica está dividida em três secções: Secção deManutenção (Sección de Mantenimiento); Secção de Projectos e Obras(Sección de Proyectos y Obras) e Secção de Sugestões e Dados (Secciónde Voz y Datos). É ainda apoiada por um Gabinete Administrativo (NegociadoEconómico Administrativo).

É composta por um Chefe de Unidade (Francisco Molinos Ortega)e dois Chefes da Secção (Calixto Muñoz Rodríguez, Chefe da Secção deManutenção e Tomás Sánchez Conesa, Chefe da Secção de Projectos eObras).

Da Secção de Manutenção fazem também parte um TécnicoEspecialista do Campus Muralla del Mar, Javier Arias Fernández, umTécnico Especialista do Campus Paseo Alfonso XIII, Victoriano Saura Andreu.Toda a manutenção da Universidade Politécnica de Cartagena é daresponsabilidade desta secção. Tarefas que incluem grande obras demanutenção e os pequenos detalhes do dia-a-dia. O contacto das anomaliasé feito através de uma linha telefónica apenas disponível para esta finalidade.As acções de manutenção são executadas por níveis de prioridade, sendoprestado apoio pela Secção de Obras e Projectos em todas as obras queexigem grandes intervenções. Os procedimentos e metodologias são similaresaos do Departamento Técnico do Instituto Politécnico de Viseu. Diferemapenas na forma de comunicação de problemas que, na nossa instituição, éfeita por escrito.

A Secção de Projectos e Obras conta com um desenhador/projectista, Domingo Carrión Lorca. Esta secção é responsável pela análisede projectos, realização de concursos, análise de propostas, fiscalização deobras a nível técnico e financeiro, recepção de obras, aquisição deequipamentos, projectos de desenvolvimento físico e análise e planeamentode investimentos. A legislação espanhola aplicável é muito semelhante àportuguesa, varia apenas em questões de pormenor.

A Secção de Sugestões e Dados, da responsabilidade deAlejandro Espinosa Ferao, é responsável pela dotação e manutenção dainfra-estrutura e dos serviços de telecomunicações que contribuam para aqualidade, eficácia e eficiência no desenvolvimento das actividadesadministrativas, de investigação e de docência da comunidade universitária.Esta é uma actividade desenvolvida, no IPV, pelo Gabinete de Informáticae Telecomunicações.

Jesús Julián García Hernandez presta o apoio administrativo atoda a Unidade Técnica. Tal como acontece no IPV, o Departamento Técnico

está também apoiado por um Gabinete Administrativo.

Para além das actividades descritas, a Unidade Técnica é ainda responsávelpelas questões de segurança e saúde no trabalho. A legislação espanhola obriga à constituiçãode um Comité de Segurança e Saúde no trabalho para todas as instituições com mais de 500utentes. Este é um processo que neste momento está a ser estudado na UniversidadePolitécnica de Cartagena.

Fonte: Universidade Politécnica de Cartagena http://www.upct.es/

O Instituto Politécnico de Viseu promove, através do Gabinete de RelaçõesInternacionais, a mobilidade de funcionários, com a atribuição de uma bolsa, permitindo a suadeslocação, durante uma semana, a uma instituição estrangeira.

Escolhi como instituição de acolhimento a Universidade Politécnica de Cartagena,tendo o processo sido acordado entre as Relações Internacionais das duas instituições.

O objectivo foi o de desenvolver trabalho, semelhante ao que executo noDepartamento Técnico do Instituto Politécnico, procurando, desta forma, uma maior valorizaçãoprofissional e pessoal. O conhecimento de outras realidades com diferentes sistemas podecontribuir de forma definitiva para a optimização de processos e metodologias de trabalho.

Durante esta semana foi-me permitido averiguar os procedimentos da UnidadeTécnica obtendo informações que me permitiram a comparação com os da minha instituição.

A prática corrente daquela unidade é muito semelhante à do Departamento Técnico.Sendo os problemas muito similares e os processos diferentes apenas em pormenor, foi, noentanto, lucrativa a experiência pela diversidade de pensamento em termos de metodologias,se bem que com uma mesma finalidade.

Apesar da impossibilidade de realização de projectos comuns, foi possível, deforma bastante eficaz, o intercâmbio de ideias.

Hoje em dia, e cada vez mais no futuro, o progresso e a melhoria generalizadana qualidade do trabalho desenvolvido dependerá da troca de informação e das melhoriasimplementadas.

A afabilidade no atendimento e a disponibilidade (possível) da Unidade Técnica,aliados à inexistência de barreiras de comunicação (tanto na linguagem comum como nalinguagem técnica) permitiram que fossem atingidos os principais objectivos desta visita.

A UNIDADE TÉCNICAA HABILIDADE OU O SABER FAZER

COM UMA FÉ COMUM

A EXPERIÊNCIAONDE O “MUNDO REAL” É MAISDO QUE UM ESTADO DE ESPÍRITO

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No TNo TNo TNo TNo Tempo em Que Não Haempo em Que Não Haempo em Que Não Haempo em Que Não Haempo em Que Não Haviaviaviaviavia

ERASMUS ERASMUS ERASMUS ERASMUS ERASMUS V“do céu para a terra e desta para o inferno”(goethe, fausto - uma tragédia)

Vasco Oliveira e Cunha

[O texto que Polistécnica hoje publica constitui o capítulo 2 de um documentomais amplo, publicado em Millenium, n.º 28, de Novembro de 2003, com otítulo de Mefisto & C.ia Algumas notas prévias tornam-se, portanto, necessárias:1.A publicação, em 1587, na Feira do Livro de Frankfurt, da história do Dr. JoãoFausto e do pacto que estabeleceu com o Diabo constituiu um filão riquíssimode criação literária e artística.

2.O nome Mefisto é aqui utilizado como símbolo de todos os “espíritosmalignos”. Do topo, do “grande” Lúcifer, à base das hierarquias infernais.Aos mais insignificantes diabretes do mundo das trevas.Neste texto é mantida a numeração das notas explicativas constantes dodocumento integral.]

///

Mefisto é um príncipe das trevas. Um, apenas um da legião infinitade espíritos malignos que andam pelo mundo para tentar as almas, comoreza a memória da minha primeira catequese.

Os gregos arquitectaram-lhe uma linhagem nobre, antiquíssima.Ele é o Hermes Trismegisto, o Hermes Três Vezes Grande, fantástico deuslunar dos egípcios, inventor de todas as artes e de todas as ciências, autorprofuso de obras secretas de magia, de astrologia e de alquimia, a todas estascapacidades adicionando as de ladrão de gado, de tocador de lira e de mediadorespecializado em pactos celebrados entre as divindades do Mal e o Homem.

O Testamento Antigo descobriu a sua génese numa simples eapetitosa maçã, na desobediência de Eva e de Adão, na inclinação eterna doHomem para o Mal, na perda da amizade divina e da felicidade que a

acompanha. Na condenação ao sofrimento e à morte. Uma tradição expressanum quadro literário particular, o entrelaçar estreitíssimo da história, dapoesia e da educação.

No teatro religioso medieval inglês o Mefisto é filho da vaidade edo narcisismo, pecados que o levam à perda da dignidade, da nobreza, dainteligência, da fonte de irradiação de felicidade para que fora criado porDeus. À sua semelhança50.

No nosso tempo, Vargas Llosa51 dá-lhe vida na pregação doConselheiro de Canudos, a sublime personagem da sua Guerra do Fim doMundo52, recuando-lhe a origem à criação de tudo quanto existe, quandoDeus se retirou em si mesmo para construir o vazio, a ausência da divindadeoriginando, em sete dias, o universo, a lua, a água e a vida. O Homem. E aoser criada a Terra pela privação da divina substância, cumpriam-se ascondições para o nascimento do pecado. E o mundo nasceu maldito comoTerra do Diabo, sendo o Filho de Deus enviado aos homens parareconquistar o espaço terreal, fortaleza do Demónio.

Tarefa difícil, contudo, esta de vencer a universalidade do Mal,que Santo Agostinho acentuara, todos os homens sendo por ele atingidos etransformados em pecadores, só a misericórdia divina podendo operar a suasalvação depois da morte, excluindo aqueles que em vida foram maus paraalém de qualquer medida. Difícil, também, porque complexas e insondáveissão as estratégias do Mefisto.

A liturgia hispânica atribui aos espíritos malignos o papel deconstrutores de ciladas aos mortos, às suas almas em trânsito por regiõesinóspitas, perigosas, por cárceres de funestas penas vingadoras, comoSanto Isidoro as designou, os justos, em vida, e os arrependidos fazendo atravessia para o Além sob a protecção dos anjos, a misericórdia do Supremosalvando-lhes as almas das insídias do Maligno, das tentações do inimigo

astuto e ardiloso, das potestades aéreas, poderes intermediários doCéu e da Terra.

Entre nós, com Gil Vicente, o Mefisto é senhor de múltiplosofícios. De vendedor da sua quintalada, da sua mercadoria – artes deenganar, mentiras, vinte e três mil, enganos infindos. Para senhoras,senhores e amores53; de namorador da vaidade das almas, do seu cansaçoe do seu desespero. Sempre com a promessa de um mundo de prazer,de espelhos, de jóias e brocados. De chapins de Valência. Nas muitashoras que há nos annos que lá vem54; de acusador (como na origembíblica) das almas que viveram na corrupção: da usura do judeu e doonzeneiro, da fornicação do frade, da mediação do sexo pelas alcoviteiras,criando meninas para os cónegos da Sé; de descobridor e de fulminadordas faltas terríveis e ocultas da nobreza. Da luxúria do Papa e dosdesvarios do Imperador. Grotesco, sempre, e de uma ingenuidade deconstranger, de pasmar, porque sempre o Mefisto acaba ludibriado,poucas almas ganhando para conduzir à Ilha Perdida, à infernal comarca,ao porto do “grande” Lúcifer, o Mefisto de Gil Vicente (e o do Calderónde la Barca – 1600 – 1681 -, que seguiu o nosso homem de teatro nosautos sacramentales, em especial em La Vida es Sueño e El GranTeatro del Mundo) é uma personagem de comédia, não de tragédia; umser perturbador do mundo dos vivos mais do que verdugo das almasno dos mortos55.

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Ao recuperar para o Mefisto do Volksbuch vendido em 1587na feira de Frankfurt as capacidades de tabelião, de especialista naelaboração e mediação de contratos, de pactos, pelouro que os egípciosantigos atribuíam ao seu Hermes Trismegisto, o autor anónimo dacrónica alemã metamorfoseou parcialmente a vida do espírito maligno.Retirou-o do mundo dos mortos e do ridículo do seu ofício de acusadorde defuntos, de barqueiro do lago Estígio56 e do Tártaro57; minimizou-lhe a sina de perdedor frequente da mercadoria de almas que aliciavapara a margem sem regresso da memória. Para as trevas do sofrimentoinfinito. Pela intervenção misericordiosa de Deus. Não lhe alterou,contudo, porque parte indivisível do miolo do seu ser, as antiquíssimaspráticas de vendedor de promessas e de contador de mentiras. Depobre diabo. De charlatão. Trouxe-o para o mundo do Homem,simbolizado por Fausto. Para lhe dar a conhecer o saber autêntico everdadeiro. Para lhe oferecer uma vida pejada de emoções fortíssimas.Saborosíssimas. Para lhe encher a vida com um tempo grandioso elouco5 8. Como o seu, na saturnal das bruxas da noite de Walpurgis5 9

entre pios de corujas, o sibilar dos ventos e sussurros e gemidos doarvoredo. Vinte e quatro anos, medidos, instante a instante, pela areiavermelha, finíssima, escorregadia, de uma ampulheta, presenteessencial60. Até se esgotar. Para viver à farta que nem os velhosimperadores; para mandar às favas a lentidão, a timidez, os castosescrúpulos e as dúvidas6 1; para vencer as dificuldades estorvadorasdos tempos; para ter a audácia de uma barbárie duplamente bárbara,que levará Fausto até ao cume da vertiginosa admiração, realizandofaçanhas que lhe causarão o mais sublime terror62. Porque o Diabo, aocontrário de Deus, que abandona demasiado tempo ao intelecto, é overdadeiro senhor do entusiasmo63. Ou, como escreverá Goethe, noseu Faust, para abarcar alturas, profundezas64, para encher o peito dealegrias, tristezas65. Para se considerar um deus em certos momentosarrebatados66. Para dominar o mundo, reis e imperadores; para imporlimites aos oceanos; para ser amado por mulheres mais castas quePenélope, inteligentes como a rainha do Sabá, belas como Lúcifer, arch-regent and commander of all spirits67, arqui-regente e comandante detodos os espíritos, que é como que um imperador augusto, um generalde mil estrelas. Um capataz de fazenda. Para lhe dar Helena comoamante, unindo-o à formosíssima e mui devassa grega em matrimóniosimbólico, na Arcádia68. Para lhes dar Eufórion, espírito da Poesia e daLiberdade, filho de ambos. Tudo, em troca da aceitação, por Fausto, dagestão integral, e por toda a eternidade, de todos os seus haveres –corpo, alma, carne, sangue, bens materiais. Pela abjuração das escrituras

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sagradas. Em palavras chãs, em troca da entrega da sua alma ao Inferno,lugar de barulho estrondoso e desmedido, de sarcasmo e de extremadesonra, que se une à tortura6 9, combinação monstruosa de sofrimentosinsuportáveis7 0, os seus habitantes podendo somente fazer a escolhaentre o frio mais extremo e um calor tão intenso que até poderia derretergranito7 1. Em documento escrito em alemão, o seu idioma preferido7 2,selado, firmado com um pingo de sangue de Fausto. Tudo direitinho.Tudo conforme com a lei. Uma metodologia de rigor do homem deacção que o Mefisto é. Que o autoriza a afirmar que pastam nos pradosda ignorância todos quantos o alcunham de Senhor Dicis et non Facis7 3.De fala-barato. Uma prática de trabalho assente em sólidos princípiosde honestidade, orgulhando-se o espírito de cumprir à risca tudo o quepromete. Tintim por tintim. À maneira dos judeus, que são osnegociantes de maior confiança7 4.

A metamorfose operada pelo Volksbuch alemão fez doMefisto personagem do mundo da criação artística e literária. Duranteséculos. Materializou o espírito maligno num rosto. Num corpo, aindaque pequeno. Criou-lhe uma identidade.

Goethe arquitectou-lhe a substância primitiva. Fê-lo filho doCaos7 5, /Da força uma parcela /Que sempre quer o Mal e o Bem faznascer dela7 6, /O Espírito que só sabe negar7 7, /Uma parte que aprincípio tudo era /Uma parte da treva que a luz gera7 8; aparenta-ocom Érebo, as trevas primitivas, originadas no Caos no início do tempo,espaço tenebroso e sinistro do mundo dos mortos; acasalou-o com aNoite, sua irmã, gerando ambos a velhice, a morte, a discórdia e amiséria; chamou-lhe Fórcide, aproximando-o, assim, de Fórcis, seu pai,velho do mar, pai de três mulheres velhíssimas (as Fórcides, ou Greias),que personificam a idade e a fealdade, e que habitam um lugar que o Sole a Lua não alcançam. Um parentesco genético que Mefisto não aceita,argumentando que para estas mulheres nem no inferno, nem no limiar7 9

poderá haver lugar. Tão feias são, com um só dente e um só olho,usados em alternância.

Thomas Mann não é tão severo para com o Mefisto. Notopo do seu corpo pequeno faz-lhe crescer uma cabeleira ruiva porcima da têmpora8 0, a mesmíssima tonalidade da barbicha que lhe cobreparcialmente o rosto lívido, um pouco macilento8 1, pinta-lhe os olhos,avermelhados, cingidos por pálpebras igualmente arruivadas8 2, a pontado nariz um pouco enviesada8 3.

Vestem-no ambos, depois. Como fez Marlowe. O dramaturgoinglês, de forma austera. Com vestes simples de frade franciscano.Goethe, no primeiro encontro de Fausto com o espírito maligno, com ohábito de estudioso medieval, vagante, errante, mas autoriza o Mefistoa falar orgulhosamente do seu gibão vermelho, de orla dourada,/Acapa de seda engomada,/A pluma de galo no chapéu8 4. Sem esquecer,claro está, a sua longa espada8 5, que sempre mantém pronta quandoviaja pelo mundo. Thomas Mann é quem mais minuciosamente falados gostos e das modas predilectas do Mefisto. Cobre-lhe o cabeloarruivado da têmpora com um boné de desporto puxado para cima deuma orelha8 6, veste-o com uma camisa de malha às riscas horizontaissob um casaco de xadrez, de mangas demasiado curtas. Esconde-lhe,mal, as vergonhas com calças indecentemente apertadas8 7.

Os pés são o grande calcanhar de ... Mefisto. Em Goethe,Empusa, espectro nocturno da mitologia grega, aparentada com o“nosso” espírito maligno, fala do seu ¡°pé” de cavalo8 8. Mann, contudo,calça-lhe sapatos comuns. Amarelos e puídos, que já não valia a penaengraxar8 9.

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Chamaram-lhe mil nomes. Tantos, que o espírito malignosente quase não ter outro a não ser esses engraçados apodos com osquais, por assim dizer, lhe acariciam o queixo com dois dedos9 0. A suaorigem reside, segundo o Mefisto, na sua popularidade genuinamentegermânica9 1.

Pelos títulos vos conhece quem queira, diz o Fausto deGoethe9 2. Que o mesmo é dizer que os nomes incontáveis, sempre

desprestigiadores, sempre maliciosos, injustos, sempre redutores dascapacidades do Mefisto, nos ajudam nas pinceladas, nos retoques finais dasua figura, do seu pensamento. Do seu mundo das trevas.

Gil Vicente, como vimos já, foi extremamente criativo e nadageneroso. Acrescentemos aqui alguns nomes mais da sua listagem longa:Chifrudo, Anjo da Peçonha, Rachador de Alverca, Entrecosto de Carrapato,Filho da Grande Aleivosa, Perna de Cigarra Velha, Mestre Capirota, SabujoPelado. Berzebu. E se mais inventariássemos, mais sobejariam para encheruma gordíssima nota de rodapé. Fiquemo-nos por aqui.

Marlowe, pelo contrário, foi comedidíssimo. Limitou-se a chamar-lhe Old Iniquity9 3. E Goethe não foi muito além. O Mefisto refere-o apenaspor Deus das Moscas, do Mal. Por Pai das Mentiras9 4. Por Dom Satanás,ainda9 5. Alcunha que o espírito maligno recusa. Porque na sua origem hebraicaSatanás é o antagonista, o inimigo, qualificação que não convém à suametamorfose moderna. Ele reivindica mesmo a sua qualidade de fidalgocomo outros o são9 6, nas veias correndo-lhe genuíno sangue azul9 7. Mannfoi, igualmente, parco. Descobrimos nele pouco mais de meia-dúzia: Grão-Tinhoso, Anjo da Peçonha (como Gil Vicente), Pé-de-Cabra, Mal Encarado,Anjo do Veneno, Tentador. Cão-miúdo.

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Reconstroem-lhe, todos (Marlowe, Goethe, Mann), o quadroesmagador que o Mefisto tem do saber científico e da arte. Um sistemaassente na crença fortíssima, infinita, que devota ao oculto e às suas ciências.À magia, à necromancia. À astrologia. Porque cinzenta é toda a teoria9 8, everde a árvore do ouro de vida9 9. Porque divinas são as metafísicas dosmagos e dos nigromantes. Um mundo de desejo, de poder e de honra. Deomnipotência. O estudo verdadeiro deverá começar aí. Nelas, nas metafísicas,captam-se os arcanos, o oculto, o impenetrável, os segredos e os mistériosmais profundos. Que não cabem em cérebros humanos100. Aquele queagarra o instante, diz o Mefisto101, esse é um homem a valer102. Umconselho que deixa a todos os homens sedentos do saber que o invoquem,que o convoquem para com ele celebrarem pactos para todo o sempre.Pactos que permitirão aos sentidos ganhar Mais numa hora que em todo oramerrão/Daquilo que no ano fizerem103. Crença fortalecida, por outrolado, na decadência que Fausto esboça do espectro do mundo científico queo rodeia. Da Física, diz, em Marlowe, ser própria de espíritos pequenos,medíocres. A Filosofia, obscena e odiosa. A Escolástica, a Teologia e aMedicina são, para Goethe, para o seu Fausto, verdadeiras letras mortas.Tudo vã sabedoria, o conhecimento do Homem igual a nada, não aproveitandoà humanidade. Quanto à Arte, ela não passa de uma romaria sobreervilhas104, encontrando a composição musical dificuldades insuperáveis.

Por isso, por tudo isso, Fausto quer largar as palavrasindigentes105, a livralhada babilónica106. Quer libertar-se das névoas dosaber107, das pilhas de livros1 08, que são apenas papel que os fumoscorroem109, pergaminhos mofentos, bafientos, quinquilharias ancestrais1 10

cercando o homem com a podridão mais escura111, bichos mortos e humanasossadas112, retortas, alavancas, trastes velhos, escórias deletérias113. Coisasinúteis de que apetece fugir.

Fausto perdeu toda a fé nesta ciência. Nesta filosofia. O seudesejo maior é passar além do Verbo e do Pensamento. Ultrapassar asconcepções antigas de afirmações eternais do tipo: Ao princípio era o Verbo114;Ao princípio era o Pensamento115. Substituí-las pela convicção profunda doabsolutismo da Acção. E passar a afirmar: Ao princípio era a Acção116.

Este, o Mefisto, semente generosa da cultura europeia, perspectivaimensa que reconstruí a partir do mosaico complexo gerado por nomesgrandes da literatura do mundo e com fragmentos de contributos que nãopoderei deixar de inventariar. Um detalhe, aqui; acolá, o trilho de um projectode ideia que a areia densa varrida pelo vento subitamente apagou, reencontradomais além; no horizonte, sempre forte, a esperança de poder cortar o nógórdio do drama jogado entre o Mefisto, Fausto e o Senhor: a iconografia deRembrandt; litografias de Delacroix117; o Fragmento de Lessing1 18, criandoum Fausto mais lúcido que o Mefisto; a Damnation de Faust, cantata deBerlioz, de 1837, reflexo da alma atormentada do compositor; a ópera de

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Gounod, que reaparece em todas as obras inspiradas na personagem deFausto, depois de Goethe; a Valsa do Mefisto, de Liszt, influência do Faustde von Lenau, de que se falará mais adiante119; composições de Wagner,dedicadas ao Faust, de Goethe, entre 1831 e 1832; o Conto de Lynceu, deSchumann, a partir de três lieder, de três canções de Goethe; o Mon Faust,de Paul Valery, de 1946; Faust, o poema épico-dramático de von Lenau120,preocupado, na sua essência, pela busca incessante de Fausto dos segredosda criação, em nenhuma parte os encontrando. Nem no anfiteatro de Anatomia,nem nos laboratórios de Química. Nem nas profundezas dos mistérios dafloresta; a Fausts Leben, Taten und Höllenfahrt, de Klinger, romancista deFrankfurt121, que apresenta Fausto como inventor da imprensa. Confrontadocom problemas de Moral e de Teologia, convoca o Mefisto na tentativa deos resolver. Quem responde ao chamamento, porém, é Leviathan122.Concluído o pacto, Fausto constata que, na Europa, nem as mulheres, nemos sacerdotes, os juízes e os príncipes resistem à sedução do ouro e davolúpia. Desgostoso, Fausto regressa à Alemanha, mas os seus vivemrodeados de miséria, pedindo então a Leviathan para o fazer descer aosinfernos. Finalmente, os Faustos românticos de Chamisso123, de Heine(Heinrich Heine – 1797 – 1856) e de Grabbe (Christian Dietrich Grabbe –1801 – 1836), dramaturgo alemão. No seu Don Juan und Faust, de 1827,contrastam-se o desespero impotente de Fausto e a inesgotável alegria deviver de Don Juan.

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Mefisto é um inimigo poderoso de Fausto, símbolo daHumanidade inteira e da sua aspiração à emancipação total. Porque Faustobusca o conhecimento fecundo, a vontade de superação dos limites do sabere do prazer, os segredos da criação e da alegria de viver. Em conflitopermanente, em ruptura com os pilares vigorosos do saber definitivo,absoluto. Da intolerância, da obediência passiva e do conformismo. Dodomínio do sobrenatural e do misterioso.

Porque Fausto é contra-poder, o Volksbuch de Frankfurt nega-lhea salvação pelo arrependimento, condenando-o ao sofrimento eterno,eliminando, assim, o vírus da insurreição. A crónica representa a ameaça danova ciência e também o espírito herético de um sensualismo que vai contraa ética do trabalho e da ascese do protestantismo luterano124.

