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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS ESCOLA DE VETERINÁRIA E ZOOTECNIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ZOOTECNIA ADITIVOS FITOGÊNICOS E IONÓFOROS NA DEGRADABILIDADE DA FIBRA E PARÂMETROS METABÓLICOS EM BOVINOS Jean Sardinha de Almeida Orientador: Prf. Dr. João Teodoro Padua GOIÂNIA 2016

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

ESCOLA DE VETERINÁRIA E ZOOTECNIA

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ZOOTECNIA

ADITIVOS FITOGÊNICOS E IONÓFOROS NA DEGRADABILIDADE DA FIBRA E

PARÂMETROS METABÓLICOS EM BOVINOS

Jean Sardinha de Almeida

Orientador: Prf. Dr. João Teodoro Padua

GOIÂNIA

2016

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JEAN SARDINHA DE ALMEIDA

ADITIVOS FITOGÊNICOS E IONÓFOROS NA DEGRADABILIDADE DA FIBRA E

PARÂMETROS METABÓLICOS EM BOVINOS

Dissertação apresentada para obtenção do

título de Mestre em Zootecnia junto à Escola

de Veterinária e Zootecnia da Universidade

Federal de Goiás

Área de concentração:

Produção Animal

Orientador:

Prof. Dr. João Teodoro Padua –EVZ/UFG

Comitê de Orientação:

Prof. Dr. Reginaldo Nassar Ferreira–ICB/UFG

GOIÂNIA

2016

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Dedico a minha filha:

Isadora Limira Sardinha

por tornar meus dias mais alegres.

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AGRADECIMENTOS

À Deus, pelo término desta jornada e as que virão. Aos belos caminhos percorridos e

aos maus que se fizeram bons.

Ao CNPq pela bolsa de mestrado.

À Universidade Federal de Goiás, pela oportunidade de realização do Mestrado em

Zootecnia.

Ao professor Dr. João Teodoro, pela oportunidade concedida para a minha orientação

e o apoio na realização das análises.

Ao professor Dr. Reginaldo Nassar que no decorrer do curso foi um grande

incentivador pela busca constante de conhecimentos na Zootecnia. A confiança depositada na

realização de várias atividades nesta caminhada.

Ao professor Dr. Rodrigo Zaiden e a professora Drª. Eliane Sayuri, por aceitar

participar na minha defesa e pelas contribuições para com o trabalho.

Aos meus pais, Cláudia Sardinha Moreira Lemes e Valdemar Lemes de Almeida, pelo

amor, incentivo, concelhos e ensinamentos. Não foi fácil chegar até aqui, mas não chegaria se

não fosse o apoio de vocês. Sempre terei vocês como exemplo.

À minha avó Maria Ilda Sardinha, meu Irmão Diogo Sardinha de Almeida, que sempre

me ajudaram a vencer os obstáculos neste período da minha vida.

À minha esposa Larissa Limira Araújo, que me apoiou nos momentos de dificuldades,

pelos momentos de felicidade proporcionados.

Ao grande amigo Lindolfo Dorcino, que foi sempre uma pessoa que demostrou uma

amizade verdadeira. Compartilhamos das mesmas opiniões e ideias. Sou grato pelas suas

contribuições. Quero dizer que pode sempre contar comigo. E a sua mãe Guiomar Delfino

Duarte. Desejo a vocês muitas felicidades na sua trajetória.

Ao Doutorando Leonardo Oliveira pela ajuda em toda as partes do trabalho bem como

a disponibilidade na leitura e sugestões para melhora do trabalho e no meu crescimento

pessoal.

Aos colegas de curso, Lorrany Bento, Karla Teixeira, Patrícia Assunção, Debora e

Sergio Espinosa pelos bons momentos.

Aos colegas do laboratório multiusuários Helton, Lucas e Sandes pela ajuda essencial

nas análises sanguíneas, e as sugestões para o melhor trabalho.

Ao aluno de Graduação Carlos Borges pela ajuda indispensável na contagem dos

protozoários.

A todas as pessoas que de alguma forma contribuíram direta ou indiretamente para

realização deste trabalho, e na minha formação profissional. Muito Obrigado!

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“Caminhante não há caminho,

se faz caminho ao andar.”

Antônio Machado

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SUMÁRIO

1.INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 17

2.REVISÃO DA LITERATURA ............................................................................................. 19

2.1. Ionóforos ............................................................................................................................ 19

2.1.1. Mecanismo de ação ........................................................................................................ 20

2.1.2. Monensina ...................................................................................................................... 22

2.2. Óleos Funcionais ............................................................................................................... 23

2.3. Sangra d’água (Croton urucurana Baillon) ........................................................................ 24

3. MATERIAIS E MÉTODOS ................................................................................................. 27

3.1. Local .................................................................................................................................. 27

3.2. Período Experimental ........................................................................................................ 27

3.3. Animais e Alimentação ..................................................................................................... 27

3.5. Equipamentos e Soluções .................................................................................................. 30

3.6 Incubação ............................................................................................................................ 30

3.7. Líquido Ruminal ................................................................................................................ 31

3.9. Equações e Delineamento Experimental ........................................................................... 32

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO ......................................................................................... 34

4.1. Degradabilidade da MS e FDN in vitro ............................................................................. 34

4.2. Degradabilidade da Matéria seca in situ ............................................................................ 37

4.3. Comsumo de MS, pH, NH3 e Azul de metileno ............................................................... 38

4.4. Protozoários ....................................................................................................................... 42

4.5. Ácidios Graxo de Cadeia Curta ......................................................................................... 42

4.6. Metabolismo ...................................................................................................................... 44

5. CONCLUSÃO ...................................................................................................................... 50

6. REFERÊNCIAS ................................................................................................................... 51

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LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1 Modelo esquemático do fluxograma de produção da monensina

sódica..............................................................................................................

20

FIGURA 2 Modelo esquemático do efeito hipotético da monensina (M) sobre o fluxo

de íons em bactérias gram-positivas - Streptococcus bovis...........................

21

FIGURA 3 Cronograma experimental do subperíodo e dias de coleta, realizados na

Escola de Veterinária e Zootecnia da Universidade Federal de Goiás – GO.

27

FIGURA 4 Extração da Croton urucurana Baillon no período de maio a junho de

2015 no município de Jandaia – GO..............................................................

29

FIGURA 5 Degradabilidade Potencial da matéria seca do feno de Tifton-85 em função

do tempo (horas) de permanência do rúmen artificial ocorrido na Escola de

Veterinária e Zootecnia da Universidade Federal de Goiás – GO.................

35

FIGURA 6 Degradabilidade Potencial da fibra insolúvel em detergente neutro do feno

de Tifton-85 em função do tempo (horas) de permanência do rúmen

artificial ocorrido na Escola de Veterinária e Zootecnia da Universidade

Federal de Goiás – GO...................................................................................

36

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LISTA DE TABELAS

TABELA 1 Principais ionóforos utilizados na pecuária brasileira com seus receptivos

microrganismos utilizados para sua obtenção..............................................

19

TABELA 2 Composição químico-bromatológica do feno e sal mineral oferecidos aos

animais durante o período experimental nos tratamentos Controle,

Monensia, Sangra e Biophytys, ocorrido na Escola de Veterinária e

Zootecnia da Universidade Federal de Goiás – GO.....................................

28

TABELA 3 Parâmetros cinéticos da DIVMS de feno de Tifon-85 com adição de

Monensina, Sangra d’água e Biophytuss ocorrido na Escola de

Veterinária e Zootecnia da Universidade Federal de Goiás – GO..............

34

TABELA 4 Parâmetros cinéticos da DIVFDN de feno de Tifon-85 com adição de

aditivos fitogênicos e fitoterápicos e de ionóforos ocorrido na Escola de

Veterinária e Zootecnia da Universidade Federal de Goiás – GO...............

36

TABELA 5 Degradabilidade da DISMS de feno de Tifon-85 com adição de aditivos

fitogênicos e ionóforos ocorrido na Escola de Veterinária e Zootecnia da

Universidade Federal de Goiás – GO..........................................................

38

TABELA 6 Consumos médios de matéria seca de bovinos alimentados com dieta à

base de feno e sal mineral, com a inclusão de Monensina, Sangra d’ água

e Biophytus..................................................................................................

39

TABELA 7 Concentração de pH, NH3 e Azul de metilento de bovinos alimentatos

com dietas a base de feno e sal mineral com inclução de Monensina e

Sangra d’ água de Biophytus.......................................................................

40

TABELA 8 Protrozoarios no líquido ruminal de bovinos alimentatos com dietas a

base de feno e sal mineral com inclução de Monensina, Sangra d’ água e

Biophytus.....................................................................................................

42

TABELA 9 Produção de ácidos Graxos de Cadeia Curta em bovinos alimentados

com dietas a base de feno e sal mineral com a inclusão de Monensina,

Sangra d’água e Biophytus..........................................................................

43

TABELA 10 Enzimas, AST, GGT e FA em bovinos alimentados com dietas a base de

feno e sal mineral com a inclusão de Monensina, Sangra d’água e

Biophytus.....................................................................................................

45

TABELA 11 Concentração de ALB, CREA, BUN e Ureia em bovinos alimentados

com dietas a base de feno e sal mineral com a inclusão de Monensina,

Sangra d’água e Biophytus..........................................................................

46

TABELA 12 Concentrção de Glicose em mg/dL, bovinos alimentados com dietas a

base de feno e sal mineral com a inclusão de Monensina, Sangra d’água e

Biophytus.....................................................................................................

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TABELA 13 Concentração de bilirrubina total, direta e indireta em bovinos

alimentados com dietas a base de feno e sal mineral com a inclusão de

Monensina, Sangra d’água e Biophytus ......................................................

48

TABELA 14 Nivevis de COLT, TRI, HDL, VLDL e LDL em bovinos alimentados

com dietas a base de feno e sal mineral com a inclusão de Monensina,

Sangra d’água e Biophytus .........................................................................

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LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

a - fração solúvel

ALB - albumina

AST - aspartato aminotransferase

ATPase - Adenosinatrifosfatase

B - fração potencialmente degradável

BLD - bilirrubina direta

BLI - bilirrubina indireta

BLT - bilirrubina total

BUN - nitrogênio ureico no sangue

c - fração potencialmente indegradável

C1 - fator de correção

cm - centímetro

CO2 - gás carbono

COLT - colesterol

CREA - creatina

CV - coeficiente de variação

Cwb - clima temperado húmido com inverno seco e verão temperado

Dge - degradabilidade efetiva

DISMS - degradabilidade in situ da matéria seca

DIVFDN - degradabilidade in vitro da fibra insolúvel em detergente neutro

DIVMS - degradabilidade in vitro da matéria seca

dL - decilitro

DM - matéria seca da amostra

EE - extrato etéreo

EPM - erro padrão da média

FA - fosfatasse alcalina

FB - fibra bruta

FDA - fibra insolúvel em detergente ácido

FDN - fibra insolúvel em detergente neutro

GGT - gama glutamil transpeptidase

GO - Goiás

H - Hidrogênio

HDL - high density lipoprotein

HPLC - cromatografia liquida de alto desempenho

ICB - Instituto de Ciência Biológicas

K - taxa de passagem de sólidos no rúmen de 2, 5 e 8%/hora

K+ - Potássio

Kg - quilograma

Kgf - quilograma força

L - litro

LDL - low density lipoprotein

LR - liquido ruminal

mg - Miligrama

MM - matéria mineral

mm - Milímetro

MO - matéria orgânica

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MS - matéria seca

N - nitrogênio

Na+ - Sódio

NDT - nutrientes digestíveis totais

NH3 - nitrogênio amoniacal

nm - newton-metro

P - degradabilidade potencial

PB - proteína bruta

pH - potencial hidrogenico

ppm - parte por milhão

t - tempo de incubação

TNT - tecido não tecido

TRI - Triglicerídeos

UFG - Universidade Federal de Goiás

UI - Unidade Internacional

µl - Microlitro

VLDL - very low-density lipoprotein

W1 - peso bolsas filtrantes F-57vazio

W2 - peso da amostra em in vitro

W3 - peso final bolsas filtrantes F-57

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RESUMO

Objetivou-se por meio do presente trabalho avaliar a inclusão de extrato bruto de Croton

urucurana Baillon, e composto de óleo essencial de caju e mamona e monensina sódica sobre

a degradabilidade da matéria seca e fibra in vitro e matéria seca in situ, e a fermentação

ruminal e parâmetros metabólicos em bovinos de corte. O experimento foi conduzido no

