Acupuntura - Shiatsu
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CIEPH – Centro Integrado de Estudos e Pesquisas do Homem
ESCOLA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL SANTA CLARA
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ACUPUNTURA
ACUPUNTURA
DALVACY ALVES DE SOUSA
Florianópolis (SC), Junho de 2005
DALVACY ALVES DE SOUSA
ACUPUNTURA
Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado ao curso de especialização em Acupuntura como requisito parcial para obtenção do grau de Especialista em Acupuntura.
CIEPH – Centro Integrado de Estudos e Pesquisas do Homem
ESCOLA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL SANTA CLARA
Professor Orientador: Marcelo Fabian Oliva
Florianópolis (SC), Junho de 2005
DEDICATÓRIA
Aos meus familiares, amigos e a todos que
contribuíram direta ou indireta para a
construção e a execução deste trabalho.
AGRADECIMENTOS
A Deus, pelo milagre da vida.
A minha mãe, por ter sido minha cuidadora, por ter me dado seu exemplo de determinação, por estimular-me a lutar por meus anseios pessoais e profissionais.
A meu esposo José Bueno, pelo amor e apoio a mim dedicado.
A Marcelo Fabian Oliva, pela excelente orientação, incentivo e amizade.
Ao Prof. Donizete, pelas excelentes contribuições dadas para este trabalho e pelo carinho de sempre.
Aos meus colegas de turma, pela amizade oferecida, especialmente ao Benitis, Henrique e Luis.
A Marcelo Fabian Oliva, e a equipe do CIEPH compreensão e apoio durante o transcurso das aulas e em minha licença maternidade.
A Ana pela colaboração dada na digitação e formatação desse trabalho.
As pessoas que receberam meu atendimento, pela confiança a mim depositado.
A todos que de alguma forma, direta ou indiretamente, contribuíram na realização deste tabalho.
RESUMO
Este estudo, do tipo revisão bibliográfica, foi realizado no decorrer do curso de especialização em acupuntura, como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em acupuntura.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.........................................................................................................................7
1 HISTÓRICO DA MEDICINA CHINESA..........................................................................8
2 ORIGEM E DESENVOLVIMENTO DA ACUPUNTURA..........................................136
3 AS TEORIAS BÁSICAS DA MEDICINA CHINESA...................................................148
4 OS PONTOS DE DIAGNÓSTICO E OS TRATAMENTOS DA
MEDICINA CHINESA........................................................................................................165
5 MERIDIANOS ORDINÁRIOS........................................................................................189
6 MERIDIANOS EXTRAORDINÁRIOS..........................................................................301
7 PONTOS EXTRAORDINÁRIOS....................................................................................326
8 PONTOS ONDE NÃO SE DEVEM APLICAR AGULHAS OU MOXIBUSTÃO.....358
9 AURICULOTERAPIA......................................................................................................360
10 APLICAÇÕES ATRAVÉS DA ACUPUNTURA.........................................................378
11 PRINCÍPIOS DE TRATAMENTO...............................................................................394
REFERÊNCIAS....................................................................................................................407
INTRODUÇÃO
O método da acupuntura consiste em identificar os micromeridianos e os pontos
de reação localizados no corpo humano e que correspondem aos órgãos internos, aplicando
neles agulhas. Pode-se estimulá-los através de moxabustão, radiação eletromagnética, imã
para tratar as doenças dos órgãos internos. Trata-se de uma terapia eficaz, fácil de ser
aprendida, simples de ser aplicada, totalmente segura, e que não oferece efeitos adversos, e o
mais importante de rápidos resultados. Quando se tem uma doença, os pontos correspondentes
a órgão adoentado apresentam reações aos estímulos diversos, provocando reflexos no órgão
interno correspondente. Através dos micromeridianos e pontos reativos pode-se diagnosticar e
induzir o funcionamento dos chamados “6 órgãos e vísceras” do organismo, fazendo com que
a disfunção do órgão/víscera correspondente seja recuperada. O princípio do tratamento por
meio da acupuntura é possível de ser explicado cientificamente e verificado por experimento
sistemáticos. Como métodos de diagnósticos, pode-se citar o método de prognóstico de
constituição, leitura de pulso Yin-Yan, Ryodoraku, entre outros.
A gama de doenças tratáveis com a acupuntura é bem ampla, podem-se esperar
excelentes resultados para doenças que não sejam incuráveis ou fatais, doenças contagiosas,
câncer, doenças crônicas malignas, doenças que requeiram cirurgias e doenças de difícil
reversão pela grande área de tecidos danificados.
7
1 HISTÓRICO DA MEDICINA CHINESA
Resumo realizado no transcurso das aulas teóricas:
Primeiro módulo:
Histórico da Medicina Chinesa. Dinastia Shang e outras dinastias.
Glossário de palavras chinesa
Zang Fu - sistemas de órgãos e vísceras M.T.C.
Zang - sistemas de órgãos yin
Fu - sistemas de vísceras yang
Jing Luo - sistemas de canais e colaterais
Xue Mai - sistemas de canais e colaterais que carregam
predominantemente o sangue
Ming Men- portão da vida
Matérias:
Qi - energia
Xue - sangue
Jing - essência
Shen - espírito
8
Jing ye - líquidos orgânicos
Tipos de Qi
Yuan Qi - Qi original ou energia fonte
Gu Qi - Qi dos grãos ou essência dos alimentos
Zhong Qi - Qi do tórax
Zheng Qi - Qi verdadeiro
Yong Qi - Qi nutritivo ou energia da nutrição
Wei Qi - Qi defensivo ou energia de defesa
Zang Fu -órgãos e vísceras
Palavra chinesa aproximação portuguesa abreviação
Shen Rins R
Pi baço/pâncreas BP
Gan Fígado F
Xin Coração C
Fu Pulmão P
Xin bao Pericárdio CS
Pang Guang Bexiga B
Wei Estômago E
Dan Vesícula biliar VB
Xiao Chang Intestino delgado ID
Da Chang Intestino grosso IG
San Jiao Triplo Aquecedor TA
9
Referências bibliográfias
1. Tratado de Medicina Chinesa
Ed. Roca
2. Acupuntura Tradicional
A arte de inserir
Ed. Roca
3. Acupuntura. Um texto compreensível
Ed. Roca
Ysão Yamamura supervisão de: Ysão Yamamura
03 – 05 horas [ ] de energia
Os números indicam as horas de maior concentração de energia, seria a melhor
hora para sedar, e o horário seguinte para tonificar.
Astrologia hinesa
- A flecha lançada e a palavra dita não volta.
Yang Yin
___ _ _
Os 64 hexagramas ou as 64 possibilidades do destino.
10
- A pessoa que tem equilíbrio yin yang, possui uma vida tranqüila. Não preocupa-
se com a fama ou riqueza. Sua mente é clara, despreocupada. Tem poucos desejos e vive sem
emoções excessivas. Se tiver sucesso, permanece humilde. Tem boa capacidade
administrativa. Conversa racionalmente com as pessoas é admirada pelos demais.
Perda do equilíbrio entre yin e yang
O desequilíbrio entre yin e yang é uma alteração patológica.
Classificação yin - yang
1. Yin - yang equilibrados Yin - Xiu é necessário tonificar
2. Excesso de yin Yang - Shi é necessário sedar
3. Excesso de yang
4. Insuficiência yin
5. Insuficiência yang
- O equilíbrio yin - yang resolve muitos problemas de saúde. Tudo que está em
excesso sedamos, tudo que está em deficiência nós tonificamos.
Deve-se deixar a cabeça fria e os pés quentes.
Deve-se deixar a cabeça fria e os pés quentes.
Teoria yin e yang
Onde o sol nasce e onde ele chega é yang, onde o sol chega acarretando a sombra
é Yin. Órgãos são Yin porque se movimentam menos. Vísceras são Yang porque se
movimentam mais.
As propriedades do yin e do yang são:
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a) Oposição - essa propriedade que mais salta ao olho de um observador
qualquer. Existem sempre dois pólos dentre os quais o sistema oscila, tais
pólos são diametralmente opostos em termos qualitativos, cada pólo se
identificando com o aspecto yin ou yang, ex: um sistema térmico oscila entre
frio e calor.
b) Interdependência - nenhum dos dois aspectos pode existir sozinho num
sistema. Eles estão sempre ligados entre si e o que varia é sua concentração
relativa. Portanto a existência de um depende absolutamente da existência do
outro. É óbvio pois são polares e não se pode estabelecer um pólo sem que
necessariamente haja outro pólo de referência para que a oposição seja
estabelecida.
c) Interconsumo - significa que um aspecto yin ou yang pode consumir o
outro.Ex: num sistema qualquer o crescimento relativo de um aspecto vai
significar o enfraquecimento do outro.Ex: inverno, nas primeiras horas da
manhã aumenta a claridade (maior irradiação do sol) e a noite é o inverso.Um
aspecto seja yin ou yang está sempre ganhando terreno em relação a um outro.
d) Intertransformação - ambos aspectos opostos podem mutar entre si, isso
acontece quando o sistema chega a um extremo. Em primeiro lugar existe a
interdependência, ou seja, um aspecto não existe sem o outro. Ao chegarmos a
um extremo, um dos aspectos fica quase inexistente, porque vai comprometer
a existência do aspecto predominante, sua tendência vai se enfraquecer. Por
outro lado não existe mais “onde ir”, pois chegamos ao extremo daquele
sistema, a única possibilidade é o caminho de volta, portanto o próximo passo
é o nascimento do aspecto oposto dentro do predominante e então o sistema
parte na direção oposta.
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ESCOLA DOS CINCO ELEMENTOS
Dizem que foi Cheng Nong (2838 a.C.) o fundador da escola dos cinco elementos
ou movimentos. Supõe-se que ele ao observar a natureza, encontrou o número 5 relacionado
assim:
A. Temos 5 pontos de referências: norte, sul, leste,oeste e centro.
B. Predominam 5 cores na natureza: verde, vermelho, amarelo, branco e preto.
C. Há 5 sabores: azedo, amargo, picante, doce e salgado.
D. Ouvimos 5 sons: grito, gargalhada, canto, choro e gemido.
E. Temos 5 sentidos; 5 órgãos; 5 vísceras.
Relação criativa Relação restrita
fogo
madeira terra
água metal
100
verão
fogo
50 200
primavera veranico de maio
madeira terra
50 100
inverno outono
água metal
Hipoativo: Hiperativo:
Coração intestino delgado
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terra
metalágua
madeira
fogo
Vesícula estômago
Fígado baço pancreas biliar
Rim pulmão bexiga intestino grosso
- Tonifica a mãe primeira geração
- Tonificando-se a mãe primeira geração, tonifica-se o filho; segunda seração e
seda-se a terceira geração.
- Sedando-se a mãe, primeira geração, seda-se o filho; segunda geração e tonifica-
se a terceira geração.
- Seda-se o filho, sedamos a mãe.
- Tonifica a mãe primeira geração
- Tonifica o filho segunda geração
- Seda-se avô terceira geração
pericardio triplo aquecedor
fígado baço pancreas vesícula biliar estômago
rim pulmão bexiga intestino grosso
- Quando o filho está em deficiência tonifica-se a mãe
- Sempre tonifica rim
- Sempre seda-se fígado.
Teoria do Qi (energia vital) Xue (sangue)
Jing ye (fluídos corporais) e Jing (essência)
Qi(ar) energia vital
De acordo com o seu tipo de manifestação e função o Qí pode ser substituído.
A. Qí ou energia essencial é o quantum geral, o somatório de todas as energias
corporais. É a energia que nos mantém vivos e se esgota com a morte.
14
B. Yin Qí ou Qí nutritivo (energia nutridora) ela é sintetizada a partir da parte
“pura” dos alimentos. Efetuada pelo baço-pâncreas, somada a energia Qí do ar segundo
M.T.C. O baço pâncreas ascende o Qí dos alimentos até o pulmão, onde eles se juntam ao Qí
do ar, sendo então distribuído pelo organismo pelos canais e colaterais. Sua função é nutrir
órgãos, vísceras e tecidos, promover o funcionamento corporal e aquecer o organismo.
C. Wei Qí ou Qí defensivo (energia de defesa) como o nome indica esta é a
energia que protege o organismo do ataque por fatores patogênicos. Ela é produzida
inicialmente no baço-pâncreas, a partir da parte impura dos alimentos. Ela se junta ao jiao
inferior com a energia ancestral (que veremos adiante) recebendo uma parte desta última em
seguida ascende até o diafragma, de onde é distribuída pelo corpo. A energia de defesa circula
preferencialmente nos canais mais superficiais do corpo chamados fendinomusculares e
distintos. Circula também sob a pele, no sangue e nos chamados canais extraordinários.
As funções da energia de defesa ou Wei Qí são defender o corpo contra agressões
externas, nutrir e regular os poros e aquecer as extremidades.
D. Yuan Qí, Qí ancestral ou energia ancestral é energia herdada dos pais. Guarda
estreita relação com os nossos conceitos de hereditariedade, sendo relacionada pois ao DMA.
Segundo a MTC a origem da energia ancestral são os rins. Da energia ancestral são os rins,
com a função dos gametas forma-se a essência,ou seja, a energia ancestral em sua forma
material. A essência da célula ovo é chamada de essência do céu anterior ela se dinamiza no
embrião formando a chamada energia ancestral que vai penetrar nos vasos maravilhosos
promovendo o desenvolvimento embrionário. Após o nascimento, a essência passa a ser
chamada de essência do céu posterior. Com o fim do desenvolvimento embrionário ou
embriológico a essência fica estocada no rim, onde é nutrida energia do ar e dos alimentos. O
Qí do ar dinamiza a essência em Qí ancestral que circula nos vasos maravilhosos ou canais
extraordinários e no sangue. As funções do Qí ancestral são promover o desenvolvimento
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embriológico, crescimento e maturação sexual, nutrir a essência de órgãos e vísceras, auxiliar
o Qí defensivo a proteger o corpo, suprir deficiências, promover a fertilidade e a reprodução
vasos maravilhosos ou canais extraordinários são sinônimos.
E. Zong Qí ou energia do tórax. Segundo a MTC o tórax possui duas influências
básicas: a expansão do movimento fogo e a contração do movimento metal. Isto faz com que
os órgãos que habitam o seu interior sejam pulsateis, se distendendo e se encolhendo
indefinidamente. Este movimento pulsátil é o responsável pelas funções básicas do tórax.
primeiro concentrar energia e sangue e depois distribuí-los pelo corpo.
OUTROS TIPOS DE QÍ
A. Jing QÍ ou Qí dos alimentos, os alimentos ao serem transformados pelo baço-
pâncreas, tornam-se algo material. Mas com capacidade de formar essência. Que vai compor
o Qí nutritivo. Por isto, chama-se jing Qí. Cuja tradução é Qí formador de essência. A
essência adquirida, isto é, os componentes materiais do corpo, são formados a partir do jing
Qí ou do Qí dos alimentos.
B. QING Qí OU Qí do ar, o ar ao ser respirado pelos pulmões fica retido no jiao
superior para combinar-se com o Qí dos alimentos, formando o Qí nutritivo. Ao ar, em forma
de Qí, que fica retido no jiao superior, chamado Qing Qí.
C. Da Qí ou energia cósmica, compreende as energias do céu, incluindo o Qí do ar
e a energia dos raios solares e cósmicos. Na concepção da MTC a energia cósmica penetra
pelos dedos das mãos e pela cabeça nos canais yang.
D. SHUIGUZI Qí ou energia telúrica, compreendendo os alimentos e a energia
que entram nos pés, através dos canais yin dos membros inferiores. A tradução ao pé da letra
é Qí do solo, grãos e água.
E. ZHUO QÍ, a parte impura dos alimentos, que vai compor a formação do Qí
defensivo parte mais densa dos alimentos.
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F. ZA QÍ, Qí patogênico ou influências nocivas da natureza sobre o homem,
percurso normal, assumindo uma direção ou sentidos patológicos, o Qí é chamado de Qí
pervertido.
FUNÇÕES DO QÍ
Transformação (Qí do baço), transporte, sustentação e consolidação, proteção,
aquecimento.
A. Qí do baço transforma:
Qí dos rins transforma o Qí fluído
Qí do pulmão transforma o Qí do ar, isto significa que o Qí dos órgãos transforma
tanto energia quanto matéria. Como atividade de cada órgão Zhang está relacionada a um
movimento e o resultado é um círculo de mutações, esta função é evidente.
B. Quando se muda a função do Qí, isto é, transporte:
Qí do baço transporta alimentos.
Qí do pulmão transporta líquidos para baixo.
Qí do rim transporta líquidos para cima.
Qí move o sangue.
São afirmações tradicionais, e mostra que o Qí com suas características yang dá
movimento, transportando os constituintes corporais
C Sustentação e consolidação:
Qí do baço sustenta órgãos e o sangue.
Qí do rim retém essência e os líquidos.
Qí dos pulmões retém suor.
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Qí dos órgãos como demonstra os enunciados pode atuar contendo substâncias
fundamentais ao corpo. Assim como mantendo os órgãos em suas posições.
D. Proteção:
O wei Qí ou Qí defensivo protege o corpo das agressões exteriores.
E. Aquecimento:
O Qí amorna os canais e a periferia do corpo.
XUE OU SANGUE
1. DEFINIÇÃO: xue ou sangue, na MTC, apesar de guardar algumas semelhanças
com o conceito ocidental, tem muitas diferenças.
Como semelhanças temos que o sangue:
Xue é um fluído viscoso, de coloração vermelha, que circula nos vasos sangüíneos
e sua formação depende da medula óssea.
Como diferenças temos:
O sangue (xue) circula também nos canais e colaterais.
O sangue (xue) contém Qí e depende do Qí para circular.
O sangue (xue) é considerado uma forma densa de Qí.
O sangue (xue) além de nutrir, umedece os tecidos.
2. FONTES DO SANGUE: o sangue na MTC, tem uma formação complexa; ele
depende do Qí nutritivo, do líquido corporal, da essência da medula óssea e do Qí defensivo.
O Qí defensivo fornece parte da capacidade nutridora do sangue, permitindo ao sangue nutrir
órgãos, vísceras e tecidos. O Qí defensivo dá ao sangue capacidade de defesa quando os
níveis profundos do corpo são invadidos por um fator patogênico. O líquido corporal
possibilita ao sangue que umedeça os tecidos e órgãos. A essência reforça a capacidade
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nutridora do sangue, fornecendo também matriz de natureza in para formar a consistência de
líquido viscoso. A formação do sangue depende do baço-pâncreas para o líquido corporal, do
baço-pâncreas e do pulmão para Qí nutritivo e defensivo e do rim para essência.
3. FISIOLOGIA DO SANGUE: o sangue é formado da seguinte maneira; Seus
quatro constituintes (Qí nutritivo, Qí defensivo, líquido corporal e essência) ascendem ao
aquecedor superior e concentram-se no coração, que então o sintetiza, o sangue (xue) é então
distribuído pelo corpo, pelos seus vasos sanguíneos, pelos canais e colaterais. Parte do sangue
é estocado no fígado e pode ser recolocado na circulação caso necessário. Nas mulheres o
fígado oferece sangue ao útero e ao feto, para promover a fertilidade.
4. MANIFESTAÇÕES DO SANGUE: o sangue é apenas uma manifestação na
MTC contudo sua manifestação em cada órgão é diferente, por esse motivo existe na MTC as
denominações sangue do coração, sangue do fígado, sangue do baço-pâncreas.
Sangue do coração significa que o Qí do coração, sua capacidade de sintetizar e
distribuir o sangue pelo corpo,de nutrir o organismo.
Sangue do fígado refere-se a parte yin do fígado, sua capacidade de manter fluxo
menstrual e fertilidade na mulher.
Sangue do baço-pâncreas refere-se a capacidade do baçço-pâncreas de manter o
sangue nos vasos e conseqüentemente para circulação adequada do sangue.
5. FUNÇÕES DO SANGUE: nutrição, umedecimento, promoção do crescimento,
controle do Qí defesa.
A. Nutrição, o sangue possui uma capacidade nutridora mais poderosa que o Qí,
além de nutrir órgãos, vísceras e tecidos o sangue nutre e reforça o Qí.
B. Umedecimento, alguns órgãos e tecidos são sensíveis ao ressecamento. O
sangue umedece estes tecidos e órgãos mantendo-os saudáveis.
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C. Promoção do crescimento, as propriedades tônicas do sangue faz com que ele
promova o crescimento de massa muscular.
D. Controle do Qí, o sangue possui características yin sendo mais matérias e mais
viscoso que o Qí. Portanto ele faz que o movimento exagerado do Qí seja controlado, os
textos antigos afirmam para haver saúde o Qí e o sangue devem estar em equilíbrio nos canais
colaterais.
E. Defesa, o sangue também contém o wei Qí e em geral atua defendendo o corpo
quando os fatores patogênicos o atacam em níveis profundos.
LÍQUIDO ORGÂNICO OU JIN YE
1. Líquido orgânico na MTC é o líquido que banha os tecidos, os órgãos, ocupa as
cavidades do corpo, e se exterioriza. Sua definição se aproxima bastante do conhecimento
ocidental, com a diferença que os constituintes corporais guardam relações íntimas de
interdependência diferente do conceito material definido para líquido extra celular, liquor
(líquido sinovial) etc...
2. Tipos de líquido orgânico:
Jing mais fluído e se exterioriza na forma de lágrima e saliva que preenche as
cavidades aturais e banha os órgãos yang fu. Além destes existe os chamados líquidos túrbido
ou fluído impuro, ou seja, a medida que o líquido corporal circula no corpo vai perdendo suas
características fisiológicas se transformando num líquido de má qualidade, chamado de
líquido túrbido. Esse líquido túrbido é então separado pelo rim e pelo baço-pâncreas e
excretado na forma de urina.
3. Formação do líquido corporal e/ou orgânico.
O líquido corporal é formado segundo a MTC, que transformam e transportam a
água e os alimentos. A água então absorvida e modificada no interior do corpo forma-se o
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líquido corporal, em seguida o líquido corporal ascende pelo pulmão de onde será distribuído
pelo corpo. Parte do líquido corporal entra na formação de sangue, outra parte é distribuída
nos três aquecedores através do triplo aquecedor que é um órgão constituído por uma rede de
canalículos que interconectam órgãos e vísceras. A esse nível o líquido corporal também entra
nos canais e colaterais e circula na periferia, por fim o fluído corporal que chega ao rim (ou
que está nos membros inferiores e ascende mobilizado pelos rins) sofre a separação do fluído
túrbido e do fluído límpido. O primeiro é excretado através da bexiga enquanto o segundo
ascende de volta ao pulmão para ser redistribuído.
4. FUNÇÕES DO LÍQUIDO CORPORAL
Umedecimento, preenchimento, resfriamento, excreção da turbidez.
A. Umedecimento, assim como o sangue o líquido corporal tem função
importante junto aos órgãos, vísceras e tecidos. Particularmente naqueles sensíveis ao
ressecamento. Ao umedecê-los o líquido corporal os protege da secura e mantém sua
vitalidade.
B. Preenchimento das cavidades naturais, as cavidades naturais precisam de
proteção e lubrificação que é feita pelo líquido corporal.
C. Resfriamento, o corpo humano operam órgãos de natureza yang, o líquido
orgânico é de natureza yin para que não seja excessivo. Quando o calor se acumula em
excesso o líquido orgânico absorve o calor, excretando-o sob forma de urina amarelada ou
suor.
D. Excreção da turbidez, o Qí se acumula gerando turbidez. A essência lesada
degenera em turbidez. O sangue consumido ou estagnado degenera gerando turbidez. Os
fatores patogênicos agridem o organismo causando turbidez. A turbidez é absorvida pelo
líquido corporal, que então é excretada sob forma de líquido túrbido.
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CANAL TRIPLO AQUECEDOR-FOGO
São 23 pontos bilaterais, polaridade yang, energia mão em direção cabeça, horário
de maior concentração energética 21 as 23 hs.
Função são 03: digestiva, cardiorespiratória e genitourinária.
A. Função digestiva de captação e transformação dos alimentos, que corresponde
ao aquecedor médio.
B. Função cardiorespiratória que regula circulação do sangue rico em Oxigênio, é
energia yang, que corresponde aquecedor superior (pulmão e coração)
C. Função genitourinária que embora tenha função delimitação encarrega da
função sexual propriamente dita.
O triplo aquecedor tem muito peso entre os meridianos, trabalha-se com o ponto
03 (tonificação).
Relacionado com os seguintes meridianos: acoplado pericárdio, pericárdio e
vesícula biliar na grande circulação, baço-pâncreas pela via meio dia meia noite (opostos 12
horas) vesícula biliar madeira que seria terra... ... na seqüência dos cinco elementos. Bexiga é
água, intestino grosso é metal.
Relação na pulsologia
Marido Esposa
Mão esquerda Mão direita
Coração Pulmão
Fígado Baço-pâncreas
Rim Circulação sexo
coração/pericardio
triplo aquecedor/intestino delgado
22
fígado
vesícula baço-pancreas
estômago
rim
bexiga pulmão/intestino grosso
Yin são órgãos Yang são vísceras
Vasos secundários faz conexão com triplo aquecedor com os seguintes
meridianos:
O ponto triplo aquecedor 17 recebe vaso secundário da vesícula biliar.
O ponto triplo aquecedor 20 faz conexão com vesícula biliar e intestino grosso.
O ponto triplo aquecedor 23 faz conexão com vesícula biliar, intestino delgado e
vaso concepção.
O ponto triplo aquecedor 05 faz conexão com pericárdio 07 e ponto triplo
aquecedor pericárdio 06.
Sintomas de insuficiência energética: qualquer patologia relacionada a patologia
do cúbito.
Sintomas: excitação do sistema nervoso central (SNC)
Trajeto: inicia-se na cutícula externa do dedo anular, percorre face yang dos
membros superiores, não tem trajeto retilíneo, liga-se a Dumay 14, onde faz relação direta
com todos os meridianos do pé e da mão, a parte mais alta do corpo são as mãos. Percorre a
parte superior da escapula, energia vai para fossa supraclavicular onde possui um ramo
interno que vai ao pericárdio e se liga aos 03 níveis do triplo aquecedor. Outro ramo sai
23
Dumay 14 vai em direção cabeça faz um arco posterior, pavilhão auricular, até canto superior
frontal da cabeça um pouco atrás da raiz do cabelo, forma outro arco até chegar a borda do
zigomático, a partir da parte cervical, há um ramo que entra no ouvido interno sai e termina na
borda lateral do olho.
Meridianos
O ponto triplo aquecedor 01 normalmente utiliza-o para sangria, ansiedade,
irritabilidade.
É energia que vai das mãos a cabeça. Reanima o estado de inconsciência, dispersa
o vento e o vento calor.
Profundidade agulha de sangria.
Funções
TA2. Regula audição, dispersa o vento e dispersa calor perverso do triplo
aquecedor, harmoniza as funções de um modo geral.
TA3. Zhong Zhu, 0,3mm a 0,5mm, localiza-se na depressão natural entre 4 e 5
metacarpos. Ponto de tonificação triplo aquecedor. Funções energéticas tradicionais,
harmoniza Qí do ouvido, dispersa o vento e o vento calor. Deficiência imunológica é o triplo
aquecedor fraco.
TA4. Yang chí, indicação principalmente dores locais, diabetes, relaxa os tendões
e dispersa o vento, funções energéticas tradicionais.
TA5. Wai guan, barreira externa, indicações quanto mais preciso o diagnóstico,
mais rápido será a atuação de acupuntura. Órgãos são yin e vísceras são yang. O perverso
mais difícil de se tratar é o vento.
Libera para o exterior energias perversas, relaxa e fortalece os tendões, facilita
liberação e circulação de Qí nos canais de energia.
24
Quando meridiano for yin membro esquerdo no sentido horário.
Quando meridiano for yang membro direito no sentido anti-horário.
A acupuntura é rainha da energética.
TA6. Zhi ou 1.0mm a 1.5mm, funções energéticas tradicionais, labirintite,
harmoniza triplo aquecedor, faz circular o Qí das vísceras, harmoniza o Qí e difunde o Qí,
dispersa o vento calor e a mucosidade, remove as obstruções de Qí dos canais de energia.
Ciatalgia a dor é aliviada com chá de melissa e erva cidreira.
TA7. Hui zong,
TA8. San yang luo, ponto de concentração energética muito forte. Funções
remove obstruções de Qí dos canais de energia, abre os orifícios sensoriais e dispersa o vento.
Dores em ambas arcadas dentárias. para utilizá-lo é necessário muita atenção, se utilizá-lo
inadequadamente pode aumentar o yang.
TA9. Si Du, harmoniza circulação de Qí, harmoniza audição.
TA10. Tian jing, acalma shen e clareia a mente, redireciona o Qí contra corrente,
dissolve estagnação de umidade e calor, dispersa o vento.
Indicações dores nos ombros e braços.
TA12.
TA13. para ambos não temos funções energéticas tradicionais.
TA14. Agulha é inserida em direção ao centro da axila, remove as obstruções de
Qí dos canais de energia, fortalece o Qí e o sangue, dispersa o vento e a umidade.
TA15.Tian Liao
TA16. Tian you.
TA17. Harmoniza e fortalece o Qí do triplo aquecedor, fortalece o Qí da audição e
visão. Dispersa o vento e o vento calor perverso, relaxa os músculos e tendões.
TA 20. Qualquer desequilíbrio entre os meridianos no ID VB e TA, com energia
25
yang se faz sangri neste ponto.