Destino igual tem o Fausto de Marlowe. Porque violou a ortodoxiado pensamento teológico, estéril, de origem escolástica. Porque contestouperigosamente o poder instituído da burguesia. Porque Fausto é uma figurade uma Nova Idade que ultrapassara as antiquíssimas restrições da Igreja eos limites do saber. Um tempo novo em que os barcos sulcavam os maresque conduziam às conquistas de novas terras, à acumulação da fortuna, aonascimento de novos agressores. Um tempo que se cria ser de gestação deum espírito de libertação humana, de poder e de empreendimento ilimitadosdo Homem. A sua alma penará, em consequência, até ao fim do tempo entrecobras e serpentes. Na dor insuportável do fogo absoluto. Sem que lhe sejapermitida a dissolução nos elementos. Como é facultado às bestas brutas.Nas palavras do dramaturgo: all beasts are happy/For, when they die,/Theirsouls are soon dissolv’d in elements125.

Lessing é o primeiro a salvar Fausto da condenação infinita.Espírito livre, independente de sistemas, opositor vigoroso da ortodoxialuterana e do conformismo académico, entusiasta das ciências e das suasaplicações práticas, a busca do saber não podendo conduzir à perdição, eleé um defensor da tolerância iluminista. Dos seus princípios fundamentais defelicidade, uma ideia nova na Europa, ligada ao afrouxar das disciplinascatólicas, como escreve Touchard126, de razão, entendida esta comoconhecimento das verdades úteis a uma vida feliz, de virtude e de amor pelanatureza. De progresso.

Também o Fausto de Goethe salva a sua alma. Pelo arrependimento.Já quando a areia se esgotava na ampulheta e o Mefisto lhe anunciava comocerta a sua perdição. Porque, segundo o espírito do Mal, conjurados seencontravam todos os elementos destruidores.

Num alento último, no limiar das penas infernais, antes de àstrevas se dar, Fausto lança-se na obra imensa de salvação do charco, dopântano que empesta o mundo. Partindo de uma fórmula simples. Cristalina.

Que reza assim: Só quem dia após dia a conquistar/Merece a vida e asua liberdade1 27. E na conquista da verdade, da suprema verdade,reside a tarefa quase sobre-humana da busca do saber. Em cada instanteda vida.

Um trajecto complexo que Adrian Leverkühn (o Fausto deThomas Mann), o músico alemão imaginário e genial de quem se faloumais acima, não escolheu percorrer quando compreendeu que na suaépoca já não era possível realizar uma obra de modo piedoso, correcto,com recursos decentes. Quando a Arte deixou de ser exequível sem aajuda do Diabo e sem fogos infernais sob a panela1 28. Um caminhoque a Alemanha nazi também encerrou. A condenação por ThomasMann é individual e colectiva.

notasnotasnotasnotasnotas 50 Ver, entre outros pageants, “The Creation and the Fall of Lucifer” (The York Pageant of the Bakers), pp. 1 –9; “The Fall of Man” (The York Pageant of the Coopers), pp. 17 – 24; “The Harrowing of Hell” (The ChesterPageant of the Cooks and Innkeepers), pp. 157 – 169; “The Judgement” (The York Pageant of the Mercers),pp. 189 – 203. In: A. C. Cawley (ed.), Everyman and Medieval Miracle Plays, London: J.M. Dent & Sons, Ltd.,1958 reprint.51 Mário Vargas Llosa, escritor peruano.52 Tradução do original castelhano La Guerra del Fin del Mundo, de 1982. Lisboa: Publicações Dom Quixote,2001, p. 76.53 Gil Vicente, “Auto da Feira”, Obras Completas, Lisboa: Livraria Sá da Costa – Editora, Vol. I, 1951, pp. 195– 245.54 Gil Vicente, “Auto da Alma”, Obras Completas, Lisboa: Livraria Sá da Costa – Editora, Vol. II, 1951, pp. 1 –37.55 José Mattoso, Obras Completas – Poderes Invisíveis – o imaginário medieval, Lisboa: Círculo de Leitores,s/data, Vol. IV, p. 246.56 Pequena corrente da Arcádia, das suas águas dizendo-se estarem mortalmente envenenadas. Mitógrafostardios localizam-na no Tártaro.57 O Inferno.58 Thomas Mann, Doutor Fausto, Lisboa/Porto: Publicações Dom Quixote, 1999, p. 270.59 A noite de 30 de Abril para 1 de Maio, na tradição popular nórdica, é o tempo das celebrações de orgias pelasbruxas. No Brocken, o monte mais alto das montanhas do Harz, no centro da Alemanha. No poema de Goetheo Brocken é designado por Blocksberg.60 Thomas Mann, op. cit., p. 270.61 Idem, Ibidem, op. cit., p. 277.62 Idem, Ibidem, op. cit., p. 283.63 Idem, Ibidem, op. cit., p. 278.64 Johann Wolfgang Goethe, Fausto, Lisboa: Círculo de Leitores, 1999, verso(v.) 1772, p. 107.65 Idem, Ibidem, op. cit., v. 1773, p. 107.66 Thomas Mann, op. cit., p. 270.67 Christopher Marlowe, “Doctor Faustus”, In M.R. Ridley (ed.), Marlowe’s Plays and Poems, London: J.M. Dent& Sons Ltd, 1958 reprint, p. 128.68 No centro da península do Peloponeso, região associada a concepções antigas da Idade do Ouro e bíblicasda Terra Prometida.69 Thomas Mann, op. cit., p. 286.70 Idem, Ibidem, op. cit., p. 287.71 Idem, ibidem, op. cit., p. 288.72 Idem, ibidem, op. cit., p. 263.

73 Idem, ibidem, op. cit., p. 266.74 Idem, ibidem, op. cit., p. 266.75 Johann Wolfgang Goethe, op. cit., v. 1384, p. 91.76 Idem, ibidem, op. cit., versos (vv.) 1336/7, p. 89.77 Idem, ibidem, op. cit., v. 1338, p. 89.78 Idem, Ibidem, op. cit., versos vv. 1349/1350, p. 90.79 Idem, ibidem, op. cit., v. 7977, p. 391.80 Thomas Mann, op. cit., p. 264.81 Idem, ibidem, p. 264.82 Idem, ibidem, p. 264.83 Idem, ibidem, p. 264.84 Johann Wolfgang Goethe, op. cit., vv. 1536/8, p. 98.85 Idem, ibidem, v. 1539, p. 98.86 Thomas Mann, op. cit., p. 26487 Idem, ibidem, p. 264.88 Johann Wolfgang Goethe, op. cit., v. 7738, p. 381.89 Thomas Mann, op. cit., p. 264.90 Idem, ibidem. op. cit., p. 266.91 Idem, ibidem, p. 266.92 Johann Wolfgang Goethe, op. cit., v. 1333, p. 89.93 Goethe refere este apodo no seu Fausto, v. 7123, p. 359.94 Johann Wolfgang Goethe, op. cit., v. 1334, p. 89.95 Idem, ibidem, v. 2504, p. 143.96 Idem, ibidem, v. 2511, p. 143.97 Idem, ibidem, v. 2512, p. 144.98 Johann Wolfgang Goethe, op. cit., v. 2038, p. 115.99 Idem, ibidem, v. 2039, p. 115.100 Idem, ibidem, v. 1951, p. 113.101 Idem, ibidem, v. 2017, p. 114.102 Idem, ibidem, v. 2018, p. 114.103 Idem, ibidem, vv. 1437/8, p. 93.104 Thomas Mann, op. cit., p. 279.105 Johann Wolfgang Goethe, op. cit., v. 385, p. 49.106 Idem, ibidem, v. 390, p. 51.107 Idem, ibidem, v. 396, p. 51.108 Idem, ibidem, v. 402, p. 51.109 Idem, ibidem, v. 405, p. 51.110 Idem, ibidem, v. 408, p. 51.111 Idem, ibidem, v. 416, p. 51.

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112 Idem, ibidem, v. 417, p. 51.113 Idem, ibidem, v. 582, p. 58.114 Idem, ibidem, op. cit., v. 1224, p. 84.115 Idem, ibidem, v. 1229, p. 84116 Idem, ibidem, op. cit., v. 1237, p. 84.117 O pintor dedicou dezassete litografias à história do Doutor Fausto. Todas em 1828.118 Gotthold Ephraim Lessing, 1729 – 1781.119 Liszt concebeu, em 1854, a ideia de uma Sinfonia de Fausto em três partes – Fausto, Margarida, Mefistófeles), adicionando-lhe, posteriormente, um coro final, em 1857.120 Nicolaus Niembsch von Strehlenau, poeta austríaco, viveu entre 1802 e 1850. De índole melancólica, incapaz de dar um rumo à vida e às paixões, von Lenau morreu louco. Nos E.U.A., para onde emigrara.121 Friedrich Maximilian von Klinger – 1752 – 1831.122 Monstro da mitologia fenícia, sobretudo conhecido pela Bíblia. O Livro de Job descreve-o de tal forma que ele é identificado como sendo o crocodilo. No Apocalipse de Isaías, Leviathan representa o poder pagão, que se submeteráa Jeová.123 Adelbert von Chamisso, 1781 – 1838, poeta alemão, de origem francesa. O seu Faust tem a data de 1803.124 João Barrento, “Introdução”. In Johann Wolfgang Goethe, op. cit., p. 9.125 Christopher Marlowe, op. cit., p. 157.126 Jean Touchard, História das Ideias Políticas, Lisboa: Publicações Europa-América, 1970, nº 4, p. 50.127 Johann Wolfgang Goethe, op. cit., vv. 11575/6, p. 543.128 Thomas Mann, op. cit., p. 573.

Nomes GRANDES DO PENSAMENTO CIENTÍFICO E PEDAGÓGICONomes GRANDES DO PENSAMENTO CIENTÍFICO E PEDAGÓGICONomes GRANDES DO PENSAMENTO CIENTÍFICO E PEDAGÓGICONomes GRANDES DO PENSAMENTO CIENTÍFICO E PEDAGÓGICONomes GRANDES DO PENSAMENTO CIENTÍFICO E PEDAGÓGICOé uma secção nova de Polistécnica. Evocação de Homens e deé uma secção nova de Polistécnica. Evocação de Homens e deé uma secção nova de Polistécnica. Evocação de Homens e deé uma secção nova de Polistécnica. Evocação de Homens e deé uma secção nova de Polistécnica. Evocação de Homens e deMulheres que impulsionarMulheres que impulsionarMulheres que impulsionarMulheres que impulsionarMulheres que impulsionaram o pensamento humano pam o pensamento humano pam o pensamento humano pam o pensamento humano pam o pensamento humano pararararara uma vidaa uma vidaa uma vidaa uma vidaa uma vidaaduladuladuladuladulttttta liberta liberta liberta liberta liberta de opressões...a de opressões...a de opressões...a de opressões...a de opressões...

Neste número, o instituto pedagógico de odenwald o instituto pedagógico de odenwald o instituto pedagógico de odenwald o instituto pedagógico de odenwald o instituto pedagógico de odenwald (1)

Vasco Oliveira e Cunha

Com grande frequência, a Escola é condenada por não estarsincronizada com a vida. Por imprimir um ritmo mais lento ao seupulsar.

Explicam poucos a assintonia, transferindo a culpafundamental para as sociedades que a criaram e para os objectivosúltimos que lhe estabeleceram – copiar e manter os ideais humanos.Fixados por muitos séculos, e difíceis de serem alterados, os ideaistendem a enquistar, e a rotina pode manter vivas finalidades educativasdesajustadas das necessidades sociais reais.

É fertilíssima a literatura da condenação da Escola. Pobre, aque aprofunda as excepções à regra. Propostas e realizações deriquíssimo valor humano e social permanecem frequentemente“escondidas”, ou mesmo sepultadas na nossa memória. No nossoconhecimento.

Polistécnica traz-lhes hoje um nome grande do mundo dapedagogia. Não de um pensador, como fez nos dois númerosprecedentes2 , mas de uma instituição de ensino secundário. Alemã.Num tempo de incerteza e de subversão de valores. Entre o final da 1ªGuerra Mundial e a subida do nazismo ao poder. Num tempo deretorno ao conceito nacional de nobreza, baseado na desigualdadehereditária. Na eliminação do “sangue inferior”. Num tempo de anti-semitismo activo e de exaltação do homem ariano, louro e de olhosazuis, base de uma nova estética racial, como defendia Rosenberg3 ;num tempo de louvor dos Krupp, dos Mannersmann, dos Thyssen,os nomes maiores dos monopólios; num tempo de ambição de regressoao espírito prussiano de exaltação da guerra; num tempo de uma ideiada Alemanha como baluarte último de uma civilização – a ocidental –em decadência de vertigem; num tempo que prenunciava a ditadura, ossonhos imperiais e o crepúsculo do Homem; num tempo deradicalismos e de desemprego e miséria generalizados; de corrosão e deminagem da democracia; num tempo em que a República de Weimar4 ,saída do afundamento do regime imperial, tentava no Reichstag, noParlamento, em instabilidade permanente, uma maioria impossível,resvalando perigosamente para regime presidencialista. Para um futurotenebroso que todos conhecemos. O de Hitler.

Pela voz de um jovem que nela estudou – Felix Hartlaub5 –um nome enorme da literatura do século XX. Quase totalmentedesconhecido entre nós6 .

Hartlaub transferiu-se em 1928 para a escola de Odenwald, einpädagogisches Institut von hohem Rang und internationalem Ansehen, uminstituto pedagógico de grande categoria e de prestígio internacional, segundoKlaus Mann7 , onde vive um novo ponto culminante de “comunhão”harmoniosa entre o mundo interior e exterior, wo er einen Höhepunktharmonischer “Kommunion” zwischen Innen – und Aussenwelt erlebt8 .

Dirigida, ao tempo, por Paul Geheeb, eine Persönlichteit9 , umapersonalidade em que se uniam die profunde Erfahrenheit des alten Erziehersmit einem merkwürdigen... psychologischen Instinkt und einem eigensinnigzähen... Idealismus10 , a experiência profunda do velho pedagogo com uminstinto psicológico notável e um idealismo persistente e tenaz, a escola deOdenwald, baseada num método de ensino democrático, procurava estabelecere afirmar o equilíbrio necessário entre a liberdade e a disciplina, die notwendigeBalance zwischen Freiheit und Disziplin11 .

O método pedagógico preconizado pelo seu director visava criarem cada aluno a noção de responsabilidade diante da comunidade escolar,sem contudo impedir o seu individualismo e a sua humanidade. Pelo contrário,fortalecendo-os: Individualismus und Humanität, die Leitprinzipien ... meiner... Oso-Erziehung12 , individualismo e humanidade, princípios orientadoresda minha educação em Oso13 . Um pensamento de Hartlaub expresso numacarta ao pai, de 19.04.1933, remetida de Nápoles.

Por vezes, dispensava-se mesmo das aulas um aluno quemanifestasse o desejo grande de solidão e de leituras pessoais, como refereKlaus Mann: Paulus (Paul Geheeb), der Verständnis für mein Verlangennach Einsamkeit und privater Lektüre hatte, dispensierte mich von vielenUnterrichtsstunden14 .

A escola de Odenwald não procurava a formação de um tipo ideal,evitando, por conseguinte, todas as influências uniformizantes, alleuniformierenden Einsflüße15 , sendo os seus professores individualistasextremos, frequentemente homens originais, muito diferentes uns dos outros.Nas palavras de Hartlaub: Darum sind auch die Lehrer extreme

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Individualisten, oft ganz verschlossene Eigenbrödler, und alle meilenweitvoneinander verschieden16 .

Os conhecimentos assimilados pelos alunos eram comentados ediscutidos durante as aulas, método que Felix Hartlaub considerava grandioso,grossartig17 , e que se opunha ao clássicoprincípio da autoridade. AoFührerprinzip.

Nas aulas de História, do doutor Beyer, por exemplo, não se estudapor compêndios, mas por relatos contemporâneos, pelas fontes, Man arbeitetnicht nach Lehrbüchern, sondern liest alles aus zeitgenössischen Berichten,aus Quellen18 . O método deve ter estado na origem da predilecção do autor poresta disciplina, a cujo estudo se dedicou mais tarde19 .

No curso de Religião, do mesmo professor, discutiam-se problemasentre judeus, quakers, protestantes, facto tanto mais de assinalar quanto écerto que se vivia numa época politicamente caracterizada pelo nacionalismo epela discriminação racial.

A comunidade política que Paul Geheeb reuniu à sua volta, querecebia, com igual hospitalidade, filhos e filhas de industriais e de operários –a coeducação era uma outra faceta de ensino em Odenwald – era, como refereKlaus Mann, um oásis de civilização, eine Oase der Gesittung20 , um pequenoestado ideal, ein Kleiner Ideal-Staat21 , contando-se entre os companheiros ofilho de Thomas Mann, os filhos de um dirigente comunista francês, emigrantesrussos que se orgulhavam do seu parentesco com a casa dos Romanov, italianos,holandeses, chineses, americanos, etc.

Quanto à administração, a escola de Odenwald era uma repúblicaonde o poder provinha do povo, isto é, dos jovens, enquanto o director seconformava com o papel de conselheiro paternal, de medianeiro e derepresentante.

Os alunos, chamados “camaradas”, formavam um parlamento quetinha de decidir sobre todos os problemas importantes da vida da comunidade.Esta assembleia, ou “comunidade escolar”, que reunia regularmente, fixava asleis e a hierarquia da instituição, podia castigar, ou até expulsar elementos, etinha o direito de modificar, ou revogar medidas decretadas pelo própriodirector22 .

Felix Hartlaub adaptou-se rapidamente a esta comunidade escolar, aesta Schulgemeinde. Ganha amigos, aos quais permanece ligado na sua vidaposterior; é admirado, estimado e amado pela sua inteligência, pela suamaturidade humana, pela sua modéstia infantil23 .

Uma tal adaptação a uma comunidade liberal e humanística, quecorrespondia aos seus ideais de cultura, possibilitando-lhe o eco natural, dennatürlichen Widerhall, de que fala sua irmã24 , tornou mais penosa a sua vidapost-Odenwald.

Mit Frösteln, escreve Felix Hartlaub, und stets erneutem Schreckenmuss ich an den ‘Schritt ins Leben’ denken25 , com calafrios e um pavor semprerenovado, tenho de pensar na entrada na vida.

E logo depois do exame final (Abitur), em 1932, concluído com otrabalho Etappen der deutschen Reichseinigung, fala, numa carta de Zurique,do abismo entre Odenwald e a vida, die Kluft zwischen ‘Oso’ und Leben26 .

A morte da mãe, em 1930, que marcou o termo de uma juventudefeliz, tornou esse abismo ainda mais profundo. Numa carta a N.N., uma amigapor quem se apaixonou, Hartlaub atribui à falta de Oso, da mãe, e aodesconhecimento de obras como a Bíblia e os romances de Dickens oendurecimento do seu coração27 .

Outubro 2003

NotasNotasNotasNotasNotas1 Odenwald é uma região planáltica situada entre o Reno (a Oeste), o Meno (a Norte) e o Neckar (a Sul), O Instituto Pedagógicoerguia-se numa área não distante de Darmstadt.2 Ver: POLISTÉCNICA, n.º 5, Novembro 2002, pp. 29 – 30; POLISTÉCNICA, n.º 6, Julho 2003, pp. 20 – 21.3 Alfred Rosenberg, teórico nazi, redactor do Völkischer Beobachter, autor de “O Mito do Séc. XX” (1930), obra fundamentaldo racismo nazi. Foi condenado à morte, e executado em 1946, cumprindo-se a sentença do Tribunal de Nürnberg (Nuremberga).4 Nome dado ao regime alemão depois da 1.ª Guerra Mundial (1919 – 1933), foi qualificada como “república sem republicanos”(In Perfil da Alemanha, uma publicação do Departamento de Imprensa e Informação do Governo Federal, Societäts – Verlag,Frankfurt, 2000, p. 108).5 Felix Hartlaub nasceu em Bremen (1913) e morreu em 1945, em Berlim. Fez a escola primária e o início do curso licealem Mannheim, para onde a família se mudou em 1914, e concluiu o ensino secundário em Odenwald. Viveu entre 1928e 1932 no Instituto Pedagógico.6 Para leitores eventualmente interessados em conhecer este autor, ver os meus artigos: Os Diários de Guerra de Felix Hartlaubcomo documentos do ambiente humano da situação histórica (política e mental) que reflectem. Millenium – Revista do InstitutoSuperior Politécnico de Viseu, Ano 2, n.º 8, Outubro 1997, pp. 185 – 191; Felix Hartlaub e Ernst Jünger em Paris, cidadeocupada. Millenium – Revista do Instituto Superior Politécnico de Viseu, Ano 5, n.º20, Outubro 2000, pp. 308 – 317.

Uma equipa do Instituto Superior Politécnico de Viseuparticipa, uma vez mais, na Liga Universitária de Futsal. Sob a égideda FADU (Federação Académica do Desporto Universitário), com acolaboração do Ministério da Ciência e do Ensino Superior, Conselhode Reitores das Universidades Portuguesas, Associação dasUniversidades Privadas de Portugal, Comité Olímpico Português eFederação Portuguesa de Futebol, o campeonato, época 2003/2004,conta com a participação de 20 equipas e disputa-se em três fases. A1ª fase divide-se em duas zonas (Norte e Sul), competindo a equipado ISPV na Zona Norte, juntamente com mais nove equipas.

A equipa do ISPV foi criada no intuito de promover e divulgaro nome da instituição, tendo em consideração o espirito destaorganização que pretende, entre outros objectivos, uma competiçãoregular e continuada que fomente o intercâmbio social e desportivoentre os estabelecimentos de ensino superior.

A ambição de impor esta competição no panoramadesportivo nacional e torná-la referência no desporto universitáriocontribuiu, igualmente, para a pronta receptividade a esta iniciativa.

Orientada por Nuno Campos, e com João Ferreira comodirector, a equipa deu o pontapé de saída a 30 de Outubro. Os jogosserão efectuados no Palácio dos Desportos, às quintas-feiras, pelas22.00 horas.

Fica o apelo a toda a comunidade para assistir e apoiar aequipa de Futsal do ISPV.

João Domingos - Núcleo Desportivo - ISPV

7 Klaus Mann, Der Wendepunkt, Frankfurt – am – Main: Fischer Bücherei, p. 92.8 Geno Hartlaub (ed.), Felix Hartlaub, Das Gesamtwerk, Frankfurt – am – Main: S. Fischer Verlag, 1959, p.8. (a primeira edição da obra data de 1955).9 Klaus Mann, op. cit., p. 92.10 Idem, ibidem, p. 92.11 Idem, ibidem, p. 93.12 Erna Krauss und G.F. Hartlauf (eds.), Felix Hartlaub in seinen Briefen, Tübingen: Rainer Wunderlich Verlag,1958, p. 105.13 Oso, o mesmo que Odenwald.14 Klaus Mann, op. cit., p. 94.15 Carta à avó, datada de Oso, 12.12.1930. In Erna Krauss un G.F. Hartlaub (eds.), op. cit., p. 72.16 Idem, ibidem, p. 72.17 Idem, ibidem, carta aos pais, de Oso, datada de 21.04.1928, p. 37.18 Idem, ibidem, carta aos pais, datada de 21.04.1928, p. 37.19 Nomeadamente, na sua dissertação de doutoramento – Don Juan d’Austria und die Schlacht bei Lepanto-, concluída em Berlim, em 1939.20 Klaus Mann, op. cit, p. 93.21 Geno Hartlaub, op. cit, p. 8.22 Klaus Mann, op. cit, p. 93.23 Geno Hartlaub, op. cit, p. 8.24 Idem, ibidem, p. 8.25 Carta de Oso, de 18.08.1932. In Erna Krauss und G.F. Hartlaub (eds.), op. cit., p. 86.26 Carta de 18.10.1932. In Erna Krauss und G.F. Hartlaub, op. cit., p. 88.27 Carta de Berlim, de 07.04.1938. In Erna Krauss und G.F. Hartlaub. Op. cit., p. 308.

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Ana Isabel Medeiros - Departamento de Planeamento e Gestão - ISPV

A formação ao longo do percurso profissional constitui uma exigência numa sociedade onde os desafiossão cada vez maiores. A necessidade de uma actualização permanente dos conhecimentos e aperfeiçoamento donível de competências profissionais é imprescindível ao bom e adequado desempenho de funções. É nesta vertenteque o Instituto tem vindo a realizar, na própria instituição, as acções de formação direccionadas aos seus funcionários/agentes.

