Administração de Medicamentos I CURSO CAPACITAÇÃO EM URGÊNCIA E EMERGÊNCIA.
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Administração de Medicamentos
I CURSO CAPACITAÇÃO EM URGÊNCIA E EMERGÊNCIA
Durante o preparo e a administração dos medicamentos, o profissional deve estar atento e concentrado no preparo para não haver erros. Nunca esquecer os seis certos:
• Paciente certo; • Medicação certa e as três leituras do rótulo;• Dose e diluição certa; • Validade certa• Via certa;• Hora certa.
Deve-se sempre lavar as mãos antes e após o procedimento.
É direito do paciente questionar sobre o medicamento que está recebendo, bem como recusá-los se for a sua vontade. É necessário documentar a recusa e informar à enfermeira responsável e ao médico.
Após a administração deve ser registrado e checado anotando o horário em prontuário.
Administração de Medicamentos Por Via Oral
• são absorvidas no trato intestinal, atingindo a circulação sistêmica.
• contra-indicada à pacientes com náuseas, vômitos, diarréia ou aqueles que tenham dificuldades para engolir.
Fatores que influenciam na absorção:
• Quantidade de alimentos no estômago.
• Velocidade no esvaziamento gástrico.
• Diluição do medicamento.
Cuidados na administração
• A medicação deve ser preparada sempre com o seguinte material à mão: prescrição médica, dosador, medicamentos, copos descartáveis, adesivos e bandeja.
• Utilizar medidores graduados para retirar a dosagem correta de frascos de xaropes, suspensões, emulsões, etc.
• Identificar a medicação após o preparo.• Caso seja necessário amassar o
comprimido, deve-se utilizar pilão e cadinho.Medicações de cobertura entérica ou de liberação gradual e cápsulas de gelatina não devem ser esmagadas.
Administração de Medicamentos por Via Tópica
É a administração de medicamentos diretamente na pele ou na mucosa, com o objetivo de uma ação local (menos na membrana retal, esse tipo de medicamento tem efeito sistêmico).
• Tipos:• Loções – são preparações líquidas usadas para
refrescar, amaciar e aliviar pruridos na pele, não deve ser friccionado.
• Linimentos – são preparações líquidas (pastosas), usadas por fricção para aquecer uma área, dilatar os vasos, relaxar músculos, aliviar tensão local.
• Pomadas – são preparadas a base de gorduras, geléias, óleos, usados diretamente sobre o ferimento, com o objetivo de ação local. Com objetivo: anti-séptico e para proteção da pele, terapêutico específico e impedir o aparecimento de infecções.
Instilações:
• Ouvido – para amaciar (amolecer) a cera, combater infecções, e inflamações, aliviar a dor e retirar corpos estranhos.
• Ocular – dilatar ou contrair a pupila, combater infecções, aliviar prurido e irritações.
• Nasal – descongestionar ou aliviar a congestão nasal, combater infecções e inflamações, anti-hemorrágicos.
• Faringe – aliviar irritação, combater infecção e inflamação, aliviar dor e prurido.
• Vaginal – combater infecções, aliviar prurido e dor.
• Retal – combater infecções, aliviar prurido e dor, única via que tem efeito sistêmico.
Administração de Medicamentos por Via Parenteral
É a administração de medicamentos por via parenteral, feita através de uma injeção, onde se utiliza a pressão pela seringa e agulha. Ex: IM, EV, SC e ID.
Características dos medicamentos de uso parenteral
• Absolutamente estéreis.
• São líquidos.
• pH dentro dos níveis fisiológicos.
• Não são hemolíticas.
• São isentos de substâncias pirogênicas
Principais vias:
• Intra Muscular (IM)
• Subcutânea (SC)
• Endovenosa (EV)
• Intra Dérmica (ID)
Via Intra Dérmica – ID
• Esta via é bastante restrita e normalmente é utilizada para reações de hipersensibilidade (provas de PPD para tuberculose), verificar a sensibilidade de algumas alergias, vacinas. O local utilizado para estes casos é a face ventral do antebraço, por ser ele pobre em pelos, possuir pouca pigmentação, pouca vascularização superficial, além de apresentar fácil acesso para leitura dos resultados.
