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Administrador José Rocha Diniz • Director Sérgio Terra • Nº 4967 • Quinta-feira, 24 de Março de 2016 10 PATACAS 12 0 C/16 0 C • HOJE Fonte SMG A Universidade de Macau criou uma comissão, liderada por Augusto Teixeira Garcia, com o objectivo de analisar os pré-requisitos para a acreditação da licenciatura em Direito por parte de entidades independentes em Portu- gal, revelou o director da Faculdade de Direito ao JOR- NAL TRIBUNA DE MACAU. Este processo com vista à reacreditação deriva do facto do curso de Direito da UM ter deixado de ser automaticamente reconhecido em Por- tugal, devido a alterações introduzidas no seu programa de estudos. FOTO WONG SANG Guangdong detectou sites de casinos falsos A Polícia de Foshan, na província de Guangdong, desmantelou um esque- ma de burla envolvendo dois sites que se faziam passar por casinos de Macau. Foram detidos 218 suspeitos, naquele que é considerado o maior caso de burla do género nos últimos anos. Os sites falsos atraíram mais de mil jogadores e causaram perdas de cerca de 140 milhões de renminbis, já que a “armadilha” espalhou-se por 18 províncias do Continente. Opera- vam desde Março de 2015 e usavam os nomes do Grand Lisboa e Sands, enviando mensagens telefónicas com “links” para os jogadores acederem aos casinos online. Os sites apresen- tavam mesas com croupiers jovens e atraentes, dando a entender que o negócio era verdadeiro. Os servido- res funcionavam no Camboja, onde foram desmantelados cinco centros de telecomunicações ilegais. As auto- ridades, que investigaram o caso du- rante um ano, indicaram que os líde- res do grupo são oriundos de Fujian. UM retrocede sobre acreditação por Portugal do Curso de Direito Horta ilegal “aterrou” no NAPE Governo não mexe no regime de empreitadas Pág. 7 Pág. 5 Jovens do hóquei “in-line” fazem história na Ásia Centrais Pág.9 Págs. 2 e 4 Págs. 14 e Última DE FONTE LIMPA: WC de jardim “envergonha” a cidade “internacional” Polícia belga identifica irmãos suicidas e procura terceiro suspeito de ataques JTM regressa 3ª-feira Devido às festividades da épo- ca pascal, o JORNAL TRIBU- NA DE MACAU não se publica amanhã nem na segunda-feira, regressando por isso ao conví- vio dos leitores no dia 29, terça- -feira. Aproveitamos a ocasião para desejar uma Feliz Páscoa a todos os nossos leitores, cola- boradores e anunciantes.

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Administrador José Rocha Diniz • Director Sérgio Terra • Nº 4967 • Quinta-feira, 24 de Março de 2016 10 PATACAS

120C/160C• • • HOJE

Fonte SMG

A Universidade de Macau criou uma comissão, liderada por Augusto Teixeira Garcia, com o objectivo de analisar os pré-requisitos para a acreditação da licenciatura em Direito por parte de entidades independentes em Portu-gal, revelou o director da Faculdade de Direito ao JOR-

NAL TRIBUNA DE MACAU. Este processo com vista à reacreditação deriva do facto do curso de Direito da UM ter deixado de ser automaticamente reconhecido em Por-tugal, devido a alterações introduzidas no seu programa de estudos.

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Guangdong detectou sites de casinos falsosA Polícia de Foshan, na província de Guangdong, desmantelou um esque-ma de burla envolvendo dois sites que se faziam passar por casinos de Macau. Foram detidos 218 suspeitos, naquele que é considerado o maior caso de burla do género nos últimos anos. Os sites falsos atraíram mais de mil jogadores e causaram perdas de cerca de 140 milhões de renminbis, já que a “armadilha” espalhou-se por 18 províncias do Continente. Opera-vam desde Março de 2015 e usavam os nomes do Grand Lisboa e Sands, enviando mensagens telefónicas com “links” para os jogadores acederem aos casinos online. Os sites apresen-tavam mesas com croupiers jovens e atraentes, dando a entender que o negócio era verdadeiro. Os servido-res funcionavam no Camboja, onde foram desmantelados cinco centros de telecomunicações ilegais. As auto-ridades, que investigaram o caso du-rante um ano, indicaram que os líde-res do grupo são oriundos de Fujian.

UM retrocede sobreacreditação por Portugal do Curso de Direito

Horta ilegal “aterrou” no NAPE

Governo não mexe no regime de empreitadas

Pág. 7

Centrais

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Jovens do hóquei “in-line” fazem história na Ásia

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Págs. 2 e 4 Págs. 14 e Última

DE FONTE LIMPA:WC de jardim “envergonha” a cidade “internacional”

Polícia belga identifica irmãos suicidas e procura terceiro suspeito de ataques

JTM regressa 3ª-feira

Devido às festividades da épo-ca pascal, o JORNAL TRIBU-NA DE MACAU não se publica amanhã nem na segunda-feira, regressando por isso ao conví-vio dos leitores no dia 29, terça--feira. Aproveitamos a ocasião para desejar uma Feliz Páscoa a todos os nossos leitores, cola-boradores e anunciantes.

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02 JTM | LOCAL Quinta-feira, 24 de Março de 2016

JORNAL TRIBUNA DE MACAU

Propriedade: Tribuna de Macau, Empresa Jor na lística e Editorial, S.A.R.L. • Administrador: José Rocha Diniz • Director: Sérgio Terra • Redacção: Catarina Almeida, Inês Almeida, Liane Ferreira e Viviana Chan • Correspondentes: Helder Almeida (Portugal), João Pimenta (Pequim) e Rogério P. D. Luz (Brasil) Colaboradores: Fátima Almeida, Helder Fernando, Raquel Carvalho, Pedro André Santos e Vitor Rebelo • Colunistas: Albano Martins, Carlos Frota, Daniel Carlier, Francisco José Leandro, João Botas, João Figueira, Jorge Rangel e Luíz de Oliveira Dias • Grafismo: Suzana Tôrres • Serviços Administrativos e Publicidade: Joana Chói ([email protected]) • Secretário de Direcção: Miguel Quintais • Agências: Serviços Noticiosos da Lusa, Xinhua e Rádio ONU • Impressão: Tipografia Welfare, Ltd • Administração, Direcção e Redacção: Calçada do Tronco Velho, Edifício Dr. Caetano Soares, Nos4, 4A, 4B - Macau • Caixa Postal (P.O. Box): 3003 • Telefone: (853) 28378057 • Fax: (853) 28337305 • Email: [email protected] (serviço geral)

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• • • DO BAÚ DE RECORDAÇÕES

Do nosso Baú de Recor-dações retiramos hoje uma foto da segunda metade da década de 80, numa altura em que as viaturas estacionadas junto às Ruínas de São Paulo rivalizavam em número com os residen-tes e turistas que por ali passavam.

Designers locaisbrilham em Shenzhen – IA semana de Moda Outono-Inverno de Shenzhen contou com a presença da “Uesome”, uma marca de roupa de Macau que fez sucesso no evento. Colecções representativas da atmosfera do território e das “modas” europeias são a imagem de marca da “Uesome”. Além disso, une elementos orientais e ocidentais, característica que tem sido amplamente elogiada pela imprensa chinesa.

Designers locaisbrilham em Shenzhen – IIOs modelos da equipa que representou Macau em Shenzhen são portugueses e chineses que desfilaram com casacos de couro, colares metálicos e, inclusive, capacetes de motociclistas fazendo referência ao Grande Prémio de Macau. Além disso, apresentaram vestidos alusivos à água, com o azul e a cor pérola a predominarem.

Início de Primavera com plantas no lixo - IQuando se pensa na Primavera e no primeiro dia desta estação, vêm ao pensamento imagens de verdejantes campos, flores a desabrochar com andorinhas e borboletas pelo ar. Infelizmente, este ano aconteceu totalmente o contrário em Macau, com os residentes a enfrentarem o terceiro dia de nevoeiro cerrado no passado domingo, início da Primavera.

Início de Primavera com plantas no lixo - IIPara além do tom cinzento do dia, quem passou junto à “AIA Tower” no centro da cidade também foi presenteado com um monte de lixo, ironicamente composto por plantas e flores decorativas. É certo que eram de plástico, no entanto, não deixa de ser curioso que tenham decidido desmontar o que parecia ser um jardim vertical no primeiro dia de Primavera...

Numa RAEM que pretendeser internacional-ITem sido dito e repetido pelas autoridades que a RAEM pretende ser uma cidade internacional, não apenas “o inferno do jogo” com que muitos ainda o classificam, deva dizer-se que injustamente, pois nos últimos tempos muito se tem avançado ou está para avançar em termos do turismo cultural, gastronómico ou mesmo religioso.

Numa RAEM que pretendeser internacional-IIMas há sempre um mas, pois, de repente surgem situações que revelam que nem todas as entidades públicas “remam para o mesmo lado”, ou porque não percebem a estratégia global, ou simplesmente porque não se estão para se ralar, nem ninguém sai dos seus gabinetes.

Numa RAEM que pretendeser internacional-IIIUm exemplo foi notado por “Fonte Limpa” no Jardim Cidade das Flores, Taipa, por acaso até um bonito jardim diariamente usufruído por centenas de residentes e que é alvo do interesse dos turistas.

Numa RAEM que pretendeser internacional-IVComo ali à volta não existem casas de banho públicas, ou mesmo privadas

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(parece que a lei em Macau não obriga pequenas lojas de comidas ou os supermercados - neste caso o Park’n Shop - a terem casas-de-banho próprias) a recomendação fornecida é que utilizem a casa de banho do jardim.

Numa RAEM que pretendeser internacional-VCom vergonha, mal-estar e sem mais comentários, apresenta-se aqui uma foto da casa-de-banho dos homens do referido jardim. Numa RAEM que pretende ser internacional...

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Quinta-feira, 24 de Março de 201604 JTM | LOCAL

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Ana Isabel Dias levou a Lisboa “A Voz de Sales” – IO Centro Científico e Cultural de Macau (CCCM) e a Fundação Jorge Álvares promoveram na terça-feira, em Lisboa, a exibição do documentário “A Voz de Sales”, da jornalista Ana Isabel Dias, numa produção da TDM. No documentário, com cerca de uma hora de duração, Arnaldo de Oliveira Sales, que aos 96 anos é uma das figuras mais relevantes da comunidade portuguesa de Hong Kong, é o narrador da sua própria história, através de um registo de voz recolhido em 2002 pelo Arquivo de História Oral da Universidade de Hong Kong.

Ana Isabel Dias levou a Lisboa “A Voz de Sales” – IISegundo o CCCM, esse registo cruza-se com depoimentos de familiares, amigos e colaboradores ilustrando os momentos mais marcantes da vida do Comendador, que presidiu ao Club Lusitano por mais de três décadas. “A Voz de Sales” revela o carácter de um homem fiel às suas convicções e que se afirmou sempre orgulhosamente português. Ao longo de cinco décadas contribuiu para o desenvolvimento cultural, recreativo e desportivo de Hong Kong, onde liderou o “Urban Council” entre 1973 e 1981.

Ana Isabel Dias levou a Lisboa “A Voz de Sales” – IIIHong Kong pertence hoje ao Comité Olímpico Internacional graças ao papel de Oliveira Sales, que foi título de jornais ao salvar a delegação olímpica da antiga colónia britânica do atentado terrorista nas Olimpíadas de Munique e desafiou as autoridades contra o boicote aos Jogos Olímpicos de Moscovo. Ao longo da vida recebeu várias distinções de diversos países, incluindo a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique.

Não há avarias que travemo “paraíso” da comida – I“Comer é o paraíso” - a expressão é chinesa e sublinha a importância da alimentação para a humanidade. Desta vez, essa “regra” foi respeitada à letra pelo condutor de um autocarro público. Apesar da viatura ter sofrido uma avaria mecânica, alegadamente relacionada com a elevada pluviosidade, o motorista não teve pejo em abandoná-la no meio da estrada para ir comer a um restaurante nas proximidades.

Não há avarias que travem o “paraíso” da comida – IIA conduta de calma absoluta do motorista tem dado que falar nas redes sociais, com algumas pessoas a salientarem que essa atitude é reflexo da vida em Macau, caracterizada por um ritmo lento. Porém, pelo menos um cibernauta também surgiu em defesa do condutor, frisando que, com tanto frio e chuva, “não há nada de mal” em ausentar-se para beber um copo de chá quente. E o que pensarão a polícia e a Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego?

Unidos por uma boa causa – IA Universidade de Macau (UM) lançou uma acção de recolha de donativos para o pai de uma estudante de mestrado que está hospitalizado. Depois dos pais, que moram numa pequena vila do Continente, terem utilizado quase todo o dinheiro poupado ao longo da vida para financiar os estudos da jovem, reinou o desespero quando um médico explicou que o custo do tratamento do “pilar” da família poderia chegar a 300 mil patacas.

Unidos por uma boa causa – IIAo terem conhecimento do caso, quadros dirigentes da Universidade de Macau promoveram de imediato uma campanha de angariação de fundos junto de alunos, professores e outros funcionários. A associação de estudantes da UM também instalou uma banca no campus com o objectivo de dar a conhecer a situação da estudante. Muito bem!

Turistas das 100 patacas – IUm jovem de Cantão partilhou nas redes sociais a experiência da visita de um dia a Macau, na companhia de um amigo, garantindo que custou apenas 100 patacas a dividir pelos dois. Entre autocarros dos casinos e refeições baratas, não se coibiu de apresentar “dicas” para visitas “low-cost” a uma cidade “tão luxuosa” como Macau.

Turistas das 100 patacas – IITendo em conta que só os bilhetes de comboio entre Cantão e Zhuhai podem custar 140 renminbis, o jovem aproveitou uma promoção no “Taobao” para apanhar boleia de desconhecidos, acabando a viagem de ida e volta por custar o equivalente a 35 patacas, a ele e ao amigo. O facto de viajarem em “grupo” ainda levou a uma diminuição no preço do visto para entrar em Macau, com a dupla a pagar apenas 14 patacas.

Turistas das 100 patacas – IIIJá em Macau, e aproveitando um “shuttle bus”, nada gastaram para chegar ao “Venetian” onde captaram “paisagens de Itália”. Outro “shuttle” levou-os ao Sands Macau, onde apanharam táxi para o Largo do Senado, a troco de 24 patacas. Como as visitas às Ruínas de São Paulo e Igreja de São Domingos são gratuitas, decidiram provar “noodles” na zona, por 7,5 patacas. A bordo do autocarro número três, regressaram à fronteira, mais uma vez sem abalar o orçamento.

Maratona fotogénica - IOs locais por onde passa a Maratona Internacional de Macau fazem do evento um dos mais concorridos, pelo menos no que diz respeito ao capítulo fotográfico. Segundo a revista americana “Paste”, as zonas históricas da cidade despertam a atenção devido à sua beleza inigualável que “salta” directamente para as contas da aplicação móvel “Instagram”.

Maratona fotogénica - IIGraças à sua paisagem, a prova da RAEM compete com outras Maratonas à escala mundial, como as da Petra (Jordânia), Austrália, Japão e Quénia. A Maratona Internacional de Macau surge na terceira posição, pelo facto dos atletas proporcionarem registos fotográficos únicos à passagem pela Ponte Sai Van e monumentos como o Templo de A-Má, como se nota na foto.

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Um engano do “Fim do Mundo” – IA “confusão” em torno de um simulacro dos Serviços de Educação e Juventude que levou alguns pais a pensarem que os filhos não teriam aulas na terça-feira chegou a ser descrita como “um flagelo” e motivou a circulação pelas redes sociais do cartaz do filme americano “2012”, que retrata o fim do mundo. No local onde deveria estar escrito o título da película foi colocada a frase “voltar para a escola”, em chinês e inglês, para satirizar o incidente.

Um engano do “Fim do Mundo” – IINo cartaz consta ainda o slogan “o melhor filme sobre catástrofes do ano” e no elenco surgem os “inumeráveis alunos e professores de Macau”. “Se este dia fosse de facto encenado, os actores interpretariam os seus papéis em lágrimas”, frisou um cibernauta, reflectindo o desagrado com que muitos cidadãos reagiram ao falso alarme, ainda por cima numa manhã chuvosa.