Para o ano 2004, o Instituto irá realizar, através da Fundação Bissaya Barreto e Instituto de Línguas &Informática, as seguintes acções de formação:

FormaçãoFormaçãoFormaçãoFormaçãoFormação

ProfissionalProfissionalProfissionalProfissionalProfissional

D esignação D ata realizaçãoM arketing: Novos desafios nas Institu ições Públicas Janeiro

H igiene e Segurança no T rabalho Junho

D esenvolver a Comunicação pela Assertividade M arço

Regim e de Férias, Faltas e Licenças Abril

G estão de Conflitos na Administração Pública N ovembro

O rganização e T écnicas de Arquivo Abril

P ráticas de Poc-Educação M arço

Folha Cálculo Excel Fevereiro

O Protocolo e a Org. de Eventos Especiais Janeiro

D emonstrações contabilísticas do Poc-Educação: interpretação e análise de gestão Outubro

A valiação e selecção de docum entos administrativos Novembro

O concurso de pessoal na Administração Pública Junho

G estão de reclamação nos Serviços Públicos Fevereiro

Adm inistração dos sites: Gestão de conteúdos M aio

Internet Outubro

Programa OperacionalPrograma OperacionalPrograma OperacionalPrograma OperacionalPrograma Operacional

da Educação – PRODEPda Educação – PRODEPda Educação – PRODEPda Educação – PRODEPda Educação – PRODEP

IIII I II I II I II I I

No âmbito das medidas 6 e 7, o Instituto

efectuou uma candidatura, em Setembro de 2000, para

obtenção de financiamento comunitário, para a

construção/ampliação ou remodelação de edifícios. Dos

vários projectos indicados, foram aprovados:

- Ampliação do Edifício Pedagógico – Fase 4

da Escola Superior de Tecnologia, com um valor global

aprovado de 249.683.000$00, dos quais 75% financiados

pelo FEDER e 25% pela componente Nacional (obra

concluída).

- Construção e apetrechamento da nova sede

dos Serviços Centrais do Instituto Superior Politécnico

de Viseu e respectivos arranjos exteriores, com um valor

de 4.047.695,05 •, dos quais 75% financiados pelo

FEDER e 25% pela componente Nacional (obra

concluída).

- Ampliação e remodelação da Escola Superior

de Enfermagem e arranjos exteriores, com um valor

global aprovado de 2.843.468,35 •, dos quais 75%

financiados pelo FEDER e 25% pela componente

Nacional (obra em curso).

- Construção da III Residência de Estudantes

do Instituto Superior Politécnico de Viseu, com um valor

global aprovado de 1.765.520,00 •, dos quais 75%

financiados pelo FEDER e 25% pela componente

Nacional (obra concluída).

Fundo de Investigação doFundo de Investigação doFundo de Investigação doFundo de Investigação doFundo de Investigação do

Instituto SuperiorInstituto SuperiorInstituto SuperiorInstituto SuperiorInstituto Superior Politécnico de Politécnico de Politécnico de Politécnico de Politécnico de

VVVVViseuiseuiseuiseuiseu

No âmbito do Fundo de Investigação, criado pelo InstitutoSuperior Politécnico de Viseu, foram apoiados 26 docentes das escolasintegradas para efectuar mestrado (17) e doutoramento (9). O montante,relativamente pequeno para as necessidades, rondou os 99.760 •.

As candidaturas foram aprovadas por uma equipa envolvendodocentes das várias escolas e a técnica do Departamento dePlaneamento e Gestão do ISPV.

Bolsa de estudo por méritoBolsa de estudo por méritoBolsa de estudo por méritoBolsa de estudo por méritoBolsa de estudo por mérito

Ano lectivo 2003/2004Ano lectivo 2003/2004Ano lectivo 2003/2004Ano lectivo 2003/2004Ano lectivo 2003/2004

O Instituto Superior Politécnico de Viseu irá atribuir 12 bolsasde estudo por mérito, a estudantes matriculados nas escolas integradas,sendo:

- 3 bolsas para a ESEV- 1 bolsa para o Pólo de Lamego- 6 bolsas para a ESTV, das quais 2 para alunos de gestão e 4 para alunos de engenharia.- 1 bolsa para a ESAV- 1 bolsa para a ESEnf.

O processo de candidatura decorreu desde o dia 12 deNovembro até ao dia 5 de Dezembro de 2003. A análise, das mesmas,será efectuada até ao dia 31 de Janeiro de 2004. A entrega das bolsasdecorrerá durante o mês de Março.

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Prémios CaixPrémios CaixPrémios CaixPrémios CaixPrémios Caixa Gera Gera Gera Gera Geral de Depósitos (CGD)al de Depósitos (CGD)al de Depósitos (CGD)al de Depósitos (CGD)al de Depósitos (CGD)

No âmbito do protocolo existente entre o Instituto SuperiorPolitécnico de Viseu e a Caixa Geral de Depósitos, que contempla aatribuição de doze prémios anuais aos melhores alunos finalistas doInstituto, bacharéis ou licenciados, que sejam titulares de Cartão

Caixautomática Politécnico com vertente bancária, realizou-seno passado dia 17 de Dezembro, na Aula Magna dos ServiçosCentrais e da Presidência do Instituto Superior Politécnico deViseu, a cerimónia de entrega dos aludidos prémios, referentesao ano lectivo 2001/2002. O presidente do ISPV, Prof. DoutorJoão Pedro de Barros, e o Director Regional de Viseu da CGD,Sr. José Aurélio Veiga, entregaram aos alunos a merecidadistinção, no valor individual de 498,80 •, a creditar nasrespectivas contas.

Fica aqui o registo dos contemplados: Sandrina Lopes de Oliveira(ESEV, curso de Prof. 1º Ciclo do Ensino Básico), Sónia Maria PereiraSimões (ESEV, curso de Prof. 1º Ciclo do Ensino Básico), Marisa SantosCarvalho Baptista (ESEV, curso de Comunicação Social), Lígia Soares deMagalhães (Pólo Educacional de Lamego da ESEV, curso de Prof. 2º Ciclo doEnsino Básico, var. de Educação Física), Sónia Catarina Santos Carvalho(ESTV, curso de Turismo), Paulo Jorge dos Santos Marques (ESTV, curso deContabilidade e Administração), António Paulo Marques Figueiredo (ESTV,curso de Engª Mecânica e Gestão Industrial), Carlos Augusto Silva Cunha(ESTV, curso de Engª de Sistemas e Informática), Nelson Viegas Ferraz(ESTV, curso de Engª Electrotécnica), Paulo Jorge Figueiredo Correia (ESTV,curso de Engª Electrotécnica), Adelaide Maria Pereira Rodrigues (ESAV, cursode Engª das Indústrias Agro-Alimentares) e Isabel Sofia Cabral Pinto (ESEnf.,curso de Enfermagem).

A presente secção pretende ser uma recolhaA presente secção pretende ser uma recolhaA presente secção pretende ser uma recolhaA presente secção pretende ser uma recolhaA presente secção pretende ser uma recolhamermermermermeramente indicaamente indicaamente indicaamente indicaamente indicativtivtivtivtiva de legisla de legisla de legisla de legisla de legislação com interesseação com interesseação com interesseação com interesseação com interessepppppararararara o pessoal docente e não docente e pa o pessoal docente e não docente e pa o pessoal docente e não docente e pa o pessoal docente e não docente e pa o pessoal docente e não docente e pararararara osa osa osa osa osalunos do ensino superior politécnico.alunos do ensino superior politécnico.alunos do ensino superior politécnico.alunos do ensino superior politécnico.alunos do ensino superior politécnico.

Raquel Cortez Vaz - Gabinete Jurídico - ISPV

Portaria nº 599/2003 de 21 de Julho - Ministério da Ciência e do Ensino Superior –Altera a denominação do curso bietápico de licenciatura em Engenharia Agrícola, variantede Zootecnia, ministrado pela Escola Superior Agrária de Viseu, para EngenhariaZootécnica.

Portaria nº 601/2003 de 21 de Julho – Ministério da Ciência e do Ensino Superior –Autoriza um conjunto de estabelecimentos de ensino superior politécnico público a conferiros graus de bacharel e licenciado em diversas áreas – entre eles o de Línguas Estrangeiraspara Fins Técnico - Empresariais da Escola Superior de Educação de Viseu.

Portaria nº 1204/2003 de 13 de Outubro – Ministério da Ciência e do Ensino Superior– Aprova os planos de estudos do curso bietápico de licenciatura em Línguas Estrangeiraspara Fins Técnico - Empresariais da Escola Superior de Educação do Instituto SuperiorPolitécnico de Viseu.

Lei nº 37/2003 de 22 de Agosto – Estabelece as bases do financiamento do ensinosuperior.

Portaria nº 1174/2003 de 6 de Outubro – Aprova a fórmula para o cálculo das dotaçõesdo orçamento de referência a que se refere o artigo 4º da Lei nº 37/2003 de 22 de Agosto.

Despacho nº 24 384/2003 (2ª Série) de 18 de Dezembro – Ministério da Ciência edo Ensino Superior – Aprova o calendário do exame extraordinário de avaliação decapacidade para acesso ao ensino superior do ano de 2004.

A Página de Web disponibilizada naINTRANET do IPV (http// intraweb.pres.ipv.pt) é umserviço de informação interna para os funcionáriosda Instituição, com a preocupação de fornecerdados e informação necessária para um bomfuncionamento dos serviços.Estas informações passam por:. Páginas de interesse informativo para osfuncionários com informações/comunicadosimportantes das diversas secções e Presidência;pesquisa de legislação necessária nesta Instituição;inscrições e lista dos candidatos e datas dos cursosa frequentar.. Download de programas e mapas necessários aosdepartamentos.. Mapas, boletins e impressos necessários aosfuncionários.. Informações do Centro de Informática e fornecerconhecimento em relação às dúvidas que surjamnas várias áreas de informática (FAQ).. Área reservada a alguns departamentos para usodirecto de ferramenta de trabalho.. Acesso a nomes, telefones e emails dos diversosdepartamentos dentro da Instituição e organismos.. Legislação.

José Carlos Soares – Centro de Informática - ISPV

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José Alberto Marques - Gabinete Relações Públicas eInformação - ISPV

O presidente do Politécnico de Viseu, prof. Doutor João Pedrode Barros, aproveitou a homenagem a Reinaldo Cardoso (seu antigomestre no Magistério Primário de Viseu), com palco na Aula Magna, paracolocar na ribalta, uma vez mais, a harmonização do nosso sistemaeducativo com o europeu. Aliás, para o presidente do ISPV, em declaraçõesà Rádio Politécnico, “não há em Portugal sistema educativo”, acrescentando:

“Para termos um sistema educativo, tínhamos que ter umahomeostasia, ou seja, um equilíbrio dinâmico entre todas as componentesdesse sistema, e não temos”, referiu, apontando depois o dedo aossucessivos governos:

“Nunca se conseguiu arranjar esse equilíbrio dinâmico queexiste em todos os países da Europa. A Lei 5/73, a vulgarmente designada- Lei Veiga Simão -, ainda não foi regulamentada pela Assembleia daRepública”, disse o presidente do Politécnico, prosseguindo:

“Todavia, já fizemos uma série de reformas, mas, curiosamente,nunca produzimos uma avaliação da reforma anterior, desconhecendo-se,portanto, o que falhou e onde urge rectificar”. “De resto”, adiantou o prof.Doutor João Pedro de Barros, “isto faz parte integrante da idiossincrasiados portugueses de estarem permanentemente insatisfeitos com aquilo querealizaram. O ISPV está a fazer precisamente este trabalho para nosaproximarmos celeremente do que é produzido por essa Europa fora,”concluiu.

Ainda no amplo campo das reformas, a política do ex-ministroPedro Lynce é rotulada pelo prof. Doutor João Pedro de Barros de verdadeira

“““““Não há emNão há emNão há emNão há emNão há emPortugalPortugalPortugalPortugalPortugalSistemaSistemaSistemaSistemaSistema

EducaEducaEducaEducaEducativotivotivotivotivo”””””“revolução”.N e s t epart icular,realça oregime dasprescrições,a que apodade autêntica “erva daninha” do ensino superior, não se coibindo sequer, de dar exemplos:

“Encontram-se alunos matriculados há 14 anos em determinados cursos, que nãofizeram mais que uma ou duas cadeiras, muitos deles usurpando o estatuto de trabalhador-estudante, não sendo nem uma coisa nem outra, apenas fruindo dos benefícios de acesso acantinas, etc.” enfatizou, para completar peremptoriamente:

“Isto tem que acabar, esta reforma tem que ser feita para cercear estas ervasdaninhas que continuam a germinar à conta dos nossos impostos”, salientando: “cada alunocusta por ano 700 contos...”.

Com total abertura às reivindicações emergentes, o presidente do Politécnicoadianta: “Muita gente pode contestar estas reformas. No entanto, elas têm que ser implementadaspara bem do futuro do país, sob pena de Portugal soçobrar economicamente, socialmente eculturalmente”. Lançando um repto: “os estudantes, têm que ter a consciência de que sãotrabalhadores como os outros, estão a laborar para adquirirem educação e competênciasprofissionais”.

Por último:“Enquanto não se fizer a reforma do ensino em Portugal – mãe de todas as

reformas- , o país não avança rumo a outros patamares de exigência e qualidade”, disse .

Publicações PeriódicasPublicações PeriódicasPublicações PeriódicasPublicações PeriódicasPublicações Periódicas

* "O Mundo em Português"- Revista de AssuntosInternacionais do Instituto de Estudos Estratégicos eInternacionais, n.º 44, Maio 2003.* "Boletim de Informação" do Instituto Superior Politécnico deSetúbal, n.º 21, Julho 2003.* "Códice" - Revista da Fundação Portuguesa dasComunicações, n.º 11,1.º semestre, 2003.* Revista "Forum Estudante", n.º 142, Junho 2003.* "Notícias" - Revista da Confederação dos Agricultores dePortugal, n.º 14, Julho 2003.* "Microsoft magazine" - Revista da edimpresa, n.º 45, Julho/Agosto/Setembro 2003.* "B.I. Banca de Ideias"- Revista informação,nº 55, Julho/Agosto 2003.* "Newsletter" - Revista da Fundação Calouste Gulbenkian,n.º 46, Setembro 2003.* "Le Magazine" de l´Éducation et de la Culture en Europe, nº21, 2003.* "Ambitur "- Magazine de Turismo e Ambiente, n.º 146, Setembro2003.

* "Revista Portuguesa Pedagógica" da Faculdade de Psicologia e de Ciênciasda Educação da Universidade de Coimbra, 2002.* "AIRV - Informação Empresa" - Revista da Associação Empresarial daRegião de Viseu, Setembro 2003.* "Taguspark News" - Jornal do Parque de Ciências e Tecnologia - NúcleoCentral, n.º 16, Outubro 2003.* "Ler Educação" - Revista da Escola Superior de Educação de Beja, n.º 2 - 2.ªsérie, Setembro 2003.* "Vínea" - Revista de Vitivinicultura do Alentejo - n.º 5, Julho/Agosto/Setembro/2003.

Publicações não PeriódicasPublicações não PeriódicasPublicações não PeriódicasPublicações não PeriódicasPublicações não Periódicas

* "Feminine Identities" - Cadernos de Anglística, n.º 5 - Publicação do Centrode Estudos Anglísticos da Universidade de Lisboa, 2002.* "Quinze Anos do Conselho Nacional de Educação: Evocação ePerspectivas" - Seminário e Colóquios - Publicação do Conselho Nacional deEducação, Abril 2003.* "O Ensino da Matemática: Situação e Perspectivas" - Seminário e Colóquios- Publicação do Conselho Nacional de Educação, Julho 2003.* "15th Annual EAIE Conference" - European Association for InternacionalEducation - Publicações Conferência Viena, Austria, Setembro 2003.* "Alicerces" - Projectos de Investigação Financiados pelo Instituto Politécnicode Lisboa no ano 2002.* "Colectânea de Comunicações/2001" - Edição do Instituto Politécnico deCoimbra.* "Anuário Científico 2002" - do Instituto Superior de Engenharia do InstitutoPolitécnico do Porto.

Euza Costa - Gabinete de Documentação - ISPV

ÚlÚlÚlÚlÚltimas Publicações Recebidastimas Publicações Recebidastimas Publicações Recebidastimas Publicações Recebidastimas Publicações Recebidas

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O Curso de Engenharia Civilcomemorou, no ano lectivo 2002/2003, o seu décimoaniversário.

Para assinalar a efeméride o Departamentode Engenharia Civil (DEC) levou a efeito umambicioso ciclo de conferências. Este teve o seuinício em Outubro de 2002 e o encerramento emJunho de 2003.

Neste número, Polistécnica apresenta-lhe a sinopse histórica doCurso, o Departamento visto por dentro, as suas valências, as conclusões dociclo de conferências e os registos do Director de Departamento, Eng.º ManuelPinto Amaral, do Director de Curso, Eng.º António Ventura Gouveia e doPresidente da Comissão Coordenadora das Comemorações do X Aniversáriodo Curso de Engenharia Civil, Eng.º Luís António Pereira Duarte.

Curso de Engenharia Civil: Um pouco deCurso de Engenharia Civil: Um pouco deCurso de Engenharia Civil: Um pouco deCurso de Engenharia Civil: Um pouco deCurso de Engenharia Civil: Um pouco deHistóriaHistóriaHistóriaHistóriaHistória

O Departamento de Engenharia Civil (DEC), da Escola Superior deTecnologia de Viseu (ESTV), iniciou o seu Curso de Bacharelato em EngenhariaCivil no ano lectivo de 1993/94, tendo formado os primeiros bacharéis no anolectivo de 1995/96.

Por forma a adaptar o Curso à evolução tecnológica entretantoverificada e às necessidades empresariais da região, o plano de estudos foiobjecto de remodelação, através da Portaria n.º 685/96, de 21 de Novembro.

No final do ano lectivo de 1996/97, o Curso foi acreditado pelaAssociação Portuguesa de Engenheiros Técnicos (APET), actual AssociaçãoNacional de Engenheiros Técnicos (ANET).

Na sequência deste processo, no mesmo ano lectivo, foi formalizadaa candidatura ao registo na Federação Europeia das Associações Nacionais deEngenharia (FEANI).

No ano lectivo de 1999/2000, com base na Portaria n.º 413–A/98,de 17 de Julho, entrou em funcionamento o Curso de licenciatura bietápicaem Engenharia Civil, tendo o DEC colocado no mercado de trabalho os seusprimeiros licenciados no ano de 2001.

No ano lectivo de 2002/2003, o Curso de Engenharia Civil tinha505 alunos e 35 professores.

Até ao momento, o número de diplomados bacharéis é de 167 e ode licenciados 15. A taxa de empregabilidade é óptima, a rondar os 100%.

Uma Formação de ExcelênciaUma Formação de ExcelênciaUma Formação de ExcelênciaUma Formação de ExcelênciaUma Formação de Excelência

O sector da construção civil em Portugal assume importânciaprimordial na economia portuguesa (6 a 8%, no PIB e 8 a 10%, no emprego).

O crescimento do país, a plena integração europeia e odesenvolvimento regional acentuado requerem recursos humanos devidamentequalificados. Neste contexto, o Curso de Engenharia Civil, tendo em conta arealidade regional e a sua evolução previsível, dirige-se a um mercado emexpansão, fornecendo técnicos superiores qualificados, que, simultaneamente,consigam despoletar e potenciar o aparecimento de novas áreas de actividade.

Os técnicos superiores, formados no Departamento de EngenhariaCivil da Escola Superior de Tecnologia do Instituto Superior Politécnico deViseu, estão habilitados a intervir em várias áreas pluridisciplinares, das quaisse destacam as seguintes:

- direcção de obras;- fiscalização e coordenação de obras;- elaboração e coordenação de projectos;- serviços de manutenção e gestão de estaleiros;

- apoio técnico a empresas do sector;- serviços de controlo de qualidade;- capacidade de promoção da actividade no

domínio do auto-emprego, quer sob a forma empresarial,quer sob o regime de profissão liberal;

- quadros técnicos de instituições da AdministraçãoCentral e Local;

- investigação e desenvolvimento.

No “Relatório de Auto-Avaliação de 2001/2002”, os ex-alunos avaliaram o Curso e os docentes com o nível “Bom”,considerando ainda este nível como o mais adequado para avaliar ograu de preparação fornecida pelo Curso para o exercício da actividadeprofissional.

No que diz respeito à opinião dos empregadores, quanto àadequação dos conhecimentos, capacidade de integração e sentido deresponsabilidade dos diplomados do Curso, esta revela-seextremamente positiva, constituindo o nível “Bom” a mais expressivadas respostas.

Serviços ao ExteriorServiços ao ExteriorServiços ao ExteriorServiços ao ExteriorServiços ao Exterior

A ligação do DEC ao exterior é concretizada via ADIV -Associação para o Desenvolvimento e Investigação de Viseu,permitindo a participação em diversos trabalhos/projectos etransferência de tecnologia na área da Engenharia Civil, assegurandosimultaneamente a valorização do conhecimento e ligação à realidadeempresarial.

A colaboração a prestar insere-se num contexto duplo deconsultoria científica e apoio técnico à implementação de projectosnas áreas de Mecânica Estrutural, Construções Civis, Geotecnia,Urbanismo e Transportes e Hidráulica e Recursos Hídricos.

Serviços efectuadosServiços efectuadosServiços efectuadosServiços efectuadosServiços efectuados

Nos últimos anos, o DEC tem colaborado de forma activa com acomunidade técnica e empresarial em diversos projectos de investigaçãoe na realização de diversos ensaios, dos quais se destacam os seguintes:

- O Laboratório de Materiais de Construção (LMC) realiza, com carácter depermanência, ensaios de controlo da qualidade dos betões colocados em obrasolicitados por diversas empresas da região;- No âmbito do Laboratório de Transportes e Vias de Comunicação (LTV), foramestabelecidos protocolos/contratos de prestação de serviços, com vista à realizaçãode ensaios laboratoriais e concessão de apoio técnico, com as seguintes empresas(entre outras):

GRANBEIRA, Sociedade de Exploração e Comércio deGranitos, S.A;

INERBEIRAL, Inertes das Beiras, Lda..

- No âmbito do Programa Polis de Coimbra, foi celebrado um contrato entre asociedade Coimbra Polis e o Departamento de Engenharia Civil da Faculdadede Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, com a participação doDEC/ESTV, para a elaboração do Estudo de Tráfego da Zona de Intervenção doPrograma Polis em Coimbra;- Colaboração com o ICERR em estudos de recenseamento de tráfego;- Início de colaboração com a Lusoscut (concessionária dos novos IP5 e Costade Prata).

X Aniversário do Curso de Engenharia Civil

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LLLLLaboraboraboraboraboraaaaatórios Modernos e Ftórios Modernos e Ftórios Modernos e Ftórios Modernos e Ftórios Modernos e Funcionaisuncionaisuncionaisuncionaisuncionais

O Departamento de Engenharia Civil dispõe de um conjuntode Laboratórios equipados com tecnologia recente, aptos a realizarensaios, tanto numa perspectiva pedagógica como numa perspectivade apoio à comunidade técnica e empresarial da região.

Laboratório de Cálculo Automático· Modelação estrutural;· Consultoria.

Laboratório de Física das Construções· Diagnóstico de patologias devido à presença de humidade;· Determinação aproximada dos caudais de renovação de ar.

Laboratório de Geotecnia· Controlo de compactação;· Análise granulométrica.

Laboratório de Hidráulica e Recursos Hídricos· Prestação de serviços de consultoria;· Colaboração em trabalhos de fiscalização de obras de saneamento básico eredes de abastecimento de água.

Laboratório de Materiais de Construção· Ensaio de compressão de provetes de betão;· Ensaio de abaixamento (Slump Test);· Ensaios não destrutivos: determinação da resistência do betão através do

esclerómetro de Schmidt;· Estudo de composição de betões.

Laboratório de Transportes e Vias de Comunicação· Estudos de controlo da qualidade em pavimentação rodoviária;· Estudos de tráfego;· Estudos de estruturação e optimização de sistemas de transportes urbanos.

Centro de Estudos Urbanísticos· Estudos urbanos e regionais de planeamento e ordenamento de território.