Instituto de Ciências Biológicas (ICB) e na Escola de Veterinária e Zootecnia da Universidade

Federal de Goiás – GO no período de agosto de 2015 a janeiro de 2016. Foram quatro

tratamentos por meio da técnica in vitro: controle, monensina, sangra d’água, Biophytus (óleo

funcional composto de caju e mamona), com cinco repetições onde foram avaliados os

parametros da degradabilidade da matéria seca. As análises metabólicas e em in situ foram

por meio de quatro animais distribuídos em um quadrado latino, onde foram mensuradas

glicose, ureia, nitrogênio ureico no sangue, aspartato aminotransferase, fosfatase alcalina,

gama glutamil transpeptidase, albumina, bilirrubina total, bilirrubina direta e indireta,

creatinina, colesterol total, HDL, LDL, VLDL, lactato desidrogenase e triacilglicerol. Os

parâmetros ruminais foram determinados por meio da contagem de protozoários, nitrogênio

amoniacal, pH, ácidos graxos de cadeia curta, atividade redutiva bacteriana. O delineamento

experimental foi o inteiramente casualizado. As médias foram submetidas à análise de

variância e comparadas pelo teste de Tuckey a 5% probabilidade. Os tratamentos não

aumentaram a DIVMS, (P>0,05). Não houve efeitos significativo (P>0,05) dos tratamentos

sobre os parâmetros de degradação in vitro de MS e FDN em nenhum dos tempos avaliados.

Para os parâmetros de degradabilidade da MS in situ, houve efeito significativo (P<0,05),

entre os tratamentos para a fração solúvel e degradação efetiva com 2% de taxa de passagem.

O consumo de MS apresentou diferença significativa (P < 0,05) entre os tratamentos, com um

menor consumo para monensina, visto que a sua admissão foi de forma independente da dieta,

os seja diretamente no rúmen via cânula, pode-se afirmar que o menor consumo da dieta com

suplementação de monensina não se dá por meio de mecanismos sensoriais e sim fisiológicos

e metabólicos. Não houve efeito significativo (P > 0,05) para o pH entre os tratamentos, mas

para as coletas após a alimentação foi significativo (P < 0,05) para o tratamento monensina,

ocorrendo um aumento de antes da alimentação até duas horas após. Os níveis do ácido

acético foram significativos (P<0,05) para a horas de coletas. Os níveis do ácido butírico foi

afetado pelos tratamentos (P<0,05) e não pelas horas de coleta (P>0,05). As concentrações

das enzimas AST, GGT, FA e LDH não foram influenciados pelos tratamentos (P>0,05). A

inclusão de óleo funcional, sangra d’ água e monensina em dietas de bovinos de corte a base

de feno não melhorou os paramentos avaliados. A degradabilidade efetiva da matéria seca

apresentou melhores resultados com a inclusão de óleos funcionais compostos caju e

mamona. O consumo foi influenciado pela monensina e o óleo funcional, além disso, o

comportamento dos dois foram similares e podem ser usados um em detrimento ao outro.

Palavras-chave: Ácidos graxos de cadeia curta, Croton urucurana Baillon, Monensina,

Protozoários

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ABSTRACT

The objective this paper was evaluate the inlcusion of crude extract of Croton urucurana

Baillon or composed of essential oil of cashew and castorbean oil or monensin on the

degradability of dry matter and fiber in vitro and dry matter in situ and fermentation ruminal

metabolic parameters in beef cattle. The experiment was conducted in the Institute of

Biological Sciences (ICB) and the School of Veterinary and Animal Science of the Federal

University of Goiás – GO, from August 2015 until January 2016. There were four treatments

through in vitro technique: control, monensin, Croton urucurana Baillon, biophytus

(functional oil composed of cashew and castorbean), with five repetitions. Were evaluated the

parameters of degradability of dry matter. Metabolic analysis and in situ was through four

animals distributed in a Latin square, were measured glucose, urea, urea nitrogen in the blood,

aspartate aminotransferase, alkaline phosphatase, gamma glutamyl transpeptidase, albumin,

total bilirubin and factions, creatinine, Total cholesterol, HDL, LDL, VLDL, triglyceride and

lactate dehydrogenase. Ruminal parameters were determined by protozoa count, ammonia

nitrogen, pH, short chain fatty acids, bacterial reductive activity. The experimental design was

completely at random. The data were submitted to analysis of variance and compared by

Tukey test at 5% probability. The treatments did not increase the IVDMD (P> 0.05). There

was no significant effect (P> 0.05) of the treatments on in vitro degradation parameters of DM

and NDF in all evaluated times. For MS degradability in situ parameters, there was a

significant effect (P <0.05) between treatments for soluble and effective degradation fraction

with 2% by pass rate. The DM intake, had significant difference (P <0.05) between

treatments, with lower consumption for monensin with admission was independent of diet

type, either directly via the rumen cannula, it can be show that the lower consumption of diet

with monensin supplementation is not by means of sensory but physiological and metabolic

mechanisms. There was no significant effect (P> 0.05) for pH between treatments, but the

collections after feeding was significant (P <0.05) monensin treatment, occurring up before

feeding up two hours. Acetic acid levels were significant (P <0.05) for the hours of collection.

The levels of butyric acid was affected by treatments (P <0.05) and not the hours of collection

(P> 0.05). The concentrations of AST, GGT, LDH FA and was not affected by treatments (P>

0.05). The inclusion of essential oils, Croton urucurana Baillon and monensin in beef cattle

diets hay base has not improved the evaluated parameters. The effective degradability of dry

matter had better results with the inclusion of functional oils composed cashews and

castorbeans. The intake was influenced by monensin and functional oil in addition the fuction

of the two are similar, can be used one over the other.

Keywords: Croton urucurana Baillon, Fatty acids short-chain, Monensin, Protozoa

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1. INTRODUÇÃO

No processo da produção animal, o aumento da eficiência produtiva aliado à

lucratividade é uma busca em todos os seguimentos. Principalmente na bovinocultura de corte

que inúmeras vezes é taxada como uma atividade antiecológica. Sendo assim, algumas

alternativas vêm sendo estudadas e praticadas por todos os elos da cadeia. Destacam-se o

aumento e a qualidade do produto final, redução da idade de abate e a mitigação dos impactos

ambientais.

Desta forma a intensificação da produção animal com a melhoria da genética e do

desempenho dos animais, conforme Sorio et al.1 exige grandes concentrações de nutrientes

que muitas vezes os grãos não conseguem suprir as exigências nutricionais.

A utilização dos aditivos alimentares, tais como os antibióticos, ionóforos,

coccidiostáticos e histomonostáticos aumenta a eficiência do uso dos alimentos. Atuam na

microbiota ruminal, com o acréscimo na produção de propionato, contribuindo para a

fermentação no rúmen e manutenção de um pH mais estável ao longo do dia. Promove

melhoria no desempenho animal por intermédio da conversão alimentar e no ganho em peso,

além de reduzir os índices de distúrbios digestivos como: acidose, coccídeos, timpanismo e

abcesso de fígado2,3

. Apesar disso, existem controvérsias quanto à sua utilização, sendo que

alguns nichos de mercados e organizações proíbem a utilização por julgarem tóxicos ao

consumidor final4. Os aditivos comumente utilizados na nutrição de ruminantes têm um papel

importante. No entanto, o uso de antibióticos na alimentação animal promove decréscimo da

aceitação social5.

O regulamento 1831/20036 artigo nº 11 do parlamento europeu relativo aos aditivos

destinados a alimentação animal, aboliu o uso dos ionóforos como promotores de

crescimento, devido a sua classificação como antibióticos. O regulamento 128/20097

estabelece os limites da contaminação cruzada inevitáveis por aditivos coccidiostáticos e

histomonostáticos para alimentação animal. O comunicado 299/048 orienta a utilização de

agentes antimicrobianos e sua utilização na área da medicina veterinária. O FDA9 (Food and

Drug Administration), em 2013 iniciou um processo de adesão voluntária à redução no uso de

antibióticos. Logo a utilização destes artifícios nutricionais por parte dos produtores se torna

muito complexo ou inviável. Desta forma, tem-se a necessidade de pesquisas inovadoras para

o desenvolvimento de produtos que tenham resultados similares e não desrespeite as

exigências mercadológicas.

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Algumas alternativas estão sendo pesquisadas em relação aos fármacos sintéticos,

como os aditivos fitogênicos ou fitoterápicos10

. Existe grande interesse em avaliar o potencial

de agentes antimicrobianos naturais tais como extratos de plantas, óleos essenciais com

objetivo de modificar a fermentação ruminal5.

Estudos com extratos vegetais podem constituir-se em importante alternativa, já que

produzem compostos utilizados pelas plantas como defesa contra microrganismos, sendo

muitas vezes empregados na medicina popular atuando no metabolismo de bactérias, fungos e

protozoários. A utilização para o consumo animal e humano é permitido por serem

substâncias geralmente reconhecidas como seguras, de acordo com a Food and Drug

Administration11

.

Os modos de ação dos aditivos fitogênicos são semelhantes ao dos ionóforos, atuando

sobre as bactérias gram-positivas, o que afeta diretamente a produção de ácido acético e

butírico, além de amônia, dióxido de carbono, lactato e metano12

. Óleos essenciais e extratos

brutos, por exemplo, presentes em algumas plantas tropicais, quando fornecidos em altos

níveis, podem ter efeitos adversos na população microbiana ruminal e na saúde animal,

porém, em baixos níveis, estes apresentam potencial para melhorar a fermentação ruminal e

modificar a concentração de ácidos graxos de cadeia curta13

. Conforme Rivaroli14

atuam

melhorando a digestão por meio do estímulo da atividade enzimática. A ação está associada a

membrana celular, como transporte de elétrons, translocação de proteínas e fosforilação14

.

Santurio et al.15

demonstram que as combinações de óleos essenciais de diferentes

plantas apresentam melhores resultados quando são administrados individualmente. Com isso

fica evidente a importância de estudos sobre a utilização de novos aditivos em dietas para

ruminantes e seus efeitos sobre a fermentação ruminal e o metabolismo.

Objetivou-se por meio do presente trabalho avaliar a inclusão de extrato bruto de

Sangra d’água (Croton urucurana Baillon), composto de óleo essencial de caju e mamona e

monensina sobre parâmetros ruminais e metabólicos de bovinos sobre a degradabilidade da

matéria seca e fibra in vitro e matéria seca in situ.

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2. REVISÃO DA LITERATURA

2.1. Ionóforos

Na década de 70 ocorreu a intensificação no uso de antibióticos que quando fornecidos

aos ruminantes melhoravam a eficiência do metabolismo energético e protéico, das bactérias e

do animal, além da redução dos distúrbios digestivos. Estes compostos carboxílicos foram

classificados como antibióticos ionóforos, os quais formam complexos solúveis em lipídios

com determinados cátions facilitando o seu transporte através da membrana plasmática17

.

Os ionóforos são compostos produzidos, principalmente por fungos e bactérias2.

