ADESAO HIDROGINASTICA

download ADESAO HIDROGINASTICA

of 51

Transcript of ADESAO HIDROGINASTICA

0

UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA-UNEB DEPARTAMENTO DE EDUCAO CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAO FSICA

JOS MAURCIO ANDRADE DOS ANJOS

FATORES DE ADESO S PRTICAS DE HIDROGINSTICA ENTRE MULHERES DE 30 A 40 ANOS EM UMA ACADEMIA NO MUNICPIO DE ESPLANADA NA BAHIA.

Alagoinhas 2011

1

JOS MAURCIO ANDRADE DOS ANJOS

FATORES DE ADESO S PRTICAS DE HIDROGINSTICA ENTRE MULHERES DE 30 A 40 ANOS EM UMA ACADEMIA NO MUNICPIO DE ESPLANADA NA BAHIA.

Monografia apresentada como requisito parcial para concluso do curso de Licenciatura em Educao Fsica da Universidade do Estado da Bahia. Orientador: Maltez. Prof. Dr. Maurcio

ALAGOINHAS 2011

2

DEDICATRIA

Sei que estou realizando um sonho que no s meu. Lembro-me ainda quando criana de uma vida bastante sofrida, porm de muito amor e perseverana. Estou falando da minha famlia. Este trabalho dedico a vocs, minha me e meus irmos, que sempre abdicaram dos seus sonhos para o sustento do lar e em prol dos mais novos. Obrigado por tudo, serei eternamente grato.

3

AGRADECIMENTOS

A Deus, fonte de amor e sabedoria que me deu fora para continuar a luta e concluir essa Graduao. minha Me, Irms e irmos que sempre me apoiaram e incentivaram nos momentos difceis. Aos amigos representados por Ed, Aline e Neide, que estiveram sempre comigo, aconselhando, incentivando, resgatando minha auto-estima para que eu no desistisse do meu sonho alm de suportarem o meu mau humor nos momentos difceis. Aos Amigos e colegas de Trabalho: Iris Lopes, Rosana Cardial, Jorge Anselmo, Ana Clara, Tatiana Ribeiro, Marcio Ribeiro, Irineu Jnior, Lucas Sena, Tnia Aguiar, Betnia Brito, Gilvandra, Luciene Alves, Luciene Marcelino, Adriana Augusta, Magno Guedes, Selma, Lucineide Xavier, Antnio Joo, Neide, Ivaneide, Siara e Cristina, que sempre confiaram no meu potencial e profissionalismo. Aos amigos e colegas de Faculdade, Jamilli Nery, Daiane Dria, Tercia Souza, Amrico Rabelo, Daise Sales, Selma Silva e Uilien Oliveira, que estiveram sempre juntos nessa caminhada difcil. Aos Mestres, aqui representados por Professor Dr. Maurcio Maltez e Professora Gleide. A todos vocs obrigado pelo conhecimento, confiana e dedicao.

4

ResumoA conscincia da prtica e manuteno de um programa de exerccios fsicos em conjunto com uma alimentao equilibrada essencial em todas as etapas de nossas vidas. imprescindvel esclarecer e conscientizar o quanto antes as pessoas, para que possam usufruir dos benefcios suas vidas como a melhora da aptido fsica e da sade por exemplo. Este estudo tem por objetivo verificar os fatores de adeso s prticas de hidroginstica em mulheres de 30 a 40 anos em uma academia no municpio de Esplanada na Bahia. A amostra foi composta por 10 indivduos do sexo feminino, com mdia de idade igual a 33,1 anos ( 2,9). Foram consideradas participantes da pesquisa, as mulheres matriculadas no perodo do dia 1 de maio de 2010 1 de maio de 2011. Foi entregue um questionrio de perguntas para cada uma dessas mulheres, para que fosse preenchido no prprio local da hidroginstica, numa sala onde so realizadas as avaliaes fsicas ao lado da piscina. As informaes coletadas foram avaliadas atravs de estatstica descritiva (mdia, desvio padro e percentual) empregando o software Windows Excel 2007. Nos questionrios foram considerados como critrio de avaliao para os resultados, os termos: importante, pouco importante e no importante. Os resultados indicaram que as maiores ocorrncias do termo importante associadas adeso das mulheres s prticas de hidroginstica no espao fsico estudado foram: melhorar e manter a sade, motivao do professor, melhorar a qualidade de vida, por ser um exerccio na gua e recomendao mdica. As respostas em que o termo pouco importante foi respondido como maioria associadas adeso das mulheres s prticas de hidroginstica no espao fsico foram: melhorar a esttica, aumentar o crculo social e lazer. importante que os resultados desse estudo sejam considerados como mais uma opo de fonte de pesquisa. Que quando somadas e comparadas a outras fontes, sirvam para a conscientizao da manuteno de pessoas em programas de exerccios fsicos em academias de hidroginstica ou em outros locais de prticas esportivas.

Palavras chave: Hidroginstica. Adeso. Mulheres

5

AbstractThe awareness of the practice and maintaining an exercise program in conjunction with a balanced diet is essential in all stages of our lives. It is essential to clarify and educate the sooner the people, so they can enjoy the benefits of improving their lives as physical fitness and health for example. This study aims to factors determine adherence to the practices of 30 women in gymnastics to 40 years in a gym on the Esplanade in the city of Bahia. The sample comprised 10 females, mean age equals 33.1 years ( 2.9). We considered participants in the study, women enrolled in the period of 1st of May 2010 to May 1, 2011. Was given a questionnaire of questions for each of these women to was filled on the spot of gymnastics, in a room where they are physical assessments carried out by the pool. The information collected were evaluated using descriptive statistics (mean, standard deviation and percentage) using the Windows Excel 2007 software. In the questionnaires were considered as a criterion for evaluating the results, the following terms: "Important", "unimportant" and "not important". The results indicated the largest occurrences of the word "important" associated with adherence of women to practice gymnastics in physical space were studied: improve and maintain health, motivation of teachers, improve the quality of life, being an exercise in the water and medical advice. The responses the term "minor" was answered as most associated with adherence of women to practice gymnastics in physical space were: improving aesthetic, social circle and increase the pleasure. It is important that the results these studies are considered as another option to research source. That when added together and compared to other sources, serve to raise awareness of maintaining people in physical exercise programs in gyms gymnastics or other sports sites.

Keywords: Gymnastics. Adhesion. Women.

6

LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Tabela 2. Tabela 3.

Valores referentes idade. Valores referentes ao IMC. Valores referentes aos fatores que motivam a adeso prtica da hidroginstica entre mulheres de 30 a 40 anos.

21 23 31

7

LISTA DE ILUSTRAES

Grfico 1. Grfico 2. Grfico 3. Grfico 4 Grfico 5

Valores referentes ao estado civil. Valores referentes ao grau de instruo. Valores referentes ocupao profissional. Valores referentes renda familiar. Valores referentes ao perodo em que pratica hidroginstica.

24 25 27 28 30

8

SUMRIO

1 INTRODUO ............................................................................................... 2 OBJETIVOS................................................................................................ 1.1 Objetivo Geral............................................................................... 2.2 Objetivos especficos.....................................................................3 REFERENCIAL TERICO ..................................................................................

8 11 11 11 12 12 14 16 20 20 21 21 22 22 23 36 38 43 44

3.1 O exerccio fsico e a sade .......................................................... 3.2 A hidroginstica ............................................................................. 3.3 A adeso ....................................................................................... 4 METODOLOGIA ............................................................................................ 4.1 Modelo do estudo ........................................................................... 4.2 Descrio e caracterizao da amostra ......................................... 4.3 Instrumentos ................................................................................... 4.4 Levantamento de dados ................................................................. 4.5 Anlise dos dados 5 RESULTADOS E DISCUSSO ..................................................................... 6 CONSIDERAOES FINAIS ........................................................................... REFERENCIAS ................................................................................................. ANEXOS ........................................................................................................... ANEXO A- EXEMPLO DE ANAMNESE ...........................................................