Comemorações do X Aniversário doComemorações do X Aniversário doComemorações do X Aniversário doComemorações do X Aniversário doComemorações do X Aniversário doCurso de Engenharia CivilCurso de Engenharia CivilCurso de Engenharia CivilCurso de Engenharia CivilCurso de Engenharia Civil

O programa inicial das comemorações do X Aniversário do Cursode Engenharia Civil previa a realização de uma sessão de abertura e apresentaçãodas comemorações, uma conferência ou um seminário em cada uma das áreascientíficas em que se encontra dividida a Engenharia Civil e um dia dedicado àanálise do funcionamento do Curso e ao convívio entre docentes e discentes.

Foi nomeada uma Comissão Coordenadora das comemorações,constituída pelos seguintes elementos: Eng.º Luís Duarte (Presidente), Eng.ºJosé Sá e Cruz e Eng.º Carlos Costa. Simultaneamente, foi designado, em cadaárea, um responsável pela organização do respectivo evento.

Os diversos eventos foram distribuídos ao longo do ano lectivo doseguinte modo:

Outubro – Sessão de Abertura (responsável: Comissão)A sessão de abertura realizou-se no dia 23 de Outubro, na Aula

Magna do ISPV, e aí foi apresentado o plano das comemorações do XAniversário do Curso de Engenharia Civil. Foram proferidas duas conferênciasno âmbito geral da Engenharia Civil e da Investigação Científica no EnsinoSuperior.

Novembro – Evento de Hidráulica (responsável: Eng.º Francisco Martins)O evento de Hidráulica decorreu no Auditório da ESTV, no dia 12 de

Novembro, e constou de duas conferências dedicadas às temáticas da Gestãodos Recursos Hídricos e da Utilização e Controlo da Água.Janeiro – Evento de Construções Civis (responsável: Eng.º Manuel Pinto)Realizou-se no dia 15 de Janeiro de 2003 no auditório da ESTV. As quatroconferências realizadas trataram temas na área das Construções Civis,nomeadamente Acústica, Patologia e Reabilitação, Térmica e Protecção Passivacontra Incêndios.

Fevereiro – Evento de Mecânica Estrutural (responsável: Eng.º PauloCosteira)Realizado durante todo o dia de 26 de Fevereiro (auditório da ESTV), o evento

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de Mecânica Estrutural consistiu num Seminário sobre Qualidade, Durabilidadee Reabilitação de Estruturas onde foram apresentadas oito comunicações.

Março – Evento de Planeamento e Ordenamento do TerritórioDecorreu na cidade de Viseu, entre os dias 19 e 22 de Março, o V CongressoIbérico de Urbanismo, ao qual o DEC emprestou apenas a sua colaboração.

Maio – Evento de Transportes e Vias deComunicação (responsável: Eng.º UgoBerardinelli)Ocorreu durante o dia 7 de Maio o Semináriode Engenharia Rodoviária, no Auditório daESTV, tendo sido apresentadas seiscomunicações.

Junho – II Seminário de Higiene,Segurança e Saúde no Trabalho daConstrução (responsável: Eng.º José Sá eCruz)

Tendo o DEC, até à data dascomemorações do seu 10.º Aniversário,realizado unicamente um seminário dentrodesta temática e atendendo ao êxito obtido, àsexpectativas criadas e ao interesse do tema,achou por bem realizar o II Seminário deHigiene, Segurança e Saúde no Trabalho daConstrução.

Este seminário decorreu no dia 4 deJunho, na Aula Magna do ISPV, tendo sidoapresentadas oito conferências.

Junho – Dia do DEC (responsável:Comissão)

O dia do DEC pretendeu ser um diade convívio entre todos aqueles que fazem o Departamento e o Curso deEngenharia Civil, isto é, docentes, alunos, ex-alunos e funcionários. Iniciou-sedurante a tarde do dia 18 de Junho, no Auditório da ESTV, com um debatesobre o funcionamento do Curso e as perspectivas de evolução, tendo-seseguido um jogo de futebol entre alunos e professores (ganho pelos primeiros).O dia terminou com um jantar convívio onde todos estiveram presentes.

Outros eventosForam ainda realizados outros eventos para além daqueles que

constavam do programa inicial, nomeadamente: Exposição de livros técnicos (Abril de 2003); Sessão técnica sobre Gestão de Recursos Hídricos e Tratamento de Águas

Residuais (Maio de 2003).

Oradores e ComunicaçõesOs oradores convidados, personalidades de reconhecido mérito no

seio da Engenharia Civil portuguesa, representaram, nas comemorações do XAniversário, as mais prestigiadas escolas e instituições do país ligadas àEngenharia Civil.

Foram apresentadas ao longo do ano 32 comunicações, querepresentaram, aproximadamente, 20 horas de conferências, ou seja, quase umsemestre de funcionamento de aulas teóricas de uma disciplina do Curso deEngenharia Civil.

ParticipantesA realização de um conjunto tão diversificado de conferências tinha

como um dos objectivos dar uma visão alargada aos eventuais participantesdaquilo que é hoje a Engenharia Civil em Portugal e quais os seus rumos parao futuro.

Tendo como público-alvo os alunos do Curso, os profissionais da

região e as empresas e instituições do sector, verificou-se que a adesãoaos diversos eventos foi crescendo ao longo do ano, de tal modo queo último dos eventos (II Seminário de Higiene, Segurança e Saúde noTrabalho de Construção) se viu na contingência de alterar o local dasua realização do Auditório da ESTV para a Aula Magna do ISPV. Noevento anterior (Seminário de Engenharia Rodoviária) a falta de espaçopara albergar os participantes inscritos no Auditório da Escola obrigou

ao cancelamento de algumas inscrições de alunos.Os números expressam cabalmente a grandereceptividade a este conjunto de eventos. Assim,dos 1382 participantes, 674 eram alunos, 224,convidados da organização, 95, docentes da ESTVe 389, pessoas exteriores à Escola.

Registos

O sector da construção civil em Portugal assumeimportância primordial na economia portuguesa.O crescimento do país e a plena integraçãoeuropeia têm dado origem a grandes investimentospúblicos e privados. A par dos investimentosrealizados houve, e continua a haver, necessidadereal de melhorar e acelerar a formação de recursoshumanos.Foi certamente com este objectivo que os órgãos

de gestão da Escola Superior de Tecnologia deViseu decidiram criar na década passada, em 1993,o Curso de Engenharia Civil. Deste modo, reuniam-se as condições propensas a um apoio maisefectivo às empresas de construção civil existentesno distrito de Viseu (mais de um milhar), àsinstituições da Administração Central e Local eaos gabinetes de projecto e consultoria.

Actualmente, através da prestação de serviços ao exterior, realizam-se ensaios em diversas áreas, presta-se consultoria científica e envolve-se o corpo docente em projectos de investigação científica.

O Curso de Engenharia Civil da ESTV é um Curso jovem.No entanto, foram 10 anos de trabalho intenso: na organizaçãocurricular, na formação do corpo docente, na aquisição e montagemde equipamentos laboratoriais, na prestação de serviços ao exterior,na realização de seminários, etc.

Pensamos que os resultados alcançados são manifestamentefavoráveis. O número de candidatos tem sido sempre largamentesuperior ao número de vagas. Estas, consequentemente, são semprepreenchidas. Uma grande percentagem dos candidatos são-no emprimeira opção e provêm das mais diversas regiões de Portugal. Onúmero de alunos, por força da procura, não pára de aumentar. Osnossos diplomados não têm dificuldade em arranjar emprego. Porvezes a procura é superior à oferta. O corpo docente encontra-semotivado e em constante formação. A procura de consultoria e ensaioslaboratoriais tem sido crescente. Os resultados da Avaliação Externa,realizada no ano de 2001, são plenamente favoráveis.

Enfim, podemos afirmar que o Curso está prestigiado e éum parceiro inquestionável no desenvolvimento da nossa região, emesmo do país, uma vez que é um pólo de atracção e fixação derecursos humanos no interior do mesmo.

As comemorações do X Aniversário do Curso de EngenhariaCivil tiveram por objectivo estabelecer momentos de convívio entreos diversos intervenientes; realizar sessões técnicas, em queintervieram professores e técnicos conceituados; avaliar o trabalhorealizado e prospectivar a evolução. Foram, no fundo, momentos deabertura do Curso e da Escola à comunidade empresarial e técnica,tanto local como nacional.

Manuel Pinto Amaral - Director do Departamento de Engenharia Civil

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As comemorações do X Aniversário do Curso de EngenhariaCivil contaram naturalmente com a participação e colaboração dosalunos. Foram momentos em que os alunos puderam ter contacto comoutras realidades. As diversas palestras funcionaram como umcomplemento de formação, sendo abordados temas que estão no topoda actualidade, como por exemplo, patologia e reabilitação; Eurocódigos;nova legislação na área da higiene, segurança e saúde no trabalho daconstrução; nova regulamentação na área da acústica, etc. Todas estasmatérias foram proferidas por especialistas de renome nacional einternacional e a sua abordagem contribuiu para a formação dos alunos,já que estes vão sofrer a adaptação destes novos regulamentos a curto/médio prazo. Sendo assim, os eventos transformaram-se como quenuma disciplina de opção, na qual puderam aprender e consolidar algunsconceitos teóricos mais abstractos leccionados ao longo do Curso.

Foi gratificante rever os ex-alunos, diplomados nesta casa,que ao aparecerem nos eventos tornaram este X Aniversário mais rico,já que também eles fizeram parte destes 10 anos do Curso. Este voltara casa é também sinal de que querem aprender mais, o que responsabilizao DEC no sentido de proporcionar formação pós-graduada.

A todos, alunos e ex-alunos, o DEC deseja sucesso na suacarreira profissional, na certeza de que serão sempre bem-vindos a estacasa que também é sua.

António Ventura Gouveia - Director do Curso de Engenharia Civil

No ano lectivo 2002/2003 iniciou-se o 10.º Curso debacharelato em Engenharia Civil, pelo que decidiu o DEC levar a efeitoum conjunto de acções que assinalassem esta data de uma forma condignae, simultaneamente, projectassem e prestigiassem, junto da envolventeda instituição, o nome do Departamento e da Escola em que se encontrainserido. Sendo o DEC parte integrante de uma instituição de ensinosuperior, não poderia esquecer o carácter pedagógico e científico de queestas acções se deveriam revestir, tendo decidido em Conselho deDepartamento realizar eventos mensais, sob a forma de conferênciasou seminários, que abrangessem as diversas áreas da Engenharia Civil.

As temáticas abordadas foram escolhidas pela sua actualidadee pelo interesse que poderiam suscitar junto da comunidade científicada região, bem como pelas mais valias que poderiam trazer aos alunosdo Curso de Engenharia Civil.

Os eventos realizados, em conjunto com as formas utilizadaspara os publicitar (cartazes, folhetos, etc) e os contactos efectuadospara angariar apoios, permitiram estabelecer e reforçar a ligação doDepartamento de Engenharia Civil com a comunidade envolvente,assumindo, deste modo, o seu papel no desenvolvimento da região emque se encontra inserido.

Das conclusões do relatório, elaborado pela ComissãoCoordenadora das Comemorações do X Aniversário do Curso deEngenharia Civil, realçam-se as seguintes:. Os 32 conferencistas convidados apresentaram comunicações de grandequalidade que correspondem, aproximadamente, ao funcionamento daparte teórica de uma disciplina do Curso de Engenharia Civil;. A literatura distribuída, para além de abordar temas de reconhecidointeresse da Engenharia Civil, incluiu, num total de 989 páginas,regulamentação recente ou em fase de publicação, artigos e livroscientíficos, que contribuíram certamente para a actualização dosconhecimentos dos participantes nos diversos eventos;. A participação foi elevada, com uma média aproximada de 200participantes por evento (não estão incluídos os participantes do VCongresso Ibérico de Urbanismo), na sua grande maioria alunos doDEC (que representavam o alvo principal destas comemorações).Realça-se, igualmente, a participação, crescente ao longo dos eventos,de pessoas exteriores à Escola;. O elevado número de empresas e instituições da região contactadaspara patrocinar os eventos, adicionado à divulgação regional e nacionalatravés de cartazes e desdobráveis, de anúncios e artigos em revistas e

jornais regionais e nacionais, promoveram a divulgação quer do Departamentode Engenharia Civil, quer da Escola Superior de Tecnologia, onde se encontraintegrado.

De referir, para finalizar, que a realização destas comemoraçõessó foi possível graças ao empenho de todas as pessoas que constituem oDepartamento de Engenharia Civil e ao apoio prestado pela direcção daEscola Superior de Tecnologia de Viseu.

Luís António Pereira Duarte - Presidente da ComissãoCoordenadora das Comemorações do X Aniversário

do Curso de Engenharia Civil

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Se a alma que sente e faz conheceSó porque lembra o que esqueceu,Vivemos, raça, porque houvesseMemória em nós do instinto teu.

Fernando Pessoa, Mensagem

Esteve em exibição a peça deteatro Viriato, da autoria de DiogoFreitas do Amaral e com encenação deJorge Fraga. Do ponto mais alto dafraga da Cava do Viriato, este últimofaz-se ouvir uma vez mais e instiga-nos a lutar por nós, pelos nossosvalores, pelas nossas crenças, pela nossa identidade e pelo respeitopelas outras especificidades culturais. Num mundo em que umaspotências mundiais se esforçam por gananciosamente extinguir outrasculturas minoritárias, este Viriato, que é o Viriato de Fraga, que é oViriato de Viseu, que é também o de Diogo Freitas do Amaral e quepertence a Portugal, relembra-nos que ariqueza de cada um está no nosso própriovalor, na nossa liberdade e no respeitomútuo. Viriato está incondicionalmenteligado à luta pela liberdade de um povo,pela fundação de uma identidadecolectiva. Jorge Fraga “não devolveViriato somente aos Viseenses, do séculoXXI”; Fraga também faz renascer Viriatodas cinzas da traição, e de um possívelesquecimento, e devolve o mito e a figurahistórica a Portugal.

A peça de teatro Viriato temvalores implícitos que demonstram como a História se revela um ciclocontinuadamente actual. É o reanimar da vida de um homem que lutoupela identidade de um colectivo e que foi derrotado não pelo inimigo,mas traído pelos seus próprios colaboradores. Quem assiste à peçavive alguns dos momentos mais marcantes da vida de um pastor nascidonos Montes Hermínios (alegadamente localizados na Serra da Estrela),que foi eleito General dos Lusitanos, em 147 A.C., e que, em oito anos,conseguiu derrotar por oito vezes o poderoso exército do ImpérioRomano.

Diogo Freitas do Amaral, na conferência de imprensa sobreViriato, referiu que esta “é uma peça histórica com uma componenteactual, romântica e ficcionada”. A ideia de escrever uma peça a propósitoda vida de Viriato não partiu de D.F.A., mas sim de Jorge Fraga, professorna Escola Superior de Educação do Instituto Superior Politécnico deViseu, com quem o autor já tinha trabalhado em O Magnífico Reitor (T.Trindade, 2001). Freitas do Amaral aceitou o desafio de Fraga porque“talvez na minha cabeça haja uma máquina do tempo para estabelecerpontes entre os mitos fundadores da nacionalidade e a actualidade”.

Segundo Freitas do Amaral, a actualidade projecta-seduplamente nesta peça: num primeiro aspecto, a figura da traição estásempre presente em redor daquele ou daquela que se encontre numaposição de poder; num segundo aspecto, este exíguo povo Lusitanotenta resistir à invasão do povo Romano, não querendo que a suaidentidade seja absorvida e apagada; não querendo adoptarforçosamente outros deuses, mas venerar os seus e, sobretudo, ser um

povo que quer manter as suaspróprias tradições e costumes. Napeça, Viriato assim o diz: ”Nós,Lusitanos, podemos ser maispobres, mais desorganizados,menos cultos. Mas não temos odireito de existir? Podemos vir a seramigos de Roma, mas temos odireito de não querer serRomanos!”. Existe aqui umadialéctica entre a história de umpovo e a história global actual. São

os conflitos entre as vontades supranacionais e as minoritárias,as vontades de populações com uma história e com umaidentidade que não aceitam ser suplantadas por outros valores,outros Deuses, outras histórias.

Esta peça tem uma base histórica (o autor investigouos relatos existentes de autores Romanos acerca de Viriato)

mas o conteúdo é ficcionado;misturam-se personagensimaginárias e personagenshistóricas, reforçando defeitos equalidades da natureza humana.Viriato era, de acordo comdescrições de autores romanos,um chefe militar competente,corajoso e astucioso queestratégica e cruelmente vencia osRomanos. Era um homemdesprendido dos bens materiaise um líder justo na repartição dossaques pelos seus guerreiros. O

grande historiador grego, ao serviço de Roma, Diodoro Sículo,conta, num relato completo do casamento de Viriato com afilha de um latifundiário rico da zona do Tejo, que perante talrepasto tão farto, Viriato pouco tirou para si e repartiu o restopelos seus companheiros de armas (Viriato, Leonel Abrantes).Estes são os dois lados da personalidade de Viriato que maisfascinaram o autor, além de que também o motivou o facto deViriato ser um símbolo de identidade nacional acerca do qualmuito pouco se sabe.

Num cenário constituído por três fragas, uma delascom sete metros, cujo cenógrafo é também Jorge Fraga,encontram-se e desencontram-se trinta e três actores, entreeles: Gonçalo Diniz (Viriato), Sandra Celas (Tangina), ÂngelaPinto (Dilécia) e o veterano Vítor de Sousa (Astolpas).

“O que tem faltado aos Lusitanos é um bom comando,um verdadeiroCintux. Quandoele é fraco, o povoé fraco; masquando o Cintux éforte, o povo éforte.” (fala daDruiata - afeiticeira); Viriatoassume o podercom uma rapidez

Ana Margarida Rebelo GonçalvesEstagiária na Área da Animação Cultural - ISPV

Fotos: PRESSLOOK / Humberto Sousa (teatro trindade)

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espantosa, tem oito vitórias sobre os Romanos em oito anos, ouseja, num curto espaço de tempo ele chega ao poder, vence e étraído. A ascensão rápida de um humilde pastor a uma posição depoder e de decisão e a célere morte do mesmo pelas mãos da inveja,da traição, da corrupção, da cobiça e da ganância fazem lembrarmuitas tragédias que a História foi escrevendo ao longo do tempoe que a memória social vai esquecendo. O Viriato desta peça é umlíder justo que luta pela liberdade com coragem e audácia porque,para ele, a liberdade é a maior riqueza.

Nesta peça, Druiata tem o papel do coro da tragédia grega,é sempre consultada pelos Lusitanos e pressagia sobre o futuro:“Depois da guerra, a paz; depois da paz, a festa; depois da festa, adesconfiança; a seguir, a perfídia; e, no final, a tragédia. Os deusesjá olham para outros lados! Estamos a ficar sozinhos!”. Antes deuma investida, nos casamentos e nos funerais, os Lusitanos faziamsempre uma oração, sacrifícios e oferendas ao seu Deus, Endovélico.Na primeira derrota de Viriato, os Lusitanos tinham partido para oconfronto com o Império Romano sem prestar as devidashomenagens a Endovélico e isso é um dos prenúncios do quepoderá ser um futuro trágico (“Se calhar, Viriato, não rezámos osuficiente a Endovélico. Foi tudo a despachar…”, Minuro).

O Senado Romano não pisa o solo Lusitano, ou seja, ascenas protagonizadas pelos senadores Romanos são projectadase não encenadas por entre e sobre as fragas Lusitanas. Oencenador, Fraga, “não queria que os Romanos pisassem o soloLusitano!”.

Resta agradecer a quem fez renascer Viriato das raízes doesquecimento e relembrar a sua mensagem.

“Só morre quem esquece. Viriato nunca morrerá”.

Notas do currículo artístico de JorgeNotas do currículo artístico de JorgeNotas do currículo artístico de JorgeNotas do currículo artístico de JorgeNotas do currículo artístico de JorgeFraga:Fraga:Fraga:Fraga:Fraga:

Foi o fundador de A Centelha (1977), onde participoucomo actor, e da Companhia de Teatro de Viseu (1981). Além disso,foi Director Artístico do Teatro da Academia de Viseu. Dirigiu, entreoutros, os seguintes espectáculos: Nem toda a pena é leve (Jorgede Sena, T. Academia de Viseu, 1995); Romeu e Julieta(W.Shakespeare, T. da Trindade, 1999); Chão de Almas (AquilinoRibeiro, T. Academia de Viseu, 2003).

EficiênciaMostra das Potencialidades do Distrito de Viseu para

a Participação Social de Pessoas com Deficiência

No âmbito das comemorações do Ano Europeu das Pessoas comDeficiência, as instituições de solidariedade social do distrito e diversas entidadesparceiras da região (entre as quais o Instituto Superior Politécnico de Viseu)levaram a efeito a Mostra das Potencialidades do Distrito de Viseu para aParticipação Social de Pessoas com Deficiência, a que deram o nome feliz deEficiência.

O Instituto Superior Politécnico de Viseu não poderia deixar de se associara uma iniciativa desta amplitude, não só pelo espírito de “cooperação com acomunidade, numa relação de reciprocidade”, consagrado nos seus Estatutos,mas, principalmente, pela cultura humanista vincadamente solidária que lhe estásubjacente.

Eficiência é, inequivocamente, a palavra que pautará a mudança numasociedade por vezes menos atenta. No Distrito são cerca de 20 000 as pessoasportadoras de deficiências. Algumas delas fazem parte do universo da nossaInstituição. Alunos e Professores que superaram eficientemente condicionantesque a vida lhes impôs no seu quotidiano.

Congresso de Artes e Tradições Portuguesas

O Instituto Superior Politécnico de Viseu foi um dos parceiros dacomissão organizadora do I Congresso de Artes e Tradições Portuguesas, promovidopela Confraria de Sabores e Saberes da Beira “Grão Vasco” e realizado em Viseunos pretéritos dias 18 e 19 do mês de Setembro. O congresso congregou emamplo espaço de debate e reflexão alguns dos mais insignes estudiosos nacionaisno domínio das artes e das tradições do país.

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Entrevista conduzida por Ester Araújo - ISPV

Fotografia - Damiana Almeida - ESE-Pólo de Lamego

A Doutora Margarida Menezes é aA Doutora Margarida Menezes é aA Doutora Margarida Menezes é aA Doutora Margarida Menezes é aA Doutora Margarida Menezes é acoordenadora do coordenadora do coordenadora do coordenadora do coordenadora do Pólo Educacional dePólo Educacional dePólo Educacional dePólo Educacional dePólo Educacional deLamego da Escola Superior de EducaçãoLamego da Escola Superior de EducaçãoLamego da Escola Superior de EducaçãoLamego da Escola Superior de EducaçãoLamego da Escola Superior de Educaçãode Vde Vde Vde Vde Viseuiseuiseuiseuiseu.....

Concebido no âmbito de umaConcebido no âmbito de umaConcebido no âmbito de umaConcebido no âmbito de umaConcebido no âmbito de umapolítica de descentralização, quepolítica de descentralização, quepolítica de descentralização, quepolítica de descentralização, quepolítica de descentralização, quepermitiu redimensionar a Instituição epermitiu redimensionar a Instituição epermitiu redimensionar a Instituição epermitiu redimensionar a Instituição epermitiu redimensionar a Instituição elevar a todo o norte do distrito alevar a todo o norte do distrito alevar a todo o norte do distrito alevar a todo o norte do distrito alevar a todo o norte do distrito apresença e as vantagens do ensinopresença e as vantagens do ensinopresença e as vantagens do ensinopresença e as vantagens do ensinopresença e as vantagens do ensinopolitécnico, o Pólo Educacional depolitécnico, o Pólo Educacional depolitécnico, o Pólo Educacional depolitécnico, o Pólo Educacional depolitécnico, o Pólo Educacional deLamego foi criado em 1987.Lamego foi criado em 1987.Lamego foi criado em 1987.Lamego foi criado em 1987.Lamego foi criado em 1987.

A criação do Pólo de Lamego, nos finais dos anosoitenta, constituiu, sem dúvida, um forte desafio para a EscolaSuperior de Educação (ESE) e para o Instituto SuperiorPolitécnico de Viseu (ISPV) ao qual pertence. Pode dizer-seque esta aposta reverteu significativamente para ocrescimento da Instituição?

Considero que a criação do Pólo de Lamego constituiu,efectivamente, um forte desafio para a ESEV e para o ISPV. O facto dese ter criado este Pólo foi um passo importante para que o Institutopudesse “estender o seu braço” à parte norte do distrito de Viseu. Selevarmos em linha de conta que bem perto de nós, mais concretamenteem Vila Real, se encontra sediada uma universidade, a criação doPólo contribuiu para fortalecer o ensino politécnico na região. Foi, deigual modo, uma forma de fixar mais jovens na cidade de Lamego,oriundos de diferentes pontos do continente e ilhas.