TA18. Qí Mai pode ser sangrado em casos de hipertensão. acalma o shen e
dispersa o vento e calor perverso. Clareia a mente.
TA19. Clareia a mente, fortalece audição, dispersa calor e mucosidade.
TA21. Er Meu, fortalece TA, dispersa calor e o vento.
TA22. Er He.
TA23. Clareia a visão, faz limpeza do calor e da face, dispersa o vento e o calor.
Pode-se usar este ponto para sangria.
Cefaléia geralmente faz-se sangria
Queda palpebral denomina-se pitose.
Paralisia facial usa-se os seguintes pontos: TA23, B2, E2, E4 e/ou E6 e E45
VESÍCULA BILIAR
Total de pontos 44 bilaterais (=88) energia cabeça aos pés. Horário a 23hs a 01hs
maior concentração de energia. Horário indicado para sedação e as demais horas tonifica-se.
Função: Comanda função biliar total intra e extra hepática, incluindo as vias
biliares.
Está relacionado com os seguintes meridianos:F, TA ambos na seqüência da
grande circulação. Coração pela via meio dia, meia noite opostos 12 horas.
Bexiga, água, ID, fogo na seqüência generativa dos 5 elementos. IG que é metal,
estômago que é terra de acordo com a lei de dominância dos 5 elementos.
Através dos vasos secundários o meridiano da VB faz conexão com os seguintes
meridianos.
Pontos mais importantes:VB3, VB4, VB5, VB14 fazem conexão com TA, IG, E.
VB7, VB15, fazem conexão com: TA, ID, B.
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VB24 faz conexão com BP
VB37 faz conexão com F3
VB40 faz conexão com F5
Sintomas de insuficiência de energia no meridiano VB.
Debilidade nas pernas, insônia: visão turva, timidez e suspiro, dores abaixo das
costelas, plenitude torácica, pele seca, cefaléia frontal.
Nós devemos pensar acupuntura como prevenção, para manter a saúde e
conseqüentemente não chegar a patologias. É eficaz em casos de dor.
A partir do TA23 desce pela borda externa do olho, com ramo interno iniciando
canal VB vai até região pré-auricular passa para região temporal, desce posteriormente a
orelha para região frontal, segue em direção a região cervical, liga-se Dumay 14, a partir de
Dumay 14 sai um ramo externo que vai para fossa supra-clavicular e se divide em dois ramos
01 interno e outro externo.
O ramo interno segue pela região intercostal ligando-se ao fígado e VB e também
aos órgãos genitais. Só existe no lado direito. O ramo externo percorre a face lateral do tronco
e MIs e termina na cutícula interna do 4 arterecho.
Já VB41 surge ramo interno, vai direção grande circulação que liga-se ao
meridiano do fígado.
VB1. funções energéticas tradicionais, faz circular o Qí, clareia a visão, dispersa o
vento e o calor perverso.
VB2. Ativa circulação sanguínea, remove obstrução do Qí dos canais de energia,
fortalece a audição, dispersa a umidade do fígado e VB, dispersa o vento e o calor perverso. O
paciente deverá estar com boca aberta para localizar a depressão.
VB3. Fortalece a audição, dispersa o vento e o calor perverso.
/VB4. Clareia a mente, dispersa mucosidade, elimina o calor e o vento perverso.
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VB5.
VB8. Harmoniza o Qí do aquecedor médio (BP e E) dispersa o vento e calor
perverso. Agulha horizontal.
VB9. Dispersa umidade calor, e o vento calor, acalma os ataques epiléticos.
VB12. Acalma o shen, dispersa umidade calor, vento frio, acalma as convulsões.
VB13. Acalma convulsões, dispersa umidade calor, vento frio.
VB14. Clareia a visão, aumenta a circulação e Qí nos canais de energia, dispersa o
vento e o calor perverso. Agulha para baixo em direção aorta ocular.
VB15. Acalma as convulsões, dispersa umidade,calor e o vento. Pode ser usado
sangria.
Vb19. Acalma o shen, dispersa umidade e calor, dispersa o vento.
VB20. É muito importante e muito usado.
Quem tem problemas de vesícula sofre mais com o vento da primavera. Clareia a
visão, nutre o cérebro,l harmoniza o excesso de yang Qí, melhora as funções das articulações,
ativa a circulação sanguínea, remove as obstruções de Qí dos canais de energia, relaxa os
músculos e tendões, dispersa o vento frio, vento calor e o próprio calor. A direção da agulha
deverá ser em direção ao nariz, este provoca uma sensação de maior sensibilidade, podendo
causar tontura, enjôo e desmaio.
VB21. É abortivo. Faz circular o Qí do fígado e o próprio Qí, extingue o vento do
fígado, dispersa o vento e o frio perverso.
VB22. Não tem funções energéticas tradicionais.
VB23. Não tem funções energéticas tradicionais.
VB24. Claridade ou luz. Funções energéticas,harmoniza o Qí do fígado, vesícula
biliar e estomago.Fortalece o Qí do aquecedor médio, redireciona o Qí contra a corrente e
dispersa a umidade e calor.
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VB25. Tonifica e aquece o Qí dos rins, harmoniza via das águas. Relaxa os
tendões e os músculos, redireciona via do
VB26. Harmoniza energia do Qí da nutrição, e o canal de energia Dumay, tonifica
o Qí do fígado e dos rins, harmoniza o Qí do aquecedor e elimina a umidade do aquecedor
inferior. É muito importante para leucorreia.
VB32. Não tem funções energéticas tradicionais.
VB33. Funções energéticas tradicionais, fortalece os joelhos, dispersa o vento e o
frio e afasta a umidade.
VB34. Serve para qualquer dor no corpo. Promove circulação do Qí do fígado e
da vesícula biliar, ativa a circulação do sangue nos canais de energia. Regula a mobilidade das
articulações, relaxa e fortalece os tendões e músculos, fortalece ossos e joelhos, dispersa o
calor do fígado e vesícula biliar, dispersa vento, calor e umidade M.Is.
VB35. Relaxa os tendões e os músculos, dispersa o vento perverso.
VB.36. Harmoniza o Qí da vesícula biliar, relaxa tendões músculos, dispersa
umidade e calor do fígado e vesícula biliar.
Vb37. Harmoniza e tonifica o Qí da vesícula biliar e do sangue,clareia a visão,
dispersa o vento, o calor e a umidade.
VB38. Harmoniza o Qí da vesícula biliar, dispersa o vento a umidade e o calor.
VB39. É importante, harmoniza a vesícula biliar, fortalece o Qí dos ossos,
redireciona o Qí em tumulto contra a corrente, dispersa o calor do cérebro e da medula,
dispersa o yang excessivo da vesícula biliar, dissipa o vento e a umidade calor. Aumenta
energia no mar da medula.
VB40. Funções energéticas tradicionais, harmoniza o Qí do fígado e vesícula
biliar e do sangue, faz circular o Qí do fígado, dispersa o Qí perverso alojado na superfície e
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na profundidade, dispersa umidade e calor, redireciona o Qí tumultuado contra a corrente.
VB41. Abre energia de um meridiano, harmoniza o Qí da vesícula biliar e Dumay,
circula o Qí do fígado e vesícula biliar, Dumay. Clareia a visão e aumenta a audição,çç
dispersa o yang excessivo do fígado e transforma umidade e calor.
VB42.
VB43. Harmoniza o Qí da vesícula biliar, é ponto de tonificação vesícula biliar,
dissipa o yang excessivo do fígado, dispersa o calor do corpo e dispersa o vento perverso.
VB44. Yang extremo, sangria para pessoa que transpira muito. Harmoniza o Qí da
vesícula biliar, dissipa o yang excessivo do fígado, faz limpeza do fígado e vesícula biliar,
desobstrui a energia perversa do fígado e vesícula biliar ,clareia orifícios sensoriais e afasta o
vento calor.
FÍGADO
Polaridade yin. Horário de maior concentração de energia 01hs a 03hs. Sentido
pés tronco. Comanda as múltiplas funções do fígado, relacionado com metabolismo,
sexualidade, músculo, acuidade visual, sua expressão emocional é a cólera. Está relacionado
com a visão. Este meridiano está relacionado com vesícula biliar seu acoplado, vesícula biliar
e pulmão na seqüência da grande circulação. Intestino delgado pela via meio dia meia noite
opostos doze horas.
Rim é água
Coração é fogo na seqüência generativa dos 5 elementos.
Pulmão é metal
Baço-pâncreas é terra de acordo com a lei de dominância dos 5 elementos.
Através dos vasos secundários o meridiano do fígado, faz conexão com os
seguintes meridianos:
Pulmão F13 conexão com
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F5 faz conexão com VB40
F3 faz conexão com VB37
Existem ainda vasos secundários que liga este meridiano com os seguintes pontos
BP6, B33, P1, Vc2 e 3.
Sintomas de insuficiência de energia: visão diminuída, convulsão paralisia, unhas
quebradiças e angústia.
Sintomas de excesso de energia: pernas inchadas, tensão e dores torácicas,
diarréia, tosse, cãimbras MSs e MIs, dor e rigidez da coluna.
Trajeto sai do Halux passa pela face média interna da perna, pelo BP6, passando
pelos órgãos genitais e une-se ao meridiano ging mai 3 e 4 segue em direção ao fígado, onde
estabelece ligação com vesícula biliar e sobe lateralmente a fossa clavicular para chegar ao do
olho segue um ramo interno que contorna a boca e do fígado sai um ramo interno.
F1. Harmoniza e tonifica o Qí do fígado e do sangue, faz circular o Qí da energia
do fígado. Clareia o shen e a visão, harmoniza a circulação de sangue, reduz yang excessivo
do fígado, harmoniza o Qí do canal da energia. Prolapso do útero --F1, BP6, R6, Dumay 20
Qualquer dor relacionado com órgãos genitais faz-se sangria.
F2. Harmoniza o Qí e o sangue, dissipa o calor do sangue, clareia o Qí do
aquecedor inferior, faz circular o Qí estagante, acalma o shen, dissipa umidade e calor.
Tratamento para insônia F2, Dumay 20, P6, C7
F3. Funções energéticas tradicionais.Harmoniza e tonifica o Qí do sangue,
harmoniza o Qí do fígado e o Qí da vesícula biliar, redireciona o Qí em tumulto contra a
corrente, dispersa umidade e calor, faz a limpeza do Qí do fígado e calor, refresca o sangue e
relaxa os tendões e os músculos.
F2 e F3 são pontos de reforço.
F4. Funções energéticas tradicionais. Harmoniza o Qí do fígado e faz sua difusão,
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faz circular no canal energia do fígado, dissipa umidade e calor do fígado.
F5. Funções energéticas tradicionais. Harmoniza e tonifica o Qí do sangue,
remove obstruções de Qí dos canais de energia.
F6. Funções energéticas tradicionais. Circula o Qí do fígado, dissipa umidade e
calor.
F8. Funções energéticas tradicionais. Harmoniza e tonifica o Qí do fígado e
sangue, fortalece o Qí do joelho, dissipa o yang excessivo o fígado e do canal de energia do
fígado, tonifica e circula o Qí da bexiga, circula o Qí do aquecedor inferior, relaxa os tendões
e músculos, dissipa a umidade e o calor. tonifica o fígado.
Priaprismo- F8, Dumay 20, R6, BP6.
F9. Não há funções energéticas tradicionais.
F10. Não há funções energéticas tradicionais.
F11. Não há funções energéticas tradicionais.
F12. Funções energéticas tradicionais. Harmoniza as funções energéticas do
fígado, elimina umidade e calor.
F13. Não há funções energéticas tradicionais. Estão ligados as atividades mentais
(F13 ou P6)
F14. Funções energéticas tradicionais. Harmoniza o Qí do fígado e vesícula biliar,
promove a difusão do Qí do fígado, remove as estagnações de sangue provocada pelo frio
perverso e dissipa o calor perverso e a mucosidade do fígado. Esse ponto é mais sensível que
os demais.
01 Shon Tai Yin Fei Jing P02 Shon Yang Ming Da Chang IG03 Zu Yang Ming Wei Jing E04 Zu Tai Yin Pi Jing BP05 Shon Shiao Yin Xin Jing C06 Shon Tai Yang Xiao Chang ID
32
07 Zu Tai Yang Pang Huang B08 Zu Shiao Yin Shen Jing R09 Shon Jue Yin Xin Jing Cs10 Shon Shiao Yang San Jing TA11 Zu Shao Yang Dai Jing VB12 Zu Jye Yin Gan Jing F
ESSÊNCIA OU JING
1. Definição: a essência representa a constituição material do corpo humano, ao
mesmo tempo que relaciona-se com a hereditariedade. Não há nada nos conceitos médicos
ocidentais. A essência é origem da vida, é ela que precede a criação do corpo. Assim a
essência é também a base do corpo. Ela representa nossa herança hereditária e a constituição
material do corpo, com suas características, qualidades e limitações.
2 Tipos de essência.
2.1. Essência pré-natal ou essência do céu anterior: É a essência em sua
manifestação antes do nascimento, nesta fase segundo MTC, a essência não teve contato com
o exterior e alimenta-se basicamente do seu estoque que localiza-se no órgão zang (rim). Por
isso é também conhecida como essência original.
2.2. Essência pós-nata ou essência do céu posterior: É essência em sua
manifestação após o nascimento. Nesta fase a essência é nutrida pelo baço-pâncreas e
pulmões (Qí do ar, Qí dos alimentos e sangue). Por isto é chamada também de essência
adquirida e pode ser alterada pelos hábitos da pessoa (alimentação e ar). A essência pré-natal
relaciona-se mais com o código genético registrado no DNA, enquanto a essência pós-natal
relaciona-se mais com arcabouço protéico e conteúdo enzimático corporais.
2.3. Energia ancestral (yuan Qí). A essência pode-se dinamizar, segundo MTC,
assumindo características mais imateriais e fluídas e então circula nos canais. Durante a vida
intra-uterina a energia ancestral circula nos canais extraordinários ou vasos maravilhosos,
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quando vai promover o desenvolvimento embriológico. Na vida extra-uterina o Qí ancestral
circula principalmente nos canais extraordinários, mas pode estar no sangue ou nos canais e
colaterais. Na vida extra-uterina a essência dos rins se transforma em Qí ancestral e vai nutrir
a essência de outros órgãos.
2.4. Fisiologia e fontes de essência: A essência pré-natal flui do encontro/união
dos gametas e vai residir no rim, de onde promove o desenvolvimento embriológico. Após o
nascimento o Qí nutritivo e o sangue vai nutrir a essência dos rins. Esta então é dinamizada
pelo Qí do ar, sob forma de energia ancestral, vai nutrir a essência dos órgãos e tecidos. Parte
da essência vai formar a medula óssea, espinhal e o cérebro. Sob o ponto de vista a energia
ancestral como os mecanismos de mediação química e outros pelos quais o genoma contido
no DNA regula o desenvolvimento embriológico eliminando células que estão defeituosas.
2.5. Funções da essência ou jing
A. Estocar o princípio vital: essência e o princípio vital são praticamente
sinônimos. Princípio vital refere-se ao fator que trás hereditariedade dentro de si, que é
simbolizado pelos gametas e pela célula ovo.
B. Fornecer o yin e yang originais, a sede de todo yin e de todo yangé o rim que
estoca a essência, por esta razão o rim é responsável pelo balanço dos dois aspectos no corpo.
C. Nutrir a essência dos órgãos e vísceras, promover o desenvolvimento
embriológico, crescimento e maturação sexual.Aqui as funções da essência e o Qí ancestral se
confundem, vistos que são aspectos diferentes da mesma coisa, este ponto foi abordado com
detalhes nas funções de Qí.
D. Nutrir as medulas e o cérebro. Na visão da MTC essência é o material
fundamental da formação das medulas, compreendem a medula óssea ou formadora de
sangue e a medula espinhal. As medulas são chamadas mar da essência. O cérebro é formado
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pela medula espinhal e depende dela para sua nutrição.
RELAÇÃO DOS CONSTITUINTES CORPORAIS ENTRE SI
1. Definição: Os constituintes corporais se relacionam em sua fisiologia e se
combinam na formação dos órgãos, vísceras e tecidos. Essa interrelação é importante de ser
compreendida, pois faz parte da fisiopatologia de várias doenças.
2. Qí e sangue (xue). “O sangue nutre o Qí, e o Qí circula o sangue”. O sangue é
comandante do ar, e o ar é mãe do sangue. O Qí e o xue simboliza o yang e o yin
respectivamente, quando predomina um sobre o outro vai ocorrer um desequilíbrio do yin e
do yang.
O Qí é mais yang O xue é mais yin
O Qí é mais i material O xue é mais material
O Qí faz xue circular O xue nutre o Qí
O Qí aquece e movimenta O xue nutre e umedece
O Qí tendência a rebelião O xue tendência a estagnação
O Qí mais exterior O xue mais interior
Sangue nutre o Qí-->relaciona-se com a necessidade do último de ser ajudado a
circular, o sangue é mais material, mais viscoso, mais yin por isso circula com dificuldade. O
Qí é mais fluído e caracteriza pelo movimento, além de aquecer e dilatar os canais facilitando
a circulação, por isso o Qí faz circular o sangue, quando existe estagnação de Qí com o passar
do tempo pode ocorrer estagnação de sangue também.
3. Qí e os líquidos corporais--> O líquido corporal jing ye é caracteristicamente
yin, portanto tende a imobilidade. É o Qí portanto que o ascende ao aquecedor superior para
ser distribuído. Quando existe deficiência do Qí (particularmente do fígado e baço) os
líquidos corporais se acumulam na parte baixa do corpo causando edema pois, o yin tende a
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descer e o yang tende a subir. Quando os líquidos corporais falham em ascender o yang se
acumula no alto do corpo gerando sintomas de calor no alto e frio em baixo, ou seja, a
separação yin do yang isto pode ocorrer quando tanto o Qí, quanto os líquidos estão
deficientes e existe pouco líquido corporal e o existente não é impulsionado pelo Qí. Os textos
antigos afirmam “o Qí ascende os líquidos e os líquidos refrescam o calor”.
4. O Qí e a essência:O Qí do ar nutre a essência e a mobiliza em Qí ancestral, por
sua vez vai nutrir a essência dos órgãos. Quando o Qí está deficiente principalmente o Qí do
pulmão o Qí não descende adequadamente, o Qí do rim e a essência dos órgãos vai
enfraquecendo gerando uma constituição débil. A essência é quem gera constituição material
dos órgãos e permite que eles produzam Qí e sangue. Quando a essência está enfraquecida a
essência dos órgãos fica debilitada e a produção de Qí é deficiente, o Qí é de natureza yang e
a essência é de natureza yin. Quando o Qí está estagnado, em excesso pode gerar calor
causando dano a essência e lesão aos órgãos.
Qí é ar pulmão
Essência é rim.
5. Sangue e líquidos corporais: O sangue e o líquido umedecem os órgãos e a
periferia, quando o sangue e os líquidos estão deficientes vão predominar os sintomas de
secura, pele seca, lábios secos e rachados, sede... ... o líquido corporal forma o sangue, quando
o líquido corporal está deficiente pois não será formado adequadamente.
6. Sangue e essência:A essência nutre as medulas que vão formar o sangue,
quando a essência está deficiente vai formar a medula, pouco sangue é formado, o sangue por
sua vez junto com o Qí é que nutre a essência para formar a essência pós-natal ou essência
adquirida. Quando o sangue está deficiente a essência dos órgãos fica enfraquecida, gerando
debilidade no organismo, a essência é o elemento primordial do sangue quando a essência é
lesada vai formar em sangue de características estagnantes, gerando estagnação do sangue.
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7. Essência e os líquidos corporais: O líquido corporal em essência pertencem ao
yin, quando os dois aspectos ficam em deficiência o yin fica enfraquecido, gerando excesso
de calor relativo ao yang.
A TEORIA DOS ÓRGÃOS ZANG FU
1. Introdução
Zang > órgãos
Xin > coração
Zhú > vasos sanguíneos
A.Governa as atividades mentais,une todas as funções do organismo pelos vasos
sanguíneos, o huá do coração está no rosto, o coração abre tchao na língua, a expressão
emocional é a alegria, o corpo do coração é o sangue, dos cinco elementos é o fogo, o líquido
do coração é o suor, é yin, abriga shen.
Órgão tesouro (da escola francesa) são órgãos sólidos os mais importantes na
fisiologia corporal, sua função na MTC é produzir e estocar as substâncias vitais, ou seja,
energia (Qí) sangue (xue) essência (jing) e líquido corporal (jing ye). Os órgãos zang são em
número de seis e cada um está ligado a um meridiano ou a um canal principal. A análise do
ideograma zang mostra que ele é composto por duas partes, a primeira significa “carne”, e a
segunda estocar, mostrando a relação do yang com as substâncias vitais.
B. Vísceras fu órgãos (ateliê da escola francesa). São as vísceras ocas e de menos
importância que os órgãos zang, sua função na MTC é separar nos elementos o túrbido,
excretando do límpido que deve ser absorvido, as vísceras fu são em número de seis a cada
uma está ligada a um canal ou meridiano. A análise do ideograma fu mostra que o primeiro
componente é o mesmo para zang que significa carne e o segundo significa assento (=cadeira)
governamental, isto porque na China era o governo que distribuía a comida, isto porque as
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vísceras separam da comida o Qí límpido que é encaminhado aos órgãos zang.
C. Órgãos extraordinários: São assim chamados porque tem características tanto
de órgãos zang como de vísceras fu. Como os órgãos zang eles tem em comum o fato de
armazenarem material de natureza yin, como as vísceras fu sua semelhança é o fato de que os
órgãos extraordinários são em número de seis: cérebro, útero, ossos, vasos, vesícula biliar e
medula espinhal. Dos órgãos extraordinários dois são mais importantes, relacionam com os
canais extraordinários: cérebro e útero também podem ser chamados de palácio eterno
extraordinário do corpo.Cérebro função da alma energia do corpo, trata-se no meridiano do
coração.
Útero: Tchan Qui (órbita da energia ou corpo que já está formado) cria a vida
função de ligar, sincronizar circular,energias yin e yang.
Yin mulher útero: tem função de regular os seis órgãos e seis vísceras a vaso
concepção.
Yang homem rim: tem função de regular os meridianos vaso governador
2. Pulmão (Fei) é de natureza yin
Zhú do ar e da respiração.O pulmão distribui, vaporiza ou gasifica o ar,
aquecendo-o fazendo com que o mesmo suba. O pulmão retém o alimento pois o ar desce.O
pulmão reajusta reorganiza os canais do líquido orgânico (jin ye). O pulmão une todas as
energias Qí do nosso corpo, e distribui para todo o corpo.O huá do pulmão é a pele e pêlos.
Abre o tchao do nariz. A expressão emocional é a tristeza.O corpo do pulmão é a pele.Dos
cinco elementos é o metal. O líquido do pulmão é a coriza.
3. Fígado (gan) é de natureza yin
Zhú do sangue. Função de eliminar, liberar, filtrar, selecionar sangue. O fígado faz
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o sangue subir e o pulmão faz o sangue descer.O huá do fígado são as unhas. O fígado abre
tchao nos olhos. A expressão emocional é a raiva. O corpo do fígado são os tendões,
ligamentos. Dos cinco elementos é a madeira. O líquido do fígado é a lágrima.
4. Rim. Shen. É de natureza yin.
Zhú da áua (líquido do corpo).Rim suga ar e consolida ar (faz a retenção de ar
dentro do corpo). O huá do rim é o cabelo e os dois yin (órgãos genitais externos). O rim abre
tchao na orelha. A expressão emocional é o medo. O corpo do rim são os ossos se
articulações. Dos cinco elementos é a água. O líquido do rim é a saliva. O rim armazena
essências genitais (esperma e óvulo).
Hereditárias (céu anterior), dentro do ventre materno
Essências genitais --->
Adquirida (céu posterior), através da alimentação, após o nascimento.
5. Baço (pi) é de natureza yin
Zhú transportar, transformar sangue, transportar energia vital, alimentos em
nutrientes. Baço que controla a velocidade do sangue nos vasos do corpo tem função de
controlar e solidificar o sangue para que o mesmo não saia fora dos caminhos, vasos
sanguíneos. O huá do baço está nos lábios.O baço abre tchao na boca. A expressão emocional
é a preocupação. O corpo do baço é a carne e músculos. Dos cinco elementos é a terra. O
líquido do baço e a sialorreia.
VÍSCERAS
VESÍCULA BILIAR: Pertence ao órgão eterno extraordinário. Função faz
secreção de bilis (bilis transforma alimento em energia) auxiliando no metabolismo, manter a
circulação, controla e regulariza várias partes do sistema digestivo e fígado.
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ESTÔMAGO
Depósito recipiente de sólidos e líquidos.
INTESTINO DELGADO: Recebe o alimento que vem do estômago e transforma
alimento em energia nutritiva, através do sistema digestivo, faz a classificação dos alimentos
separando os límpidos dos turvos. Os turvos são mandados para o intestino grosso.
INTESTINO GROSSO: Recebe alimento do intestino delgado, faz a última
classificação e o que não serve é eliminado através das fezes.
BEXIGA: Recipiente da urina, a bexiga gaseifica, vaporiza para que o vapor suba
e umedeça os rins.
TRIPLO AQUECEDOR:
Aquecedor superior - coração e pulmão
Aquecedor medial - estômago e baço
Aquecedor inferior - fígado e rim
Governar e administrar o organismo e função de Qí. Os canais onde o líquido
orgânico circula devem estar limpos, e livres, quem os mantém limpos e livres é o triplo
aquecedor.
Sistema simpático, dilata os canais
Na MTC -->
Sistema parasimpático, contrai os canais
O meridiano do triplo aquecedor administra o corpo inteiro e dentro do nosso
corpo existe calor e é o triplo aquecedor que dilata os canais.
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RELAÇÃO CORAÇÃO E PULMÃO
Residem no tchao superior e interdependem para distribuir Qí e xue. Relação ciclo
movimento. Fogo domina metal. Metal controla fogo.
RELAÇÃO FÍGADO E CORAÇÃO
Dependem de sangue para sua nutrição. yin da madeira gera o yin do fogo. São
órgão uang da madeira, gera yang do fogo. Coração e baço dependem da nutrição pelo
sangue, o yin do fogo nutre o yin da terra.
O rim domina o yin e yang do coração.
RELAÇÃO CINCO MOVIMENTOS
O yin da água domina o yang do fogo, e o yang da água domina o yin do fogo. A
essência do rim domina a essência do coração.
Yin sempre vai ser essência
Yang sempre vai ser função
O fígado mantém o livre fluxo de Qí e ajuda a descida do Qí do pulmão, ou seja,
metal domina madeira e as vezes madeira contra domina metal.
Zang fu
Fígado domina o livre fluxo digestivo, madeira domina terra, rim gera essência do
fígado.
Zang fu e cinco elementos:
Água gera madeira ou yin da água gera essência. Fígado que domina o livre fluxo
digestivo. Cinco movimentos,madeira domina terra.
Órgãos - yin são em número de seis, baço-pâncreas, pulmão,pericárdio, fígado,
41
rim.
Vísceras-yang intestino grosso, intestino delgado.
PULMÃO -Taim, polaridade yin, horário 3-5hs este meridiano encontra-se com a
máxima energia, o horário seguinte é recomendado para tonificá-lo. Este meridiano comanda
o aparelho respiratório incluindo as vias aéreas (fossas nasais e brônquios, laringe) e a pele
sua expressão emocional é a tristeza.
O meridiano do pulmão está relacionado com intestino grosso seu acoplado,
fígado e intestino grosso na seqüência da grande circulação de energia, bexiga pela via meio
dia meia noite opostos 12hs, baço pâncreas e rim na seqüência generativa dos cinco
elementos, coração e circulação de acordo com a lei de dominância dos cinco elementos.
VASOS SECUNDÁRIOS, através dos vasos secundários o meridiano do pulmão
faz conexão com: P1 com F14 relação pulmão e fígado; IG4 e P9 com IG6.
Sintomas de insuficiência de energia: Dor e frio em toda região cervical, temor ao
frio, tosse, insônia, alteração da cor da pele, língua vermelha, dor subclavicular, perda das
forças, tristeza, angústia, desassossego.
Sintomas de excesso de energia: transtornos congestivos, dores no ombro,tosse
bocejos, agitação e excesso de auto-estima.
TRAJETO:
Inicia-se no triplo aquecedor medial, liga-se ao intestino grosso, dá uma volta no
intestino grosso subindo pela cárdia e diafragma, entra no pulmão sob e sai entre a clavícula e
axila desce pelo bíceps na frente do meridiano do coração, chega na dobra interna do cotovelo
segue internamente pelo braço, passa pelo pulso e chega ao nível da unha do polegar, pertence
a energia yin, vai de baixo para cima, percorre a parte interna do braço e tem 11 pontos.
Os pontos de maior importância terapêutica são:
42
Ponto de tonificação: a energia aumenta no meridiano correspondente.
Ponto de sedação: a estimulação tem o propósito de sedar a energia.
Ponto fonte: fortalece o ponto de sedação e dispersão e regularizando as funções
de dispersão.
Ponto de reunião :sua função se estende a um grupo de meridianos e funções.
Ponto Luo: permite ação sobre o meridiano acoplado equilibrando sua energia.
Ponto de assentamento: encontra-se no meridiano da bexiga correspondendo a um
determinado órgão ou víscera, sua estimulação permite uma ação de regularização
complementar aquela dada no ponto principal.