ANEXO B- TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO ........... 47 ANEXO C- QUESTIONRIO ............................................................................ 48

8

1 INTRODUO

A cada dia, o mundo lida por vrias e rpidas transformaes econmicas e sociais. Atualmente o estilo de vida da maioria das pessoas est provocando entre elas preocupaes com a sade e qualidade de vida. O sedentarismo, o estresse, a m alimentao, a insnia, as doenas metablicas decorrentes da obesidade, entre outros males, so conseqncias desse modo de viver evidenciando uma busca por uma qualidade de vida melhor. O acesso a informaes divulgadas nos diversos meios de comunicao facilita os esclarecimentos para a populao, no que diz respeito aos benefcios sade quando exerccios fsicos so praticados de maneira continuada. Muitos so os estudos que comprovam a eficcia desses benefcios: a melhora da aptido fsica, que o mesmo que desempenhar as atividades do dia a dia de maneira independente, melhoria na capacidade do consumo de oxignio, reduo da presso arterial e da frequncia cardaca em repouso, maior resistncia fadiga, diminuio da gordura corporal e entre outros. Em geral, os benefcios so psicolgicos, sociais, fisiolgicos, alm da diminuio dos riscos de desenvolvimento de doenas crnicas. (MATSUDO e MATSUDO, 1992; KATCH e KATCH; McARDLE, 2008). Entre outros benefcios, Shephard (1991) diz q a idade biolgica capaz de ser diminuda de 10 a 12 anos em uma pessoa ativa fisicamente em comparao a uma pessoa sedentria. Porm mesmo com toda informao e esclarecimentos sobre a importncia da prtica de exerccios fsicos, grande o nmero de praticantes que no se mantm ativo por longos perodos de treinamento. As pessoas desistem em poucos meses sem usufruir dos benefcios que lhe proporcionado. Deste modo, imprescindvel a aplicao de atrativos de professores e empresrios da rea fitness com o intuito de aumentar a adeso dos indivduos quando prtica de exerccios fsicos em seus espaos ou academias.

9

O termo adeso neste trabalho possui o mesmo significado que o termo aderncia utilizado por Saba (2001) o qual afirma que a aderncia, pode ser entendida como pice de uma evoluo constante, rumo a prtica do exerccio fsico. A adeso a um exerccio fsico envolve vrias questes que vo de fsicas a emocionais. Nmeros sobre desistncia afirmam que, a desistncia varia de 9% a 87% entre sujeitos que ingressam para um programa de condicionamento fsico. Sendo ento grande a desistncia nos trs primeiros meses (ACSM, 2003). Os exerccios fsicos praticados na gua como a hidroginstica tm crescido rapidamente em popularidade. Alm dos idosos e gestantes, atletas, jovens e entusiastas desse esporte procura os benefcios e as vantagens de se praticar um exerccio no meio aqutico. Esta pesquisa trar como pblico alvo mulheres que esto dentro da faixa etria de 30 a 40 anos. As mulheres dentro dessa classificao so maioria na academia de hidroginstica pesquisada, sendo este o motivo da situao- problema escolhido para a realizao desta pesquisa. O espao da prtica de hidroginstica utilizado para esta pesquisa foi selecionado por se tratar do nico local que oferece o esporte no municpio de Esplanada na Bahia, visto que o pesquisador o professor desta academia. Considerando o que foi ressaltado anteriormente, e entendendo que cada vez mais indivduos vm seguindo um estilo de vida saudvel, buscando diversos locais para a prtica de exerccios fsicos, formulou-se o problema desse estudo: Quais os fatores de adeso que levam mulheres de 30 a 40 anos a praticarem hidroginstica em uma academia no municpio de Esplanada na Bahia?

As abordagens metodolgicas caracterizam-se como Mtodo de Campo Quali- quantitativo e o Estudo de Caso, por serem considerados mtodos de pesquisa social que utiliza tcnicas estatsticas e implica na construo de averiguao atravs de questionrios, onde o universo da pesquisa ser composto por uma amostra de mulheres matriculadas no perodo do dia 1 de maio de 2010 a

10

1 de maio de 2011 na faixa etria dos 30 a 40 anos que praticam a hidroginstica na referida academia. A pretenso deste trabalho contribuir para com a sociedade acadmica, profissionais da rea e a quem mais possa interessar sobre a adeso a exerccios fsicos.

11

2 OBJETIVOS

2.1 Objetivo geral

O presente estudo teve como objetivo identificar os fatores de adeso as prticas de hidroginstica em mulheres de 30 a 40 anos em uma academia do municpio de Esplanada na Bahia.

2.2. Objetivos especficos

Analisar e descrever o perfil scio-demogrfico de indivduos que praticam hidroginstica em uma academia no municpio de Esplanada na Bahia.

Analisar e descrever os possveis fatores que contribuem para a adeso prtica de hidroginstica de indivduos que freqentam uma academia no municpio de Esplanada na Bahia.

12

3. REFERENCIAL TERICO

O referencial terico apresentado em trs captulos. O primeiro captulo descreve aspectos sobre o exerccio fsico e a sade, seus benefcios e os danos decorrentes do sedentarismo. O segundo captulo est relacionado com a hidroginstica, sua histria, vantagens e benefcios. O terceiro captulo que, define o termo adeso e os possveis motivos de adeso aos exerccios fsicos

3.1 O exerccio Fsico e a sade.

O estilo de vida atual com as facilidades e conforto que a rotina diria de oferece, sugere uma vida sedentria e prejudicial sade. O transporte, a mecanizao, refeies rpidas, servios oferecidos com entrega a domiclio, entre outros, leva o indivduo a ter uma inatividade crnica inclusive no seu tempo livre, onde o prprio lazer sedentrio. Guedes e Guedes (1995) alegam que o avano da tecnologia colaborou de significativamente para elevar o padro de vida do homem moderno, no entanto ao mesmo tempo vem causando uma srie de riscos para sua sade. Bouchard e Shepard (1993) descrevem em seus estudos que, a hereditariedade, o estilo de vida e as caractersticas pessoais do indivduo, interferem no nvel de atividade fsica e tambm no estado de sade do indivduo. A prtica de atividades fsicas e de exerccios fsicos est atualmente sendo cada vez mais procurada em decorrncia da colaborao para a manuteno e promoo da sade e bem estar em geral. Guedes & Guedes (1995) asseguram que no basta no estar doente para possuir sade, necessrio apresentar evidncias ou atitudes que evitem ao mximo os fatores de risco que possam gerar doenas. Porm, apesar do reconhecimento da importncia de se praticar um exerccio fsico, na mesma proporo avana o nmero de desistncias a esta prtica. Pitanga (2004), em seu estudo diz que essa prtica est inserida no conjunto de aspectos comportamentais que juntamente com os aspectos ambientais

13

(moradia, transporte, lazer, educao, entre outros) so determinantes para o bemestar, refletindo na qualidade de vida. Caspersen et al. (1985), define Atividade Fsica como qualquer movimento corporal produzido pela musculatura esqueltica, sendo voluntrio, que resulte em gastos energticos acima dos nveis de repouso. Inclui atividades ocupacionais do cotidiano, deslocamento, atividade de lazer, e etc. O mesmo autor define exerccio fsico como toda atividade fsica planejada, estruturada e repetitiva que tem como finalidade a melhora e a manuteno de um ou mais componentes da aptido fsica. Guiselini(1997)Define a aptido fsica como sendo um conjunto de atributos que uma pessoa tem ou alcana relacionado habilidade de desempenhar a atividade fsica.