Lamego, por seu lado, tem obviamente beneficiadocom a existência deste Pólo, o que está patente no seudesenvolvimento económico e social. Quer dar-nos algunsexemplos concretos?

Acreditamos que, em termos culturais, o Pólo de Lamego,através de actividades desenvolvidas ao longo de vários anos, deu oseu contributo para o desenvolvimento da região. Em muitas situações,foi o impulsionador da discussão do ensino superior em Lamego.Deu, também, um contributo significativo ao nível da promoção de

eventos de natureza cultural, tendo trazido até esta cidade altas personalidadesde diversas áreas (em especial da Educação). Só a título de exemplo, o Pólo

Educacional de Lamego játrouxe aqui personalidadescomo o Prof. Doutor AugustoSantos Silva (ex-ministro daEducação); o Prof. DoutorFernando Regateiro (na alturaPresidente da AssociaçãoNacional de Pais); o Prof.Doutor Jorge Olímpio Bento(Presidente do ConselhoDirectivo da FCDEF-UP); e oProf. Doutor Manuel Patrício(Reitor da Universidade deÉvora).

No ano transacto realizou-seem Lamego um Simpósio

destinado, entre outros assuntos, a debater a Região do Douro-Sul, nas suasdiferentes vertentes. Neste evento, estiveram envolvidas não só a nossaInstituição, como também a Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Lamego

(a qual também colaborou na organizaçãodo encontro) e diversas personalidadesresponsáveis por instituições com algum pesona nossa comunidade (Região de Turismodo Douro-Sul, câmaras da Região do Douro-Sul, Gabinete do Douro Património daHumanidade, Instituto Portuário,representante da empresa Douro Azul,representantes de agências de turismo, decasas de Turismo de Habitação, entreoutras).

Com o ensino superior em Lamegoverificou-se um crescimento demográfico ao nível da cidade, facto que pode tertido alguma influência no crescimento imobiliário que se sentiu localmente. Comoo Pólo de Lamego não possui uma residência universitária, o aluguer de casasreflectiu-se de forma positiva no desenvolvimento económico da região.

De igual modo, a vida estudantil, com todas as suas características,deu também o seu contributo no que se refere ao sector de restauração e docomércio em geral.

Num momento em que o decréscimo de alunos é notório anível nacional, a aposta feita nesta unidade de ensino continua a serválida e a justificar-se?

Certamente que sim. Acredito que, quando uma instituição de ensinosuperior conquista um determinado espaço, deve efectuar todos os esforçospara conservar esse mesmo espaço. Aquilo que é fundamental é que a Instituiçãose aperceba das mudanças que estão a ocorrer na sociedade e, maisconcretamente, no mercado de trabalho, para que possa, de uma forma eficaz,adaptar-se a essas novas realidades.

O Pólo de Lamego da ESEV tem-se circunscrito, até agora, àformação de professores. Se aquando da sua criação essa era umaárea profissional com forte absorção no mercado de trabalho, hoje arealidade é outra. Prevê-se, para o futuro, um novo rumo em termos daformação ministrada?

As exigências do mercado de trabalho, que acabei de referir, levaram

Neste número, Polistécnica regista o depoimento da DoutoraMargarida Menezes, que fala da Instituição que coordena, numaaltura de grandes mudanças para o ensino superior e em que oscursos de formação de professores enfrentam certas dificuldades.

Na próxima edição esta secção continuará a dar relevo aopensamento dos dirigentes do ISPV.

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um grupo da área de Educação Física a pensar em novos rumos.Assim, foi elaborado um documento de proposta para um novo cursona área das Ciências do Desporto – variante em Desporto deRecreação, que não se integrava na área da formação de professores,e do qual o Ministério da Ciência e do Ensino Superior tem jáconhecimento. Por razões alheias àInstituição, o curso não foi aprovado paraentrar em funcionamento no presente anolectivo. Para além disso, já há 4 anos que noPólo se realizam cursos de FormaçãoComplementar destinados a Educadores deInfância e a Professores do Ensino Básico eSecundário, com o objectivo de lhes conferiro grau de Licenciatura. Apesar destaformação ser comum à que se processa naESEV, o curso de Qualificação para oExercício de Outras Funções Educativas –Animação Sócio-Cultural (Educação,Desporto e Cultura) teve a sua génese noPólo de Lamego.

Estamos, também, a pensar narealização de novos cursos no âmbito daFormação Especializada, um dos quais irá funcionar no presente anolectivo (Organização e Desenvolvimento Curricular). Isto é, há queapostar, neste momento, em aprofundar a formação de agentes jáintegrados, de alguma forma, no mercado de trabalho.

A introdução da licenciatura bietápica que referiu,Ciências do Desporto, variante em Desporto de Recreação,bem como a de Museologia fazem parte dos objectivos doPólo. Em que pressupostos assentou a opção por essescursos?

Em relação ao curso de Ciências doDesporto - variante em Desporto de Recreação,este assentou em vários factores. Em primeirolugar, Lamego possui óptimas condições naturaisque contribuem para potenciar este curso.Repare que estamos inseridos numa zonageográfica considerada, recentemente, comoPatrimónio da Humanidade, zona esta que éuma fonte inesgotável de recursos naturais quenecessitam de uma maior exploração, quer navertente do turismo, quer na própria vertente darecreação. A existência, em Lamego, doComplexo Desportivo é um recurso que nãopode ser descurado e, como tal, deve ser visto como uma mais-valiaao funcionamento do referido curso. Por outro lado, não nos podemosesquecer que o Pólo de Lamego possui um corpo docente qualificadonesta área.

O curso de Museologia justifica-se pelo facto do nosso país,em geral, e, em particular, a cidade de Lamego serem bastante ricosem termos de património cultural e ambiental. Daí, a necessidade deformar especialistas que pudessem intervir em áreas como: museus,transformando-os em espaços vivos, activos e promotores deconhecimentos; em autarquias, procedendo ao levantamento,caracterização e elaboração de propostas para catalogação deachados/monumentos; restauro e conservação de bens culturais;arquivos e outras actividades ligadas à museologia.

Os cursos tecnológicos pós-secundários de nível IV têmalguma possibilidade de virem aqui a ser enquadrados?

Penso que este projecto merece cuidado e atenção. Em primeirolugar, é necessário que se clarifiquem alguns aspectosque, do nosso ponto de vista, são essenciais para aconsecução dos objectivos inerentes a este tipo de cursos,uma vez que ainda não existe um enquadramento bemdefinido, nomeadamente na forma de operacionalizaçãodos mesmos.

No que reporta a recursos humanos emateriais, considera que esta unidade está numbom patamar ou faltam-lhe ainda algumascondições?

Neste momento existem bastantes lacunas, querao nível de recursos humanos, quer ao nível de recursosmateriais. No entanto, as maiores dificuldades com quenos debatemos diariamente estão relacionadas com ascondições físico-espaciais. Neste campo, temos tido um

forte apoio da autarquia, tanto na cedência de instalações, como na disponibilidadeda Cantina Municipal para as refeições dos nossos alunos.

Em termos de número de salas, a Instituição tem-se debatido comalgumas dificuldades, uma vez que, com as turmas de formação inicial e com asdos complementos de formação, o número de salas começa a ser escasso, oque nos obriga a uma gestão muito criteriosa na altura da elaboração doshorários.

É evidente que existem sempre algumas dificuldades e limitações. Noentanto, as instalações podem ser vistas como um indicador de qualidade de

uma instituição. Aliás, aquando da avaliação externa docurso de Educação Física, o único ponto fraco atribuídopelo grupo de avaliadores foi o das instalações, todos osrestantes aspectos foram valorizados de forma bastantepositiva.

De qualquer modo, gostaria de salientar trêsinstituições que em muito têm contribuído para que o Póloconsiga responder de forma afirmativa a todas asadversidades que têm surgido − o Instituto SuperiorPolitécnico de Viseu, na pessoa do seu presidente, Prof.Doutor João Pedro de Barros; a ESEV, representadapela Doutora Maria de Jesus Fonseca e a CâmaraMunicipal de Lamego, na pessoa do seu presidente, Prof.José António Almeida Santos.

A Declaração de Bolonha vai implicar mutações profundasem todo o sistema de ensino superior português como, de resto, no detodos os países que subscreveram o documento. Esta unidadeeducacional está sensibilizada e preparada para enfrentar a novarealidade?

Apesar do Pólo ser uma unidade educacional integrada na ESEV e,portanto, todas as possíveis reestruturações serem da responsabilidade desta, éclaro que nos sentimos sensibilizados e preparados para assumir esta novarealidade do ensino superior que é a Declaração de Bolonha.

Este processo é, efectivamente, um desafio para todas as instituiçõesdo ensino superior, facto que as tem levado a criar gabinetes com vista àpreparação dos princípios aí contidos.

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ESCOLA SUPERIOR DE EDUCAÇÃOESCOLA SUPERIOR DE EDUCAÇÃOESCOLA SUPERIOR DE EDUCAÇÃOESCOLA SUPERIOR DE EDUCAÇÃOESCOLA SUPERIOR DE EDUCAÇÃO

22 de Maio de 2003ANTÓNIO FERREIRA GOMES

ÁREA CIENTÍFICA DE CIÊNCIAS DAÁREA CIENTÍFICA DE CIÊNCIAS DAÁREA CIENTÍFICA DE CIÊNCIAS DAÁREA CIENTÍFICA DE CIÊNCIAS DAÁREA CIENTÍFICA DE CIÊNCIAS DAEDUCAÇÃO – ESPECIALIDADE DEEDUCAÇÃO – ESPECIALIDADE DEEDUCAÇÃO – ESPECIALIDADE DEEDUCAÇÃO – ESPECIALIDADE DEEDUCAÇÃO – ESPECIALIDADE DE

EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAREDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAREDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAREDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAREDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR

TEMA DA LIÇÃO: A Aula de Apresentação da Disciplina deSeminário

JÚRI:Prof. Doutor João Pedro de Barros (Presidente do Instituto SuperiorPolitécnico de Viseu e Professor Coordenador da Escola Superiorde Educação de Viseu)Prof. Doutor Albano Cordeiro Estrela (Professor Catedrático daFaculdade de Psicologia e de Ciências da Educação daUniversidade de Lisboa)Prof.ª Doutora Maria Teresa de Lemos Correia Cordeiro Estrela(Professora Catedrática da Faculdade de Psicologia e de Ciênciasda Educação da Universidade de Lisboa)Prof.ª Doutora Maria das Dores Formosinho Sanches Simões(Professora Catedrática da Faculdade de Psicologia e de Ciênciasda Educação da Universidade de Coimbra)

ESCOLA SUPERIOR DE ENFERMAGEMESCOLA SUPERIOR DE ENFERMAGEMESCOLA SUPERIOR DE ENFERMAGEMESCOLA SUPERIOR DE ENFERMAGEMESCOLA SUPERIOR DE ENFERMAGEM

27 de Maio de 2003MANUELA MARIA DA CONCEIÇÃO FERREIRA

ÁREA DE ENFERMAGEM DE SAÚDEÁREA DE ENFERMAGEM DE SAÚDEÁREA DE ENFERMAGEM DE SAÚDEÁREA DE ENFERMAGEM DE SAÚDEÁREA DE ENFERMAGEM DE SAÚDEMAMAMAMAMATERNA E OBSTÉTRICATERNA E OBSTÉTRICATERNA E OBSTÉTRICATERNA E OBSTÉTRICATERNA E OBSTÉTRICA

TEMA DA LIÇÃO: Nascer com dignidade: Cuidados deEnfermagem à parturiente no período de dilatação

JÚRI:Prof. Doutor João Pedro de Barros (Presidente do Instituto Superior

3434343434

31 de Janeiro de 2003ESPERANÇA DO ROSÁRIO JALES RIBEIRO

ÁREA CIENTÍFICA DE PSICOLOGIA –ÁREA CIENTÍFICA DE PSICOLOGIA –ÁREA CIENTÍFICA DE PSICOLOGIA –ÁREA CIENTÍFICA DE PSICOLOGIA –ÁREA CIENTÍFICA DE PSICOLOGIA –ESPECIALIDADE DE PSICOLOGIA DAESPECIALIDADE DE PSICOLOGIA DAESPECIALIDADE DE PSICOLOGIA DAESPECIALIDADE DE PSICOLOGIA DAESPECIALIDADE DE PSICOLOGIA DA

EDUCAÇÃO – EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAREDUCAÇÃO – EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAREDUCAÇÃO – EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAREDUCAÇÃO – EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAREDUCAÇÃO – EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR

TEMA DA LIÇÃO: A Infância como construção social.Concepções sobre a Criança e Práxis na Educação Pré-Escolar

JÚRI:Prof. Doutor João Pedro de Barros (Presidente do InstitutoSuperior Politécnico de Viseu e Professor Coordenador daEscola Superior de Educação de Viseu)Prof. Doutor Mário Miguel Machado Osório Gonçalves(Professor Associado do Instituto de Educação e Psicologiada Universidade do Minho)Prof. Doutor Saúl Neves de Jesus (Professor Associado doDepartamento de Psicologia da Universidade do Algarve)Prof.ª Doutora Teresa de Vasconcelos (ProfessoraCoordenadora da Escola Superior de Educação de Lisboa)

6 de Maio de 2003ANA PAULA OLIVEIRA CARDOSO

ÁREA CIENTÍFICA DE CIÊNCIAS DAÁREA CIENTÍFICA DE CIÊNCIAS DAÁREA CIENTÍFICA DE CIÊNCIAS DAÁREA CIENTÍFICA DE CIÊNCIAS DAÁREA CIENTÍFICA DE CIÊNCIAS DAEDUCAÇÃOEDUCAÇÃOEDUCAÇÃOEDUCAÇÃOEDUCAÇÃO, INVESTIGAÇÃO E INO, INVESTIGAÇÃO E INO, INVESTIGAÇÃO E INO, INVESTIGAÇÃO E INO, INVESTIGAÇÃO E INOVVVVVAÇÃOAÇÃOAÇÃOAÇÃOAÇÃO

PEDAGÓGICAPEDAGÓGICAPEDAGÓGICAPEDAGÓGICAPEDAGÓGICA

TEMA DA LIÇÃO: Inovação Pedagógica, Investigação eFormação de Professores

JÚRI:Prof. Doutor João Pedro de Barros (Presidente do InstitutoSuperior Politécnico de Viseu e Professor Coordenador daEscola Superior de Educação de Viseu)Prof. Doutor António Simões (Professor Catedrático daFaculdade de Psicologia e de Ciências da Educação daUniversidade de Coimbra)Prof.ª Doutora Maria das Dores Formosinho Sanches Simões(Professora Catedrática da Faculdade de Psicologia e deCiências da Educação da Universidade de Coimbra)Prof. Doutor José Brites de Ferreira (Professor Coordenador daEscola Superior de Educação de Leiria)

Esta secção de Polistécnica pretende disponibilizar informação sobreas provas académicas realizadas pelo corpo docente da nossa Instituição,relevando, igualmente, a excelência científica de quem tem aresponsabilidade de formar quadros superiores, para a região e para opaís, devidamente habilitados para um mercado cada vez mais exigente ecompetitivo.

Politécnico de Viseu e Professor Coordenador da Escola Superiorde Educação de Viseu)Mestre Ernestina Maria Veríssimo Batoca da Silva (ProfessoraCoordenadora da Escola Superior de Enfermagem de Viseu)Mestre Ana Maria Baptista Oliveira Dias Malva Vaz (ProfessoraCoordenadora da Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias deCastelo Branco)Mestre Maria Vitória Pereira de Almeida (Professora Coordenadorada Escola Superior de Enfermagem Bissaya Barreto de Coimbra)

Os mais recentes mestradosOs mais recentes mestradosOs mais recentes mestradosOs mais recentes mestradosOs mais recentes mestrados

ESCOLA SUPERIOR DE tecnologiaESCOLA SUPERIOR DE tecnologiaESCOLA SUPERIOR DE tecnologiaESCOLA SUPERIOR DE tecnologiaESCOLA SUPERIOR DE tecnologia

19 de Março de 2003TERESA DE JESUS RESENDE SILVA DOS SANTOS NETO

Mestrado em Investigação OperacionalMestrado em Investigação OperacionalMestrado em Investigação OperacionalMestrado em Investigação OperacionalMestrado em Investigação Operacional

INSTITUIÇÃO – Faculdade de Ciências da Universidade deLisboaDISSERTAÇÃO – Meta-heurísticas em Problemas de Programaçãocom Números Inteiros

úlúlúlúlúltimas provtimas provtimas provtimas provtimas provas públicasas públicasas públicasas públicasas públicas

PROFESSOR-COORDENADORPROFESSOR-COORDENADORPROFESSOR-COORDENADORPROFESSOR-COORDENADORPROFESSOR-COORDENADOR

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25 de Março de 2003SARA MARIA ALEXANDRE E SILVA FELIZARDO

Mestrado em Psicologia da EducaçãoMestrado em Psicologia da EducaçãoMestrado em Psicologia da EducaçãoMestrado em Psicologia da EducaçãoMestrado em Psicologia da Educação

INSTITUIÇÃO – Universidade de CoimbraDISSERTAÇÃO – A Construção da Identidade e o Desenvolvimentoda Autonomia em Contexto de Ensino Superior

JÚRI:Prof. Doutor António Simões (Universidade de Coimbra)Prof.ª Doutora Esperança do Rosário Ribeiro (Escola Superior deEducação do Instituto Superior Politécnico de Viseu)Prof. Doutor Joaquim Armando Alves Ferreira (Universidade deCoimbra)

15 de Setembro de 2003LÚCIA MARIA PEREIRA DE SOUSA ALMEIDA

Mestrado em Administração Escolar eMestrado em Administração Escolar eMestrado em Administração Escolar eMestrado em Administração Escolar eMestrado em Administração Escolar eAdministração EducacionalAdministração EducacionalAdministração EducacionalAdministração EducacionalAdministração Educacional

INSTITUIÇÃO – Universidade Católica Portuguesa (Centro Regionaldas Beiras – Pólo de Viseu)DISSERTAÇÃO – A Gestão Flexível do Currículo e a Autonomia dasEscolas – Análises Práticas e Implicações na Organização Escolar –Estudo de 2 Casos

JÚRI:Prof. Doutor Paulo Jorge de Almeida Pereira (Universidade CatólicaPortuguesa)Prof. Doutor António Ribeiro Gomes (Universidade CatólicaPortuguesa)Prof. Doutor Jorge Adelino da Costa (Universidade de Aveiro)Prof. Doutor José Afonso Nunes Baptista (Universidade CatólicaPortuguesa)

12 de Novembro de 2002FILOMENA ANTUNES SOBRAL

Mestrado em Som e Imagem –Mestrado em Som e Imagem –Mestrado em Som e Imagem –Mestrado em Som e Imagem –Mestrado em Som e Imagem –Especialização ArgumentoEspecialização ArgumentoEspecialização ArgumentoEspecialização ArgumentoEspecialização Argumento

INSTITUIÇÃO – Universidade Católica Portuguesa (Centro Regionaldo Porto)DISSERTAÇÃO – Obra Científico-artística intitulada “Castelos deAreia” (Argumento Cinematográfico)

JÚRI:Prof.ª Doutora Joan Braderman (Hampshire College Massachusetts,E.U.A.)Prof.ª Doutora Carolin Ferreira (Universidade Católica do Porto)Prof.ª Doutora Yolanda Campos (Universidade Católica do Porto)

5 de Dezembro de 2002MARIA CUSTÓDIA FERREIRA PAIS

Mestrado em Educação - Especialização emMestrado em Educação - Especialização emMestrado em Educação - Especialização emMestrado em Educação - Especialização emMestrado em Educação - Especialização emTTTTTecnologia Educaecnologia Educaecnologia Educaecnologia Educaecnologia Educativtivtivtivtivaaaaa

INSTITUIÇÃO – Instituto de Educação e Psicologia da Universidadedo MinhoDISSERTAÇÃO – A Tecnologia Educativa na Formação Inicial deProfessores: Um Estudo sobre o Contributo da Tecnologia Educativapara a Formação de Professores e Educadores Licenciados pelasEscolas Superiores de Educação – Ensino Superior Politécnico

JÚRI:Prof. Doutor Elias Branco Fernández (Universidade do Minho)Doutor Bento Duarte da Silva (Universidade do Minho)Doutor Carlos Manuel Mesquita Morais (Instituto SuperiorPolitécnico de Bragança)

JÚRI:Prof. Doutor Miguel Constantino (Universidade de Lisboa)Prof. Doutor João Pedro Pedroso (Universidade do Porto)Prof. Doutor Pinto Paixão (Universidade de Lisboa)Prof. Doutor Pinho de Sousa (Universidade do Porto)

9 de Maio de 2003OLGA MARIA SOUSA CONTENTE

Mestrado em Sistemas e Automação -Mestrado em Sistemas e Automação -Mestrado em Sistemas e Automação -Mestrado em Sistemas e Automação -Mestrado em Sistemas e Automação -Especialização em Gestão da InformaçãoEspecialização em Gestão da InformaçãoEspecialização em Gestão da InformaçãoEspecialização em Gestão da InformaçãoEspecialização em Gestão da Informação

INSTITUIÇÃO – Faculdade de Ciências e Tecnologia daUniversidade de CoimbraDISSERTAÇÃO – Controlador Neuro-Fuzzy para ManipuladorPneumáticoJÚRI:Prof. Doutor Traça de Almeida (Faculdade de Ciências eTecnologia da Universidade de Coimbra)Prof. Doutor Tenreiro Machado (Instituto Superior Politécnicodo Porto)Prof. Doutor Manuel Crisóstomo (Universidade de Coimbra)

28 de Julho de 2003MARIA ELISABETE FERREIRA SILVA

Mestrado em Engenharia do Ambiente –Mestrado em Engenharia do Ambiente –Mestrado em Engenharia do Ambiente –Mestrado em Engenharia do Ambiente –Mestrado em Engenharia do Ambiente –Ramo de Gestão de Resíduos IndustriaisRamo de Gestão de Resíduos IndustriaisRamo de Gestão de Resíduos IndustriaisRamo de Gestão de Resíduos IndustriaisRamo de Gestão de Resíduos Industriais

INSTITUIÇÃO – Universidade do PortoDISSERTAÇÃO – Co-compostagem de Resíduos SólidosAvícolas e de Resíduos Sólidos Florestais

JÚRI:Prof.ª Doutora Ana Cristina Ferreira da Cunha Queda (InstitutoSuperior de Agronomia de Lisboa)Prof.ª Doutora Olga Cristina Pastor Nunes (Faculdade deEngenharia da Universidade do Porto)Prof. Doutor Luís Eugénio Pinto Teixeira de Lemos (EscolaSuperior de Tecnologia do Instituto Superior Politécnico deViseu)Prof. Doutor Veloso Gomes (Faculdade de Engenharia do Porto)

ESCOLA SUPERIOR DE EDUCAÇÃOESCOLA SUPERIOR DE EDUCAÇÃOESCOLA SUPERIOR DE EDUCAÇÃOESCOLA SUPERIOR DE EDUCAÇÃOESCOLA SUPERIOR DE EDUCAÇÃO

27 de Dezembro de 2002HENRIQUE MANUEL PEREIRA RAMALHO

Mestrado em Educação - Especialidade deMestrado em Educação - Especialidade deMestrado em Educação - Especialidade deMestrado em Educação - Especialidade deMestrado em Educação - Especialidade deSociologia da Educação e PolíticasSociologia da Educação e PolíticasSociologia da Educação e PolíticasSociologia da Educação e PolíticasSociologia da Educação e PolíticasEducaEducaEducaEducaEducativtivtivtivtivasasasasas

INSTITUIÇÃO – Instituto de Educação e Psicologia daUniversidade do MinhoDISSERTAÇÃO – Políticas Educativas e Currículo: uma análisedas lógicas de construção e gestão curriculares numagrupamento de escolas

JÚRI:Prof. Doutor Carlos Vilar Estêvão (Instituto de Educação ePsicologia da Universidade do Minho)Prof. Doutor Almerindo Janela Afonso (Instituto de Educação ePsicologia da Universidade do Minho)Prof.ª Doutora Carlinda Leite (Faculdade de Psicologia e deCiências da Educação da Universidade do Porto)

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Após ter sido concluída a ligação à RCTSde todas as escolas públicas do 1º ciclo, em 2001, oMinistério da Ciência e Tecnologia considerou ser

necessário desenvolver um projecto de dinamização da utilizaçãoeducativa da Internet neste grau de ensino. Neste sentido, celebraram-seprotocolos de colaboração entre a FCCN (Fundação para a ComputaçãoCientífica e Nacional), coordenadora nacional do projecto, e todas asESEs do continente, bem como com as universidades nos distritos ondeestas não existam.

