Administração de Banco de Dados_Unidade I

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Administração de Banco de Dados_Unidade I

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  • Autores: Profa. Gisele Lopes Batista Pinto Prof. Luiz Fernando de Lima SantosColaboradores: Prof. Roberto Macias

    Profa. Elisngela Mnaco de MoraesProf. Emanuel Augusto Severino de Matos

    Administrao deBanco de Dados

  • Professores conteudistas: Gisele Lopes Batista Pinto/Luiz Fernando de Lima Santos

    Gisele Lopes Batista Pinto

    licenciada em Matemtica pelo Instituto de Matemtica e Estatstica da Universidade de So Paulo, com especializao em Automao e Informtica Industrial pela Escola Politcnica da USP.

    Depois de um instigante e divertido perodo lecionando Matemtica no Ensino Mdio e para cursos de Magistrio em uma escola pblica no Estado de So Paulo, voltou-se para a Tecnologia da Informao. Durante onze anos, foi Administradora de Bancos de Dados (DBA) no Departamento de Informtica da Reitoria da USP e h cinco anos integra o Grupo de Projetos Institucionais do mesmo Departamento, atuando nas reas de Mdias Sociais e Inteligncia Corporativa.

    Luiz Fernando de Lima Santos

    formado em Cincias da Computao pela Uninove e ps-graduado em Tecnologia da Informao pela UNIP. Atua h mais de 10 anos na rea de Banco de Dados e Business Intelligence, com passagem por empresas como Unilever e Johnson & Johnson, e com experincia nos maiores bancos do mercado como Microsoft SQL Server e Oracle. professor de Banco de Dados na UNIP nas modalidades presencial e a distancia (EaD).

    Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma e/ou quaisquer meios (eletrnico, incluindo fotocpia e gravao) ou arquivada em qualquer sistema ou banco de dados sem permisso escrita da Universidade Paulista.

    Dados Internacionais de Catalogao na Publicao (CIP)

    P659a Pinto, Gisele Lopes Batista

    Administrao de banco de dados / Gisele Lopes Batista Pinto; Luiz Fernando Lima dos Santos. So Paulo: Editora Sol, 2012.

    108 p., il.

    Nota: este volume est publicado nos Cadernos de Estudos e Pesquisas da UNIP, Srie Didtica, ano XVII, n. 2-060/12, ISSN 1517-9230.

    1. Informtica. 2. Banco de dados. 3. Administrao. I. Ttulo.

    CDU 004.65

  • Prof. Dr. Joo Carlos Di GenioReitor

    Prof. Fbio Romeu de CarvalhoVice-Reitor de Planejamento, Administrao e Finanas

    Profa. Melnia Dalla TorreVice-Reitora de Unidades Universitrias

    Prof. Dr. Yugo OkidaVice-Reitor de Ps-Graduao e Pesquisa

    Profa. Dra. Marlia Ancona-LopezVice-Reitora de Graduao

    Unip Interativa EaD

    Profa. Elisabete Brihy

    Prof. Marcelo Souza

    Prof. Dr. Luiz Felipe Scabar

    Prof. Ivan Daliberto Frugoli

    Material Didtico EaD

    Comisso editorial: Dra. Anglica L. Carlini (UNIP) Dra. Divane Alves da Silva (UNIP) Dr. Ivan Dias da Motta (CESUMAR) Dra. Ktia Mosorov Alonso (UFMT) Dra. Valria de Carvalho (UNIP)

    Apoio: Profa. Cludia Regina Baptista EaD Profa. Betisa Malaman Comisso de Qualificao e Avaliao de Cursos

    Projeto grfico: Prof. Alexandre Ponzetto

    Reviso: Andria Andrade Michel Apt Sueli Brianezi Carvalho

  • SumrioAdministrao de Banco de Dados

    APRESENTAO ......................................................................................................................................................9INTRODUO ...........................................................................................................................................................9

    Unidade I

    1 INTRODUO A BANCO DE DADOS ..........................................................................................................111.1 Histrico ................................................................................................................................................... 12

    1.1.1 Modelo hierrquico ................................................................................................................................ 141.1.2 Modelo em rede ...................................................................................................................................... 15

    1.2 Definio de banco de dados .......................................................................................................... 161.3 Tipos de bancos de dados ................................................................................................................. 17

    1.3.1 Bancos de dados relacionais .............................................................................................................. 171.3.2 Bancos de dados no relacionais ..................................................................................................... 181.3.3 Bancos de dados orientados a objeto ............................................................................................ 18

    1.4 Sistemas de Gerenciamento de Banco de Dados (SGBD) .................................................... 191.5 Funes bsicas de um SGBD .......................................................................................................... 21

    1.5.1 Mtodo de acesso ................................................................................................................................... 211.5.2 Restries de Integridade (RI) ........................................................................................................... 221.5.3 Segurana .................................................................................................................................................. 221.5.4 Controle de concorrncia .................................................................................................................... 231.5.5 Independncia dos dados .................................................................................................................... 23

    1.6 Arquitetura bsica de um SGBD ..................................................................................................... 231.6.1 Nvel fsico ................................................................................................................................................. 231.6.2 Nvel conceitual ....................................................................................................................................... 231.6.3 Nvel de viso ........................................................................................................................................... 24

    1.7 Como os dados so armazenados ................................................................................................. 241.7.1 Diferena entre dado e informao ................................................................................................ 251.7.2 Dicionrio de Dados (DD) .................................................................................................................... 25

    2 AGENTES DE INTERAO COM O SGBD ................................................................................................. 252.1 DBA Data Base Administrator ..................................................................................................... 26

    2.1.1 AD Administrador de dados ............................................................................................................ 262.1.2 Desenvolvedor de banco de dados .................................................................................................. 262.1.3 Programador ............................................................................................................................................. 26

    2.2 Certificaes ........................................................................................................................................... 272.2.1 Certificao Microsoft .......................................................................................................................... 272.2.2 Certificao Oracle ................................................................................................................................. 27

  • Unidade II

    3 DIAGRAMA ENTIDADE-RELACIONAMENTO (E-R) .............................................................................. 333.1 Entidades do DER ................................................................................................................................. 333.2 Relacionamentos do DER .................................................................................................................. 33

    3.2.1 Relacionamentos binrios ................................................................................................................... 333.2.2 Relacionamentos reflexivos ................................................................................................................ 343.2.3 Relacionamentos ternrios ................................................................................................................. 34

    3.3 Atributos do DER .................................................................................................................................. 343.3.1 Atributos opcionais ................................................................................................................................ 353.3.2 Atributos compostos ............................................................................................................................. 353.3.3 Atributos multivalorados ..................................................................................................................... 35

    3.4 Entidades fracas .................................................................................................................................... 353.5 Especializao ........................................................................................................................................ 35

    3.5.1 Especializao com ou sem excluso mtua .............................................................................. 353.5.2 Especializao com ou sem obrigatoriedade .............................................................................. 36

    3.6 Agregao ................................................................................................................................................ 364 MODELO ENTIDADE RELACIONAMENTO (MER)................................................................................... 36