Estudos comprovam que optar por um modo de vida mais saudvel, a partir da prtica de exerccios fsicos continuados associados a uma alimentao inteligente, auxilia na manuteno da sade, na preveno de doenas crnicodegenerativas e obesidade que assolam a populao mundial. Pitanga (1998) diz que, os nveis de atividade fsica, aptido fsica e outras caractersticas alterveis no estilo de vida podem influenciar no risco de doenas crnicas e morte prematura. Modificaes no estilo de vida poderiam, deste modo, gerar melhor sade e longevidade. As doenas crnico-degenerativas so doenas progressivas que interferem na qualidade de vida de seus portadores. Martins, Frana e Kimura (1996) afirmam que as enfermidades crnico-degenerativas relacionam-se, deste modo, ao estilo de vida, trabalho e consumo da populao, ocasionando atenes psicossociais e, logo, o desgaste e a degradao orgnico-funcional, sobrecarregando os sistemas nervoso, endcrino e cardiovascular. Cada vez mais indivduos com este exemplo de afeces compem a clientela dos servios de sade. A maioria das doenas crnico-degenerativas no apresenta cura, mas podem ser prevenidas ou controladas quando o seu diagnstico for precoce. De acordo com a Orgnizao Mundial de Sade (OMS), as doenas crnicas so a principal causa de morte e incapacidade no mundo. O Ministrio da Sade do Brasil (1999), afirma que 38% das mortes de indivduos com idade acima dos 65 anos so de doenas do aparelho circulatrio. As doenas cerebrovasculares (32%), doenas

14

coronarianas (29%) e infarto agudo do miocrdio (21%). As doenas mencionadas tm relao com os elevados ndices de colesterol na corrente sangunea. As doenas hipertensivas, com relao ao colesterol e a elevada ingesto de sal, so 3%. J o Diabetes mellitus conta com 4% das causas de mortalidade. A obesidade um problema que possui como caracterstica o excesso de acmulo de gordura nos tecidos. um distrbio de natureza esttica e psicolgica, de grave risco para a sade, e quando no solucionado, prejudica o corao, as artrias (especialmente as coronrias), o fgado, as articulaes, o sistema endcrino. A obesidade foi definida a partir do ndice de massa corporal (IMC) so considerados obesos indivduos possuem IMC igual ou superior a 30 kg/m2 de acordo com a Organizao Mundial de Sade. A Organizao Mundial da Sade (OMS) prev para o ano de 2015, que 2,3 bilhes de indivduos estaro com excesso de peso e haver 700 milhes de pessoas obesas. Indicando um acrscimo de 75% nos casos de obesidade em 10 anos. O Brasil ocupa no ranking da OMS a 77 posio. Em 2010 o Ministrio da Sade e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE), divulgaram dois grandes levantamentos dos nmeros do excesso de peso e obesidade no Brasil: o VIGITEL Brasil 2009: Vigilncia de Fatores de Risco e Proteo para Doenas Crnicas por Inqurito Telefnico 3 e a Pesquisa de Oramentos Familiares 20082009 (POF).

3.2 A Hidroginstica. H muito tempo o homem empregava os benefcios da gua para o lazer, relaxamento e cura. Achados arqueolgicos comprovam que desde a pr histria o homem usava o meio aqutico para conseguir a sua subsistncia, higiene e lazer. H 5 mil anos na ndia e no sculo I no Imprio Romano j haviam piscinas trmicas. Gonalves (1996) diz que, Hipcrates, no ano de 305 a.C., j utilizava a gua no tratamento de doenas. A hidroginstica surgiu na Alemanha na dcada de 60, para atender um grupo de pessoas com idade avanada, que necessitava praticar exerccios fsicos de

15

maneira segura, sem provocar riscos ou leses em ligamentos ou articulaes, proporcionando-lhes bem estar fsico e mental. (Bonachela, 1994). A hidroginstica uma modalidade de exerccio fsico que, por meio de suas caractersticas e benefcios no meio aqutico, melhora os aspectos psquicos, sociais e fisiolgicos dos seus praticantes. um programa de exerccio fsico praticado na gua, que inclui exerccios de reforo muscular localizado, alongamentos e do tipo aerbios. A sua prtica da hidroginstica considerada democrtica, porque pode ser praticada por vrios tipos de pessoas, independente de sexo, idade, pessoas em fase de reabilitao, as que esto acima ou abaixo do peso, portadoras de alguma necessidade especial, experiente ou no em exerccios no meio aquoso, gestantes, de diferentes nveis de condicionamento fsico, obesos, etc. Sharkey (1998) afirma que exerccios feitos na gua facilitam o movimento, o condicionamento fsico e o treinamento de fora sem tanto impacto articular. Porm preciso cuidados, importante o conhecimento dos indivduos em que se ir desenvolver o trabalho, onde podero ser prescritos os exerccios adequados resolvendo as necessidades orgnicas, morfolgicas e emocionais do grupo, obtendo os objetivos esperados, tornando a atividade mais bem-sucedida e lcida. Bonachela (1994) adverte que ao se planejar um programa de hidroginstica, indispensvel que o professor desenvolva um trabalho seguro, eficaz e divertido para os seus alunos. Rocha (2001) tambm defende que o conhecimento da combinao sobre o deslocamento do corpo de um ponto para o outro e das propriedades fsicas da gua, auxiliam o professor a quantificar e medir o esforo, ajustando os movimentos da gua. No Brasil, a hidroginstica teve incio na dcada de 70, expandindo-se na dcada de 90, e hoje possui um nmero considervel de praticantes. praticada em clubes, spas, academia, etc. Apresentando-se sobre vrios programas denominados como hidropilates, hidromix, hidropower, hidrodance, hidrofitness, hidroesporte, hidrogap, entre outros. As principais vantagens da hidroginstica segundo Mcardle (2003) so: aquecimento de diferentes articulaes e msculos no momento da execuo dos exerccios, auxiliando no tratamento de doenas articulares; Evoluo do

16

desempenho de exerccios no sobrecarregando as articulaes e ligamentos, visto que o corpo possui menor densidade do que a gua, o corpo recebe estabilidade e equilbrio devido fora de flutuao; Facilidade em aumentar gradualmente a amplitude das articulaes; Fortalecimento dos msculos articulares;

Massageamento dos msculos devido sinuosidade da gua contra o tecido muscular provocando uma massagem recuperativa. A hidroginstica oferece ao indivduo (quando bem orientado) segurana, porque no ambiente aqutico, os movimentos tornam-se mais seguros e torna o corpo menos vulnervel a leses. Essa segurana permite ao praticante que supere seus limites naturais sem correr riscos. Os principais benefcios dos programas de hidroginstica segundo Bonachela (2001) so: Gerar a sociabilidade, alvio de dores musculares e articulares. A Melhora da ansiedade, depresso e estresse. Melhoria da coordenao motora, flexibilidade e equilbrio, enriquecimento da condio cardiovascular e da resistncia geral, aumento da fora e da resistncia muscular, aumento da capacidade de autosuficincia e bem-estar geral.

Deste modo, a hidroginstica muito procurada e indicada no apenas por indivduos saudveis, como tambm, por indivduos portadores de necessidades especiais para atividades de reabilitao fsica em geral.