Ponto de alarme: é aquele quando posicionado existe dor, significa que o
meridiano está desequilibrado.
Ponto de tonificação do pulmão P9
Ponto de sedação do pulmão P5
Ponto fonte do pulmão P9
Ponto Luo do pulmão P7
Ponto de alarme do pulmão P1
Ponto de assentamento B13
P1--> ponto de alarme -Zhong fu indicação regula o Qí do pulmão.
ZANG FU
RELAÇÕES:
A. Pulmão-coração
1. Qí e xue: o pulmão domina a distribuição de Qí e o coração a de xue, Qí circula
xue e xue nutre Qí, se o Qí do coração está fraco xue está mal distribuído enfraquecendo o Qí.
43
Se o Qí do pulmão está fraco o Qí será deficiente e circulará pouco levando xue a estagnação.
2. Zhong Qí: é pulsátil e depende do pulmão e do coração se o Qí de um dos dois
órgãos está enfraquecido, o zhong Qí fica enfraquecido causando taquicardia, voz fraca e
memória ruim.
3. Pulmão e coração residem no jiao superior: por pertencer ao mesmo aquecedor
a doença pode migrar de um órgão para outro, isto é, particularmente observado nas doenças
por calor, causando fleuma como os ataques externos por calor umidade ou ascensão do vento
do fígado. Conclusão é comum notar que o Qí do coração se altere em patologias respiratórias
e vice-versa. Ex: asma (deficiência do Qí do pulmão geralmente vem acompanhada de
palidez, taquicardia e palpitações, angina pectoris que é estagnação doo Qí do coração) vem
acompanhada de dispnéia e taquipnéia.
B. Coração e fígado
1. Fisiologia do sangue: o coração distribui o sangue e o fígado o estoca, duas
atividades tem que estar coordenadas para o funcionamento adequado do sangue. Se o Qí do
coração está deficiente o fígado não será nutrido com o sangue e o sangue nos dois órgãos
ficará deficiente, causando sintomas como palpitações, nervosismo, insônia e irritabilidade.
Se o sangue do fígado está deficiente entra não supre as necessidades corporais causando
amenorréia, fadiga etc... ...
2. Harmoniza shen: O coração abriga shen, o fígado é responsável pelo livre fluxo
das emoções (livre fluxo de Qí). Quando o livre fluxo de Qí está alterado isto pode alterar
shen causando: nervosismo, agitação, irritabilidade, loquacidade (loucura) etc... ... no sentido
inverso emoções intensas e respectivas afetam o shen e o livre fluxo das emoções levando o
Qí a estagnar com sintomas como; irritabilidade,náuseas etc...
3. Coração fígado como órgão yang: Coração movimenta fogo e o fígado
movimenta madeira, são mais yang e podem produzir yang. O yang caracteriza-se por subir.
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Por isso que se observa o yang do fígado provocar uma hiperatividade do coração por outro
lado o sangue é yin e nutre o yin de ambos órgãos, quando o sangue está deficiente o yang
relativo pode ficar aparente. Conclusão as patologias que envolvem fígado e coração são em
geral de natureza yang e envolvem shen causando muitos sintomas na esfera emocional.
C. Coração e baço
1. Fisiologia do sangue: O coração sintetiza o sangue e o baço produz a maior
parte dos componentes do sangue (Qí dos alimentos, fluído corporal, Qí defensivo e ainda
nutre a essência das medulas) quando o Qí do baço está deficiente não vai produzir
eficientemente os constituintes do sangue e o sangue no coração vai ficar deficiente causando
memória fraca, queda de cabelo e fadiga. O coração domina os vasos e o baço mantém o
sangue em seu interior , se o Qí do baço e do sangue está enfraquecido o sangue pode
extravasar.
2. O baço é um dos principais órgãos em Qí nutritivo; o coração sintetiza e
distribui o sangue, o Qí circula sangue e o sangue nutre entre o Qí, se o baço e o coração estão
deficientes haverá deficiência de Qí e sangue e ao fim de algum tempo pode surgir
estagnação. Conclusão as patologias do baço e coração em geral com deficiência de Qí e
sangue pode apresentar sangramento ou um nível mais avançado de estagnação.
D. Coração e o rim
1. Segundo MTC o coração distribui yang de cima para baixo amornando tecidos
e órgãos enquanto o rim ascende o yin nutrindo o yin dos órgãos e tecidos. Isso é chamado na
MTC de assistência mútua do fogo e da água quando o yang está comprometido o yang do
corpo todo fica comprometido frio no corpo, principalmente nas extremidades, palidez.
Quando o yin do rim fica comprometido o yin do corpo fica comprometido e surge sintomas
como calor no corpo, calor nas mãos e pés.
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2. Yang do rim e do coração: O yang do coração se distribui pelo corpo mas o
yang do rim é a fonte do yang do coração (rim domina coração) pois rim é a sede da essência
e do Ming Men portanto se o Yang do coração vai ser também afetado, assim apareceram
sintomas como diminuição da libido, impotência, frio nos joelhos e região lombar, junto com
os sintomas de deficiência de yang no corpo.
3. O yang do rim e do coração: O rim estoca essência e o coração domina o
sangue, o sangue nutre a essência e vice versa, a essência do rim ou sangue do coração
enfraquece surge um ciclo vicioso no qual ambos vão ficando progressivamente deficientes e
pode culminar a morte porque acaba a assistência mútua.
3. A essência e o sangue: O coração abriga o espírito e o rim estoca essência. A
essência é a fonte do corpo e do espírito, no Nei Jing o livro questões simples afirma: “a
essência é a raiz do Qí Chang Shen” quando a essência enfraquece o shen fica enfraquecido
levando ao desinteresse, perda de memória, insegurança, raciocínio lento,instabilidade
emocional. Conclusão o rim e o coração são os principais envolvidos no equilíbrio do corpo.
O processo de envelhecimento compromete a essência o sangue e a mente, culmina com a
morte e relaciona-se com esses dois órgãos.
E. FÍGADO E PULMÕES
1. Movimento do Qí: O fígado ascende e mantém o fluxo do Qí, o pulmão
descende e domina a distribuição do Qí quando o pulmão está com o Qí deficiente ele não
descende e não distribui adequadamente, o Qí nutritivo fica enfraquecido e tende a estagnar, o
Qí deficiente e estagnado gera dispnéia, parestesias, nervosismo ,irritabilidade, quando o Qí
do fígado está muito estagnado pode dificultar a descida do Qí do pulmão, os sintomas serão
de plenitude nos hipocôndrios. Quando a estagnação do Qí se transforma em calor pode
ascender para Chiao superior lesando o yin dos pulmões principal sintoma será dor toráxica
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(lesão de yin dos pulmões é o quadro clássico do abcesso pulmonar).
2. O Qíe xue: O pulmão domina a distribuição de Qí e o fígado estoca xue, o Qí
movimenta xue e xue nutre Qí. Quando o Qí do pulmão é deficiente e o Qí do fígado
estagnado xue tende a se estagnar gerando hepatoesplenomegalia e coágulos nos ciclos
menstruais. Conclusão: os desequilíbrios envolvendo fígado e pulmão relacionam-se do Qí
que ascende em excesso ou não descende adequadamente, síndromes muito crônicas de
estagnação de Qí vão resultar em estagnação de sangue.
F. FÍGADO E BAÇO:
1. O Qí do fígado e baço: O livre fluxo de Qí é fundamental para o processo de
transporte e transformação do baço. Quando o Qí está estagnado o baço não transforma e não
transporta os alimentos e nem pode acendê-los ao aquecedor superior, os sintomas são;
nervosismo, irritabilidade, digestão difícil, dor e plenitude abdominal e diarréia.
2. O Qí do fígado e o fluído corporal: O baço forma o fluído corporal, o fluído
corporal é a base dos processos corporais, quando o baço produz um fluído estagnante ele se
transforma em fleuma, a fleuma dificulta o livre fluxo de Qí, afetando o fígado. Os sintomas
são; náuseas, apetite fraca, diarréia, irritabilidade e plenitude nos hipocôndrios, plenitude
abdominal.
3. O Qí do baço e o xue do fígado: Baço produz os constituintes do sangue (Qí
dos alimentos, fluído corporal, nutre a essência e o Qí defensivo). Quando o Qí do baço está
deficiente, o xue pode ficar deficiente e não vai ser estocado pelo fígado. Os sintomas são:
amenorréia, nervosismo, palidez, cansaço, síndrome pré-menstrual. Por outro lado o fígado
regula o fluxo menstrual e o baço mantém o sangue nos vasos, se o Qí do baço não mantém o
sangue nos vasos , vai gerar hipermenorréia comprometendo o sangue do fígado. Se o sangue
já estiver deficiente ocorrerá o desrregramento menstrual.
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4. Fígado e baço no aquecedor médio: Classicamente o fígado habita o aquecedor
inferior, contudo os textos clássicos hora se referem ao fígado no aquecedor inferior, hora no
aquecedor médio. O excedente do Qí do fígado sob forma de bile ajuda o baço e o estomago a
transformar os alimentos. Portanto pode-se considerar parte do fígado como pertencente ao
aquecedor médio, esta convivência próxima com baço faz com que as funções de um afetem
muito as funções do outro. Isto faz surgir uma síndrome chamada desarmonia entre o fígado e
o baço, onde mais de uma das relações descritas está envolvidas, os sintomas são invasão por
calor e umidade do aquecedor médio (hepatite e colangites). Conclusão as funções do fígado e
baço atua principalmente nos processos digestivos (transporte e transformação) do aquecedor
médio. No tocante a ação dos dois órgãos sobre o xue a principal repercussão é sobre os ciclos
menstruais.
G. FÍGADO E RIM
1. A essência do rim e do fígado: Os textos antigos afirmam: “o fígado e o rim”
tem a mesma fonte, isto significa que a essência do rim nutre do fígado e o yin do fígado
pertence a essência. Quando a essência fica comprometida a essência do rim e fígado fica
comprometida gerando sintomas como: emagrecimento, diminuição da visão, perda dos
dentes, amenorréia, hipoacusia (diminuição da audição).
2. Yin do rim e yin do fígado: a essência do rim nutre o fígado e esta essência
pertence ao yin, quando yin do rim está deficiente o yin do fígado também pode enfraquecer
ocasionando aumento relativo do yang. Os sintomas são: cefaléia pulsátil, irritabilidade,
aumento pressão arterial, insônia etc... ...
3. A essência e o xue: A essência estocada no rim nutre o sangue e promove a
fertilidade. O xue do fígado nutre a essência e o útero e promove os ciclos menstruais, quando
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a essência do rim está deficiente e o sangue estocado no fígado não é nutrido e ambos não
promove a fertilidade e as regras causando esterilidade. É o que ocorre na síndrome da
menopausa. As relações entre rim e fígado concerne o yin e a essência e conseqüentemente a
fertilidade principalmente a feminina.
H. PULMÃO E RIM
1. Recebimento e descida de Qí: pulmão recebe o Qí do ar, o rim recebe o Qí dos
pulmões quando o rim não é capaz de descender o Qí do ar dos pulmões, fica comprometido
gerando sintomas como cansaço e fraqueza na coluna lombar se por um lado o pulmão é
atividade, a essência do rim vai ficar comprometida gerando cansaço, lombalgia, constituição
fraca... ...
2. Circulação do líquido corporal: o pulmão abre as passagens de água e descende
o líquido corporal, o rim separa o límpido e o túrbido e ascende o líquido corporal pode-se
acumular abaixo no corpo causando edema. Como o líquido corporal não ascende há
deficiências de líquidos do pulmão. Os sintomas são: edema e frio em MIs com o calor
revertido, lábios ressecados, sede intensa, sensação febril. Se tanto o yang dos rins como o
yang dos pulmões estiver deficiente o líquido corporal se acumula e tem dificuldade tanto em
ascender como em descender. O edema é maior e, durante o dia é embaixo MIs, a noite
quando o paciente se deita os líquidos se movem com a gravidade e vão ao tchao superior
onde o pulmão não consegue descender “o acumulo de líquido apaga o fogo do coração
causando palpitação e mal estar pré-cordial é o quadro clássico de icc (insuficiência cardíaca
congestiva).
3. O líquido corporal e o yin do rim: o rim nutre o yin do corpo, o rim ascende o
líquido corporal para o pulmão, quando o rim está em deficiência leva a deficiência do líquido
corporal que pertence ao yin, com isso o rim não ascende o líquido corporal, vão surgir
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sintomas como boca seca, sede lombalgias, lábios ressecados... ... as relações do rim e pulmão
tangem a respiração (recebimento do Qí do ar) e a fisiologia do Qí corporal, circulação e o
líquido como parte do yin do corpo).
I. BAÇO E PULMÃO
1. Circula o líquido corporal: O baço produz o líquido corporal e ascende ao
pulmão, o pulmão abre as passagens de água e distribui o líquido corporal. É estagnado ou o
pulmão não distribui pelos aquecedores vai se acumular nos aquecedores médios superiores e
torna-se mais espesso sob a forma de fleuma. Sintomas de plenitude abdominal e torácica,
náusea, tosse com expectoração e pouco apetite.
2. Circula o Qí corporal: O baço produz o Qí puro dos alimentos, o pulmão
produz o Qí puro do ar e junta os dois para sintetizar o yin Qí. Quando o baço não produz
suficiente Qí dos alimentos e o pulmão não recebe adequadamente o Qí do ar a produção de
Qí nutritivo fica comprometida gerando deficiência. Sintomas cansaço, anorexia
palidez... ...conclusão as relações do baço e pulmão refere-se a produção de Qí nutritivo e
metabolismo do líquido corporal. Quando os dois órgãos estão envolvidos, estão em
desarmonia em geral o Qí é deficiente, e o líquido corporal pode ficar comprometido.
J. RIM E BAÇO
1. O Qí adquirido e o Qí pré-natal: O baço transforma os alimentos produzindo o
Qí límpido dos alimentos que nutre a essência. A essência pré-natal estocada no rim através
do Qí ancestral reforça a essência dos órgãos. Se o baço não produz suficiente Qí dos
alimentos, o Qí não nutre a essência do rim e esta fica deficiente, se a essência do rim não
reforça a essência do baço através do Qí ancestral o Qí do baço fica enfraquecido e não
promove o transporte e a transformação dos alimentos, os sintomas são diarréia, fraqueza e
atrofia muscular.
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2. Yang do baço e yang do rim: O yang do rim nutre o yang do corpo todo, o yang
do baço é quem manda nos processos ativos de transporte e transformação de alimentos.
Quando o yang do rim não amorna baço surgem sintomas como diarréia, frio no abdomem,
lombalgia, frio na coluna lombar e quatro membros, hipertensão ... ...
3. O rim e o baço como órgão de base:O rim é a sede da essência pré-natal, o baço
é onde produz a essência adquirida através dos alimentos, quando a essência pré-natal e a
essência adquirida não estão plenas não vão nutrir a base gerando sintomas como fraqueza e
atrofia dos MIs e MSs, dificultando a coordenação da marcha.
4. O rim , baço e o fluído corporal: baço transforma os líquidos e sintetiza os
fluídos corporais, o rim separa o túrbido e o límpido e ascende o fluído corporal se o baço não
transforma adequadamente os fluídos e o rim não os ascende, eles podem se acumular sobre a
forma de edema na parte baixa do corpo. Conclusão as relações do rim e baço são as de
produzir a essência básica para construir a base material do corpo. Para tanto o aço necessita
do yang do rim para morná-lo por outro lado a deficiência da essência básica vai afetar
principalmente a base do corpo e os fluídos podem também acumular.
VÍSCERAS
A. Estomago e vísceras da digestão: o estômago comanda a descida do Qí túrbido
e a ser absorvida no tubo digestivo, quando algo ocorre impedindo o funcionamento adequado
da digestão, o Qí do estômago fica alterado e o processo digestivo é paralisado. Os sintomas
são náuseas, distensão abdominal, vômitos, se por outro lado o Qí do estômago está
diminuído todo processo digestivo fica diminuído.
B. Estômago e intestino grosso: o estômago é uma câmara de fluídos e o intestino
grosso absolve os fluídos separados no tubo digestivo, as duas vísceras são sensíveis ao
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ressecamento (deficiência de fluídos) as duas vísceras estão no mesmo nível energético
quando considerados como canais nível yang Ming.
C. Bexiga e intestino delgado: o intestino delgado separa os líquidos e o Qí
túrbido. Parte do Qí túrbido é secretado com as fezes a outra parte é conduzida a bexiga e
eliminada com a urina. Síndromes do intestino delgado pode causar oligúria, hematúria e
disúria como ambas as vísceras em termos de canal são consideradas do mesmo nível
energético. Tai yan da mão.
Síndromes yang Ming: lábios ressecados, sede intensa, boca seca, constipação ou
fezes ressecadas.
D. Triplo aquecedor e bexiga: triplo aquecedor auxilia a bexiga a separar o
límpido do túrbido e a excretar o Qí túrbido. É através dos canais do triplo aquecedor que o
fluído túrbido separado pelo intestino delgado chega a bexiga. O triplo aquecedor também
atua drenando líquido corporal para o aquecedor inferior para sofrer a separação do límpido e
túrbido. Por isso os pontos que atuam no triplo aquecedor são utilizados para drenar os
edemas.
ACUPUNTURA CLÍNICA
Em pontos bilaterais deve-se:lado direito do corpo tonificar, agulha em sentido
horário.Lado esquerdo do corpo sedar, agulha em sentido anti-horário.
Se a agulha fixar na pele:colocar gelo na ponta da agulha e/ou colocar agulhas em
volta da agulha aderida a pele.
Tai yang intestino delgado bexiga frio.------------------>
Shao yang triplo aquecedor vesícula biliar calor---->nos três casos utiliza-se
ventosa, fitoterapia, sangria,
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Yang Ming intestino grosso estômago sequidão ---> moxabustão, acupuntura.
Tai yin pulmão baço-pâncreas umidade--->
Jue yin fígado e circulação sexo vento----->nos três casos utiliza-se fitoterapia,
moxabustão, acupuntura.
Shao yin rim coração fogo -------------->
Frio perverso B67 sangria
Calor vesícula biliar B44 sangria
Sequidão estômago E45 sangria
Umidade baço-pâncreas BP1 sangria
Vento fígado F1 sangria
Fogo rim R1 moxabustão
ASCENÇÃO E DESCIDA DE QÍ
Com o objetivo de proporcionar um tratamento por acupuntura é essencial que se
tenha conhecimento do movimento ascendente e descendente do Qí nos meridianos internos.
Vários quadros patológicos são provenientes de um desarranjo na direção do movimento do
Qí. O movimento do Qí de determinados órgãos desce, enquanto de outros naturalmente sobe.
Os órgãos nos quais apresentam movimento descendente são: estômago, pulmão, coração,
rim. O único órgão onde o Qí possui movimento ascendente é o baço-pâncreas, o fígado é
diferente na medida que se o Qí difunde em todas as direções.
Qí yin: (ar energia movimento) significa que circula fora da sua órbita.
Os sentidos do Qí yin são os seguintes:
Estômago-> soluços,eructações, náuseas, vômito, regurgitação ácida, VC13,
VC10, E34, E44, E45, IG4,estes pontos regularizam a energia.
Pulmão--> tosse, asma, dispnéia, P7, P5, P1
Coração-->palpitações, ansiedade, salivação com sabor amargo dispnéia C5, C8,
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VC15
Rim-->asma, retenção urinária, R7,R1, VC4
Baço-pâncreas-->fezes soltas, diarréia, prolapso, VC12, VC6, VG20, B20
Fígado--> cefaléia, tontura, zumbido, irritabilidade, sabor amargo, cansaço, crise
nostálgica, dor hipocôndrio, dor abdominal, distensão dor hipogástrica, F3, F2, F1.
Receita para dor ciática-->ID3, ID4
E36 qualquer patologia abdomem
B40 qualquer patologia coluna sangria
P7 qualquer patologia cabeça e coluna
IG4 qualquer patologia boca e face
Cs6-pericárdio qualquer patologia tórax e coração
BP6 qualquer patologia abdomem inferior
Dumay 26 qualquer patologia epilepsia e primeiros socorros.
BIOTIPO
1. Shao yang: pessoa que gesticula muito, vasos sanguíneos aparentes, marcha
rebolante, temperamento emotivo, colérico,pretensioso, atividade mental intenso, brigas por
ideais político e/ou religioso, tendência ao adultério, bem humorado, franco e objetivo. Os
meridianos são vesícula biliar e triplo aquecedor 123.
2. Jue yin: bochechas salientes avermelhadas, olhos grandes, articulações
pronunciadas, magreza,tendência a varizes nas pernas. Temperamento raiva, cólera, confusão,
perda de memória, frustração por bobagens, fobias, envergonhado, irritabilidade emocional.
Os meridianos são fígado e Cs-pericárdio.
3. Yang Ming: pescoço largo, peitoral desenvolvido, tórax largo, abdomem
musculoso, face avermelhada, nariz fino e comprido, barba abundante (se for homem).
Temperamento moralista, educado, rígido, irônico, impacivo, paciente, alegre, generoso. Os
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meridianos são estômago e intestino grosso.
4. Tai yin: mãos e pés pequenos, tendência a obesidade localizada, pouca presença
de pêlos, tórax estreito. Temperamento indiferença, educado, desinteressado, flexível,
disperso, tolerante, contraditório, detalhista, preguiçoso. Os meridianos são baço-pâncreas e
pulmão.
5. Tai yang: sobrancelhas grossas, face grande, barba cerrada (se for homem),
narinas largas, costas largas com pernas finas, cabeça alta, vermelhidão no pescoço, mãos
grandes. Temperamento ambicioso, renúncia, motivação, herói, conflituado, sacrifício,
determinado. Os meridianos são bexiga e intestino delgado.
Dumay 20 é excelente para sedar intestino grosso.
6. Shao yin: constituição fraca, olheiras, ombros pequenos, face avermelhada,
pouca altura, pés e face enegrecida, rim e coração é preto. Temperamento lamentações, choro
freqüente, tendência ao suicídio, medo timidez, fuga de desafios.
ID7 ponto a trabalhar em casos de sede excessiva (sintoma de diabete).
DIFERENCIAÇÃO ENTRE ÓRGÃOS E VÍSCERAS
1. Coração e intestino delgado: coração xin, deficiência da energia do coração (xin
Qí xin). Sintomas taquicardia, palpitações, corpo cansado e pesado, sudorese, sem energia,
preguiça, pulso fino e fraco, língua pálida com muco branco.
Xin yang xin: deficiência do yang do coração, sintomas membros frios, respiração
fraca, mente fraca (incertezas), tontura e desmaio, sudorese profusa, pulso fraco e sensação
que está terminando, língua inchada, pálida de coloração azulada mais para tonalidade lilás.
Etiologia:
Xin Qí xue: queda da energia do coração, o sangue não possui energia suficiente,
não consolida, portanto não circula.
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Causas: deficiência do yang do coração, a função do órgão está deficiente.
Sintomas: mente cansada, doença crônica, pessoa cada vez mais fraca, doença
aguda, acidente fratura, pulso fino e fraco.
Deficiência do sangue do coração:sintomas taquicardia, muita insônia, rosto e
lábios pálidos, sem presença de huá, estocomas, tontura, língua pálida, pulso fino e sem força.
Deficiência do yin (líquido do coração) Jue yin xue. Sintomas boca seca,
ansiedade, sudorese (maçã do rosto vermelha e sintoma de fraqueza).
Retenção e estagnação do sangue do coração:
Causas: cansaço, trabalho excessivo (horário, qualidade e quantidade, bebidas
alcoólicas em excesso e gorduras em geral), constituição herdada fraca, doenças crônicas e
agulhas, desequilíbrio emocional.
Sintomas: taquicardia, dor no coração esta dor irradia até ombros e braços, mulher
presença de coágulo na menstruação, rosto e língua lilás, membros frios, presença de
sudorese, quanto mais escuro a língua maior a concentração de sangue no coração, pulso
áspero.
Hipertrofia do fogo do coração
Sintomas: impaciência, ansiedade, insônia, boca seca, urina avermelhada,
sensação de dor áspera ao urinar, língua vermelha, pulso rápido.
Etiologia: retenção emocional, perversos exterior, comida com temperos fortes,
cigarros, bebidas alcoólicas, gorduras.
Ps-> o fogo do coração sobe para o cérebro fazendo com que a pessoa fique
nervosa, agitada, nervosa, com rosto e língua e olhos avermelhados. A língua é o tchao do
coração. Com o calor forte a circulação torna-se rápida.
Desordem mental: o fogo queima o líquido orgânico fazendo com que este
bloqueie a circulação da energia.
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Sintomas: pessoa conversa assuntos impróprios para o momento, desmaio, infarto,
tontura, a noite a pessoa ronca, música do catarro, língua branca e gordura, pulso liso e
escorregadio.
Fogo de catarro: o fogo do catarro perturba o coração.
Sintomas: pessoa nervosa, insônia, rosto vermelho de estagnação de energia, urina
avermelhada, constipação, loucura, língua amarela e gordurosa, pulso forte e rápido e
escorregadio, presença de dor ar do intestino delgado (gases).
Qí xiao Chang: existe presença de dor aguda no estômago inferior, o abdomem
incha e o intestino tem presença de borboringos, o intestino cai havendo inflamação e dor com
sensação de peso, sendo que esta dor irradia para região lombar, língua saburra branca, pulso
profundo e incógnito.
Causas: alimentação irregular (rápida), alimentos fora do horário, choque térmico
e estagnação do ar e do sangue.
PULMÃO E INTESTINO GROSSO
Perverso do vento (feng), o vento frio invade, ataca, prejudica, perturba o pulmão,
faz com que as energias nutritivas caem.
Sintomas: tosse, catarro fino e branco,, sem presença de sede, nariz obstruído com
presença de coriza, aversão ao frio, febre com presença de suor, cefaléia (sensação de calor
interior). Vento quente invade, ataca e prejudica o pulmão, sensação de sede e cefaléia
(sensação de flutuação).
Etiologia: o vento quente ou frio penetra no corpo através dos poros, respiração e
alimentos.
Retenção de catarro úmido no pulmão: quando existir retenção sempre existirá
presença de catarro úmido na língua e esta será de duas formas: existe retenção e a energia
não chega devido a acumulação de líquido, a retenção porém já está mais forte prejudicando o
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coração.
O intestino grosso e reto já estão com maior acúmulo de gordura, a retenção de
catarro também prejudica o baço, devido ao calor úmido, devido a própria retenção fazendo
com que o Qí do pulmão não desça prejudicando o baço.
Sintomas: tosse, catarro, peito sensação de estufado, respiração curta, dificuldade
de dormir com abdomem voltado para cima, asma música do catarro, pulso liso, língua branca
e gordurosa.
Perverso de frio: o ar frio provoca retenção e a doença torna-se crônica, o catarro
bloqueia a circulação de ar, ou seja, o ar não circula nos meridianos.
Sintomas: tosse, presença de catarro, peito estufado, abafado e inchado.
Acumulação do calor do catarro no estômago: normalmente é provocado pelo
vento quente do calor ou do wei Qí (luta interna) o calor acumula e prejudica a circulação de
ar no pulmão. O pulmão trabalha com o ar fresco e quando o ar quente invade o pulmão este
perde a capacidade de filtrar, armazenar pois o mesmo fica abafado.
Sintomas: tosse, dor no peito, asma, catarro amarelo e grosso, urina amarela.
Deficiência de Qí no pulmão (fei Qí xiu ruo):
Etiologia: o ar do pulmão está em deficiência, a energia do corpo em geral está
baixa, órgãos e vísceras não conseguem repor energia, prejudicando o ar do pulmão, a
tendência desse quadro é de doença crônica.
Sintomas: tosse crônica, coqueluche, falta de ar, asma, bronquite, corpo possui
frio e tem aparência de frio, cansaço, sudorese, a pessoa fala pouco com voz baixa e trêmula,
língua pálida e saburra branca, pulso fino e fraco.
Deficiência do yin do pulmão (fei yin xin)
Etiologia: cansaço principalmente devido ao excesso de trabalho perverso de
secura prejudicando o yin do pulmão, pode-se afirmar que é calor falso do pulmão, pois os
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sintomas são de calor.
Sintomas: pouco catarro, boca e garganta seca, tosse com presença de sangue,
sintomas como se fora tuberculose, pneumonia e calor nos cinco corações, língua vermelha,
pulso fino e rápido.
Calor úmido e intestino grosso: perverso do calor ataca o estômago devido má
alimentação e/ou alimentação irregular (quantidade e qualidade do alimento, alimentos crus e
frios são difíceis de digerir, prejudicam o estômago e o baço, formando calor úmido no
intestino grosso prejudicando as funções do órgão.
Sintomas: dor de estômago, diarréia com sangue ou amarelada, queimação no
reto, boca seca, febre, o calor prejudica o yin, língua vermelha, gordura amarela, pulso fofo e
rápido.
PULSOLOGIA
PULSO ESQUERDO PULSO DIREITO
Profundo médio superficial profundo médio superficial
- C ID - P IG
- F VB BP BP E
R (excretar) R (filtrar) B Resistência Sist. TA
endócrino
Céu superficial esposo esposa
homem médio ID IG
terra profundo VB E
B TA
C P
F BP
R Cs
C.Cs.