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Inês Almeida

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A Universidade de Macau criou uma comissão que tem como objectivo analisar os pré-requisitos para a acreditação da licenciatura em Direito por parte de entidades independentes em Portugal. De acordo com o presidente da comissão, Augusto Teixeira Garcia, a primeira reunião acontecerá “brevemente”

TEIXEIRA GARCIA LIDERA GRUPO DE TRABALHO SOBRE CURSO DE DIREITO

UM tenta reacreditação em Portugal

Uma reunião do Conselho Cien-tífico da Universidade de Ma-cau (UM), realizada a 27 de

Janeiro, resultou na criação de uma comissão para começar a investigar os pré-requisitos a que a licenciatura em Direito deve dar resposta para ob-ter acreditação internacional. A reve-lação foi feita ao JORNAL TRIBUNA DE MACAU pelo director da Facul-dade de Direito da UM. “Na reunião do conselho científico concordámos em criar uma comissão para iniciar o processo de procurar acreditação por parte de agências em Portugal”, fri-sou John Mo.

“Não sabemos muito sobre as agências a que podemos apresentar candidaturas e quais são os pré-requi-sitos, por isso, esta comissão deverá centrar-se no esclarecimento destas questões”, explicou o mesmo respon-sável.

O professor Augusto Teixeira Gar-cia, vice-director da Faculdade de Direito da UM, foi nomeado director da comissão que é composta por mais cinco membros.

Ainda está para ser agendada a primeira reunião deste grupo de tra-balho. “A comissão ainda não reuniu. Vamos avaliar o que deve ser feito e iremos reunir-nos brevemente. Só aí podemos decidir quais serão os pas-sos a dar”, referiu Augusto Teixeira

Garcia. Este processo com vista à reacre-

ditação deriva do facto do curso de Direito da UM ter deixado de ser au-tomaticamente reconhecido em Portu-gal, devido a alterações introduzidas no seu programa de estudos. Na altu-ra, a UM justificou a reforma curricu-lar com o objectivo de orientar o curso para a “formação de licenciados bi-lingues de grande qualidade”. A ins-tituição sustentou ainda que “todas as instituições de ensino superior do

mundo, incluindo as Faculdades de Direito portuguesas, têm melhorado os seus programas de ensino nas áreas jurídicas”.

No mesmo dia em que se reuniu o Conselho Científico da UM, o reitor da instituição de ensino superior tam-bém salientou a intenção de procurar acreditação por parte de entidades independentes para a licenciatura em Direito, no entanto, não adiantou pas-sos concretos nesse sentido. Wei Zhao recordou que a UM já tem diversas

licenciaturas acreditadas por agên-cias independentes de vários países e frisou que na origem da decisão está uma tendência seguida a nível mun-dial, de procura pela acreditação por parte de entidades afastadas dos go-vernos.

Por outro lado, o director da Facul-dade de Direito, John Mo, já tinha ma-nifestado a este jornal a intenção de alterar o currículo do curso de Direito para que se torne mais semelhante aos programas europeus.

A sessão anual do Fórum de Boao para a Ásia 2016 foi apresentada

ontem na ilha de Hainão, para onde viajou ontem o Chefe do Executivo da RAEM. Chui Sai On lidera uma delegação de Macau que, entre outros res-ponsáveis, integra o Comissá-rio do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China em Ma-cau, Ye Dabo, e que assistirá hoje à abertura de um evento centrado no tema “Novo Futu-ro da Ásia: novo ímpeto e nova perspectiva”.

O Fórum conta com a pre-sença de 2.100 convidados oriundos de 62 países e regiões, incluindo o Primeiro-Minis-tro chinês, Li Keqiang. Numa conferência de imprensa, que antecedeu o mega encontro, o secretário-geral do Fórum Boao, Zhou Wenzhong, disse

que o evento contará com 88 debates, 51 sub-fóruns, 15 me-sas-redondas, cinco banquetes temáticos, 10 diálogos sobre empreendedorismo e seis de-bates televisionados.

Inovação e empreendedo-rismo são temas de destaque na economia asiática. Os 10 diálogos vão focar-se em ques-tões referentes a tecnologia de vanguarda, manufactura avan-çada e indústrias emergentes. Vários líderes das indústrias tradicionais e emergentes irão partilhar experiências e discu-tir sobre as últimas tendências.

A cooperação internacio-nal na capacidade industrial também é um dos tópicos da reunião deste ano. O director da Comissão Nacional de De-senvolvimento e Reforma, Xu Shaoshi, vai trocar opiniões com alguns representantes e

CHEFE DO EXECUTIVO MARCA PRESENÇA NO FÓRUM ANUAL

“Novo Futuro da Ásia” discutido em BoaoO Chefe do Executivo assiste hoje à abertura do Fórum Boao, este ano subordinado ao tema “O Novo Futuro da Ásia: Nova Dinâmica, Nova Visão”. O secretário-geral do evento frisou que o Fórum abrangerá todos os tópicos sobre a “nova economia”

especialistas da indústria de energia num sub-fórum sobre o tema.

Zhou Wenzhong revelou

que o fórum abrangerá to-dos os tópicos sobre “nova economia”, entre os quais se destacam as relações entre as

media tradicionais e não-tra-dicionais, finanças via internet, “financiamento colaborativo” (crowdfunding), economia compartilhada, comércio glo-bal e internet, cidades inteli-gentes, inteligência artificial, entre outros.

O Fórum de Boao para a Ásia, criado em 2001, é uma organização internacional sem fins lucrativos e não-governa-mental que se dedica a promo-ver a cooperação económica na Ásia e a contribuir com ideias para o desenvolvimento sus-tentável da região.

Reforçada cooperação no rio Mekong

A China instou na terça-feira os países ao longo do rio Mekong a converterem o encontro de líderes em algo frutífero para o futuro da cooperação. Subordinado ao tema “rio compartilhado, futuro compartilhado”, o encontro é, segundo o Primeiro-Ministro chinês, Li Keqiang, um primeiro passo para a cooperação institu-cionalizada entre os seis países, o que vai ajudar a manter a paz e estabilidade regional, prover mais apoio ao desenvolvimento social e económico e permitir que os recursos, indústrias e mercados de todos os países envolvidos desempenhem as suas capacidades ao máximo. Este encontro, que antecedeu o Forum Boao, juntou em Sanya, capital da ilha de Hainão, o PM chinês e os homólogos da Tailândia, Prayut Chan-o-cha, Camboja, Hun Sen, e Laos, Thongsing Thammavong; bem como o vice presidente de Myanmar, Sai Mauk Kham, e o vice-primeiro-ministro do Vietname, Pham Binh Minh.

Fórum Boao junta 2.100 responsáveis de 62 países e regiões

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SITE DO ORGANISMO CONTRIBUIU PARA A CONFUSÃO

DSEJ pede desculpa por erro no simulacroDepois da confusão gerada por um erro de informação no simulacro de suspensão de aulas na segunda-feira, a Direcção dos Serviços de Educação e Juventude emitiu um pedido de desculpas

A Direcção dos Serviços de Educação e Juventude (DSEJ) divulgou ontem um comunicado onde pede desculpa pelo mal-entendido do simulacro de segunda-feira, in-

dicando que a confusão gerada deveu-se a um erro técnico. Apesar do organismo ter dito no dia do incidente que a cul-

pa era da TDM, por emitir indevidamente o aviso de suspen-são de aulas, rejeitando por isso qualquer responsabilidade, muitos cidadãos apontaram que a própria página electrónica da DSEJ continha informação errada sobre o simulacro.

O subdirector da DSEJ, Lou Pak Sang, explicou que a in-formação emitida incluía a palavra “teste”, mas mesmo assim levou a um entendimento errado por parte dos cidadãos. O responsável asseverou ainda que a DSEJ não tinha intenção de esconder o erro do público.

O Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam, confessou ontem que ele próprio também foi afectado pelo congestionamento de trânsito, quando levou a filha à escola naquele dia. Referindo que também foi vítima do incidente, assumiu que a simulação da suspensão das aulas causou incó-modos à população.

Alexis Tam afirmou compreender o descontentamento dos cidadãos e acreditar que tal se deveu a um problema no meca-nismo de comunicação, pelo que garantiu já ter dado instru-ções para reforçar o sistema em causa.

O governante frisou ainda que a TDM não deveria ter emi-tido a informação de simulação interna ao público e que os outros participantes também não deviam ter assumido uma postura relaxada.

Por outro lado, Lou Pak Sang negou que o pedido de des-culpa tenha sido apresentado por pressão do Secretário.

A DSEJ realizou um simulacro interno de suspensão das au-

Aborto de aluna motiva detenção do namoradoUm rapaz de 17 anos foi detido pela Polícia Judiciária por suspei-tas de violação sexual da namo-rada de 15 anos, que acabou por ser vítima de um aborto quando ia a caminho da escola. O Hospi-tal Conde São Januário confirmou que a aluna estava grávida de oito semanas e que se tratou de um aborto natural, no entanto, por es-tar em causa uma menor, teve de alertar a polícia. De acordo com o jornal “Today Macao”, os jovens conheciam-se desde a escola pri-mária, tendo começado a namo-rar no ano passado e a ter relações sexuais em Novembro. No início de Janeiro, a estudante confirmou que estava grávida e confessou aos pais. A 11 de Março, a jovem ia para a escola quando viu que estava a sangrar e foi levada para o hospital pelos pais. Segundo a PJ, o aborto terá sido de facto na-tural, no entanto, as autoridades admitem iniciar uma segunda investigação caso as conclusões clínicas apontem em sentido con-trário. Os dois jovens frequentam uma escola situada na Zona Nor-te, sendo que a aluna do 9º ano terá dito à polícia que antes de na-morar com o colega nunca tinha tido relações sexuais. A PJ revelou que já alertou a Direcção dos Ser-viços de Educação e Juventude e vai encaminhar o aluno para o Ministério Público.

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las devido ao mau tempo, no entanto, o exercício coincidiu com um dia de chuva intensa, facto que causou um mal-entendido junto dos participantes. O organismo explicou que tem um grupo de trabalho interno encarregue de coordenar a transmis-são de informações sobre tufões e chuvas intensas, sendo reali-zado simulacros anuais, que nos últimos 10 anos têm decorrido de forma eficaz.

A DSEJ realizou ontem reuniões com as diversas partes envolvidas no simulacro, incluindo TDM, MAST, TV Cabo e Lotus TV com o intuito de melhorar o procedimento no caso de simulação de suspensão das aulas. V.C.

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Lou Pak Sang pediu desculpas aos cidadãos pelos incómodos causados

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Quinta-feira, 24 de Março de 2016 JTM | LOCAL 07

GOVERNO VAI DIVULGAR DADOS SOBRE ATRASOS EM OBRAS PÚBLICAS

Secretário “afasta” cláusulas compensatórias

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A questão da inclusão de cláusulas penais com-pensatórias nos con-

tratos de concessão de obras públicas não está “totalmente” de parte para o Governo, ga-rantiu Raimundo do Rosário, ressalvando, porém, que tal implicaria alterar o regime ju-rídico vigente. “Estamos ain-da a avaliar mas o regime de empreitadas que está em vigor fez uma opção pelo regime das multas e uma coisa exclui a outra. Se quisermos incluir este sistema da cláusula penal compensatória, teremos que alterar o regime e, neste mo-mento, estamos mais inclina-dos para não alterar”.

O Secretário para os Trans-portes e Obras Públicas de-fende, por isso, o actual re-gime de aplicação de multas, admitindo que “tem havido alguma condescendência por

parte do Governo na ava-liação das prorrogações de prazo” o que leva “a que nor-malmente as multas não se-jam aplicadas”. Ainda assim, garantiu, “estamos a fazer um esforço para acompanhar as obras com mais cuidado, por-tanto, haverá a possibilidade de aplicar as multas”.

Em declarações aos jorna-listas após a sessão plenária da Assembleia Legislativa (AL), Raimundo do Rosá-rio asseverou que, apesar da “condescendência”, já foram aplicadas coimas, sendo que mais dados em relação a esta matéria serão posteriormen-te entregues à AL. A garantia foi dada depois de vários de-putados terem feito questões neste âmbito durante um de-bate promovido por iniciativa de Ella Lei.

“Temos atrasos no Metro Ligeiro, nas obras nos Novos Aterros e das 19.000 habita-ções públicas prometidas. Em

Embora sem colocar totalmente de parte a hipótese da inclusão de cláusulas penais compensatórias nos contratos das empreitadas, o Secretário para os Transportes e Obras Públicas frisou que tal implicaria alterar a legislação, algo que o Executivo não está inclinado a fazer. Porém, os deputados questionaram a eficácia do regime de multas, actualmente em vigor

quantas obras se verificam atrasos? Em que empreitadas já foram aplicadas multas? Foram apuradas responsabili-dades?”, perguntou Ng Kuok Cheong, acrescentando que “se nada foi feito” não sabe “como é que o problema se vai resolver”.

Já Kwan Tsui Hang, da Federação das Associações dos Operários, defendendo a ideia apresentada por Ella Lei, interrogou-se sobre o que motiva os atrasos nas obras públicas, já que existe o regi-me de multas. “O Secretário diz agora que quer aplicar o decreto-lei [regime do contra-to das empreitadas de obras públicas] com mais rigor. Por-que é que não houve rigor an-tes? Isso fez com que a popu-lação perdesse confiança no Governo”.

A deputada condenou ain-da o Executivo por não ter

criado “uma cultura de apli-cação de multas aos emprei-teiros”, situação que deve ser alterada, já que “só assim se consegue aumentar a credibi-lidade junto do público”. “Há uma cultura de maus hábitos que devem ser eliminados. A sociedade deve dar algum tempo para que os serviços possam melhorar”.

Em resposta a ambos, o Secretário para os Transpor-tes e Obras Públicas explicou que “as obras na zona A dos novos aterros estão paradas por falta do fornecimento de areia. Não tem nada a ver com multas ou cláusulas penais compensatórias”. Raimundo do Rosário garantiu também que o Governo tem estado a acompanhar de perto “todas as situações”.

“Podem perguntar aos vá-rios sectores profissionais. Ao longo do ano temos acompa-

nhado mais de perto as obras, desde a sua concepção, à fis-calização e controlo de qua-lidade. É reconhecido que temos seguido mais de perto esses trabalhos”, frisou.

Por sua vez, Ella Lei, au-tora da proposta de debate, voltou a sublinhar que a não inclusão das cláusulas penais compensatórias nos contratos das empreitadas “só vai pre-judicar as obras de Macau”. “Estes atrasos não se verifi-cam apenas no Metro Ligeiro, mas também noutras obras. Sabemos que em breve vão ser concluídas e iniciadas ou-tras empreitadas e sem fiscali-zação do Governo, os atrasos vão continuar a acontecer”.

Assim, defende, “o Exe-cutivo deve aproveitar todos os mecanismos legais à sua disposição para solicitar aos empreiteiros que cumpram os prazos”.

Coutinho acusa Executivo de “aproveitar” leis desactualizadas

No sector das Obras Públicas “estão envolvidos membros do Governo que aproveitam diplomas desactualizados, mas que não infringem a lei”, acusou Pereira Coutinho, apontando como exemplos do passado os casos que envolveram o ex-Secretário para os Transportes e Ob-ras Públicas e o antigo Procurador. Questionado sobre a sua posição relativamente à introdução de cláusulas compensatórias, o deputado referiu que, “como jurista”, deve primeiro compreender a execução e aplicação do regime jurídico do contrato das empreitadas de obras públicas. “O que está em causa é saber se o diploma dá ou não conta do recado e se é preciso introduzir” as cláusulas, frisou.

A questão da inclusão de cláusu-las penais compensatórias nos contratos de concessão de obras

públicas “tem de ser bem ponderada, porque alterar as leis, sobretudo neste âmbito, não é tarefa fácil. É preciso pon-

derar os efeitos perversos que essas al-terações podem trazer”. Foi esta a ideia defendida por Leonel Alves, que surgiu, assim, em defesa da posição adoptada pelo Executivo.