3.3 Adeso.

Os veculos de comunicao desenvolvem um papel importante para o esclarecimento da importncia da prtica de exerccios fsicos para a sade da populao. Algumas pesquisas apontam que a mdia pode ser considerada uma importante ferramenta de divulgao para a adeso prtica de exerccios fsicos. Segundo Figueira Junior (2000), a parceria com os meios de comunicao social importante para a diminuio do sedentarismo, porque um elemento formador de opinies. Saba (2001) concorda afirmando que a mdia um item de influncia no

17

aspecto psicolgico dos sujeitos, colocando o corpo belo e sadio como objeto de desejo, sendo assim considerado um estilo de vida mais saudvel. Mesmo com inmeras fontes de propaganda, nota-se que ainda assim grande o nmero de indivduos que abandonam a prtica de exerccios fsicos sem sequer usufruir dos verdadeiros benefcios que os mesmos oferecem. Malavasi e Both (2005) citam em seus estudos que, ao dar incio a um programa de exerccios fsicos, um grande problema encontrado a essa atividade a aderncia. Para o adulto aderir prtica de exerccios fsicos mais difcil, so muitas as barreiras que o impedem devido s obrigaes dirias com a famlia e o trabalho. Encontrar horrios disponveis no seu dia a dia afim de que possa pratic-la, alm de procurar um espao que oferea o servio, uma academia, um parque, clube e etc., com uma infra-estrutura apropriada, so empecilhos para se mantenham ativos fisicamente. O American College of Sports Medicine (2000), afirma que somente 5% dos adultos sedentrios que iniciam um programa planejado de exerccios fsicos em academias de ginstica aderem prtica. No Brasil, Albuquerque e Alves (2007) realizaram um estudo sobre aderncia e apuraram um indicador de desistncia de aproximadamente 70% entre os praticantes de exerccios fsicos em academias. As palavras mais utilizadas em estudos so aderncia e adeso. (PIERIN & MION JR., 2004), avaliam estas expresses como sinnimas. Considera-se como adeso o pensamento, o sentimento e a vontade ligados a quem adere. A nomenclatura utilizada neste estudo para analisar a manuteno, ou prtica regular de exerccio fsico ser adeso, ou seja, o comprometimento do praticante de um programa de exerccios fsicos com a sua rotina treinamento. A aderncia definida por Saba (2001), como um conjunto de determinantes pessoais, ambientais e caractersticos do exerccio que propicia a manuteno da prtica fsica por longos perodos de tempo, podendo ser entendida como o pice de uma evoluo constante, rumo prtica do exerccio fsico. A motivao para a adeso a um programa de exerccios fsicos provm de um estmulo, que podendo ser extrnseco, intrnseco, ou indireto. Saba (2001) assinala como determinantes da aderncia os fatores pessoais, fatores ambientais e caractersticas do exerccio. Andreotti e Okuma (2003) asseguram que os fatores

18

pessoais (gnero, idade, grau de instruo, renda) exercem grandes influncias em termos de adeso aos exerccios fsicos.

Fatores do ambiente social e fsico representam o apoio procedente da famlia, dos amigos e dos professores em programas supervisionados, alm da presena de instalaes adequadas e a viabilidade de acesso, etc. (ROJAS 2003).

Compreender a motivao que faz com que as pessoas realizem exerccios fsicos essencial para que permaneam na atividade por um perodo longo. Determinados fatores so determinantes podendo ser facilitadores ou barreiras. (ACMS, 2006).

Estudos afirmam que o passado do indivduo no contexto da prtica de exerccios fsicos, um dos principais fatores de adeso na vida adulta. Dishman (1994) alega que o histrico pessoal do indivduo relacionado com a prtica de exerccios fsicos tem grande influncia e importncia no prognstico de atividades futuras. Indivduos uma vez ativos fisicamente no passado tm uma maior probabilidade de aderir com mais facilidade prtica de exerccios fsicos. Andreotti e Okuma (2003) ressaltam que exerccios praticados no passado com influncia negativa tendem a causar sentimentos de incompetncia em relao prtica atual. Concluindo, Saba (2001) diz que os fatores psicolgicos de carter positivos so as principais influncias na aderncia ao exerccio fsico, somando assim as possibilidades para a aderncia ao exerccio fsico. Deste modo, os profissionais envolvidos nessa rea de atuao devem ter cautela tanto no incentivo a entrada, quanto na adeso de indivduos em programas de exerccios fsicos. Desde o seu surgimento, as academias tm absorvido uma quantidade cada vez maior de praticantes, com faixas etrias e objetivos de procura diferentes (MARCELLINO, 2003), exigindo dos profissionais de Educao Fsica

conhecimentos que vo muito alm dos aspectos fsicos e biolgicos do movimento humano.

19

Marcellino (2003) afirma que o aumento do nmero de academias de ginstica para a prtica de exerccios fsicos, um fato que est ocorrendo em todo o mundo, e a rotatividade de alunos um acontecimento que instiga pesquisadores e profissionais da rea a averiguar os reais motivos de adeso de indivduos aos programas disponibilizados nestes estabelecimentos. Partindo dessa alegao, o objetivo deste estudo investigar fatores de adeso as prticas de hidroginstica entre mulheres de 30 a 40 anos em uma academia do municpio de Esplanada na Bahia.

20

4 METODOLOGIA4.1 Modelo do Estudo O mtodo de campo Quali-quantitativo.

A investigao quantitativa atua em nveis de realidade e tem como alvo o esclarecimento de indicadores e tendncias analisveis. A investigao qualitativa o oposto, porque trabalha com valores, crenas, representaes, hbitos, atitudes e opinies (Minayo & Sanches, 1993). De fato, os mtodos quantitativos so precrios em termos de validade interna (pois nem sempre sabemos se avaliam o que anseiam avaliar), contudo so fortes em termos de validade externa: os resultados adquiridos so generalizveis para o conjunto da comunidade. Ao contrrio, os mtodos qualitativos tm muita legitimidade interna (focalizam as particularidades e as especificidades dos grupos sociais estudados), mas so precrios em se tratando de sua possibilidade de generalizar os resultados para toda a comunidade (Perrone, 1977; Castro & Bronfman, 1997). Ficando claro que um mtodo complementa o outro nesse estudo. O mtodo do Estudo de Caso. Vogt (1993) diz que o estudo de caso, baseado na anlise de informaes sobre uma amostra individual para denir um fenmeno mais amplo, podem-se coletar e analisar tanto dados quantitativos quanto qualitativos. Alm disto, concebvel observar comportamento no seu contexto natural, designar experimentos que empreguem o indivduo como seu prprio controle (Campbell & Stanley, 1963; Ibrahim, 1979), bem como realizar entrevistas, aplicar questionrios ou conduzir testes. Utilizando-se dos conhecimentos dos dois mtodos acima citados, pode-se considerar como componentes da metodologia desta pesquisa o Quali-quantitativo e Estudo de caso.

21

4.2 Descrio e caracterizao da amostra.

A tabela abaixo representa a populao alvo deste estudo que constituda por 10 mulheres de 30 a 40 anos (33,1 2,9) matriculadas em uma academia de Hidroginstica localizada no municpio de Esplanada do estado da Bahia.

Tabela 1: Valores referentes idade.

Mulheres Idade (anos)

Mnimo 30

Mximo 40

Mdia 33,1 2,9

Considerou-se

pertencentes

pesquisa

apenas

mulheres

que

se

encontravam matriculadas em um perodo mnimo de 3 meses na academia pesquisada no perodo do dia 1 de maio de 2010 1 de maio de 2011. O tempo mdio de prtica do programa de hidroginstica de 6,7 3,8 meses e a assiduidade semanal mdia de 3 2.3 vezes com uma durao mdia de 60 minutos por sesso. Este estudo leva em considerao 3 perodos de adeso: de 0 a 6 meses , de 6 a 12 meses e maior do que 12 meses.

4.3. Instrumentos.

Os instrumentos utilizados para caracterizar a amostra foram questionrios (Anexo B) que continham perguntas relacionadas caracterizao dos participantes com informaes referentes a gnero, idade, nvel de escolaridade, renda familiar e ocupao profissional. Alm de questes para avaliar os fatores que influenciam na adeso de indivduos a prtica de hidroginstica em uma academia no municpio de Esplanada na Bahia.

22

4.4 Levantamento de dados.

A seleo da amostra foi feita atravs da coleta de informaes das anamneses arquivadas com informaes pessoais pertencentes s clientes matriculadas na academia. Feito a seleo da amostra, foi realizado um convite a cada um dos indivduos escolhidos para a sua participao voluntria. Foi lido e explicado o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (anexo A) aos indivduos. As mulheres que concordaram em participar da pesquisa assinaram em duas vias de mesmo contedo, sendo que uma foi entregue participante e a outra continuou com o pesquisador responsvel. Os questionrios foram respondidos na prpria academia.