Este protocolo de colaboração contemplava a contratação demonitores para realizarem visitas às escolas EB1 do distrito de Viseu,tendo como principal missão desenvolver e certificar as competênciasbásicas em informática nos alunos do 1º ciclo, especialmente os do 4ºano, e criar e dinamizar o sítio das escolas EB1 na rede RCTS.

No ano lectivo transacto a ESEV coordenou o trabalho de 24monitores no terreno, que visitaram uma média de 3 vezes cada uma das776 escolas da rede pública do distrito de Viseu, num total de 2430visitas. Durante estas visitas foram trabalhados 645 sítios de escolasEB1, tendo sido publicados pela primeira vez na RCTS 580 sítios. AESEV manteve um sítio do programa em www.esev.ipv.pt/net1ciclo.

Atribuíram-se 296 diplomas de competências básicas, noâmbito do projecto, em articulação com as câmaras municipais e osespaços Internet. Para rentabilizar o acesso das crianças aos equipamentosestabeleceram-se protocolos com as câmaras de Tondela, Mangualde,Resende, S. Pedro do Sul, Vila Nova de Paiva, Sernancelhe e Vouzela.

Ao longo do ano lectivo a ESEV desenvolveu várias acçõesparalelas ao projecto, das quais destacamos a realização de um congresso,nos dias 8 e 9 de Maio de 2003, com a participação de cerca de 140professores do 1º CEB.

A ESEV desenvolveu, em parceria com a ESE do Porto, omanual “Ensina o teu Computador – um Manual só para Miúdos”,enquadrando o desenvolvimento e aquisição das competências básicasem informática, para as crianças do 1º ciclo. Este manual foi editado pela

FCCN, com uma tiragem de 150 000 exemplares, e está a ser distribuídopor todas as escolas do 1º CEB do continente.

Na continuidade do projecto a ESEV conta, este ano lectivo, coma participação de 50 monitores no terreno que farão uma média de 4 visitasa cada escola EB1 (1º ciclo do ensino básico). Estão projectadas estratégiasde dinamização dos sítios das escolas, através do projecto “Pensar oPatrimónio Local”, coordenado pelo Centro de Competência Nónio sec.XXI e que pode ser consultado em www.esev.ipv.pt/tear. A ESEV irátambém apostar no aumento de oferta de actividades de certificação deCompetências Básicas aos alunos do 1º ciclo.

PROGRPROGRPROGRPROGRPROGRAMA INTERNET@EB1 NA ESE DE VISEUAMA INTERNET@EB1 NA ESE DE VISEUAMA INTERNET@EB1 NA ESE DE VISEUAMA INTERNET@EB1 NA ESE DE VISEUAMA INTERNET@EB1 NA ESE DE VISEUCristina Azevedo Gomes

Coordenadora Pedagógica do ProjectoProfessora da Escola Superior de Educação - ISPV

ESCOLA SUPERIOR DE ENFERMAGEMESCOLA SUPERIOR DE ENFERMAGEMESCOLA SUPERIOR DE ENFERMAGEMESCOLA SUPERIOR DE ENFERMAGEMESCOLA SUPERIOR DE ENFERMAGEM

17 de Julho de 2003AMADEU MATOS GONÇALVES

Mestrado em Ciências Sociais:Mestrado em Ciências Sociais:Mestrado em Ciências Sociais:Mestrado em Ciências Sociais:Mestrado em Ciências Sociais:território, identidades e pterritório, identidades e pterritório, identidades e pterritório, identidades e pterritório, identidades e paaaaatrimóniotrimóniotrimóniotrimóniotrimónio

INSTITUIÇÃO - ISCTE - Instituto Superior de Ciências doTrabalho e da EmpresaDISSERTAÇÃO – A saúde, a doença e a cura: o recurso aosoperadores rituais alternativos entre os utentes das consultas depsiquiatria no Concelho de Viseu

JÚRI:Prof. Doutor João Freire (ISCTE - Instituto Superior de Ciênciasdo Trabalho e da Empresa)Prof.ª Doutora Berta Nunes (Instituto Ciências Biomédicas AbelSalazar da Universidade do Porto)Prof. Doutor Donizete Rodrigues (Universidade da Beira Interior)

10 de Janeiro de 2003Carla Maria Viegas e Melo e Cruz

Mestrado em Psicologia – Área deMestrado em Psicologia – Área deMestrado em Psicologia – Área deMestrado em Psicologia – Área deMestrado em Psicologia – Área deEspecialização: Psicologia do TrabalhoEspecialização: Psicologia do TrabalhoEspecialização: Psicologia do TrabalhoEspecialização: Psicologia do TrabalhoEspecialização: Psicologia do Trabalho

INSTITUIÇÃO – Faculdade de Psicologia e Ciências de Educaçãoda Universidade do PortoDISSERTAÇÃO – A relevância da formação contínua emenfermagem face à complexidade de actividade profissional

JÚRI:Prof.ª Doutora Marianne Lacomblez (Faculdade de Psicologia e deCiências da Educação da Universidade do Porto)Prof.ª Doutora Amélia Lopes (Faculdade de Psicologia e de Ciênciasda Educação da Universidade do Porto)Prof. Doutor Pedro Ferreira (Faculdade de Economia da Universidadede Coimbra)

Todos os candidatos foram aprovados por unanimidade.Polistécnica cumprimenta-os.

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No âmbito das actividades previstas para o ano civil de 2004, a ÁreaCientífica de Francês propõe-se realizar, entre outras actividades académicas, umconjunto de seminários, ao ritmo de um seminário por mês, com o objectivo fundamentalde complementar aspectos científicos e pedagógicos considerados essenciais naformação dos alunos das licenciaturas, de que é parte interveniente.

Estes seminários versarão temas sobre a Cultura e a Literatura Francesase Francófonas; a Aquisição e o Desenvolvimento das Línguas Estrangeiras (oF.L.E.); a Fonética do F.L.E. aplicada aos vários níveis etários onde é ensinado ofrancês, entre outros. Serão tratados pelos docentes da Área Científica de Francês epor professores convidados.

Nas Actividades Científicas estão igualmente previstas:- Saídas para investigações, acções de formação, congressos nacionais einternacionais;- Participação em pós-graduações, complementos de formação e mestrados(seminário);- Projectos de Investigação em curso com várias universidades portuguesas eestrangeiras: Universidade do Porto; Universidade de Aveiro; Universidade deMons-Hainaut (Bélgica) e Universidade de Toulouse (França), entre outras;- Comunicações/Publicações: Propostas de comunicações na área da Fonética, daDidáctica das Línguas, das culturas francófonas, da Literatura e da Linguística/Psicolinguística, bem como artigos para publicação.

No que diz respeito às Actividades Pedagógicas e de Animação,estão previstas as seguintes actividades:- Curso Livre de Francês para vários níveis, ao longo do ano e para públicosdiversificados.- Actividades de animação – Francês Precoce (no âmbito do estágio de PráticaPedagógica do 3º ano, com os professores e as crianças das escolas deacolhimento dos estagiários e de Viseu).- Acções de Formação de curta duração no âmbito das actividades da Áreadentro das seguintes temáticas:- Língua e Cultura Francesas ;- Fonética;- Literatura Francesa;- Psicolinguística do Bilinguismo;- Língua Francesa;- Didáctica do Francês.

Acções FOCO:- Psicolinguística do Bilinguismo ao ensino pré-escolar e 1° ciclo;- Didáctica do Francês ao 2° e 3° ciclos e ensino secundário;- Ensino da Língua Francesa ao ensino pré-escolar e 1° ciclo.

ÁREA CIENTÍFICA DE FRANCÊSÁREA CIENTÍFICA DE FRANCÊSÁREA CIENTÍFICA DE FRANCÊSÁREA CIENTÍFICA DE FRANCÊSÁREA CIENTÍFICA DE FRANCÊS

Calendarização das actividades para o ano civil 2004

6º MatViseuO 6º MatViseu, encontro de professores

de Matemática, decorreu no pretérito dia 3 deOutubro de 2003 e foi organizado peloDepartamento de Matemática da Escola Superior

de Tecnologia de Viseu e pela Sociedade Portuguesa de Matemática– Delegação Regional do Centro.

A finalidade deste encontro radica no propósito de criarmais uma oportunidade de convívio entre os interessados emassuntos da “Matemática”, esperando contribuir para o intercâmbiode conhecimentos, ideias e experiências. O encontro teve a duraçãode um dia e contou com a presença de reputados oradoresconvidados e 92 participantes.Integraram o programa 2 sessões plenárias (uma de manhã e outrade tarde), 2 sessões em paralelo (manhã) e 5 sessões práticas (tarde).

“Mini-Cursos” de MatemáticaO Departamento de Matemática da Escola Superior

de Tecnologia de Viseu tem vindo a desenvolver algunsprojectos de combate ao insucesso escolar com o qual sedebate o ensino superior na área da Matemática.

Na primeira semana de aulas, os alunos da ESTVtiveram oportunidade de frequentar “Mini-Cursos” deMatemática. O objectivo foi diagnosticar o nível deconhecimentos dos alunos, fornecer pré-requisitos para aaprendizagem da Matemática leccionada na ESTV econfrontar os alunos com as suas dificuldades. Para esteefeito organizaram-se 3 turmas às quais foram leccionadas4 sessões sobre os conceitos fundamentais necessários aoinício de um curso em Engenharia/Gestão.

Iniciaram-se os cursos com um teste diagnóstico erealizou-se um teste de avaliação no final, de forma a avaliara evolução dos conhecimentos adquiridos. A classificaçãoobtida neste último teste poderá ser incluída na avaliaçãofinal das disciplinas de Análise Matemática /Matemática do1º semestre para os cursos de Engenharia/Gestão.

Os resultados obtidos em ambos os testes permitemconcluir que a frequência destes “Mini-Cursos” revelouaspectos positivos na aprendizagem, colmatando algumasdas lacunas existentes na área da Matemática.

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γγγγγAMAFORUM

Departamento de Matemática da ESTV

O γamaForum é mais uma das actividades ligadas aoGabinete de Apoio Matemático ao Aluno e um ponto de encontropara os alunos da Escola Superior de Tecnologia de Viseu. NesteFórum podes trocar ideias, partilhar experiências, colocar questõese discutir assuntos da área de Matemática. O sucesso deste fórumdepende directamente do empenho de cada um de nós. A tuaparticipação é importante!!!

Coloca aqui as tuas questões!!!!http://www.dmat.estv.ipv.pt/dep/dmat/gamaforum

Começar de Novo V

Realizou-se, de 24 de Setembro a 3 de Novembro de 2003, a quinta ediçãodo “Começar de Novo”.

Tal como nas edições anteriores, tentou-se proporcionar aos novos alunosdo curso de Engenharia Mecânica e Gestão Industrial, uma rápida e melhor integraçãono curso e na ESTV. Neste contexto foram realizadas diversas actividades quetiveram como objectivo proporcionar aos alunos uma visão ampla das várias áreas deintervenção da Engenharia Mecânica e Gestão Industrial, assim como possibilitar ocontacto entre colegas e professores, com a perspectiva de fomentar bons níveis deconfiança e auto-estima nos novos alunos.

Do programa constaram as seguintes actividades:

Recepção no acto da MatrículaRecepção dos alunos por parte de docentes do DEMGi com o intuito de:

. Proporcionar aos alunos um primeiro contacto com o Departamento e com os professores;

. Criar um ambiente de confiança nos alunos;

. Promover a imagem do curso e do Departamento no exterior;

. Fazer uma primeira caracterização dos alunos que ingressaram no curso.

Sessão de AberturaO Presidente do Conselho Directivo da ESTV, Eng. Fernando Sebastião,

e o Director de Departamento de Engenharia Mecânica e Gestão industrial, Eng.Teixeira de Almeida, desejaram as boas vindas a todos, dando-lhes parabéns por teremescolhido a Escola Superior de Tecnologia e o Curso de Engenharia Mecânica eGestão Industrial. Seguiu-se uma apresentação das várias áreas que compõem ocurso, dos docentes responsáveis e dos objectivos de cada disciplina. Projectou-seum filme onde alguns Engenheiros, antigos alunos de Engenharia Mecânica e GestãoIndustrial, dão o seu testemunho da sua passagem pelo curso e pela ESTV e divulgam,com orgulho, as suas competências no mercado de trabalho. Nesta sessão foramtambém apresentados alguns dos melhores trabalhos realizados no âmbito de algumasdisciplinas durante o ano transacto.

Acção de SociologiaLevada a efeito pela Dr.ª Carla Silva, docente da ESTV. Os objectivos

desta acção foram:· Promover as relações interpessoais;· Fomentar o trabalho em grupo;· Estabelecer um ambiente de diálogo e cooperação;

· Sensibilizar os alunos para os problemas actuais de carácter académico esocial.

Visitas de estudoAs visitas tiveram como objectivo:

· Sensibilizar os alunos para as várias áreas de intervenção do curso;· Dar a conhecer aos novos alunos, a região em que a Escola se insere;· Despertar a vocação para áreas específicas do curso.

As visitas deste ano foram à empresa Interecycling, ao Teatro Acert,ao Museu do Caramulo, onde se encontram expostos os nossos veículos queparticiparam na Shell Éco-Marathon, e à Adega Cooperativa de Mangualde,recentemente automatizada, podendo assim demonstrar algumas aplicações daEngenharia Mecânica e mesmo da Gestão Industrial.

Estava também prevista a realização de um jogo de futebol entredocentes e alunos, uma prova de karting e um pedy-paper pela cidade de Viseu.No entanto, o mau tempo não o permitiu. Estas actividades ficaram assim adiadaspara uma ocasião oportuna.

Jantar de ConvívioRealizado na Adega Cooperativa de Mangualde, onde se propiciou

um ambiente acolhedor e se possibilitou uma conversa informal entre alunos,novos alunos e docentes.

Sessão de EncerramentoNesta sessão o Docente da ESTV, Dr. Alexandre Aibéo, da comissão

ECOTEC, fez a divulgação das metodologias de racionalização dos recursos,procurando sensibilizar os novos alunos para a prática diária das chamadas “Atitudes Eco”.

Por fim, o Director do Curso de Engenharia Mecânica e GestãoIndustrial, Dr. João Vinhas, desejou a todos uma óptima vida académica eentregou medalhas aosmelhores alunos do anotransacto e aos autores dostrabalhos apresentados.

Eunice FerreiraAbel Oliveira

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Departamento de InformáticaNo passado dia 9 de Dezembro de 2003 realizou-se, na Escola

Superior de Tecnologia de Viseu, a primeira edição de palestras edemonstrações de produtos e tecnologias Apple. O evento, organizadopelo Departamento de Informática da ESTV (www.di.estv.ipv.pt),contou com o apoio da Computoviseu, Lda (representante da Appleem Viseu) e da Apple IMC Portugal (representante nacional da marca),foi considerado um sucesso pelos intervenientes e participantes, quedemonstraram interesse em repetir a iniciativa num futuro próximo.

As palestras versaram sobre os mais recentes avançostecnológicos da Apple, tanto em termos de computadores como desoftware de sistema e aplicacional. De entre as tecnologias apresentadas,destacou-se a demonstração de computadores portáteis ligados àInternet através de uma ligação sem fios, construída no momentoespecificamente para a demonstração. Esta mostra de tecnologia móvelrevestiu-se de inegável interesse para a audiência (na sua maioria,estudantes da ESTV), nomeadamente pela sua pertinência actual devidoao Programa e-U (Universidade Electrónica). Recorda-se que, a brevetrecho, o IPV irá ser totalmente coberto por uma rede wireless, à qualos estudantes, docentes e funcionários do IPV poderão ligar os seuscomputadores portáteis através de ligações sem fios.

Outras novidades Apple prenderam a atenção da plateia: onovo e primeiro computador de consumo a 64 bits (que será, nos

próximos anos, a tecnologia de base dos computadores), o novo,elegante, versátil e robusto sistema operativo Panther, e algumasaplicações de edição vídeo e áudio.

A par das sessões de palestras, o evento contou com doisinteressantes espaços no exterior do Auditório da ESTV:

. uma mostra das mais recentes máquinas da família Apple,desde computadores portáteis a computadores de mesa, bem como oprestigiado leitor de MP3 – iPod – e o novíssimo Macintosh G5, oprimeiro computador de consumo a funcionar a 64 bits, os quais puderamser experimentados no local por quem o desejasse;

.uma pequena exposição contendo algumas peças de hardwarehistóricas da Apple, denominada “Museu Apple”, em que foi possíveldeliciar os olhos com algumas máquinas com mais de 20 anos.

O Departamento de Informática, a Computoviseu e a AppleIMC Portugal congratularam-se com a boa receptividade da iniciativa eprometem ponderar a realização, já em 2004, de uma nova edição doevento.

EURISEuropeans Using Roundwood Innovatively and Sustainably

(Utilização Inovadora e Sustentável de Rolaria-Madeira na Europa)

EURIS é o maior projecto Europeu de educação florestal financiado pelaAgência Nacional Irlandesa no âmbito do programa “Leonardo da Vinci” e conta com aparticipação de oito parceiros europeus. Quatro dos parceiros são instituições de ensinosuperior: Instituto Politécnico de Viseu - Portugal; Waterford Institute of Technology -Irlanda; Larenstein International College - Holanda; e, Oulu Polytechnic, School ofRenewable Natural Resources - Finlândia. Um dos parceiros é um instituto de pesquisaem tecnologia da madeira – IVALSA - Itália. E os outros três parceiros são P.M.E.s:Sylviron - Irlanda (promotor); Mactavish - Reino Unido (coordenador); e, Krajina -Eslováquia.

Os dois anos do projecto EURIS, no qual o IPV participa sob a orientaçãocientífica do Prof. Doutor José Vicente Ferreira, começaram em Janeiro de 2003 e aprimeira fase de recolha de informação está perto de chegar ao fim. Todos os parceirostêm estado atentos às utilizações inovadoras da madeira através da Europa e estão aproduzir estudos de casos, os quais serão utilizados para suportar os módulos deestudo. Os estudos de caso devem satisfazer os seguintes parâmetros que o grupofixou para o projecto: incorporar rolaria de madeira de baixa qualidade, e que por issoterá um baixo valor económico; ser inovador; conter um valor adicional local; requererum mínimo de processamento; e ter boas possibilidades de ser transferido.

As áreas dos estudos de caso são bastante largas, abrangendo: engenhariade estruturas em madeira; arquitectura; engenharia ambiental; artesanato; energia damadeira e agricultura.

Dentro destas áreas, os casos de estudo abordados pelo IPV sãoextremamente diversos. Por exemplo, sob o tema “engenharia ambiental” estão a serpesquisadas diferentes técnicas, para utilização de madeira em rolo de pequeno diâmetroe das paliçadas, no controlo da erosão costeira (Fig.1).

Figura 1. Utilização de madeira no controlo da erosão costeira. Em cima, exemplo de utilização de paliçadasna costa portuguesa (DRAC). Em baixo, exemplo de utilização de cercas de vidoeiro na costa irlandesa(Sylviron Ltd).

José Vicente FerreiraProfessor da Escola Superior de Tecnologia - ISPV

Leonardo da Vinci

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Programa Leonardo da Vincina

ESAV

No âmbito do Programa Leonardo da Vinci foram realizadosvários contactos, nomeadamente com a Universidade de Szent István,Departamento de Horticultura, na Hungria, no sentido da Escolacolaborar na execução de um plano de estudos e material pedagógicopara a criação de um curso em Agricultura Biológica, nível IV (pós-secundário), transnacional, onde se pretende harmonizar condições parao seu funcionamento e troca de materiais didácticos produzidos emparceria com vários países europeus. Em 2002 foi realizada acandidatura, sendo o projecto aprovado com a referência n.º 2002HU/

02/B/P/PP-136009, intitulado COMPASS “Development of accredited-post secundary education program in the topic of ecological farming,for EU and candidate countries, harmonising their education program”,com o site http://anubis.kee.hu/Leonardo/ldvstart2.htm. A Escola iráreceber do programa Leonardo o montante total de 26 212,5 Euros.

Este projecto tem como organização promotora a Szent IstvánUniversity, Faculty of Horticultural Science, Department of Ecologicaland Sustainable Production Systems, tendo como parceiros as seguintesinstituições:

- Agricultural Secundary School, Tamási (Hungria);- University GH. Kassel (Alemanha);- Instituto Politécnico de Viseu, Escola Superior Agrária

(Portugal);- Solargo (França);- Biocert srl (Itália).

Os objectivos do projecto são os seguintes:- Programa educacional orientado para o mercado;- Programa transnacional, a nível europeu;- Introdução do programa educacional ao nível pós-secundário;- Preocupações agro-ambientais e desenvolvimentoeducacional ao nível das tecnologias agrícolas;- Tecnologias inovadoras na educação;- Aplicação de tecnologia multimédia na educação.

Os grupos-alvo, para os quais se destinam as actividades adesenvolver são:

- Estudantes de escolas secundárias de agricultura, nível IV(pós-secundário);- Desempregados com o 12º Ano;- “Life-long learning”;- Ensino à distância;

Paula CorreiaPedro Rodrigues

Professores da Escola Superior Agrária - ISPV

A utilização de troncos de árvore no “eco-desporto” radical é outro dos casosque está a ser pesquisado (Fig. 2).

Figura 2. Exemplos de estruturas em madeira utilizadas no North Shore.

Sob o tema “energia da madeira”, estão a ser pesquisados estudos de casoque utilizam a madeira no aquecimento de escolas e/ou habitações (Fig. 3).

Figura 3. Utilização de madeira no aquecimento de escolas. À esquerda, caldeira queimando lenha/briquetes,utilizada em Portugal. À direita, central de aquecimento, queimando estilha, utilizada na Finlândia.

Sob o tema “artesanato em madeira” estão a ser pesquisados vários estudosde caso dos quais podemos destacar as esculturas, as máscaras de Carnaval (Lazarim)e outros objectos feitos de madeira pelos artesãos portugueses (Fig. 4).

Figura 4. Exemplos de peças de artesanato português (à esquerda, escultura de Laginhas, ao centro, máscara decarnaval de Lazarim e à direita, candeeiro de Hélder).

O objectivo último do EURIS é demonstrar o potencial para inovação acrescidana utilização de madeira e, por isso, estimular novos negócios florestais e em contrapartidabeneficiar a sustentabilidade e vitalidade dos recursos florestais europeus.

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- Todos os trabalhadores agrícolas.

A Escola Superior Agrária de Viseu terá de desenvolvermaterial educacional nos seguintes temas:

- Gestão da água e conservação do solo;- Protecção ecológica das culturas;- Viticultura (crescimento ecológico da vinha);- Fruticultura mediterrânica;- Processamento e conservação tradicional de alimentos;- Tecnologias culturais em agricultura biológica;- Harmonização dos conteúdos educacionais desenvolvidos;- Testar os diferentes módulos numa escola profissional deAgricultura.

Em Junho de 2003, de 25 a 29, realizou-se a primeira reuniãoentre os parceiros. Todos os parceiros estiveram presentes, tendo aESAV enviado dois representantes: a Eng.ª Paula Correia e o Eng.ºPedro Rodrigues. Nesta primeira reunião realizou-se a apresentação doprograma e dos parceiros, a programação das tarefas e modo de asrealizar, atribuição escalonada no tempo do dinheiro das bolsas e suadistribuição pelos sub-items orçamentais. Ficou agendado que emFevereiro de 2005 os parceiros serão recebidos em Viseu para umareunião de preparação do projecto, a última antes da apresentação àcomunidade internacional dos materiais desenvolvidos.

Paralelamente a este projecto desenvolveu-se o dossierpedagógico para a acreditação de um Curso de EspecializaçãoTecnológica, nível IV (pós secundário) em Agricultura Sustentada, comuma variante em agricultura biológica. Este dossier está pronto e foientregue no Ministério da Educação em Setembro para apreciação.

ESAV mais uma vez presente naFesta/Feira do Vinho do Dão de Nelas

A Festa/ Feira do Vinho do Dão decorreu em Nelasnos passados dias 6, 7 e 8 de Setembro de 2003.

Este certame regional é, sem dúvida, o mais relevanteacontecimento de promoção/amostra do vinho do Dãorealizado na região demarcada.

A ESAV esteve presente, mais uma vez, com um standem lugar de destaque, onde promoveu os seus cursos eserviços, a convite da Câmara Municipal de Nelas, entidadecom a qual tem colaborado na animação cultural da Feira.