    4.1 Domnio .................................................................................................................................................... 374.2 Atributo do MER ................................................................................................................................... 374.3 Tupla .......................................................................................................................................................... 384.4 Relao ..................................................................................................................................................... 384.5 Chave ......................................................................................................................................................... 38

    4.5.1 Chave primria (PK) primary key .................................................................................................. 384.5.2 Chave estrangeira (FK) foreign key .............................................................................................. 394.5.3 Chave artificial ou delegada (SK) surrogate key .................................................................... 39

    4.6 Restries de integridades bsicas ................................................................................................ 404.6.1 Regra de integridade de entidade ................................................................................................... 404.6.2 Regra de integridade referencial ...................................................................................................... 40

    4.7 Tipos de relacionamento ................................................................................................................... 434.8 Normalizao ......................................................................................................................................... 44

    4.8.1 Primeira Forma Normal (1FN) ............................................................................................................ 444.8.2 Segunda Forma Normal (2FN) ........................................................................................................... 464.8.3 Terceira Forma Normal (3FN) ............................................................................................................. 47

    Unidade III

    5 PROJETO DE BANCO DE DADOS ................................................................................................................ 525.1 Linguagens de banco de dados ...................................................................................................... 525.2 Tipos de linguagem SQL .................................................................................................................... 53

    5.2.1 Data Definition Language (DDL) ....................................................................................................... 535.2.2 Data Manipulation Language (DML) ............................................................................................... 545.2.3 Data Control Language (DCL) ............................................................................................................ 555.2.4 Data Transaction Language (DTL) ..................................................................................................... 575.2.5 Data Query Language (DQL) ............................................................................................................... 58

    5.3 Mdulos de funcionamento do SGBD ......................................................................................... 635.4 Etapas do projeto de banco de dados .......................................................................................... 64

  • 5.4.1 Levantamento de requisitos ............................................................................................................... 655.4.2 Projeto conceitual .................................................................................................................................. 655.4.3 Projeto lgico ........................................................................................................................................... 655.4.4 Projeto fsico ............................................................................................................................................. 665.4.5 Criao do banco de dados ................................................................................................................ 665.4.6 Exemplo de projeto de banco de dados ........................................................................................ 66

    6 TIPOS DE DADOS (DATA TYPES) ................................................................................................................. 696.1 Elementos de dados ............................................................................................................................ 69

    6.1.1 Estrutura de dados ................................................................................................................................. 696.1.2 Unidades de medidas ............................................................................................................................ 71

    Unidade IV

    7 ADMINISTRAO DE BANCO DE DADOS ............................................................................................... 777.1 Backup ...................................................................................................................................................... 78

    7.1.1 Recuperao e concorrncia .............................................................................................................. 787.1.2 Pontos de sincronizao ...................................................................................................................... 79

    7.2 Meios de recuperao (restore) ...................................................................................................... 807.2.1 Falhas do sistema .................................................................................................................................... 807.2.2 Falhas dos meios fsicos ....................................................................................................................... 81

    7.3 Concorrncia .......................................................................................................................................... 827.4 Bloqueio (Lock) ...................................................................................................................................... 837.5 Arquitetura bsica do ambiente de banco de dados ............................................................. 84

    7.5.1 Cluster de alto desempenho .............................................................................................................. 847.5.2 Cluster de alta disponibilidade .......................................................................................................... 857.5.3 Cluster para balanceamento de carga ........................................................................................... 85

    7.6 Replicao ............................................................................................................................................... 857.6.1 Replicao sncrona (eager)................................................................................................................ 867.6.2 Replicao assncrona (lazy) ............................................................................................................... 867.6.3 Replicao unidirecional (master-slave) ....................................................................................... 867.6.4 Replicao multidirecional (multi-master) .................................................................................. 877.6.5 Exemplo de funcionamento de um cluster com replicao .................................................. 87

    8 MODELO DIMENSIONAL ............................................................................................................................... 878.1 Fatos .......................................................................................................................................................... 898.2 Dimenso ................................................................................................................................................. 89

    8.2.1 Chave artificial (surrogate key) ......................................................................................................... 918.3 Medidas .................................................................................................................................................... 918.4 Granularidade ........................................................................................................................................ 918.5 Agregados ................................................................................................................................................ 928.6 Passos do projeto de DW ................................................................................................................... 938.7 Data mart (DM) ..................................................................................................................................... 958.8 Ferramentas de acesso aos dados ................................................................................................. 95

  • 9APRESENTAO

    O conceito de banco de dados importante porque auxilia no desenvolvimento das aplicaes para os sistemas de informao, comunicao e processos de automao. Por meio deste curso, voc ser capaz de avaliar as tecnologias e arquiteturas disponveis no mercado e fazer a escolha mais adequada. Alm disso, voc poder entender os assuntos referentes modelagem de dados e identificar os aspectos que impactam no desempenho e na segurana dos dados da empresa.

    O contedo programtico dividido em quatro unidades, com dois tpicos em cada uma. Na Unidade I, apresentamos o conceito e um breve histrico sobre o surgimento dos bancos de dados. Mostramos os diversos tipos de bancos de dados e falamos um pouco sobre a carreira de um administrador de banco de dados. Na Unidade II, discutimos os conceitos baseados na modelagem fsica e na lgica dos dados e as tcnicas de desenvolvimento de um projeto de banco de dados e suas aplicaes. Na Unidade III, apresentamos a linguagem de programao usada para tratar os dados que esto e sero armazenados nas estruturas de banco de dados. Na Unidade IV, falamos sobre a importncia e as tcnicas para salvar ou restaurar com segurana os dados armazenados.

    INTRODUO

    O surgimento da tecnologia de banco de dados ocorreu no momento em que os especialistas no desenvolvimento de sistemas computacionais perceberam que, para a informatizao de grandes organizaes, vrias questes relacionadas com o gerenciamento de dados necessitavam ser resolvidas de forma mais eficiente, por exemplo, o acesso aos dados de diferentes setores de uma mesma empresa, por aplicaes diferentes, de forma compartilhada e consistente, evitando a falta de padronizao e problemas de segurana dos dados. A manuteno de uma base de dados consistente, sem o auxlio das tcnicas e ferramentas que envolvem os bancos de dados, torna-se um trabalho insano. A maior dificuldade em construir sistemas corporativos em uma organizao ocorre quando os dados so armazenados de forma no integrada com um projeto global da empresa. Se cada setor mantiver uma base de dados local e independente, fica extremamente difcil a integrao das aplicaes e a construo de um sistema de apoio gerencial para a organizao.

    A reflexo que devemos fazer a seguinte: a empresa pode no ter a certeza de qual a verdade referente informao, mas ela deve ser nica em todos os setores da organizao. Se o relatrio do setor de pessoal mostrar que a empresa tem 500 funcionrios, significa que todos os relatrios dos demais setores devem ter o mesmo resultado. E isso s possvel se a fonte dessa informao for nica em todos os setores, ou seja, esto cadastradas no mesmo banco de dados da empresa e no mais em arquivos locais de cada setor. O banco de dados passa a ser o repositrio nico dos dados, com controle eficiente das operaes realizadas sobre os dados armazenados, sem falar na segurana.