“Criar mais uma lei para apenas pu-

LEONEL ALVES ALERTA PARA “EFEITOS PERVERSOS” DE ALTERAÇÕES À LEI

Empreiteiros com “presunção de competência”Leonel Alves foi um dos últimos deputados a pronunciar-se sobre a proposta de Ella Lei de integração de cláusulas penais compensatórias, surgindo em defesa da posição do Governo. Disse ainda que não concebe viver numa sociedade em que “o Governo é sempre o bom e os empreiteiros sempre os maus”

nir o empreiteiro também não pode ter a minha aprovação. Um empreiteiro goza de presunção de competência porque foi escolhido em concurso público. Não concebo viver numa sociedade onde o Governo é sempre o bom e os emprei-teiros são sempre os maus”, frisou o de-putado, acrescentando que há cada vez mais necessidade de compreender as causas dos atrasos nas obras públicas.

Sublinhando a importância do aler-ta dado pelo Comissariado de Audito-ria (CA), no relatório divulgado no ano passado, Leonel Alves refere que “seria bom que o CA ou outro serviço fizesse

um levantamento da história para per-ceber o que está na origem dos atrasos”. “Antes de 1999 tivemos grandes em-preitadas como a Ponte da Amizade e o Aeroporto. Será que houve assim tantos atrasos?”, questionou o deputado.

No âmbito da inclusão destas cláusu-las, Leonel Alves considera também que é preciso distinguir a situação de mora e a de incumprimento definitivo. Ainda assim, refere, seja qual for o caso, “não há necessidade de alterar o diploma só porque se pretende alterar o valor das multas”, defendeu Leonel Alves.

I.A.

Inês Almeida

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Quinta-feira, 24 de Março de 201608 JTM | LOCAL

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Diana Costa na vice-presidência do Fundo de PensõesDiana Costa foi nomeada, em comissão de serviço, para o cargo de vice-presidente do Conselho de Administração do Fundo de Pensões. Segundo um despacho do Chefe do Executivo, ontem publicado em Boletim Oficial, Diana Costa vai exercer funções du-rante dois anos, a partir de 1 de Abril. A nova vice-presidente é licenciada em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa e exercia funções de vice-presidente da Comissão de Apoio Judiciário desde De-zembro de 2014.

IAS reabriu Centro de Abrigo de InvernoO Instituto de Acção Social (IAS) voltou a abrir ontem ao público o Centro de Abrigo de Inverno, na Ilha Verde, devido à descida de temperatura que se tem verificado nos úl-timos dias. O IAS apelou aos cidadãos para estarem mais atentos aos idosos e doentes crónicos, a fim de “melhor se protegerem do frio e prevenir a hipotermia”.

Jornadas Musicais voltam ao Clube MilitarO Salão Stanley Ho do Clube Militar recebe amanhã, a partir das 19:00, mais um concer-to enquadrado na iniciativa “Jornadas Mu-sicais”. Desta vez, o espectáculo vai contar com interpretações de Sandy Chan, Kathy Che, Hoi Lei Hei, Hugo Loi e Cherry Che. Os bilhetes custam 50 patacas ou 180 patacas, caso incluam jantar.

APOMAC realizou palestrasobre cuidados dentáriosA Associação dos Aposentados, Reformados e Pensionistas de Macau realizou ontem uma palestra sobre “doença periodontal e cuida-dos dentários”. O orador foi Daniel Chan, dentista da empresa “We Care Dental Cen-ter”. De acordo com a APOMAC, a sessão “teve uma grande participação” dos associa-dos, que expuseram várias dúvidas.

Jovens vão receberdicas de criatividadeAté 9 de Abril, estudantes ou trabalhadores, entre os 15 e os 29 anos, podem inscrever-se no plano de formação de empreendedorismo e criatividade da juventude, informou ontem a DSEJ. As acções formativas visam estimu-lar a criatividade para que os alunos apren-dam “as qualidades e atitudes que um em-preendedor deve possuir”, e a “formar uma apetência pela aprendizagem diversificada”.

Sessões de formação para saber mais sobre auditoriaO Comissariado de Auditoria (CA) realizou cinco sessões de formação entre Fevereiro e Março para aprofundar os conhecimentos profissionais dos seus funcionários. As pa-lestras foram ministradas por Charles Fung, auditor registado. O programa incidiu sobre cinco temáticas: gestão de risco, diligência, juízo e cepticismo profissional, riscos da au-ditoria no sector das finanças públicas, o con-trolo de qualidade e documentação. A inicia-tiva visou elevar a capacidade de resposta do pessoal do CA em situações concretas.

O número de visitantes em Ma-cau desceu 1% para 5.090.165 nos dois primeiros meses

deste ano, em comparação com o pe-ríodo homólogo do ano transacto. Se-gundo dados ontem divulgados pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC), o território aco-lheu em Janeiro e Fevereiro 3.458.156 de visitantes da China Continental, número que assinala uma quebra de 3,1%, porém, nos mercados da Coreia do Sul (132.246) e Taiwan (172.416) verificaram-se aumentos de 5,8% e 14,1%, respectivamente.

Já o número de visitantes prove-nientes de Hong Kong (996.273) foi semelhante ao do mesmo período do ano passado. Em termos de mer-cados mais distantes, registaram-se subidas nos visitantes dos EUA, Ca-nadá e Reino Unido, e uma quebra

nos oriundos da Austrália.Os mesmos dados indicam ain-

da que, no cômputo geral dos dois meses, entraram na RAEM 2.754.918 excursionistas, o que traduz um de-créscimo anual de 6,7%, compensado pela subida de 6,6% para 2.335.247 no segmento dos turistas.

De acordo com a DSEC, só em Fe-vereiro chegaram a Macau 2.644.289 visitantes, número que representa, por um lado, um aumento mensal de 8,1% explicado pelos feriados do Ano Novo Lunar e, por outro, uma descida de 1,2%, em relação a Feve-reiro de 2015. Em Fevereiro, contabi-lizaram-se 1.454.944 excursionistas (menos 7,6%) e 1.189.345 turistas (mais 7,9%).

No mês em análise, entraram em Macau 1.799.522 visitantes oriundos da China Continental, evidenciando

uma descida anual de 5,2%. Os visi-tantes da China Continental porta-dores de visto individual baixaram 11,5% para 1.009.546.

Por outro lado, o número de vi-sitantes da Coreia do Sul (63.013), Hong Kong (548.080) e Taiwan (86.477) subiu 12,0%, 4,8% e 16,6%, respectivamente, em termos anuais. Entre os países mais distantes, a DSEC destaca aumentos nos visitan-tes dos EUA (12.763), Canadá (5.932) e Austrália (5.727).

Ao longo do mês passado, os vi-sitantes permaneceram na RAEM por um período médio de 1,1 dias, ou seja, mais 0,2 dias do que no mês homólogo de 2015. O período médio de permanência dos excursionistas (0,2 dias) foi idêntico ao de Fevereiro de 2015 mas o dos turistas (2,1 dias) aumentou 0,3, em termos anuais.

Excursões caíram 6,7% até FevereiroMacau acolheu cinco milhões de visitantes nos dois primeiros meses deste ano, o que traduz uma diminuição de 1%, mas no caso dos excursionistas a quebra aproximou-se dos 7%, indicam estatísticas oficiais

Iniciada no Domingo de Ramos, a Semana Santa celebra a Paixão,

a Morte e Ressurreição de Cristo, afirmando-se como período marcante para a população católi-ca de Macau, que movida pela fé cumpre o progra-ma pascal. Este ano, a Pás-coa tem ainda outro “sa-bor especial” porque será a primeira conduzida pelo novo Bispo, Stephen Lee.

Quem passar os feria-dos no território poderá assistir hoje na Sé Cate-dral, pelas 18 horas, à Mis-sa da Ceia do Senhor em português e chinês.

Amanhã, Sexta-feira Santa, pelas 16 horas, a comunidade católica as-sinalará um dos momen-tos importantes das co-memorações, através da Celebração da Paixão do Senhor. Depois das ceri-mónias, segue-se a Pro-cissão do Senhor Morto, acompanhada pela Banda da Polícia.

Tal como nos outros anos, esperam-se cente-nas de fiéis no Largo da Sé Catedral para percorrem as ruas da cidade e poste-riormente regressarem à Sé para depositar o Caixão do Senhor, que será alvo de adoração. Este é o dia em que a Igreja recorda a

As comemorações pascais vão atingir o auge com a Celebração da Paixão do Senhor e procissão do Senhor Morto, amanhã, seguindo-se a Vigília Pascal no sábado e Missa Solene no domingo, momento em que o novo Bispo lerá a mensagem da Páscoa

morte de Jesus.No sábado, a Sé Cate-

dral volta a ser o centro das atenções com a Vigí-lia Pascal pelas 21 horas, momento significativo de celebração da Ressurrei-ção de Jesus Cristo, já que representa o dia da espera pela ressurreição.

As cerimónias religio-sas culminam no domin-go com a missa solene da

Ressurreição do Senhor, às 11 horas na Sé Catedral, sendo que durante a euca-rística serão proclamados os cânticos de Exultação ao Senhor e da Bênção da Luz.

Neste dia, o Papa Fran-cisco irá ler a mensagem Urbi et Orbi aos féis reuni-dos na Praça de São Pedro. Nos últimos anos, os apelos têm sido pela paz. Em 2015 o Sumo Pontífice pediu paz

para a Líbia, Iémen, Iraque, Síria, Ucrânia e Terra Santa, lembrando ainda a violên-cia no Sudão, na Repúbli-ca Democrática do Congo e na Nigéria. Além disso, não esqueceu as vítimas de terrorismo no Quénia, nem os que são explorados pe-las novas formas de escra-vatura moderna, vítimas de traficantes de droga e de armas.

PROCISSÃO DO SENHOR MORTO É UM DOS PONTOS ALTOS

Comunidade católica celebra a Páscoa• • • BREVES

Liane Ferreira

Procissão do Senhor Morto atrai anualmente centenas de fiéis e turistas

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Quinta-feira, 24 de Março de 2016 JTM | LOCAL 09

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O aterro urbanístico jun-to ao Centro de Ciên-cia de Macau tornou-

-se numa horta privada que se estende até às proximidades da Estátua de Kuan Iam. O espaço está fechado com uma vedação metálica, tornando praticamente impossível a sua detecção a uma altura normal. No entanto, acima disso é pos-sível ver a extensão da horta, que até possui espantalhos.

De acordo com o jornal “Cheng Pou”, a Associação dos Moradores da NAPE criticou a horta, defendendo que preju-dica a imagem de Macau como cidade turística. Assim, exor-tou o Governo a dar acompa-nhamento ao assunto, no senti-do de “arranjar” a zona litoral e melhorar a paisagem.

A associação alertou para a questão, depois de receber várias queixas dos moradores da zona.

O Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM) colocou os taipais metálicos para isolar o local, que faz par-te da Zona B nos novos aterros. No entanto, foram detectados muitos buracos na estrutura.

Segundo as imagens cap-

tadas do local, a horta parece existir há algum tempo, tendo ganho mesmo alguma dimen-são, com diferentes tipos de vegetais plantados.

Para a associação de mora-dores, não está em causa ape-nas a horta em si, mas o facto do local se encontrar repleto de lixo, o que motiva preocu-pações em termos higiénicos e pode mesmo causar riscos para a saúde pública.

Além disso, a mesma as-sociação salientou que o per-curso turístico “Sentir Macau, Passo ao Passo”, lançado pelos Serviços de Turismo, passa por aquela zona que, cria má ima-gem, por parecer estar votada ao abandono. Os moradores queixam-se da falta de manu-tenção das instalações de lazer e do descuido com a calçada, que está estragada.

A secretária-geral da asso-ciação, Lei Lai Lai, referiu que as más condições irão reduzir a vontade dos turistas em vi-sitar aquela zona. Salientando que os recursos de terrenos são preciosos em Macau, ape-lou por isso às autoridades para lidarem imediatamente com o assunto.

O canal chinês da TDM de-tectou ontem uma mulher com vestuário agrícola a trabalhar

O IACM vai criar uma horta comunitária em Coloane para os cidadãos entrarem em contacto com a natureza, no entanto, alguém já se adiantou ao instalar uma nos aterros do NAPE. A Associação dos Moradores do NAPE denunciou o caso, advertindo para potenciais problemas sanitários

no quintal, no entanto, não conseguiu obter declarações.

Numa resposta à TDM, a

Direcção dos Serviços dos So-los, Obras Públicas e Transpor-tes garantiu que está a investi-

gar sobre o assunto, referindo ainda que não existem planos para o terreno em causa.

MORADORES PREOCUPADOS COM RISCOS PARA SAÚDE PÚBLICA

Horta ilegal “floresce” nos aterros do NAPE

Depois de 20 anos de proibição de venda a retalho de carnes, pescado e aves dentro do raio

de cobertura dos mercados municipais, o Conselho Executivo concluiu a dis-cussão do regulamento que vai revogar essa situação.

Segundo o “Regulamento do licen-ciamento dos estabelecimentos para venda a retalho de carnes, pescado, aves e vegetais” de 1996, nessa área de cobertura esse tipo de alimentos não po-diam ser vendidos frescos, mas apenas congelados. Em 2001, o regulamento foi alterado, mas apenas relativamente aos vegetais, que deixaram de estar limita-dos ao raio de cobertura dos mercados.

No entanto, o Governo considera que essas limitações não se adequam ao panorama actual da RAEM. “Devido ao rápido desenvolvimento económi-co de Macau e à mudança da forma de vida dos cidadãos nos últimos anos, o modelo de funcionamento dos actuais mercados tem dificuldade em satisfa-zer as necessidades sentidas pelos cida-dãos, das diferentes camadas sociais, de compra de produtos alimentares vivos e frescos”, salientou ontem o Conselho Executivo.

Por outro lado, segundo Leong Heng Teng, porta-voz daquele órgão, o Executivo considera ser necessário “abrir o mercado de venda a retalho de

REVOGADAS RESTRIÇÕES PARA RETALHISTAS

Mais concorrência na venda de carnes e peixeO Governo alterou o regulamento de licenciamento da venda a retalho de carnes, pescado e aves para que passe a ser feita fora do raio dos mercados municipais. Revoga-se assim uma norma com 20 anos, que apenas permitia a venda de produtos congelados fora desse espaço. Por outro lado, foi prolongado por mais um ano a atribuição do subsídio complementar a trabalhadores de baixos rendimentos

produtos alimentares vivos e frescos à entrada de mais exploradores, assim como para aumentar a competitivida-de quanto à qualidade dos produtos e serviços”.

Estendido subsídio complementarPelo oitavo ano consecutivo, foi

prolongado o programa do subsídio complementar, mantendo-se assim o apoio aos residentes permanentes que auferem salários mais baixos. O valor máximo do apoio mantém-se nas 5.000 patacas.

O Conselho Executivo frisou que a medida deu um “certo apoio no senti-do de aliviar a pressão sentida na vida pelas classes com baixos rendimentos, produzindo também efeitos positivos na área do apoio ao emprego de indi-víduos que tenham mais de 40 anos de idade”. Assim, o Executivo, conside-ra que prorrogar o prazo da aplicação “pode contribuir para atenuar os encar-gos económicos do tecido social menos favorecido”.

Em 2016, os requisitos de pedido do

subsídio são semelhantes aos do ano passado, devendo os trabalhadores prestar, no mínimo, 152 horas mensais de serviço. Os operários das indústrias têxteis, do vestuário e do couro devem trabalhar no mínimo 128 horas mensais.

Este programa de carácter provisó-rio custou em 2015 mais de 23 milhões de patacas, menos cinco milhões do que em 2014, devido à diminuição do nú-mero de requerentes. No ano anterior, foram autorizados 1.119 pedidos.

O número de requerentes tem vin-do a diminuir desde 2011, ano em que se registou o número máximo de 2.123, tendo sido também atribuído o mon-tante de subsídios mais elevados, na ordem dos 35 milhões de patacas.

O Conselho Executivo concluiu também a discussão do regulamento administrativo de “Isenção de cobrança de taxas de licenciamento industrial”. Pretende-se assim reduzir os custos de exploração dos operadores industriais e aperfeiçoar os procedimentos adminis-trativos.

L.F.

Viviana Chan

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10 JTM | LOCAL Quinta-feira, 24 de Março de 2016

TORNEIO INTERNACIONAL ARRANCOU ONTEM NA TAIPA

Jovens do hóquei “in-line” fazem história na ÁsiaO presidente da Associação de Patinagem defende que o Torneio Internacional de Hóquei em Patins merecia “mais gente a assistir e uma maior divulgação”. Contudo, as expectativas são positivas e perspectiva-se um excelente “espectáculo desportivo” com a presença de mais de 200 patinadores. O torneio fica marcado pela estreia da categoria sub-15 do hóquei em linha numa prova asiática

Dezasseis equipas e mais de 200 patinadores estão a disputar o Torneio Internacional de Hóquei em Patins que se afigura como o

maior evento da modalidade organizado em Ma-cau. A competição divide-se entre as categorias se-niores de hóquei em patins e “in-line” e hóquei em linha para atletas sub-15, escalão que se estreia no continente asiático.