Tal como outros produtores e agentes económicosdo sector da vitivinicultura, também a ESAV deu um ar da suagraça: apresentou “en primeur” o seu tinto “EVENTS”, dacolheita de 2002, estagiado em barricas de carvalho francês eamericano, o qual foi muito elogiado pelos visitantes e pelacomunicação social.

João Paulo GouveiaProfessor da Escola Superior Agrária - ISPV

VI ENCONTRO “SAÚDE EM MOVIMENTO”CONCLUSÕES

Pela 6ª vez os docentes da ESEnf Viseu levaram acabo, nos dias 26 e 27 de Junho, o Encontro “Saúde em Movimento”, tendo comotemática central “Cuidar. Novos Paradigmas?”. Neste encontro procurou-se reflectiros contextos actuais da qualidade, da gestão, da educação, das políticas de saúde e dainvestigação, tendo como objectivo a excelência no cuidar.

Na mesa “Como produzir evidências em saúde?”, o Dr. Henrique Barrossalientou a necessidade da tomada de decisões em saúde ser baseada em provasinequívocas e não apenas em práticas ritualizadas, devendo a actuação ir de encontro àforma que mais agrada ao doente. Focou, ainda, a importância do papel do licenciado naobtenção dessas provas, de forma a produzir evidências em saúde através da suacapacidade de ler a informação e de a categorizar.

Relativamente à mesa “Triar para a qualidade: Triagem de Manchester”, aDr.ª Inês Barros referiu o porquê da necessidade de triar, os objectivos, bem como aconstituição de um sistema de triagem ideal. Acerca da realidade do Hospital S. TeotónioS.A. - Viseu, foi mencionado o sistema de triagem adoptado (baseado no grupo deManchester), as várias categorizações atribuídas aos utentes, que variam de emergentea não emergente, de acordo com a situação clínica apresentada. Apresentou a metodologiautilizada, que engloba a queixa da apresentação, um fluxograma e um discriminador. Para a triagem em situações de catástrofe apresentou uma actuaçãodiferente, uma vez que pelo seu carácter específico requer um fluxograma de catástrofe. Abordou, ainda, as implicações da Triagem de Manchester, aqual requer cursos de triagem, cursos de formadores e acções de divulgação.

Uma vez que este sistema se encontra a funcionar pela primeira vez no Hospital de Viseu, o Enfermeiro Estêvão referiu as adaptaçõesnecessárias ao espaço físico, salvaguardando que a avaliação do sistema até ao momento é positiva. Apresentou, ainda, dados estatísticos relativos afluxogramas por turnos, discriminadores e auditorias realizadas.

Na mesma mesa, o Enfermeiro Manuel Fernando, do Hospital de Santo António – Porto, especificou o perfil do Enfermeiro de triagem,apresentou a estrutura física da urgência daquele hospital, as estatísticas efectuadas e ainda as dificuldades sentidas na implementação da Triagem deManchester. O Enfermeiro José Carlos falou dos sistemas específicos em situações de catástrofe.

Paula NelasRosa Martins

Professoras da Escola Superiorde Enfermagem - ISPV

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Na mesa “Gestão: Novos contextos no cuidar”, o Dr. Guiné, como tema Novos modelos de gestão fez uma resenha das mudanças e reformasestatutárias dos hospitais desde 68 até à reforma S.A. dos nossos dias, aqual é constituída por forças de mudança que incidem em três eixos: foco nocidadão, melhor gestão e melhor informação. Fez uma abordagem quanto ànatureza jurídica, hospitais de redes e princípios específicos da Lei de GestãoHospitalar (Lei n.º 27/2002 de 8/11). Apresentou, também, os aspectosmais relevantes dos Hospitais-Empresa, designados por S.A., chamando aatenção para as questões inovadoras que, em sua opinião, têm aspectospositivos e negativos.

O Enfermeiro David Ferreira apresentou o Hospital S. SebastiãoS.A. – Vila da Feira, fazendo uma caracterização sumária do início, regime emissão deste hospital, referiu a área geodemográfica de influência, a áreaassistencial de referência, o organograma, a caracterização dos recursoshumanos e a lotação dos serviços. Aspectos como contratações de pessoal,sistemas de avaliação, incentivos de produção, contratação de bens e serviços,orçamentos, gestão de pessoal e responsabilidade civil dos gestores foramtambém aspectos abordados.

Com o tema Gestão para aqualidade, a Dr.ª Maria JoãoAmaral descreveu como sedesenrolou o processo deacreditação da qualidade noHospital Amadora Sintra, referiu anecessidade da existência deprocessos de acreditação daqualidade e dos objectivos damesma. Acrescentou quemotivação, liderança e informaçãosão aspectos básicos importantespara o sucesso da implementaçãodestes sistemas. Remeteu paraquestões como: Que fazer após aacreditação? O que se espera doshospitais após a acreditação? Oque esperam os hospitais?Concluiu dizendo que a qualidade é o produto final que todos esperam doshospitais após serem acreditados.

Dentro desta temática, o Enfermeiro Belmiro Sequeira referiu comose desenrolou o processo de acreditação no Hospital S. Teotónio S.A -Viseu, distinguiu acreditação de certificação, mencionou aspectos do manualde auditoria organizacional, factores chave do processo de acreditação, bemcomo as actividades chave. Destacou, igualmente, algumas dificuldadessentidas durante a implementação do processo de acreditação. Terminoudizendo que a adesão a este programa é benéfica, pois permite conhecer oque se faz, porque se faz e como se pode fazer melhor.

Na 4ª mesa “Políticas de saúde no cuidar”, o Dr. Fernando Andrade,dando voz ao tema O que vai melhorar nos Cuidados Primários, referiuos principais desafios encontrados desde que se iniciou a reforma ao níveldos cuidados de saúde primários, como sejam, a acessibilidade, as assimetriasregionais, as listas de espera, os cuidados continuados incipientes e a máqualidade do atendimento. Descreveu ainda as iniciativas-chave da reformae referiu as medidas fundamentais adoptadas, nomeadamente: a criação deredes de prestação de cuidados, aprovação de uma instituição da droga etoxicodependência, parcerias com o sector social, criação de rede de cuidadoscontinuados, bem como novas políticas de medicamentos genéricos.

No tema Políticas de saúde e o cuidar, o Dr. Mário Durval falouna necessidade de redistribuir o poder nas políticas de saúde, nasdesadequações do Serviço Nacional de Saúde, nas características para ofuturo das instituições de Saúde e na cidadania em saúde. Fez, também, umaanálise comparativa entre o Modelo Biomédico e Holístico. Referiu quecidadania em saúde é considerar o cidadão gestor da sua própria saúde, comprofissionais conselheiros e com serviços centrados no cidadão. Concluiudizendo que o futuro está voltado para a diversidade, a descentralização, apersonalização e compreensão dos cuidados, devendo existir umcompromisso mútuo cidadão/profissionais com responsabilidade individual.

Ainda nesta mesa, a Enfermeira Vitória Parreira, no tema Novosparadigmas no cuidar? fez uma retrospectiva histórica do cuidar,centrando-se no seu paradigma actual, no qual a Pessoa/Cliente ocupaa dimensão central. Define prática de enfermagem, salientando aimportância do saber estar e da aquisição dos conhecimentos no saberprático para as competências actuais dos enfermeiros. Concluiu lançandoum desafio para o futuro, baseado na investigação, competitividade eprodutividade, reforçando que a qualidade está intimamente ligada coma qualidade da relação.

Na 5ª mesa “(Con)viver com a violência”, e relativamente àtemática Mobbing no local de trabalho, o Prof. Vaz Serra começoupor conceitualizar mobbing, descrevendo o interesse, origem e sinónimosdo termo, identificou as várias fases do desenvolvimento do mobbing,descreveu comportamentos típicos e consequências deste. Informousobre os dados epidemiológicos nacionais e internacionais e concluiuapresentando um leque de conselhos a dar à vítima de mobbing.

A Dr.ª Helena Fonseca aludiu à temática da violência no meioescolar, salientando que esta não podeser vista isoladamente, mas inserida econtextualizada na violência social.Referiu dados epidemiológicos que asituam nos 15%, sendo o grupo 11-12anos o mais vulnerável e focou aparticularidade dos maturadores precocese tardios apresentarem maiores índices deviolência. Referiu que o contexto onde oadolescente se desenvolve, o tipo defamília e os estilos parentais sãoconsiderados como factores protectoresou desencadeadores de violência.Salientou que os profissionais de saúdedevem conhecer os contextos em que oadolescente se move, de forma aconduzirem-no para uma mudança decomportamentos, ajudando-o a melhoraras suas competências sociais e

promovendo a capacidade de motivação e o controlo dos impulsos.Finalizou dizendo que os adolescentes mais vulneráveis são os maisinfluenciáveis, inseguros e carentes de afecto.

Na temática Violência na mulher grávida, a Dr.ª Lúcia referiuque é um problema de saúde pública, pelas implicações e incapacidadesque daí advêm, conduzindo, em casos extremos, quer ao suicídio, querao homicídio. Apresentou as estatísticas internacionais e nacionais dasmulheres grávidas vítimas de maus-tratos. Referiu as consequênciasobstétricas, apresentando alguns estudos realizados. Deu a conhecer ascaracterísticas psicológicas das mulheres agredidas, mencionando osmotivos alegados por estas como desencadeadores das agressões. Falou,ainda, das condicionantes que as levam a manterem-se numa relação deabuso. Concluiu dizendo que a satisfação conjugal é crucial na gravidez.

Na 6ª mesa “(Con)viver com a adolescência” e relativamenteao tema Promoção da saúde psicossexual na adolescência: umdesafio para os educadores, o Dr. Salvador Araújo iniciou a suaexposição com a promoção da saúde, definindo o conceito e a suacontextualização desde a antiguidade até aos nossos dias. Salientou quea promoção da saúde deve focalizar-se na saúde e não na doença, nocomportamento humano e na adopção de estilos de vida saudáveis.Sobre a sexualidade, diferencia-a de sexo e, neste contexto, apresentauma visão parcelar do sexo, referindo as múltiplas dimensões desta,resumindo-a sumariamente a tudo o que tem a ver com afectos, desde onascimento até à morte. Apresentou as variáveis psicossociais associadasà saúde sexual e disse que estas podem ser trabalhadas em termoseducativos associados aos vários modelos relativos à promoção dasaúde, enfatizando o modelo IBM. Sobre os programas de intervençãona adolescência fez uma breve alusão aos que defendem a abstinênciasexual e os que defendem sexo seguro, apresentando uma visãoalternativa, que consiste em educar a criança/adolescente no sentido de

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lhe criar nesta vertente hábitos de vida saudáveis. Sobre a sexualidadena escola referiu a legislação existente, chamando a atenção para anecessidade de a implementar. Concluiu dizendo que é desde onascimento que se deve trabalhar a sexualidade, de forma a possibilitara tomada de decisões assertivas no futuro.

A Dr.ª Helena Marujo, na temática Educar para o optimismo,fez uma introdução à diversidade de culturas, direccionando as pessoaspara uma postura optimista, enfatizando os aspectos positivos edesvalorizando a perspectiva comum do negativismo. Referiu que asproximidades interpessoais advêm dos acontecimentos negativos devida e das mudanças profundas ocorridas que não se conseguemacompanhar. Salientou a importância da educação dos jovens para ooptimismo, tendo em conta que não há universalidade cultural e social.Referiu que a criação de motivação, estimulação, comunicação, direcção,acção e admiração pode levar a um caminho de optimismo. Disse queconhecer, respeitar, valorizar e acreditar são caminhos necessários epossíveis para levar os jovens a tomarem consciência do seu potencial,projectando-os na sua vida e na dos outros, de forma a estimular e adesenvolver a autonomia, a qual lhes possibilita acreditar no seu melhor.

ConferênciasJulho foi um mês riquíssimo em quantidade e qualidade

de conferências realizadas na Escola Superior de Enfermagem:“Escola Segura no Mundo do Trabalho” (10.07.03), “Anorexia”(15.07.03), “Histórias de Vida e Identidades: Professores eInterculturalidade” (17.07.03), “Higiene e Segurança noTrabalho” (19.07.03 e 26.07.03) e “Esquizofrenia” (22.07.03).

Visita de Estudo

A ESEnf. Viseu realizou, no passado mês de Abril de2003, a sua tradicional visita de estudo bienal, desta vez à Polónia,a convite da Academia de Educação Física da Universidade deCracóvia.

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A Tuna do Instituto Superior Politécnico de Viseu surgiuem Abril de 1998, representando e condensando no seu núcleoalunos de toda a comunidade académica do ISPV. No iníciosurgiu com alunos maioritariamente da ESTV e com a perturbaçãoda presença dos insucessos de anteriores projectos. Hoje, noentanto, tem já 5 anos e está mais forte do que nunca.

Sediada nas instalações dos Serviços Centrais no Campus Politécnico,conta com a presença de 37 elementos no activo, e alguns “velhinhos” que por elapassaram e lá deixaram a sua marca e saudade.

Sendo a Tuna do ISPV uma instituição que honra o Politécnico, a cidade ea região de Viseu, e mesmo o país, adaptam-se a ela as palavras que alguém disse:

Não sei quem sou

Mas já sou um meninoDe olhos abertos

CresciE quero irDescobrir este mundo

Rasgar o meu próprio caminho

NavegarPor entre as margensDos rios da minha “sede”...

Actividades:

. Espectáculo “Por Ruelas e Calçadas”, dias 3 e 6 de Dezembro, na Aula Magnados Serviços Centrais do ISPV, que contou, também, com a actuação do “recém-nascido” Grupo de Fados da Tuna do ISPV e a participação de alguns convidados;· Gravação de um álbum, 2º semestre de 2004;· Realização de um encontro de tunas, a organizar em conjunto com a AssociaçãoAcadémica de Viseu; · E muitos espectáculos por esse país fora.

Contando com o apoio do ISPV, e de toda a sua Academia, e da cidadede Viseu, estamos cada vez fortes e prontos para vos proporcionarmos muitosmomentos de alegria e qualidade musical.

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Foi com o aparecimento deuma nova realidade praxística eacadémica que, em 1997, surgiu

o Conselho de Viriato, órgão criado com o intuito dedinamizar, desenvolver, controlar e, essencialmente, dar aconhecer e materializar a verdadeira Tradição Académica,para que esta, mesmo evoluindo com o passar dos anos, nuncase deixe desvirtuar por entre os corações mais jovens.

Deste modo, e em consonância com o que os nossoscolegas fizeram durante os últimos seis anos, elaborámos, coma ajuda de alguns amigos, a quem desde já muito agradecemos,o nosso site www.conselhoviriato.net, uma adequação às novastecnologias, aos novos saberes, um ir mais além, um ultrapassarbarreiras, uma forma de comunicação acessível a todos e,acima de tudo, a transparência demonstrada nas nossas atitudese deveres.

Uma vez mais, este ano, fomos agraciados com apreferência de cerca de 1 100 novos alunos no Instituto

Superior Politécnico de Viseu, e foi ao encontro deste tãonobre pensamento que nós, Conselho de Viriato,preparámos com dedicação e carinho esta tão importante,se não a mais importante, fase das suas vidas. Além darespectiva Integração Académica, há um adaptar a umanova realidade, a uma nova cidade, a uma novamentalidade, a um novo sentimento, o desprender do seiofamiliar para muitos, o convívio com novas gentes, o deixarpara trás o simples companheirismo, o abraçar de novasamizades que, sem qualquer dúvida, irão marcar grandeparte das suas longas e proveitosas vidas. É ponto de honrapara este Conselho ajudar um pouco na formação de todosaqueles que, além do desejo convicto de um dia serem osprofissionais qualificados do futuro, sejam, igualmente, osHomens e Mulheres do amanhã, nunca esquecendo todoo caminho percorrido até então, bem como todos os que,de alguma forma, contribuíram para o seu crescimento,atribuindo-lhe assim um sentido mais lato e profundo.

Para uma consciencialização praxística, desde oprimeiro contacto com a Instituição materna da futura eprofícua formação de toda uma massa estudantil, criámoso Passaporte do Caloiro do ISPV. Este foi idealizado enasceu com o objectivo concreto de um efectivo controloa todos aqueles que consciente ou inconscientemente nãotêm noção do verdadeiro Espírito Académico, já que oTraje não é apenas uma simples veste, não é um direitoadquirido, é o encarnar de um sentimento holístico, é oaceitar, o respeitar, o transmitir e o perpetuar de toda uma

Uma realidade distinta !!!

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CONSELHO DE VIRIATO

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tradição secular.O primeiro contacto com os novos alunos foi feito, no

passado dia 7 de Outubro, na Aula Magna do ISPV, atravésda já tradicional Palestra de Sapiência da Praxe, naqual tiveram o prazer de conhecer e ouvir as sábiaspalavras do Prof. Doutor João Pedro Antas de Barros –Presidente do ISPV, Carlos Lopes – Presidente daAssociação Académica do ISPV, Rogério Pereira – TunoMestre da Tuna do ISPV, Prof. Doutor Fernando Regateiro– Director do Centro de Histocompatibilidade de Coimbrae Nuno Zambujal – O ViriatoO ViriatoO ViriatoO ViriatoO Viriato do ISPV. Mais do que aspalavras de boas vindas, deu-se a conhecer a realidadepolitécnica, o associativismo, as actividades culturais, tendocomo expoente exemplar as tertúlias académicas e a tãofamosíssima Tuna, e iniciativas inéditas na praxe, decarácter humanitário, como a inscrição na Base de DadosInternacional de Dadores de Medula Óssea. Para finalizareste tão enriquecido dia, o Conselho Viriato, em conjuntocom a Associação Académica do ISPV, ofereceu, noCampus Politécnico, a todos os discentes e docentes umsaudável convívio, culminando com uma Churrascada quese prolongou pela noite dentro.

Com o intuito de uma melhor integração dos novosalunos na cidade, o Conselho de Viriato levou a cabo ohabitual Peddy-Paper, conduzindo-os aos locais maisemblemáticos das cidades de Viseu e Lamego. Nuncaesquecendo que é fulcral o convívio e a transmissão deconhecimentos inerentes a esta etapa foram organizadasTertúlias Académicas Nocturnas e um Peddy-PaperNocturno.

Mais uma vez foi realizado o Tribunal de Viriato,

ocasião esta que serveessencialmente para a resolução dequaisquer casos problemáticos, deindisciplina, de falta de respeito, defalta à Palavra de Honra, ou outros,com novos alunos ou superioreshierárquicos.

Foi, ainda, no continuar da solidificação da praxe destaGrande Academia, decretado que a partir de Novembro docorrente ano, todas as terças-feiras serão consideradas comoDia Negro do ISPV.

O Conselho de Viriato promoveu uma iniciativa inédita,de cariz humanitário, nunca antes realizada a nível Académico,proporcionando a todos os docentes, discentes e demaisinteressados a possibilidade de se inscreverem na Base deDados Internacional de Dadores de Medula Óssea,iniciativa esta que foi realizada no nosso Campus Politécnico,no passado dia 18 de Novembro. Registou-se a participaçãode 552 voluntários, o que constitui, ao que apurámos,recorde nacional numa campanha desta natureza! Cientesde que na cidade de Viseu ainda se podia ir mais além, nopassado dia 10 de Dezembro, o Conselho de Viriato levouesta iniciativa para o exterior, direccionando-a à populaçãoem geral, no intuito de a sensibilizar e informar relativamentea esta nobre causa. Irá, também, promover uma campanhana cidade de Lamego, no próximo mês de Março.

Aqui está uma sucinta amostra de algumas das vastasactividades desenvolvidas por este Conselho em prol de quemrealmente precisa.

ASSIM… SE VÊ… A FORÇA DO IPV…!!!ASSIM… SE VÊ… A FORÇA DO IPV…!!!ASSIM… SE VÊ… A FORÇA DO IPV…!!!ASSIM… SE VÊ… A FORÇA DO IPV…!!!ASSIM… SE VÊ… A FORÇA DO IPV…!!!

“Há cinco degraus para se alcançar a Sabedoria: calar, ouvir, lembrar, agir e estudar.”

Provérbio árabe

“Mortal algum recebeu Educação sem sofrer.” Sófocles

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VOLEIBOLTorneio das Vindimas do Instituto Superior

Politécnico de Viseu

Inserido no plano de actividades para o ano lectivo de 2003/2004,o Torneio das Vindimas do ISPV, disputado nos dias 13 e 14 de Setembro,no Colégio de Lamego, desde cedo constituiu um enorme desafio para estaAssociação de Estudantes. Este Torneio de Voleibol teve como principaisobjectivos a promoção da modalidade na região, à qual sempre teve fortesligações, a promoção da entidade organizadora e da consequente instituição.Dado o enorme prestígio que este Torneio atingiu em tempos e que agora eranecessário reeditar, com um esforço incansável e aliando o espírito académicoao rigor profissional na organização de tal evento, a A.E. conseguiu reunirquatro das melhores equipas nacionais de Voleibol masculino. Foi nestalinha de pensamento que se conseguiu levar a Lamego as formações doEsmoriz Ginásio Clube (Vice-Campeão Nacional), Castelo da Maia (CampeãoNacional), Sporting Clube de Espinho e Sport Lisboa e Benfica, as quaisderam um excelente contributo ao evento, face às brilhantes prestações queproporcionaram no terreno de jogo. A equipa vencedora foi o EsmorizGinásio Clube ao derrotar na final o Castelo da Maia. Com a organização deum evento desta envergadura, a Associação de Estudantes do PóloEducacional de Lamego demonstrou ter capacidade e competência paraabraçar projectos de grande responsabilidade e presentear todos os lamecensescom uma iniciativa de destaque no panorama desportivo nacional.

Todos os intervenientes mostraram-se desde logo interessados naparticipação nesta prova e, como não podia deixar de ser, o colectivo deárbitros do Torneio, constituído pelos distintos Vaz de Castro, ArnaldoRocha e Avelino Simões, todos do mais alto nível nacional e internacional,acedeu, simpaticamente, ao convite formulado, ajudando, com a suaparticipação, ao bom funcionamento e sucesso do evento.

Os meios (materiais e humanos) foram suportados pela Associaçãode Estudantes e por diversos apoios conseguidos, passando pelo ISPV eCâmara Municipal de Lamego, mesmo sabendo das dificuldades que estetipo de entidades têm nos dias que correm.

As equipas foram muito bem recebidas e orientadas durante todoo fim-de-semana do Torneio, desde o alojamento, à alimentação e horas delazer, nada foi esquecido. A organização registou com grande satisfação aspalavras elogiosas proferidas pelos responsáveis de todas as equipasparticipantes, desde dirigentes a treinadores, no sentido do evento tersuperado as suas expectativas pela positiva. Houve, ainda, palavras deencorajamento para a organização de futuros eventos do género, nos quais,disseram, poder-se contar com a sua participação, de bom grado. Isto sóprova que nada foi deixado ao acaso pela organização, quer na planificação,quer no decorrer do Torneio, o qual, no final, se viria a revelar deveras

gratificante para todos aqueles que contribuíram e trabalharam de formaa torná-lo uma realidade. Teve, ainda, lugar neste Torneio uma homenagemao Professor José Moreira, Seleccionador Nacional de JunioresMasculinos, pelos serviços prestados ao voleibol português, no jálongo caminho percorrido por ele na modalidade e materializado pelaconquista da Medalha de Mérito Desportivo Nacional, atribuída peloPresidente da República, Doutor Jorge Sampaio.

A Associação de Estudantes do Pólo Educacional de Lamegoagradece a todos aqueles que apoiaram financeira, logística eemotivamente a realização deste “tão nosso” Torneio das Vindimas doISPV.

Aproveitando ainda esta oportunidade, a Associaçãomanifesta uma palavra de apreço ao Exmo. Senhor Professor DoutorJoão Pedro de Barros, Presidente do ISPV, pelo contributo prestado epor toda a sua amabilidade; ao Mestre Avelino Eira, pela sua totaldisponibilidade; ao Pólo Educacional de Lamego, na pessoa daCoordenadora, Mestre Margarida Menezes; ao Professor José Moreirae, por fim, ao Colégio de Lamego, pela cedência do espaço e de diversosmateriais usados no decorrer do Torneio. A todos eles aqui fica desde jáo nosso sincero agradecimento.

Está pois de parabéns a Associação de Estudantes do PóloEducacional de Lamego, por ter representado da melhor forma o ISPV,provando, uma vez mais, a todos os lamecenses, que podem contarcom ela no “são” desenvolvimento da cidade de Lamego e da suaprojecção a nível nacional, em tudo o que lhe for solicitado e estiver aoseu alcance.