    Todo o controle sobre o armazenamento e a manipulao de dados no que diz respeito ao acesso, integridade fsica e lgica, segurana, redundncia, concorrncia entre as diversas aplicaes, autorizao para as diversas operaes etc., so de responsabilidade de um software denominado de

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    Sistema Gerenciador de Banco de Dados, isto , o SGBD. Esses softwares so capazes de gerenciar diversos bancos de dados em um nico sistema.

    Para se tornar um Administrador de Banco de Dados, alm de conhecer os conceitos que vamos apresentar neste livro-texto, voc dever entender profundamente como o funcionamento do Sistema Gerenciador de Banco de Dados que voc decidir usar no seu projeto, pois cada um desses softwares tem suas particularidades e metodologias de implementao e manuteno. Mas, fique tranquilo(a), pois todos os fornecedores oferecem treinamento e consultoria.

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    ADMINISTRAO DE BANCO DE DADOS

    Unidade I1 INTRODUO A BANCO DE DADOS

    O desenvolvimento de um sistema de informao envolve a anlise e o projeto de dois componentes: os dados e os processos.

    O projeto de dados considerado a parte esttica do sistema, uma vez que diz respeito a um universo persistente de caractersticas que dificilmente sofre modificaes aps a sua definio.

    O projeto de processos, por sua vez, chamado de parte dinmica, uma vez que as tarefas a serem realizadas sobre os dados podem variar, conforme ocorre a evoluo do sistema.

    Considera-se projeto de um banco de dados a anlise, o projeto e a implementao dos dados persistentes de uma aplicao, levando em conta a determinao da sua semntica (abstrao dos dados de uma realidade) e, posteriormente, o modelo de dados e o Sistema Gerenciador de Banco de Dados (SGBD) a serem adotados.

    O projeto de um banco de dados composto das seguintes etapas:

    Descrio de requisito

    Etapa em que so coletadas informaes sobre os dados de interesse da aplicao, seu uso, ou seja, as operaes de manipulao sobre elas e suas relaes.

    Para a realizao dessa etapa, so necessrias tarefas como entrevistas com os futuros usurios do sistema, anlise de documentaes disponveis, arquivos, relatrios etc. O resultado normalmente uma descrio dos requisitos da aplicao mais detalhada e clara possvel.

    Caso nenhuma metodologia de engenharia de software esteja sendo empregada, essa descrio de requisitos uma descrio informal, na forma de um texto, que contm as informaes necessrias para o entendimento da aplicao.

    Projeto conceitual

    Pode ser considerada a fase de anlise dos dados ou requisitos capturados na etapa anterior.

    Nessa etapa, realizado o que chamamos de modelagem conceitual: so analisados os fatos de interesse, isto , as entidades ou conjunto de ocorrncias de dados e seus relacionamentos, juntamente

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    com seus atributos e propriedades ou caractersticas, e construda uma notao grfica para facilitar o entendimento dos dados e suas relaes, tanto para os analistas quanto para os futuros usurios.

    Essa etapa resulta em um modelo conceitual, em que a semntica da realidade deve estar correta. A ferramenta mais usada nessa etapa o Diagrama Entidade-Relacionamento (ER).

    Projeto lgico

    Considerada a fase de projeto dos dados. Nessa etapa, o desenvolvimento do banco de dados comea a se voltar para o ambiente de implementao, uma vez que feita a converso do modelo conceitual para um modelo de dados de um banco de dados (modelo lgico). Esse modelo de dados pode ser relacional, orientado a objetos ou dimensional, por exemplo.

    Essa etapa se baseia no uso de regras de mapeamento de um tipo de diagrama de acordo com o modelo de dados definido. Pode ser um diagrama E-R ou um diagrama de classes, entre outros. O resultado uma estrutura lgica, como um conjunto de tabelas relacionadas.

    Projeto fsico

    Esta ltima etapa realiza a adequao do modelo lgico gerado na etapa anterior ao formato de representao de dados do Sistema Gerenciador de Banco de Dados escolhido para a implementao.

    Para a realizao dessa etapa, deve-se conhecer os elementos e o funcionamento do SGBD, para a criao da estrutura lgica definida no modelo. O resultado a especificao do esquema da aplicao e na implementao das restries de integridade.

    1.1 Histrico

    Podemos afirmar que a histria dos bancos de dados se inicia na dcada de 1950, no momento em que surge a necessidade de armazenar os dados gerados nos computadores. Nessa poca, os recursos disponveis eram bem inferiores em relao aos existentes hoje em dia. Antigamente, os dados eram armazenados em fitas magnticas ou em cartes perfurados, e eram lidos e gravados de forma sequencial.

    Na dcada de 1960, apareceram os primeiros discos rgidos, e com isso os dados no precisaram mais ser gravados de forma sequencial. Surgiu, ento, um dos primeiros modelos, conhecido como Modelo Hierrquico, que organizava dados em uma estrutura em rvore. Os SGBD mais conhecidos, nessa poca, foram o IMS e o System 2000.

    No final da dcada de 1960 e durante a dcada de 1970, surgiu o Modelo de Redes, que organizava os dados em uma estrutura formada por vrias listas, que definia uma intrincada rede de ligaes. Nessa poca, os SGBD mais conhecidos foram o IDMS e o Total.

    O Modelo Relacional o modelo de dados dominante no mercado ainda hoje e surgiu na dcada de 1970. Ele foi proposto por Edgar Frank Codd e se tornou um marco em como pensar em banco de

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    dados. Codd desconectou a estrutura lgica do banco de dados do mtodo de armazenamento fsico, organizando os dados em um conjunto de relaes. Essas relaes so denominadas de tabelas.

    Em cima da teoria de Codd, foram criados dois prottipos de sistemas relacionais, que depois foram sendo aperfeioados com o tempo. O primeiro foi o Ingress, desenvolvido pela UCB, que serviu como base para os sistemas Ingres Corp., Sybase, MS-SQL Server, Britton-Lee, Wang PACE (que utilizava QUEL como linguagem de consulta). O outro, o System-R, foi desenvolvido pela IBM San Jose e serviu de base para o IBM SQL/DS, IBM DB2, Oracle, todos os bancos de dados da HP e o Tandems Non-Stop SQL, que utilizava SEQUEL como linguagem de consulta. O termo Sistema de Gerenciamento de Banco de Dados Relacional (SGBDR ou RDBMS em ingls) foi definido durante esse perodo.

    Figura 1 Dr. Peter Chen

    O doutor Peter Chen prope o modelo Entidade-Relacionamento (ER) para projetos de banco de dados, dando uma nova e importante percepo dos conceitos de modelos de dados. Assim como as linguagens de alto nvel, a modelagem ER possibilita ao projetista concentrar-se apenas na utilizao dos dados, sem se preocupar com a estrutura lgica de tabelas.