Foram considerados como critrio de avaliao para os resultados, os termos importante, pouco importante e no importante.

4.3 Anlise dos dados

As informaes coletadas foram avaliadas atravs de estatstica descritiva (mdia, desvio padro e percentual) empregando o software Windows Excel 2007.

23

RESULTADOS E DISCUSSONeste captulo, sero analisadas e discutidas as informaes obtidas por meio das respostas dadas no questionrio pelos indivduos pesquisados. Tabela 2: Valores referentes ao IMC:

Fator IMC

Mnimo 20,2

Mximo 36,5

Mdia 27,15,2

Resultados do estudo mostraram que a amostra foi definida por um grupo composto somente por mulheres com idade mdia de 33,1 2,9 anos praticantes de hidroginstica em uma academia no municpio de Esplanada na Bahia. Andreotti e Okuma (2003) acrescentam que o grupo social possui tanta influncia quanto natureza do exerccio fsico. Shepard (1991) citado por Saba (2001) verificou que programas em grupo apresentam maior aderncia que os individuais. Tambm relatou que pessoas extrovertidas tendem prtica em grupo, enquanto as introvertidas individual. Sobre o gnero, estudos indicam a predominncia de mulheres nas prticas de exerccios fsicos, como explica Santos e Knijnik (2005). As mulheres parecem ser mais preocupadas com a prtica de exerccios fsicos regulares ou ainda possui mais tempo livre para tal finalidade. Nesta pesquisa foi escolhido o gnero feminino, por ser o nico presente no local do estudo. Algumas pesquisas (ANDREOTTI & OKUMA, 2003; NONOMURA ET al, 2004; RAMOS, 2000) defendem que o nvel da prtica de exerccios fsicos diminui conforme aumenta a idade do indivduo, discordando com os resultados desta pesquisa provavelmente devido ao nmero de indivduos da amostra ser considerado menor (10 indivduos) do que os estudos mencionados. A obesidade foi determinada a partir do ndice de massa corporal (IMC) resultado alcanado pela diviso da massa corporal (em quilogramas) pela estatura (em metros ao quadrado). Foram consideradas obesas as mulheres que apresentaram IMC igual ou superior a 30 kg/m 2 e com sobrepeso aquelas com IMC

24

entre 25 e 30 kg/m2, de acordo com a Organizao Mundial de Sade. Godoy et al, (2004), diz em seu estudo que IMC um bom identificador de pessoas com predisposio a obesidade. Atravs dos valores antropomtricos encontrados baseados no ndice de Massa Corporal (IMC), foram encontrados os seguintes valores: o IMC mnimo foi de 20,2 kg/m, o mximo foi de 36,5 kg/m e o mdio das participantes da pesquisa foi de 27,15,2 kg/m. Levando em considerao o IMC mdio (27,15,2 kg/m) das mulheres pesquisadas, elas classificam-se com sobrepeso. (SABA, 2001). A obesidade apresenta dados mais precisos. Diversos estudos demonstram a relao negativa entre a obesidade e a prtica de exerccios fsicos. As pessoas obesas tendem a aderir menos os programas fsicos. O excesso de peso encarado muitas vezes como barreira para iniciar a prtica de exerccios. Como a maioria das pesquisadas esto com excesso de peso, sendo classificadas com sobrepeso, neste caso, no foi considerado um fator desmotivador para a prtica da hidroginstica. Dishman (1994) afirma que pessoas acima do peso, aderem mais a programas no supervisionados, adotando, por exemplo, dietas alternativas entre outros.

Grfico 1: Valores referentes ao estado civil.

25

Em relao ao estado civil da amostra, pode-se observar na Tabela 1.0, que a maioria das mulheres estudadas casada, a outra minoria composta por mulheres solteiras, no existem divorciadas ou vivas na pesquisa porque no foram encontradas respostas nos questionrios assinalados com essa afirmao.

Um fator importante, que diz sobre a aderncia da prtica de exerccios fsicos, o apoio da famlia. Igualmente aos achados desta pesquisa, em que indivduos casados so maioria, Andreotti e Okuma (2003) em seus estudos, afirmam que pessoas casadas, parecem ter um incentivo, que o solteiro no tem, por parte da famlia, para que tenham uma adeso maior na prtica de exerccios fsicos. Portanto no percebendo dificuldades nos exerccios fsicos reduzindo o nmero de desistncias a essa prtica. Dishman (1994) verificou que esse fator mais decisivo para atividades supervisionadas do que para as espontneas. O reforo social relaciona-se positivamente prtica de exerccios fsicos, sendo mais forte para as prticas espontneas.

Grfico 2: Valores referentes ao grau de instruo.

26

O grfico 2 referente ao grau de instruo dos indivduos pesquisados, e ele aponta que metade das mulheres praticantes de hidroginstica possuem o Ensino Superior, 40% o Ensino Mdio e 10% no respondeu esta pergunta do questionrio. Este resultado mostra que possivelmente, quanto mais elevado o grau de instruo, maiores so os esclarecimentos e conscincia da importncia de se praticar um exerccio fsico. Alguns estudos seguintes concordam com esse resultado. Saba (2001) tambm defendeu em seu estudo que o elevado grau de instruo da amostra pesquisada est relacionado com o conhecimento dos benefcios do exerccio fsico. Andreotti e Okuma (2003) divulgaram dados de pases como Canad, Austrlia e Estados Unidos onde grupos com maior grau de instruo so de 1,5 a 3,1 vezes mais ativas do que aqueles com nvel de instruo menor. No entanto, Santos e Knijnik (2005) mostram, como resultado de seus estudos, que a prtica de exerccios fsicos parece no estar vinculada ao grau de instruo. O nvel de escolaridade ou grau de instruo, tambm apresenta resultados controversos. Franklin (1998) numa citao de Saba (2001) defende que os praticantes devem ser educados quanto ao exerccio fsico para que advenha a aderncia, independente do nvel de educao formal. Dishman (1994) sugere ligao positiva entre o nvel de instruo e a adeso ao exerccio fsico. Apenas Bennet (1995 apud PALMA, 2000) se contradiz ao que foi encontrado nesta pesquisa, em seu achado, ele afirma que o elevado grau de instruo do indivduo est associado s maiores taxas de sedentarismo.

27

Grfico 3: Valores referentes ocupao profissional.

O grfico 3 mostra o resultado da ocupao profissional de cada indivduo pesquisado. As respostas dos questionrios preenchidos sugerem que a amostra composta por professoras, comerciantes, Telefonista, Agente de sade e administradora. A faixa etria das mulheres pesquisadas foi de 30 a 40 anos, com idade mdia de 33,1 2,9 anos como antes comentado, Nonomura (NONOMURA et al, 2004) afirma que por volta dessa idade (20 a 40 anos) que as pessoas geralmente esto colocando como prioridade em suas vidas a atividade profissional. Alguns estudos dizem que a ocupao profissional tambm um fator que determina a adeso. Pierin e Mion Jr. (2004) e Okuma (1994) concordam que a ocupao profissional talvez tenha relao com a adeso prtica de exerccios fsicos. Dishman (1994) diz de que a estrutura ou organizao do emprego

influencia o tempo livre para a prtica de exerccios. Os resultados desta pesquisa comprovam que todos os indivduos pesquisados tm uma ocupao profissional, sugerindo que os mesmos sabem

28

administrar o seu tempo, adicionando a prtica do exerccio fsico nos seus horrios livres. Esse comportamento parece demonstrar que o trabalho no um empecilho para que deixem de aderir prtica de exerccio fsico.

Grfico 4: Valores referentes renda familiar.