Saudações Académicas, A.E. E.S.E.V. – Pólo Educacional de Lamego.

Associação Académica doISPV

Novos Órgãos Sociais

Tomaram posse, no passado dia 24 deSetembro, os novos órgãos sociais daAssociação Académica do ISPV, com a tarefa

árdua de levar o bom nome desta Academia a porto seguro, para que todos seorgulhem de estudar no nosso Instituto Politécnico.

Carlos Lopes, recém-eleito presidente da Associação Académica (AA),espera, também, que esta sirva de veículo para a verdadeira unificação destaacademia, capaz de congregar, de uma vez por todas, as diversas associaçõesde estudantes da Instituição (resolvendo, desta forma, as diferenças verificadasaté agora e que em nada têmcontribuído para o bom ambienteacadémico).

A carência de verbas é oprincipal problema com que aAssociação Académica sedepara no início deste mandato.Perante esta realidade foramapontadas as baterias para abenevolência do presidente doISPV, esperando a AAISPV que a Instituição atribua uma verba que permita odesenvolvimento das suas actividades. Entre outras, pretende promover o “Diada Academia”, tendo em vista a dignificação do nome da Instituição; promover eincentivar a Tuna do ISPV, o Conselho de Viriato, grupos de teatro, tertúlias eacções de sensibilização; sem esquecer o desporto, no caso específico aparticipação das equipas de Basquetebol, Andebol e Futsal nos respectivoscampeonatos. É também intenção da AA pugnar pela criação de modalidadesfemininas e estar sempre presente para prestar quaisquer esclarecimentos àsAssociações de Estudantes e demais alunos.

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c u r tc u r tc u r tc u r tc u r t a sa sa sa sa sESCOLA SUPERIOR DE SAÚDE DE VISEU

Um Projecto do ISPV para a região e para o país emlista de espera há mais de 5 anos

No pretérito dia 12 de Fevereiro de 2003, a Sala do ConselhoGeral dos Serviços Centrais e da Presidência do Instituto SuperiorPolitécnico de Viseu acolheu uma reunião que juntou um conjunto deinsignes personalidades representativas de instituições da região(Instituto Superior Politécnico de Viseu, Governo Civil de Viseu, CâmaraMunicipal de Viseu, Assembleia Municipal de Viseu e Escola Superiorde Enfermagem de Viseu) em torno de um projecto antigo edecisivamente estruturante para a região e para o país – a criação daEscola Superior de Saúde de Viseu.

Juntos, analisaram e debateram o projecto, concluindo queera um desígnio das “forças vivas da região” empenharem-se na criaçãode tão relevante infra-estrutura para a região e para o país. Nessesentido, todos os presentes deram contributos importantes para asdiligências a efectuar no que concerne à rápida resolução de um projectoque já devia ter visto “luz verde” há muito tempo.

O projecto veio mesmo a ser aprovado, por unanimidade,em reunião da Assembleia Municipal de Viseu, do mês de Fevereiro de2003.

ECOS DA COMUNICAÇÃO SOCIALJornal de Notícias (02/03/2003)

Escola Superior de Saúde fomenta criação de lóbi

REIVINDICAÇÃO ASSEMBLEIA MUNICIPAL ENVIAMOÇÃO AO GOVERNO

“Está criado o primeiro lóbi para fundar a Escola Superior de Saúde deViseu.

O grupo de pressão é liderado pelo Instituto Superior Politécnico deViseu (ISPV), em parceria com o Governo Civil, Escola Superior de Enfermagem(ESEnf), Câmara e Assembleia Municipal.

As cinco instituições da cidade, aproveitando legislação recente noâmbito do Ensino Superior, solicitam ao Governo a reconversão da actual daESEnf. em Escola Superior de Saúde (ESSV).

O pedido foi feito por carta, que anexou uma moção, aprovada, porunanimidade, na última sessão da Assembleia Municipal.

O documento lembra que a luta para a criação da Escola Superior deSaúde já se arrasta vai para cinco anos.”

Jornal da Beira (06/03/2003)

“AM” QUER ESCOLA DE SAÚDE EM VISEU

“...A ‘AM’ aprovou ainda, e por unanimidade, uma moção, apresentada peloGrupo Parlamentar do PSD, relativa à conversão da Escola Superior de Enfermagem deViseu em Escola Superior de Saúde, considerando que: tal processo se arrasta vai paracinco anos; que estão criadas as condições científicas e de infra-estruturas para o efeito;há um conjunto de vontades que animam a comunidade científica; e é inegável o déficitde licenciados na área das tecnologias da saúde...”

Via Rápida (06/03/2003)

Moção aprovada por unanimidade:

ASSEMBLEIA MUNICIPAL RECLAMA ESCOLASUPERIOR DE SAÚDE NO POLITÉCNICO

“Por proposta do Grupo Parlamentar do PSD, a Assembleia Municipal deViseu aprovou por unanimidade, na sua última reunião, uma Moção a solicitar aoGoverno a conversão da Escola Superior de Enfermagem, em Escola Superior deSaúde de Viseu. Uma posição que vai ao encontro da pretensão há muito manifestada,nesse sentido, pelo Instituto Superior Politécnico de Viseu...”

“...A discussão e votação daquela Moção surgiu na sequência de umareunião recentemente ocorrida no Instituto Superior Politécnico de Viseu, por iniciativa doseu presidente, João Pedro de Barros, na qual participaram o governador Civil, presidenteda Câmara e vice-presidente da Assembleia Municipal (AM). Uma reunião, sublinhaJosé Ferreira Dias, que teve como objectivo “envolver e empenhar o poder políticolocal” na “batalha” que o Politécnico vem travando para a criação da Superior deSaúde...”

“...A ‘talhe de foice’, José Dias recordou que Castelo Branco e Faro “já oconseguiram, enquanto Aveiro, que não tinha Escola Superior de Enfermagem, tem afuncionar uma Escola Superior de Saúde, de raiz, no âmbito da Universidade...”

“...a Moção aprovada pela Assembleia Municipal de Viseu, apoia, semreservas, os esforços e iniciativas que nos últimos três anos têm vindo a serdesenvolvidos pelo Instituto Superior Politécnico com vista à criação, no seu âmbito, daEscola Superior de Saúde, agora através da conversão da sua Escola Superior deEnfermagem.

O documento já foi enviado ao Primeiro-Ministro, Ministro da Ciência eEnsino Superior, Ministro da Saúde e Ministra de Estado e das Finanças, entre outrasentidades.”

Jornal do Centro (07/03/2003)

Constituído grupo de pressão

POLÍTICOS TAMBÉM QUEREM SAÚDE NOPOLITÉCNICO

“...O Instituto Politécnico de Viseu (IPV) reuniu um grupo de pressão emtorno de um documento que reclama a criação de uma Escola Superior de Saúde, apartir da actual Escola Superior de Enfermagem (ESEnf). O grupo é constituído pelopróprio IPV, ESEnf., Governo Civil, Câmara e Assembleia Municipais de Viseu (...).

“...A reivindicação foi apreciada pelo deputados da Assembleia Municipalde Viseu, que votaram por unanimidade uma moção a anexar ao texto remetido aogoverno”.

O processo remonta ao ano de 1998. Nesse ano, maisespecificamente em Dezembro, surge a Resolução do Conselho de Ministrosn.º140/98 de 04 de Dezembro, que refere a “criação de escolas de ensino

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politécnico da área da saúde nas sedes dos distritos onde ainda não existam”e a “introdução da figura de escola de saúde no âmbito do ensino politécnico”.O Instituto Superior Politécnico de Viseu, face a esta resolução, e tendo emconta o défice de formação e a carência destes técnicos detectada no sistemade saúde português, bem como o estudo que apontava esta área vocacionalcomo sendo a preferencial dos jovens do ensino secundário da região,apresenta o “Projecto de Criação da Escola Superior de Saúde de Viseu”, emAbril de 1999. Este documento, rigorosíssimo, elaborado por um grupo detrabalho constituído por personalidades de reputados méritos académicos ecientíficos, releva as vontades expressas e os pareceres emitidos por todasas instituições de saúde e autarquias da região demonstrando,inequivocamente, quer a capacidade em infra-estruturas e em experiênciacientífica, quer a predisposição sinérgica na edificação de uma valênciarealmente estruturante para o desenvolvimento social sustentado da regiãoe do interior do país.

Os anos passaram e a concretização do projecto, baseado naResolução do Conselho de Ministros, foi sendo sucessivamente protelada.Em Fevereiro de 2001, o Instituto Superior Politécnico de Viseu lança olivro “Viseu também é Portugal! Para quando a Escola Superior de Saúde?”,onde se contextualiza a génese do projecto e se actualizam dados quefundamentam a proposta de criação da Escola. A conclusão que emana desteestudo revela que o projecto da Instituição, além de premente, vai ao encontro,por antecipação, das medidas apontadas pelo governo como solução àscarências detectadas na área de saúde, nomeadamente no que concerne àsestratégias e linhas orientadoras do Ministério da Saúde e Ministério daEducação, que evidenciam a preocupação na formação de mais técnicos desaúde, na criação de escolas de ensino politécnico da área de saúde e acorrecção das assimetrias na distribuição de recursos humanos pelas diversasregiões do país. Por outro lado, a actualização de dados demonstrava atendência para um agravamento da situação. A juntar ao facto do distrito deViseu possuir dos menores rácios a nível nacional de Técnicos deDiagnóstico e Terapêutica, acrescentavam-se informações referentes aoalargamento dos quadros solicitado pelas instituições de saúde da região e àregulamentação do exercício profissional destes técnicos no sector privado(Decreto – Lei n.º 320/99, de 11 de Agosto).

O artigo 8.º do Decreto–Lei n.º 99/2001, de 28 de Março, queaponta para a reconversão das Escolas Superiores de Enfermagem em EscolasSuperiores de Saúde, “ Sempre que no quadro do desenvolvimento da redede formação na área da saúde se mostre conveniente o alargamento dasvalências a ministrar pelas escolas superiores de enfermagem a que se refereo art.º 1.º, as mesmas podem ser convertidas em escolas superiores de saúdepor portaria do Ministro da Educação, sob proposta da escola e do institutoem que se integrem, se for caso disso, e ouvido o Ministério da Saúde.” Apesar de todas as diligências efectuadas o impasse mantém-se. Enquantoisso vamos assistindo à criação destas escolas em outros pontos do país.Uma vez mais, aparentemente, Viseu fica prejudicada pela maldiçãoalfabética.

Eleição do Conselho Directivo da Escola Superior Agrária

No passado dia 29 de Setembro de 2003, teve lugar, na Salado Conselho Geral dos Serviços Centrais e da Presidência do InstitutoSuperior Politécnico de Viseu, a cerimónia de tomada de posse do novoconselho directivo da Escola Superior Agrária (eleito em 11 de Julho de2003), constituído pelo Eng.º Pedro Rodrigues (presidente), e pelasProf.ª Doutora Helena Correia Vala e Eng.ª Paula Correia (vice-presidentes). O corpo discente passou a estar representado por HélderMamede Caetano, cabendo a representação do pessoal não docente àD. Clarinda Serra.

Novo Conselho Científico da Escola Superior de Tecnologia

O novo Conselho Científico da Escola Superior de Tecnologiafoi eleito no pretérito dia 6 de Março de 2003, tendo tomado posse nodia 22 de Setembro do mesmo ano. O presidente deste órgão de gestãoé o Professor-Coordenador João Luís Monney de Sá Paiva, o vice-presidente o Professor-Adjunto Alfredo Manuel Pires Simões e osecretário o Professor-Adjunto Fernando Manuel Rodrigues da Silva.

Novo Conselho Científico da Escola Superior de Tecnologia eGestão de Lamego

O novo Conselho Científico da ESTGLamego foi eleito nopassado dia 14 de Janeiro de 2003, tendo tomado posse no dia 5 do mêsseguinte. O presidente deste órgão é o Professor-Adjunto José VicenteFerreira, a vice-presidente a Professora-Coordenadora Maria IsabelVara Branco e a secretária a Professora-Adjunta Idalina de JesusDomingos.

Novo Conselho Pedagógico da Escola Superior de Tecnologia

Tomou posse no passado dia 22 de Setembro de 2003, onovo Conselho Pedagógico da Escola Superior de Tecnologia, eleito em14 de Fevereiro do mesmo ano. O presidente deste órgão é o Professor-Adjunto Joaquim de Almeida Simões, o vice-presidente o Professor-Adjunto Paulo Rogério Perfeito Tomé e a secretária a Equiparada aAssistente do 1º Triénio Maria Cristina de Jesus Barroco.

Novo Conselho Pedagógico da Escola Superior de Educação

Eleito em 5 de Dezembro de 2002, o novo ConselhoPedagógico da Escola Superior de Educação tomou posse no dia 5 deFevereiro de 2003. O presidente deste órgão é o Professor-AdjuntoJorge António Matos Correia, a vice-presidente a Professora-AdjuntaDulce Ricardina Mendes Barros e o secretário o Equiparado a Assistentedo 2º Triénio José Pereira.

Docentes e Funcionários aposentados em 2003

Décadas de trabalho dedicado, uma boa parte dele no InstitutoSuperior Politécnico de Viseu, a vida reserva-lhes agora desafios novos e aadaptação a ritmos distintos. Saberão adaptar-se! Polistécnica deseja-lhesfelicidades.

Nome Categoria Anos de ServiçoMaria Fernanda Martins Gonçalves Professora Coordenadora da ESEV 36 anosJosé Rodrigues Correia de Oliveira Professor Coordenador da ESTV 36 anos e 3 mesesJorge Manuel Gonçalves Rodrigues Professor Coordenador da ESEnf. Viseu 36 anos e 3 mesesIsidro Augusto Pinto Cardoso de Menezes Administrador do ISPV 36 anos e 9 mesesGuilhermina da Graça Rodrigues Medeiros Encarregada de Serviços Domésticos dos SAS 26 anos e 3 mesesAida Balula da Cunha Auxiliar Administrativa da ESEV 32 anos e 3 mesesIlda da Silva Tomé Chefe de Secção da ESEV 36 anosAntónio Gil de Meneses Duarte Auxiliar de Apoio e Vigilância da ESEnf. Viseu 36 anos e 4 meses

Concerto de Natal do ISPVA Aula Magna do Instituto Superior Politécnico de Viseu

acolheu, no pretérito dia17 de Dezembro, otradicional concerto deNatal da Instituição, quecontou, uma vez mais,com a magníficaperformance daOrquestra Filarmonia dasBeiras, superiormentedirigida pelo maestroAntónio VassaloLourenço.

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II JORNADAS DE BIBLIOTECAS ESCOLARESNos dias 6 e 7 de Março de 2003 realizaram-se em Viseu as II Jornadas de Bibliotecas

Escolares.A organização esteve a cargo da equipa da Biblioteca Escolar da Biblioteca da Escola Secundária

Viriato, coordenada pela Dr.ª Paixão dos Santos Pinto, professora de Português/Francês e da Dr.ª AnaMaria Pessanha, Técnica Superior Assessora BAD, do Centro de Documentação e Informação da EscolaSuperior de Educação de Viseu.

As Jornadas realizaram-se na Escola Secundária Viriato e contaram com o apoio do ConselhoExecutivo da Escola Secundária Viriato, Instituto Politécnico de Viseu, Câmara Municipal de Viseu,Governo Civil de Viseu e da Região de Turismo Dão-Lafões.

Na sessão de abertura, estiveram presentes os representantes da Direcção Regional daEducação do Centro, Coordenação da Área Educativa de Viseu, Pelouro de Cultura da Câmara Municipalde Viseu e do Governo Civil. Todos estes convidados de honra elogiaram a realização do evento peloincentivo que traz à organização e dinamização das Bibliotecas Escolares/Centros de Recursos Educativosda Região Centro como motores essenciais na construção de novos saberes e desenvolvimento decompetências necessárias às exigências dos dias de hoje.

A primeira comunicação Dinâmicas de Leitura foi apresentada pelas Dr.ª Rosa Martins e Dr.ªAnabela Martins, do Gabinete Nacional da Rede de Bibliotecas Escolares, seguiu-se a comunicação Requisitos para integrar a RBE apresentada pela Dr.ª Maria JoséVitorino, membro da Associação Portuguesa de Bibliotecários, Arquivistas e Documentalistas.

A tarde do primeiro dia e todo o segundo dia, foram dedicados a ateliers dinamizados por catorze especialistas nacionais das áreas em estudo. Versaram temasrelacionados com a leitura, organização e tratamento técnico documental, informatização de Bibliotecas, marketing e animação de Bibliotecas Escolares.

Contou-se com a presença de mais de uma centena de participantes de escolas dos Distritos de Viseu, Coimbra, Guarda, Castelo Branco e Leiria.No final do primeiro dia de trabalhos, realizou-se uma visita à Biblioteca Pública de Viseu, D. Miguel da Silva, tendo os visitantes assistido a uma actuação do

grupo de música popular portuguesa Musicando.No segundo dia, a concluir as II Jornadas, foi oferecido um Dão de Honra na Escola Secundária Viriato.O balanço pode considerar-se muito positivo dado o grande número de presenças e o interesse nas comunicações e ateliers apresentados. Os participantes

nestas jornadas sugeriram a realização de mais eventos desta natureza versando a temática das Bibliotecas Escolares.

9 JANEIRO a 2 de ABRIL 2004Curso Livre sobre PatrimónioOrganização: Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Lamego, CâmaraMunicipal de Lamego e Museu de Lamego

JANEIRO 2004 (23 - 24)IV Simpósio Internacional Educação de Infância: Contextos, processos eprodutosAula Magna do Instituto Superior Politécnico de Viseu

FEVEREIRO 2004Dia 3 - Curso de GrafologiaOrganização: Escola Superior de Enfermagem

Dia 3 - Seminário - A PAC e a Realidade PortuguesaOrganização: Escola Superior AgráriaAula Magna do Instituto Superior Politécnico de Viseu

Dia 6 - PME Digital – RIAT (Rede de Informação e Assistência Técnica)ADIV – Megacluster de Alimentação - Sessão de divulgação do projectoEntidade promotora: ADIV Auditório da Escola Superior de Tecnologia

Dia 13 - Workshop Falar em PúblicoOrganização: Escola Superior de EnfermagemAuditório da ESEnf

MARÇO 2004Dia 10 - 1.º Ciclo de Conferências de Informática e TelecomunicaçõesOrganização: Escola Superior de Tecnologia e Gestão de LamegoSalão Apostólico de Lamego

Dia 10 - 3.º Ciclo Anual de Conferências do Departamento de Ambiente:Utilização de Microorganismos na Descontaminação AmbientalPalestra proferida pela Professora Doutora Olga NunesAuditório da Escola Superior de Tecnologia

Dia 24 - 3.º Ciclo Anual de Conferências do Departamento de Ambiente:Fogos Florestais – Que Futuro?Palestra proferida pelo Eng.º José Vasco de CamposAuditório da Escola Superior de Tecnologia

Dias 25 e 26 - Jornadas da Associação de Estudantes da Escola Superior deEnfermagemAula Magna do Instituto Superior Politécnico de Viseu

Administração dos Serviços de SaúdeCurso organizado pela Escola Superior de Enfermagem

ABRIL 2004(de 20 a 23) Dias Abertos do ISPV

Dia 28 - 3.º Ciclo Anual de Conferências do Departamento de Ambiente:A Importância da Qualidade na Identificação de Contaminantes AmbientaisPalestra proferida pela Professora Doutora Maria Arminda Costa AlvesAuditório da Escola Superior de Tecnologia

Bolsas de Estudo por MéritoSessão solene de atribuição de bolsas a alunos do Instituto Superior Politécnico deViseuAula Magna do Instituto Superior Politécnico de Viseu

Millenium, n.º 29

MAIO 2004Polistécnica, n.º 8

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IPVLuís de Almeida Sousa

IPVLuís Filipe Ramos

ESEPaula Magalhães

ESEJorge Alves

ESEAna Carvalho Homem

ESEDélcio Seco e Silva

ESEMª Luísa Andrade

ESAOlinda Pais

ESAJoaquim Soares de Sousa

ESARui Pedro Santos

ESTCarlos Silva

ESTMarco Filipe

ESTAbel Oliveira

ESTMarco Vinhanova

ESTNélson Santos

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ESEnfAna Brígida Vicente

ESEnfIrene Neves

ESEnfAna Carolina Correia

ESEnfMª Eugénia Trindade

SASMiguel Soares Sousa

ISPV - Relações InternacionaisSandra Familiar

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Page 49: ADRIANO JOSÉ ALVES MOREIRA - ipv.pt · depois da Revolução Francesa: o exército nacional, a Nação em armas, foi uma das expressões mais vividas do conceito. A questão da identidade

Do lado de dentro ficam dois terços da vida.Do lado de dentro ficam dois terços da vida.Do lado de dentro ficam dois terços da vida.Do lado de dentro ficam dois terços da vida.Do lado de dentro ficam dois terços da vida.Que é preciso agarrar e fruir.Que é preciso agarrar e fruir.Que é preciso agarrar e fruir.Que é preciso agarrar e fruir.Que é preciso agarrar e fruir.Por vezes, sem fronteiras. Criando libertações.Por vezes, sem fronteiras. Criando libertações.Por vezes, sem fronteiras. Criando libertações.Por vezes, sem fronteiras. Criando libertações.Por vezes, sem fronteiras. Criando libertações.

A Ana CarolinaAna CarolinaAna CarolinaAna CarolinaAna Carolina, como é conhecida no “nosso” Instituto, é uma mulher queemana tranquilidade e serenidade em todos os gestos que faz. Do sorriso irradia o carinho quenutre pelos filhos. Na retina da vida, os desenhos do João e o cheiro a bebé. Mais intenso o do seuAlexandre.

Tem o mar como ascendente e o Tibete como destino. Uma plenitude chamada desejo quegostaria de cumprir.

A Ana nasceu no Porto. Muita nova veio para Viseu. Por motivos profissionais, os seus paisdemandam à capital da Beira Alta, para leccionarem na Escola Superior de Enfermagem, no seuprimeiro ano de actividade. Fazem parte do corpo docente do primeiro curso de Enfermagemministrado nesta Escola, em 1974/75.

O seu percurso escolar inicia-se na Escola de São Miguel, em Viseu.Aos 12 anos ruma, com a família, à descoberta de Macau. Aqui estuda até ao 9º ano de

escolaridade, na Escola Secundária Infante D. Henrique, também conhecida por Liceu de Macau.Da sua passagem por este antigo território português guarda memórias extremamente agradáveis.Do coro do Colégio dos Salesianos. Portugueses e macaenses a uma só voz.

Em 1989 regressa à condição. Percorre todo o ensino secundário na Escola Alves Martins.Mais tarde, o ensino superior, em 1995 No curso de Comunicação Social da Escola Superior deEducação do Instituto Superior Politécnico de Viseu. No primeiro ano de funcionamento destecurso. O estágio do curso leva-a, durante 2 meses, à TVI.

Hoje é funcionária da Escola Superior de Enfermagem, no apoio à docência.O Instituto Superior Politécnico de Viseu, como facilmente se apercebe, esteve sempre

presente no trilho da sua vida, directa ou indirectamente.

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Cor favorita – azul.Programa de TV favorito - Sete Palmos de Terra.Jogo – cartas.Clube – Futebol Clube do Porto.Revista - grande Reportagem (a antiga).Cheiros preferidos - o cheiro a bebé.Recordação de infância - carreiros de formigas.Pior sentimento do mundo – intolerância.Melhor sentimento do mundo – liberdade.Música – jazz.O que pensa quando acorda? - Já?!Montanha russa: assustadora ou excitante? – assustadora.Caneta ou lápis? – lápis.Quantos toques antes de atender o telefone? – 3.Comida favorita? – bacalhau.Chocolate ou baunilha? – chocolate.Gosta de conduzir? – gosto.Tempestades: excitantes ou assustadoras? – ambas.Livro à mesa de cabeceira - “O ano da morte de Ricardo Reis”, José Saramago.Filme - Dos últimos que vi, “Catch me if you can”.Destra, canhota ou ambidestra? – destra.Número favorito – 7.Carro de sonho - Golf, Wolkswagen.O que guarda debaixo da cama? – nada.De um amigo... espera? – confiança.Se fosse objecto, seria...? - uma máquina fotográfica.O que gosta de pendurar? - os desenhos do João.Colecções – selos.Gostava de ir - ao Tibete.Se pudesse ter escolhido, em que época teria vivido? – nesta.Mar ou montanha? – mar.Um dia perfeito - Verão, sem trabalho e com passeio.Um traço – curvo.Uma palavra – paz.