O evento arrancou ontem no Pavilhão Despor-tivo Nordeste da Taipa onde se vai prolongar até domingo. O presidente da Associação de Patina-gem, António Aguiar, considera que o torneio é merecedor de mais atenção, pois trata-se de um “verdadeiro campeonato do mundo”. “É de facto um evento que merecia até mais gente a assistir e uma maior divulgação mas, considerando que estamos a falar de modalidades que ainda não são muito conhecidas, embora o hóquei em linha já seja uma modalidade com uma grande expansão, só podemos estar satisfeitos”, considerou ao JOR-NAL TRIBUNA DE MACAU.

Tendo em conta as dimensões do Pavilhão, as primeiras impressões também são positivas. “Para além das outras equipas, também há muita gente que vem assistir e isso deixa-nos muito agradados. Quem não vir nenhum jogo vai perder excelentes

espectáculos desportivos”, disse. A Associação de Patinagem, que está a come-

morar 33 anos, já tinha apelado à disponibilização de um espaço apropriado para as modalidades que abarca. O palco do Torneio Internacional foi cedido pelo Instituto do Desporto, colmatando as-sim uma antiga ambição da associação.

Umas das grandes novidades é a estreia da categoria sub-15 do hóquei em linha numa pro-va asiática. Ontem, teve lugar o “primeiro jogo de

Catarina Almeida

Macau e China realizaram primeiro jogo de hóquei em linha na Ásia no escalão sub-15

Dinossauros “custaram” quatro milhões ao Centro de Ciência

A galeria 2 do Centro de Exibições do Centro de Ciência de Macau será até 11 de Setembro o “ex-

-libris” dos amantes de dinossauros, que dominaram o planeta Terra durante mais de 160 milhões de anos.

“Dinossauros em Carne e Osso” é a primeira mostra especial apresentada no Centro de Ciência que investiu quatro milhões de patacas na sua concepção, “incluindo a promoção, educação e a ins-talação”, avançou ao JORNAL TRIBUNA DE MACAU Oscar Leong, controlador da educação e dos expositores do organismo.

Desse valor, foram pagos 2,5 milhões de patacas às empresas “Imagine Exhibi-tions” e “Aurea Exhibitions” que produ-ziram a exposição itinerária, para que o Centro de Ciência pudesse receber a mos-tra até Setembro.

Catorze réplicas mecânicas de dinos-sauros e 72 modelos em escala reduzida deliciaram ontem os alunos da Escola Portuguesa de Macau que tiveram a opor-

tunidade de visitar a mostra. Além disso, puderam ver algumas réplicas de dife-rentes espécies de dinossauros, os seus comportamentos, habitats e os papéis que desempenharam na Era Mesozóica (mar-cada pelo aparecimento da espécie).

De acordo com Oscar Leong, a expo-sição começou a ser pensada há “mui-to tempo”, mas a concepção do projecto iniciou-se há “sensivelmente um ano e meio”. “Sabíamos que seria um projecto que despertaria a atenção de muita gen-te e que iria ser muito popular. Por isso, gastámos algum tempo na preparação da informação porque queríamos ter a informação mais correcta e precisa sobre os dinossauros, para transmitir e per-mitir momentos educativos”, explicou, recordando que a mostra inclui ainda jogos interactivos de realidade virtual e aumentada e livros electrónicos para que o público compreenda melhor o mundo destes animais.

“Para além de se relacionarem, em

O Centro de Ciência de Macau investiu quatro milhões de patacas na exposição “Dinossauros em Carne e Osso”, que abriu ontem oficialmente ao público dando ênfase à vertente educativa

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Quinta-feira, 24 de Março de 2016 JTM | LOCAL 11

TORNEIO INTERNACIONAL ARRANCOU ONTEM NA TAIPA

Jovens do hóquei “in-line” fazem história na Ásia

espectáculos desportivos”, disse. A Associação de Patinagem, que está a come-

morar 33 anos, já tinha apelado à disponibilização de um espaço apropriado para as modalidades que abarca. O palco do Torneio Internacional foi cedido pelo Instituto do Desporto, colmatando as-sim uma antiga ambição da associação.

Umas das grandes novidades é a estreia da categoria sub-15 do hóquei em linha numa pro-va asiática. Ontem, teve lugar o “primeiro jogo de

sempre”, com a equipa de Macau a fazer frente à equipa da República Popular da China. A equipa da casa acabou por perder por 7-4.

“Os nossos miúdos estavam nervosíssimos. Es-tiveram a ganhar 3-0 mas depois enervaram-se. Na segunda parte, a equipa da República Popular da China acabou por dar a volta ao resultado”, disse António Aguiar no rescaldo da partida.

Já a formação sénior de hóquei em patins tradi-cionais venceu o Japão por 9-6, adversário que An-

tónio Aguiar diz ter “subido bastante” e que está com “uma excelente equipa e jovem”.

Em relação ao desempenho dos seniores de hó-quei em linha neste torneio, as previsões são mo-destas sendo que a equipa de Macau desta catego-ria defronta hoje a Austrália. “No hóquei em linha não somos tão fortes como no hóquei em patins, vamos apenas no 6º ano de actividade. Estes tor-neios servem para evoluirmos, até porque tivemos o cuidado de convidar equipas mais fortes. Não

seria tão anormal se não conseguirmos ganhar ne-nhum jogo”, sublinhou.

No último dia do torneio, o evento foi organi-zado de modo a que a equipa sénior de hóquei em patins tradicionais dispute a selecção do País Bas-co - uma das atracções e a equipa mais “forte” do torneio - que, na teoria, “poderá ser um jogo que vai decidir o vencedor”, apesar de o veredicto ser decidido “todos contra todos e por pontos”, con-cluiu António Aguiar.

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Macau e China realizaram primeiro jogo de hóquei em linha na Ásia no escalão sub-15 Seniores iniciaram torneio de hóquei em patins com vitória frente ao Japão

Dinossauros “custaram” quatro milhões ao Centro de Ciência

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JTM termos educativos, com a biologia, a eco-

logia, a geografia e a história, os dinos-sauros envolvem também outras áreas de interesse comum. Além disso, é um assunto que interessa aos alunos desde os jardins-de-infância ao ensino secun-dário”, referiu o mesmo responsável que está seguro do sucesso da exposição.

“Macau já não tinha uma exibição de dinossauros desta dimensão há muito tempo, por isso estamos confiantes que será um sucesso. Além disso, disponibi-lizámos muito material educativo para que as pessoas fiquem mais a par de tudo aquilo que envolve este mundo”, con-cluiu.

Ainda antes da inauguração oficial, “mais de mil alunos” já tinham visitado a mostra que conta ainda com trabalhos de 1.500 alunos de 47 escolas locais expostos no átrio do Centro de Ciência.

A mostra “Dinossauros em Carne e Osso” contou com o contributo científico dos paleontólogos Gregory M.Erickson. Sebastian Apesteguia e Adrian Giacchi-no. Além disso, conta com o apoio do Museu de Xangai, da Organização de Ciência-Arte Natural Pecking e do Hotel Mandarim Oriental.

C.A.

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Quinta-feira, 24 de Março de 201612 JTM | LOCAL

LIGA DE ELITE

Luta interessante pelo segundo lugarCom o Benfica intocável, está agora renhida a luta pelas posições imediatas na Liga de Elite. Destaque na décima ronda para o clássico Chao Pak Kei-Monte Carlo e para o embate entre dois aflitos - Casa de Portugal e Chuac Lun

A segunda metade do campeona-to arranca já amanhã à noite no Estádio, com uma partida entre

duas formações com ambições de pri-meiros lugares, mas já longe da questão do título, ao contrário do que eram as suas expectativas no início da época.

Chao PaK Kei e Monte Carlo estão separados por três pontos, com van-tagem actual para o conjunto de Igna-cio Hui e Paulo Conde, que tem mais três do que o Monte Carlo, por isso, o desafio pode ter grande importância na luta pelo segundo lugar, onde há também o Sporting e o Ka I.

Com o Benfica completamente do-minador, com nove jogos e outras tan-tas vitórias, a “guerra” do título per-deu um pouco do interesse que tinha no início do campeonato, uma vez que o “onze” de Henrique Nunes dis-põe de sete pontos sobre o Sporting.

As “águias” voltam a ter, tal como aconteceu na primeira volta, uma série de desafios de “dificuldade di-minuta”, até surgirem de novo os restantes candidatos, defrontando no sábado a Polícia.

Em relação ao encontro de hoje, não há favoritos e as duas equipas vão certamente fazer um jogo aberto, ainda que os “canarinhos” tenham mais necessidade de arriscar, uma vez que em caso de derrota a luta pelo se-gundo lugar também começará a ficar mais complicada.

“Temos crescido de jogo para jogo, apesar da derrota na jornada anterior, mas temos de melhorar para ganhar aos grandes, o que ainda não conse-guimos. Acreditamos no trabalho que fazemos e espero que os resultados sejam melhores nesta segunda volta. Estou certo de que com uma vitória podemos ficar mais perto dos da fren-te. O lugar do Monte Carlo não é o quinto lugar”, disse ao JORNAL TRI-BUNA DE MACAU o treinador dos “azuis e amarelos”, Cláudio Roberto.

Do lado do Chao Pak Kei, o defe-sa lateral Kwok Siu Tin, começou por recordar o confronto da primeira vol-ta: “Nesse jogo tivemos muita sorte, uma vez que marcámos já nos descon-tos. Desta vez é mais difícil, porque o Monte Carlo tem melhorado as suas

actuações, também quer ganhar e lutar pelo segundo lugar do campeonato. Não vai ser um jogo fácil, vamos dar o nosso melhor numa altura em que o Chao Pak Kei não se encontra no seu melhor. Temos tido várias baixas e isso reflecte-se na equipa”, afirmou.

Benfica favorito

Para além deste desafio de aber-tura da décima ronda, os restantes são, à priori, de favoritismo dos mais credenciados, como por exemplo o Benfica, que não deverá ter grandes problemas diante da formação da PSP. Se os “encarnados” fizerem um jogo semelhante à primeira volta, quando ganharam por 5-0, então serão mais três pontos para os pupilos de Henri-que Nunes.

O seu rival, Sporting, poderá sen-tir um pouco mais de dificuldade diante do Lai Chi, mas mesmo assim tudo aponta para mais um triunfo dos comandados de João Pegado, que na primeira metade do campeonato der-rotaram este seu adversário por 4-1.

Os “leões” vão obviamente ain-da tentar o “quase impossível”, que é destronar o Benfica da liderança e por isso não têm qualquer margem de erro.

O Ka I encontra pela frente um adversário da “liga dos últimos”, Kei Lun, que tem subido na tabela, mas parte em desvantagem, com um plan-tel muito mais barato e sem as ambi-ções da equipa de Josecler.

O Ka I já desperdiçou muitos pon-tos, mas está moralizado pela vitória de domingo passado, apresentando--se agora com mais duas opções para

Chao Pak Kei e Sporting integram lote das equipas que lutam pelo segundo lugar

CALENDÁRIO DA 10ª JORNADA DA LIGA DE ELITE

HojeChao Pak Kei-Monte Carlo (19:00) AmanhãBenfica-Polícia (14:00)Sporting-Lai Chi (16:00) DomingoKa I-Kei Lun (14:00)Casa de Portugal-Chuac Lun (16:00) Jogos a realizar no Estádio de Macau,na Taipa

Vitor Rebelo

o treinador, os brasileiros Gilberto Ferreira e Joadson do Nascimento, já conhecidos de outros tempos no fute-bol de Macau.

Confronto de aflitos

Interessante vai ser certamente o jogo entre a Casa de Portugal e o Chuac Lun, como que mais uma final na luta dos aflitos.

A formação de Pelé tem actual-mente mais um ponto do que o seu adversário, daí que tenha toda a ne-cessidade de pelo menos não perder, sob pena de passar a ser o novo “lan-terna vermelha”.

“É para ganhar, não temos outra so-lução, porque se conseguirmos os três pontos isso dará um maior alívio para sair dos lugares intranquilos. Espero que tenhamos a sorte que tivemos no primeiro jogo, em que empatámos nos momentos finais, com um golo meu, mas desta feita que essa sorte nos dê a vitória”, afirma o capitão Carlos Vilar, para quem este desafio assume enor-me importância para o futuro.

“É mais uma final e o empate pode não nos interessar, uma vez que em caso de igualdade pontual no final do campeonato, com as equipas que lutam pela permanência, a Casa de Portugal terá desvantagem, pelo facto de ter já muitos golos sofridos. É por isso muito importante ganhar”, acres-centou.

Carlos Vilar recordou ainda o jogo anterior: “Fomos claramente superio-res ao Kei Lun, mesmo a jogar muito tempo com menos um jogador, mas faltou-nos sorte. Vamos tentar melho-rar a finalização, porque desperdiça-

mos muitas ocasiões nesse jogo. De resto estamos numa fase ascendente de produção e a tendência é melho-rar.”

O Chuac Lun já “roubou” pontos a um dos grandes, Ka I (empate a uma bola), mas a campanha da equipa de Chou Keng Kin, tem-se pautado por alguma irregularidade. “É mais uma final do nosso campeonato e à seme-lhança do que aconteceu na primeira volta, as duas equipas vão à procura da vitória e dos três pontos preciosos nesta segunda fase da temporada”, sublinha Nuno Capela, um dos ho-mens do Kei Lun.

Para o jogador português, a equi-pa tem sido infeliz em alguns jogos. “Não temos conseguido concretizar as oportunidades e por isso estamos agora numa situação mais complica-da. Sinceramente não esperava que estivéssemos em último no final da primeira volta, mas não nos podemos esquecer que o plantel é curto e tem havido rotatividade na equipa, com a intenção de promover os elementos locais. Para além disso, temos tido algumas lesões em jogadores impor-tantes, como aconteceu com o nosso central, Chi Un Wong, que é o esteio da defesa e só agora está a regressar, depois de ter fracturado a cana do na-riz no desafio face ao Chao Pak Kei”, referiu Nuno Capela.

Este é portanto um jogo a seguir com atenção, no tal “campeonato dos aflitos”, enquanto que na parte de cima da tabela o clássico Chao Pak Kei-Monte Carlo pode proporcionar um bom espectáculo, na luta pelo se-gundo lugar.

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JTM | DESPORTO 13Quinta-feira, 24 de Março de 2016

SELECÇÃO PORTUGUESA

A estreia de Renato Sanchesem mais um teste para o Euro2016Portugal defronta na sexta-feira a Bulgária, num jogo particular de preparação para a fase final do Euro2016 de futebol e que servirá para o seleccionador Fernando Santos colocar alguns jogadores à prova. Já o particular com a Bélgica foi transferido para Leiria devido aos atentados em Bruxelas

No Estádio Municipal de Leiria, o destaque maior vai claro para Renato Sanches, médio de ape-

nas 18 anos e que tem sido determinante no Benfica, que se prepara vestir pela pri-meira vez a camisola das ‘quinas’.

Caso tenha oportunidade, o jogador ‘encarnado’ vai tentar convencer Fernan-do Santos e entrar na luta pelos eleitos para estar na fase final do Europeu, num sector em que já há vários candidatos.

Nas ausências de João Moutinho e Tiago, devido a lesão, também Adrien Silva, João Mário e André Gomes vão es-tar sob especial atenção do selecionador nacional.

Na defesa, com Fábio Coentrão le-sionado, Raphael Guerreiro vai tentar mostrar-se no lugar de lateral-esquerdo, enquanto Rafa e Eder estão de regresso às opções ofensivas e poderão ser utilizados

junto ao capitão Cristiano Ronaldo.Naquele que será o primeiro embate

com a Bulgária desde 1992, Portugal pro-cura iniciar o ano com um triunfo, quan-do faltam pouco mais de dois meses para o arranque do Europeu de França.