A faixa salarial como padro desse estudo foi de 1,2 e 3 salrios mnimos e acima de 3 salrios mnimos. Metade das pessoas participantes da pesquisa disseram receber mais do que 3 salrios mnimos.

Possivelmente ter condies financeiras para investir na sade um fator motivador para a adeso prtica de exerccios fsicos.

Estudos que demonstram relaes entre renda familiar e adeso (DISHMAN, 1994) Dishman et al (1994) afirma que o valor elevado das mensalidades um dos obstculos que impedem a adeso prtica de exerccios fsicos, onde grupos de baixa renda tm a inatividade reforada.

29

Caparroz (2007) e Tahara (2003) dizem que a despesa da mensalidade sugere privilgios quanto prtica de exerccios fsicos em academia para pessoas que possuem um maior poder aquisitivo, restringindo ento as pessoas menos favorecidas. Porm, a mensalidade no seja uma barreira para o impedimento da prtica de um exerccio fsico entre essas pessoas, j que possvel prtica de um exerccio em outros lugares sem custo algum. Entretanto sem a orientao de um profissional. Ento o custo de uma mensalidade, prejudicaria o acesso e a adeso a um exerccio fsico em uma academia. Porm para a Deloitte (2008), uma empresa de nvel internacional de consultoria especializada em gesto de riscos empresariais, diz que o nmero de alunos que abandonam as academias devido ao determinante financeiro de apenas 8% (dados de 2005). Tomando por base o perodo de adeso em que as mulheres pesquisadas praticavam a hidroginstica foi encontrado:

30

Grfico 5 : Valores referentes ao perodo em que pratica hidroginstica.

O grfico evidencia segundo a pesquisa, que 60% do total de mulheres pesquisadas pratica hidroginstica em um perodo que varia de 6 (seis) a 12 (doze) meses, e 40% um perodo que varia de 0(zero) a 6 meses de adeso s prticas de hidroginstica. O perodo maior do que 12 meses no foi registrado em nenhuma das respostas dos questionrios. Esta pesquisa leva em considerao 3 perodos de adeso: de 0 a 6 meses , de 6 a 12 meses e maior do que 12 meses. O tempo mdio de prtica da hidroginstica de 6,7 3,8 meses e a assiduidade semanal mdia de 3 2.3 vezes com uma durao mdia de 60 minutos por sesso.

O tempo de prtica dos participantes um fator com poucos estudos. Saba (2001) afirma que com o aumento do tempo de prtica, os benefcios psicolgicos passam a prevalecer sobre os valores estticos, colaborando para uma maior adeso.

31

Tabela 3: Valores referentes aos fatores que motivam a adeso prtica da hidroginstica entre mulheres de 30 a 40 anos.

Fatores que motivam adeso Importante a prtica de hidroginstica Aumentar o crculo social. Melhorar e manter a sade. Recomendao mdica. Melhorar a esttica. Melhorar a qualidade de vida. Lazer. Por ser um exerccio na gua. Motivao do professor. Outros 40 % 100% 70% 60% 80% 0% 70% 100% 0%

Pouco Importante No Importante

0% 0% 30% 40% 20% 20% 30% 0% 0%

60% 0% 0% 0% 0% 80% 0% 0% 0%

Na Tabela de nmero 3, esto apresentados os valores percentuais referentes aos fatores de adeso as prticas de hidroginsticas de mulheres na faixa etria de 30 a 40 anos. possvel averiguar que as maiores freqncias associadas adeso dessas mulheres foram associadas aos motivos:

Melhorar ou manter a sade.

Toscano (2001) diz que componentes da aptido fsica relacionados sade, so aqueles que oferecem alguma proteo ao aparecimento de distrbios orgnicos provocados pelo estilo de vida sedentrio. Nahas (20030 ressalta que a aptido fsica relacionada sade une caractersticas que, em nveis adequados, possibilitam mais energia para o trabalho e lazer, proporcionando paralelamente menor risco de desenvolver doenas ou condies crnico-degenerativas, que so associadas a baixos ndices de atividade fsica habitual.

32

Motivao do professor.

Martins Junior (2000) destaca a importncia sobre a motivao, porque essas informaes possibilitaro elaborar estratgias mais eficazes para manter o aluno fisicamente ativo. Enfatiza-se na maior parte dos estudos que a falta de motivao um motivo de no adeso. funo do profissional de Educao Fsica, por meio de dilogo, orientar seu aluno a uma prtica motivante. preciso que o aluno seja o ncleo da relao indivduo x exerccio fsico, provocando seu sentimento de autonomia e conseqentemente tornando-o mais motivado (DECI e RYAN, 2000). Nesse sentido, os exerccios devem ser instrudos de acordo com as preferncias dos alunos, ao invs de adapt-los a exerccios previamente estabelecidos.

Melhorar a qualidade de vida. No estudo de Cardoso et al. a melhora da qualidade de vida e a orientao mdica esto entre os mais importantes motivos declarados pelos entrevistados, representando cerca de 23,5% das respostas.

Recomendao mdica.

Bonachela (2001), afirma que a hidroginstica vem sendo prescrita por muitos mdicos, para ajudar a combater ou controlar doenas e problemas de sade.

Na maioria das vezes, parece ser preciso aparecer um problema de sade para que o indivduo comece a se cuidar. A partir de um vinculo de necessidade e atravs dos benefcios obtidos pela atividade fsica regular, a prtica torna-se essencial para a vida desta pessoa.

33

Por ser um exerccio na gua.

Paulo, (1994) diz que gua paz, tranqilidade, alegria, prazer, persistncia, fora, energia, "como mgico estar com a gua..." (p. 1)

Santos e Knijnik (2006) asseguram que indivduos que verdadeiramente sentem prazer pelo exerccio conseguem derrotar as dificuldades que encontram para aderirem aos exerccios fsicos. Assim sendo, fazer com que o indivduo sintase bem ao praticar exerccios fsicos deve ser um objetivo dos profissionais abrangidos na orientao de exerccios fsicos. Ento, programas de exerccios fsicos que no atendam as preferncias do aluno, prejudicariam a sua adeso.

E as menores freqncias associadas aos motivos para a adeso entre as pesquisadas foram:

Melhorar a esttica.

Alguns estudos assinalam que a busca por um ideal esttico sobrepe procura pela sade (TAHARA et al., 2003; ARAJO et al., 2007; ZANETTI et al., 2007). Essa tem sido uma realidade comum nas academias de ginstica, onde em muitos casos a aparncia fsica tem se destacado em detrimento da sade, acontecimento este que dificulta uma orientao profissional adequada, pois h desacordo entre o objetivo do professor e do aluno. De acordo com as consideraes de Ryan et al. (1997), a procura pela aparncia idealizada no garante a aderncia de praticantes de exerccios fsicos em academias de ginstica. Ao realizar um estudo, com pessoas de 18 a 30 anos em academias do Rio de Janeiro, Malina e Azevedo (2000) verificaram que a esttica o principal pretexto para iniciar e permanecer no programa de exerccio fsico.

34

Lazer. A maioria dos indivduos do grupo pesquisado parece demonstrar conscincia dos benefcios desta prtica para melhorar ou manter o estado de sade, devido o tempo mdio (de 6,7 3,8 meses) de prtica de hidroginstica do grupo pesquisado, aliado freqncia semanal mdia (de 3 2.3 vezes por semana) demonstrando existir uma regularidade na prtica das atividades.

Aumentar o crculo social: Bonachela (2001), diz que a hidroginstica promove integrao e

sociabilizao entre os seus praticantes. A socializao como um dos principais motivos de aderncia em academias sustenta a afirmativa de que quando as pessoas se identificam com os membros do grupo em que convivem sentem mais prazer e atrao pela atividade proposta (RYAN e DECI, 2000; WANKEL, 1993). Nesse sentido, organizar o ambiente das academias de maneira a favorecer a socializao entre os alunos e destes com o professor deve ser uma preocupao dos administradores desses estabelecimentos. O estudo de Marcellino (2003) confirma essa hiptese, pois identificou que os indivduos que possuam laos de amizade dentro da academia que freqentavam permaneceram nesta por mais tempo. Discordando com o resultado desse estudo.