    A partir da dcada de 1980, com o advento da computao pessoal, novos modelos comearam a ser definidos, visando atender s necessidades de aplicaes ditas no convencionais, ou seja, aplicaes cujas entidades apresentam uma estrutura que no de adqua bem com a organizao relacional de dados.

    A Linguagem Estruturada de Consultas (SQL) se torna a linguagem padro mundial para os Sistemas Gerenciadores de Banco de Dados. Nessa dcada, surge tambm o modelo cliente-servidor, que muda a forma como os sistemas seriam concebidos.

    A internet chega aos lares ainda um pouco rudimentar se compararmos com a de hoje, mas funcional o suficiente para que as pessoas se comuniquem. E, desde ento, a pesquisa cientfica na rea procura evoluir no sentido de definir e encontrar modelos que representem da melhor maneira possvel os dados

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    de uma realidade, ou seja, que os organizem de forma mais prxima maneira como estes so vistos e manipulados pelas pessoas no mundo real.

    A grande maioria dos bancos de dados conhecidos hoje comercialmente foi criada nessa poca. Com a evoluo, comearam a surgir conceitos que so utilizados at os dias de hoje, como:

    OLTP Online Transaction Process (Processos de Transao em Tempo Real)

    OLAP Online Analytical Process (Processos Analticos em Tempo Real)

    Open Source software livre, que so os que mudariam o conceito de posse de um software. Os sistemas open source se baseiam em quatro leis, ou quatro liberdades, que so:

    Liberdade n 0: a liberdade de executar o programa, para qualquer propsito.

    Liberdade n 1: a liberdade de estudar como o programa funciona e adapt-lo para suas necessidades. Acesso ao cdigo-fonte um pr-requisito para essa liberdade.

    Liberdade n 2: a liberdade de redistribuir cpias de modo que voc possa ajudar ao seu prximo.

    Liberdade n 3: a liberdade de aperfeioar o programa e liberar seus aperfeioamentos, de modo que toda a comunidade se beneficie. Acesso ao cdigo-fonte um pr-requisito para essa liberdade.

    1.1.1 Modelo hierrquico

    O modelo hierrquico foi definido com base na observao de que muitas entidades do mundo real so organizadas hierarquicamente. Nesse modelo, os dados so organizados em um conjunto de tipos de registros (entidades), interconectados por meio de ligaes (relacionamentos).

    Uma ligao representa uma relao entre exatamente dois tipos de registros: pai e filho. Assim, tanto o esquema quanto os dados (ocorrncias) so visualizados por meio de uma estrutura em rvore, em que um ou vrios tipos de registros filhos podem estar vinculados a um tipo de registro pai.

    Um esquema no modelo hierrquico chamado de diagrama de estrutura em rvore, conforme podemos ver na Figura 3.

    O sentido de acesso sempre unidirecional, ou seja, sempre do pai para o filho (parte sempre da raiz e percorre os nveis inferiores).

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    Ceclia

    5657-3 3584-7 2576-5 4876-2 800,00100,68576,80300,00

    Lauro Elaine Guaruj 257-1376Mau 257-6425Taubat 526-7890

    Figura 2 Diagrama de estrutura em rvore

    Observao

    O modelo hierrquico no suporta relacionamentos com cardinalidade N:N em decorrncia da organizao em rvore, que permite apenas cardinalidade 1:1 e 1:N, ou seja, um tipo de registro filho sempre est relacionado a um nico tipo de registro pai. E um pai, por sua vez, pode se relacionar com vrios filhos.

    Os casos de cardinalidade N:N devem, ento, ser modelados como uma relao 1:N, por meio da escolha de qual registro ser tratado como pai. A indicao escolher aquele registro que apresentar um maior valor mdio de cardinalidade para ser o tipo de registro pai. A redundncia de dados inevitvel, caso uma ocorrncia de um tipo de registro filho se relacionar com mais de uma ocorrncia de um tipo de registro pai. No modelo hierrquico, no h acesso direto a ocorrncias de tipos de registros filho.

    1.1.2 Modelo em rede

    Esse modelo muitas vezes denominado de Modelo DBTG-CODASYL (Data Base Task Group subgrupo da Conference on Data Systems and Language), uma organizao existente na dcada de 1970 responsvel pela padronizao de linguagens de programao de sistemas.

    Similar ao modelo hierrquico, os dados no modelo de redes so organizados em tipos e ligaes entre dois tipos de registros. No existe restrio hierrquica, ou seja, quaisquer dois tipos de registros podem se relacionar. Assim, tanto o esquema quanto as ocorrncias de dados so visualizados como um grafo direcionado. Um esquema no modelo de redes chamado de diagrama de estrutura de dados, de acordo com a Figura 3.

    Nome_Cli Cidade_Cli Tel_Cli #_CC Saldo

    ContaCliente

    Figura 3 Diagrama de estrutura de dado

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    Toda vez que existe um relacionamento com cardinalidade 1:1 ou 1:N, define-se um set, ou seja, o tipo de registro com cardinalidade fixa igual a 1 chamado de owner e o outro, de member. Uma ocorrncia de um set equivale a uma lista encadeada que parte do owner e encadeia todos os members relacionados a ele.

    Quando existe um relacionamento com cardinalidade M:N, define-se o que se chama de conector: um tipo de registro adicional que estabelece uma ligao entre dois tipos de registro, ou seja, dois sets so definidos, transformando um relacionamento M:N em dois relacionamentos 1:N. Esse conector pode ou no ter atributos.

    Observao

    No modelo em rede, cada relacionamento presente gera listas encadeadas e, com isso, as consultas que percorrem por muitos relacionamentos tm seu desempenho (performance) comprometido.

    1.2 Definio de banco de dados

    Um banco de dados pode ser definido como sendo uma coleo de dados operacionais inter-relacionados. Esses dados so armazenados de forma independente dos programas que os utilizam, servindo assim a mltiplas aplicaes de uma organizao.

    Alm disso, o banco de dados deve ser o repositrio nico de armazenamento dos dados, pois, com isso, diminumos a redundncia e eliminamos redefinies de dados semelhantes de diversas fontes. O acesso ao banco de dados realizado por meio de linguagens de alto nvel para manipulao de dados. Em outras palavras, um banco de dados um sistema de manuteno de registros. O seu objetivo principal manter as informaes para, quando solicitadas, serem disponibilizadas ao usurio.

    Existem diversas plataformas de banco de dados, e a escolha depende do oramento e de polticas de investimento em TI nas organizaes. Houve um tempo em que apenas as plataformas proprietrias ofereciam produtos de qualidade e segurana, e somente empresas com elevado capital tinham condies de adquirir esses produtos. Mas, com o amadurecimento das plataformas open source, as pequenas empresas tambm podem desenvolver seu projeto de banco de dados de forma to eficiente e segura quanto as empresas de grande porte.

