Adorno - Industria Cultural e o Fetichismo e a Regressão Da Audição
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Fichamento 1 – A Indústria Cultural (Adorno)
1.1 – Adorno prefere utilizar o termo “indústria cultural” ao termo “indústria das massas”,
pois este último pode ser interpretado como uma cultura ou manifestações culturais que
surgem das massas. A indústria a qual o autor se refere é aquela cujos produtos culturais
são criados para e consumidos pelas massas;
1.2 – A indústria cultural integra tanto a “arte superior” como a “arte inferior”, mesmo que
isto implique em algum tipo de desvalorização para as duas partes;
1.3 – As massas são o objeto da indústria cultural, a indústria precisa se adaptar à
realidade das massas para poder existir, para que isso ocorra os produtos culturais são
produzidos de acordo com os formatos populares e conhecimentos tradicionais, definindo
um padrão “baixo” para que seja de fácil entendimento da maioria;
1.3.1 – A indústria cultural visa vender um tipo de “ordem”, de modo de pensamento, que
atende aos interesses dos detentores do poder e dos meios de produção;
1.3.2 – O autor ressalta ainda que a mensagem transmitida pela indústria cultural não é
inofensiva e que a mídia possui um grande poder de influência sobre o homem;
1.4 – A pureza das obras de arte é excluída pela indústria cultural, que “se aproveita” do
estado de decomposição da aura da obra de arte;
1.5 – Para Adorno, a indústria cultural se transforma em relações publicas (public
relations) – Toda a produção cultural é pensada de acordo com o impacto que ela causará
no público assim como o retorno que dará o investimento em um produto;
1.6 – A técnica na indústria cultural, não se da na produção artística em si, mas se faz
presente na distribuição e na reprodução em larga escala dos produtos culturais;
Fichamento 2 - Fetichismo na música e regressão da audição (Adorno)
2.1 – O fetichismo na música acontece quando a experiência musical é capturada pela
Indústria Cultural e é submetida a uma lógica de distribuição massiva que desassocia o
produto cultural a ser comercializado do “seu todo”, criando um tipo de seleção para os
produtos culturais de acordo com suas chances de venda;
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2.1.1 – Alienação do homem com a mercadoria – O que importa para o homem neste
momento é o valor que lhe é agregado pela mercadoria, e não o preço da mercadoria em si
ou até mesmo sua utilidade;
2.2 – As mercadorias culturais, não apenas do segmento musical, passam a ser
padronizadas e pré-fabricadas com o advento da Indústria Cultural - Rotina do “sempre
igual”;
2.2.1 – Segundo Adorno, este formato pré-estabelecido de produções culturais advindo da
Indústria Cultural afeta e experiência do espectador com o objeto no plano sensível, os
processos artísticos musicais quando entram para a lógica de produção e difusão da
Indústria Cultural começam a se degenerar, afetando os ouvintes e gerando decadência do
gosto musical (mesmo que o autor considere que o conceito de gosto esteja ultrapassado);
2.2.2 – Para Adorno, a regressão da audição se dá quando o ouvinte se acostuma com a
música comercializada e perde a sensibilidade de reconhecer formas mais “belas” e
harmônicas, da “verdadeira arte”;
2.3 – “Princípio do estrelato” – A reação dos ouvintes ao escutar uma música relaciona
diretamente com o sucesso que ela fez/faz. Gostar de algo que faz sucesso é a mesma
coisa que reconhecer e reafirmar àquela manifestação cultural;
2.4 – Coisificação dos bens culturais - Estes possuírem um capital de troca abstrato, mas
com o advento da Indústria Cultural os bens culturais viram uma mercadoria/um objeto e
passam a terem um valor de troca mais importante que o seu valor de uso;