Cardoso et al. no seu estudo,diz afirma que 30 idosos foram analisados e a principal razo de adeso ao programa de atividade fsica foi o relacionamento. Porm o motivo aumentar o crculo social, no foi avaliado neste estudo como importante para a prtica de hidroginstica entre os indivduos pesquisados, possivelmente por causa da faixa etria das entrevistadas (30 a 40 anos) serem menor. Mostrando talvez que pessoas mais jovens possuem disposio, por tanto maiores condies de ir e vir a outros locais que consideram ambiente de lazer. A falta de esclarecimento quanto definio de lazer tambm pode ser um fator que responde o comportamento dessas mulheres sobre a importncia desse motivo. A recomendao mdica pode influenciar nessa questo, porque algumas das

35

mulheres interpretam ento a sua freqncia hidroginstica como uma obrigao sua sade e no com sendo uma opo de lazer.

36

CONSIDERAES FINAIS

Este estudo teve por objetivo averiguar os fatores de adeso s prticas de hidroginstica entre mulheres de 30 a 40 anos em uma academia localizada no municpio de Esplanada na Bahia.

Deste modo, com base nos dados obtidos nos questionrios, constatamos que os motivos de desistncia e a quantidade de interrupes variam de acordo com os sujeitos, as prioridades colocadas por estes, a organizao do tempo disponvel, o local, a situao scio-econmica, o esclarecimento sobre a importncia da prtica de exerccios fsicos regulares e etc.

A importncia da sntese destes conhecimentos de fundamental importncia, ao passo que identificando os principais motivos de adeso (melhorar ou manter a sade, a motivao do professor, melhoria da condio fsica, melhorar a qualidade de vida, por recomendao mdica e por ser um exerccio na gua) poder colaborar na prtica dos profissionais atuantes nesta rea.

A motivao do professor parece representar um fator imprescindvel para a adeso as prticas de hidroginstica segundo os indivduos pesquisados. Cabe aos professores de Educao Fsica estimular e/ou incentivar a prtica de exerccios fsicos, e para tal imprescindvel conhecer intimamente os alunos, o que deve ser uma primazia em sua atuao. de suma importncia tambm do professor, conscientizao da seriedade em desenvolver estudos que possibilitem o aumento de opes de atividades em sua rea de atuao, na busca do atendimento dos anseios e necessidades da populao. Educar desde a infncia, reeducar o indivduo adulto conscientizando-o sobre a importncia de se praticar um exerccio fsico de maneira continuada para que possa enfim usufruir de seus reais benefcios. Verificando o resultado das respostas dos questionrios, foi observado que a esttica no foi considerado pelos indivduos como importante, apesar de a amostra das mulheres pesquisadas serem mulheres jovens e possurem uma mdia

37

de peso corporal dentro da classificao de sobrepeso segundo os padres do ndice de Massa Corporal.

recomendvel que novos estudos sejam realizados para que possa contribuir para uma melhor compreenso sobre a adeso hidroginstica, permitindo o aprendizado e a construo de opinies crticas.

38

REFERNCIAS

ACMS. Recursos do ACMS para o Personal Trainer. Traduzido por Giuseppe Taranto Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006.

ALBUQUERQUE, C. L. F. A.; ALVES, R. S. A evaso dos alunos das academias: Um estudo de caso no centro integrado de esttica e atividade fsica CIEAF, na cidade de Caic RN. Dominium Revista Cientfica da Faculdade de Natal, Natal, v. 1, p. 1-33, jan./abr. 2007. ISSN 1678-7889.

ANDREOTTI, M.C.; OKUMA, S.S. Perfil scio-demogrfico e de adeso inicial de idosos ingressantes em um programa de Educao Fsica. Revista Paulista de Educao Fsica, So Paulo, v. 17, n. 2, p. 142-153, 2003.

AMERICAN COLLEGE OF SPORTS MEDICINE. Diretrizes do ACSM para os testes de esforo e sua prescrio. 6.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003.

BONACHELA, V. Manual bsico de hidroginstica. Rio de Janeiro: Sprint, 1994.

BONACHELA, V. Hidro Localizada. Rio de Janeiro: Sprint, 2001.

Bouchar, C.; d e Shephard, T (1993). Physical activity, fitness and health the model and key concepts In C Bouchard, R Shephard; T Stephens (Eds.),11-23. Champaign, Illinois: Human Kinetics Publishers.

Campbell, D. T.; Stanley, J. C. Experimental and quasi-experimental designs for research. Chicago: Rand McNally. 1963.

CASPERSEN, C.J.; POWELL, K.E.; CHRISTENSON, G.M. Physical activity,exercise, and physical fitness: Definitions and distinctions for healthrelated research. Public Health Reports, v.100, p.126-131, 1985.

Castro R; Bronfman MN. Algunos problemas no resueltos en la integracin de mtodos cualitativos y cuantitativos en la investigacin social en salud.

39

Trabalho apresentado no IV Congresso Latinoamericano de Cincias Sociais e Medicina, Cocoyoc, Mxico. (Mimeo) 1997.

DECI, E. L.; RYAN, R. M. The what and Why of Goal Pursuits: Human Needs and the SelfDetermination of Behavior. Psychological Inquiry, v. 11, n. 4, p. 227268, 2000.

DELOITTE. O seu negcio da boa forma (2008). Disponvel em: .Acesso em: 15 de jun. de 2011.

DISHMAN, R.K. Advances in exercise adherence. Champaign: Human Kinetics, p.1-28, 1994.

GODOY, M. A.F.; OLIVEIRA, J. Sobrepeso e obesidade: Diagnstico. Projeto Diretrizes. Associao Mdica Brasileira e Conselho Federal de Medicina. Disponvel em: < www.projetodiretrizes.org.br >. Acessado em: 22 ago. 2011.

Guedes DP. Atividade fsica, aptido fsica e sade. In: Carvalho T, Guedes DP, Silva JG (orgs.). Orientaes Bsicas sobre Atividade Fsica e Sade para Profissionais das reas de Educao e Sade. Braslia: Ministrio da Sade e Ministrio da Educao e do Desporto, 1996.

Guedes, D. P.; Guedes, J. E. P. (1995). Exerccio fsico na promoo da sade. Londrina: Ed. Midiograf.

GUISELINI, Mauro. Total Fitness, Fora, Resistncia, Flexibilidade. 1 Edio: So Paulo: Editora FMU, 1997.

MALAVASI, L.; BOTH, J. Motivao: uma breve reviso de conceitos e aplicaes. Lecturas Educacin Fisica e Deportes, Revista Digital, BuenosAires,N.89,out.,2005.Disponvel em: Acesso em: 15 de mai. 2011.

MARCELLINO N. C. Academias de ginstica como opo de lazer. Revista Brasileira Cincia e Movimento, Taguatinga, v. 11, n. 2, p. 49-54, 2003. ISSN 0103-1716. Disponvel em:

40

MARTINS, L.M.; FRANA, A.P.D. ; KIMURA, M. Qualidade de vida de pessoas com doena crnica. Revista Latino Americana Enfermagem, Ribeiro Preto. 4(3): 5-18. Dezembro/1996.

MATSUDO, S.M. e MATSUDO, V.K.R. Prescrio e benefcios da atividade fsica na terceira idade. Revista Brasileira de Cincia e Movimento, v.6, n.4, p. 19-30, 1992.

McARDLE, W.D.; KATCH, F.I.; KATCH, V. Fisiologia do Exerccio: Energia, Nutrio e Desempenho Humano. 5.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003.