Segundo Morais et al.18

as bactérias do gênero Streptomyces são as mais habitualmente

utilizadas na produção dos ionóforos, como é demostrado na tabela 1.

TABELA 1 - Principais ionóforos utilizados na pecuária brasileira com os respectivos

microrganismos utilizados para sua obtenção.

Ionóforos Microrganismo

Lasalocida Streptomyces lasaliensis

Monensina Streptomyces cinnaamonensis

Salinomicina Streptomyces albus

Virginiamicina Streptomyces virginie

Fonte: Adaptado de Sorio et al.2

Para a produção destes ionóforos, inicialmente os meios de cultura, aminoácidos,

carboidratos, ácidos graxos são adicionados em biorreatores ou fermentadores, juntamente

com os microrganismos, levando em consideração aspectos biológicos, químico e físico para

cada gênero e meio específico. Nas etapas de preparação, ocorre a esterilização do meio de

cultura e do ar e o preparo do inoculo. Após a etapa fermentativa, seguem as etapas de

separação e purificação, com operações de centrifugação, filtração, extração por solvente

orgânico, adsorção e cristalização19

conforme é esquematizado na figura 1.

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FIGURA 1 - Modelo esquemático do fluxograma de produção da monensina sódica.

Fonte: Adaptado Sorio, et al.2

São conhecidos mais de 120 tipos de ionóforos18

. Porém, o Ministério da Agricultura,

na divisão de Aditivos/CPAA/DFIP/DAS, autoriza a comercialização somente da monensina

sódica, lasalocida, maduramicina amônio, narasina, salinomicina sódica e semduramicina20

.

Além disso, a legislação não admite a associação de mais que dois antimicrobianos na

formulação de dietas para ruminantes, exceto quando um for classificado como

coccidiostático conforme parágrafo único da Instrução Normativa 1521

. “Será permitida a

indicação de até dois aditivos melhoradores de desempenho antimicrobianos e até dois

aditivos anticoccidianos no campo Eventuais Substitutivos”.

2.1.1. Mecanismo de ação

A ação dos ionóforos no rúmen ocorre por meio de mudanças na população

microbiana devido a seleção das bactérias gram-positivas22

.

Conforme Morais et al.18

as bactérias gram-negativas possuem menor permeabilidade

de membrana em relação as gram-positivas, devido a camada espessa de peptidoglicano, o

que leva a diminuição deste microrganismo, com a redução da população deste gênero no

ambiente ruminal, acentuando o declínio na produção de metano, resultando em menores

perdas de energia com aumento da produção de propionato, melhorando assim a eficiência

alimentar.

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21

Dentre os ionóforos a monensina é uma das moléculas mais utilizadas no mundo23

. O

mecanismo de ação da monensina ocorre por troca de íons de potássio intracelulares para

prótons extracelulares24

. Quando a monensina liga-se à membrana celular, ocorre a entrada de

hidrogênio e saída de potássio devido ao gradiente iônico externo25

. Com o aumento de H+ no

meio celular há diminuição do pH, com isso a célula exporta para o meio extracelular o H+

permitindo a entrada de Na+ 17

.

Outro mecanismo é a ativação da ATPase reversível para bombear estes prótons para

fora da célula26

. Logo essa célula se torna incapaz de continuar seu metabolismo, diminuindo

a capacidade de crescimento e de reprodução17

, conforme modelo esquemático apresentado na

figura 2.

FIGURA 2 - Modelo esquemático do efeito hipotético da monensina (M) sobre o fluxo de

íons em bactérias gram-positivas - Streptococcus bovis.

Fonte: Adaptado de Russell e Strobel27

.

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22

2.1.2. Monensina

De acordo com Possatti, et al.28

muitos são os estudos que mostram os efeitos da

monensina sobre o consumo, ganho em peso, digestibilidade da fibra e da proteína. Fereli et

al.29

avaliando a utilização de monensina e Saccharomyces cerevisiae, em animais confinados

com média de peso de 320 kg, distribuídos em quadrado latino 4x4, observaram melhoras na

digestão intestinal da matéria seca e da fibra em detergente neutro e maior coeficiente de

digestibilidade aparente ruminal para animais consumindo monensina sódica.

Conforme Eloy et al.30

os animais em pastejo com a utilização de monensina tendem a

aumentar o ganho médio diário de peso. Salles e Lucci31

avaliando o efeito da suplementação

de monensina no desempenho, composição de carcaça e análise econômica, observou

resultados vantajosos nos rendimentos, com a aplicação da monensina, não apresentando

alterações em sua composição. A avaliação econômica mostrou maiores benefícios com o uso

do ionóforos.

Beck et al.32

analisando o efeito da monensina via suplementação mineral em blocos

com ou sem implantes de acetato de trembolona e estradiol em animais em pastejo,

observaram que não houve interação ente os tratamentos, porém, ocorreu ganho médio de 80g

dia à mais do tratamento monensina em relação ao controle, logo a combinação dessas

tecnologias aumentou a produção de carne em 22%, sem aumento do nível de suplementação

ou área cultivada de pastagens, já a utilização de monensina e os implantes em conjunto

diminuíram custo do ganho em 26%.

Potter et al.33

para avaliar o efeito da monensina no desempenho e crescimento de

bovinos de corte. O experimento foi conduzido para comparar o desempenho de bovinos não

suplementadas, bovinos alimentados com um suplemento e bovinos alimentados com um

suplemento e monensina, todos comparando monensina com um tratamento controle, os

autores concluíram que a monensina reduziu o consumo de ração em 3,1%, melhorou o ganho

médio diário em 14,4% e melhorou a eficiência alimentar em 15,3%.

Oliveira et al.34

estudando o efeito de dietas com baixo e alto teor de proteína e com e

sem monensina concluíram que independentemente do teor protéico das dietas, a utilização da

monensina promoveu diminuição no consumo de matéria seca, aumento na concentração de

ácido propiônico e redução do teor de ácido butírico, da relação acetato:propionato e da

atividade específica de produção de amônia. A monensina, quando associada à dieta com

baixo teor protéico, também ocasionou diminuição da concentração do ácido acético e

elevação do pH e da síntese de proteína microbiana ruminal.

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23

Em estudo com a adição de monensina para vacas leiteiras em fase inicial de lactação

Possatti, et al.28

não observaram diferenças no consumo de matéria seca da dieta, conversão

alimentar, produção de leite e peso vivo final, porém a produção de sólidos totais foi superior

para os tratamentos com o ionóforo, sinalizando que a administração da monensina sódica

para vacas no início de lactação modifica o rendimento em produção de leite. Já o emprego da

monensina na bubalinocultura tem seus efeitos na produção diária de proteína e a

porcentagem de gordura do leite35

.

É conciso na literatura que a utilização de monensina sódica melhora o desempenho

animal, ocorrendo maior rendimento de carcaça3, maior espessura de gordura subcutânea

23,

redução nas populações de protozoários ciliados no rúmen36

, melhor degradabilidade da fibra

em detergente neutro e proteína bruta22

, melhora na superfície de absorção da parede do

rúmen e maior área papilar37

.

2.2. Óleos Funcionais

Óleos funcionais são substâncias que ocorrem naturalmente na natureza por meio de

metabolitos secundários e podem ser extraídos a partir de tecidos de plantas por destilação38

.

Os óleos essenciais são substâncias lipofílicas, líquidas e voláteis, cujos compostos ativos

mais importantes estão incluídos em dois grupos químicos: terpenóides (monoterpenos C10,

sesquiterpenos C15 e diterpenos C20) e fenilpropanóides 39

.

De acordo com Benchaar et al.38

os óleos funcionais apresentam várias funções, entre

elas: antifúngica, antiviral, antiparasitária, antioxidante e antimicrobiana. Estudos têm

demonstrado que possuem fortes efeitos antimicrobianos contra uma vasta gama de

microrganismos incluindo bactérias, fungos, vírus e protozoários38,39

.

Em 2006, com a proibição do uso de antibióticos como promotores de crescimento

pela união europeia, aumentou-se o número de pesquisas com esses aditivos na nutrição

animal15

.

Os resultados de alguns estudos mostram os efeitos benéficos com a utilização, de

óleos essenciais. Em uma metanalise a partir de 28 publicações e 34 experimentos com 97

dietas, aferindo os efeitos de óleos essenciais e seus compostos bioativos Khiaosa-Ard e

Zebeli40

, expõem que os óleos agiram como inibidor da produção de metano no rúmen e de

uma menor relação acetato:propionato e sugerem também que a quantidade de protozoários é

afetada em doses elevadas.

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Ma et al.41

avaliando a suplementação dietética de óleos essenciais de allicin 2,0g/

animal, dia observaram melhora na digestibilidade de FDA, FDN, N e MO e redução de

emissões diárias de metano em ovelhas e justificam essa melhora devido a redução da

população de protozoários ruminais e metanogenicos.

A degradabilidade de feno de tifton 85, com a inclusão crescente de óleo funcional de

caju e mamona, in vitro, foi avaliado por Oliveira et al.42

os quais concluíram que não houve

efeito significativo para as doses testadas.

Combinando óleo de alho e nitrato de saponina Patra e Yu43

observaram melhora na

diminuição da metanogênese no rúmen. Patra et al.44

estudando a Quillaja e saponina da

Yucca, com relação aos seus efeitos sobre a diversidade de bactérias ruminais,

degradabilidade alimentar e fermentação ruminal, concluíram que as saponinas em baixos

níveis podem estimular diretamente o crescimento de bactérias celulolíticas, melhorando

assim a digestibilidade dos alimentos. Em contraste, doses elevadas modulam a fermentação

no rúmen.

Souza et al.45

trabalhando com 120 animais em pastejo de braquiária no período de 60

dias, com suplementação mineral, sem e com a adição de óleos funcionais de caju e mamona

na concentração de 2,43g/animal/dia, observaram um acréscimo significativo no ganho em

peso de 6,53 kg e 17,35 kg para o grupo controle e tratamento respetivamente.

A associação de glicerina bruta e óleos funcionais de caju e mamona 3g/animal/dia em

bovinos em confinados, resultou no aumentou do peso de carcaça, e não prejudicou o

consumo de ração e a conversão alimentar. De modo geral, os óleos essenciais adicionados ou

não em dietas sem glicerina melhoram a composição de ácidos graxos, na carcaça46

.

2.3. Sangra d’água (Croton urucurana Baillon)

A Croton urucurana Baillon é uma árvore, comumente encontrada na região de solos

arenosos e úmidos, sujeitos a inundações em épocas de chuvas, bem como nas margens dos

rios47

. Tradicionalmente é conhecida por seus poderes de cura e amplamente utilizado por

culturas indígenas do rio Amazonas para o tratamento de feridas. Seu caule, casca, quando

cortado, libera uma seiva vermelho-sangue48

.

Quando se fala das propriedades terapêuticas das plantas medicinais é coerente nos

referir aos princípios ativos que elas contêm para a sua utilização em diferentes patologias

Esses princípios ativos são os metabólitos produzidos por elas e estão diretamente envolvidos

nos mecanismos que permitem a adequação da planta ao seu meio49

.

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Simionatto et al.48

pesquisando extrato bruto de Croton urucurana Baillon obtido a

partir da casca do caule, por cromatografia gasosa e espectrometria de massas, obtiveram 83

compostos com 94,6% do extrato analisado. Entre os identificados destacam principalmente,

borneol (14,7%), acetato de bornila (5,2%), 1-isopropil-7-metil-4-metileno-1,3,4,5,6,8-

hexaidro- 2H-naftalen-4a-ol (14,7%), sesquicineol (10,5%) e epóxido de γ-gurjuneno (5,4%).