Pela frente, a seleção nacional vai ter a actual 70.ª posicionada do ‘ranking’ FIFA e uma selecção que desapareceu da ribal-ta na última década, nunca mais tendo ar-ranjado substitutos à altura para Balakov, Kostadinov, Stoichkov e, mais recente-mente, Berbatov.

O avançado, que aos 35 anos actua no PAOK Salónica, ainda ‘segurou’ a equipa no final da última década, tornando-se no melhor marcador de sempre do seu país com 48 golos, mas, desde o seu abandono em 2009, a selecção búlgara foi ficando

cada mais vez mais longe das grandes competições. A última foi o Euro2004.

Ivelin Popov, médio ofensivo do Spar-tak Moscovo, Manolev, defesa do Kuban, e Milanov, médio do CSKA Moscovo, todos jogadores que actuam no campeo-nato russo, são os nomes mais sonantes de uma selecção que nem ficou perto do apuramento para o Euro2016.

A Bulgária acabou como a quarta clas-sificada do grupo H de apuramento, com 11 pontos, atrás de Itália e Croácia, que vão estar na fase final, e da Noruega, que foi ao ‘play-off’, mas ficou pelo caminho.

Particular com belgasmudado para Leiria

O jogo com a Bulgária é o primeiro particular antes do arranque oficial da

fase final do Euro2016, perante a Islân-dia, a 14 de Junho. O programa da pre-paração incluía ainda uma deslocação a Bruxelas, mas o jogo com a Bélgica foi on-tem alterado para o Estádio Municipal de Leiria, no dia 29 de Março. Inicialmente marcada para o Estádio Rei Balduíno, em Bruxelas, a partida tinha sido anulada, mas vai agora ser disputada em território luso, depois de a Câmara Municipal de Bruxelas não ter autorizado a realização do evento, devido aos atentados ocorri-dos na terça-feira.

A 29 de Maio, já com o lote final dos 23 jogadores convocados para o Euro, Portugal receberá a Noruega no Estádio do Dragão. Os escandinavos estiveram perto da qualificação, mas acabaram eli-minados pela Hungria, no ‘play-off’ e três dias depois, a 2 de Junho, a selecção portuguesa desloca-se ao mítico Estádio do Wembley para defrontar a Inglaterra, que vai chegar ao Euro2016 totalmente vitoriosa na fase de qualificação.

A despedida definitiva de solo luso dos eleitos de Fernando Santos acontece com a Estónia, a 8 de Junho, no Estádio da Luz. Este é o adversário com ‘ranking’ (88º) mais baixo que Portugal vai encon-trar nos cinco particulares, o que faz sen-tido pois no dia seguinte, a comitiva por-tuguesa viaja para França, onde entra em acção no dia 14 de Junho perante a Islân-dia em Saint-Étienne. Segue-se a Áustria (18 em Paris) e a Hungria (22 em Lyon).

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EDITAL

Edital n.º : 40/E-BC/2016Processo n.º : 485/BC/2014/FAssunto : Início do procedimento de audiência pela infracção às disposições do Regulamento de

Segurança Contra Incêndios (RSCI)Local : Travessa Norte do Patane n.º 12, Edf. Mayfair Garden, Bloco 4, terraço sobrejacente

à fracção 5.º andar J (CRP:J5), Macau.

Cheong Ion Man, subdirector da Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes (DSSOPT), no uso das competências delegadas pelo Despacho n.º 12/SOTDIR/2015, publicado no Boletim Oficial da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM) n.º 38, II Série, de 23 de Setembro de 2015, faz saber que ficam notificados os donos das obras e os proprietários do local acima indicado, cujas identidades se desconhecem, do seguinte:1. Na sequência da fiscalização realizada pela DSSOPT, apurou-se que nos locais acima indicados

realizaram-se as seguintes obras não autorizadas:

Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes

2. Sendo as escadas, corredores comuns e terraço do edifício considerados caminhos de evacuação, devem os mesmos conservar-se permanentemente desobstruídos e desimpedidos, de acordo com o disposto no n.º 4 do artigo 10.º do RSCI, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 24/95/M, de 9 de Junho. As alterações introduzidas pelos infractores nos referidos espaços, descritas no ponto 1 do presente edital, contrariam a função desses espaços enquanto caminhos de evacuação e comprometem a segurança de pessoas e bens em caso de incêndio. Assim, as obras executadas não são susceptíveis de legalização pelo que a DSSOPT terá necessariamente de determinar a sua demolição a fim de ser reintegrada a legalidade urbanística violada.

3. Nos termos do n.º 3 do artigo 87.º do RSCI, a infracção ao disposto no n.º 4 do artigo 10.º é sancionável com multa de $4 000,00 a $40 000,00 patacas. Além disso, de acordo com o n.º 4 do mesmo artigo, em caso de pejamento dos caminhos de evacuação, será solidariamente responsável a entidade que presta os serviços de administração ou de segurança do edifício.

4. Considerando a matéria referida nos pontos 2 e 3 do presente edital, podem os interessados, querendo, pronunciar-se por escrito sobre a mesma e demais questões objecto do procedimento, no prazo de 5 (cinco) dias contados a partir da data de publicação do presente edital, podendo requerer diligências complementares e oferecer os respectivos meios de prova, em conformidade com o disposto no n.º 1 do artigo 95.º do RSCI.

5. O processo pode ser consultado durante as horas de expediente nas instalações da Divisão de Fiscalização do Departamento de Urbanização desta DSSOPT, situadas na Estrada de D. Maria II, n.º 33, 15.º andar, Macau (telefones n.os 85977154 e 85977227).

RAEM, 17 de Março de 2016

Pelo Director dos Serviços O Subdirector

Cheong Ion Man

ObraRenovação de um compartimento não autorizado com portão, gradeamento e cobertura metálicos.

Infracção ao RSCI e motivo da demoliçãoInfracção ao n.º 4 do artigo 10.º, obstrução do caminho de evacuação.1.1

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Quinta-feira, 24 de Março de 201614 JTM | ACTUAL

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DAI

LY M

AIL

EUROPEU

Dois suicidas do aeroporto eram irmãos com ligação a AbdeslamDois irmãos de apelido El Bakraoui, que tinham já ficha na polícia mas não por terrorismo, foram identificados entre os alegados bombistas suicidas no aeroporto de Zaventem, em Bruxelas, informou ontem a emissora pública RTBF

Um deles, Khalid, tinha alugado, com uma identidade falsa, a casa

na Rue du Dries, no bairro de Forest, onde no passado dia 15 de Março ocorreu um tiro-teio em que um dos suspeitos morreu e outros dois fugiram, incluindo Salah Abdeslam, im-plicado nos atentados de Paris e que acabou por ser posterior-mente detido.

Khalid e Ibrahim El Bakraui, ambos de Bruxelas, estavam nos registos da polícia por actos de vandalismo, mas não por crimes ligados a terro-rismo, esclarece a RTBF.

Duas explosões acontece-ram no aeroporto de Zaven-tem, com um intervalo de vários segundos, cerca das 7 horas da manhã de terça-feira na zona de venda de bilhetes da Brussels Airlines e Ameri-can Airlines.

Aqui morreram 14 pessoas e outras cem ficaram feridas. Na estação de metropolitano de Maalbeek, a apenas 200 me-tros da sede da Comissão Eu-ropeia, uma terceira explosão, ocorrida cerca das 8:10, provo-cou a morte a pelo menos 20 pessoas e ferimentos a outra centena.

Europa unidaFoi unânime a posição das

instituições europeias e dos Estados membros a expressa-rem em comunicado comum a “firme solidariedade com a Bélgica e que estão dispostos a enfrentar esta ameaça com to-dos os meios necessários”,

Numa rara posição comum expressa fora do quadro das cimeiras os dirigentes dos 28 e das instituições europeias classificaram o duplo atentado reivindicado pelo Estado Islâ-mico (EI), como “um ataque contra uma sociedade aberta e democrática”.

Sem pormenorizar medi-das específicas, o comunicado reafirma a determinação em “enfrentar esta ameaça com todos os meios necessários” e defender “os valores e a to-lerância europeus perante os ataques de intolerantes”.

Além de expressarem a sua solidariedade para com as fa-mílias das vítimas dos ataques, os 28 declararam-se ainda “fir-mes e unidos na luta contra o extremismo e o terrorismo vio-lento e odioso”.

Esta tomada de posição comum dos 28 não esconde uma certa fragilidade do pro-jecto europeu, como resulta das palavras e das lágrimas da responsável da diplomacia europeia, Federica Mogherini. Falando em Amã, a italiana

disse que foi “um dia muito triste para a Europa, um mo-mento em que a Europa e a sua capital vivem a mesma dor que esta região [o Médio Oriente] conheceu e conhece todos os dias”. E começou a chorar ao lado do ministro dos Negócios Estrangeiros jordano, Nasser Judeh.

A responsável da diploma-cia europeia ainda proferiu mais algumas palavras, antes de afirmar que terminava a conferência de imprensa con-junta com o ministro jordano. “Fico por aqui. Peço que com-preendam. Hoje foi um dia muito difícil...”, disse antes de sair da sala amparada por Nas-ser Judeh.

Segundo Abel Coelho de Morais escrevia ontem no “Diário de Notícias”, as decla-rações de Mogherini, além de reflexo da tristeza pela perda de vidas, revelam uma outra dimensão fundamental da realidade criada pela ameaça terrorista: é que esta não pode ser totalmente neutralizada. A verdade é que os atentados de Bruxelas, como os de Paris em Janeiro e Novembro de 2015, mostram que os grupos islami-tas na Bélgica, e no resto na Eu-ropa, têm condições materiais e redes de apoio suficientes para realizarem ataques mor-tíferos, independentemente das medidas de segurança e das decisões políticas tomadas

até agora. E “se 2015 foi difícil, creio que 2016 será terrível”, afirmava à AFP, sob anonima-to, um responsável francês da luta antiterrorista.

Outros responsáveis das forças de segurança notaram que a própria cooperação en-tre polícias funciona mais numa base de Estado a Esta-do do que numa dimensão multilateral e de cooperação entre os serviços de informa-ções dos países membros. É notório, por outro lado que a UE não consegue ter uma posição comum sobre muitas questões internacionais, assim como não possui uma política de defesa comum. Os aten-tados “visaram o coração da Europa”, reconheceu o minis-tro dos Negócios Estrangeiros alemão, Frank- Walter Stein-meier, e apesar de garantir que esta “permanece de pé, unida e solidária”, está também a mudar de uma forma que po-derá comprometer o processo de integração europeia. É de facto “toda a Europa que foi atacada”, declarou o presiden-te François Hollande, dirigen-te de um dos países, directa e indirectamente, mais afecta-dos pela ameaça islamita.

A proliferação dos atenta-dos e a dimensão da comuni-dade muçulmana, ainda que em associação a outros fatores, levou à afirmação da extrema--direita xenófoba e populis-

ta da Frente Nacional, mas a França não é caso único. Em muitos outros países euro-peus, movimentos populistas, xenófobos e eurocépticos têm crescido significativamente em anos recentes, na Alemanha e no Reino Unido, onde os pró-prios conservadores no poder estão divididos entre a perma-nência ou a saída da UE.

Um fenómeno que a crise dos refugiados veio reforçar, ao mesmo tempo que, perante a pressão dos migrantes, diferen-tes países voltaram a instalar controlos fronteiriços, compro-metendo uma das conquistas do projecto europeu – o espa-ço de liberdade de movimento e mobilidade consagrado nos acordos de Schengen.

“Casa roubadatrancas à porta”

Na sequência dos ataques, todos os políticos têm explica-ções, arranjam culpados e pro-metem reforço das medidas de segurança..

Os defensores da saída do Reino Unido da UE considera-ram que “o facto de terroristas poderem atacar o coração da UE com aparente facilidade” re-vela que sabem como tirar par-tido “do acordo de Schengen e da política de portas abertas da UE”, afirmou o porta-voz do UKIP, Mike Hookem.

Para o chefe do governo belga, Charles Michel, “o que

temíamos acabou por acon-tecer: o nosso país e os nossos compatriotas foram vítimas de dois atentados cegos, violentos e cobardes”. Michel anunciou o reforço das medidas de segu-rança e dos controlos fronteiri-ços, pedindo “calma e solida-riedade” aos belgas.

O governo e a classe políti-ca da Bélgica, a propósito dos atentados, foram criticados pelo ministro francês das Fi-nanças, Michel Sapin, que os considerou “ingénuos”. Para Sapin, a “comunitarização” do bairro de Molenbeek, que se tornou plataforma de apoio a jihadistas, sucedeu devido “à ausência de vontade de certos responsáveis políticos”.

Por outro lado, quer o Presi-dente quer o Primeiro-Ministro da Turquia, respectivamente Recep Erdogan e Ahmet Davu-toglu, condenaram o sucedido na capital belga, não deixando o segundo de denunciar a liga-ção entre o EI, e os independen-tistas curdos do PKK. Por seu lado, Erdogan insistiu na ideia de “um combate contra todas as formas de terror” e que este “não pode ser um método de luta pela liberdade”, uma clara referência às reivindicações dos curdos. A UE tem criticado a actuação de Ancara na questão curda. (Mais desenvolvimentos na ÚLTIMA PÁGINA)

JTM com DN, Daily Maile agências

Os três terroristas no aeroporto. Os dois da esquerda (irmãos) suicidaram-se, o da direita não conseguiu e está a monte

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Quinta-feira, 24 de Março de 2016 JTM | ACTUAL 15

CHINAO regulador de seguros da China desa-prova a oferta da Anbang, que foi candi-data à compra do Novo Banco, pela rede de hotéis Starwood e várias propriedades do fundo Blackstone, segundo a revista economómica Caixin. A revista noticia que a oposição da Comissão Reguladora de Seguros da China tem como base o regulamento que impede as seguradoras do país de investir mais de 15% dos seus activos além-fronteiras.

AMÉRICA LATINAA pobreza aumentou na América Latina e em 2015 afectou 175 milhões de pessoas, 29,2% dos habitantes da região, segundo o relatório Panorama Social da Comissão Econômica para a América Latina e o Ca-ribe (Cepal) quecalcula que a taxa de latino-americanos que vivem na pobreza passou de 28,2% (168 milhões de pessoas) em 2014 para 29,2% em 2015, números que incluem 75 milhões de pessoas em situação de miséria, cincomilhões a mais que um ano antes.

IÉMENMilitares dos Estados Unidos lançaram ontem um ataque aéreo contra um cam-po de treinamento comandado pelo bra-ço da Al Qaeda no Iémen, a Al Qaeda na Península Arábica (AQAP), matando deze-nas de combatentes, disse o Pentágono. “Este ataque é um golpe para a capacida-de da AQAP de usar o Iémen como base para ataques que ameaçam norte-ameri-canos, e demonstra o nosso compromis-so de derrotar a Al Qaeda”, disse o porta--voz do Pentágono Peter Cook.

NIGERO presidente do Níger, Issoufou Maha-madou, candidato à reeleição para um segundo mandato de cinco anos, foi proclamado a pela Comissão Eleitoral Nacional Independente (CENI) vencedor das eleições após a segunda volta em que obteve mais de 90% dos votos, con-tra apenas 7,5% do rival Hama Amadou, candidato da Coaligação pela Alternância 2016 (COPA), uma união de partidos opo-sitores que boicotaram o segundo turno.

RÚSSIAA piloto ucraniana Nadezhda Savchenko foi condenada por um tribunal da Rússia a 22 anos de prisão pela morte de dois jornalistas russos no leste da Ucrânia. “O tribunal chegou à conclusão de que a rea-bilitação de Savchenko só é possível em condições de isolamento da sociedade”, disse o juiz Leonid Guerasimenko ao ler a decisão no tribunal de Donetsk, cidade russa hom´Onima da que fica na Ucrânia.

MOÇAMBIQUEO Banco de Exportações e Importações (ExIm) da China está a apreciar um pedido de empréstimo de 156 milhões de dóla-res solicitado por Moçambique para ace-lerar o processo de migração digital no país, informou o Ministro dos Transportes e Comunicações, citado pelo Macauhub.

CANADÁO ex-prefeito de Toronto Rob Ford, cujos tumultuosos quatro anos como líder da maior cidade do Canadá incluiu a admis-são de que fumava crack e uma história de comportamento errático, morreu na terça-feira, depois de uma luta contra o câncer.

