Ad2 sergipe ii

5

Click here to load reader

Transcript of Ad2 sergipe ii

Page 1: Ad2 sergipe ii

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE

CENTRO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR A DISTÂNCIA

LICENCIATURA EM HISTÓRIA

CLAUDIRA RIBEIRO DS SANTOS

“SÃO CRISTÓVÃO NAS SOMBRAS DO PASSADO E ARACAJU COMO AVE

BRANCA DO PROGRESSO:..”o discurso modernizador sobre a cidade de

Aracajú e a imagem de São Cristóvão como cidade do passado e decadente”

TREZE-LAGARTO

Janeiro de 2011

Page 2: Ad2 sergipe ii

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE

CENTRO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR A DISTÂNCIA

LICENCIATURA EM HISTÓRIA

CLAUDIRA RIBEIRO DOS SANTOS

Atividade à distância apresentada a tutora

Maristela do Nascimento Andrade, da

disciplina História de Sergipe II, Coordenado

pelo professor Antonio Lindvaldo Sousa, do

Centro de Educação e Ensino Superior da

Universidade Federal de Sergipe.

TREZE-LAGARTO

Janeiro de 2011

Page 3: Ad2 sergipe ii

Relatório da visita a São Cristóvão (AD2 Hist.SE-II)

Nada melhor do que uma visita, um olhar de perto e panorâmico sobre a cidade

histórica, São Cristóvão, acompanhada pelos tutores, Humberto e Maristela e seguida de

uma aula pública com o professor Antonio Lindvaldo Sousa para poder obter uma

leitura crítica, uma análise do “discurso modernizador sobre a cidade de Aracaju e a

visão de São Cristóvão como cidade do passado e atrasada” nas primeiras décadas do

século XX. 1

A metáfora2 que as elites utilizaram para projetar, impulsionar avançar e

implantar efetivamente a idéia européia de uma cidade moderna como “uma ave branca

(Aracajú) que voa dos pântanos (do passado) para o azul” (para o progresso), exprime

claramente a concepção da elite sergipana resultante da visão positivista que só vê o

futuro, o novo, e a ele se lança deixando o passado para trás sem chance de diálogo e

valorização deste. Segundo Silvério Fontes diversamente dos pernambucanos que

dialogava, discutia o passado colonial em plena identidade do Brasil moderno, como

por exemplo, o sociólogo pernambucano Gilberto Freire em sua obra “Casa Grande e

Senzala” havia no imaginário da elite sergipana um preconceito com o passado, um

1 Cf. SOUSA,Antonio Lidvaldo, Temas de História de SergipeII, CESAD, São Cristóvão, 2010, p. 113-117. 2 Cf. Idem, p. 113.

Page 4: Ad2 sergipe ii

complexo de inferioridade que ultrapassava os limites geográficos Sergipe/Bahia. A

elite sergipana buscava sua identidade nas figuras individuais e não na coletividade. Daí

exalta os heróis como Tobias Barreto, Silvio Romero, Fausto Cardoso, Inácio Babosa,

vendo neles o modelo de como pautar e dar rumo à sociedade através de seus talentos e

amor à Pátria. Eles utilizavam esses mecanismos para compensar seu sentimento, sua

consciência de inferioridade em relação à Bahia e de todo Brasil.

Enquanto Aracajú passava por esse processo modernizador nela chegavam

muitos imigrantes pobres que se aglomeravam as margens do quadrado de Pirro em

busca de melhores condições de vida e ali viviam precariamente mesmo trabalhando nas

fábricas de tecidos; para esses o futuros não era nada promissor, basta relembrar a

família retratada na obra de Armando Fontes, Os Corumbas. Foi essa lembrança que me

veio à tona durante aquela jornada discorrida historicamente em São Cristóvão em

18/12/2011. Tanto em Aracaju como em São Cristóvão se faz necessário continuar

resgatando e preservando as suas tradições populares, suas riquezas imateriais as quais

não são menores daquelas materialmente em evidencia inclusive a tombada pela

UNESCO. A fundação do Instituto Histórico e Geográfico Sergipano nessa trajetória

tem sua importância na formação da sociedade sergipana, sobretudo não só dando

continuidade e abrindo espaço para debates referentes a territorialidade entre Sergipe,

Alagoas e Bahia mas também para outros discursos como o porquê da ausência de

figuras femininas também como heroínas.

Page 5: Ad2 sergipe ii

Refrencias bibliográficas:

- SOUSA,Antonio Lidvaldo, Temas de História de SergipeII, CESAD, São

Cristóvão, 2010, p. 113-157.

- Projeto Pedagógico: Excursão à São Cristóvão, CESAD, S. Cristóvão, 2011.

Responsável Antonio Lindvaldo Sousa; Organização de Maria José L. dos Santos e

Maristela Nascimento.