Considerando a fração antioxidante o α-bisabolol (38,3%), α-eudesmol (9,3%) e guaiol

(8,2%) são os principais, considerando ainda uma atividade antimicrobiana frente a quatro

bactérias gram-positivas: Staphylococcus aureus, Staphylococcus epidermidis, Pseudomonas

aeruginosa e de Bacillus subtilis,

Gurgel50

em experimento com cobaias, sugeriu que o látex da Croton urucurana

Baillon apresenta atividade antidiarreica. Lopéz49

ponderando a atividade antibacteriana e

antifúngica observou diferentes graus de atividade antimicrobiana. Oliveira51

estudando

lesões gástricas agudas induzidas pelo etanol e indometacina em camundongos, observou que

ocorreu aumento significativo no esvaziamento gástrico, por meio do aumento da motilidade

gastrointestinal, o que diminuiria a quantidade de ácido presente no estômago e reduziria o

efeito agressor do ácido.

Investigando a atividade antimicrobiana do látex do Croton urucurana Baillon e seu

potencial antinflamatório intestinal em ratos, Gurgel52

conclui que o látex apresenta atividade

antisséptica e antifúngica e melhorou os distúrbios da função gastrointestinal. Avaliando

diferentes formas de extração do látex do Croton urucurana Baillon em ensaios

antimicrobianos, Oliveira et al.53

concluíram que dos extratos obtidos da entrecasca, o

clorofórmico foi o mais potente. Os resultados evidenciam atividade antibacteriana em

diferentes partes da planta e por diferentes metabólitos secundários.

Nader54

examinando o potencial antimicrobiano do extrato vegetal de Cróton

urucurana, sobre estirpes de Staphylococcus aureus, em vacas com mastite, obterão uma

redução de cerca de 5 logs da população bacteriana e concluíram que a utilizando C.

urucurana é promissor sobre a atividade antimicrobiana frente estirpes de S. aureus,

causadoras de mastite bovina.

Soldera et al.55

medindo a atividade antibacteriana in vitro do látex in natura de

Croton urucurana Baillon na ausência da floração, o qual também foi diluído em acetona,

álcool de cereais e água, a atividade das amostras foram avaliada contra as bactérias

Staphylococcus aureus, Pseudomonas aeruginosa e Escherichia coli, destas apenas

Staphylococcus aureus foi observado a formação de halo de inibição, os autores também

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sugerem uma inatividade dos extratos sobre as bactérias Gram negativas devido uma

complexidade da sua parede celular.

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3. MATERIAIS E MÉTODOS

3.1. Local

Os experimentos foram conduzidos no Instituto de Ciências Biológicas (ICB) no

Laboratório de Fisiologia da Digestão e na Escola de Veterinária e Zootecnia da Universidade

Federal de Goiás, no período de abril a dezembro de 2015. O clima da região segundo a

classificação de Koppen na região foi considerado o Cwb56

. A latitude é de -16º 40’ 43” e

longitude -49º 15’ 14” com altitude média de 750 metros56

.

3.2. Período Experimental

A degradabilidade in vitro da matéria seca (DIVMS) foi determinada por cinco

repetições sendo cada uma de 72 horas, cada rodada foi dividida em oito tempos de retirada

dos saquinhos do fermentador conforme: 0, 3, 6, 12, 18, 24, 48 e 72 horas. Para a

degradabilidade in situ, parâmetros ruminais e metabólicos o período experimental foi de 64

dias, dividido em subperíodos de 16 dias, sendo os sete primeiros dias destinados à adaptação

dos animais, três dias para determinação do consumo, três dias para degradabilidade in situ a

qual utilizou os mesmos tempos da DIVMS, dois dias para coleta de líquido ruminal (LR) e

um dia para coleta de sangue (S), conforme figura 3.

Adaptação

Consumo

In Situ

LR

S

7 3 3 2 1

FIGURA 3 - Cronograma experimental do subperíodo e dias de coleta, realizados na Escola

de Veterinária e Zootecnia da Universidade Federal de Goiás – GO.

3.3. Animais e Alimentação

O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Federal de

Goiás, sob protocolo nº 096/14 para DIVMS e o protocolo nº 069/15 para degradabilidade in

situ e parâmetros metabólicos em bovinos de corte.

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Para a DIVMS foram utilizados dois bovinos mestiços, machos inteiros, peso médio

de 523 Kg, alojados em baias individuais de alvenaria consumindo feno e sal mineral ad

libitum. O líquido ruminal foi coletado em diferentes pontos, por meio da cânula no rúmen.

Para a degradabilidade in situ, parâmetros ruminais e metabólicos, foram utilizados quatro

animais mestiços, fistulados no rúmen, alojados e alimentados nas mesmas condições com

peso médio de 586 Kg.

A composição percentual dos ingredientes na matéria seca, e a distribuição dos

aditivos em cada tratamento estão dispostos na tabela 2.

TABELA 2 - Composição químico-bromatológica do feno e sal mineral oferecidos aos

animais durante o período experimental nos tratamentos Controle, Monensia,

Sangra e Biophytys, ocorrido na Escola de Veterinária e Zootecnia da

Universidade Federal de Goiás – GO.

Nutrientes Unidade Níveis

MS % 89,8

Umidade % 10,2

PB* % 9,5

FDN* % 77,74

FB* % 24,8

MM* % 3,1

EE* % 1,3

Cálcio* % 0,34

Fosforo* % 0,14

NDT* % 67,0

Tratamentos Unidade Tratamentos

Controle mg 0,00

Monensina mg 1500,00

Sagra

mg 1500,00

Biophytus

mg 1500,00

Nutrientes Unidade Concentração

Cálcio g/kg 140,00

Fosforo g/kg 40,00

Sódio g/kg 183,00

Magnésio mg/kg 4900,00

Enxofre g/kg 20,00

Cobalto mg/kg 30,00

Cobre mg/kg 80,00

Zinco mg/kg 1824,00

Iodo mg/kg 50,00

Manganês mg/kg 650,00

Selênio mg/kg 12,50 MS- Matéria seca; PB- Proteína bruta; FDN- Fibra insolúvel em detergente neutro; FB- Fibra bruta; MM-

Matéria mineral; EE- Extrato etéreo; NDT- Nutrientes digestíveis Totais. * em relação a matéria seca.

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3.4. Tratamentos

O ensaio da DIVMS foi constituído de quatro tratamentos, sendo: 1- controle (somente

feno); 2 - monensina 30 mg (produto comercial, com concentração de 20% de monensina); 3 -

extrato bruto de sangra d’água (Croton urucurana Baillon) 30 mg; 4 – Biophytus: óleo

funcional composto de caju e mamona 30 mg. Sendo estes administrados diretamente do jarro

o qual continha a solução tampão, líquido ruminal e 25 Filter Bags F-5757

.

Para a mensuração in situ, parâmetros ruminais e metabólicos também foram

utilizados quatro tratamentos: 1- controle (somente feno); 2 - monensina 1.500 mg do produto

comercial com concentração de 20% de monensina, 3 - extrato de sangra d’água (Croton

urucurana Baillon) 1.500 mg; 4 - Biophytus: óleo essencial composto de caju e mamona

1.500 mg, sendo administrado via cânula ruminal, antes da alimentação da manhã às 7 horas e

30 minutos.

A monensina foi adquirida por meio de um produto comercial, o qual tinha em sua

composição 20% de monensia. Já o Biophytus é uma mistura de óleos de mamona e caju o

qual foi encapsulado na forma de um pó.

O extrato bruto de sangra d’água (Croton urucurana Baillon, está registrado no

herbário da Universidade Federal de Goiás sob o número 20.865), foi extraído diretamente da

árvore via corte no tronco, e colocado em recipiente de inox conforme figura 4.

Posteriormente, o recipiente foi colocado no refrigerador em temperatura de 8ºC, até atingir

volume significativo de 100 ml, sendo colocado em temperatura ambiente até o líquido ficar

como uma resina quebradiça e logo após macerado até ficar um pó como mostra na figura 4.

FIGURA 4 - Extração da Croton urucurana Baillon no período de maio a junho de 2015 no

município de Jandaia – GO.

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3.5. Equipamentos e Soluções

A DIVMS foi determinada por meio da utilização da incubadora TE-150, conforme a

metodologia descrita pela Ankom technology57

. Mantendo a temperatura em 39,5 ºC em

quatro frascos de digestão, permanecendo em constante agitação.

As soluções tampão A e B que compuseram a solução tampão de Kansas, foram

misturadas nas quantidades de 266 mL da solução B e 1330 mL da solução A (1:5). A exata

quantidade de A em relação a B foi ajustada para obter pH final de 6,8 a 39ºC. Foram

adicionados 400 mL de líquido ruminal na solução tampão, perfazendo 2000 mL, utilizado

para a incubação.

O líquido ruminal foi obtido antes do fornecimento da dieta, sendo o conteúdo ruminal

coletado manualmente em diferentes pontos, armazenado em recipiente térmico até a chegada

no laboratório o qual foi colocado em liquidificador por 30 segundos em alta velocidade, com

punção CO2 sendo filtrado em duas camadas de tecido de algodão.

3.6 Incubação

Para a DIVMS, foi realizada primeiramente com a lavagem das bolsas filtrantes F-57

em acetona P.A (CH3)2CO, colocados em estufa de 105ºC, por 24 horas e posteriormente,

identificadas e novamente colocadas em estufa 105ºC por 24 horas e em dessecador por 20

minutos, e individualmente pesados.

Após os processos de incubação, foi adicionado em cada bolsa filtrante F-57

aproximadamente 0,5g do feno de Tifton 85 processadas em moinho tipo “Willey”, peneira de

crivo 1 mm. Em seguida, as bolsas filtrantes F-57 foram selados e incubadas nos jarros, sendo

23 bolsas filtrantes F-57 nos tempos de 0, 3, 6, 12, 18, 24, 48 e 72 horas, com amostra e dois

brancos para fazer o fator de correção.

As bolsas filtrantes F-57 foram lavadas em água corrente até a água ficar límpida no

recipiente, e após em solução de FDN e novamente em água até retirar todo resíduo da

solução e em seguida com acetona. Posteriormente, foram colocados em estufa a 105ºC por

24 horas, logo após foram colocadas 20 minutos no dessecador e depois pesadas. Para a

determinação da DIVMS, o resíduo foi utilizado para determinar a degradabilidade in vitro do

FDN conforme metodologia de Detmann58

.

A técnica in situ, foi realizada com bolsas de TNT com dimensão de 12,5x10cm² com

aproximadamente 5g de feno de Tifton 85 moídas a 2 mm, e inseridos no rúmen em horários

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decrescentes, 72, 48, 24, 18, 12, 6, 3 e 0 horas de modo a serem removidos simultaneamente

para reduzir a interferência da manipulação sobre o ambiente ruminal.

Após a retirada foram lavados em água corrente até o total desaparecimento de

resíduos que interfiram na coloração da água. Depois de lavadas, as bolsas foram colocadas

em estufa com ventilação forçada, a 55ºC durante 72 horas e em seguida pesadas em balança

analítica.

As análises bromatológicas do resíduo da incubação foram realizadas no Laboratório

de Nutrição Animal da UFG. A estimativa dos teores de matéria seca (MS) foi realizada de

acordo com a metodológica descrita por Detmann58

.

3.7. Líquido Ruminal

Os parâmetros ruminais foram determinados por meio do líquido ruminal coletado

diretamente no rúmen por uma fistula abdominal. Foram quatro coletas por dia sendo a

primeira antes da alimentação da manhã, a segunda duas horas após a alimentação, a terceira

três horas após a segunda e a quarta, quatro horas após a terceira.