VOLTA AOMUND

CHINA

Turismo português promove-se em Abril

CUBA

Castro foi ao aeroportodespedir-se de ObamaO Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, concluiu uma histórica e intensa visita de três dias a Cuba, e o seu homólogo cubano, Raúl Castro, foi se despedir dele e da sua família ao aeroporto de Havana

O Air Force One presidencial descolou do aeroporto José Martí rumo à Argentina, segunda parte de sua viagem pela América Latina.

Obama fechou assim a sua primeira visita oficial a Cuba na qual se reuniu com Raúl Castro e com representantes da sociedade civil como dissidentes e empreendedores do sector privado, além de fazer um discurso ao povo cubano.

Ao Aeroporto, também se despediram de Obama o chanceler Bruno Rodríguez, a directora para a América do Norte do MNE cubano, Josefina Vidal - que lidera o lado cubano nas negociações para normalizar relações -, o en-carregado de negócios da embaixada dos EUA em Havana, Jeffrey DeLaurentis, e o embaixador cubano em Washing-ton, José Ramón Cabañas.

Raúl Castro já tinha acompanhado Obama ao início de um simbólico amistoso de basebol entre a selecção nacio-nal de Cuba e o Tampa Bay Rays, equipa da Flórida, um desporto que uniu os dois países durante todos estes anos.

No último dia de sua visita de três dias à ilha Barack Obama também fez um discurso ao povo cubano, transmi-tido ao vivo pela televisão e rádio estatais, no qual apelou à reconciliação de cubanos e americanos e defendeu os va-lores da democracia.

Dirigindo-se directamente a Raul Castro que estava presente Grande Teatro Alicia Alonso, Obama disse-lhe que “não deve temer os EUA nem as diferentes vozes do povo cubano”, afirmando em espanhol que “o futuro de Cuba tem de estar nas mãos do povo cubano”.

Antes não poupara as palavras para defender os seus ideais de liberdade: “Acredito que os cidadãos devem ter

a liberdade de dizer o que pensam sem medo, de organi-zar- se e criticar o seu governo e manifestar-se de forma pacífica.” Sob escassos aplausos, de uma plateia onde es-tariam 1100 convidados, Obama defendeu que os cubanos “devem ter o direito de votar livremente no governo”.

“Não devemos temer a mudança, devemos abraçá- la”, aconselhou o presidente norte-americano. “Acredito no povo cubano”, repetiu em espanhol e inglês. Obama ex-plicou que já pediu ao Congresso dos EUA para levantar o embargo, que considera um “fardo” sobre o povo cubano. “É hora de deixar cair o embargo”, defendeu, desta vez aplaudido fortemente pela plateia. “Mas mesmo se deixás-semos cair o embargo amanhã, os cubanos não iriam ver alterações sem uma mudança de política aqui em Cuba”, lembrou.

Obama deixou também uma palavra aos exilados, fa-lando na dor que estes sentem por ter abandonado “um país que ainda amam” – como o jogador de basebol Varona que foi recebido em lágrimas no aeroporto pela família que não via há três anos.

“Isto não é uma questão de política, mas de família, da memória de uma casa deixada para trás, de esperança por um futuro melhor, esperança por uma mudança em direcção à reconciliação”, explicou. “O progresso começa com o mútuo reconhecimento da humanidade do outro. É o momento de deixar para trás o passado e olhar para um futuro de esperança”, disse Obama, terminando o discurso com um “sí, se puede” e sendo aplaudido de pé.

JTM com agências internacionais

É uma maneira de as empresas sen-tirem as necessidades específicas dos turistas chineses”, explicou

Araújo em Pequim, à margem de uma visita de quatro dias à China.

Segundo o responsável, o número de turistas chineses que visitaram Por-tugal no ano passado cresceu 36%, face a 2014, para “cerca de 150 mil”.

Em média, o turista chinês foi o que mais gastou em compras ‘tax free’ - 641 euros por transação -, de acordo com es-timativas da empresa Global Blue.

“Dá uma ideia da curiosidade que existe relativamente a Portugal como destino turístico e de investimento, duas componentes que temos de ter em consideração quando falamos do mer-cado chinês”, frisou Luís Araújo.

O homem que sucedeu em Fevereiro no cargo a João Cotrim de Figueiredo destacou ainda os novos centros para emissão de vistos para Portugal, com

abertura prevista em cinco cidades chinesas (Shenyang, Nanjing, Fuzhou, Wuhan e Chengdu).

A abertura de um consulado-geral em Cantão, capital da província de Guangdong, no sul da China, “está tam-bém na recta final”, segundo confirmou a embaixada de Portugal em Pequim. “Hoje em dia os vistos são emitidos em 24 horas. Isso é algo reconhecido por to-das as entidades com quem estivemos”, enalteceu Luís Araújo.

Pelas contas do Governo chinês, 120 milhões de chineses viajaram para fora da China Continental em 2015, um au-mento de 19,5% face ao ano anterior.

Em 2014, o Turismo de Portugal passou a ter uma representante perma-nente na China, Inês Cunha Alves, 39 anos, especialista em relações interna-cionais e empreendedorismo.

No mesmo ano, o Governo portu-guês lançou uma campanha de promo-ção no país centrada na imagem de “C Luo” (Cristiano Ronaldo, em chinês), a figura portuguesa mais conhecida entre os chineses.

O turista chinês “viaja durante o ano todo” e é o que “gasta mais e fica mais tempo”, apontou Araújo. “E isso representa algo que nós queremos”, concluiu.

Treze empresas portuguesas do sector turístico visitam em Abril a China, o maior emissor mundial de turistas, para uma série de encontros com operadores locais, anunciou à Lusa o presidente do Turismo de Portugal, Luís Araújo

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Quinta-feira, 24 de Março de 201616 JTM | OPINIÃO

De Lisboaainda se vê o Mundo

Marcelo sem fériasO novo PR não vai ter férias de Pás-

coa por causa do Orçamento do Esta-do para 2016 que chegará a Belém por estes dias depois de sujeito ao proces-so de redacção final no Parlamento. “Perdido” o primeiro trimestre em re-gime de duodécimos o Governo quer acelerar e ver o diploma em vigor a 1 de Abril. “Ficarei em Lisboa, disse Marcelo à margem de uma desloca-ção à Academia de Belas Artes. Mas como “prometeu” falar aos portugue-ses do Orçamento - que foi aprovado com votos favoráveis de PS, BE, PCP e PEV, a abstenção do PAN e os votos contra de PSD e CDS-PP- o Executivo de Costa está em stand by. Já o CDS-PP da Madeira escreveu uma carta ao Presidente da República a pedir que este interceda sobre a norma do Or-çamento que retém a receita da sobre-taxa extraordinária cobrada na região.

A Europa do MedoOs atentados em Bruxelas deixa-

ram a Europa a viver em clima de Medo. Com os lideres políticos em óbvias dificuldades para alinhavarem uma resposta efectiva, os europeus assistem a uma inacção total. Europa reúne, lamenta, declina com maior ou menor veia literária uma forte critica os atentados mas pouco faz. O clima de insegurança começa a espalhar-se e isso nunca costuma trazer nada de

bom, com os refugiados a acumula-rem-se nas fronteiras e a promessa de melhoria de tempo que chega com a Primavera a fazer prever o agudizar dos problemas.

Obama e FidelA arte de discursos com pouco ou

nenhum conteúdo está longe de ser uma questão europeia. Esta semana Obama optou por se deslocar a Cuba, aceitou ser recebido no aeroporto ape-nas pelo MNE cubano para pouco de-pois num discurso transmitido em di-recto na TV cubana, dizer que o regime não tem de temer os Estados Unidos, mas apelou a uma mudança de com-portamento de Cuba. “Vim aqui para enterrar o ultimo resquício da Guerra Fria nas Américas. Vim aqui estender a mão da amizade ao povo cubano”, afirmou Obama, que a nove meses de terminar o seu mandato não con-seguiu resolver ainda o problema de Guantánamo, uma das suas bandeiras eleitorais. Ainda assim Obama apelou directamente a Raúl Castro para que este deixe de perseguir a oposição ao seu regime.

Costa na MadeiraO PM aproveitou uma ida à Madei-

ra para defender que o país precisa de investimento estrangeiro e de ter um sistema financeiro “estabilizado e de-vidamente capitalizado”, salientando que Portugal é “uma economia aber-ta”. “O país precisa de investimento directo estrangeiro em todos os sec-tores, também no sector financeiro”, declarou quando questionado sobre os negócios da empresária angolana Isabel dos Santos no sector bancário. Depois de o Expresso noticiar que

Costa e Isabel dos Santos estiveram reunidos para ultrapassar o impasse no BPI, a notícia não foi desmentida. Ou seja, assumiu que o PM português e a filha do PR de Angola reuniram em Lisboa e terão conciliado com o grupo financeiro espanhol La Caixa, vender a sua participação no BPI aos espa-nhóis e o BPI a ceder as suas acções do banco de angolano BFA a capitais angolanos. O PS regressa às negocia-tas que marcaram o consulado de José Sócrates.

Leite derramadoUm grupo de produtores de leite

do Norte do país juntou-se num hi-permercado da Póvoa de Varzim para comprar mil litros de leite nacional e colocar etiquetas em produtos lác-teos importados. Com o fim das quo-tas leiteiras o sector está em ebulição. Segundo os promotores, a iniciativa pretendeu alertar para as dificuldades que o sector atravessa e sensibilizar as superfícies comerciais e os consumi-dores a comprarem produtos lácteos produzidos no nosso país. Só que o preço é o principal critério dos consu-midores e em mercado aberto devem escolher fora de opções patrioteiras. Enfim, vai ser só leite derramado apesar do problema afectar todos os produtores europeus que não tenham escala sendo por isso menos competi-tivos.

Adeus às LajesAgora parece definitivo. Os EUA

querem deixar de vez a Base das La-jes, com o presidente do Governo dos Açores a assumir que está esgotada a última possibilidade para uma “boa solução” depois de um relatório afas-

tar a hipótese de receber um centro de informações ou outro uso. Para o presidente do Governo Regional, Vas-co Cordeiro, “não resta outra alterna-tiva senão desencadear um processo de revisão do acordo de cooperação e defesa”. Do lado do Departamento de Defesa dos EUA a ideia está afastada e entregou já ao Congresso um relató-rio que afasta a hipótese de a base das Lajes receber um centro de informa-ções, que está planeado para o Reino Unido, ou qualquer outro uso alterna-tivo, confirmou o Pentágono.

Sempre as contasOs últimos anos tem sido marca-

dos por problemas gravíssimos nas contas públicas portuguesas. e mesmo depois do país ter saído do programa de resgate de forma limpa, estas não nos vão abandonar como tema central da política portuguesa. No relatório “Finanças Públicas: Situação e condi-cionantes 2016-2020”, agora divulga-do, o Conselho de Finanças Públicas prevê que, depois de um crescimen-to do Produto Interno Bruto (PIB) de 1,5% em 2015, “a actividade económi-ca deverá acelerar ligeiramente para 1,7% em 2016” e, para os anos seguin-tes, “é esperado um abrandamento gradual da economia, atingindo um crescimento de 1,5% em 2020”. Segun-do o CFP, “o principal motor de cres-cimento continuará a ser a procura interna”, uma vez que “a procura ex-terna contribuirá negativamente para o crescimento ao longo do período”.

* Jornalista.Ex-assessora de Passos Coelho nos XIX

e XX governos constitucionais.

EVACABRAL*

ESPECIAL PARA O JTM

2ª Vez “JTM” - 24 de Março de 2016

TRIBUNAL JUDICIAL DE BASE JUÍZO CÍVEL

ANÚNCIO

Aos 23 de Março de 2016

O DirectorIong Keng Leong

Direcção dos Serviços de Finanças

AVISO Programa de Devolução do Imposto Profissional do Ano de 2014

Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes EDITAL

Procedimento administrativo relativo à notificação da reparação do prédio em mau estado de conservaçãoEdital n.º : 3/E-AR/2016Processo n.º : 10/AR/2016/F Local : Prédio situado no Beco do Bambu n.º 5, Macau.

Li Canfeng, Director da Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes, faz saber por este meio aos proprietários (Lam Lau), inquilinos ou demais ocupantes do prédio acima indicado, o seguinte:

Em conformidade com o Auto de Vistoria da Comissão de Vistoria constante do processo em curso nesta Direcção de Serviços, o prédio acima indicado encontra-se em mau estado de reparação e conservação, pelo que, nos termos do n.º 2 do artigo 54.º do Decreto-Lei n.º 79/85/M (Regulamento Geral da Construção Urbana) de 21 de Agosto, foi instaurado o procedimento administrativo relativo à notificação da reparação do prédio acima indicado.

No uso das competências delegadas pela alínea 12) do n.º 5 do Despacho n.º 04/SOTDIR/2015, publicado no Boletim Oficial da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM) n.º 25, II Série, de 24 de Junho de 2015 e por despacho do Lai Weng Leong, Chefe Substituto do Departamento de Urbanização da DSSOPT de 16/3/2016, foi confirmado o Auto de Vistoria acima indicado.

Notificam-se os interessados que, no prazo de 10 (dez) dias a contar a partir da data de publicação do presente edital, devem dar cumprimento à ordem no Auto de Vistoria, ou apresentar no mesmo prazo, conforme o disposto no artigo 94.º do Código do Procedimento Administrativo (CPA), aprovado pelo Decreto-Lei n.º 57/99/M, de 11 de Outubro, as alegações escritas relativas à decisão do procedimento da reparação do prédio acima indicado, podendo requerer diligências complementares acompanhadas de documentos.

Se findo o prazo acima referido os interessados não derem cumprimento à respectiva ordem nem apresentarem alegações escritas, tal não afecta a decisão tomada por esta Direcção de Serviços.

Além disso, caso necessário, esta Direcção de Serviços pode aplicar aos infractores a multa estabelecida nos artigos 66.º e 67.º do citado diploma legal.

Os interessados podem consultar o processo durante as horas normais de expediente nas instalações da Divisão de Fiscalização do Departamento de Urbanização desta DSSOPT, situadas na Estrada de D. Maria II, n.º 33, 15.º andar, Macau.

RAEM, aos 18 de Março de 2016

O Director dos ServiçosLi Canfeng

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Quinta-feira, 24 de Março de 2016 JTM | OPINIÃO 17

Dito“Poe exemplo se tivesse que com-pilar uma lista das piores cómodas esta que suporta a televisão aqui neste quarto estaria no topo. Porque escolhe o eu um lugar deliberada-mente profanado para padecer? E a televisão que solta grunhidos em cantonês. E as legendas que o eu imagina. “Como foi que isto aconte-ceu?” “Morreu na cama de um hotel há três dias sem ninguém saber nada”. “Realmente triste!” “Realmen-te triste!”

• • • HÁ 20 ANOSIn “Jornal de Macau” e “Tribuna de Macau”

23/03/1996

GUTERRES NÃO QUERINTERFERIR EM MACAUAntónio Guterres defendeu on-tem que Macau “é uma questão nacional” que “está acima das mudanças” políticas em Portugal, mostrando-se “muito optimista” quanto ao processo de transição do território. Afirmações feitas no final do almoço oferecido em Be-lém pelo Presidente da República e para o qual convidou, além de Rocha Vieira, o Primeiro-Ministro, os ministros da Presidência, An-tónio Vitorino e dos Negócios Es-trangeiros, Jaime Gama. Também o chefe da Casa Civil da Presidência da República teve assento à mesa. Rocha Vieira mostrou-se natural-mente satisfeito com a iniciativa, enaltecendo o gesto do Presidente, que assim transmite o “firme pro-pósito” de promover a articulação entre os vários órgãos de soberania e o governo de Macau. Também o Primeiro-Ministro destacou a necessidade de existir “uma boa cooperação institucional” para dar continuidade às estratégias já definidas, reforçar a confiança das populações e assegurar a presença cultural e económica de Portugal no Oriente.

SEMINÁRIO NA UMSOBRE A TRANSIÇÃOA formação de quadros superio-res que garantam o funcionamen-to da máquina administrativa de Macau após a transferência para a China continua a ser grande apos-ta do governo do território, disse o secretário-adjunto Jorge Rangel. O governante, que falava durante a cerimónia de abertura do Seminário “Macau e os territórios vizinhos em transição”, salientou a necessidade de se garantir a formação e a valo-rização profissional dos quadros lo-cais durante o período de transição, para que estes possam estar prepa-rados para assumirem novas res-ponsabilidades após a transferência da Administração em Dezembro de 1999. Para Jorge Rangel, a realização de seminários onde são discutidos os aspectos da transição de Macau “é importante”, porque algumas das conclusões provenientes da discus-são dos oradores poderão contribuir para a tomada de decisões dos go-vernantes.