    Dentre as empresas fornecedoras de plataformas proprietrias de banco de dados, destacamos as seguintes:

    Oracle

    Microsoft

    Sybase (SAP)

    IBM

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    Apesar de oferecerem plataformas pagas, elas costumam disponibilizar uma verso gratuita do banco de dados. Mas essas verses gratuitas no so recomendadas para projetos em sistemas de produo, porque possuem limitaes se comparadas com a verso paga. No site dos fornecedores, h as recomendaes e restries para o uso dessas verses.

    Normalmente, elas so usadas na fase inicial do projeto, para ajudar na escolha da plataforma definitiva que ser posteriormente adquirida. Funcionam como um teste drive, em que podemos conhecer o produto sem custos.

    As solues chamadas open source mais conhecidas so:

    MySQL

    PostgreSQL

    Cassandra

    SQLite

    Saiba mais

    Para saber mais e se manter atualizado(a) com os novos projetos e eventos sobre software livre, recomendamos os sites: e .

    1.3 Tipos de bancos de dados

    Existem diferentes tipos de bancos de dados, os mais conhecidos so:

    relacionais;

    no relacionais;

    orientados a objeto.

    1.3.1 Bancos de dados relacionais

    Bancos relacionais so os bancos derivados das primeiras pesquisas, realizadas em meados da dcada de 1970. So o tipo de banco mais utilizado no mundo. Os dados so separados em entidades, conforme cada assunto, e gravados como atributos dessas entidades. Permitem que essas entidades se relacionem entre si e proporcionam uma forma rpida e segura de armazenar e recuperar os dados.

    Os mais conhecidos so:

    SQL Server Microsoft

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    MySQL

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    Sybase

    Oracle

    1.3.2 Bancos de dados no relacionais

    Um banco de dados dito no relacional quando no suporta instrues e operaes de juno na linguagem SQL. So muito utilizados em sistemas para a internet, por causa da velocidade e da escalabilidade maior em relao aos bancos relacionais. As primeiras pesquisas surgiram em 1998, mas o termo NoSQL (not only sql) como conhecemos hoje surgiu em 2009.

    Os mais conhecidos so:

    Hadoop

    Cassandra

    Hypertable

    Amazon Simple DB

    CloudData

    Saiba mais

    Para mais informaes sobre os bancos no relacionais, recomendamos o site .

    1.3.3 Bancos de dados orientados a objeto

    Dizemos que um banco de dados orientado a objetos quando cada informao armazenada na forma de objetos, ou seja, utiliza a estrutura de dados chamada de orientao a objetos.

    Os mais conhecidos so:

    db4objects

    GemStone

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    1.4 Sistemas de Gerenciamento de Banco de Dados (SGBD)

    Um SGBD um sistema cujo objetivo principal gerenciar o acesso e a correta manuteno dos dados armazenados em um ou mais bancos de dados. O acesso aos dados disponibilizado por meio de uma interface que permite a comunicao com a aplicao desenvolvida.

    Em outras palavras, um SGBD um software que serve de interface entre o usurio e o banco de dados em si.

    Software paraprocessar consultas

    Software paraacessar dados armazenados

    Programas deAplicao/consultasUsurios

    SGBDSoftware

    SGBD

    Meta-dadosarmazenados

    Base de dadosarmazenados

    Figura 4 Esquema de um SGBD

    Os SGBD tm interfaces bem parecidas. Todos possuem o que chamamos de Object Explorer no lado esquerdo, onde exibida a estrutura do banco de dados.

    Eles utilizam um formato anlogo ao do Windows Explorer, permitindo a navegao entre os objetos do banco de dados. Do lado direito, temos uma tela dividida em suas partes na vertical. Normalmente, a parte de cima onde se digitam os comandos SQL, e a parte de baixo onde se visualizam os resultados.

    A seguir, alguns exemplos de interface utilizados pelo administrador de banco de dados para gerenciar os bancos de dados.

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    Figura 5 SQL Server Management Studio

    Figura 6 Oracle PL-SQL Developer

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    Figura 7 PHPMyAdmin

    Observao

    Voc pode testar o Sistema Gerenciador do Banco de Dados MySQL, conhecido como phpMyAdmin, pelo link:

    .

    1.5 Funes bsicas de um SGBD

    Com base na definio, as seguintes funes bsicas so encontradas:

    1.5.1 Mtodo de acesso

    Duas categorias de linguagem, conhecidas como DDL (Data Definition Language) e DML (Data Manipulation Language), devem ser suportadas.

    A DDL permite a especificao do esquema da organizao, ou seja, entidades com seus atributos e tipos de dados associados, os relacionamentos entre essas entidades e os ndices de acesso associados aos atributos. Por esquema, entende-se uma organizao lgica dos dados de uma realidade, adequados ao modelo de dados do SGBD.

    A DML permite as operaes de manipulao de dados, executadas pelas aplicaes incluso, alterao, excluso e consulta. As consultas devem ser executadas de maneira eficaz, procurando minimizar o nmero de acessos ao meio de armazenamento secundrio, assim como o volume de dados gerados nos resultados intermedirios do processamento da consulta. Para tanto, a antecipao da

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    aplicao de filtros e a busca apenas de dados relevantes para os relacionamentos, em uma certa etapa do processamento, so exemplos de estratgias que so consideradas.

    1.5.2 Restries de Integridade (RI)

    Integridade est associada ideia de dados corretos, consistentes no banco de dados. As restries de integridade preocupam-se em manter dados sempre coerentes, verdadeiros com a realidade em questo.

    Devem garantir os estados possveis de serem assumidos pelos dados, por exemplo, alteraes no valor do salrio no podem diminuir o valor existente. A manuteno dos relacionamentos vlidos entre os dados devem ser mantidas, isto , se existe uma regra que diz que uma turma de alunos, por exemplo, no pode estar vinculada a mais de uma disciplina, ento deve existir uma restrio de integridade que garanta essa regra de negcio. Para tanto, o SGBD deve disponibilizar uma linguagem para especificao de restries de integridade, chamada de DCL (Data Constraint Language), e por meio dessa linguagem possvel programar testes e aes.

    1.5.3 Segurana

    Esse controle evita a violao dos dados por agentes e/ou situaes no previstas, ou seja, as falhas.

    Polticas de autorizao de acesso devem permitir que apenas agentes autorizados sejam usurios ou aplicaes, realizem certas operaes sobre certos dados. Para tanto, faz-se necessrio manter uma matriz de autorizao, que especifica, para cada agente e cada dado, as operaes autorizadas. Por dado, entende-se alguma poro do banco de dados, como um ou mais registros, um arquivo completo ou vrios, alguns campos de um registro etc. O mecanismo de vises permite especificar a poro do banco de dados que um agente tem direito a acesso.

    A recuperao de falhas deve possibilitar o retorno do banco de dados a um estado consistente de seus dados aps a ocorrncia de uma falha. Para tanto, o SGBD deve manter arquivos histricos (log), que cadastram todas as alteraes realizadas no banco de dados por transaes. Entende-se por transao um conjunto de operaes de manipulao de dados que submetido ao banco de dados, sendo que todas essas operaes devem ser efetivadas ou, na ocorrncia de uma falha, nada deve ser efetivado, para preservar a consistncia dos dados.