O líquido ruminal foi utilizado para as análises de atividade redutiva bacteriana

conforme Bouda et al.59

e contagem de protozoários seguindo a metodologia descrita por

Dehority60

. O nitrogênio amoniacal foi realizado segundo UAB61

, a quantificação de ácidos

graxos voláteis, foi obtida por HPLC (Cromatografia Líquida de Alto desempenho)

utilizando-se um comprimento de ondas de 210 nm, coluna: C18 (fase reversa), com 30 cm x

4.5 mm de diâmetro e fluxo de 0,6 ml/minuto com pressão na coluna de 87Kgf e água em 1%

de ácido sulfúrico e um volume injetado de 10µl. O potencial hidrogeniônico foi mensurado

imediatamente após a coleta do líquido ruminal em aparelho portátil.

3.8. Fatores sanguíneos

Para quantificar as variáveis metabólicas foram realizadas quatro coletas de sangue por

dia via veia jugular, seguindo os mesmos tempos da coleta do líquido ruminal. As amostras

foram levadas ao laboratório e imediatamente centrifugadas e o plasma retirado para as

análises de glicose por meio da metodologia do kit do Labtest62

.

O restante foi congelado e analisado com todas as amostras dos quatro períodos para

aspartato aminotransferase, fosfatase alcalina, gama glutamil transpeptidase, albumina,

bilirrubinas totais e fações, creatinina, colesterol total, HDL, lactato desidrogenase,

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triacilglicerol, e ureia seguido à metodologia do Labtest62

no aparelho WIENER – Bab CM

200. Os níveis de bilirrubinas indiretas foram obtidos pela subtração das bilirrubinas totais das

bilirrubinas diretas. O LDL foi calculado por meio da subtração colesterol total de HDL e

VLDL. O VLDL foi obtido por meio da divisão dos triglicerídeos por 5. Já o BUN foi

determinado pela divisão da ureia por 2,1428.

3.9. Equações e Delineamento Experimental

A DIVMS foi calculada utilizando-se a seguinte equação ):

DIVMS =

(1)

em que:

W3: peso final bolsas filtrantes F-57;

W1: peso bolsas filtrantes F-57vazio;

C1: fator de correção;

W2: peso amostra;

DM: matéria seca da amostra.

Para determinar a degradabilidade potencial e efetiva da MS, FDN in vitro e MS in

situ foi utilizado os modelos proposto por Orskov e McDonald63

conforme equação 2 e 3:

p = a + b (1 – e-ct

) (2)

em que:

p = degradabilidade potencial;

a = fração solúvel em água;

b = fração potencialmente degradada;

c = taxa constante de degradação da fração b;

t = tempo de incubação e,

(3)

em que:

Dge = degradabilidade efetiva;

k = taxa de passagem de sólidos no rúmen de 2, 5 e 8%/hora.

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Para a DIVMS foi utilizado o delineamento inteiramente casualisado, com cinco

repetições e quatro tratamentos. A análise estatística da DIVMS foi subdividida em parcelas

onde cada jarro de incubação foi considerado como um rúmen artificial e uma parcela sendo a

média dos saquinhos retirados em cada tempo foi à repetição.

Já na degradabilidade in situ foi utilizado o delineamento em quadrado latino 4x4. As

curvas e os parâmetros de degradabilidade potencial e tempo de colonização foram analisadas

pelo modelo de Orskov e McDonald63

e os parâmetros comparados pelo teste de identidade de

modelos ao nível de significância de 5%, com o auxílio do programa estatístico R64

.

Os parâmetros ruminais e metabólicos, foram submetidas à análise de variância e as

médias comparadas pelo teste de Tukey a 5% com o auxílio do software estatístico R64

.

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4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1. Degradabilidade da MS e FDN in vitro

Na Tabela 3 são apresentados os valores de DIVMS, os quais não apresentaram

diferença significativa (P>0,05). Os tratamentos não aumentaram a DIVMS, não apresentando

diferença significativa entre si (P>0,05). A média (dos tratamentos) da fração solúvel foi de

21,85% e da fração potencialmente degradável foi de 52,71%, resultando em degradação

potencial média do feno de 74,56%. A degradabilidade efetiva média (dos tratamentos) foi de

55,89, 44,27 e 38,60%, considerando-se as taxas de passagem de 0,02, 0,05 e 0,08/hora,

respectivamente.

TABELA 3 - Parâmetros cinéticos da DIVMS de feno de Tifon-85 com adição de monensina,

sangra d’água e Biophytuss ocorrido na Escola de Veterinária e Zootecnia da

Universidade Federal de Goiás – GO.

Itens Tratamentos

EPM CV (%) P Controle Monensina Sangra d’água Biophytus

Fração Solúvel 21,1418 23,0551 21,0443 22,1800 2,4088 24,64 0,9244

Fração Pot. D. 54,1178 52,0947 55,0553 49,6117 2,1539 9,14 0,3232

Taxa de D. 0,0395 0,0345 0,0372 0,0436 0,0044 25,33 0,5229

DE(k=2%) 56,401 55,2162 56,1421 55,839 2,6164 10,47 0,9897

DE(k=5%) 44,4682 43,709 43,9627 44,961 2,9534 14,92 0,9907

DE(k=8%) 38,6058 38,3063 38,0943 39,4157 2,9565 17,12 0,9896

Lag Time 1,1099 0,9342 0,5104 0,8132 0,4057 107,74 0,7639

FI 24,7403 24,8502 23,9004 28,2083 1,8571 16,33 0,3973

DP 75,2597 75,1498 76,0996 71,7917 1,8571 5,57 0,3973 DE: Degradabiliade Efetiva; k: Taxa de Passagem; DP: Degradabilidade Potencial; FI: Fração não degradável.

EPM: erro padrão da média; CV: coeficiente de variação; P: significativo quando P<0,05, pelo teste de Tukey.

Segundo Prado et al.65

a monensina reduz as bactérias celulolíticas, o que leva a uma

menor degradação da matéria seca. No presente trabalho não foi possível constatar essa

interação especifica, já que os dados obtidos não diferiram significativamente (P>0,05) entre

si e não houve melhoria na degradabilidade do FDN. O autor cita ainda que a ação dos

ionóforos sobre a digestão da fibra têm mostrado resultados divergentes e a fonte da fibra e

taxa de passagem de sólidos influencia a resposta.

O tempo de colonização (lag time) foi maior para o tratamento controle de 1,1099 e

menor para o tratamento com sangra d’água de 0,5104. Isso sugere maior atividade inicial dos

microrganismos já que o lag time está relacionado com a degradação da fração fibrosa.

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35

Segundo Salem et al.66

a administração de extratos vegetais provavelmente favorece

algumas espécies bacterianas que metabolizam compostos fenólicos e podem agir como

catalisadores para a degradação da fibra, aumentando o acesso das bactérias fibrolíticas a

polissacarídeos da parede celular presente na dieta. Essa ação pode levar ao aumento da taxa

de desaparecimento, com aumento da taxa de passagem. No presente estudo não ocorreu

melhora na degradação da matéria seca. Os elevados índices de degradação ocorreram até as

primeiras 24 horas de incubação e são apresentados na figura 5, decorrente de fração solúvel e

maior taxa de degradação da fração potencialmente degradável. A figura 5 apresenta a

DIVMS do feno de tifon-85 submetidos aos aditivos. Não houve diferença significativa

(P>0,05) na cinética de degradação in vitro do feno.

FIGURA 5 - Degradabilidade Potencial da matéria seca do feno de Tifton-85 em função do

tempo (horas) de permanência do rúmen artificial ocorrido na Escola de

Veterinária e Zootecnia da Universidade Federal de Goiás – GO.

Não houve efeitos significativo (P>0,05) dos tratamentos sobre os parâmetros de

degradação in vitro de FDN em nenhum dos tempos avaliados segundo a tabela 4. Conforme

Mourthe et al.67

a degradação da fibra é inalterada pelos ionóforos, pois o aumento das

bactérias fibrolíticas resistentes, como Fibrobacter succinogenes, pode compensar a redução

de espécies, como os Ruminococcus sp.

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TABELA 4 - Parâmetros cinéticos da DIVFDN de feno de Tifon-85 com adição de aditivos

fitogênicos, de fitoterápicos e de ionóforos ocorrido na Escola de Veterinária e

Zootecnia da Universidade Federal de Goiás – GO.

Tratamentos Erro

padrão

CV

(%) P

Controle Monensina Sangra Biophytus

Fração Solúvel 4,1096 3,6719 4,1702 4,2708 1,1053 54,56 0,9812

Fração Pot. Deg. 59,8441 57,1267 58,7235 57,1737 1,6306 5,60 0,5982

Taxa de degradação 0,0382 0,0400 0,0375 0,0358 0,0042 21,97 0,9104

DE(k=2%) 41,6679 41,1652 42,3298 40,9123 1,3756 6,63 0,8899

DE(k=5%) 28,4638 28,5893 29,2212 28,1040 1,6674 11,66 0,9707

DE(k=8%) 22,0346 22,3692 22,8235 21,9349 1,6283 14,61 0,9795

FI 37,0966 39,2014 37,1063 38,5555 0,9445 4,97 0,3326

DP 62,9034 60,7986 62,8937 61,4445 0,9445 3,05 0,3326 DE: Degradabiliade Efetiva; k: Taxa de Passagem; DP: Degradabilidade Potencial; FI: Fração não degradável.

EPM: erro padrão da média; CV: coeficiente de variação; P: significativo quando P<0,05, pelo teste de Tukey

A degradação ascendente se deu nas primeiras 48 horas de incubação, a curva de

degradação de FDN é apresentado na figura 6, a fração potencialmente degradável no tempo

de 72 horas foi de 59, 57, 58 e 57% para os tratamentos controle, monensina, sangra d’água e

Biophytuss, respetivamente.

Gonçalves et al.68

sugere que a taxa de degradação constante para todos os tratamentos

pode ser explicada, por ausência de microrganismos, que leva a redução da multiplicação de

colônias de bactérias fibrolíticas, em função da disponibilização do substrato.

Um outro fator que deve ser considerado é o sistema de regulação enzimática dos

microrganismos, os que apresentam ambas as atividades, amilolítica e fibrolítica, são

induzidos pelo meio, o que demostra no presente trabalho que não houve seleção favorável

destes microrganismos.

A menor taxa de passagem encontrou-se relacionada com a maior degradabilidade

efetiva, isso demostrou alto teor de fibra no substrato. Os aditivos testados não melhoraram

essa degradabilidade em relação ao controle, já que taxas altas de passagem reduzem a

fermentação da fibra. Os valores da fração a do FDN de forma geral não apresentaram

grandes diferenças, por se tratar de elementos com baixa solubilidade, o que independe dos

aditivos.

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FIGURA 6 - Degradabilidade Potencial da fibra insolúvel em detergente neutro do feno de

Tifton-85 em função do tempo (horas) de permanência do rúmen artificial

ocorrido na Escola de Veterinária e Zootecnia da Universidade Federal de

Goiás – GO.

4.2. Degradabilidade da Matéria Seca in situ

Na tabela 5 é apresentado os parâmetros de degradabilidade da MS in situ. Houve

efeito significativo (P<0,05), entre os tratamentos para a fração solúvel e degradação efetiva

com 2% de taxa de passagem. O Biophytus apresentou maior degradabilidade da fração

solúvel em relação aos demais tratamentos. Com taxa de degradação a 2% o Biophytus

proporcionou melhores resultados, indicando que alimentos volumosos com grande tempo de

permanência no rúmen tende a ser melhor aproveitados com a inclusão dos Biophytus, em

relação a monensina.

Segundo Patra e Yu69

os óleos funcionais possuem potencial para melhorar a

fermentação ruminal e a utilização dos nutrientes pela melhor digestibilidade, através do

estímulo da atividade enzimática.