In “JM”

Problemas novos e receitas velhas

José Drumond-“Que estamos nós aqui a fazer tão longe de casa?” em “Hoje Macau”

ANTÓNIOMARQUES DA SILVA*

CALHAUS ROLADOS

O meu merceeiro é um santoe há quem diga que ele é mau!Digo-lhe só: - dou mais tanto,

já me arranja bacalhau.António Aleixo, poeta popular (1899-1949)

Já passaram mais de sessenta anos sobre a data da morte do poeta e, como se vê, a natureza humana mudou pouco, mui-to pouco: os tostões comandam a vida em sociedade.E quem não se adaptar é lorpa, patego, ingénuo, simples, cré-

dulo, em suma, burro.Isto porque, no dizer de Aleixo:

Quem nada tem, nada come;e ao pé de quem tem de comer,se alguém disser que tem fome,comete um crime, sem querer.

Mas uma pessoa adaptar-se não é o mesmo que resignar-se, acomodar-se, capitular. A vida é muito mais do que sobreviver. A felicidade é muito mais do que o ter. E todo o homem tem o di-reito a ser feliz e o dever de contribuir para construir um mundo melhor. Ser mais uma ovelha do rebanho é desistir do futuro dos nossos filhos e dos nossos netos.

Quando era jovem, eu e os jovens da minha idade, lutáva-mos para mudar o mundo. Hoje, luto para que o mundo me não mude a mim e me engula nesta selva capitalista e consumista em que tudo se compra e tudo se vende, até a honra. Ora a honra é

a única coisa que não se vende porque não tem preço e uma vez perdida nunca mais se recupera!

Vivemos momentos de incerteza, de crises políticas atrás de crises financeiras; de crises de valores; de crises humanitárias derivadas de conflitos armados, do desemprego e da fome; de individualismo e de isolamento apesar de toda a panóplia de redes sociais virtuais; etc.

A democracia representativa está posta em causa como o demonstram o crescimento eleitoral das ideologias totalitárias e fascistas na Europa ou a crise actual do Brasil. Isto sem que se vislumbre um sistema melhor!

Os «mercados» dominam o poder político e são os novos merceeiros que sempre arranjam um “bacalhau” a quem lhes pagar melhor. E este pagar é o cerne da corrupção que mina a democracia, a credibilidade dos políticos e leva à sobrecarga de-sumana dos trabalhadores com impostos e mais impostos para dar vazão à voragem dos gananciosos e dos corruptos.

E, olhamos à nossa volta (e isso é que é grave) e não vemos alternativas. Os problemas são novos mas os políticos, tolhidos nuns casos e engajados noutros, pelo poder dos mercados da alta finança e por preconceitos ideológicos, atacam-nos com re-ceitas velhas de um capitalismo que está indubitavelmente em crise e a necessitar de ser, no mínimo, reformado. A situação ac-tual não pode ser uma fatalidade.

Na verdade, nenhum sistema se pode perpetuar no tempo quando 1% da população mundial detém o equivalente ao total de rendimentos dos restantes 99% dos seres humanos à face da Terra.

Ou o sistema capitalista se humaniza e se refreia na sua vora-gem ou um dia destes “temos o caldo entornado”.

Isto porque, como disse Abraham Lincoln: «Pode-se enganar a alguns o tempo todo e a todos por algum tempo, mas não se pode enganar a todos o tempo todo».

Acredito nisto, apesar de todos os modernos e sofisticados meios de propaganda.

*Jurista. Escreve neste espaço às quintas-feiras.

Desejos insondáveis

Há uma meia-dúzia de anos, du-rante a entrevista que realiza-va com o designer Henrique

Cayatte, para o livro, “Jornalismo em liberdade”, houve um momento em que o diálogo se centrou nas fronteiras entre a capacidade de decisão de quem cria e pensa o grafismo de uma publicação e a pressão ou o gosto do respetivo cliente. Qual deles deve prevalecer? Henrique Cayatte contou-me, então, para melhor ilustrar a sua liberdade de pensamento e criação, que um dia um determinado ad-ministrador de um importante grupo em-presarial de media se manifestava contra a proposta que ele desenhara, a coberto do velho argumento do mercado. Ou seja, a ideia até que era boa, mas o mercado... Aí, Cayatte arrumou o assunto com a sua habitual inteligência e ironia, nos termos que gentilmente recordou nesse final de tarde em que falamos no seu atelier, em Campo de Ourique: “entendo o que diz. Vamos fazer assim: o senhor convida o mercado para almoçar e, entre os três, ha-veremos de chegar a uma conclusão”!

Lembro esta estória a propósito dessa figura esmagadora chamada mercado, que tanto nos condiciona, auto-condicio-na e determina muitas das opções que somos obrigados a aceitar. Afinal, de que falamos quando falamos de mercado? Terão os crentes liberais no seu deus mer-

cado, razão, quando dizem que ele acaba por resolver todas as questões e dúvidas? Porque reclamam, então, apoios, seja à produção, seja à exportação, tantos em-presários? O mercado não decide quem sobrevive e quem morre, numa seleção natural de que apenas os melhores, mais fortes e mais capazes vencem?

A questão é velha e antiga, como sa-bemos. Porém, impossível não regressar a ela, quando agora olhamos para o pretexto que a câmara de Barcelona nos dá, a pro-pósito do plano de protecção de 211 lojas consideradas emblemáticas e históricas. A medida, que entra em vigor após o verão, inclui vários tipos de ajudas, incluindo be-nefícios fiscais. O objectivo visa estancar uma tendência infelizmente em alta em muitas cidades, onde um número signi-ficativo de lojas pura e simplesmente de-saparecem. Com elas morre também uma parte importante da história das cidades.

Impossível não me lembrar - e o mesmo sucederá a alguns dos eventuais leitores que viveram ou estudaram em Coimbra - dos muitos cafés, tabernas, mas também cine-teatros que nas últimas duas ou três décadas desapareceram da paisagem coimbrã. Quem discutiu fute-bol nas mesas do Arcádia ou política na Brasileira, logo ali ao lado - e onde algu-mas vozes irónicas classificavam as con-versas sobre a Académica e os penalties não assinalados a favor da Briosa, como “o tricot dos homens” - jamais ficará in-diferente à perda destes e outros espaços, como a histórica Clepsidra, o Mandarim ou mesmo os velhinhos Sousa Bastos e In-ternacional ou a taberna do Pratas.

O mesmo se dirá de outras lojas ou restaurantes que têm desaparecido, na úl-

tima década, do centro de Macau, onde a força do tal mercado impõe regras, as suas regras, que são, afinal, as regras do mais forte. Dito assim, quase teríamos a tentação de perguntar se a acção do mer-cado obedece a algum ética...

É como se escrevesse estas linhas ao som de uma das músicas que marcou o final da minha adolescência, quando os Pink Floyd mudaram o som e o tom do que nos idos dos anos 70 se ouvia e fazia. A faixa - “Money” - começa com som de moedas, em tudo idêntico ao das slot machines: “Money it’s a crime/ sha-re it fairly/but don’t take a slice of my pie/ Money, so they say/it’s the root of all evil today”.

O dinheiro é a raiz de todo o mal, como deseja a cantiga, ou é a hóstia do mercado? Para o pintor alemão Gerhard Richter, o artista europeu vivo mais co-tado, ao ponto de qualquer obra sua ser vendida por muitos milhões de euros, esses números, por muito que engrossem a sua conta bancária, são tão misteriosos quanto a fé . Há poucos anos fez e tentou vender uma pequena colecção de novas fotografias por dois mil euros. O gale-rista onde as pretendia colocar disse-lhe logo que o preço teria de ser no mínimo 10 a 20 vezes mais caro. Jeff Koos é outro nome cujas obras sobem a preços estra-tosféricos. Por uma questão de estatuto e de mercado, claro.

Com um mercado assim tão em alta e a valorizar tanto algumas áreas da cultu-ra, porque é que o mercado do ensino das Humanidades está em baixa? Óbvio: os desejos de deus são insondáveis.*Professor de Jornalismo da Universidade de

Coimbra e ex-residente em Macau

JOÃOFIGUEIRA*

CHOVER NO MOLHADO

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FOTO

JTM

Quinta-feira, 24 de Março de 201618 JTM | LAZER

• • • ROTEIRO

• • • SOB OS HOLOFOTES

Inês Almeida

DESIGNER TEM MARCA PRÓPRIA DESDE 2005

Enfrentar os desafios das indústrias criativasHá 12 anos em Macau, a designer Clara Brito acredita que trabalhar na área das indústrias criativas no território acarreta alguns desafios, nomeadamente por ser um campo que ainda “está a dar os primeiros passos”. Ainda assim mostra-se confiante nas potencialidades da área, sobretudo se houver contacto mais próximo entre o Governo e as empresas

Trabalhar na área das indústrias criativas, seja onde for, “nunca é fácil” mas em Macau existem

especificidades que tornam este sec-tor ainda mais desafiante, referiu a designer Clara Brito, em declarações ao JORNAL TRIBUNA DE MACAU. Na RAEM há 12 anos, diz que ser empreendedora tem riscos inerentes, sobretudo na área das indústrias cria-tivas, “embora se comece a perceber que são áreas muito fortes em termos económicos”.

“É uma cidade que está a dar os seus primeiros passos [no desenvol-vimento das indústrias criativas] e estas coisas levam muito tempo”, fri-sou. Assim, apesar de um discurso de maior abertura e preocupação com o sector “datado de há algum tempo”, Clara Brito acredita que é preciso uma maior sensibilidade e compreensão em relação às pessoas que trabalham no terreno.

“É preciso fazer um mapeamento e aí não falo só em Macau mas também nas cidades vizinhas, considerando que é sempre muito difícil implemen-tar qualquer coisa muito inovadora so-zinho. As pessoas devem trabalhar em sinergia, devem agrupar-se e partilhar até mesmo alguns desafios para que seja mais fácil crescerem”, defende.

Só depois de ser feito este levan-tamento é possível tentar dar apoios “que nem têm necessariamente de ser financeiros. Pode ser um apoio ao ní-vel da consultadoria, gestão, planea-mento de negócios, posicionamento”, sugeriu a designer.

Esta género de estratégia é parti-cularmente importante “para que não se esteja a apostar em indústrias que

se calhar têm menos possibilidade de florescer no futuro, devido a condi-cionantes geográficas ou de concor-

rência”. Ao mesmo tempo, explicou Clara

Brito, o trabalho que desenvolve a par

do marido, é desafiante “no sentido de estarmos na China e na Ásia”. “Na altura em que decidi deixar Portugal, a Europa estava a entrar numa fase de alguma calma económica, portan-to, mesmo os projectos que tínhamos lá, não se mostravam muito entusias-mantes”.

Em Macau, garante, “as coisas cor-rem com um ritmo bastante veloz”, o que permitiu que desenvolvesse mui-tos projectos ao longo dos últimos 12 anos, o que representou um cresci-mento quer profissional, quer pessoal. “Tens oportunidade de te descentra-res um bocadinho, de veres as coisas de outra perspectiva e de te obrigares a trabalhar com pessoas que têm uma cultura um bocadinho diferente”.

Ainda assim, a ligação a Portugal mantém-se “mesmo que de manei-ra muito simbólica e pontual”, isto é, “mesmo que isso não se reflectisse muito nas vendas, fazemos questão de manter a nossa presença em Por-tugal”.

Por este lado do mundo, a mar-ca ligada a acessórios e a uma linha feminina tem chegado a países e re-giões como Taiwan e Singapura. “Per-cebemos que fazia sentido aumentar o nosso portefólio de marcas, tendo consciência de quão difícil é imple-mentar e fazer crescer uma marca, tendo em conta as necessidades finan-ceiras e que é muito mais vantajoso trabalhar em grupo”.

Assim nasceu projecto “Moon hub”, há dois anos, que se tem focado no desenvolvimento de iniciativas na região da Ásia-Pacífico, com as “bu-siness asian tours” durante as quais chegam a este lado do mundo marcas europeias “que têm interesse em se sediar ou em estar mais representadas na Ásia”.

CANAL MACAU13:00 TDM News (Repetição) 13:30 Telejornal RTPi (Diferido) 14:30 RTPi Directo 18:10 Amor à Vida (Rastros de Mentiras) - Repetição 19:00 Montra do Lilau (Repetição) 19:35 Água de Mar 20:30 Telejornal 21:00 TDM Talk Show 21:40 Nelo & Idália 22:10 Amor à Vida (Rastros de Mentiras) 23:00 TDM News 23:30 Cidade Flutuante 00:10 Telejornal (Repetição) 00:45 RTPi Directo

30 FOX SPORTS13:00 Goals! 13:30 Sport Confidential 14:00 Bundesliga 2015-16 TBC 16:00 Masters Official Film 2013 17:00 Australian Open Tennis 2016 Highlights Day 6 18:00 MotoGP World Championship 2016: Highlights Grand Prix Qatar 19:00 NASCAR Sprint Cup Series 2016 20:00 (LIVE) FOX SPORTS Central 20:30 2 Wheels 21:00 Icons Of Asia Joseph Schooling 21:30 Bundesliga 2015-16 TBC 22:30 FOX SPORTS Central 23:00 MotoGP World Championship 2016: Highlights

Número de Socorro 999Bombeiros 28 572 222PJ (Linha aberta) 993PJ (Piquete) 28 557 775PSP 28 573 333Serviços de Alfândega 28 559 944Hospital Conde S. Januário 28 313 731Hospital Kiang Wu 28 371 333CCAC 28 326 300IACM 28 387 333DST 28 882 184Aeroporto 88 982 873/74Táxi 28 283 283Táxi 28 939 939Água - Avarias 28 990 992Telecomunicações - Avarias 28 220 088Electricidade - Avarias 28 339 922Directel 28 517 520Rádio Macau 28 568 333Macau Cable 28 822 866Clube Militar de Macau 28 714 000ANIMA 28 715 732

• • • CÂMBIOS - Info BNUPATACA COMPRA VENDAUS DÓLAR 7.93 8.03EURO 8.88 8.99YUAN (RPC) 1.218 1.241A programação é da responsabilidade das estações emissoras

CINETEATROS1 Batman V Superman: Dawn of Justice14:30 • 18:30 • 21:15

S2 London Has Fallen21:30

TORRE DE MACAUBatman V Superman: Dawn of Justice (3D)13:15 • 16:00 • 18:45 • 21:30

GALAXYBatman V Superman: Dawn of Justice (3D)10:30 • 11:20 • 13:20 • 14:05 • 16:10 • 16:50 •19:00 • 19:40 • 21:50 • 22:30 • 23:40 • 00:40

Heaven In The Dark16:45 • 22:30 • 00:30

Zootopia (3D)12:50 • 18:35

Kung Fu Panda 3 (3D)16:45

Gods Of Egypt (3D)14:25

London Has Fallen12:35

01:08RTPI

Sub-21: PortugalVS Liechtenstein

Grand Prix Qatar 00:00 Bundesliga 2015-16 TBC

31 FOX SPORTS 213:00 Kooyong Classic Tennis 2016 14:00 Badminton Unlimited 14:30 IAAF World Indoor Championships 2016 Day 2 Evening Session 16:30 FOX College Basketball 2015-16 18:00 2016 AFC Futsal Championship 2016 19:00 HSBC World Rugby Series 2015-16 - Highlights 19:30 PGA Tour Highlights 2016 20:30 HSBC World Rugby Series 2015-16 21:30 IAAF World Indoor Championships 2016 Day 3 Highlights 22:30 Gillette World Sport 23:00 2016 AFC Futsal Championship 2016 00:00 PGA Tour Highlights 2016

40 FOX MOVIES11:55 The Lazarus Effect 13:25 The 6th Day 15:35 Blunt Force Trauma 17:20 The Bounty Hunter 19:15 Night At The Museum: Secret Of The Tomb 21:00 The Last Five Years 22:40 X-Men: Days Of Future Past 00:55 I, Robot

41 HBO12:00 The Last Samurai 14:30 No Good Deed 15:50 Nacho Libre 17:20 Paddington 18:55 Addams Family Values 20:30 Journey To The Center Of The Earth 22:00 Halfworlds 23:00 Chappie