F BP
R P
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Pulsologia: uma vez posicionado o dedo médio, o dedo indicador deverá ser
colocado distalmente ao dedo médio, ou seja, deverá apalpar a mesma artéria, só que a nível
da prega do punho, ao mesmo tempo que o dedo anelar deve tomar uma posição proximal ao
dedo médio. Após todos os dedos estarem posicionados, estes devem estar bem alinhados,
pois os três dedos deverão, durante o diagnóstico, exercer uma pressão homogênea, não
podendo haver variação de força entre um dedo e outro.
O pulso palpado pelo dedo médio, tanto pelo lado direito ou pelo lado esquerdo é
denominado de pulso guan.
O pulso palpado pelo dedo anelar, tanto pelo lado direito ou pelo lado esquerdo, é
denominado de pulso Qí.
As distâncias entre os pulsos, cún, guan, e Qí, não são distâncias fixas e sim
variam conforme o comprimento do antebraço do paciente, razão pela qual sempre deve-se
iniciar pelo pulso referente ao dedo médio (pulso guan).
Cada pulso revela a situação de excesso ou insuficiência de energia do respectivo
meridiano. Para cada ciclo respiratório (um ciclo respiratório corresponde ao início da
inspiração e ao término da expiração), ocorre normalmente 04 batimentos cardíacos (05
batimentos no máximo).
Para gestantes e crianças o batimento é de 6 a 7 por ciclo respiratório.
Os vasos sanguíneos possuem xue e Qí.
O ideal para se possuir qualidade e para melhor obtenção do pulso é ter 50% de Qí
e 50% de xue.
O pulso é dividido em três níveis de profundidade:
Céu superficial
Humano médio
60
Terra profundo
São considerados pulsos regulares os que representam intensidade e velocidade
moderada, características não muito fortes e nem muito fracas e podem variar de acordo com
a faixa etária e conforme alterações climáticas.
O pulso pode ser classificado de acordo com:
Nível superficial e profundo
Velocidade lenta e rápida
Intensidade forte e fraco
Ritmo rítmico e arrítmico
Características ondulatórias: grande, fino e escorregadio (áspero).
1. Pulso flutuante/superficial Fú Mai
Pulso flutuante superficial-doença externa-síndrome superficial.
Sintomas patológicos de superfície, a doença está iniciando, quando existe
palpação mais profunda não existe a sensibilidade do pulso, ou essa sensibilidade é menos
presente. Os seis perversos estão começando a prejudicar a saúde, penetrando no corpo. São
dois tipos de pulso flutuantes: pulso forte (como forma de defesa e superficial).Pulso fraco
(sem força para doenças crônicas, o corpo está gestando Qí e xue, yang em excesso porém
não tem força).
Ex: a sensação de palpação do pulso superficial pode ser comparada como se
estivéssemos apalpando a parte verde da cebolinha, ou seja, trata-se de substância fofa, oca e
vazia, uma outra sensação pode ser comparada a madeira roliça que cede a pressão quando
pressionada.
2. Pulso profundo- Cheng Mai
61
Pulso profundo: síndrome profunda, na circulação energética. Palpando na
primeira e segunda camadas não sente pulsação, começamos a sentir a pulsação quando
palpamos forte e profundo, ao diagnosticar este pulso, visualizamos sintomas de doença em
seu interior. Os perversos externos já atingiram órgãos e vísceras (zang Fu) o sangue e o ar Qí
e xue já possuem dificuldade de circular. Primeiro, o pulso tem força mas não está circulando
está preso. Segundo, o pulso é fraco pois existe deficiência de xue e Qí, não tem força para
circular. Terceiro, pulso lento tem síndrome do frio e deficiência energética é o pulso que
apresenta menos de quatro respirações em menos de 60bpm/min. O pulso indica sintoma de
frio que faz comprimir causando estagnação e retenção das energias.
A. Pode-se palpar o pulso lento porém com força é indicativo que o frio estagnou,
deixa o sangue menos ativo, razão pela qual o pulso é lento, mas se locomove com força pois
possui energia.
B. Pode-se palpar o pulso lento e fraco.Sintoma de deficiência principalmente de
Qí (yang) sendo considerado uma doença mais grave, pois consome energia provocado por
esgotamento, trabalho excessivo, má alimentação... ...
3. Pulso rápido -Sú mai
Pulso rápido síndrome do calor, presença de febre. É um pulso que apresenta o
equivalente a 90bpm/min é sintoma de calor, quando o pulso é forte é indicativo de perverso
de calor dentro do corpo, causando aquecimento e estimulando a circulação sangüínea.
A. O calor verdadeiro é original, não está fraco, causando pulso rápido e forte.
B. Quando o pulso é fraco não tem força devido a uma doença crônica (yang
falso) doença crônica por perda ou falta de sangue, vão levar síndrome de calor e presença de
febre.
62
4. Pulso deficiente, Xue Mai
Pulso fraco, tonto,síndrome de deficiência de energia yang -pulso yin. Tanto
superficial quando profundo não existe força no pulso, o Qí não é suficiente para bombear o
sangue por isso o sangue não chega até o pulso, devemos dar preferência a moxabustão, o
tratamento deve basear-se em tonificar.
5. Pulso em excesso - Shí Mai
Pulso cheio, síndrome de excesso energético, pulso muito yang. Possui força tanto
no superficial quanto no profundo pois os perversos estão lutando com elemento vital yin
(ocasionando excesso de energia) muito uniformemente.O pulso sendo yang deve-se fazer
tratamento que baseia na sedação.
6. Pulso grande - Hong mai
Pulso cheio como uma enchente, pode ser comparado as forças da água do mar. O
pulso é cheio e forte. Máximo sintoma de calor (calor forte) interno, dilatando os vasos
sanguíneos, facilitando a circulação de sangue.
7. Pulso pequeno - Xi Mai
Pulso fino como um fio, síndrome de deficiência energética, indica deficiência de
sangue e ar (Qí) por cansaço e doenças crônicas, deficiências energéticas e geralmente está
associado ao pulso superficial ou profundo: Ex: pulso pequeno e rápido indica presença de
calor, somente o difere do pulso grande por sua proporção ser bem menos.
8. Pulso escorregadio - Huá Mai
Pulso liso, síndrome do excesso de secreção, abundância de expectoração,
presença de edema, intolerância alimentar, gravidez, pulso yang. É superficial, liso como
63
bandeja de aço e bolinhas de gude rolando sobre a bandeja. O fluxo é fácil, sintomas de calor
verdadeiro, possui retenção de alimentos e líquidos, o calor encontra-se dentro dos vasos
sanguíneos, o dilata e causa ressecamento do Qí e xue. O fluxo é harmonizado todo tempo.
Sua circulação é fácil dentro das artérias, devido a isso é considerado o huá da gravidez.
9. Pulso áspero - She Mai
Pulso como faca afiada passando sob uma barra de ferro com dificuldade ao
deslizar. Este pulso é oposto ou liso e escorregadio, o sangue em si portando energia yin, ou
seja, é de natureza passiva, isto quer dizer que ele não é capaz de circular por si mesmo, razão
pela qual precisa de uma bomba que apresente características ativas, portanto que seja de
natureza yang e é justamente a bomba de Qí que é energia responsável que fornece a força
capaz de fazer que o sangue circule corretamente irrigando todas as partes do organismo.
Sintomas: estagnação de ar, retenção de sangue (quando existe retenção de sangue
significa dificuldade na circulação devido a isso o pulso não tem força), perda das energias
genitais e deficiência de sangue (deficiência de xue significa menos Qí e menos energia
ocorrendo pulso che mai porém fraco.
10. Pulso em corda - Xuán Mai
(ex: corda de violino tensionada) doenças do fígado, hipersecreções e algias,
sintomas como se fora malária.
Sintomas: dor, a energia está estagnada, retenção jing ye, problemas hepáticos
(existe fogo dentro dos vasos sanguíneos), devido a isso que os mesmos ficam tensionados e
fortes. Este tipo de pulso pode também indicar um quadro de resfriado além de um dia de
evolução.
Fazes:
Primeiro dia: o resfriado sendo causado por um fator de perverso externo
64
inicialmente atinge a parte mais superficial do organismo, razão pela qual esta doença em sua
primeira fase pode ser considerada uma doença pertencendo ao meridiano do pulmão
(lembrando que este órgão rege pele e pêlos) quando este paciente ainda se encontra neste
estágio de desenvolvimento de resfriado seu pulso assumirá características de superficial isto
indica que o perverso externo ainda se encontra na superfície do organismo.
Tratamento sangria em IG1 e P11.
Segundo dia: Se o resfriado em fase inicial não foi tratado, ocorrerá uma segunda
fase de desenvolvimento, esta fase assume característica referente ao meridiano do estomago,
nessa fase o perverso externo que se encontrava somente na superfície do organismo agora já
atingiu os níveis mais internos do corpo, por isso fica evidenciado que o perverso fica ao nível
do estômago, nesta fase o pulso do paciente assume características de um pulso grande, ou
seja, o pulso está tentando demonstrar que na grande maioria dos resfriados, isso pode ser
exemplificado pela presença de febre quando a pessoa está com resfriado e geralmente este
calor interno pode ser tão intenso que gera secura e conseqüentemente a constipação. No caso
de haver constipação é necessário tratá-la em primeiro lugar para que possa haver melhora do
quadro total do paciente.
Terceiro dia; se ainda assim o resfriado não foi tratado este evoluirá para a terceira
fase da doença, onde a doença passa a ser considerada de natureza do meridiano da vesícula
biliar, neste estágio o paciente já apresenta características de um pulso incógnito isso indica
que o perverso atingiu o meridiano do fígado e vesícula biliar. O tratamento neste estágio já
será diferenciado.
11. Pulso apertado - Jing Mai
Jing tenso, síndrome da dor (excesso de frio), se apresenta em sintomas de frio e
dor, é causado por estagnação de alimentos no estômago.
---->ponto extra libera alimentos aderidos a parede do estômago.
65
12. Pulso mole -Chú Mai
Pulso rápido, síndrome de excesso de energia yang, excesso de calor, má
circulação sanguínea e energética. Assume como característica específica a freqüência dos
batimentos cardíacos, possui uma velocidade irregular porém rápida, ex: sintomas de
hipertensão ou retenção de alimentos e líquidos orgânicos, pois ele está diminuindo o yin, é o
yang verdadeiro.
13. Pulso em nó - Jie Mai.
Jie - nó, Mai - lento,devagar, não possui ritmo. Excesso de energia yin, excesso de
frio, estagnação sanguínea. Caracteriza-se como pulso irregular porém lento, indica excesso
de energia yin, além de indicar estagnação sanguínea e excesso de frio, esse é o yin
verdadeiro.
14. Pulso substituto - Dai Mai.
Distúrbios dos órgãos, distúrbios emocionais, síndrome da dor. O pulso é fraco
porém possui batimentos irregulares, sendo que sua velocidade é normal, nem rápido nem
lento e a freqüência de batimento irregular, este pulso apresenta distúrbios dos órgãos e está
presente na síndrome de vento, dor, distúrbios emocionais e de fratura. A deficiência do Qí e
de xue, causa deficiência da circulação sanguínea.
Rim
Bexiga
Fígado Estômago Fígado
VB BP VB
Pulmão
Coração
66
Diagnóstico por meio de observação da língua:
A observação da língua está baseado em: cor, forma, saburra e umidade.
Locais específicos da língua reflete o estado dos sistemas internos.
A cor normal da língua deve ser vermelho pálida, a cor indica as condições dos
sistemas internos: língua pálida equivale a sintoma de frio, não possui calor, deficiência do ar
e do sangue (xin=insuficiência) temos que tonificá-lo.
Língua vermelha sintomas de fogo (Shí=excesso)
Língua bordaux
Língua lilás sintoma de retenção de sangue, derivações desse lilás língua seca,
sem brilho indicativo de calor, lilás pálido e úmida indicativo de frio, lilás com manchas
significa retenção de sangue.
Pálida, úmida, edemaciada significa deficiência do yang.
Pálida e seca deficiência de sangue.
Pálida e alaranjada nas laterais deficiência do sangue e do fígado.
Vermelha com saburra calor cheio pleno.
Vermelha sem saburra calor vazio.
Vermelha só na ponta, fogo ou calor vazio no coração
Vermelho nas laterais fogo no fígado ou calor na VB.
Vermelho no centro calor no estômago.
Vermelho na raiz calor no jiao inferior
A forma denota o estado de xue e Qí:
Fina e pálida deficiência de sangue.
Fina e vermelha ou áspera deficiência do yin.
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Edemaciada e pálida deficiência do yang
Edemaciada e vermelha ou normal retenção da umidade calor.
Rígida ou ainda desviada vento interior.
Flácida deficiência dos fluídos corporais.
Longa tendência para calor, calor do coração.
Curta, pálida, fria e úmida.
Curta vermelha e áspera deficiência extrema de yin.
Rachadura horizontal curta do yin do estômago.
Rachadura vertical longa do meio até a ponta, patologias relacionadas ao coração.
Rachadura superficial do meio que não atinge a ponta deficiência do yin do
estômago.
Rachadura curta e transversal nas laterais deficiência crônica da energia do baço
pâncreas.
A língua normal deve ter uma saburra pouco espessa e branca, a saburra indica o
estado dos sistemas internos yang em particular o estômago.
A saburra espessa sempre indica a presença de um fator patogênico esse fator
patogênico pode ser interior ou exterior.
Ausência de saburra deficiência do yin do estômago ou do rim.
Vermelha com ausência de saburra deficiência do yin do rim.
Saburra espessa e branca - frio
Saburra amarela - calor pleno
Saburra cinza ou preta úmida - frio intenso
Saburra cinza ou preta seca - calor intenso.
A umidade reflete o estado dos fluídos corpóreos - Jing ye. A língua normal deve
ser levemente úmida, indicando que os fluídos corpóreos estão intactos e estão sendo
68
adequadamente sendo transformados e transportados.
Seca - calor pleno ou calor vazio
Língua muito úmida - retenção de umidade
Língua pegajosa ou escorregadia.
Aula extra: Korea Suji-Tim
Vc12 ---> estômago ponto de alarme
ID
IG
VB
Vc12 e BP15 são dois pontos de alta resolução, fazem milagres.
B
BP15
Vc9 é ponto de metabolismo de líquido.
Quando atingir o Vc5 esta energia vai auxiliar energia renal.
Quando atingir o Vc4 se uma pessoa tiver problemas cardíacos ela vai sorrir,
ficará com mais energia porque vai transportar plasma.
É preciso saber da importância do estômago e baço-pâncreas.
No elemento terra existe uma fonte de raiz no qual existe sintomas. Quem tem
terra tem longevidade, vitalidade, vida longa.
O baço-pâncreas é a sede dos traumas e preocupações. O estômago é a fonte de
calor do nosso corpo.
Vc6 é o ponto onde está o chip da circulação.
Obesidade Vc4, Vc8 ou Vc8 observar elemento terra.
Vc trata as seguintes patologias: genito urinárias, problemas hormonais, Vc8
69
varizes.
Quando tem problemas no coração é porque há problemas no umbigo, Vc8 região
da grande circulação.
Vc10 úlcera duodenal.
Vc12 úlcera gastrointestinal.
Vc15 esofago, quando sente pontada debaixo do externo são gases
VG20 todos os distúrbios psíquicos faz-se sangria e pode-se fazer sangria em
bochim. VG 20 auxilia no mal de Parkson, Alzeimer.
No homem utiliza-se mão esquerda.Na mulher utiliza-se mão direita.
VG15 glândula hipófise, responsável pela menstruação.
VG em casos de rinite, sinusite, doenças do nariz, doenças hormonal.
VG15 em problemas da tireóide, mas deve-se trabalhar todo o VG.
BP15 IG6 Vc12 trabalhar em casos de obesidade.
Pode-se fazer sangria em qualquer parte da mão, em casos de dor em qualquer
parte do corpo faz-se sangria.
Do Vc1 ao Vc8 são pontos viagra.
Do Vc1 ao Vc8 fazer sangria em casos de cólicos uterinos. Trabalhar BP e
estômago é sempre o primeiro e melhor caminho.
Ansiedade afeta glândulas adrenais que estão acopladas ao rim.
E22 E25 são coringas e bilaterais.
B50 ou B67 para tratar a visão. Patologias da visão: cataratas, miopia,
estigmatismo. É um ponto calmante, trata dores ciáticas, problemas oftalmológicos, todas as
doenças nervosas, esquizofrenia, neurológicos, dores dorsais (cervicalgias, intercostais,
lombalgias, cãimbras, diminui hipertensão arterial com sangria em 01 minuto, doenças
venéreas, doenças ginecológicas.
70
Vc18 VG25 BP15 são pontos indicados para doenças respiratórias.
Causas de menopausa:fraqueza dos rins; utiliza-se os seguintes pontos R16 e R7
estes pontos tonificam e conseqüentemente fortalecem os rins. Ansiedade VG6. Todo e
qualquer diagnóstico inicia-se pelo VG6 utiliza-se apong 5 pontas. Psoríase a pessoa
apresenta quadro clínico de diminuição de cálcio, selênio P9 BP15 Vc12 VG6.
Hipertireoidismo e hipotireoidismo VG6 VG15 colocar apong de 5 pontas por 4 a 5 dias, ou a
fita se não houver apong, caso não haja calor de fundo emocional aplicar moxabustão.
Hipotireoidismo ou hipertireoidismo pode ser de causa emocional e/ou fraqueza renal utilizar
R7 e R16.
Gripe R3 ou entre IG1 e IG2,esperar 10 minutos, se demorar para passar sangria
VG19, indicado para casos de dengue, meningite.
O pulmão estoca líquido e secreções mas quem produz é o BP.
R3 e B50 quando faz-se sangria retira-se dores em casos de cálculos renais,
lombalgias crônicas, hérnia de disco. Para tratar hérnia de disco deve-se iniciar pelo IG para
retirar a febre.
Aplicar moxabustão nos ossos longos para aumentar vascularização óssea,
aumentar Hg e é excelente tratamento para leucemia, anemia.
Todo tipo de dor, insônia, vício e nervosismo aplicar ponto E7. Em casos de Shen
Men, cardiopatias, endorfinas, endócrino, glândulas supra renais aplicar E7.
Apalpar onde houver mais dor, deve ser aí que se coloca a agulha.
Emagrecimento: primeiro verificar se há úlcera, gastrite... ... E36, A8 para
estômago mais ervas medicinais (espinheira santa) chá wei ping shan é indicado para
estômago. BP6, Cs6, R3 mais moxabustão na mão (a mini moxa) aproximadamente 15
moxabustão, observar se evacua diariamente, se não trabalhar pontos F2, B5 BP3, IG4. Os
casos clínicos de tireoidismo necessita aproximadamente 6 meses de tratamento 3x semana.
71
Gravidez não pode usar os pontos IG4, E36.
Apong de alumínio é excelente porque ele suga energia e devolve a mesma
energia.
Cansaço e/ou estresse (quando há reação exagerada) a indicação é moxabustão
abdominal nos 3 pontos periumbilicais.
Manipular a agulha em sentido anti-horário seda.
Manipular a agulha em sentido horário tonifica.
OS MERIDIANOS
PULMÃO:
P1: funções energéticas tradicional regula o Qí do pulmão fazendo a
harmonização e sua circulação, difunde o Qí do pulmão, tonifica o Qí ancestral,
descongestiona o Qí do aquecedor superior, elimina o calor perverso.
P2: não tem função energética tradicional.
P3: não tem função energética tradicional, regula o Qí do pulmão.
P4: elimina o calor perverso do sangue.
P5: funções energéticas tradicionais, dissipa e elimina o calor e o vento do
pulmão, regula a via das águas, dissipa o calor do aquecedor superior, promove a dispersão do
uang Qí excessivo do pulmão, alivia a plenitude de Qí do tórax.
- triplo aquecedor ele relaxa e limpa os canais.
P6: funções energéticas tradicionais, harmoniza o Qí do pulmão e restabelece a
circulação de Qí dos canais de energia, dissipa o calor do pulmão e do sangue, promove a
circulação de sangue, dissipa o Qí em tumulto.
P7: funções energéticas tradicionais, harmoniza o Qí do pulmão, promove a
circulação de Qí do pulmão, promove peristaltismo do intestino, regula o Qí do Rem May,
72
dispersa o vento perverso, promove a dispersão do Yang excessivo do pulmão.
P9: há risco de lesar a artéria é melhor não utilizá-lo. Regula e harmoniza o Qí do
pulmão,promove ligação do aquecedor superior com o Qí do pulmão, aumenta circulação de
sangue do pulmão, dissipa o calor perverso, transforma a mucosidade e a umidade e calor,
dispersa a estagnação de Qí alojado no canal da energia, descongestiona o tórax, harmoniza o
Qí em tumulto.
P10: funções energéticas tradicionais, regula o Qí do pulmão, faz circular o Qí no
canal do pulmão, harmoniza o Qí contra corrente nos doze canais de energia, faz circular o Qí
da garganta, refresca o calor do pulmão e do sangue, dispersa o vento calor, dissipa o yang
excessivo dos canais de energia principais.
P11: indicado para sangria. Faz circular o Qí do pulmão e estômago, faz aumentar
o yang Qí, acalma o shen, dissipa o calor do sangue, refresca o calor do pulmão,
descongestiona o Qí estagnado da garganta, reanima o estado de inconsciência.
INTESTINO GROSSO (yang Ming da mão)
Horário de máxima concentração de energia 5-7hs. Pulmão e estômago na
seqüência da grande circulação.
Relaciona-se com os seguintes meridianos: pulmão seu acoplado, cuja função é de
absorção dos alimentos e eliminação de resíduos. Rim pela via meio dia meia noite opostos
doze horas, estômago terra, bexiga água na seqüência generativa dos 5 elementos, intestino
delgado e triplo aquecedor fogo, vesícula biliar madeira de acordo com a lei de dominância
dos 5 elementos, vasos secundários IG6 liga com P9 IG4liga com P7, IG9 liga com E. Outros
vasos secundários ligam-se com os seguintes pontos ID12, VB3, VB4, VB5, VB14, VC24,
Dumay26.
Sintomas de excesso de energia: calor, constipação, abdomem dolorido, palavras
73
incorretas, odontalgia, acne.
Sintoma de insuficiência de energia: temor ao frio, prolapso do reto, diarréia,
difícil aquecimento.
IG1. Funções energéticas tradicionais, faz a difusão do Qí do pulmão, dissipa o
calor da superfície e o calor perverso, dissipa e limpa o calor do pulmão, seda e dissipa o calor
perverso do intestino grosso, fortalece o Qí da garganta e reanima o estado de inconsciência.
IG2. Funções energéticas tradicionais, fortalece o Qí da garganta, faz circular o Qí
do intestino grosso, dispersa o calor e o vento calor do intestino grosso, dispersa o calor da
garganta.
IG3. Funções energéticas tradicionais, harmoniza o Qí do intestino
grosso,dispersa o calor do intestino grosso, descongestiona o Qí estagnado da garganta e
transforma umidade em calor.
IG4. Funções energéticas tradicionais, facilita o trânsito-fluxo e a descida dos
alimentos e intestinos, libera o calor perverso interno para a superfície do corpo, dispersa o
vento calor e o vento frio , dispersa o excesso de Qí do coração, promove a desobstrução de
Qí estagnado dos canais de energia, ativa a circulação de Qí e sangue dos vasos sanguíneos,
clareia a visão, reanima estado de inconsciência, tonifica wei Qí, transforma mucosidade e
umidade calor.
IG5. Funções energéticas tradicionais, acalma shen, dispersa o vento calor, dissipa
o calor e o vento perverso situado no intestino grosso, transforma umidade calor.
IG6. Funções energéticas tradicionais, harmoniza via das águas, faz circular o Qí
nos canais de energia, limpa o Qí do pulmão das energias turvas, dissipa o calor e o vento
perverso, descongestiona o Qí estagnado da garganta.
IF7. Funções energéticas tradicionais, acalma shen, harmoniza o Qí do intestino
grosso, fortalece o Qí do intestino grosso e estômago, transforma umidade, umedece a
74
garganta e fortalece a língua.
IG8. Não tem funções energéticas tradicionais.
IG9. Provoca a sensação de formigamento nos braços.
IG10. Funções energéticas tradicionais, harmoniza o Qí do estômago e intestino
grosso, regula e harmoniza o Qí do aquecedor médio, dispersa o vento perverso, promove
desobstrução da estagnação de Qí nos canais de energia, faz transitar o Qí nos canais de
energia.
IG11. Funções energéticas tradicionais, regula circulação de Qí e de sangue nos
canais de energia, harmoniza a energia essencial, fortalece o sangue e articulações, elimina o
vento perverso e umidade, elimina o calor perverso, refresca o calor, reduz a febre, transforma
umidade-calor, regula e umedece o intestino grosso, regula o Qí do pulmão.
IG15. Funções energéticas tradicionais, ativa a circulação de sangue,relaxa e
fortalece o Qí dos tendões, dispersa e afasta o vento e a umidade, dispersa o calor, afasta as
energias perversas.
IG20. Funções energéticas tradicionais, circula o Qí do nariz, dissipa o vento e o
vento-calor, dissipa o calor perverso e remove a estagnação do Qí do nariz.
Coração, pericárdio
Intestino delgado, triplo aquecedor
Fogo
Fígado
Vesícula biliar madeira Baço-pâncreas
Estômago terra
Rim
Bexiga água Pulmão
75
Intestino grosso metal.
CANAIS DE ENERGIA EXTRAORDINÁRIOS
Os canais de energia extra ou maravilhosos tem a finalidade de levar o Qí ou xue
para os espaços situados entre os canais de energia principais , assim como promover as
diversas ligações entre zang-fu. Sua fisiologia difere da dos canais principais não possuindo
pontos de acupuntura próprios, excetuando-se os de Rem may e Dumay. Utiliza-se dos pontos
de acupuntura comuns situados nos canais de energia principais para promover suas ações e
suas funções. Os canais de energia curiosos são em número de 08, cuja nomenclatura indica
suas características principais:
1. ReMay: vaso concepção ou mar da energia yin.
2. Dumay: vaso governador, ou mar da energia yang.
3. Dai Mai:canal de energia da cintura.
4. Chong Mai: canal de energia penetrante.
5. Vin Qiao Mai: canal de energia equilibrador do yin.
6. Yang Qiao Mai:canal de energia equilibrador yang.
7. Yin wei: canal de energia de ligação yin.
8. Yang wei: canal de energia de ligação yang.
A. Dumay
É vaso governador.Não se deve inserir agulha nos pontos da coluna vertebral.
DM1. Funções energéticas tradicionais, harmoniza e abre os canais de energia do
Dumay e Remay, harmoniza o Qí dos intestinos, fortalece a região lombar, acalma shen,
mantém o Qí dos orifícios inferiores, é o ponto mais específico para hemorróidas. A agulha é
inserida entre o coccix e o ânus.Aplicação da agulha 0.5 a 1.0.
DM2. Funções energéticas tradicionais, aquece o Qí do aquecedor superior,
aumenta a circulação do sangue nos vasos sanguíneos, fortalece a coluna lombar, afasta o
76
vento úmido.
DM3. Harmoniza e mantém o Qí dos rins, aquece o Qí do intestino grosso, sangue
e Qí dos genitais, fortalece coluna lombar e os joelhos, dispersa o frio úmido do aquecedor
inferior.
DM4. Tonifica e nutre a energia essencial , tonifica o yang.Tonifica e nutre a
energia essencial, tonifica yang Qí, fortalece o Qí da procriação, harmoniza o Qí do sangue e
a via das águas, tonifica a essência e aquece o yang Qí, facilita a circulação de Qí nos canais
de energia, dispersa a umidade e a umidade frio.
DM5. Harmoniza o Qí do baço-pâncreas e estômago.
DM6. Tonifica e aquece o Qí do baço-pâncreas e rins, dissipa o vento.
DM7. Harmoniza o Qí do baço-pâncreas e estômago.
DM8. Acalma a palpitação e o vento perverso.
DM9. Harmoniza as funções do Qí, fígado, vesícula biliar, faz circular o Qí do
fígado, faz expandir o tórax e o diafragma, dissolve a umidade e calor do fígado e vesícula
biliar, faz limpeza do fogo do fígado e calor.
DM10. Não tem funções energéticas tradicionais.
DM11. Harmoniza e tranqüiliza o Qí do coração, acalma shen, elimina o vento e a
mucosidade.
DM12. Harmoniza e difunde o Qí do pulmão, acalma o shenm faz limpeza do
fogo do coração, mantém a auto-estima, dispersa o Qí perverso do yang Qí, relaxa tendões e
os músculos.
DM13. Fortalece e difunde o Qí do pulmão e o wei Qí, acalma shen, faz transitar
o Qí perfeito superficial ou Qí verdadeiro para o exterior, faz a limpeza do calor do coração,
repõe as perdas de Qí por esforços e perda da energia interna, refresca as perdas de Qí por
esforços e perda da energia interna, refresca o calor.
77
DM14. Exterioriza o calor, faz transitar as energias perversas dos três canais yang
do corpo, fortalece o wei Qí, acalma shen, clareia a mente, dispersa o vento, faz limpeza do
fogo e calor perverso.
DM15. Fortalece as funções energéticas do Dumay, acalma shen e clareia a a
mente.
DM16. Circula o Qí perverso dos 3 canais yang, circula o yang Qí do corpo,
harmoniza o Qí dos pulmões, clareia a mente, guarda shen no coração ,dispersa o vento frio e
o vento calor.
DM17. Clareia a mente, induz a reanimação, dispersa o vento e a umidade calor.
DM18. Idem Dumay17.