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TABELA 5 - Degradabilidade da DISMS de feno de Tifon-85 com adição de aditivos

fitogênicos e de ionóforos ocorrido na Escola de Veterinária e Zootecnia da

Universidade Federal de Goiás – GO.

Item Tratamentos

EPM CV (%) P Controle Monensina Sangra Biophytus

Fração Solúvel 22,54b 21,69b 21,20b 27,85ª 0,6210 5,04 0,0036

Fração Pot. Deg. 45,96a 44,46a 47,74a 43,98ª 1,8640 7,66 0,5314

Taxa de Degrad. 0,038a 0,044a 0,040a 0,034ª 0,0041 19,61 0,4540

DE(k=2%) 52,51ab 51,89b 52,91ab 55,09ª 0,4911 1,73 0,0362

DE(k=5%) 42,29a 42,19a 42,32a 45,25ª 0,6956 3,03 0,1042

DE(k=8%) 37,27a 37,23a 37,04a 40,64ª 0,7477 3,69 0,0806

FI 31,50a 33,85a 31,06a 28,17ª 1,6240 9,56 0,2640

DP 68,50a 66,15a 68,94a 71,83ª 1,6240 4,43 0,2640 DE: Degradabiliade Efetiva; k: Taxa de Passagem; DP: Degradabilidade Potencial; FI: Fração não degradável.

EPM: erro padrão da média; CV: coeficiente de variação; P: significativo quando P<0,05, pelo teste de Tukey

As taxas de degradação da MS não diferiram entre os tratamentos (P>0,05), sugerindo

que os aditivos avaliados não interferiram na velocidade de degradação do feno de tifton 85.

Os valores da fração potencialmente degradável (b), e da fração não-degradável do feno, com

diferentes aditivos alimentares não apresentaram diferença significativa. Não foram

registradas diferenças (P>0,05) para a fração potencialmente degradável dos tratamentos

experimentais.

Segundo Silva et al.70

a degradabilidade efetiva no rúmen depende de características

inerentes ao alimento, do nível de ingestão, dos tipos e formas de processamento a que os

alimentos foram submetidos e de possíveis limitações nos processos de fermentações no

rúmen, principalmente do estado sanitário do animal. Com tudo esse fator não diferiram entre

os tratamentos, de modo que há não alteração da fração potencialmente degradável não sendo

influenciada pelos tratamentos, mas a degradação efetiva a 2% mostra que a fauna microbiana

foi afetada pelo tratamento Biophytus em relação a monensina, isso se dá por uma seleção dos

dois aditivos os quais favorece espécies diferentes de bactérias no ambiente ruminal.

4.3. Consumo de MS, pH, NH3 e Azul de metileno

Na tabela 6 é apresentado o consumo de MS, ocorreu diferença significativa (P < 0,05)

entre os tratamentos. A monensina presentou menor consumo em relação aos outros

tratamentos. Segundo Silva71

a regulação do consumo de matéria seca pode ser atribuída aos

fatores metabólico, que determinado pelo balanceamento dos nutrientes, o físico, que é

relativo a capacidade rúmen-retículo e digestibilidade do FDN e o neuro-hormonal, sendo

relacionados a fatores inibidores ou estimuladores no alimento, ambiente e o manejo.

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TABELA 6 - Consumos (Kg) médios de matéria seca de bovinos alimentados com dieta à

base de feno e sal mineral, com a inclusão de Monensina, Sangra d’ água ou

Biophytus.

Tratamentos CV(%) P

Controle Monensina Sangra Biophytus

11,605a 9,242b 11,217a 10,515ab 6,47 0,0185 EPM: erro padrão da média; CV: coeficiente de variação; P: significativo quando P<0,05, pelo teste de Tukey.

Como o fornecimento dos aditivos testados foi de forma independente da dieta, os seja

diretamente no rúmen via cânula, pode-se afirmar que o menor consumo da dieta com

suplementação de monensina não se dá por meio de mecanismos sensoriais e sim fisiológicos

e metabólicos.

No presente estudo a alimentação dos animais ocorreu apenas com feno e sal mineral o

que pode ser caracterizado déficit nutricional ou apenas o suplemento das exigências para

mantença o que pode justificar menor consumo para o tratamento com monensina.

Para Borges et al.72

a redução do consumo de matéria seca dos animais alimentados

apenas para suprir suas exigências é um dos efeitos da monensina e quando o balança

energético está negativo a energia adicional promovida pelos ionóforos é utilizada para

melhorar o desempenho produtivo e reduzir as perdas de reservas corporais.

Uma possível explicação para a diminuição do consumo seria uma melhora absorção

do ácido propiônico, já que a utilização de monensina em dietas de bovinos ocorre aumento

na produção de propionato através da fermentação ruminal, sendo o propionato juntamente

com o butirato os maiores estimuladores de crescimento papilar em relação ao acetato.

Conforme Barducci et al.37

mostram que a monensina melhorou a superfície de absorção da

parede do rúmen e uma maior área papilar.

Palma et al.73

avaliando o desempenho de bezerros desmamados em pastejo,

suplementados com proteinado e ionóforos observaram diminuição do consumo de

suplementos no tratamento com monensina em 0,47 kg por dia. O menor consumo de

voluntário pode ser decorrente de uma menor taxa de passagem da MS o que leva a melhora

na digestibilidade da fibra. Zeoula et al.22

e Oliveira et al.4 ressaltam que a atuação da

monensina sobre o processo de fermentação ruminal causa redução no consumo.

Não houve efeito significativo (P > 0,05) para o pH entre os tratamentos, mas para as

coletas após a alimentação foi significativo (P < 0,05) para o tratamento monensina,

ocorrendo um aumento de antes da alimentação para duas horas após, conforme tabela 7.

Oliveira et al.34

em dietas com baixo e alto teor protéico, com e sem monensina observaram

que, a inclusão da monensina, duas horas após a alimentação, elevou o pH ruminal nos

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animais alimentados com a dieta contendo baixo teor protéico, enquanto, nos animais

alimentados com dietas contendo alto teor protéico, o aumento médio no pH não foi

estatisticamente significativo, observaram também que a monensina promovia aumento do pH

ruminal, independentemente da dieta fornecida aos animais, os autores ainda justificam que o

pH ruminal é influenciado principalmente pela produção de saliva, desta forma, animais

alimentados com dietas contendo grande porcentagem de alimentos volumosos normalmente

apresentam pH ruminal sempre próximo à neutralidade, graças ao maior estímulo de produção

de saliva, durante os processos de ingestão e regurgitação dos alimentos.

Os efeitos da monensina sobre o pH são pouco expressivos. No presente trabalho os

resultados de pH, situaram-se ente 6,9 e 7,2 estando de acordo com a argumentação dos

autores, porém, a monensina influenciou o aumento, já que duas horas após a inclusão da

mesma ocorreu amento significativo mantido até cinco horas após e este fato não ocorreu nos

demais tratamentos já que não houve diferença significativa entre os tratamentos.

TABELA 7 – Concentração de pH, NH3 e Azul de metileno de bovinos alimentados com

dietas a base de feno e sal mineral com inclusão de monensina, sangra d’ água

e Biophytus.

VAR Horas Tratamentos

Médias EPM Contraste

Contr. Mon. Sangra Bioph. T H T x H

pH

0 7,03 6,99 7,13 7,10 7,06b

0,02 0,255 0,001 0,502 2 7,13 7,09 7,18 7,14 7,13ab

5 7,10 7,05 7,13 7,00 7,06b

9 7,11 7,16 7,21 7,17 7,16ª

Médias 7,09a 7,07a 7,15a 7,10a

EPM 0,03

Variável Tratamentos

Médias EPM Contraste

Contr. Mon. Sangra T T H T x H

NH3

mg/dL

0 4,62 4,30 4,56 4,63 4,53ab

0,26 0,846 0,000 0,374 2 7,62 6,09 6,73 6,79 6,81ª

5 5,76 5,31 5,20 5,10 5,34b

9 3,35 4,16 4,24 4,50 4,06c

Médias 5,34a 4,96a 5,18a 5,25a

EPM 0,33

Variável Horas Tratamentos

Médias EPM Contraste

Contr. Mon. Sangra Bioph. T H T x H

AZUL

min

0 1,83 2,74 1,85 1,86 2,07ª

0,160 0,02 0,01 0,882 2 1,29 2,32 1,32 1,57 1,62ª

5 1,19 2,19 1,27 1,59 1,56ª

9 2,11 3,18 1,75 1,57 2,15ª

Médias 1,61b 2,61a 1,55b 1,64ab

EPM 0,183 Letras minúsculas diferem entre si pelo teste de Tukey (P<0,05). EPM: erro padrão da média; P: significativo

quando P<0,05, pelo teste de Tukey. T: tratamento; H: horas de coleta.

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Os níveis de amônia do líquido ruminal não foi influenciado pelos tratamentos, não

houve diferença significativa (P>0,05) (Tabela 7). As maiores concentrações de amônia no

rúmen foram observadas duas horas após a alimentação para todos os tratamentos. O

tratamento controle apresentou a maior concentração e o tratamento monensina a menor,

sendo que os menores níveis foram observados nove horas após alimentação. Os níveis de

amônia foram significativos (P<0,05) para as horas de coletas. Conforme Roffler e Satter74

concentração mínima de amônia para manter a fermentação adequada no rúmen é de

5mg/100mL.

Mourthe et al.67

em investigação sobre os efeitos de suplementos múltiplos com

ionóforos em pastagens de Brachiaria decumbens, concluíram que o nitrogênio amoniacal

não foi influencia pelos tratamentos. Balbueno et al.75

avaliando a associação de monensina

sódica e óleo de copaíba em dietas com silagem de milho, sobre a concentração de amônia no

liquido ruminal, observaram que a adição de óleo de copaíba e a associação com monensina

apresentaram os melhores resultados.

Em revisão sobre a concentração de amônia (NH3) no liquido ruminal com animais

alimentados com óleo da castanha de caju, Diaz et al.76

relataram que houve redução

expressiva na produção de NH3. Eles atribuem esse efeito aos componentes ativos do óleo

que podem inibir o crescimento de bactérias proteolíticas, bem como, reduzir a capacidade de

adesão e colonização destas bactérias aos seus substratos.

A atividade redutora bacteriana com azul de metileno apresentou diferença

significativa (P<0,05), tanto para os tratamentos como para as horas de coletas. No entanto, o

teste de Tukey não constatou diferença significativa para o horário das coletas conforme é

apresentado na tabela 7. O potencial redox está relacionado com da atividade microbiana, uma

flora mais ativa reduzir o azul de metileno entre 1-3 minutos, uma atividade moderada está

entorno de 3-6 minutos, tempos superiores resultam de uma inatividade da flora77

.

Todos os tratamentos apresentaram uma atividade redutiva alta com valores ente 1 e 3

minutos, mas ocorreu uma diferença (P<0,05) para monensina que apresentou o maior tempo

seguido de Biophytus, controle e sangra isso sugere que a monensina e o Biophytus

selecionou alguns microrganismos, levando uma redução na atividade sobre o azul de

metileno.

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4.4. Protozoários

Não houve diferença siginifitativa (P>0,05) para a concentração total de protozoários

por mililitro de líquido ruminal, conforme Tabela 8. Segundo Jesus78

a ação dos metabólicos

secundários das plantas sobre a diminuição dos protozoários leva ao efeito cascata na

produção de proteína bacteriana, isso ocorre porque há redução na predação bacteriana pelos

protozoários. Apesar de não ter havido diferença significativa (P>0,05) para os tratamentos, a

monensina e o Biophytus apresentaram a menor concentração seguidos por sangra e controle,

isso sugere que houve seletividade de microrganismo no ambiente ruminal.