50 DISCOVERY12:30 Treehouse Masters 13:25 Father Of A Nation: Lee Kuan Yew 14:20 Magic Of Science 15:15 Kings Of The Wild 16:10 Naked And Afraid 17:05 How Do

They Do It? 18:00 Kings Of The Wild 19:00 Naked And Afraid 20:00 Marcos: 30 Years On 21:00 Chaos Caught On Camera 21:30 Deadly Dilemmas 22:00 American Chopper 23:00 Killing Fields 00:00 Marcos: 30 Years On 00:55 Chaos Caught On Camera

54 HISTORY13:00 Mountain Men 14:00 The Curse Of Oak Island 15:00 Big History 16:00 Genius 17:00 Ancient Aliens 18:00 Programmed To Kill: Dengue Fever 19:00 The Bible 21:00 Forged In Fire 22:00 Chasing Monsters 23:00 Appalachian Outlaws 00:00 Forged In Fire

62 AXN12:55 Caught On Camera 13:45 NCIS: Los Angeles 14:35 Alias 15:25 The Voice 17:10 Wipeout 18:00 Criminal Minds: Beyond Borders 18:55 Robot Combat League 19:45 Battle: Los Angeles 22:00 Criminal Minds: Beyond Borders 22:55 Quantico 23:50 Criminal Minds: Beyond Borders 00:45 Wipeout

82 RTPI14:30 Bom Dia Portugal - Directo 16:59 Sociedade Civil 18:00 A Praça - Directo 21:00 Jornal da Tarde - Directo 22:10 Hora dos Portugueses (Diário) 22:22 Os Nossos Dias 23:04 Agora Nós - Directo 01:08 Futebol: Seleção Nacional (Sub 21) - Directo 03:12 Bem-vindos a Beirais 04:00 Telejornal - Directo

• • • TELEFONES ÚTEIS

04:43 (DIA 26)RTPI

Portugal VS Bulgária

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Quinta-feira, 24 de Março de 2016 JTM | LAZER 19

Britney Spears celebraa chegada da Primaveracom um biquíni minúsculoHaverá forma melhor de celebrar a chegada oficial da primavera do que a exibir o corpo tonificado, num biquíni amarelo, à beira da piscina? Para Britney Spears, 34, não. A estrela partilhou uma imagem no Instagram “apenas a relaxar” com os seus 9 milhões de seguidores, que a louvaram por manter a mesma forma física que tinha no auge da carreira.

• • • CULTURA

A irresistível ascensão das maestrinas

Um crítico do Los Angeles Times decretara no ano passado que a mirgamania podia oficialmente começar e os observadores do meio já se referem

a um efeito Mirga. Mas o que é ou quem é Mirga, per-guntar-se-ão? Mirga é o nome próprio de uma maestrina lituana. O seu nome completo é Mirga Grazinyte-Tyla, mas por razões compreensíveis depressa se está a tornar só Mirga.

E o sururu à sua volta prende- se com facto de ter sido recentemente nomeada como a próxima titular da City of Birmingham Symphony Orchestra (CBSO), com um contrato inicial por três anos. A nomeação de uma mulher como titular de uma orquestra de primeira linha tem ainda o seu quê de raro. Agora, o que é mais inédito no caso de Mirga é que ela o consegue aos 29 anos. A combinação de país exótico+mulher+idade+notoriedade da orquestra é que produz com Mirga um cocktail surpreendente.

E é curioso que seja a Orquestra de Birmingham a fa-zer esta escolha: eles apostaram em Simon Rattle quan-do este tinha apenas 25 anos e, em 2007, nomearam um “vizinho de cima” de Mirga, o letão Andris Nelsons, que na altura tinha 28 anos – hoje, Nelsons é titular da Sinfó-nica de Boston, cargo a que juntará a chefia da Orquestra do Gewandhaus de Leipzig.

Até agora, Mirga só dirigira a CBSO por duas vezes antes da nomeação. Portanto, o risco assumido continua lá, apenas sofreu um upgrade por agora ser uma mulher.

De Vilnius para o mundoNatural de Vilnius, Mirga vem de uma família de

músicos, conquanto os pais desejassem para ela uma profissão mais terra-a-terra. Mas o desejo da filha ver-gou- os: estudou direcção coral e foi ainda a pensar em dirigir coros que foi fazer estudos superiores para a Áus-tria (Graz). Um dia, um professor lançou- lhe: “E se estu-

• • • E AINDA

Uma das principais orquestras inglesas nomeou titular uma lituana de 29 anos, Mirga Grazinyte-Tyla. Pouco a pouco, elas aproximam-se do topo, ocupando lugares de destaque

dasses direcção de orquestra?...” Mirga pensava que isso não era para ela, mas perce-

beu que o desafio era uma via que se lhe abria defronte e que talvez valesse a pena trilhar – esse tipo de raciocínio tem- na guiado, aliás, ao longo dos anos e com resulta-dos, vê- se, muito gratificantes.

De Graz foi para Zurique, Leipzig, Bolonha, fez cursos com os maestros Blomstedt, Zinman, Masur e deixou-se ficar pelo espaço germânico, onde as oportu-nidades de iniciar carreira são maiores. E elas surgiram: Osnabrück, Bona, Heidelberg, Berna.

Em Salzburgo, Mirga triunfou em 2012 no Con-curso de Jovens Maestros, rampa de lançamento forte para singrar no ofício. Nesse mesmo ano torna-se es-tagiária de Gustavo Dudamel na Filarmónica de Los Angeles, dois anos depois é feita maestrina assistente e, no ano passado, maestrina associada. Mas Salzbur-go não a esqueceu e Mirga é desde Setembro direc-tora musical da Ópera de Salzburgo, o que significa que será “exposta” na grande montra mundial que é o Festival de Salzburgo.

Outros exemplosMirga é apenas a face mais reluzente da vaga de

maestrinas que, pouco a pouco, tendem a tornar mais equilibrada a coutada masculina que era até há muito poucas décadas a actividade de dirigir orquestras. E sen-do ela jovem, beneficiou do trabalho de sapa realizado pelas suas antecessoras. O nome que mais imediatamen-te ocorre é o de Marin Alsop (n. 1956): foi ela quem ver-dadeiramente desbravou o caminho e desmontou os mi-tos de masculinidade associados à profissão, mostrando que era possível às mulheres triunfar também aqui.

Em Portugal, temos, além de Joana Carneiro, a maes-trina finlandesa Susanna Mälkki (n.1969), que ocupa o cargo de maestrina convidada principal da Orquestra Gulbenkian. Mälkki foi em 2014 designada próxima ti-tular da Filarmónica de Helsínquia, quiçá a mais histó-rica orquestra dos países nórdicos, cargo que assumirá neste Outono.

Outras maestrinas que já dirigiram em Portugal fo-ram Joann Falletta, Julia Jones, Speranza Scappucci ou Barbara Hannigan. JTM/DN

Balotelli fez de Sophie uma estrela

Sara Sampaio ultra sensualem anúncio a perfumeSara Sampaio respira sensualidade no novo anúncio ao perfume Very Sexy Now da Victoria`s Secret. A modelo portuense, um dos «anjos» da marca de lingerie, protagoniza a campanha, com o anúncio a ser da responsabilidade de Jerome Duran. É mais um “degrau” na sua afirmação no panorama da moda mundial.

Bernardo Mariano

Vencedora da 10ª edição do Big Brother

britânico, Sophie Reade, é bem mais do que um

rosto de um reality--show. A vida da nossa

beldade, nunca mais foi a mesma, a partir

da altura que teve uma relação com o contro-verso ponta-de-lança

Mario Balotelli que anda de clube em clube. O namoro foi tudo me-

nos bonito já que ficou marcado pela traição do

jogador com a melhor amiga de Sophie.

Aos 29 anos, Mirga Grazinyte-Tyla é a próxima maestrina da City of Birmingham Symphony Orchestra

Page 20: Administrador José Rocha Diniz Sérgio Terra 4967 10 ... fileirmãos suicidas e procura terceiro suspeito de ataques JTM regressa 3ª-feira Devido às festividades da épo-ca pascal,

20 JTM | ÚLTIMA Quinta-feira, 24 de Março de 2016 • Fecho da Edição • 01:10 horas

Presidente chinês nos EUA para cimeira sobre segurança nuclearO Presidente chinês, Xi Jinping, visitará os EUA a 31 de Março e 1 de Abril, onde assistirá à quarta cimeira sobre segurança nu-clear, em Washington, anunciou um porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros. Trata-se da oitava visita de Xi aos EUA e a terceira desde que ascendeu à Presidência, em 2013. Aquela cimeira, cuja primeira edição também decorreu em Washington, em 2010, tem como principal objectivo impulsionar a cooperação internacional em matéria de segurança nuclear. Mais de uma centena de chefes de Estado e de Governo são esperados para o encontro, com a notável excepção da Rússia, que declinou participar. Entre 28 e 30 de Março, Xi Jinping visitará a República Checa, onde se vai reunir com o seu homólogo, Milos Zeman.

China alargou proibição sobre importação de marfimA China expandiu a sua proibição so-bre importação de marfim para pro-teger elefantes africanos, anunciou a Administração Nacional dos Recur-sos Florestais. Até 31 de Dezembro de 2019, o país proibirá a importação de marfim e produtos relacionados adqui-ridos antes da vigência da Convenção para o Comércio Internacional das Es-pécies da Flora e Fauna Selvagens em Perigo de Extinção (CITES), em 1975. Duas proibições lançadas em 2015 se-rão estendidas para o fim de 2019. A 15 de Outubro, a China proibiu por um ano importações do marfim africano adquirido como troféus de caça. A 26 de Fevereiro do ano anterior também foram banidas as importações de es-culturas de marfim africano adquiridas após a vigência da CITES. O comércio e a venda de esculturas de marfim são legais na China mas o marfim só pode vir de duas fontes: de itens importados antes de o país se juntar à CITES em 1981, e 62 toneladas anuais de marfim cru compradas de quatro países africa-nos em 2008, conforme permitido pela CITES.

UE convoca reunião extraordinária para debater segurança A Comissão Europeia convocou para hoje uma reu-nião extraordinária para debater a segurança no con-tinente, com a presença dos ministros da Defesa e da Justiça dos Estados-membros e outros representan-tes do bloco económico. Os ministros irão coordenar a resposta europeia aos atentados de terça-feira em Bruxelas, segundo informaram fontes comunitárias citadas pelas agências internacionais. Entretanto, o governo alemão preferiu ontem não utilizar o termo “guerra” para a situação na Europa após os últimos atentados na UE, e referiu-se ao compromisso da chanceler Angela Merkel de combater o terrorismo “com determinação e unidade”. “Cada um elege os termos que considera necessários, e não é minha função comentar os utilizados por um líder de um país estrangeiro”, indicou o porta-voz do governo, Steffen Seibert, ao ser questionado se a Alemanha partilha da opinião do Primeiro-Ministro francês, Manuel Valls, de que a Europa está “em guerra”. A Alemanha reforçou os dispositivos de segurança nas fronteiras, aeroportos e estações ferroviárias, assim como nas comunicações por estrada com a Bélgica, e manterá essas medidas “enquanto for ne-cessário”, confirmaram fontes do Ministério da Defesa, de acordo com a agência EFE.

Encerrada discussão sobre edifício de doenças infecto-contagiosasO director do Centro Hospitalar Conde de São Januário disse ontem no programa Fórum da Rádio Macau que não haverá mais discussão sobre a localização escolhida para o edifício de doenças infecto-contagiosas. “Enquanto profissional estou con-centrado em preparar-me bem para cumprir os requisitos inter-nacionais, em vez de estar a discutir uma proposta de compro-misso que não corresponde a esses requisitos científicos. Não é isso que devemos fazer agora. Isso só vai criar mais preocupa-ções ao público”, sublinhou Kuok Cheong U. Por outro lado, após a reunião plenária da Assembleia Legislativa de ontem, o Secretário para os Transportes e Obras Públicas referiu que o projecto do edifício de doenças infecto-contagiosas está em fase de avaliação do impacto ambiental, por isso, as obras ain-da não foram iniciadas. Raimundo do Rosário esclareceu ainda que não há regulamentos que determinem a obrigatoriedade de discutir todos os projectos em sede do Conselho de Planeamen-to Urbanístico (CPU). Por outro lado, ao CPU chegará a planta do terreno recuperado pelo Executivo no Pac On, onde deverá ser construído um edifício para entidades governamentais.

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NGNível das águas do mar na China cresce mais que no resto do mundoO nível médio da subida da água do mar na China entre 1980 e 2015 foi de 3 milímetros, estando acima da média global, de acordo com um relatório da Administração Nacional Oceânica, citado pelo oficial “Diário do Povo”. Se-gundo os dados agora divulgados a década entre 2006 e 2015 testemunhou o crescimento mais rápido dos últimos 30 anos, sendo que o nível das águas do mar aumentou 32 e 66 milímetros, respectivamente, face às décadas 1996-2005 e 1986-1995. O relatório refere que a expansão térmica da água do mar e o des-congelamento dos glaciares e massas de gelo, devido ao aquecimento global, contribuem para o crescimento acelerado do nível médio das águas do mar. As estatísticas revelam que o nível do mar na Chi-na regista uma quebra durante padrões climáticos extremos como o “El Niño”. O relatório menciona também a atenção dada pelas autoridades ao aumento do nível da água do mar quando planeiam cidades costeiras, de forma a assegurar a segurança e prevenirem a ocorrência de desastres de modo eficiente. Outro relatório da Administração revela que, em 2015, os desastres oceânicos na China causaram perdas económicas directas de mais de 7,27 biliões de yuans e a morte de 30 pessoas, dados que, contudo, foram inferiores à média da última década. As tempestades terão sido responsáveis por 99,8% das perdas económicas directas e 77% das mortes foram causadas por ondas marítimas. Em 2015, as províncias costeiras de Zhejiang, Fujian e Guang-dong sofreram mais durante desastres oceânicos, sendo que as perdas económicas daí resultantes perfizeram 97% do total.

Fraudes e desperdícios públicos na Itáliaenvolveram 35 mil milhões em 2015 Entre desperdícios de dinheiro público e fraudes ao Estado, a Itália registou em 2015 danos patrimoniais superiores a qua-tro mil milhões de euros (mais de 35,5 mil milhões de patacas), revela o relatório anual da Guarda de Finanças (GdF). Segun-do o documento, citado pela agência ANSA, os investigadores descobriram que mais de mil milhões de euros envolveram so-licitações ou execuções de financiamentos públicos ilícitos em esfera federal ou local. Pelos crimes, foram denunciadas 4.084 pessoas, 38 das quais acabaram por ser presas. As fraudes con-tra os sistemas de segurança social e saúde totalizaram mais de 300 milhões de euros e levaram à denúncia de 6.779 pessoas, 27 das quais foram detidas. O relatório aponta também para um aumento no número total de casos de evasão fiscal. Em 2014, a GdF identificou 8.000 casos, número que subiu para 8.485 em 2015, incluindo 13.665 pessoas, incluindo 104 detidas.

Corredor Vasariano em Florença deverá ser aberto a todos os turistasO famoso Corredor Vasariano, em Florença, percurso que liga as “Gallerie degli Uffizi”, principal museu renascentista do mundo, ao “Palazzo Pitti”, do outro lado do rio Arno, passando pela icónica Ponte Vec-chio, deverá ser reaberto ao público em geral, noticiou a agência Ansa, recordando que actualmente o acesso está reservado apenas a operadores turísticos e agên-cias de viagens, sempre acompanhados de guia e segu-rança. O anúncio foi feito por Eike Schmidt, director das “Gallerie degli Uffizi”: “A minha intenção é eliminar os privilégios e oferecer a possibilidade, não a obrigação, de passar pelo meio do Vasariano, chegando ao Palazzo Pitti, com um bilhete adequado aos preços cobrados para o acesso aos museus”. Actualmente, o valor mínimo da entrada no corredor projectado por Giorgio Vasari no século XVI ascende a 45 euros por pessoa. Além disso, as filas de espera são enormes. Historiador da arte alemão, Schmidt foi nomeado para dirigir o museu florentino em Agosto do ano passado, no âmbito de uma ampla mudança promovida pelo Ministério dos Bens Culturais nas principais galerias do país.