• Locais de aplicação:
• Porção ventral do antebraço, por ser uma região pouco pigmentada, pouco vascularizada, com poucos pêlos e de fácil leitura.
• Acidentes específicos:
• dor;
• necrose – morte do tecido.
Sub – Cutânea – SC
• Administração de medicamentos diretamente no tecido subcutâneo ou hipodérmico. Não aceita grandes frações de líquido, o máximo é de 0,5ml. O ângulo mais usado é de 90º, mas pode ser feita num ângulo de 45º.
Locais de aplicação:• Região posterior do braço;• região anterior da coxa;• região sub-escapular;• região glútea;• parede abdominal.
Via Intra Muscular – IM
• Pode receber a quantidade máxima de 5 ml, mas o normal é de 2 a 3 ml. Recebe soluções irritantes, suspensão. Ângulo de inserção 90º introduz toda a agulha.
• O volume de medicação a ser administrada deve ser compatível com a estrutura muscular que varia com a região e a idade do paciente. Por exemplo: em um adulto a região do deltóide pode absorver no máximo 3 ml, já a glútea suporta no máximo 5 ml e a coxa 4 ml.
Escolha da agulha: • Para aplicar com agulha ideal, deve-se levar em
consideração: o grupo etário, a condição física do cliente e a solubilidade da droga a ser injetada. Observe a tabela abaixo:
FAIXA ETÁRIA ESPESSURA SUB.SOL. AQUOSA
SOL.OLEOSA OU SUSPENSÃO
AdultoMagroNormalObeso
25 x 730 x 7
40 x 7
25 x 830 x 840 x 8
CriançaMagraNormalObeso
20 x 5,5 25 x 7 30 x 7
20 x 725 x 830 x 8
Acidentes específicos:
• fibrose – endurecimento do tecido;
• dor e reações inflamatórias locais;
• lipodistrofia fibrótica.
• Obs: Na aplicação de injeções subcutâneas o paciente pode estar em pé, sentado ou deitado, com a área bem exposta. Não se deve aplicar nos antebraços , próximo das articulações, na região genital e virilha.
Endovenosa – EV E indicada quando há necessidade de administrar
grande quantidade de líquidos, na administração de substância irritantes, que poderiam causar necrose tecidual por outras vias e também quando se pretende uma ação imediata da droga.
A solução deve ser límpida, transparente, não oleosa e não deve conter cristais visíveis em suspensão. Ao se fazer a escolha do local a punção para infusões endovenosas deve-se ter em mente os tópicos abaixo:
CRIANÇAS E ADULTOS Dorso da mão, antebraço e braço
BEBÊS Região cefálica pela facilidade de acesso
COLETA DE SANGUE E ADMINISTRAÇÃO DE DOSAGEM ÚNICA
Articulação do cotovelo
VIA DE ÚLTIMA ESCOLHA Membros inferiores. Há o risco de estagnação do medicamento na circulação periférica que poderia provocar formação de, coagulos, causando trombos ou flebites. E totalmente contra-indicada para pacientes com lesões neurológicas.
-Acidentes específicos: • Infiltração — passagem de solução para o
tecido subcutâneo, causando palidez, dor e edema local.
• Hematoma e transfixação da veia — extravasamento do sangue.
• Choque anafilático. • Lipotimia. • Super dosagem.
Infusão Intra-Óssea
É de vital importância para administração
de drogas e fluidos diante de situações
onde exista dificuldade, perspectiva de
longo período perdido ou impossibilidade
de acessar uma via para infusão.
Infusão Intra-Óssea
Indicações • Acessar a circulação sistêmica enquanto
em situação médica de urgência.
• Administração de produtos sangüíneos, líquidos e agentes farmacológicos.