    Os arquivos histricos (log) devem registrar, dentre outras coisas, a identificao das transaes, os arquivos manipulados, os registros atualizados, a operao feita e os valores atual e antigo. No caso de falhas de transao ou de sistema, o arquivo histrico (log) deve ser consultado e as aes realizadas por transaes inacabadas devem ser desfeitas. Caso todas as modificaes da transao estejam registradas, possvel refaz-la. J para falhas de meio de armazenamento, que tornam inoperantes as unidades de disco onde se encontra o banco de dados, deve-se restaurar o banco de dados a partir do ltimo backup realizado e consultar o log para refazer ou desfazer as transaes cadastradas aps esse backup.

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    1.5.4 Controle de concorrncia

    Esse controle evita conflitos de acesso simultneo a um dado por mais de uma transao.

    Se esse controle no existisse, os dados consultados por uma transao poderiam se tornar invlidos caso fossem atualizados por outra transao. Esse controle geralmente feito pelo uso de estratgias de bloqueio (lock), que garantem que apenas uma transao manipule um dado, durante o espao de tempo que necessitar, sem que ocorra interferncia de outras transaes.

    1.5.5 Independncia dos dados

    Essa funcionalidade do SGBD uma decorrncia direta das vantagens trazidas pelo uso de um banco de dados. Independncia de dados significa transparncia de gerenciamento e armazenamento, assim como do esquema global da organizao, para as aplicaes.

    O primeiro caso chamado de independncia fsica, ou seja, a aplicao no se preocupa com detalhes de localizao fsica dos dados ou controles de integridade e segurana. A independncia lgica garante, pelo mecanismo de vises, que uma aplicao tenha condies de especificar a poro do banco de dados que deseja ter acesso, no precisando ter conhecimento do esquema global.

    1.6 Arquitetura bsica de um SGBD

    Um SGBD geralmente interage com diversas aplicaes de uma organizao, assim como com os meios de armazenamento de dados. No primeiro caso, a aplicao se vale de comandos DML embutidos no seu cdigo. No segundo caso, geralmente existe uma interface com o sistema operacional do equipamento, para leitura e gravao de dados.

    Assim, um SGBD lida com diversos nveis de viso de um mesmo dado, de maneira a abstrair detalhes da organizao dos dados.

    1.6.1 Nvel fsico

    Nvel mesmo abstrato, em que se sabem detalhes fsicos da organizao de um dado, ou seja, o esquema fsico. uma estruturao de baixo nvel, em que descrito como os dados esto armazenados em termos de bytes. O mdulo de gerenciamento de arquivos lida com esse nvel de viso dos dados, uma vez que localiza, l e grava registros.

    1.6.2 Nvel conceitual

    Nvel intermedirio, que suporta uma descrio de mais alto nvel em relao ao nvel fsico, em que a preocupao est em descrever quais dados so significativos para uma organizao, isto , tm semntica, so relevantes para o dia a dia da organizao. Nesse caso, trabalha-se com os dados em nvel de entidades e relacionamentos, tais quais esto definidos no esquema. similar, por analogia, descrio de um registro em uma linguagem de programao, ou seja, trabalha-se com nomes

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    de arquivos e campos e no com sequncias de bytes. Os usurios que lidam nesse nvel devem ter conhecimento completo de todo o esquema da organizao, como o administrador do banco de dados ou o usurio especializado.

    1.6.3 Nvel de viso

    Nvel mais alto de abstrao, sendo particular de cada aplicao que manipula dados do banco de dados. Nesse caso, cada aplicao pode determinar o universo de dados que deseja ter acesso. Esse universo de dados pode ser uma poro do esquema global da organizao. Assim sendo, cada aplicao abstrai detalhes irrelevantes, desnecessrios para seu processamento. Os usurios desse nvel so os programas de aplicao.

    1.7 Como os dados so armazenados

    Os dados so armazenados em reas chamadas pginas. O tamanho dessas pginas pode variar de banco para banco. Nelas, so armazenados os dados e os metadados (so os dados dos dados).

    Figura 8 Exemplo de uma pgina de dados

    Os elementos de uma pgina so:

    a) PAGE HEADER DATA: armazena as informaes, como a ltima atualizao dos dados, a posio do prximo dado a ser gravado etc.;

    b) ITEM POINTER DATA: grava as informaes sobre os ndices dos dados;

    c) ITENS: so os dados e metadados, propriamente ditos.

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    1.7.1 Diferena entre dado e informao

    Para simplificar, podemos dizer que tudo o que armazenado pode ser considerado como dado. Por exemplo: um nome de uma pessoa, um nome de um produto, uma data, um local, um endereo, um nmero de telefone etc.

    A informao surge quando agregamos dois ou mais dados e, a partir deles, inferimos uma concluso. Por exemplo, vamos considerar os seguintes dados registrados:

    Estado = So Paulo

    Data = 28 de agosto de 1978

    Nome = Luiz Fernando

    Nesse caso, temos os seguintes dados, que isoladamente no tm nenhum significado, ou seja, temos uma cidade ou um Estado, temos uma data e um nome de uma pessoa. Mas, dependendo do contexto em que esses dados aparecem, podemos chegar a algumas concluses, como: a pessoa paulista, se essa data se refere data de nascimento, podemos afirmar que ela tem 32 anos e do signo de virgem.

    1.7.2 Dicionrio de Dados (DD)

    o catlogo responsvel pela manuteno dos metadados que dizem respeito estrutura do esquema, integridade, s configuraes do SGBD para efeitos de controle, segurana e desempenho (performance), s estimativas de acesso e estimativas sobre os dados. constantemente consultado durante a realizao de vrias das suas tarefas, como processamento de consultas, pr-compilao de comandos DML, verificao de integridade em operaes de atualizao etc.

    O administrador do banco de dados tem acesso s suas informaes por meio de ferramentas especiais.

    Lembrete

    Estrutura de esquema se refere s entidades (com atributos e tipos de dados associados) e relacionamentos.

    2 AGENTES DE INTERAO COM O SGBD

    Um SGBD deve se comunicar com vrios agentes (usurios ou programas), com o objetivo de atender s necessidades de dados de diversas aplicaes, permitir o desenvolvimento de aplicaes que utilizam um banco de dados, assim como possibilitar que aspectos de performance possam ser otimizados, conforme a demanda de acesso a dados pelas aplicaes.

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    Os sistemas gerenciadores de banco de dados so projetos com muitos recursos visuais e aplicaes internas que servem como verdadeiros assistentes. Ainda assim, eles no se autoadministram, ou seja, no eliminam a necessidade dos profissionais especializados, apenas agilizam tarefas trabalhosas, como escrever scripts.

    2.1 DBA Data Base Administrator

    Especialista no SGBD adotado pela organizao, o DBA (Administrador de Banco de Dados) o profissional que controla diversos aspectos funcionais, como definio e modificao do esquema, das autorizaes de acesso e das regras de integridade. Alm disso, tem o controle dos procedimentos de segurana, execuo de backups e recuperao de falhas de meio de armazenamento, assim como monitorao de performance de acesso de dados e tomada de decises para melhorias no SGBD.