DM19. Idem Dm17.
DM20. Mantém o yang Qí do corpo, remove e dispersa o excesso, estabiliza a
subida de yang para canais de energia yang acalma o shen e as emoções, clareia a mente,
reanima a inconsciência, circula o Qí do fígado e dispersa o yang Qí excessivo do fígado,
dispersa o vento interno do fígado e o vento perverso, relaxa os tendões e os músculos,
aumenta a auto-estima.
DM21. Clareia a mente, elimina mucosidade e dispersa o vento perverso, induz a
reanimação.
DM22. Não tem funções energéticas tradicionais.
DM23. Clareia a mente, elimina mucosidade e dispersa o vento perverso, induz a
reanimação.
DM24. Clareia a mente, elimina mucosidade e dispersa o vento perverso, induz a
reanimação, fortalece yang Qí, restaura o Qí, clareia a mente e as emoções, elimina calor
78
perverso.
DM26. Harmoniza o Qí de Dumay, revigoriza o Qí e o yang Qí, reanima o estado
de inconsciência, acalma shen e clareia a a mente, fortalece a coluna lombar, dissipa as
obstruções de Qí do envoltório do coração, dispersa o vento, e o vento mucosidade e a
mucosidade.
DM27. Situa-se no tubérculo, harmoniza o Qí contra a corrente do yin e do yang,
acalma shen, resguarda a ansiedade,apaga o calor interno e dispersa o calor perverso.
DM28. Não tem funções energéticas tradicionais.
REMAY
RM1. Harmoniza o Qí do Remay, harmoniza e tonifica o Qí, mantém a
essência e o Qí dos orifícios inferiores, acalma e clareia a mente. Proibido para gestantes pois
é abortivo.
RM2. Funções energéticas tradicionais, supre a falta de Qí dos rins, fortalece o
yang Qí , mantém a essência , harmoniza o Qí da bexiga , aquece o frio, fortalece o
aquecedor médio.
RM3. Fortalece o yang Qí, harmoniza o aquecedor inferior, harmoniza Qí do
útero, facilita as funções do Qí, tonifica as funções do Qí dos rins, harmoniza o Qí da bexiga e
as vias das águas, refresca o calor do sangue, dispersa a umidade e o calor.
RM4. Funções energéticas tradicionais, tonifica o Qí dos rins e o Huan Qí que é
energia ancestral, tonifica o Qí e o sangue, aumenta a energia ancestral, harmoniza e aquece o
Qí do útero, harmoniza o aquecedor inferior e fortalece o aquecedor médio, fortalece o yin Qí
e aquece o frio, dispersa a umidade frio e o calor, harmoniza o Qí de Shong May e Remay.
Agulha vertical ou diagonal para baixo.
RM5. Funções energéticas tradicionais, tonifica o yang Qí , aquece o yang qí e o
79
frio, harmoniza o Qí do aquecedor inferior, fortalece o Qí ancestral, faz retornar a energia
ancestral, harmoniza e aquece o Qí do útero e da próstata, faz aumentar o wei Qi e o Qí
defensivo, dispersa a umidade e umidade-frio. Em mulheres pode causar esterelidade.
Pontos localizados abaixo da cicatriz umbilical faz-se moxabustão.
RM6. Aumenta o Qí de todo o corpo, proibido aplicá-lo em gestantes, tonifica o
Qí dos rins e o Yong Qí, harmoniza e aquece o aquecedor inferior e o Remay, harmoniza a via
das águas, tonifica o Qí do sangue e o Yong Qí, fortalece a energia ancestral essencial, supre a
deficiência geral do Qí, restaura o colapso do yin Qí, dispersa a umidade e a umidade calor,
refresca o calor do sangue.
RM7. Tonifica a energia essencial, harmoniza e fortalece o yang Qí tonifica o Qí
dos rins, fortalece o aquecedor inferior, dispersa umidade, umidade frio.
RM8. Tonifica e fortalece o Qí do baço-pâncreas e estômago, tonifica o Qí dos
rins, harmoniza os intestinos, aquece e estabiliza o yang Qí, harmoniza a via das águas,
dispersa a umidade e a umidade-frio. É indicado usar moxabustão, é contra indicado usar
agulhar neste ponto.
RM11, RM12, RM13. Quando há debilidade do sistema digestivo pode-se usar
estes pontos.
RM14. Funções energéticas tradicionais, harmoniza o Qí do coração, acalma shen,
redireciona o Qí em tumulto contra a corrente, fortalece o Qí do aquecedor médio e
diafragma, dispersa mucosidade do tórax e diafragma, dispersa umidade do aquecedor médio,
faz limpeza do coração . Agulha 0.5 a 0.8.
RM15. Harmoniza o Qí do coração, acalma shen, redireciona o Qí em tumulto
contra a corrente, dispersa umidade e o calor, vento, harmoniza o Qí aquecedor médio.
A energia deste ponto de acupuntura não deve ser dispersada para que não se
interrompa o circuito da energia do coração é melhor evitar usar este ponto.
80
RM16. Não tem funções energéticas tradicionais.
RM17. Localiza-se entre os seios, pode-se usar pulmão P7 em lugar do RM17,
harmoniza a circulação de Qí, harmoniza o Qí do pulmão e do aquecedor superior , harmoniza
e aquece e tonifica o Qí, desbloqueia a plenitude de Qí do tórax, redireciona o Qí em tumulto
contra a corrente, faz a limpeza da mucosidade do tórax, dispersa a mucosidade, umidade, frio
e umidade calor. Agulha 0.3 a 0.8 em sentido paralelo em caso de dor direciona a agulha ao
local da dor.
RM18, RM19, RM20. Não tem funções energéticas tradicionais.
RM21. Funções energéticas tradicionais, harmoniza o Qí do tórax, harmoniza o Qí
contra a corrente.
RM22. Funções energéticas tradicionais, harmoniza e difunde o Qí do pulmão,
umedece e aquece a garganta e clareia a voz, suprime o Qí em tumulto e redireciona o Qí
contra a corrente, descongestiona a estagnação da mucosidade. Aplica-se digipressão.
RM23. Restabelece as funções da língua, refresca e umedece a garganta,
descongestiona a estagnação da mucosidade, faz limpeza do fogo e do calor perverso. Pode
ser aplicado digipressão.
RM24. Pode ser usado sangria. É o ponto de união com Dumay, aumenta
circulação do Qí no canal de energia, relaxa os tendões e os músculos e as articulações,
dispersa o vento e o frio perverso, dissipa a umidade e a mucosidade, faz a limpeza do fogo
contra a corrente.
ID1. Shiao Ze dissipa o calor do coração, dissipa o calor e o vento perverso e
reanima o estado de inconsciência.
E45. Li Dui harmoniza o Qí do estômago, ID e IG acalma o shen e reanima o
81
estado de inconsciência.
VB44 Zo Quiao yin harmoniza o Qí da vesícula biliar dissipa o yang excessivo do
fígado, aconselhável para sangria.
B67 Zhi yin harmoniza o Qí do sangue, fortalece o Qí do aquecedor inferior.
RONG
P10. Yu ji regula o Qí do pulmão, faz circular o canal de energia do pulmão.
Cs8. Lao Gong harmoniza o shen, harmoniza o Qí do coração, acalma o Qí do
estômago.
BP2. Da Du harmoniza o Qí do baço-pâncreas e estômago e dissolve a estagnação
do tubo digestivo.
F2.Xi Jian Harmoniza o Qí e o sangue e dissipa o yang excessivo do fígado.
R2. Ran Gu tonifica o yang Qí dos rins e a essência.
P11. Shiao Shang faz circular o Qí do pulmão e estômago, acalma shen e dissipa o
calor do sangue.
Cs9 Zhong Chong harmoniza o Qí do coração e restaura o colapso do yang Qí.
C9 Shiao Chong harmoniza o Qí do coração e promove a circulação de Qí e de
sangue, além de reanimar o estado de inconsciência.
BP1. Yin Bai harmoniza e tonifica o Qí do baço-pânncreas, aumenta e aquece o
Qí do baço-pâncreas e harmoniza shen.
F1. Da Don harmoniza e tonifica o Qí do sangue e do fígado.
R1. Yang yong tonifica o Qí dos rins e a essência, fortalece o yin Qí e restaura o
colapso do yin Qí. É um ponto importante pois é ponto de sedação dos rins.
IG1. Shang yang faz a difusão do Qí do pulmão, dissipa o calor da superfície e o
vento perverso, reanima o estado de inconsciência.
TA1 Guang Chong reanima o estado de inconsciência, dispersa o vento e o vento
82
calor, pode ser usado sangria.
MERIDIANO DO ESTÔMAGO
São 45 pontos bilaterais.
Sentido da cabeça aos pés, é o sentido da energia.Horário de máxima
concentração de energia 07 as 09hs.
Função de comando do estômago e duodeno, as funções digestivas e
transformadora de alimento. Neste meridiano há elaboração de energia (Qí digestivo), o que o
torna um dos mais importantes meridianos. Sua expressão emocional é obsessão além de
controlar a retidão de idéias e a concentração.
Relações: está relacionado com os seguintes meridianos, baço-pâncreas seu
acoplado, intestino grosso e baço-pâncreas na seqüência da grande circulação, circulação da
sexualidade pela via 12hs e meia noite opostos 12hs, intestino delgado triplo aquecedor é
fogo, intestino grosso é metal na seqüência generativa dos cinco elementos, vesícula biliar é
madeira, bexiga é água de acordo com a lei de dominância dos cinco elementos.
Sintomas de insuficiência de Qí: tórax e abdomem frios, com ou sem presença de
dor, digestão lenta, diarréia.
Sintomas de excesso de Qí: calor no tórax e abdomem, digestão rápida, fome e
sede, abdomem dolorido, urina escura língua com saburra amarela e constipação.
Trajeto: É de natureza yang, recebe energia do meridiano intestino grosso e
transmite ao baço-pâncreas.
E1. Fica abaixo da órbita ocular, melhor não utilizá-lo, funções energéticas
tradicionais ativa a circulação do sangue nos canais de energia, clareia a visão, dispersa o
vento perverso e o calor. Agulha a 0.5 a 1.5mm.
E2. Funções energéticas tradicionais, clareia a visão, fortalece o Qí da vesícula
biliar, elimina o vento perverso e o frio, relaxa o Qí dos músculos faciais, faz a limpeza do
83
calor, é melhor não usar este ponto. Fica 0.3mm abaixo de E1.
E3. Funções energéticas tradicionais, ativa a circulação do sangue nos canais de
energia, dispersa o vento e o frio perverso. Agulha a 0.2 a 0.3mm.
E4. Funções energéticas tradicionais, regula e remove a obstrução de Qí, fortalece
as funções energéticas do estômago, relaxa o Qí da face, dispersa o vento e o frio. Indicação
em paralisia da boca. menos de 0.5 cun ao lado da boca. Agulha 0.2 a 0.3mm, inserir
obliquamente em direção ao lábio.
E5. Não há funções energéticas tradicionais. 3 cun ao canto da boca. Agulha 0.3 a
0.5mm.
E6. Harmoniza o Qí do estômago, melhora o Qí da articulação temporo-
mandibular, remove a obstrução de Qí, dispersa o vento perverso, relaxa o Qí do estômago,
odontalgia. Agulha a 00.2 a 0.3mm, 0.2 a 1.0mm se for oblíquo.
E7. Dispersa o vento perverso e o frio, melhora as funções do ouvido e articulação
temporo mandibular. Localiza-se numa depressão entre mandíbula superior e inferior, pede ao
cliente para abrir a boca, mordendo algum objeto.
E8. Meiocun da linha doo cabelo e 3 cun da linha do supercílio. Clareia a visão,
dispersa o vento e o calor perverso, tiques palpebrais, tira a retenção de calor no local. Agulha
subcutânea a 0.5 a 1.0mm.
E9. Regula o Qí e difunde o Qí do pulmão, fortalece e umedece a região da
garganta, a aplicação de agulhas deve ser extremamente cauteloso neste local.
E10, E11, E12. Não há funções energéticas tradicionais. Agulha a o.3 a 0.5mm.
R13
E13, E14, E15, E16, E17. Não há funções energéticas tradicionais. Agulha 0.3 a
0.5.
E18. Difunde o Qí do pulmão, facilita a lactação, expande e relaxa o tórax.
84
Agulha a 0.3 a o.5mm.
E19, E20. Não funções energéticas tradicionais . Agulha a 0.2 a 0.4mm e 0.4 a
0.6mm respectivamente.
E21. Harmoniza e fortalece o Qí mediano, harmoniza o Qí do estômago e dos
intestinos, dissolve a estagnação alimentar, faz a limpeza do calor perverso do aquecedor
médio. Agulha a 0.5 a o.8mm, com cuidado pode-se usar este ponto.
E22. Não há funções energéticas tradicionais.
E23. Regula as funções energéticas do estômago e intestinos, regula o Qí dos
meridianos 0.5 a 0.8mm.
E24. Localiza-se a 2cun da cicatriz umbilical. Agulha a 0.5 a 0.8mm.
E25. É um ponto muito utilizado, regula a circulação de Qí, harmoniza o Qí do
estômago e intestinos, harmoniza o Qí da nutrição, dispersa umidade e umidade calor, a
maioria das renites se resolve resolvendo esses pontos, dispersa umidade e umidade frio,
aquece o frio, regula o frio, produz líquido orgânico, dispersa a estagnação de Qí e de
estômago, regula a menstruação. Localizado a 2 cun ao lado da cicatriz umbilical. Agulha a
1.0 a 1.5mm.
Basicamente existem 05 formas de se determinar o vaso maravilhoso que precisa
ser acionado.
MÉTODO 1.
Os vasos maravilhosos podem ser divididos em 4 grupos.
a. Captadores
b. Reguladores
c. Produtores
d. Distribuidores
85
Estas características básicas dizem respeito as necessidades energéticas. Muitas
vezes precisamos captar energias externamente. Outras, precisamos regular as energias
internas. Outras vezes ainda é um problema de energia ou é um problema de distribuição
interna de energia.
a. Captadores:
Captar yin: Remay (P7-R6) não usar o ponto bilateral. Capta energia externa dos
alimentos yin, drena o excesso de yin e regula energia yin e excesso de yang, ou seja, vai
aumentar energia yin no organismo.
Captar yang: Dumay (ID3-B62) capta energia da respiração, drena excesso de
yang, regula energia yang em caso de excesso de yin inclusive age sobre a força física e
mental. Importante não ser usado bilateralmente.
b. Reguladores:
Regulador yin: Yin Qiao Mai (R6-P7) regula a intensidade de energia yindo
repouso, da inatividade do sono noturno.
Regulador yang: Yang Qiao May (B62-ID3) regula a intensidade de energia yang
que produz atividade, que deixa a pessoa desperta para atividade diurna.
c. Produtores:
Produtor yin: Yin Wei May (Cs6-BP4) produtor orgânico de energia, muito usado
para deficiência de sangue-anemia.
Produtor Yang: Yang Wei May (TA5-VB41) produtor orgânico de energia yang,
melhora a energia defensiva wei aumenta calor interno.
d. Distribuidores:
Distribuidor yin:distribuidor de energia nervosa e motriz (BP4 e Cs6) Chong Mai,
transfere energia yin da superfície a profundidade. Ex: febre.
86
MÉTODO 2.
Diz respeito a mobilização energética. Há quatro formas de mobilização
energética. São feitas pelos captadores detrás para frente e vice-versa.
De trás para frente, ou vice-versa: são feitas pelos captadores, captador yin Ren
Mai igual a sua função que é transferir energia yang de trás para frente, transfere energia yin
frente para trás.
De um lado para outro: são feitos pelos reguladores yin Qiao May transfere a
energia yin de um lado para outro.
De cima para baixo, e vice-versa: são feitos pelos produtores yin, transfere a
energia yin da parte superior para a inferior e vice-versa.
Do interior para o exterior: são feitos pelos distribuidores, reguladores yin,
transfere energia yin da superfície par a profundidade.
MÉTODO 3.
Diz respeito a doença conhecida,ou sintomas que o paciente descreve.
Remay (P7-R6) comanda todos os meridianos yin, é o mar dos meridianos yin,
trata as funções genitourinárias, digestivas e cardiorespiratórias. Indicada para tratamento das
doenças das vias respiratórias, meningite, ondas de calor, sudorese noturna, problemas
menstruais, medo nas crianças, diabetes, intoxicações alimentares.
Dumay (ID3-B62) comanda todos os meridianos yang, também conhecido como
mar do yang, pelo seu trajeto no couro cabeludo age nos aspectos emocionais e mentais, é
muito utilizado para eliminar vícios, bruxismo, ansiedade e provocar efeito tranqüilizante,
também é usado para transtornos da laringe, faringe e ouvidos, tosse, pigarro, amigdalite,
problemas respiratórios, insônia, alergias, nevralgias, olhos vermelhos, contratura cervical e
87
maxilares, fortalece a coluna e tonifica o yang do rim.
Yin Qiao May (B62-ID3) age no aspecto yin dos movimentos, a questão da
precisão dos movimentos. Corresponde ao sistema nervoso genital, e as funções nervosas das
mãos e pés incluindo a próstata. Quando yin Qiao May está em excesso prevalece energia yin
sobre durante o dia. O paciente sente piora dos sintomas até o meio dia, com melhora ao
findar do dia, o sono é tranqüilo. Quando yin Qiao Mai está deficiente prevalece yang, o
paciente sente piora dos sintomas a noite.
Outras indicações, espasmos da bexiga, urina espessa ou sanguinolenta, micção
freqüente, perda seminal, esgotamento, aborto espontâneo, dores no período das regras, dores
no ventre e pós-parto, frigidez impotência.
Yang Qiao May (B62-ID3) age no aspecto yang dos movimentos, força e
agilidade. É usado para excessos de yang, é um acelerador yang. Regula intensidade de
energia yang que produz atividade, que deixa a pessoa desperta, atividade diurna, quando
insuficiente causa fadiga, debilidade durante o dia, agravações durante o dia com melhora a
tarde. Quando está em excesso sono agitado, dores de cabeça durante a noite, agravações pela
caída da tarde e a noite. Outras indicações: específico para paralisia, é o vaso maravilhoso
mais importante para lombalgias e contraturas, ciático, vértebras.
Yin Wei May (Cs6-BP4) liga todos os meridianos yin entre si, tem íntima
afinidade com sistema nervoso, cérebro, cerebelo, mar da medula.Quando yin é afetado
normalmente o coração é afetado, quando está em excesso os pulsos profundos mais forte que
os pulsos superficiais. Deficiência de sangue acompanhada de sintomas emocionais: insônia,
ansiedade, agitação mental, amnésia, fuga de palavras, dores no peito, hipertensão arterial,
transtornos circulatórios.
PATOLOGIAS DE EXCESSOS INTERNOS: Hemorróidas, transtorno
88
cardiovascular, plenitude interna, risos nervosos, epilepsia, emotividade, angústia, enfim
transtornos mentais, visto que o coração é quem controla as emoções.
Yang Wei May (TA5 VB41) liga todos os meridianos yang entre si. Excesso do
meridiano yang produz febre, cefaléia por calor, dores ou inchaço das articulações sobretudo
as da mão. Sua insuficiência ou vazio produz frio, falta de força, e a falta de força está
relacionado ao clima. Outras indicações menopausa, esgotamento, expectoração de sangue,
cefaléias, dores e doenças relacionadas a olhos e ouvido, abcesso na boca, artrite e artrose,
dores articulares, calorões graves.
Chong May (BP4 Cs6) mar dos doze meridianos principais. Indicado para
qualquer crise:nervos, dores, bronquite, circulação, excitação, histeria, qualquer crise
repentina de caráter yin ou yang.
Crise com manifestações de yang: contrações, espasmos, febre.
Crises com manifestações de excesso de yin: má digestão, menstruação rara ou
diminuída, crise de euforia, enxaqueca, todas as enfermidades intestinais, todas as dores na
região cardíaca, dismenorréia, amenorréia.
Estudo de caso clínico.
Excesso:
Yin M.I. R BP P F
Cs06
Deficiência:Yin M.S. CS C P
Deficiência:Yin M.I. BP F R
BP06
Excesso:
Yin M.S. Cs C P
Excesso:
89
Yang M.I. E B VB
TA08
Deficiência:
Yang M.S. ID TA IG
Excesso:
Yang M.S. ID TA IG
VB39
Deficiência:
Yang M.I E VB B
Yin Qiao May (R6 P7) seu trajeto segue em cima, a partir do R2, R6, R8, E12, E9
e termina no ponto B1.
Yang Qiao Mai (B62 ID3) inicia-se, ID10, VB28, B1, B59, B62, VB29, IG15,
IG16, B61,E4, E6, E7.
Yin Wei May (Cs6 BP4) liga os meridianos yin entre si, forma-se com o seguinte
trajeto R9, BP13, BP15, BP16, F14, RM22, RM23. Entra em relação com o meridiano yin
wei mai através do Cs1, que se põe em relação com Vc17, cruzando vaso concepção no ponto
R23, também através do Vc17, outros vasos se ligam com Vc4, Vc12 e Vc13.
Yang Wei mai (TA 5 VB410) forma-se com o seguinte trajeto B63, VB35, VB29,
VB21, ID10, TA15, VG15.ou Dumay 16, VB20, VB19, VB18, VB17, VB15, VB14, VB13,
Yang Wei may influência todos os meridianos yang, une todos os meridianos yang entre si:
meridiano ID e B pelos pontos B63, ID10 e TA, Tai yang e sho yang, TA15, une demais
pontos da VB e yang ming da mão IG e yang ming do pé que é o estômago pelo VB21, que é
ponto de união com estômago, Dumay é representado pelos pontos VG15 e VG16.
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Day Mai (VB41 TA5) utilizado para insuficiência energética em geral, fraqueza
muscular, LER, esgotamento, reumatismo articular agudo, febres reumáticas, artrite do
calcâneo, edema de pulsos, joelhos, maléolos, queimação ao urinar, frio nas pernas e pés,
debilidade nos músculos das pernas, dores na região do quadril, bursite, coluna, tremores e
contractura em membros superiores e inferiores.
MÉTODO 4.
Diz respeito dos vasos maravilhosos. Lembrar que os vasos maravilhosos, com
exceção do Remay e Dumay, não existem o tempo todo. Eles precisam ser ativados para
funcionarem. Sabendo os trajetos, podemos utilizá-los para patologias próximas deles. A esse
respeito (trajeto) ler o livro patogenia e patologia (Van Nghi).
Renmay (P7 R6) mar dos meridianos yin, inicia seu trajeto no rim, alcança o
aparelho genital, sobe pelo abdomem, tórax e termina seu trajeto no maxilar inferior.
Dividindo-se em dois ramos, conectando-se aos olhos através do ponto E4.
Dumay (ID3 B62) mar dos meridianos yang também inicia seu trajeto no rim,
alcança o aparelho genital da ponta do coccix, sobe pela coluna vertebral, continua pelo
crânio desce pelo nariz e termina entre gengivas do maxilar superior.
Chong May: tem sua origem nos rins, desce até os genitais e se ramifica em dois,
num dos ramos pela parte interna da coluna, o outro dirige-se a Vc4 seguindo pelo trajeto R11
até o R27 quando surge várias ramificações influenciam intestinos e estômagos. Em R11
também é outro ramo que se dirigem ao E30 descendo pelos membros inferiores terminando
no maléolo interno.
Dai May (VB41 TA5) o ponto vesícula biliar que deu nome a este meridiano, se
utiliza de 3 pontos bilaterais VB26, VB27, VB28 (os três pontos localizam-se abaixo da
91
cicatriz umbilical).
Como Dai May rodeia os meridianos que passa pela cintura seu desequilíbrio nos
afeta influenciando as trocas de energia entre o alto e o baixo. É considerado principal
responsável pela saúde dos membros inferiores.
MÉTODO 5.
Este quinto procedimento diz respeito nos vasos maravilhosos da hora, vistos em
cosmologia, diz respeito aos aspectos cosmológicos da MTC. Segundo os conhecimentos da
tartaruga mística, os vasos maravilhosos, possuem uma ligação com os trigramas do I
Ching.Sempre que possível, agendar o paciente para horários específicos.
BA FA SHEN ZHEN: é o santo método das oito agulhas. Diagnóstico preciso,
escolha correta dos pontos a utilizar é o caminho para um tratamento eficaz.
Receita para ficar alerta, estudar e aprender: R7 VB39 E36 IG4 bilateral.
Problemas cardíacos, torácicos e gástricos: BP4, Cs6 são interligados: usa-se Cs6
de um lado e BP4 de outro, com objetivo de formar um campo energético, tratam qualquer
problema anterior.
ID3 B62 -->problemas posteriores
TA5 VB41 --> problemas laterais
P7 R6 --> problemas vias aéreas
PONTOS SHEN DE YIN E YANG.
Jing (madeira) poço: localiza-se nas extremidades dos membros quirodactilo e
pododactilo ou ainda na região da palma das mãos ou planta dos pés.
Tratamento: trata doenças como: febre ,calor, fogo. Os pontos Rong são usados
92
em geral para problemas cardíacos.
Shú união de yin córrego: localiza-se no dorso atrás das articulações, tanto das
mãos como dos pés.
Tratamento: trata as doenças das articulações tanto das mãos como dos pés (trata
as articulações por onde corre o meridiano). Os pontos Shú são usados para problemas
esplênicos.
Jing ribeirão: localiza-se na região dos pontos e maléolos.
Tratamento: trata as doenças respiratórias em geral, asma, bronquite, tosse.
É união do ribeirão com o rio: localiza-se na região dos cotovelos e dos joelhos.
Tratamento: trata doenças do organismo em geral órgãos e vísceras. Os pontos He
são usados para problemas renais.
Crânio forte, rosto pálido, tontura e cansaço, língua pálida, ... branca. Pulso
profundo e fraco.
6. Deficiência do Yang do Rim e de BP –
Etiologia: retenção de líquido e o BP umedece o corpo através da gaseificação.
Sintomas: Abdomem inferior, lombar e joelhos frios, atravessa crônico e corpo
inchado.
7. Desarmonia entre o fígado e estômago.
Etiologia: o F possui retenção de energia e este fogo queima o estômago. Quando
a energia de C não desce provocando refluxo, devido ao fogo do F.
Sintomas: Dor e inchaço no E e nos flancos, arroto, asia, impaciência, a pessoa
altera emocional para raiva facilmente.
93
CLÍNICA GERAL
E36 – Doenças do abdomem.
E 40 – Região das costas
P7 – Cabeça e cervical
IG4 – Boca e rosto
PC 6 – Peito e coração
BP6 – Abdomem interior
DM6 – Epilepsia, primeiros socorros
Princípios e regras de tratamento para ajustar e regularizar o Yin (sangue) e o
Yang (calor, ar, funções).
1. Quando Yin e Yang estão em excesso (sedar)
a) sedar o calor
D14, IG11, E25, E40 (importante para sedar calor dos intestinos e constipação).
b) sedar o vento:
VB20, JG4
c) promover o sangue: (retenção causando calor).
Sedar ptos
Pulmão Pii P10
Rim R1 R2
Fígado F1 F2
Coração C6 C8
Pericárdio CS4 CS5
Baço pâncreas BP1 BP2
94
d) sedar alimentos estagnados
Rm11, E36, extra Si Feng (na face palmar da mão, no ponto médio da prega
proximal do 2º, 3º, 4º e 5º quirodactilos).
2. Deficiência de Yin e Yang (tonificar)
a) deficiência do rim (tonificar o rim)
B23, Rm4, R3.
b) tonificar o Qi (ar do BP e E)
Rm22, Rm6, E36
c) Tonificar o Qi e XVc
B20, B17, E36, BP6.
d) Tonificar o Uin do Rim
R3, R6, B52, função do rim.
3. Apoiar o Sheng Qio (ar verdadeiro) são as energias certas que dão força para o
wei Qi, deve-se sedar Xie Qi (ar patológico, perversos).
a) Tonificar: O Yin do corpo Zheng Qi, energias certas corretas.
DM 15, CS8, BP6
b) R1, R3, Rm12
c) VB3, E36, IG4
- Como fazer a seleção dos pontos:
- Local da doença
- Ponto vizinho ao local da doença, dor
- Pontos distantes.
Seleção de Pontos:
Cabeça E25
95
Estômago F13
Garganta Rm23, B10, P10, R6
Peito Rm17, P1, PC6, E40
Dor no flanco F14, F13, VB34, Ta6
Vista B1, VB36, F3, ID6
Boca E4, E6, E41, ID18, IG4
Ânus (prolapsos, hemorróidas) DM1, B30, B57
Febre DM34, IG11, IG4
Desmaio Dm26, Extra Shi Zuan
Sudorese: ID3, C6
Trismo E6, E7, IG4
Tosse, bronquite, asma – Rm22, Ding chan (3/2, ao iodo de Rm34, E7)
Peito estufado – Rm17, PE6
Dor coração Oc6, PC5
Dor na região do abdomem – Rm6, EB6
Constipação TA6, R6
Constipação (sensação como pedra) R18
Cãimbras, espasmos, contração dos membros – IG4, F3
Epistache Dm23m IG4
Clínica geral
1. Doenças agudas causadas pelos perversos externos:
a) Derrame: Zhong, Feng (Zhong = Alvo, certo, Feng = vento)
Etiologia: Falta ou excesso de sangue, hemorragia cerebral, pessoas debilitadas.
Sintomas: desmaio, perda dos sentidos, hemiplagia, afônia, paralisia facial.