• Análise do sangue medular : pH, PCO2, eletrólitos, bioquímica, contagem de células brancas, taxas de hemoglobina podem ser realizadas.•culturas sangüíneas.
Contra-indicações
• Osteogênese imperfeita ou osteopetrose;
• Fratura no membro a ser puncionado (extravasamento subcutâneo);
• Celulites ou queimaduras infectadas : risco de complicação infecciosa.
Agulhas• Crianças abaixo de
18 meses : agulha intra-óssea ou agulha espinhal tamanho 18 ou 20 gauge.
• Crianças mais velhas: agulha intra-óssea ou de medula óssea de 13 a 16 gauge.
Pontos de Acesso
Vários pontos no esqueleto tem sido relatados e utilizados para punção medular.
Técnica
Técnica : Medicamentos
Líquidos : sangue, material de contraste, cristalóide, dextrose hipertônica;Medicamentos para suporte avançado cardíaco : epinefrina, atropina, gluconato de cálcio, bicarbonato de sódio;Antiarrítmicos : lidocaína, bretílium;Anticoma : narcan, glicose, glucagon;
Anticonvulsivantes : diazepam, fenobarbital, fenilhidantoína;Relaxante Muscular : atraquium, succinilcolina, vecuronium;Drogas vasoativas e inotrópicas : dopamina, dobutamina, isoproterenol;Narcóticos : morfina, meperidina;SedativosOutros medicamentos : antibióticos, insulina, diuréticos, manitol. Evitar drogas citotóxicas(quimioterápicas).
Acidentes comuns a todas as vias
• Infecções locais / abscessos: podem resultar da contaminação do material, da droga ou em conseqüência de condições predisponentes do cliente, tais como: mau estado geral e presença de focos infecciosos.
Acidentes comuns a todas as vias
• Septicemia: infecção generalizada, conseqüente à pronunciada invasão na corrente sanguínea por microorganismos oriundos de um ou mais nos tecidos, e possivelmente, com a multiplicação dos próprios microorganismos no sangue
Acidentes comuns a todas as vias
• Fenômenos alérgicos: os fenômenos alérgicos aparecem devido à susceptibilidade do indivíduo ao produto usado para anti-sepsia ou ás drogas injetadas. A reação pode ser local ou geral, podendo aparecer urticária,calor, rubor, dor, edema, choque anafilático.
Acidentes comuns a todas as vias
• Má absorção da droga – quando a droga é de dificil absorção, ou é injetada em local inadequado pode provocar a formação de nódulos ou abscessos assépticos, que além de incômodos e dolorosos, fazem com que a droga não surta efeito desejado.
Acidentes comuns a todas as vias
• Embolias — introdução de ar, coágulos ou cristais de drogas em suspensão diretamente na corrente sanguínea. Pode ser devido à falta de aspiração antes de injetar uma droga, introdução inadvertida de ar, coágulo, substância oleosa ou suspensões por via intravenosa, ou à aplicação de pressão muito forte na injeção de drogas em suspensão ou oleosas, causando a ruptura de capilares, com conseqüente microembolias locais ou gerais.
Acidentes comuns a todas as vias
• Trauma tissular – são de etiologia diversa, podendo ser conseqüente à agulha romba ou de calibre muito grande, que causa lesão na pele ou ferimentos, hemorragias, hematomas, equimoses, dor, paresias, paralisias, nódulos e necroses causadas por técnica incorreta, desconhecimento dos locais adequados para as diversas aplicações, falta de rodízio dos locais de aplicação.
Acidentes comuns a todas as vias
• Traumas psicológicos — o medo pode levar á exagerada contração muscular impedindo a penetração da agulha, acarretando acidentes ou a contaminação acidental do material. E sempre de grande importância orientar o cliente, e acalmá-lo, antes da aplicação. Nos casos extremos, esgotados os recursos psicológicos, faz-se necessária uma imobilização adequada do cliente, a fim de evitar outros danos.
DÚVIDAS??