Segundo Oliveira4 os protozoários ruminais tem efeito negativo na utilização de

nitrogênio pelos ruminantes, por assimilar as bactérias presentes no rúmen, as quais possuem

atividade proteolítica.

TABELA 8 - Protrozoários no líquido ruminal de bovinos alimentatos com dietas a base de

feno e sal mineral com inclução de monensina, sangra d’ água de Biophytus

Horas Tratamentos

Médias EPM Contraste

Contr. Mon. Sangra Bioph. T H T x H

0 280.800 142.000 226.000 209.483 214.570a

25.284 0,434 0,647 0,647 2 184.400 137.200 195.200 217.750 183.637a

5 278.600 133.000 172.400 183.616 191.904a

9 197.000 161.800 215.000 179.350 188.287a

Médias 235.200a 143.500a 202.150a 197.550a

EPM 39.004 Letras minúsculas diferem entre si pelo teste de Tukey (P<0,05). EPM: erro padrão da média; P: significativo

quando P<0,05, pelo teste de Tukey. T: tratamento; H: horas de coleta.

4.5. Ácidos Graxo de Cadeia Curta

A concentração de ácido acetico, propiônico, láctico, e a relação acético propiônico

não foi influênciada pelos tratamentos (P>0,05) Tabela 9, mas o menor nível de ácido acético

foi observado no tratamento Biophytus. Em todos os ácidos não houve interação entre os

tratamentos e o horas de coleta.

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TABELA 9 – Produção de ácidos graxos de cadeia curta em bovinos alimentados com dietas

a base de feno e sal mineral com a inclusão de monensina, sangra d’água e

Biophytus

VAR Horas Tratamentos

Médias EPM Contraste

Contr. Mon. Sangra Bioph. T H T x H

Ácido

Acético

Ppm

0 3.513 4.066 4.197 3.527 3.825a

178,14 0,162 0,002 0,155 2 4.187 4.197 3.905 2.929 3.816a

5 3.285 3.657 4.080 2.571 3.398a

9 3.509 3.355 3.936 2.324 3.281a

Médias 3.623a 3.819a 4.041a 2.838a

EPM 290,09

Horas

Tratamentos Médias EPM

Contraste

Contr. Mon. Sangra Bioph. T H T x H

Ácido

Propiônico

ppm

0 1.136 1.230 1.053 1.109 1.133a

93,74 0,901 0,005 0,442 2 1.279 1.172 1.026 983 1.115a

5 992 967 979 930 967a

9 1.083 713 956 792 886a

Médias 1.123a 1.021a 1.003a 953a

EPM 163,80

Horas

Tratamentos Médias EPM

Contraste

Contr. Mon. Sangra Bioph. T H T x H

Ácido

Butírico

ppm

0 324 417 445 519 426a

30,45 0,045 0,751 0,245 2 412 510 537 406 466a

5 311 426 599 384 430a

9 370 407 611 362 437a

Médias 354b 440ab 547a 418ab

EPM 35.84

Horas

Tratamentos Médias EPM

Contraste

Contr. Mon. Sangra Bioph. T H T x H

Ácido

Láctico

ppm

0 121 148 109 93 118a

11,04 0,150 0,047 0,994 2 176 172 133 138 155a

5 132 139 107 112 122a

9 131 123 91 109 113a

Médias 130a 145a 109a 113a

EPM 11,19

Horas

Tratamentos Médias EPM

Contraste

Contr. Mon. Sangra Bioph. T H T x H

AC/PR

0 3,34 3,35 4,43 3,48 3,65a

0,32 0,544 0,381 0,171 2 3,38 3,60 4,07 3,15 3,55a

5 4,71 3,93 4,39 2,93 3,99a

9 3,34 4,84 4,50 3,07 3,94a

Médias 3,69a 3,93a 4.34a 3.16a

EPM 0,52 Letras minúsculas diferem entre si pelo teste de Tukey (P<0,05). EPM: erro padrão da média; P: significativo

quando P<0,05, pelo teste de Tukey. T: tratamento; H: horas de coleta.

Conforme Oliveira4, para a produção de ácido acético e butírico ocorre uma

ineficiência na ordem de 12% sendo a energia contida nos alimenos perdida na forma de CO2

e CH4, e a maior produção destes gases ocorre na degradação dos carboidratos fibrossos. Os

valores de ácido acetico variaram de 4.197 à 2.324 ppm. O efeito dos ionóforos em aumentar

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a proporção do propionato, em detrimento da proporção do acetato e butirato, não foi

encontrado neste experimento, resultado semelhante foi observado por Mourthe et al.67

.

Os níveis de acético foram significativos (P<0,05) para a horas de coletas, porém o

teste Tukey não diferenciou dos demais tratamentos. O tratamento com Biophytus e Sangra

são os que apresentam uma diminuição após a alimentação na concentração de acético, mas

apenas o Biophytus mandei de modo decrescente até as nove horas após a alimentação, já

controle e monensina ocorrem um aumento duas horas após e uma estagnação nos tempos

subsequentes. Para os valores de propiônico os níveis são estáveis até as duas horas após a

alimentação, cinco horas os valores são alterados, ocorrendo uma diminuição até a última

coleta.

Os níveis do ácido butírico foi afetado pelos tratamentos (P<0,05) e não pelas horas de

coleta (P>0,05) o tratamento sangra d’água foi o que mais aumentou a concentração não

diferenciando dos tratamentos monensina e Biophytus, o tratamento controle foi o que teve as

menores concentrações. O presente trabalho contrapõe os resultados obtidos por Oliveira et

al.34

, já que as concentrações dos AGCC, foi influencia pela adição de monensina independe

dos níveis de proteína. Segundo Schroeder et al.79

dietas a base de forragem têm

concentrações de AGCC na que variam de 65 a 70% para acético de 15 a 25% para

propionato e 5 a 10% para butírico. A relação proposta pela o autor é a mesma encontrada no

presente trabalho. Prado et al.80

comparando monensina e própolis com 72,5% de volumoso,

constatou uma diminuição das concentrações de ácido acético no tratamento com monensina e

também uma menor relação acética e propriônico no mesmo tratamento.

4.6. Metabolismo

As concentrações das enzimas AST, GGT, FA e LDH não foi influenciado pelos

tratamentos (P>0,05), mas as horas de coleta foi significativa (P<0,05) para LDH, com

atividade constante até as cincos horas após a alimentação, apresentado na tabela 10. Tabelião

et al.81

avaliando o efeito de probióticos e monensina sobre os parâmetros metabólicos de

cordeiros desmamados, observou um aumento nas concentrações de GGT para o tratamento

com monensina, já que este marcador é sensível as alterações das atividades dos hepatócitos.

O LDH é um forte indicador de intensificação de metabolismo hepático de nutrientes

associada a um aumento de aminotranferase e gama glutamiltranferase, pode indicar maior

metabolismo e melhor desempenho dos animais82

.

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TABELA 10 – Enzimas, AST, GGT e FA em bovinos alimentados com dietas a base de feno

e sal mineral com a inclusão de monensina, sangra d’água e Biophytus.

VAR Horas Tratamentos

Médias EPM Contraste

Contr. Mon. Sangra Bioph. T H T x H

AST

UI/L

0 82,37 76,49 92,69 77,61 82,29a

2,32 0,534 0,074 0,072 2 82,45 81,20 87,87 84,99 84,12a

5 76,76 81,02 88,06 79,65 81,37a

9 88,81 97,40 82,41 87,10 88,93a

Médias 82,59ª 84,03a 87,76a 82,34a

EPM 2,831

Horas Tratamentos

Médias EPM Contraste

Contr. Mon. Sangra Bioph. T H T x H

GGT

UI/L

0 24,60 24,73 22,86 22,72 23,73a

1,055 0,696 0,471 0,828 2 23,38 24,00 22,34 26,18 23,97a

5 22,86 24,10 24,74 23,38 23,77a

9 22,54 23,76 22,17 18,70 21,79a

Médias 23,34a 24,15a 22,74a 23,03a

EPM 0,895

Horas Tratamentos

Médias EPM Contraste

Contr. Mon. Sangra Bioph. T H T x H

FA

UI/L

0 138,9 102,6 130,1 131,9 125,9ab

8,347 0,601 0,021 0,508 2 143,3 150,7 137,5 130,0 140,4ab

5 146,2 130,3 151,5 143,3 142,9a

9 124,7 113,1 73,1 124,1 108,8b

Médias 138,3a 124,2a 132,3a 123,0a

EPM 8,779

Horas Tratamentos

Médias EPM Contraste

Contr. Mon. Sangra Bioph. T H T x H

LDH

mg/dL

0 28,85 15,46 20,67 37,49 25,62a

5,046 0,3148 0,0154 0,5503 2 27,93 6,43 17,01 53,26 26,15a

5 8,39 6,49 9,82 11,25 8,99a

9 9,26 9,26 11,62 8,99 9,78a

Médias 18,61a 9,41a 14,78a 27,75a

EPM 5,781 AST: aminotransferase, GGT: gama glutamiltransferase, FA: fosfatase alcalina, LDH: lactato disidogenase.

Letras minúsculas diferem entre si pelo teste de Tukey (P<0,05). EPM: erro padrão da média; P: significativo

quando P<0,05, pelo teste de Tukey. T: tratamento; H: horas de coleta.

No presente estudo essa relação não foi constatada, já que os níveis não foram

alterados pelos tratamentos. Os valores médios para AST é de 129,45 U/L. Para Gandra et

al.82

trabalhando com vacas no terço médio de lactação foi de 96,41 a 108, 41 U/L, para as

outras enzimas estudas os valores são também superiores. Os componentes da Sangra d’água

não são conhecidos no ponde de vista nutricional, mas estes não apresentaram efeitos adverso

nas enzimas estudadas, isso sugere possibilidade na utilização para bovinos de corte.

As concentrações de albumina, creatinina, ureia e o nitrogênio ureico no sangeu não

foi influênciada pelos tratamentos (P>0,05) conforme tabela 11. Os níveis de ureia e

nitrogênio ureico no sangue foi afetado pelas horas de coleta, as maiores concentrações foram

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observadas cinco horas após a alimentação. Segundo Tabelião et al.81

mudanças no ambiente

ruminal alterando o crescimento da microbiota gera uma maior quantidade de proteína

microbiana para o duodeno, isso leva um aumento das concentrações plasmáticas de ureia,

que pode ter devido ao aumento no ciclo de catabolismo protéico hepático, ou ainda pelo

incrementado a produção de nitrogênio ruminal. Esse possível aumento no balanço de ureia

no sangue não foi constatado no presente trabalho, mais pode-se afirmar que os níveis de

ureia são afetados pela alimentação no prazo de cinco horas.

Gandra et al.82

afirmam que a monensina reduz a degradação da proteína no rúmen,

provendo mais proteína não degradável no rúmen ao intestino delgado. Desta forma os

aminoácidos não-essenciais são absorvidos no epitélio intestinal e podem ser utilizados como

substrato para a gliconeogênese, de modo que a desaminação subsequente desses aminoácidos

resultam em maiores concentrações de ureia. Oliveira et al.83

trabalhando com bovinos nelore

suplementados com monensina e lasalocida com 44 mg/Kg de matéria seca não apresentou

diferença na concentração de ureia no sangue.

TABELA 11 – Concentração de albumina, creatina, nitrogênio ureico no sangue e ureia em

bovinos alimentados com dietas a base de feno e sal mineral com a inclusão

de monensina, sangra d’água e Biophytus.