96
b) Deficiência de sangue, deficiência de ar.
Excesso superior, excesso inferior.
Excesso de relação sexual (excesso rim)
Cansaço (excesso de trabalho)
Ventos fazem com que o Xue e o Qi circulem rápido, formando o catarro, fazendo
com que os líquidos orgânicos fiquem mais denso, pegajoso, e conseqüentemente fecha os 3
Jiaos. O líquido orgânico fecha os canais, fazendo com que as energias do corpo fique
deficiente. O Yang do fígado “A” hipertrofia do fígado transforma o vento (o calor sobe e
forma o vento quente que queima o calor do coração).
Derrame
1. Quando o líquido orgânico fecha os canais síncope. O Yang sobe causa vento,
fazendo com que o Xue e o Qi subam e fechem os Jianos repentinamente.
Tratamento: Pontos Dm20, Dm26, E40, R6, R1.
Pode-se ainda fazer sangria em todos os pontos do Jing.
P11, R1, F5, C9, BP1, IG1, B67, VB44, ID, E45.
Trismo
Tratamento – Pontos
E6, E7, IG4.
Língua dura Língua atrofiada
Tratamento Tratamento
Dm15, Rm23, C5. Deve-se ativar a circulação do Qi e do Xve devido ao
bloqueio.
- Dm26, Dm20 – pontos para regular a energia sangria serve para sedar o calor,
refresca o corpo e abre os Jiaos.
97
PROLAPSOS ENERGÉTICOS
Caimento da energia sincope.
Sintomas: respiração fraca, mãos moles, incontinência, membros frios, rosto
vermelho.
Pulso: fino parando/flutuante
Pontos: Rm8, produz energia. Rm6, Rm4.
Meridianos afetados não estão restabelecidos: As funções das mãos não
restabelecem por completo pois o xve e o Qi estão fracos nas mãos por estes estarem ainda
bloqueados ou com retenção podendo causar derrame, novamente, porém os perversos
externos não afetaram os órgãos e as vísceras.
Sintomas: hemiplegia, dormência na pele, formigamento nos pés, nas mãos
(parestesia), dor de cabeça, tontura, exotomia, boca seca, garganta seca, impaciência.
Meridiano Yang Pontos:
- Dm20, Dm16, B7, +
- Braços: JG 11, IG15, TA5, IG4.
- Pernas: VB30, VB34, F3, E36, E41.
Pontos associados: hipotrofia do Yang do fígado: para sedar.
VB20, F3.
Para tonificar: R3, BP6.
Hipotrofia do fogo o coração/fígado
Para sedar: PC7, F2.
Para tonificar: R3, F3.
PARALISIA FACIAL:
E4, E6.
98
Tonturas, rosto pálido, membros frios.
Etiologia: cansaço, pessoa fraca, idosos, excesso de trabalho, tristeza e medo
(externos), hemorragias fortes (perda de xve e Qi).
J – Deficiência xin (falta energia)
Sintomas: dormir de boca aberta.
Pontos: Dm20, Dm26, Rm6, E36, PC6.
Estes três pontos servem para tonificar cérebro, fazem com que a energia circule.
Os últimos servem para ten. o Yang.
2 – Excesso Shi (excesso de energia)
Sintomas: respiração forte e grossa, membros duros e trismo.
Pontos: Dm 26 (este ponto serve para acordar o cérebro), IG4, PC8, PC9, F3, R1.
Obs.: IG4 + F3 são utilizados para liberar, normalizar a circulação do xve e Qi.
Pc8 + PC9 + R1 sedam o Yang do coração.
Zhong Shu (doenças agudas do verão).
Etiologia: trabalhos excessivos em ambiente quente, trabalho, cansaço (wei Qi
fraco), permanecer no sol por muito tempo, calor penetra no corpo.
Perverso de Yang causa doença rapidamente e para transformar-se em outra
doença também é rápido.
Prejudica wan RC e o líquido corporal ataca diretamente o pericárdio e obstrui os
Jiaos.
Sintomas leves: Quando Yang está fraco: dor de cabeça, tontura, desmaio,
sudorese, pele com sensação de queimação, respiração forte, sede ao ponto de deixar a pessoa
agitada, língua e boca seca.
Pulso: superficial e forte (devido ao vento)
99
Sintomas: fortes: Yang forte: dor de cabeça, sede a ponto de ficar agitado,
respiração rápida, desmaio.
Pulso: profundo e fraco.
Sintomas leves, tratamento: Dm54 (sedar calor), PC6 (proteger coração e eliminar
fogo) IG11 (sedar o calor), B40 (sedar calor).
Sintomas fortes, tratamento:
Dm26 (abre Jiaos), Dm20, PC3 (sangria para liberar calor), B40 (sangria),
Shixuan (sedar calor e abrir Jiaos).
Gripe, resfriados:
Etiologia: mudança de clima, vento frio ou vento quente.
A – Vento frio (penetra no corpo mais pela pele).
Sintomas: corpo sente frio, trêmulo, arrepio e frio, febres, sudorese, cefaléia, dor e
mal estar dos membros, nariz trancado, coriza fina, coceira na garganta, tosse, voz pesada,
catarro fino, água na boca.
Saliva: fina e branca
Pulso: flutuante e tenso.
Tratamento: Pontos:
VB20, controla a superfície do corpo a energia circula e o vento sai.
B12 - Tai Yang, elimina frio e febre.
Dm16 – liberar o vento pela pele.
P7 – desbloqueia os poros.
IG4 - dor de cabeça.
P7 – VB20 + IG4.
100
B – Vento quente penetra pela boca e nariz e vento quente (Yang) tendência de
movimento, dilata os vasos sangüíneos, abre os poros, provoca sudorese, o wei Qi luta e perde
energia enfraquecendo o corpo para combater o vento quente; com febre se perde mais
energia ainda, o calor sobe, se tem tontura, esse calor queima o líquido orgânico formando
pigarro, a garganta fica seca e vermelha,
Tratamento:
Dm14 (libera calor, seda a febre mar do meridiano Yang)
IG11 (seda a febre, libera e faz circular o ar do pulmão, melhorando a respiração).
IG4 (seda a febre e tira o calor).
TR5 (seda a febre e tira o calor)
P10, P11 – seda o calor do pulmão.
Malária
Etiologia: a malária é transmitida a partir do mosquito, porém ode ser causada
pelo clima e por bactérias dos perversos externos o frio, calor do verão, vento e umidade são
os principais. Porém alimentação incorreta, irregular ou inadequada (quantidade e qualidade)
dependendo de cada região; também podem levar a pessoa a adquirir a mesma. Outro fator e
resistência de cada organismo, ou seja, pessoas com doenças crônicas, debilitadas são
possíveis candidatas a serem contagiadas pela mesma. Outro fator é o hábito de cada pessoa,
tanto no sono, exercícios, etc. Quando a pessoa possui Zheng Qi forte, normalmente, possuirá
o Wei Qi também forte e o contrário também é verdadeiro.
Sintomas: dor em diferentes partes do corpo sem causas prováveis, bocejos
repetitivos, febre alta seguida de frio (tremor no corpo), podendo este irradiar até o coração.
Obs.: esse frio e a febre possuem períodos curtos, ou seja, o frio é intenso e a
pessoa sente necessidade de agasalhar-se, até sentir calor, com sudorese excessiva, então a
101
febre sede e a temperatura baixa; porém retornará no ciclo seguinte. Quando o Yin máximo se
transforma em Yang novamente. Existe muita dor de cabeça. Peito e flancos ficam cheios,
estufados, boca seca e amarga, a sede deixa a pessoa agitada, língua vermelha com saburra
amarela e gordurosa, rosto vermelho, pulso em corda e rápido.
Sintomas quando quadros e torna agudo:
Causa nódulos nos flancos pois os principais membros afetados são Md F e VB e
a doença causa bloqueio nos mesmos.
Tratamento:
Dm14 (todos membros Yang estão interligados nesse ponto, repele a febre e
dissipa o calor do corpo).
Dm13 (para equilibrar Yin e Yang do corpo).
TD3 – faz com que a energia do ID, expanda para Dv mais e eliminar as energias
perversas.
PC5 – ponto de ep para tratar malária.
TR2 – ponto Shu
VB41 – ponto Rong
TR2 e VB41 tem função normalizar a febre e o frio.
Tosse: os perversos invadiram o corpo e causaram problema no sistema
respiratório, o pulmão está em disfunção, tanto a respiração pulmonar como respiração da
pele (derme e epiderme). Quando o perverso do frio chega ele tranca a respiração, então o ar
não circula corretamente (Qi) do Pulmão desce), dentro do corpo fazendo com que o mesmo
suba.
J – Tosse causada pelo vento frio.
Sintomas: quando a pessoa tosse esta sente coceira e os catarros são finos e
102
brancos, o corpo sente frio e possui aversão ao frio, o vento frio causa febre devido ao ar frio
que penetra no pulmão, causando retenção do ar e este retém os caminhos, trajetos da
circulação do pulmão, e o mesmo não tem condições de vaporizar, gaseificar, pois não possui
calor para subir, então os caminhos ficam estagnados, bloqueando, causando coceira. Devido
ao ar frio o corpo luta para baixar a febre, porem não consegue provocar a sudorese, causando
dor de cabeça, nariz trancado e coriza.
Língua pálida e saburra branca
Pulso: flutuante.
2 – Tosse causada pelo vento quente
Sintomas: tosse, catarro quanto mais calor, mais grosso o catarro se torna, dor na
garganta, o calor está prejudicando o líquido do pulmão), pois o calor consome os fluídos
corpóreos, boca seca e sede; corpo quente, calor, sudorese e aversão ao vento.
Língua: vermelha e saburra amarela.
Tratamento:
1 – vento frio:
P7, IH4, estes 2 pontos são utilizados para as funções e energias do pulmão, peles
e poros.
B13 – PT para que os ares circulem melhor.
* PTs associados para garganta inflamada.
P11, Dm14, Tas.
* Quando o Qi do BP não funciona, ela não consegue vaporizar os fluídos
corpóreos e então cria o catarro que atrapalha a circulação da energia no corpo, uma vez que a
energia do BOP sobe, o catarro fica retido no pulmão criando retenção no pulmão
103
prejudicando a função do pulmão.
Tratamento:
E40 (ponto do catarro e ponto Luo do E)
E36 (ponto He do E) tira calor do E.
P5 (ponto He do P) tira calor do P.
Rm12 (ponto Me do E)
B13 (ton. o ponto do BP e E do MD da B para os úmidos circularem).
A tosse com presença de catarro branco e pegajoso é diferente de catarro fino,
macio e claro. Um é provocado pelo vento frio.
Sintomas: peitos e flancos estufados, angustiados e a pessoa não sente vontade
para nada, o apetite cai (devido existir retenção do BP os líquidos não circulam, ficam retidos
dento do E e não tem condições de receber alimentos retenção no aquecedor médio).
Fei Xin Xiu (Deficiência de líquidos do pulmão ou pulmão seco e com calor).
Sintomas: tosse seca, não existe catarro ou se existe é em pouca quantidade e é
difícil de expelir, nariz seco, garganta seca e com dor podendo possuir catarro com sangue e
tosse com sangue, a maçã do rosto é vermelha.
Língua: vermelha e a saburra é fina.
Pulso é fino e rápido (devido ao sangue e o líquido serem finos e o sangue estar
quente).
Tratamento: P1 (ponto Mu do P)
P7 (ponto Luo do P, este ponto ligar-se com Rm)
R6 (ponto Jião He Xue), limpa o P, tonifica o rim para o mesmo umedecer e
gaseificar.
P6 (Ponto Xi do Pi para doenças agudas do P, estanca, elimina o Xue).
104
B17 (Ponto do diafragma, ponto Bai Hui Xue, ponto da união do sangue, estanca
e elimina o Xue).
Asma
Sintoma
1) Respiração forte, com dificuldade, boca aberta, ombro abre e fecha (asmático) e
não possui barulho na respiração.
2) Respiração forte e possui barulho na respiração
Perversos externos.
Shi (excessos)
Etiologia: excesso de vento frio (gripe forte que penetra nos P), os canais de
circulação bloqueiam os poros (os poros fecham arrepios, diminuindo a respiração do corpo,
poros também auxiliam na respiração, o frio não prejudica os fluídos corpóreos, mas
prejudicam o calor do corpo).
Sintomas: tosse, asma, catarro fino, respiração forçada rápida, com sensações de
frio e após vem a febre, corpo sente frio, frio na região da escápula, dor de cabeça, não possui
sede.
Língua: pálida e saburra branca.
Pulso: flutuante e tenso.
Tratamento: vento frio.
B13, B12 (elimina vento), Dm14, P7, IG9 (dispersar o frio, suaviza o vento para o
mesmo circular e não provocar retenção).
105
Etiologia: excesso de calor causa o catarro através da disfunção do BP, que
provoca a umidade do BP, devido a debilidade e alimentação irregular. O catarro não circula e
provocando o aquecimento aumentando o calor intenso que por sua vez aumenta ainda mais o
catarro que bloqueia ainda mais os canais e queima os fluídos corpóreos.
Sintomas: respiração, rápida, forçada, com barulho, pessoa nervosa e irritada,
catarro grosso, e podendo ser amarelo e tendo tendência a fica cada vez mais grosso.
Tosse, boca seca, febre agitada.
Saburra grossa e gordurosa.
Pulso: Hua mé e rápido.
Tratamento: excesso de calor que produz catarro.
B13 (elimina o vento).
Ding chuan ponto extra,localiza-se a 1cm de Dm14 tem como função acalmar a
asma.
Rm22, P5, E40.
Xiu (deficiência)
1 – O vento frio (qualquer doença crônica desgasta energia então o ponto
enfraquece), prejudica o ponto, pois é o mesmo que ministra a respiração a tosse também
prejudica o pulmão não só anatomicamente, mais também a energia do mesmo.
Sintomas: corpo cansado, disfunção dos órgãos de vida a deficiência dos mesmos,
é ... e a respiração aromática é rápida.
Tratamento: Fei Xiu
B13 (moxa) To. Qi do pulmão.
P9, E36, BP3 (estes pontos para tonificar a mãe terra (cinco elementos).
Shen Xiu (qualquer doença prejudica o rim)
106
Sintomas: cansaço, quantidade de relações sexuais, doenças crônicas, qualquer
dano para Shen Qi, tosse, asma, bronquite crônica (Prejudica R e P), cansaço mental e físico
(físico é provocado por qualquer batida, ou lesão a região do rim), fraturas ósseas (causam as
duas funções na circulação do ar pois o P é depósito de ar e o rim é o responsável pela
inspiração do ar e se o rim não inspirar não existirá ar para expirar).
Tratamento: Shen Xiu
R3, B23 (tonifica rim), B13 (tonifica P), Rm17 (união do ar)
Rm6 (Qi H...)
Pontos associados caso já exista bronquite (asma crônica)
Dm12, B43.
Pontos para tonificar o baço (PiXiu)
Rm12, B20, R3, B23.
Doenças na região, zona do estômago (para estas doenças relacionadas a região,
zona do E, usa-se nos escritos antigos, livros amigos, os termos Xi Tong ou seja dor do
coração).
Etiologia:
1 – Alimentação irregular (comidas cruas e frias), fome e não alimenta-se, excesso
de alimentos prejudicam o BP e E, remédios também prejudicam as funções e causam
desarmonia e no estômago.
2 – Emoções como preocupação, pensamentos pertencem ao BP, porém deve-se
considerar a emoção do fígado também a sua expressão emocional é a raiva pois o líquido do
fígado, E e BP são responsáveis pela digestão e pelo bom funcionamento do sistema
digestivo.
107
3 – Deficiência do baço e do E quando os mesmos recebem os perversos do frio
causando retenção do estômago.
A – Quando a função do E está em desarmonia, o ar do mesmo não desce e sim
sobe. Ex.: arrotos, halitose (devido os alimentos estarem podres no estômago).
Sintomas: mal estar do E, estagnação de alimentos (sensação de estufado, da e
quando apalpada a região existe mais dor, arroto, eructação, halitose, sensação de dor ao
alimentar-se).
Pulso profundo e Hú mé
Saburra: grossa e gordurosa.
Tratamento:
Rm 11, PC6, E36, Pont extra Li .. Ting, lacto oposto do ponto E44, ponto para
tratamento de alimentos estagnados; Rm12.
B – O ar do fígado prejudica estômago.
Etiologia: O estado emocional ataca o ar do E, quando acontece a retenção do ar
do fígado prejudica a energia do estômago, provocando arrotos, sensação de estufamentos e
irradia para os flancos devido a md. da VB é o mais próximo.
Sintomas: dor intermitente, ataca a região dos flancos, arrotos excessivos, enjôo,
vômito do suco gástrico, região do E e abdome estufados, falta de apetite.
Saburra: branca e fina.
Pulso: profundo e em corda (devido a energia do F. estar circulando ao contrário
então o pulso fica em corda e tenso pois a energia não circula).
Tratamento:
F14, F12, para regularizar Qí do F, para tratar o Jião superior (P-C) e E36, para
regular E, F3 auxiliar o F para descer o ar do E.
108
B – Deficiência da energia do C causada pelo frio.
Etiologia: frio entrou no E.
Sintomas: E com dor difusa (dor não é perceptível), cansaço nos membros,
vômitos de água (água fria e clara) ao apertar ou fazer pressão sobre o E a do alivia, bolsas,
toalhas.
Saburra fina e branca.
Pulso profundo e lento.
Tratamento:
Rm12 agulha com moxa para aquecer E, Rm6 (moxa com gengibre para eliminar
frio do E), E36 (moxa para agulha para aquecer E) B20 (moxa para eliminar frio), PC6,; BP4
para doentes do E.
Obs.: A moxa serve para eliminar o frio, tem o corpo em caso de corpos
debilitados, em caso de gastrite, úlceras, nervos estomacais contraídos, fígado, BP, pode
utilizar ventosa nos pontos Bei Shu bexiga, para liberar o frio, pois ativa a circulação que
aquece o corpo.
Enjôo e vômito
Etiologia: quando a energia do E está em desarmonia a mesma sobe, estando
harmoniosamente a energia do estômago desce.
1 – Retenção, estagnação de alimentos devido ao excesso de alimentos, alimentos
leves, frios e gordurosos os mesmos provocam retenção, não deixam o ar circular
normalmente, então o ar sobe provocando enjôo e vômito.
Sintomas: vômitos, enjôos, halitose, ácido estômago cheio, soluços, rouquidão,
falta de apetite, fezes ou soltas ou constipação.
Língua: saburra grossa e podre (estagnação)
109
Pulso: Hvá né
2 – Qi do F prejudica o E
Etiologia: quando existe desarmonia dos órgãos o F cria disfunção Sheng Qi, cria
ar e este não fica parado: o mesmo circula, em sentido contrário, prejudicando o estômago e
fazendo com a circulação do mesmo não desça e sim suba.
Sintomas: sensação de abafada, desconforto, peito estufado, podendo sentir dor,
rouquidão, dor nos flancos.
3 – Deficiência do BP e E
Etiologia: trabalho excessivo, causa deficiência do BP (não transporta, não
transforma, não digere) causando disfunção e retenção.
Sintomas: rosto pálido, amarelo, pessoa fraca, não possui energia, quando
alimenta-se um pouco em excesso possui ânsia de vômito, corpo cansado, sem forças, quando
alimenta-se com doces não sente-se bem.
Língua: pálida e saburra branca, pulso, fino e fraco.
Tratamento:
Rm12 (harmonizar E), C36, PC6, BP4, os PL (3) são usados para Qi ni do E.
Associação para estagnação e retenção:
Rm10 (função sedar e normalizar E), F3 (controla o ar do F), B20 (tonifica o BP).
Se tiver vômitos seguidos: as 2 veias abaixo da língua (Jim –Jing, YuÝe), sangra.
Soluço:
110
Etiologia: retenção de alimentos, E e abdomem sensação de cheio, estufado.
Língua: saburra grossa e gordurosa. Pulso: Hvá mé.
1 – Ar do aquecedor médio fica bloqueado. O E e BP não transportam e a energia
não desce, então sobe.
Sintomas: som bem alto.
2 – Retenção do ar, principalmente do F (retenção emocional, bloqueio
emocional), emocional o ar não circula, portanto a energia do F prejudica o E fazendo com
que o ar do E suba.
Sintomas: o soluço é seguido, peito cheio, flanco estufado, podendo existir dor,
pessoa agitada e ansiosa. Pulso em corda e forte.
3 – Frio do estômago
Com líquido e alimentos gelados piora.
Sintomas: possui solução porém não possui apetite.
Saburra branca com líquido claro.
Pulso lento, profundo, com força.
Tratamento:
B17 (ponto do diafragma), PC6 (nei guan para crianças), Rm 12, E36.
Associação para retenção de ar:
Rm 17, F3
Relacionado ao frio do E.
Rm13 (aplicar moxa).
Ventosa nos pts:
B17, B18.
111
Dor no abdomem
A dor pode ser causada por vários motivos. Ex.: diarréia, menstruação, cólica
intestinal etc.
1 – Frio
Bebidas geladas, excesso de alimentos crus, trabalhar em ambientes frios, todo o
perverso de frio prejudica o Yang, o frio ele bloqueia os fluídos corpóreos (Jin Ye) os fluídos
corpóreos não gaseificam pois não existe Yang, a pessoa não sente sede.
Sintomas: dor forte e aguda na região do abdomem, frio e mal-estar nos 4
membros, as fezes são soltas, ausência de sede, urina fina e clara, a pessoa não tem
dificuldade de urinar.
Língua pálida e saburra branca.
Pulso profundo, lento e tenso.
Tratamento:
Rm8, Rm12 moxa
2 – Enfraquecimento do Yanf o BP e de todo o corpo.
Sintomas: a pessoa prefere o calor e não gosta de frio. Existe dor suave fraca todo
corpo, porém constante, cansaço, quanto mais debilitado, mais dor sentirá. Língua branca
saburra fina, pulso profundo e fino.
Tratamento:
Rm6, E36, Rm12, F13, B20, B21, Dm12.
3 – Estagnação e retenção de alimentos
Excesso de alimentos, alimentos com temperos fortes, tanto o excesso do tempero
112
forte provocam disfunção do E, fazendo com que o mesmo não consiga separar turvos de
límpidos.
Sintomas:
Peito, E e abdomem estufados e com presença de dor, principalmente quando se
faz pressão sobre a região, rouquidão, halitose e acidez. Tem dificuldade de evacuar, muita
dor, porém depois que evacua a dor alivia.
Saburra gordurosa, pulso tenso.
Tratamento:
Rm12, Rm17m, Rm6, E25, E36, Li nei Ting.
Diarréia
Etiologia: Pode ser aguda e crônica.
Aguda: 1) causada pelo frio úmido.
Sintomas:
Sensação de frio no corpo e sensibilidade ao frio, pulso profundo e lento.
Tratamento:
E25, E36, frio úmido associar: Rm12, Rm13.
2 – Causada pelo calor úmido.
Sintomas: dor no abdomem, fezes com cheiro de podre, coloração amarela, ao
evacuar sensação de queimação no canal do reto. Urina curta, vermelha, sensação de calor no
corpo e de, língua amarela.
Tratamento: e saburra gordurosa, pulso Hva mé e rápido E44, BP9, E25, E36
113
(associar 2 primeiros).
3 – Causada pela alimentação
Dor no estômago, borborinho, as fezes com cheiro de ovo podre, após evacuar a
sensação de bem estar. Abdomem estufado, soluços e artotos e falta de apetite. Língua saburra
com aparência de sujo, estragado. Pulso Hva mé rápido a profundo e em corda.
Tratamento:
E25, E36, Li nei Ting.
4 – Diarréia crônica
Deficiência de BP e E.
A energia do BP não sobe, prejudicando o sistema digestivo, fazendo com que
não separe límpidos de turvos.
Sintomas:
Falta de apetite, sensação de abdomem estufado, após as refeições rosto pálido e
amarelo, fraqueza, cansaço e desânimo.
Pulso fino, fraco e sem força.
Língua pálida, saburra branca.
Tratamento: B20, F13, BP3, Rm12, E36.
FORMAÇÃO EMBRIONÁRIA ENERGÉTICA
Homem – MMSS esquerdo.
MMII direito
114
Mulher – MMSS direito
MMII esquerdo
PONTOS SHUS COMPARADOS A UM RIO
Os rios nascem em lugares altos, surgem de bicas (Ting), nos morros e serras. No
percurso morro abaixo (dependendo do relevo) muitos se transformam em corredeiras ou
cachoeiras (Iang), mais tarde transformam-se em riachos (Iv) e finalmente em rios (Iung) e o
trajeto normalmente é cheio de curvas e finalmente desembocam no mar (Ho).
Ponto E25
FET: Regula a circulação do Qí, harmoniza o Qí do estômago e intestinos,
harmoniza o Qí nutritivo e fortalece o BP e E, dispersa a umidade e a umidade calor, aquece o
frio, regula o Qí e o Xue do sangue, produz líquido orgânico, dispersa a estagnação de Qí e de
alimento do estômago e dos intestinos, regula a menstruação (R5 ajuda a regular a
menstruação).
Ponto E28
FET: Fortalece o Qí da bexiga, regula as vias das águas, dissipa o calor perverso
do TA, transforma a umidade calor do aquecedor inferior.
Ponto E30
FET: Harmoniza o Qí nutritivo e o Xue, regula as funções energéticas do útero,
harmoniza o Qí da bexiga, harmoniza o Qí dos tendões e músculos, dispersa e elimina a
estagnação do Qí do E, harmoniza o Qí contra-corrente do E. Recolhe a energia e reforça a
energia do abdome. Para qualquer desequilíbrio energético no abdome e baixo ventre usa-se
115
este ponto. Pode provocar um pouco de dor na região genital, pode também perder a
sensibilidade, formigamento.
Ponto E31
FET: Promove a circulação de Qí e sangue, fortalece o Qí do quadril, dispersa o
vento e o frio perverso, transforma a umidade.
Ponto E33
Nome: Yin Shi (Mercado do Yin) (Cidade fria).
Localização: A3 cun acima da borda látero-superior da patela, na linha que a liga
à espinha ilíaca ântero-superior.
Indicações: Dor, parestesia, fraqueza e paralisia dos membros inferiores, frio nos
mmii, artrite ou artrose de joelho; impotência, cólicas menstruais e abdome estufado. Obs.:
E33 + VB33 = bom para aquecer os mmii, com agulha e moxa lã sobre a cabeça da agulha
(tem resposta mais rápida que E36).
Profundidade: 1,0 a 1,5 cun.
Ponto E34
FET: Fortalece e circula o Qí do estômago, harmoniza o Qi mediano do BP e E,
dispersa o vento perverso. Esse ponto é mais usado quando existe paralisia unilateral de mmii.
Ponto E35
FET: Fortalece o Qí do Joelho, dispersa o vento, vento calor perverso, faz a
limpeza do calor.
116
Ponto E36
FET: Regula, harmoniza e fortalece o Qí dos meridianos BP e E. Tonifica o Qí
nutritivo, o Qí e o sangue Xue, regula e umedece os intestinos. Harmoniza e tonifica o Qí dos
pulmões, tonifica o Qí dos rins e o Huang Qí. Tonifica o Wei Qí, restaura Yang Qí e ainda
forma Jin Ye, faz circular o Qí e o Xue, aumenta a energia essencial, redireciona o Qí em
tumulto, transforma a umidade e a umidade calor, drena a umidade e a umidade frio, dispersa
o vento e o frio. A irradiação ocorre no dorso do pé como choque.
Ponto E37
FET: Regula o Qí do BP, harmoniza o Qí do E e dos intestinos, faz circular o Qí
dos intestinos e dos canais de energia do E e BP, dispersa a estagnação do Qí das vísceras,
transforma a umidade calor dos intestinos, elimina a estagnação e acumulo de alimento.
- E37 + E25 = qualquer problema intestinal.
Ponto E38
FET: Harmoniza e tonifica o Qí do meridiano BP e E, faz circular o Qí dos
intestinos, ativa a circulação do sangue, dispersa o vento e o frio.
Ponto E39
FET: Harmoniza o Qi do E e intestinos, dispersa mucosidade e transforma a
umidade calor, redireciona o Qí em tumulto para baixo.
Ponto E40
117
FET: harmoniza o Qi do E e fortalece o Qí de BP, acalma o Shen e transforma a
mucosidade do coração, faz a limpeza do calor do E, do calor perverso, transforma e dissolve
a umidade, a umidade calor e a mucosidade, também drena a umidade e a umidade do frio.
Ponto E41
FET: Harmoniza as funções energéticas do E e dos intestinos, fortalece o Qí do
BP, acalma o Shen e clareia a mente, tonifica o Qí dos tendões e dos músculos, dispersa a
umidade e o vento, faz a limpeza do calor do E.
Ponto E42
FET: Fortalece o Qi do BP e W, acalma o Shen, harmoniza a circulação de Qi dos
canais de energia, dispersa a umidade e o vento perverso, faz a limpeza do calor do E e do
calor perverso.
Ponto E43
FET: Harmoniza o Qi do E, transforma umidade e dispersa o vento perverso.
Ponto E44
FET: Harmoniza o Qi do E e dos intestinos, faz circular o qi do E, transforma
umidade calor, dissipa o vento calor, faz a limpeza do calor do E, do calor perverso, refresca o
calor do canal do E.