    Lembrete: o backup parece simples, mas, na verdade, precisa ser bem planejado. Surge a questo: fazer o backup completo, que armazena todos os registros do banco de dados, vrias vezes ao dia, prejudicando a performance do sistema, ou fazer backups incrementais, que s armazenam a lista dos registros que foram alterados e que complicam uma eventual restaurao?

    2.1.1 AD Administrador de dados

    o profissional responsvel pelos dados armazenados, especializado em Projeto de Banco de Dados. de sua responsabilidade o desenvolvimento de relatrios gerenciais e a distribuio da informao dentro da empresa em todos os nveis. Interage com os usurios da aplicao a ser desenvolvida, com o objetivo de definir os requisitos de dados e especificar o esquema do banco de dados. Deve ser um especialista em desenvolvimento de sistemas.

    2.1.2 Desenvolvedor de banco de dados

    o profissional responsvel pelo desenvolvimento de programas de aplicao dentro do banco de dados. Esses programas interagem com o SGBD por meio de comandos de manipulao de dados (DML) embutidos no seu cdigo. So desenvolvidos usando a linguagem padro do banco de dados, como Oracle PL-SQL, Microsoft T-SQL, Transact SQL da Sybase, entre outros, e podem ser rotinas que so executadas sob outras aplicaes ou mesmo em conjunto com elas.

    2.1.3 Programador

    o profissional que desenvolve aplicaes utilizando ferramentas compatveis com o SGBD. Essas ferramentas podem ser compiladores de linguagens de programao tradicionais que permitem a integrao de comandos da linguagem da DML no seu cdigo, programas que usam alguma linguagem de programao (C#, PHP, VB.NET, DELPHI, JAVA etc.), programao de sistemas e aplicativos de manipulao de dados, geradores de interfaces grficas, geradores de relatrios etc.

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    2.2 Certificaes

    Dentro do mercado de tecnologia como um todo, alm do tempo de atuao na rea e a experincia, outra forma de se comprovar o domnio de um profissional sobre uma determinada tecnologia por meio de certificaes.

    Essas certificaes so criadas e mantidas pelos fornecedores das solues de tecnologia e as provas aplicadas e gerenciadas por parceiros globais. A seguir, veremos as certificaes mais importantes dentro da rea de banco de dados.

    2.2.1 Certificao Microsoft

    MCTS Microsoft Certified Technology Specialist (primeiro nvel)

    MCITP Microsoft Certified IT Professional (segundo nvel)

    MCM Microsoft Certified Master (top)

    Divide-se em trs caminhos:

    Database Administrator

    Database Developer

    BI Developer

    Saiba mais

    Para obter informaes sobre as carreiras e certificaes da Microsoft, recomendamos consultar o site .

    2.2.2 Certificao Oracle

    Oracle Certified Associate (primeiro nvel)

    Oracle Certified Professional (segundo nvel)

    Oracle Certified Master (terceiro nvel)

    Duas provas por nvel

    Necessidade de cursos presenciais

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    Saiba mais

    Para informaes sobre as certificaes nos produtos da Oracle, recomendamos consultar o site .

    Observao

    Apesar de as provas serem mantidas pelas empresas fornecedoras da tecnologia, existe uma agncia externa que as aplica. Trata-se da Prometric, no site , voc encontra informaes sobre certificaes, por exemplo, o preo de cada prova.

    Resumo

    Nesta unidade, voc aprendeu que um banco de dados um conjunto de registros dispostos em uma estrutura regular, possibilitando sua reorganizao e a produo de informao.

    O surgimento da tecnologia de banco de dados ocorreu no momento em que os especialistas no desenvolvimento de sistemas computacionais perceberam que, para a informatizao de grandes organizaes, vrias questes relacionadas com o gerenciamento de dados necessitavam ser resolvidas de forma mais eficiente.

    Problemas como redundncia, manuteno dos dados, atualizaes, correes, falta de padronizao, segurana, entre outros, com o uso dos bancos de dados so resolvidos. Os dados passam a ser armazenados em um nico local, ao invs de serem arquivados em diversos formatos e aplicaes locais, sem nenhuma gerncia e segurana.

    Todo o cuidado com os dados, no que diz respeito ao acesso, integridade, segurana, concorrncia, autorizao de uso etc., incumbncia de um software de gerenciamento de banco de dados, totalmente projetado para isso. Alm disso, voc pode ter uma ideia sobre a carreira profissional nessa rea e como obter certificao nas diferentes plataformas.

    Na rea de Tecnologia da Informao, existe um profissional que s lembrado nos momentos crticos: o DBA. Sua funo maior assegurar que o banco de dados esteja funcionando e acessvel todo o tempo que o

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    sistema necessitar, com rapidez e confiabilidade. Ou seja, quando o sistema est redondo, ningum se lembra de que existe um DBA que trabalha arduamente para isso. Porm, se o banco de dados ficar off-line por alguns minutos, voc receber uma dezena de telefonemas de reclamaes. Dentre as funes administrativas que devem ser executadas em um banco de dados, esto backup peridico, verificao de consistncia e otimizao (tuning).

    O profissional que atua como DBA precisa ter grande conhecimento da modelagem dos dados, para saber em que implicam as alteraes. Esta uma das razes pelas quais o perfil do DBA fica cada vez mais amplo. Sua participao na fase de modelagem de dados muito importante, pois seus conhecimentos de performance e otimizao em muito contribuem para a definio de dados. Outro conhecimento que pode agregar valor a um DBA o de processos administrativos e de negcios, para que ele entenda o porqu do banco de dados que administra e qual a importncia de cada tabela, o que pode fazer diferena em uma otimizao.

    Exerccios

    Questo 1. Ao se pesquisar sobre Bancos de Dados encontram-se diversas definies ou diversos conceitos que de alguma forma afirmam que os BDs so colees de dados que se relacionam de forma a criar um sentido dentro de um determinado contexto (empresarial, cientfico e social). So considerados de vital importncia para empresas, j que por meio dos Sistemas de Informao todos os dados fundamentais so armazenados, relacionados e acessados em todos os nveis da corporao. Com os Banco de Dados e os SIs os processos so executados, controlados e as tomadas de deciso se do a partir dos resultados das informaes recuperadas e organizadas nos BDs da empresa. Desde a dcada de 1960, eles se tornaram a principal pea dos sistemas de informao. Os Bancos de Dados so gerenciados ou operados pelos Sistemas Gerenciadores de Bancos de Dados (SGBD), que surgiram na dcada de 1970 e vm evoluindo tanto na sua estrutura quanto no seu poderio de armazenamento. Os Bancos de Dados so utilizados em todos os tipos de aplicao, mas na atualidade suas principais aplicaes se do no controle de operaes empresariais e no gerenciamento de informaes cientficas, tais como os Bancos de Dados Geogrficos e os Banco de Dados Sociais.