Ministrio da Sade do Brasil (1999), BRASIL, Ministrio da Sade, 1999. Poltica Nacional de Medicamentos / Secretaria de Polticas de Sade. Braslia: Ministrio da Sade. P.40.

Moreira, Daniel Augusto. Transporte da Fenomenologia para o domnio da pesquisa, In: o mtodo fenomenolgico na pesquisa, So Paulo: Pioneira Thomson, p. 103-115, 2002.

NUNOMURA, Myrian. Motivos de adeso atividade fsica em funo das variveis: idade, sexo, grau de instruo e tempo de permanncia. Revista Brasileira de Atividade Fsica e Sade, vol 3, n 3; p45-58,1998.

NONOMURA, M.; TEIXEIRA, L.A.C.; CARUSO, M.R.F. Nvel de estresse em adultos aps meses de prtica regular de atividade fsica. Revista Mackenzie de Educao Fsica e Esporte, So Paulo, ano 3, n. 3, p. 125-134, 2004.

Organizao Mundial de Sade. Organizao Mundial de sade: Doenas crnico degenerativas que mais matam no mundo. Disponvel em Acesso em: maio de 2011.

PALMA, Alexandre. Atividade fsica, processo de sade-doena e condies scio-econmicas: uma reviso de literatura. Revista Paulista de Educao Fsica, vol 14, n1; Jan/Junho, 2000.

41

PITANGA, F. J. G. Epidemiologia da atividade fsica, exerccio fsico e sade. 2 edio, So Paulo: Phorte, 2004.

RAMOS, J. H. Determinantes de adeso, manuteno e desistncia de um programa de preveno e reabilitao cardiovascular. Monografia Santa Catarina, Centro de Desportos, Universidade Federal de Santa Catarina, 2000.

ROJAS, Paola N.C. Aderncia aos programas de Exerccios Fsicos em Academias de Ginstica na Cidade de Curitiba PR. 2003, 127 f. Dissertao de Mestrado. Universidade Federal de Santa Catarina, Florianpolis, Santa Catarina, Fevereiro de 2003.

Minayo MC; Sanches O Quantitativo-qualitativo: oposio ou complementaridade? Caderno de Sade Pblica ano 9 n.3, p. 239-262. 1993.

Perrone L 1977. Metodi Quantitativi della Ricerca Sociale. Feltrinelli, Milo. ROCHA, J. Hidroginstica- Teoria e Prtica. 4 Edio. Rio de Janeiro: Editora Sprint. 2001.

RYAN, R. M; DECI, E. L. Self-Determination Theory and the Facilitation of Intrinsic Motivation, Social Development, and Well-Being. American Psychologist, v. 55, n. 1, p. 68-78, jan. 2000.

SANTOS, S.C.; KNIJNIK, J.D. Motivos de adeso prtica de atividade fsica na vida adulta intermediria I. Revista Mackenzie de Educao Fsica e Esporte, So Paulo, ano 5, n. 1, p. 23-34, 2005.

SHARKEY, B. J. Condicionamento fsico e sade. 4 ed Porto Alegre: Artmed, 1998.

SABA, Fabio K. F. Aderncia: prtica do exerccio fsico em academias. So Paulo: Manole,2001, p61-81.

SHEPHARD, R.J. Exerccio e envelhecimento. Revista Brasileira de Cincia e Movimento, Braslia, v. 5, n. 4, p. 49-56, 1991.

42

TAHARA, A. K.; SCHWARTZ G. M.; SILVA K. A. Aderncia e manuteno da prtica de exerccios em academias. Revista Brasileira Cincia e Movimento, Taguatinga, v. 11, n. 4, p.7-12, 2003. ISSN 0103-1716. Disponvel em: Acesso em: 09 abr. 2011.

Vogt, W. P. Dictionary of statistics and methodology: A nontechnical guide for the social scientist. Newbury Park: Sage. 1993.

WANKEL, L. The importance of enjoyment to adherence and psychological benefits from physical activity. International Journal Sport Psychology, v. 24, p. 151-169, 1993.

43

ANEXOS

44

ANEXO AEXEMPLO DE ANAMNESE

PROTOCOLO DE AVALIAOANAMNESE

Nome:__________________________________________________________________________ Data de nascimento:_____/_____/_____ Sexo: ( ) fem. ( ) masc. Fone: ____________________ Idade:___________________________ Peso:__________ Estatura:___________ Etnia: ( )Negro ( )Branco ( )Pardo ( )ndio Circunferncia da cintura:________________________ Atividade: ( )Hidroginstica ( )Natao ( )Ginstica ( )Outros _____________________________

Professor (a): _________________________________________________________________________

1-H quanto tempo voc no pratica atividade fsica? Se voc pratica, diga a quanto tempo e qual a atividade! ____________________________________________________________________________________

2-Voc sofre de hipertenso arterial? ( ) sim ( ) no Utiliza algum medicamento? ( ) sim ( ) no Qual?_____________________________________

3-Voc sofre de diabetes? Utiliza algum medicamento?

( ) sim ( ) no ( ) sim ( ) no Qual?____________________________________

4-Voc sofre de cardiopatia (doena do corao)? ( )sim ( )no Qual?__________________________ Utiliza algum medicamento? ( ) sim ( ) no Qual?___________________________________________

45

5-Voc sofre de doena respiratria (asma, bronquite, outras)? ( )sim ( )no Qual?________________________________________________________________________________ Utiliza algum medicamento? ( ) sim ( ) no Qual?__________________________________________

6-Voc sofre de depresso?

( ) sim ( ) no

Utiliza algum medicamento? ( ) sim ( ) no Qual?______________________________________

7-Voc sofre de algum outro tipo de doena? ( ) sim ( ) no Qual?_____________________________ Utiliza algum medicamento? ( ) sim ( ) no Qual?__________________________________________

8-Voc fumante? ( )sim ( )no H quanto tempo? _______________________________________

9-Voc veio praticar atividade fsica por indicao mdica? ( ) sim ( ) no Qual o motivo?_______________________________________________________________________

10-Leses Musculares ( ) Muscular ( ) Articular ( ) ssea ( ) No

11-Objetivo da atividade fsica: ( ) Lazer ( ) Esttico ( ) Performance ( ) Sade ( ) Outros________________________________

QUESTIONRIO DE PAR-Q Por favor, assinale sim ou no as seguintes perguntas: 1) Alguma vez seu mdico disse que voc possui algum problema de corao e recomendou que voc s praticasse atividade fsica sob prescrio mdica? sim no Voc sente dor no peito causada pela prtica de atividade fsica? sim no Voc sentiu dor no peito no ltimo ms? sim no

2) 3) 4) 5) 6)

Voc tende a perder a conscincia ou cair como resultado do treinamento? sim no Voc tem algum problema sseo ou muscular que poderia ser agravado com a prtica de atividades fsicas? sim no Seu mdico j recomendou o uso de medicamentos para controle de sua presso arterial ou condio cardiovascular? sim no Voc tem conscincia, atravs de sua prpria experincia e/ou de aconselhamento

7)

46

mdico, de alguma outra razo fsica que impea a realizao de atividades fsicas ? sim no

Gostaria de comentar algum outro problema de sade seja de ordem fsica ou psicolgica que impea a sua participao na atividade proposta? __________________________________________________________________________________________ ________________________________________________

QUESTIONRIO DE RISCO CORONARIANO Por favor, assinale com um X a afirmativa correspondente:

Idade

De 10 a 20 anos

De 21 a 30 anos Um parente cardiopata De 12 a 15,99% De 16 a 19,99%

De 31 a 40 anos

De 41 a 50 anos

De 51 a 60 anos

Acima de 60 anos Cinco parentes cardiopatas Acima de 30% Acima de 40% Acima de 40 cigarros/dia Abaixo de 30 minutos Acima de 280 Acima de 200 mmHg Acima de 106 mmHg

Herana Familiar Percentual de gordura

Nenhum parente com cardiopatia M=