Ponto E45
FET: Harmoniza o Qi do E e intestinos, acalma o Shen, elimina o calor e a
umidade, dispersa o calor perverso do meridiano do E, reanima o estado de inconsciência.
118
MERIDIANO DO BAÇO
Número de pontos: 21
Polaridade: Yin
Sentido da energia: dos pés ao tronco
Horário de maior concentração de energia: das 09 às 11
Função: este meridiano comanda as funções combinadas dos órgãos; baço (em
suas funções reguladoras de hematopoiese) e pâncreas (em suas funções reguladoras sobre as
reservas de glicose), apresenta também importante função sobre o psiquismo (concentração) e
sobre o aparelho urogenital.
Expressão emocional: ansiedade
Relações:- E - seu acoplado
- E e C - na seqüência da grande circulação
- TA pela via meio-dia/meia-noite opostos 12 horas
- C e CS (fogo) e P (metal) - na seqüência geradora dos 5 elementos
- F(madeira) e R (água) de acordo com a lei da dominância dos 5
elementos.
Vasos secundários: - no ponto BP4 faz conexão com E42
- BP3 conexão com E40
- BP6 reúne com os meridianos do F e R, faz conexão com os pontos VC3 e VC4,
de onde decorre suas funções nos processos ginecológicos
- No ponto BP21 inúmeros vasos se ramificam por todo o tórax, distribuindo a
energia gerada no estômago
- Há ainda ligações com os pontos PI, VB24, F14, VC10, VC17
Sintomas de insuficiência de energia: tensão abdominal, anorexia, falta de sede,
digestão lenta, vômito, diarréia, dores abdominais, falta ou dificuldade de concentração.
119
Sintomas de excesso de energia: abdome doloroso, sensação de tensão no tórax e
abdome e angústia.
Trajeto: é de natureza Yin, recebe energia do meridiano do E e transmite ao
meridiano do C, a partir do ponto E42, sai um ramo interno que liga diretamente ao BPI, sobe
pelo pé entre o lado Yin e o Yang e segue pelo lado interno da perna e da coxa até a pelve,
onde faz uma ligação com VC4 e VC5 por um ramo interno subindo pela lateral do tronco,
fazendo então ligação com o E e com o Baço, então ele volta a subir pelo flanco do tronco até
o pescoço, seguindo até o CI.
Ponto BP1
- FET: Harmoniza e tonifica o Qi do BP, aumenta e aquece o Qi do BP,
harmoniza e aquece o Qi do sangue, acalma o Shen e clareia a mente, coordena as idéias.
Ponto do BP2
- FET: Harmoniza o Qi do BP e dissolve a estagnação do tubo digestivo.
Ponto do BP3
- FET: Harmoniza e fortalece o Qí do BP, harmoniza o Qí do E e intestinos
harmoniza o Qí do aquecedor médio, transforma umidade e umidade calor.
Ponto do BP4
- FET: Harmoniza e fortalece o Qi do BP, harmoniza o Qí do E e dos aquecedores
médio e inferior, fortalece o Qí do sangue e harmoniza o mar do sangue, acalma Shen e
clareia a mente, harmoniza o Qí do Chong Mai e o ciclo menstrual, harmoniza a circulação do
Qí nos canais de energia, dissolve a umidade, a umidade calor do BP e E.
120
Ponto BP5
- FET: Fortalece o Qí do BP e do estômago, harmoniza o Qí do aquecedor médio,
transforma umidade calor, remove a umidade.
Ponto BP6
- FET: Harmoniza, fortalece, tonifica o Qí do BP, tonifica o Qí dos R e a essência,
harmoniza o Qí do F, fortalece o Qí dos 3 Yin dos pés, harmoniza a circulação de Qí e de
sangue, harmoniza o Qí do E e dos aquecedores médio e inferior, tonifica o Qí e o sangue,
harmoniza a via das águas, harmoniza o Qí do útero e da próstata, dissolve a umidade e
umidade calor, drena a umidade e a umidade frio.
Ponto BP
- FET: Harmoniza e tonifica o Qí do BP e do sangue, fortalece o sangue e
promove sua circulação, harmoniza a menstruação e o Qí do útero.
Ponto BP
- FET: Harmoniza, tonifica e aquece o Qí do BP, harmoniza o Qí do E e do
aquecedor inferior, harmoniza o Qí da bexiga e da via das águas, dissolve a umidade idade
calor, remove a obstrução de Qí do TA.
Ponto BP1
- FET: Harmoniza e fortalece o Qí do sangue, harmoniza o Qí nutritivo, promove
a circulação do sangue e harmoniza o Qí do BP.
Ponto BP
121
- FET: Harmoniza a circulação de Qí e harmoniza a circulação do Qi em
contracorrente (ou seja, o Qí em tumulto).
Ponto BP
FET: Harmoniza o Qí do BP, harmoniza e umedece os intestinos, transforma a
umidade calor dos intestinos.
Ponto BP21
- FET: Harmoniza o Qí e o sangue e promove sua circulação, comanda o Qí dos
canais de energia Lou, tonifica e controla o Qí dos tendões, músculos.
MERIDIANO DO CORAÇÃO
Número de pontos: 9
Polaridade: negativa
Sentido da energia: do tronco para as mãos.
Horário de maior concentração de energia: das 11 às 13 hs.
Função: o meridiano do coração comanda o órgão cardíaco e os vasos sanguíneos,
relaciona-se com a energia psíquica, com a consciência e a inteligência.
Expressão emocional: alegria e afetividade (Morada de Shen é o meridiano do C).
Relações: - ID - seu acoplado;
- BP e ID - na seqüência da grande circulação;
- VB pela via meio-dia/mela-noite opostos 12 horas;
- F(madeira) e BP (terra - na seqüência geradora dos 5 elementos;
122
- R (água) e P (metal) de acordo com a lei da dominância dos 5 elementos.
Sintomas de insuficiência de energia: pulso fraco, memória fraca, língua pálida,
insônia, palpitação, respiração acelerada, rosto pálido, medo, timidez, fobias, micção
freqüente com urina incolor, menstruação insuficiente (ciclo menstrual curto).
Sintomas de excesso de energia: rosto vermelho, pulso acelerado, coragem,
audácia, voz sonora, indivíduo Yang, extrovertido, olhos brilhantes, riso fácil, super excitado,
menstruação abundante.
Trajeto: é de natureza Yin, recebe a energia do BP, transmitindo-a ao ID. A
energia do meridiano do C sal do coração pelo caminho do nervo autônomo do sistema
cardiovascular, desce e passa pelo diafragma e se liga ao ID. O ramo principal sai do coração
sobe pelo pulmão atingindo a axila, onde desce pelo lado interno do braço (Yin), passa pelo
pulso entre o 4º e o 5º metacarpo e chega ao lado interno da unha do dedo mínimo.
Ponto C1
FET: Ativa a circulação sanguínea, harmoniza o Qí do C, remove a obstrução de
Qí do canal de energia.
Ponto C2
- FET: Harmoniza o Ql e o sangue, relaxa o Qí dos tendões e dos músculos,
remove obstrução de Qí dos canais de energia, faz a limpeza do calor perverso.
Ponto C3
FET: Harmoniza o Qí do C, o Qí e o sangue, acalma o Shen e fortalece a mente,
favorece a circulação do Qí no canal do pericárdio, dispersa mucosidade, faz a limpeza do
calor dos vasos sanguíneos.
123
FET: Acalma o Shen e harmoniza o Qi do C.
FET: Acalma e tonifica o Qí do C, acalma o Shen e fortalece a mente, faz a
limpeza do calor do coração, dissipa o vento perverso.
Ponto C6
FET Nutre o Yin Qí, acalma o Shen e clareia a mente, tonifica o Qí do C.
fortalece e circula o sangue e transforma mucosidade do C.
Ponto C7
FET: Harmoniza o Qí do C, harmoniza o Yong Qí, acalma o Shen, fortalece a
mente, transforma a mucosidade do coração, faz a limpeza de calor do coração, refresca o
calor do sangue, dispersa a mucosidade e o vento perverso.
Ponto C8
FET: Harmoniza e fortalece o Qí do C, acalma o Shen, faz a limpeza do calor e do
falso calor do C e do ID, dissolve a umidade e transforma a umidade calor.
Ponto C9
FET: Harmoniza o Qí do C, promove a circulação de Qí e de sangue, reanima o
estado de inconsciência, redireciona o Qí contracorrente.
MERIDIANO DO INTESTINO DELGADO
Número de pontos: 19.
Polaridade: Yang - positiva.
Sentido da energia: das mãos para a cabeça.
124
Horário de maior concentração de energia: das 13 às 15 hs.
Função: comanda o ID; função de absorção, síntese das proteínas, lança as toxinas
e dejetos sólidos ao IG, os líquidos à B e R, produtor da energia vital, ou seja, comanda a
produção dessa energia e tem ação muito grande sobre as grandes depressões.
Expressão emocional: alegria.
Relações: - C - seu acoplado;
- C e B - na seqüência da grande circulação;
- F pela via meio-dia/meia-noite, opostos 12 horas;
- VB(madeira) e E (terra - na seqüência geradora dos 5 elementos;
- B (água) e IG(metal) de acordo com a lei da dominância dos 5 elementos.
Sintomas de insuficiência de energia: urina muito clara e dores no ventre e todo
baixo ventre, diarréia, debilidade, diminuição da resistência física, caráter fraco e choro fácil,
sensação de frio.
Sintomas de excesso de energia: cotovelo contraído, abdome dilatado com dores
que melhoram com expulsão de gases, dificuldade em urinar, excitação fácil.
Trajeto: através dos vasos secundários o meridiano do ID faz conexão com os
seguintes meridianos:
- no ponto ID13 há um ponto que se liga ao sistema nervoso;
- no ponto ID12 receber vasos secundários dos meridianos do IG, TA e VB;
- nos pontos ID17 e ID18 faz conexão com a VB e o TA;
- o ponto ID17 faz conexão com ponto C7;
- o ponto ID4 com C5.
Há ainda vasos secundários que o ligam a: B1, B11, B36, VC12, VC13 e VC17.
Ponto IDI
125
FET: Dispersa o calor do C, dispersa o calor e o vento perverso, promove a
produção de leite materno e reanima o estado de inconsciência.
Ponto ID2
FET: Umedece a garganta, melhora o Qí do ouvido e dispersa o vento calor.
Ponto ID3
FET: Harmoniza a circulação do Qí dos canais principais, dispersa o calor do
coração e afasta o calor interno, tranqüiliza a mente, libera energia perversa do interior para o
exterior, harmoniza o Qí de Du Mai.
Ponto ID4
FET: Elimina o calor e o vento perverso, faz a limpeza da umidade calor contida
no canal de energia.
Ponto ID5
FET: Elimina o calor e o fogo perverso, dispersa umidade calor e dispersa o Qí
estagnado.
Ponto ID6
FET: Clareia a visão, remove a obstrução de Qí e de sangue dos canais de energia.
Ponto ID7
FET: Acalma o Shen e clareia a mente, nutre o Yin Qí (essência do Qí), dispersa o
calor e o vento perverso, relaxa os músculos e os tendões, faz circular as energias perversas.
Ponto ID8
FET: Dispersa energia perversa, relaxa músculos e tendões, tranqüiliza o Shen.
126
Ponto ID9
FET: Dispersa o vento perverso, ativa a circulação de sangue e remove obstrução
de Qí e de sangue dos canais de energia.
Ponto ID10
FET: Promove a circulação do sangue, relaxa os tendões e os músculos, dispersa o
vento perverso.
Ponto ID11
FET: Promove a circulação do Qí, relaxa os músculos e os tendões, desfaz a
plenitude do tórax, redireciona o Qí contra-corrente, dispersa o vento perverso.
Ponto ID12
FET: Remove a obstrução de Qí e de sangue dos canais de energia, relaxa os
músculos e os tendões, dispersa o vento e o frio perverso.
Ponto ID13
FET: Faz a difusão do Qí do pulmão, faz a limpeza do canal perverso, transforma
a mucosidade e a umidade calor.
Ponto ID18
FET: Dispersa o vento e o frio perverso, faz a limpeza do calor perverso.
Ponto ID19
FET: Harmoniza o Qí da audição, remove obstrução de Qí e de sangue dos vasos
sangüíneos e acalma o Shen.
127
MERIDIANO DA BEXIGA
Número de pontos: 67
Polaridade: Yang - positivo
Sentido da energia: inicia na cabeça e vai até os pés.
Horário de maior concentração de energia: das 15 às 17 hs.
Função: este meridiano comanda a bexiga, além de atuar decisivamente na função
reguladora dos rins. Este meridiano atua sobre o sistema nervoso simpático. Através de seus
pontos de assentamento é possível agir sobre as disfunções de praticamente todos os órgãos e
vísceras.
Expressão emocional: medo, fobia, pânico.
Relações: - R - seu acoplado;
- ID e R – na seqüência da grande circulação;
- P pela via meio-dia/mela-noite, opostos 12 horas;
- IG (metal) e VB (madeira) - na seqüência geradora dos 5 elementos;
- E (terra) e ID/TA (fogo) - de acordo com a lei da dominância dos 5 elementos.
Vasos secundários: através destes, o meridiano da B faz conexão com os seguintes
meridianos: - no ponto B1 recebe vasos secundários dos meridianos ID, E, TA, Pericárdio e
BP.
- no ponto B11 conecta os meridianos do sistema nervoso ID e TA, Pericárdio e
BP;
- no ponto B11 conecta os meridianos do sistema nervoso ID e TA.
- no ponto B32 faz conexão com o fígado e com a VB;
- no ponto B62 conecta R4 e
- no ponto B58 com R3.
128
Sintomas de insuficiência de energia: diminuição da audição, polaciúria com urina
clara. Sintomas de excesso de energia: obstrução nasal, dores na coluna vertebral, dificuldade
de micção e ardor ao urinar, insônia, furunculose crônica.
Trajeto: faz um arco que sai do crânio e se dirige para a região posterior do corpo,
onde a 1ª linha está a 1.5 cm da linha média e a 2ª linha a 3 cm da coluna. São duas linhas
paralelas que descem pelo corpo. Enquanto seu trajeto está no crânio, ele alimenta o SNC e
quando desce pela coluna ele passa pelo rim. Quando houver “problemas” com o nervo
ciático, se a ciatalgia for exatamente central usaremos o meridiano da bexiga. Se for mais
lateral usaremos o meridiano da VB. Para qualquer dor lombar ou dorsal podemos usar o
ponto B40. Este meridiano pode tratar qualquer problema urinário. Depois de percorrer toda
parte posterior do corpo ele vai terminar na cutícula externa do 5º dedo do pé.
Ponto B1
FET: Nutre o Yin Qí (essência do meridiano), aumenta a energia água, clareia a
Visão. dispersa o vento e reduz o calor perverso do Tai Yang.
Ponto B2
FET: Clareia a visão.
Ponto B5
FET: Acalma o Shen, dispersa o vento perverso.
Ponto B7
FET: Acalma o Shen e a mente, dispersa o vento frio e o vento calor.
Ponto B8
129
FET: Acalma o Shen e a mente, dispersa o vento frio e o vento calor.
Ponto B9
FET: Acalma o Shen e a mente, dispersa o vento frio e o vento calor.
Ponto B10
FET: Acalma e fortalece a mente acalma o Shen, dispersa o vento, o vento frio, o
vento calor, a mucosidade e o frio e fortalece os músculos e tendões.
Ponto B11
FET: Harmoniza o Qí dos vasos sangüíneos dos tendões e das articulações,
harmoniza e difunde o Qí do P harmoniza o Qí do tórax, fortalece o Qí dos ossos, libera o
calor superficial para o exterior, favorece a circulação de sangue, dispersa o vento, vento frio,
vento calor, e o frio perverso.
Ponto B12
FET: Harmoniza e difunde o Qí do P, harmoniza o Qí do tórax, faz circular o Qí
pelo canal de energia principal da B, superficializa e harmoniza o Qí, dispersa o vento, o
vento frio, o vento calor e o frio perverso e transforma umidade-calor.
Ponto B13
FET: Harmoniza, tonifica e difunde o Qi do pulmão, harmoniza o Qí do
aquecedor superior do tórax, harmoniza o Yang Qi, faz recuperar a perda de Qí provocada
pelos esforços, faz a limpeza do falso calor do pulmão, dispersa o vento, o vento frio, o vento
calor e o frio perverso.
130
Ponto B14
Nome: Jue Ying Shu (Buraco ao nível do fígado e pericárdio).
Localização: Situa-se a 1,5 cm lateral a margem inferior do processo espinhoso da
4ª vértebra torácica (1,5 cm da linha média abaixo da 4ª vértebra torácica).
Indicações: Angina pectoris, arritmias, palpitações, doença cardíaca reumática,
tosse produtiva, epilepsia, nevralgia intercostal, esquizofrenia, insônia (trata tudo o que B113
trata e problemas cardíacos e dores torácicas).
Profundidade: 0,5 a 0,8 cun diagonal.
FET: Harmoniza e tonifica o Qí do C, harmoniza o Qí do corpo, ativa a circulação
do sangue, acalma o Shen e tranqüiliza o coração.
Ponto B15
FET: Harmoniza o Qí do sangue, harmoniza e tonifica o Qí do coração, ativa a
circulação de sangue e dos vasos sangüíneos, acalma o Shen, fortalece e clareia a mente.
Ponto B16
FET: Harmoniza o Qí do tórax, fortalece o diafragma, refresca o calor do sangue,
harmoniza o Qi do tórax, recupera e fortalece as diferenças do Qi do sangue, harmoniza o Qi
do E e do BP.
Ponto B18
FET: Harmoniza e tonifica o Qí do F e VB, harmoniza e faz ciruclar o Qi, clareia
e fortalece a visão, faz aumentar os nutrientes do sangue, harmoniza o sangue, afasta a
umidade e a umidade-calor do F e VB, refresca o calor do sangue.
Ponto B19
131
FET: Harmoniza o Qí do F e da VB, harmoniza a circulação do Qi e o Qi geral do
corpo, clareia a visão, relaxa o diafragma, refresca e faz a limpeza do fogo da VB e do F,
afasta a umidade e umidade-calor do corpo e harmoniza o Qi do estômago.
Ponto B20
FET: Harmoniza o Qi do BP e do F, harmoniza o Qí do E e do aquecedor médio,
harmoniza o Qi do sangue e o Yong Qí (Qí nutritivo), drena a umidade e a água em excesso,
afasta a umidade e a umidade calor.
Ponto B21
FET: Harmoniza e fortalece o Qí do BP e tonifica o Qí mediano, fortalece o Qi do
E, tonifica o Qi do sangue, afasta a umidade, a unmidade-calor e a mucosidade, drena a
umidade e a umdiade-frio.
Ponto B22
FET: Harmoniza o TA e a via das águas, tonifica o Qi dos rins e afasta a umidade.
É o ponto do TA – associar ao VC5 – ponto Mo.
Ponto B23
FET: Tonifica o Qí dos R, a essência e o Yuan Qí (Qí original), aumenta a energia
da água dos rins, harmoniza a via das águas, fortalece o Qí do cérebro e o Qí da audição,
aquece o Yang Qí, o frio e o calor do coração.
Ponto do Rim. É um dos principais pontos para tonificar a região lombar. Pode ser
feito agulha com moxa, ou moxa direto. É o ponto Shu dorsal dos rins; pode ser associado ao
ponto Mo que é o VB25.
Ponto B24
132
FET: Harmoniza e umedece o Qí dos intestinos, aumenta o Qí da nutrição,
dissolve a estagnação do Qí dos intestinos, afasta a umidade calor do IG e drena a umidade-
frio do ID.
É o ponto do IG no Shu dorsal.
2 ORIGEM E DESENVOLVIMENTO DA ACUPUNTURA
Conforme Sintan (1985), segundo o Hwang Ti Nei Jing, escrito há cerca de 700
anos a.C., os chineses da Idade da Pedra descobriram que o aquecimento do corpo com areia
ou pedra quente aliviava as dores abdominais e articulares. Essa foi a origem da moxa.
Em várias partes da China foram encontrados Zhem Shih - agulhas de pedra - que
datam da Idade da Pedra. Essas agulhas diferem das de costura e, por terem sido encontradas
juntamente com outros instrumentos de cura, presume-se que a Acupuntura já era conhecida e
praticada naquela época.
Não há documentos que indiquem precisamente como foi o desenvolvimento
inicial da Acupuntura, mas sabe-se que, desde tempos remotos, esta era uma arte muito
difundida entre os chineses.
A evolução da humanidade trouxe o aperfeiçoamento dessa técnica. No início,
como vimos, as agulhas eram de pedra; hoje são de ligas de prata, de ouro ou de aço
inoxidável. Paralelamente, houve também um desenvolvimento no uso da moxa, que da
utilização de plantas passou para o infravermelho, ultra-som, corrente elétrica e raio laser.
133
Concomitantemente, a teoria foi evoluindo do “ponto isolado” para a “teoria dos
meridianos” que liga os pontos aos órgãos. E esse processo continua atualmente com a
descoberta de novos pontos. Historicamente, houve também uma expansão geográfica da
Acupuntura que, da China, se a Dinastia Tang, 400 d.C., o mundo.
Atualmente, com o auxílio da moderna tecnologia, estão sendo feitas muitas
pesquisas sobre a função e o mecanismo de ação da Acupuntura. Os novos conhecimentos
nessa área esclareceram dúvidas no campo a eletroneurofisiologia, estimulando futuras
pesquisas.
Documentos históricos
Com base nos estudos arqueológicos, é possível ter-se uma noção do
desenvolvimento desta ciência desde seus primórdios até nossa era.
I. Era do Imperador Amarelo (2704-2100 a.C.)
Pelos escritos preservados em cascos de tartaruga, chegamos à conclusão de que,
nessa época, a Acupuntura não só já possuía suas bases como apresentava também um certo
nível de desenvolvimento.
II. Dinastia Chia, Shang, Tsou (2100-1122 a.C) e período Chuen Chiou Zhan Kuo
(1122-221 a.C.)
a) Formulação do princípio do Yin-Yang, da teoria dos cinco elementos e dos
meridianos. No Hwang Ti Nei Jing encontramos:
1. A descrição minuciosa dos meridianos, síndromes e tratamento das doenças.
2. O número e o nome dos pontos dos meridianos.
3. O estabelecimento da unidade-padrão de medida da superfície do corpo e a
localização dos pontos.
134
4. A descrição da modalidade e maneira de usar os nove tipos de agulhas, sua
aplicação e os métodos de tonificação e dispersão.
5. A indicação dos pontos importantes para cada tipo de doença, além dos pontos
proibidos e fatais.
O Nan Jing, escrito por Pien Chuch, veio preencher as lacunas e deficiências do
Hwang Ti Nei Jing. Outro livro, do qual se tem notícia, o Tsen Jing, foi perdido.
b) Evolução das agulhas.
c) O famoso médico Pien Chuch descreveu a ressuscitação de uma pessoa
considerada já morta, pela aplicação das agulhas.
III. Dinastias Chin, Han, Huei (221 a.C.-264 d.C.)
a) Tsan Kung (180 a.C.) deixou 25 relatórios médicos contendo descrições sobre o
uso das agulhas no tratamento das doenças. Além disso, deu nome a vários pontos dos
meridianos.
b) Final da Dinastia Han.
Chang Tsung Jing, livro que descreve o tratamento da malária pela Acupuntura,
dando também uma noção da aplicação da moxa, além de citar o uso concomitante de ervas e
de quimioterápicos.
c) Hua Tuo (141-203 d.C.), famoso cirurgião e acupunturista de sua época,
aconselhava o uso de poucos pontos, isto é, somente dos essenciais.
d) Pei Wong descreve a pulsologia na aplicação da Acupuntura.
IV. Dinastias Tsin e Tang (265-959 d.C.)
Difusão dos conhecimentos da Acupuntura para o exterior.
a) Início da Dinastia Tsin.
Huang Pu Yih escreveu o Jia Yih Jing que, firmando as bases da Acupuntura,
equipara-se em valor ao livro de Ling Shu.
135
h) Início da Dinastia Tang.
Sun Su Miao escreveu Chien Jin Fang e Chien Jin Yih Fang.
c) Dinastia Tsin.
Kou Hung escreveu o Zhou Hou Beh Jib Fang que, contendo descrições de vários
métodos de aplicação de moxa, escreve também sobre a experiência adquirida através dos
tempos.
d) Hou Chuen.
e) Wang Chou.
V. Dinastia Sung (960-1279 d. C.)
O rei Sung Jen Tsung, ficando gravemente doente, foi curado através da
Acupuntura. Passou, então, a dar-lhe grande importância.Ordenou a Wang Wei Yi, um
médico famoso, que organizasse os escritos sobre esse assunto, avaliando seus valores,
criando mapas e diagramas dos meridianos presentes no corpo humano. E mandou
confeccionar estátuas de bronze com os pontos e trajetos dos meridianos.
a) Wang Wei escreveu Tong-Jen Sbu-Xue Zben Jiou Tu Jing. You Sun Jen
escreveu Tong-Jeng Zben Jiou Jing.
b) Shi Fang Zih escreveu Min Tang Jiou Jing, somente sobre experiências da
moxibustão. Sun Tseng Ho Kuan Sbu, Shen Zih Tsung Lu e Zhen Jiou Men explicam os
tratamentos de Acupuntura com várias técnicas para diversas doenças.
c) Wang Zhi Zhong escreveu Zben Jiou Tsi Shen Jing, um livro muito prático.
d) Sih Nien escreveu Pei Ji Jiou Fa falando sobre a utilização da moxa nas
doenças agudas e de emergência.
e) Sung Tou Chai escreveu o Pien Cbue Chin Sbu, reforçando a utilidade e os
efeitos da moxibustão.
VI. Dinastia King e Yuan (1279-1365 d.C.)
136
a) Hua Shou, também chamado Hua Po Jen, escreveu o Shi Sib Jing Fa Huei,
desenhou mapas dos meridianos e os pontos.
b) Tou Han Chiu escreveu Zben Jiou Jib Nan, com poesias, explicando os
mecanismos e as técnicas de Acupuntura.
c) Lo Tien Yih escreveu Nei Shen Pao Jien, falando sobre os fluxos dos
meridianos relacionados com o tratamento das doenças.
d) Huang Kuo Ruti escreveu Pien Chue Shen Yin Zben Jiou Yu Lung Jing,
enfocando as experiências dos específicos tratamentos de Acupuntura.
e) Ho Juo Yu escreveu Zbe Wu Liou Zbu Zhen Jing, falando sobre seleção dos
pontos nas diversas horas.
f) Ma Tan Yang escreveu Tien Hsin Ski Ar Hsue, acentuando os efeitos dos doze
pontos mais importantes.
VII. Dinastia Ming (1366-1644 d.C.)
a) Lee Shih Jen escreveu Chib Jing Pa Mai Kao, notando as aplicações dos
meridianos extraordinários.
b) Liu Tsuen escreveu Yi Jing Xiao Hsue, em forma de poemas.
c) Kao Wu escreveu Zben Jiou Ta Chuan, fruto da observação de muitas
experiências, em poemas.
d) Lee Tin escreveu Yi Hsue Ju Men, advogando o uso do menor número possível
de agulhas (quatro no máximo).
e) Yang Jih Zhou escreveu Zben Jiou Ta Cheng, colecionando todas as teorias,
métodos e experiências.
VIII. Dinastia Chin (1649-1910 d.C)
137
a) Os médicos do Ministério da Saúde, na época do Imperador Quen Lung,
escreveram Yi Tsung Jing Jien, Chin Pien Ko Tieb e Yang Ku Tu Ming Wei etc., e
colecionaram muitas teorias e experiências; foram escritos em forma de poemas.
b) Fan Pei Lan escreveu Tai Yib Shen Zhen, notando os tratamentos combinados
das ervas e moxibustão e selecionando pontos simples.
c) Lee Xueh Tsuan escreveu Zhen Jiou Fung Yuan, que é muito semelhante ao
Zhen Jiou Ta Cheng, mas apresenta uma organização muito melhor.
d) Os governantes dessa dinastia, que dominou a China por trezentos anos,
baniram a prática da Acupuntura.
IX. Era atual (após 1911 d.C.)
No nosso século, a Acupuntura, dotada de caráter experimental e científico, tem
atingido novos níveis de conhecimentos e técnicas além do reconhecimento mundial.
Vantagens e desvantagens da Acupuntura
A Acupuntura é uma prática que se tornou popular desde os tempos antigos na
China. Sua popularidade se conservou através dos tempos devido à simplicidade de sua teoria,
aplicação e aprendizagem.
Podemos citar os seguintes tópicos como sendo os mais indicativos no que se
refere à qualidade da Acupuntura:
1. Inúmeras possibilidades de aplicação.
É útil em qualquer doença, não importando sua localização, oferecendo auxílio de
uma maneira ou de outra em todas as faixas etárias e independentemente do sexo, podendo
ainda ser facilmente associada a outras modalidades terapêuticas. Mesmo em patologias
cirúrgicas, a Acupuntura pode ser usada para melhorar o estado imunológico do paciente e
apressar a recuperação no período pós-operatório.
138
2. Diminuição do uso de medicamentos.
Atualmente, o uso de drogas está se tornando abusivo, com freqüentes
intoxicações, sem que se consigam resultados terapêuticos ideais. A Acupuntura regula o
equilíbrio do organismo, melhorando a circulação sangüínea, aumentando a resistência
corpórea e sendo capaz de mudar a constituição corporal; por isso, reduz ao mínimo a
necessidade de drogas e aumenta a eficácia terapêutica. Além disso, constitui-se num
tratamento mais econômico em relação ao tradicional método da alopatia.