    Considerando os conceitos sobre Banco de Dados, examine as afirmaes a seguir e indique a alternativa incorreta:

    A) O projeto de dados considerado a parte esttica de um sistema de informao e as funcionalidades so consideradas como a parte dinmica do SI.

    B) Dentro de um ciclo de desenvolvimento de um SI, logo no incio do ciclo, so determinados os requisitos do sistema ou aplicao; nessa etapa so coletadas informaes sobre os dados de interesse da aplicao, fundamentais para um bom projeto de Banco de Dados.

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    C) O Modelo Relacional proposto por Edgar Frank Codd se tornou um marco em como pensar em banco de dados, j que a estrutura lgica do banco de dados organiza os dados muito prximos do armazenamento fsico dos discos magnticos, trazendo grandes vantagens sobre os outros modelos com relao ao espao de armazenamento e ao tempo de acesso.

    D) Pode-se afirmar que na atualidade no seria possvel construir aplicaes multiusurias sem o uso de Banco de Dados e dos Sistemas Gerenciadores de Bancos de Dados (SGBDs).

    E) Como os Bancos de Dados, na atualidade, so utilizados para armazenar todos os tipos de informaes, que vo de pessoas at empresariais, a segurana do BD se tornou crtica e exige do gerenciador do banco de dados mecanismos que garantam a integridade, a disponibilidade e a confidencialidade das informaes armazenadas.

    Resposta correta: alternativa C.

    Anlise das alternativas

    A modelagem de banco de dados relacional de Codd tornou-se um marco na tecnologia de BD devido desconexo da estrutura lgica do banco de dados com os mtodos de armazenamento fsico vigente na dcada de 1970. Toda a modelagem do Banco de Dados est associada teoria matemtica das relaes ou conjuntos, o que traz a organizao dos dados de uma aplicao para mais prximo do pensamento humano. Os dados passam a ser vistos como conjuntos matemticos que podem ser manipulados pela teoria das relaes.

    A) Alternativa correta.

    Justificativa: os dados em um sistema de informao representam as propriedades de uma determinada entidade que devem ser persistidas durante o tempo e garantidas quanto suas integridades. Devido a essa propriedade eles so considerados como a parte esttica do sistema de informao. Os dados de um cliente de uma empresa em um sistema de compras tem que ser armazenados e garantidos ao longo de todas as suas operaes realizadas nos SIs da empresa. Os dados ou caractersticas bsicas desse cliente (nome, CPF, telefone, endereo, RG etc.) raramente so alteradas, mas os dados de suas operaes comerciais so constantemente modificadas.

    B) Alternativa correta.

    Justificativa: os requisitos de um sistema determinam o escopo a ser desenvolvido, isto , o conjunto de necessidades dos clientes ou usurios que utilizaro o sistema em suas tarefas do dia-a-dia. Por meio de reunies, entrevistas, documentos existentes dos processos organizacionais so determinadas as funcionalidades, a usabilidade e os dados necessrios para a execuo das tarefas operacionais envolvidas no sistema.

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    ADMINISTRAO DE BANCO DE DADOS

    C) Alternativa incorreta.

    Justificativa: o Modelo Relacional foi proposto por Edgar Frank Codd e se tornou um marco em como pensar em banco de dados porque Codd desconectou a estrutura lgica do banco de dados do mtodo de armazenamento fsico, organizando os dados em um conjunto de relaes denominadas de tabelas.

    D) Alternativa correta.

    Justificativa: aplicaes multiusurias so complexas, j que diversas operaes podem ser realizadas e que manipulam colees de dados operacionais inter-relacionados. Esses dados devem ser corretamente armazenados, relacionados e garantidos quanto s suas integridades, exigindo um grande esforo de programao dos dispositivos de armazenamento. Dessa forma, o uso de estruturas de Banco de Dados e dos monitores de BDs (SGBDs) fundamental no sucesso dos sistemas de informao.

    E) Alternativa correta.

    Justificativa: existem diversos mecanismos dos gerenciadores de banco de dados para suporte s aplicaes na guarda e manuseio dos dados existentes nos Banco de Dados. Como diversas aplicaes acessam e manipulam os mesmos dados durante suas tarefas, se torna fundamental que o SGBSs garantam a integridade, a disponibilidade e a confidencialidade dos dados contidos em seus arquivos.

    Questo 2. Como todo sistema de computador, um sistema de gerenciamento de banco de dados (SGBD) um conjunto de componentes de software que permitem armazenar, modificar e extrair informaes de um Banco de Dados. Atualmente existem muitos tipos diferentes de SGBDs, desde os considerados pequenos sistemas que funcionam em computadores pessoais, celulares, tablets at sistemas extremamente grandes que residem em grandes computadores das grandes organizaes ou em servidores (plataforma baixa) ou nas mquinas denominadas de mainframes (ou plataforma alta). Para a execuo de todas as atividades envolvidas em um SGBD existem basicamente trs componentes: a) a linguagem de definio de dados que especifica os contedos, a estrutura da base de dados e define os elementos de dados; b) a linguagem de manipulao de dados para obter e alterar os dados no banco de dados; c) um dicionrio de dados onde esto as definies de elementos de dados e respectivas caractersticas que descreve os dados, quem os acede etc. Apesar de todos esses recursos, os SGBDs no se autoadministram e exigem profissionais especializados para sua administrao e controle.

    Considerando os conceitos sobre os SGBDs, examine as afirmaes a seguir e indique a alternativa incorreta:

    A) Os SGBDs modernos so projetados e construdos com muitos recursos internos que praticamente eliminam a necessidade de uma organizao possuir uma estrutura de pessoas especializadas para sua organizao e administrao.

    B) O backup dos bancos de dados de uma empresa precisa ser bem planejado j que diversos aspectos operacionais devem ser considerados nesta atividade: Quando efetuar um backup total ou como se fazer backups parciais sem perder a integridade dos dados? Que aplicaes podem, ou no

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    Unidade I

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    ser executadas nos momentos de backups dos bancos de dados? Outras consideraes tambm podem ser necessrias.

    C) O mercado preocupa-se muito com os profissionais que manipulam os Sistemas de Banco de Dados nas empresas e as certificaes profissionais so uma forma de comprovao do conhecimento de pessoas em uma determinada tecnologia. Isso acontece com os profissionais denominados de DBAs.

    D) Diversos autores afirmam que a utilizao de um SGBD traz enormes vantagens que podem ser resumidas em: controle da redundncia, restrio a acessos no autorizados, permitir um armazenamento persistente para os objetos dos programas e estruturas de dados, permitir a inferncia em aes seguindo regras, permitir mltiplas interfaces para os utilizadores, permite representar relacionamentos complexos entre os dados, reforar as restries de integridade e a recuperao de dados em caso de pane.

    E) Um modelo de banco de dados para ser considerado relacional deve seguir as denominadas Doze regras de Codd, que foram criadas para impedir que os fornecedores de banco de dados no utilizassem somente o nome relacional, mas que seus produtos implementassem a teoria das relaes matemticas do modelo.

    Resoluo desta questo na plataforma.