VAR Horas Tratamentos

Médias EPM Contraste

Contr. Mon. Sangra Bioph. T H T x H

ALB

g/dL

0 2,81 3,00 2,47 2,62 2,73a

0,109 0,675 0,177 0,699 2 2,44 2,75 2,36 2,46 2,50a

5 2,84 2,42 2,66 2,51 2,61a

9 2,50 2,32 2,37 2,43 2,40a

Médias 2,65ª 2,62a 2,50a 2,47a

EPM 0,118

Horas Tratamentos

Médias EPM Contraste

Contr. Mon. Sangra Bioph. T H T x H

CREA

mg/dL

0 1,545 1,53 1,61 1,58 1,56a

0,050 0,962 0,179 0,651 2 1,610 1,75 1,58 1,59 1,63a

5 1,658 1,63 1,64 1,76 1,67a

9 1,615 1,63 1,51 1,60 1,59a

Médias 1,61ª 1,64a 1,59a 1,63a

EPM 0,076

Horas Tratamentos

Médias EPM Contraste

Contr. Mon. Sangra Bioph. T H T x H

UREIA

mg/dL

0 27,61 25,60 20,43 22,63 24,06ab

2,206 0,854 0,000 0,691 2 23,89 27,34 21,71 22,98 23,98ab

5 27,97 25,93 24,21 26,50 26,15a

9 21,31 14,29 17,51 16,90 17,41b

Médias 25,19ª 23,29a 20,96a 22,25a

EPM 3,750

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TABELA 11 – Concentração de albumina, creatina, nitrogênio ureico no sangue e ureia em

bovinos alimentados com dietas a base de feno e sal mineral com a inclusão

de monensina, sangra d’água e Biophytus (Continuação).

Horas Tratamentos

Médias EPM Contraste

Contr. Mon. Sangra Bioph. T H T x H

BUN

mg/dL

0 12,88 11,94 9,53 10,56 11,23ab

1,029 0,854 0,000 0,691 2 11,15 12,76 10,13 10,73 11,19ab

5 13,05 12,10 11,30 12,37 11,19ª

9 9,94 6,66 8,17 7,89 8,17b

Médias 11,76ª 10,87a 9,78a 10,38a

EPM 1,75 CREA: Creatinina; ALB: Albumin; BUN: Nitrogênio ureico no sangue. Letras minúsculas diferem entre si pelo

teste de Tukey (P<0,05). EPM: erro padrão da média; P: significativo quando P<0,05, pelo teste de Tukey. T:

tratamento; H: horas de coleta.

Na tabela 12 é apresentado os níveis de glicose, não presentou diferença significativa

(P> 0,05), para os tratamentos e horas de coleta. O perfil fermentativo ruminal causada pelo

uso de monensina poderia aumentar a concentração de propionato no rúmen que chega ao

fígado, estimulando a gliconeogênese e elevando os níveis de glicose plasmática82

, entretanto,

isso não ocorreu nos tratamentos independe da molécula estudada, já que para os níveis de

propiônico não houve efeito de tratamento.

Em estudo com ovelhas no período de 60 dias antes do parto e 30 dias pós-parto com

adição de monensina (30mg/dia) sobre o perfil metabólico e hormonal Lima et al.84

constatou

que não houve efeito da monensina sobre a concentração da glicose ao longo dos períodos,

entretanto a concentração tenha se mostrado mais elevada, na maioria dos momentos, nas

ovelhas que receberam o ionóforos.

TABELA 12 – Concentrção de glicose em mg/dL, bovinos alimentados com dietas a base de

feno e sal mineral com a inclusão de monensina, sangra d’água e Biophytus.

Horas Tratamentos

Médias EPM Contraste

Contr. Mon. Sangra Bioph. T H T x H

0 66,75 58,90 60,72 63,78 62,53ª

1,453 0,205 0,473 0,835 2 64,54 59,61 58,65 60,51 60,83ª

5 63,23 58,53 60,96 65,69 62,10ª

9 61,49 58,18 55,89 64,60 60,04ª

Médias 64,00a 58,80a 59,05a 63,64a

EPM 1,941 Letras minúsculas diferem entre si pelo teste de Tukey (P<0,05). EPM: erro padrão da média; P: significativo

quando P<0,05, pelo teste de Tukey. T: tratamento; H: horas de coleta.

De modo inverso as concentrações de monensina e sangra d’água se deram ao trabalho

de Lima et al. 84

, já que os animais apresentaram uma leve queda na concentração de glicose,

isso seria devido ao um menor consumo de carboidratos. Sendo assim, seria possível uma

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modificação na produção de ácidos graxos voláteis no rúmen por meio dos aditivos, uma vez

que estes ácidos graxos, são utilizados como substratos para a síntese de glicose81

. Porém esse

efeito não se deu no presente trabalho, mantendo-se dentro da faixa fisiológica.

As avaliações das médias de bilirrubina total, direta e indireta não apresentaram

diferença significativa (P>0,05) como é apresentado na tabela 13, os valores mantiveram-se

dentro da normalidade85

. Isso pode indicar que não houve problemas no fígado, baço e rins.

Não houve diferença significativa (P>0,05) nos tratamentos e coletas para,

triglicerídeos, HDL e VLDL, já para LDL (P<0,05) foi significativo para o tratamento com

sangra d’ água ocorrendo aumento nos índices, conforme tabela 14. Isso sugere que ação

deste aditivo potencialize o transporte do LDL para o sangue. O nível de colesterol total foi

decrescente ao longo do dia sendo significativo para coleta (P<0,05), com os menores níveis

nove horas após a alimentação, porém não diferenciou para os tratamentos.

TABELA 13 – Concentração de bilirrubina total, direta e indireta em bovinos alimentados

com dietas a base de feno e sal mineral com a inclusão de monensina, sangra

d’água e Biophytus.

VAR Horas Tratamentos

Médias EPM Contraste

Contr. Mon. Sangra Bioph. T H T x H

BLT

mg/dL

0 0,22 0,12 0,14 0,13 0,15a

0,021 0,842 0,476 0,043 2 0,07 0,19 0,09 0,11 0,11a

5 0,13 0,10 0,19 0,08 0,13a

9 0,10 0,15 0,14 0,12 0,13a

Médias 0,13a 0,14a 0,13ª 0,14a

EPM 0,029

Horas Tratamentos

Médias EPM Contraste

Contr. Mon. Sangra Bioph. T H T x H

BLD

mg/dL

0 0,13 0,03 0,04 0,04 0,05a

0,012 0,825 0,900 0,044 2 0,06 0,05 0,04 0,07 0,05a

5 0,05 0,04 0,08 0,03 0,05a

9 0,03 0,06 0,04 0,06 0,05a

Médias 0,06a 0,05a 0,05a 0,05a

EPM 0,015

Horas Tratamentos

Médias EPM Contraste

Contr. Mon. Sangra Bioph. T H T x H

BLI

mg/dL

0 0,09 0,09 0,10 0,08 0,09a

0,017 0,531 0,609 0,406 2 0,02 0,14 0,05 0,04 0,07a

5 0,09 0,06 0,11 0,05 0,08a

9 0,07 0,09 0,10 0,06 0,08a

Médias 0,07a 0,09a 0,06a 0,09a

EPM 0,02 BLT: Bilirrubina total; BLD: Bilirrubina direta BLI: Bilirrubina indireta. Letras minúsculas diferem entre si pelo

teste de Tukey (P<0,05). EPM: erro padrão da média; P: significativo quando P<0,05, pelo teste de Tukey. T:

tratamento; H: horas de coleta.

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TABELA 14 – Nivevis de Colesterol, Triglicerídeos, HDL, VLDL e LDL em bovinos

alimentados com dietas a base de feno e sal mineral com a inclusão de

monensina, sangra d’água e Biophytus.

VAR Horas Tratamentos

Médias EPM Contraste

Contr. Mon. Sangra Bioph. T H T x H

COLT

mg/dL

0 95,19 87,29 97,37 88,13 91,99a

1,800 0,106 0,066 0,465 2 89,43 93,82 86,01 82,36 87,9ab

5 92,00 92,27 88,24 88,99 90,38ab

9 86,59 90,05 84,38 78,57 84,90b

Médias 90,80a 90,86a 89,00a 84,51a

EPM 1,426

Horas Tratamentos

Médias EPM Contraste

Contr. Mon. Sangra Bioph. T H T x H

TRI

mg/dL

0 22,93 27,98 19,74 26,08 24,19a

1,941 0,445 0,212 0,869 2 21,75 18,49 14,52 18,14 18,23a

5 23,42 17,98 22,29 19,55 20,81a

9 24,35 18,85 17,93 18,06 19,80a

Médias 23,12a 20,83a 20,46a 18,62a

EPM 1,607

Horas Tratamentos

Médias EPM Contraste

Contr. Mon. Sangra Bioph. T H T x H

HDL

mg/dL

0 49,59 49,16 50,22 45,69 48,66a

1,2431 0,058 0,116 0,639 2 47,61 47,33 41,55 45,15 45,41a

5 46,66 45,77 41,29 46,06 44,94a

9 43,80 47,05 39,32 47,04 44,30a

Médias 46,91a 47,33a 43,10a 45,98a

EPM 0,850

Horas Tratamentos

Médias EPM Contraste

Contr. Mon. Sangra Bioph. T H T x H

LDL

mg/dL

0 41,01 32,53 41,93 38,48 38,49a

1,672 0,039 0,369 0,509 2 37,46 42,79 40,83 34,30 38,85a

5 40,65 42,91 43,04 38,48 41,27a

9 37,91 39,23 41,45 27,94 36,64a

Médias 39,26ab 39,37ab 41,81a 34,80b

EPM 0,997

Horas Tratamentos

Médias EPM Contraste

Contr. Mon. Sangra Bioph. T H T x H

VLDL

mg/dL

0 4,59 5,58 5,22 3,95 4,84a

0,388 0,445 0,212 0,869 2 4,35 3,70 3,63 2,90 3,65a

5 4,68 3,60 3,92 4,46 4,16a

9 4,87 3,77 3,61 3,59 3,96a

Médias 4,62a 4,17a 4,09a 3,72ª

EPM 0,322 Letras minúsculas diferem entre si pelo teste de Tukey (P<0,05). EPM: erro padrão da média; CV: coeficiente de

variação; P: significativo quando P<0,05, pelo teste de Tukey. T: tratamento; H: horas de coleta.

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5. CONCLUSÃO

A inclusão de óleos funcionais, sangra d’ água e monensina em dietas de bovinos de

corte a base de feno não melhorou a degradabilidade in vitro, o pH e os parâmetros

bioquímicos e ruminais.

A degradabilidade efetiva a 2% in situ da matéria seca teve melhores resultados com a

inclusão de Biophytus.

O consumo foi influenciado pela monensina ocorrendo uma diminuição deste com o

tratamento monensina e não houve diferença estatística em relação ao Biophytus, além disso o

comportamento dos dois são similares, pode ser usado um em detrimento ao outro.

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6. REFERÊNCIAS

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Viabilidade Técnica e Econômica destinado à implantação do Parque

Produtivo Nacional de Aditivos da Indústria de Alimentação de Animais de

Produção; Brasília. 2012. 230p.

2. Silva JA, Ítavo CCBF, Ítavo LCV, Morais MG, Franco GL, ZeoulaLM,

Heimbach NS. Effects of dietary brown propolis on nutrient intake and

digestibility in feedlot lambs. R. Bras. Zootec 2014; 43(7):376-81

3. Ladeira MM, Machado Neto OR, Santarosa LC, Chizzotti ML, Oliveira DM,

Carvalho JRR, Alves MCL. Desempenho, características de carcaça e

expressão de genes em tourinhos alimentados com lipídeos e monensina.

Pesq. Agropec. Bras. 2014; 49 (9): 728-36

4. Oliveira AP, Reis RA, Bertipaglia LMA, Melo GMP, Berchielli TT, Oliveira

JA, Casagrande DR, Balsalobre MAA. Substituição de monensina sódica por

bicarbonato de sódio em dietas de novilhas confinadas. Arq. Bras. Med.

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