3. Simplicidade da instrumentação necessária.
Muitos equipamentos médicos são hoje difíceis de transportar. A Acupuntura
utiliza materiais simples, de fácil transporte, principalmente em algumas emergências, como o
colapso, insolação ou angina pectoris. Num meio onde não há facilidades médicas é mais
evidente sua utilidade.
4. Segurança no tratamento.
A Acupuntura é uma prática extremamente segura, exigindo apenas uma eficiente
esterilização das agulhas e um bom nível técnico do terapeuta.
5. Complementa as lacunas da medicina moderna.
Apesar do constante progresso, a medicina moderna ainda não conseguiu resolver
muitos dos problemas que atingem o ser humano, por exemplo, doenças como as
espondiloses, as periartrites degenerativas, as colagenoses e outras auto-imunes. Em muitas
dessas patologias, a Acupuntura, isoladamente ou associada a drogas, obtém melhores
resultados.
6. É método auxiliar no diagnóstico.
Muitas doenças são difíceis de diagnosticar. A sensação proveniente da aplicação
das agulhas pode denotar alterações neurológicas. A localização do processo patológico pode
139
também ser indicada pela resposta à estimulação de determinados pontos, o que auxilia o
diagnóstico.
Além do mais, se a doença é funcional, a Acupuntura, via de regra, traz melhoras
evidentes, o que não ocorre se já houve lesão orgânica; neste caso ela serve como prova
terapêutica.
7. Os aspectos desfavoráveis.
Podemos citar dois aspectos básicos, que consideramos desfavoráveis à
Acupuntura. Primeiro, o temor despertado pelas próprias agulhas. Por isso, muitos outros
métodos de estimulação têm sido desenvolvidos na esperança de substituir as agulhas, mas
infelizmente ainda não se conseguiram os mesmos efeitos que as agulhas oferecem.
Em segundo lugar, a Acupuntura exige um longo período de tratamento, de
perfeição e de maestria manual do terapeuta, o que requer longos anos de aprendizado.
Conceito sobre os mecanismos da Acupuntura
O corpo humano é formado da união de células que dão origem aos tecidos ou
órgãos; estes se associam entre si e colaboram para preservar as funções de locomoção,
digestão, defesa, respiração etc. As conexões entre os diversos sistemas fazem-se, de modo
geral, pelo sistema nervoso, cujo centro é o cérebro, que controla e regula todas as funções.
Assim, o organismo responde como um todo às alterações do meio.
Por exemplo, no calor, há vasodilatação, com aumento da sudorese na tentativa de
diminuir a temperatura corpórea. No frio, ocorre o contrário, com vasoconstrição e economia
do calor corporal. Se o frio é excessivo, verificam-se tremores, que se destinam a gerar mais
calor e a manter a homestermia e as funções celulares normais.
Se a função do sistema nervoso é adequada, ela preserva a adaptação e a saúde do
organismo. Se o organismo sofre alguma lesão, o sistema nervoso pode responder, atuando
140
em vários níveis para contê-la. Por exemplo, se há invasão bacteriana com liberação de
toxinas, o sistema nervoso, para prover meios de eliminar as bactérias e suas toxinas, reage
com hipertermias, leucocitose, aumento da secreção de muco, tosse, náuseas, vômito.
Sob a direção do sistema nervoso, o organismo é capaz de prover vários
mecanismos de compensação. Assim, se o coração está doente, há má circulação. O sistema
nervoso provê então alterações como a dilatação das coronárias, aumentando a pressão de O2
e a cardiomegalia. No caso dos rins, ocorre o mesmo: se um é deficiente, a outro se hipertrofia
para compensar a queda da função.
Por isso, um sistema nervoso em boas condições é capaz de reagir a lesões com
reações compensatórias capazes de devolver o estado de saúde ao organismo.
É claro que há outros fatores em jogo. O grau da lesão é importante. Além do
mais, o sistema nervoso sofre influência do corpo como um todo. Se o corpo estiver
enfraquecido, em estado depressivo, sofrendo ansiedades etc., isso se refletirá negativamente
sobre o sistema nervoso.
Às vezes, as próprias reações de adaptação, quando exacerbadas, podem piorar o
estado do doente. Por exemplo, na cólera, provocar a diarréia visa a eliminação dos
patógenos; mas, se o processo for excessivo, poderá matar o paciente por desidratação. Ainda
nas lesões articulares, se o espasmo muscular ao redor for demasiado, pode levar à isquemia e
a um círculo inflamatório vicioso.
Alguns fatores externos não têm importância em si, mas, ao provocarem respostas
inadequadas, podem provocar o desenvolvimento da doença. Por exemplo, em pessoas
alérgicas, graves crises podem ser desencadeadas por pequenas quantidades de antígenos
externos. Muitas vezes, em certas patologias, não se compreende o mecanismo de ação do
sistema nervoso. Isso se deve à carência de conhecimentos que a medicina demonstra acerca
da plenitude de ação das células nervosas; por isso, é comum admitir-se que as células sempre
141
são lesadas diretamente por agentes externos (químicos ou bacterianos). Essas noções são
incompletas. A doença é o fruto da interação entre os agentes agressores e a resposta do
organismo, comandada pelo sistema nervoso central; às vezes, a lesão do próprio sistema
nervoso e seus mecanismos de reação podem piorar a doença. Com certa freqüência, quando a
lesão é suficientemente profunda, não se consegue o estado de equilíbrio e o paciente morre.
A Acupuntura não está voltada diretamente para os agentes agressores externos e,
por isso, seu tratamento não visa apenas a tratar o local comprometido no corpo, mas age
sobre todo o sistema nervoso, estimulando o mecanismo de compensação e equilíbrio em todo
o corpo, para com isso sanar a doença. Há muitas doenças que se originam a partir da má
absorção de vitaminas e cuja causa é o distúrbio do sistema nervoso. Nesses casos de
deficiência, pode-se obter bons resultados através da Acupuntura, dispensando-se o uso das
vitaminas. O mesmo ocorre com outras doenças endócrinas, ocasião em que se conseguem
muitos bons resultados com a Acupuntura sem o uso de hormônios exógenos.
Pesquisas recentes visam a entender o mecanismo de ação da Acupuntura:
1. A Acupuntura altera a circulação sangüínea. A partir da estimulação de certos
pontos, pode-se alterar a dinâmica da circulação regional proveniente de microdilatações.
Outros pontos promovem o relaxamento muscular, sanando o espasmo, diminuindo a
inflamação e a dor.
2. O estímulo de certos pontos promove a liberação de hormônios, como o cortisol
e as endorfinas, promovendo a analgesia.
3. A Acupuntura ajuda a aumentar a resistência do hospedeiro. Quando há
agressão externa, alguns sistemas orgânicos são prejudicados. Há uma regulação interna para
oferecer resistência à doença. A Acupuntura, exacerba estes mecanismos para que em menos
tempo o equilíbrio e a saúde sejam restabelecidos. Muitas pesquisas revelam ser possível o
estímulo do hipotálamo, da hipófise e de outras glândulas que atuam na recuperação.
142
4. A Acupuntura regula e normatiza as funções orgânicas. As diversas funções no
homem são inter-relacionadas. Se há algum distúrbio alterando esse inter-relacionamento,
ocorre a manifestação de sintomas e a doença se estabelece. O estímulo pela Acupuntura pode
dinamizar e restabelecer os relacionamentos anteriores e apressar a recuperação.
5. A Acupuntura promove o metabolismo. O metabolismo é fundamental na
manutenção da vida. Em certas condições de doença, há alteração do metabolismo dos
diversos órgãos, com conseqüente prostração e deficiência do organismo. A Acupuntura
permite a recuperação desse metabolismo, importante no processo de cura.
Observações
Apesar de a Acupuntura produzir efeitos reais no tratamento de diversas doenças,
e de seus processos terem sido esclarecidos pela pesquisa atual, ela possui características
próprias que diferem, em muitos aspectos, da medicina moderna. A primeira observação a
este respeito refere-se à nomenclatura: as fórmulas e conceitos da Acupuntura, sobre as
doenças, são inteiramente diferentes dos conceitos da medicina moderna, pois resultam de
uma experiência milenar. Conseqüentemente, muitas pessoas acreditam que a Acupuntura não
satisfaz as condições exigidas pela prática científica, visto que seus processos terapêuticos não
são ainda totalmente compreendidos pela ciência atual. Esse fato tornou-a vítima da
incredulidade por parte de muitos profissionais que, assim, lhe negam uma atenção e pesquisa
mais profundas.
Em muitas sociedades, a falta de conhecimento sobre este assunto faz com que a
Acupuntura seja exercida por leigos que escapam ao controle e incorporação dos órgãos
oficiais das áreas de saúde. Por causa deste panorama, muitos médicos, por temerem ser
apontados como charlatães, sentem-se constrangidos em buscar um intercâmbio de
conhecimentos com os acupunturistas.
143
Pesquisas efetuadas neste último ano e que estudaram a atuação da neuroatividade
do sistema nervoso na gênese das doenças, podem levar a uma melhor compreensão ou
mesmo a certas reformulações nas bases teóricas da medicina moderna. Assim, a Acupuntura
pode, no futuro, contribuir positivamente para a reestruturação de determinadas partes da
medicina moderna.
A Acupuntura é hoje amplamente aplicada em muitas enfermarias e tem-se
demonstrado que em muitas patologias seu efeito terapêutico supera o uso de drogas ou de
outras modalidades de terapias, enquanto em outras doenças seus efeitos têm-se mostrado
inferiores ao uso de drogas, à cirurgia e a outras formas de tratamento.
O princípio terapêutico consiste na escolha de um método eficaz, simples, que
seja capaz de restaurar a saúde do paciente.
A escolha da modalidade terapêutica dependerá da patologia em si e das
condições apresentadas pelo paciente.
Há muitos acupunturistas leigos que, por desconhecerem os métodos terapêuticos
da medicina moderna, ou por serem da opinião que a Acupuntura é capaz de tratar todos os
tipos de doenças, prejudicam o paciente, privando-o de receber um tratamento mais adequado
e específico.
Para que se possa tratar uma doença, é preciso saber chegar ao seu diagnóstico. O
esquema terapêutico deve então ser arquitetado por um profissional médico competente, que
localizará o controle e os cuidados durante o período do tratamento. Por exemplo, no caso de
doenças dolorosas, o tratamento implica não só o controle da dor em si, mas também a busca
e a cura de sua causa.
A Acupuntura é uma arte terapêutica que deve estar entre as primeiras indicações
na terapêutica de muitas patologias e deve ser exercida por médicos especializados ou pessoal
médico especialmente treinado.
144
3 AS TEORIAS BÁSICAS DA MEDICINA CHINESA
Teoria do Yin-Yang
Os fenômenos científicos devem ser, de início, minuciosamente observados, para
que, mais tarde, seja possível desenvolver grandes teorias.
Estes processos constam comumente de cinco etapas. 1) observação; 2) análise; 3)
suposição; 4) comprovação e 5) conclusão.
A Teoria Yin-Yang também passou pelo mesmo processo. Na China antiga, as
primeiras observações efetuadas levaram à conclusão de que a estrutura básica do ser humano
era a mesma do universo. Então, todos os fenômenos da natureza foram classificados em dois
pólos opostos: o Yin (negativo) e o Yang (positivo). Aqueles que apresentam como
características força, calor, claridade, superfície, grandeza, dureza, peso etc. pertencem ao
Yang. Ao contrário, os que apresentam características opostas às mencionadas, pertencem ao
Yin.
O esquema abaixo nos dá uma idéia da visão do Yin e do Yang.
Natureza Corpo humano Características das doençasYang Sol, dia, céu,
homem, verão, calor, sul, norte
Superfície (externa), região dorsal, porção supradiafragmática e vísceras energéticas
Agitada, forte, quente, seca, hiperfuncionante, aguda
Yin Lua, noite, terra, mulher, inverno, frio, leste, oeste
Região profunda (interna), região central, porção infradiafragmática, cinco órgãos, sistema sangüíneo
Calma, fraca, fria, úmida, hipofuncionante, crônica
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No corpo humano há órgãos de constituição mais fraca que necessitam da
proteção das vértebras e das costelas. São cinco órgãos: coração, pulmão, rins e baço-
pâncreas. Eles pertencem ao Yin e seus pontos reflexos estão localizados na região ventral do
corpo. Ao contrário, as vísceras menos protegidas e de constituição mais forte como
estômago, intestino delgado, intestino grosso, bexiga, vesícula biliar e útero, são de natureza
Yang.
Os.órgãos que apresentam hiperfuncionalidade são classificados como Yang; os
que apresentam hipofuncionalidade são classificados como Yin.
As conclusões a que os antigos chineses chegaram, através de estudos e
observações, são bastante significativas. Nos tratados da medicina chinesa a Teoria Yin-Yang
já era extensamente explicada.
A Teoria Yin-Yang abrange três itens:
a) Nos estados de tranqüilidade, o Yin e o Yang estarão em harmonia; nos de
agitação, o Yin e o Yang estarão em desequilíbrio. O mesmo princípio aplica-se aos
elementos; haverá harmonia quando apresentarem um equilíbrio entre Yin e Yang, e agitação
quando houver um conflito entre Yin e Yang.
b) Em nenhuma substância observar-se-á desenvolvimento e endurecimento se
houver predomínio de Yin ou Yang isoladamente.
c) Em certas circunstâncias favoráveis, o Yin poderá transformar-se em Yang e o
Yang em Yin. Quando o Yin está em excesso, o Yang estará em depleção. Ao contrário,
estando Yin fraco, o Yang encontrar-se-á forte.
A natureza Yin-Yang de um elemento é bastante relativa. Em certas
circunstâncias, esses pólos opostos podem modificar-se. Logo, sua natureza Yin-Yang
146
também sofrerá alterações. E, como já foi dito anteriormente, em circunstâncias favoráveis, o
Yang poderá tornar-se Yin e vice-versa.
Os tecidos e os órgãos do organismo humano, podem ser tanto Yin como Yang,
de acordo com sua localização e função. Tomando o corpo humano como um todo, a cabeça,
a superfície do tronco e os quatro membros, que ficam do lado externo, são Yang, enquanto os
órgãos Zang-Fu, que correspondem aos órgãos e vísceras na medicina moderna, são Yin.
Analisando apenas a superfície corpórea e os quatro membros, o dorso destes é Yang; o
abdômen e o peito são Yin. A parte lateral de um membro é Ying, e seu lado mediar é Yin.
Analisando os órgãos Zang-Fu (vísceras), com sua principal função de condução e digestão de
alimentos, que são Yang, ao passo que os órgãos (Zang), cuja principal função é armazenar e
controlar a energia vital corpórea, são Yin. Os órgãos Zang-Fu podem ser, novamente,
divididos em Yin ou Yang como, por exemplo, o Yin e o Yang dos rins, o Yin e o Yang do
estômago etc. Em resumo, independentemente de seu grau de complexidade, os tecidos,
estruturas e funções do organismo humano sempre poderão ser generalizados e explicados
pela relação Yin-Yang.
A relação de interdependência de Yin e Yang significa que cada um deles existe
sob a dependência da presença do outro, sendo que nenhum deles pode existir isoladamente.
Não teríamos dia se não houvesse noite; não teríamos frio se não houvesse calor. Portanto,
podemos concluir que Yin e Yang estão ao mesmo tempo em oposição e em
interdependência.
Em atividades fisiológicas, a transformação de substâncias em função ou vice-
versa, está encerrada na teoria da interdependência da relação do Yin e do Yang. Substâncias
que são Yin têm função Yang, pois a matéria-prima é a base do produto, enquanto que o
produto é reflexo da existência da matéria-prima. Apenas quando há substratos nutritivos
amplos é que os órgãos Zang-Fu funcionarão bem. E, apenas quando temos um bom
147
funcionamento dos órgãos Zang-Fu é que teremos o constante estímulo para a produção de
substratos nutritivos. A coordenação e o equilíbrio entre a substância e a função são as
garantias vitais das atividades fisiológicas.
A relação de influência e transformação entre Yin e Yang
Dentro de uma substância, os elementos Yin e Yang não são fixos, mas estão em
constante mutação. A perda ou ganho de um elemento terá uma repercussão direta e
complementar no outro.
Quando há um aumento no nível do Yin, comparativamente, o Yang estará em
depleção. Por exemplo, quando o Yin estiver em um nível mais baixo, o Yang estará mais
alto.
Para realizar suas atividades funcionais, o organismo tem necessidade de
consumir certas substâncias nutritivas. Haverá então um gasto de Yin e um aumento de Yang.
Por outro lado, o processo de formação e armazenamento de certas substâncias
nutritivas dependerá, obviamente, das atividades funcionais do organismo e de um aumento
de Yin, em detrimento de Yang. Em condições normais, há um relativo equilíbrio; porém, em
condições anormais, poderemos ter uma depleção ou um excesso dos elementos Yin ou Yang.
Surgirão distúrbios e enfermidades no organismo. Como exemplo, citaremos a Síndrome do
Frio. Neste caso, há Yin em excesso, que consumirá o Yang, ou então a fraqueza do Yang,
que induzirá um predomínio do Yin.
Na Síndrome do Calor, há um predomínio do Yang forte, que consumirá uma
parte do Yin.
Nas Síndromes do Calor ou do Frio, os fatores.preponderantes pertencem ao tipo
Shi (excesso), enquanto os fatores com perda da resistência geral pertencem ao tipo Xie
(redução); Xu (deficiência) e Shi (excesso) são dois princípios na diferenciação de síndromes.
148
Xu (deficiência) implica baixa resistência do organismo, ou insuficiência de certos materiais.
Shi (excesso) indica uma condição patológica em que a etiologia exógena é violenta,
enquanto a resistência geral do organismo está apenas no mesmo nível. As Síndromes do
calor e do frio são diferentes em sua natureza; conseqüentemente, os princípios de tratamento
também o serão. Assim, para as síndromes do tipo Shi (excesso), utilizaremos o método de
redução (Xic), enquanto que para as de tipo Xu (deficiência), aplicaremos o método de
reforço (Bu).
Partindo-se do princípio de que as doenças são decorrentes do desequilíbrio entre
Yin e Yang, todos os métodos de tratamento devem visar à restauração do estado de equilíbrio
entre esses dois elementos.
Na Acupuntura, os pontos que se localizam no lado direito podem ser utilizados
no tratamento das doenças do lado esquerdo do corpo, e vice-versa. Os pontos da porção
baixa do corpo podem ser utilizados no tratamento de alguma doença na porção superior do
corpo, e vice-versa. Todos esses métodos baseiam-se em conceitos de que o corpo é um todo,
e o objetivo da Acupuntura é justamente o reajuste da relação Yin-Yang, promovendo assim
uma melhor circulação do Ql (energia) e do sangue.
Em certas circunstâncias, e em certos estágios do desenvolvimento, o Yin e o
Yang de uma substância poderão transformar-se em seus opostos (em Yang e em Yin,
respectivamente).
Essa intertransformação ocorrerá se houver condições favoráveis, tanto da
substância em questão como do meio externo que a envolve.
A intertransformação entre Yin e Yang segue a seguinte regra, de acordo com Nei
Jing. Deve existir quiescência após uma mudança abrupta, o Yang extremo transformar-se-á
em Yin. E: A geração de um elemento é justamente a transformação; e a degeneração de um
elemento é causada por transmutação. E isto é exatamente o pensamento do velho provérbio
149
chinês: Uma vez atingido o limite certo, a mudança para o lado oposto é inevitável. E: A
mudança quantitativa implicará uma mudança qualitativa.
A intertransformação do Yin e do Yang é uma lei universal que governa o
processo de desenvolvimento e a mudança das substâncias em geral. A alteração das quatro
estações do ano é um bom exemplo. A primavera começa quando o gelado inverno atinge seu
auge; o frio outono chega quando o calor do verão atinge seu clímax. A mudança na natureza
das doenças é um outro exemplo. Um paciente que apresenta febre alta contínua, numa
doença febril aguda, pode sofrer uma repentina queda de temperatura, acompanhada de
palidez, extremidades frias e pulso fraco. Essas mudanças indicam que a natureza da doença
teria mudado de Yang para Yin, e o tratamento para esse paciente terá, obviamente, seu curso
mudado, de acordo com a evolução da doença.
O que foi acima exposto é apenas uma pequena introdução à Teoria do Yin-Yang,
com alguns exemplos para ilustrar sua aplicação na medicina chinesa tradicional.
Resumindo, as relações de interdependência, interconsumo e intertransformação
de Yin e Yang podem ser sumarizadas como as leis das unidades de oposição. Além do mais,
estas quatro relações entre Yin e Yang não são isoladas uma da outra, mas sim
interconectadas, uma influenciando as outras e cada uma delas sendo a causa dos efeitos das
demais.
Teoria dos cinco elementos
Originalmente, na China, designava-se os cinco elementos de Wu-Hsing; sendo
que Wu significa cinco e Hsing, andar. Os cinco elementos (a Madeira, o Fogo, a Terra, o
Metal e a Água) são, na realidade, os cinco elementos básicos que constituem a natureza.
Existe entre eles uma interdependência e uma interrestrição que determinam seus estados de
constante movimento e mutação.
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A Teoria dos Cinco Elementos ocupa um lugar importante na medicina chinesa,
porque todos os fenômenos dos tecidos e órgãos, da fisiologia e da patologia do corpo
humano, estão classificados e são interpretados pelas interrelações desses elementos. Essa
teoria é usada como guia na prática médica.
Distribuição das coisas para os cinco elementos
O organismo humano é regido pelo mesmo princípio da natureza. Assim sendo, os
fatores da natureza exercem certa influência nas atividades fisiológicas do ser humano. Este
fato se manifesta não só na dependência como na adaptação do homem ao seu meio ambiente.
A medicina chinesa tradicional constatou essa realidade e, de acordo com ela, fez
a correlação entre a fisiopatologia dos órgãos e tecidos e alguns fenômenos da natureza.
Observemos os seguintes esquemas:
Classificação dos cinco elementos na natureza
Cinco elementos
Direção Estação Fator clima Cor Gosto
Madeira Leste Primavera Vento Verde AzedoFogo Sul Verão Calor Vermelho AmargoTerra Centro Início e fim
de verãoÚmido Amarelo Doce
Metal Oeste Outono Seco Branco ApimentadoÁgua Norte Inverno Frio Preto Salgado
Classificação dos cinco elementos no corpo humano
Cinco elementos
Órgãos Vísceras Órgãos Tecido Emoção Som
Madeira Fígado Vesícula biliar
Olhos Tendão Zanga Grito
Fogo Coração Intestino delgado
Língua Vascular Alegria Riso
Terra Baço-pâncreas
Estômago Boca Músculo Pensamento Canto
Metal Pulmão Intestino grosso
Nariz Pele e pêlos Preocupação Choro
Água Rins Bexiga Ouvidos Osso Medo Gemido
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As relações de geração e de inibição dos cinco elementos
A noção de geração envolve o processo de produzir, crescer e promover.
Seguindo essa ordem, a Madeira gera o Fogo, o Fogo gera a Terra, a Terra gera o Metal, o
Metal gera a Água e a Água gera a Madeira.
Com base nos conhecimentos gerais é fácil entender que a Madeira, por sua
combustão, é capaz de gerar o fogo, assim como promover sua intensidade.
Após a combustão da Madeira, restam as cinzas, que são incorporadas à Terra. Ao
longo dos anos, a Terra, sob o efeito de grandes pressões, produz os metais. E dos metais e
rochas brotam as fontes de Água. Por outro lado, a Água dá vida aos vegetais e, gerando a
Madeira, fecha o ciclo da natureza. A esse tipo de relacionamento, onde cada elemento gerado
dá existência a outro elemento, os antigos denominavam relação Mãe-Filho. Mãe é o
elemento que gera o elemento em questão, no caso Filho. Assim, a Água é Mãe da Madeira, e
esta é Filha da Água.
Outro relacionamento entre os cinco elementos é o da inibição que traz implícita a
idéia de combate, restrição e controle.
152
A ordem dessa relação é que a Madeira inibe a Terra, a Terra inibe a Água, a
Água inibe o Fogo, o Fogo inibe o Metal e o Metal inibe a Madeira.
Na concepção antiga sobre a natureza, o Metal tem a capacidade de cortar a
Madeira, e, além disso, as rochas e metais no solo podem impedir o crescimento da raiz das
árvores (Madeira). A Madeira cresce absorvendo os nutrientes da Terra, empobrecendo-a, e as
raízes das árvores, quando muito longas, perfuram e racham a Terra.
A Terra, por seu lado, impede que a Água se espalhe, absorvendo-a. Que a Água
possa inibir o Fogo é muito compreensível. O Fogo inibe o Metal, pois o Metal é derretido
pelo Fogo.
No relacionamento de inibição há duas facetas que apresentam também um
aspecto direto e outro indireto. Por exemplo, a Madeira é inibida pelo metal, mas ele inibe a
Terra. Nesse relacionamento de inibição entre os cinco elementos, ainda existe inter-
relacionamento direto ou indireto entre eles. Assim, pode haver uma contra-inibição, na qual
o inibidor pode ser inibido.
Por exemplo, normalmente a Água é inibidora do Fofo, mas se este se apresentar
intenso e a Água em pouca quantidade, haverá uma inibição da Água. Todas essas relações só
se objetivarão sob certas condições. Desta maneira, para gerar, há necessidade de que o
elemento não se encontre em deficiência. Para inibir é necessário que esteja numa boa
condição energética.
Na medicina chinesa, a Teoria dos Cinco Elementos e suas inter-relações aplicam-
se à fisiopatologia das doenças.
A aplicação da Teoria dos Cinco Elementos nos vários sistemas do organismo
Os órgãos do corpo humano podem ser classificados conforme os Cinco
Elementos (observe a Fig. 2).
153
Há mais de 2.600 anos já havia descrições precisas nesse sentido no livro do
imperador amarela (figura abaixo).
O conceito de órgão, de vísceras, assim como de seus inter-relacionamentos
segundo a Teoria dos Cinco Elementos, é um dado empírico da medicina chinesa.
O coração, por exemplo, é de Fogo; sua Mãe é o fígado (Madeira) e seu e o baço
(e pâncreas), que é de Terra. No caso de o coração estar enfraquecido, devemos fortalecê-lo
ou então tonificar o fígado, sua Mãe. Se o coração está excessivamente energético, devemos
diminuir a sua energia, ou a do baço-pâncreas, seu Filho. Esta classificação e conceito têm sua
lógica e razão de ser mesmo em nossos dias. Sabemos que, em muitas situações, o pulmão
pode ajudar a função dos rins; como no caso do controle do ácido básico do organismo.
O fígado, ao fornecer glicose, fornece também energia vital ao trabalho do
miocárdio. Os órgãos supra-renais atuam na conversão do glicogênio em glicose pelo fígado.
Assim, é possível entender que o coração inibe o pulmão, o pulmão inibe o fígado, o fígado
inibe o baço-pâncreas, porque o coração necessita de oxigênio do pulmão que, por sua vez,
necessita da energia gerada pelo fígado. Nessas situações, o volume sanguíneo necessário ao
fígado é fornecido, em parte, pelo baço.
154
Desse modo, o desequilíbrio que atinge um determinado órgão pode ter sua causa
em outro órgão; da mesma forma, uma doença pode propagar-se ou mesmo transformar-se em
outro tipo de doença.
O estudo e a adoção da Teoria dos Cinco Elementos e das correlações entre as
doenças podem servir como guias seguros no tratamento e controle dos efeitos e propagação
de determinadas doenças para outras partes do corpo. Assim, o processo de tratamento é mais
rápido e a cura mais célere.
Teoria dos meridianos
Origem
Na medicina chinesa a mais antiga referência à Teoria dos Meridianos encontra-se
no livro Hwang Ti Nei Jing que contém descrições precisas sobre seus princípios. No entanto,
até hoje desconhece-se o modo como foi criada a Teoria dos Meridianos, sendo muito
provável que a Acupuntura e as Qi-Kung (artes marciais) tenham contribuído para sua
formação.
Ao estimular certos pontos de Acupuntura constata-se que a sensação de calor e
parestesias seguem direções predeterminadas. Os antigos já mencionavam uma sensação de
calor que percorria certas vias do corpo, durante a prática das Qi-Kung. Constatou-se também
que numa doença os sintomas podem manifestar-se em outros lugares, seguindo uma via
precisa de inter- relacionamento.
É possível que a Teoria dos Meridianos tenha sido formulada a partir das
observações acima.
Podemos pressupor que a Teoria dos Meridianos é o fruto da experiência e da
observação de muitos desde os primórdios da medicina chinesa.
155
Conteúdo
Há no corpo humano muitos pontos cujos efeitos à aplicação da Acupuntura são
semelhantes, talvez por pertencerem a dermátomos iguais.
Ao se traçarem linhas conectando esses diversos pontos análogos, obtiveram-se
linhas ou trajetórias longitudinais que foram denominadas Tin (meridianos) e trajetórias
horizontais, denominadas Lo (comunicações).
A experiência clínica demonstrou que havia uma nítida relação entre os órgãos e
os meridianos do corpo. Assim, traçaram-se doze meridianos ordinários; esses tinham relação
direta com os órgãos e vísceras do corpo. Além deles, estabeleceram-se no oito meridianos
denominados extrameridianos, usados em patologias diversas.
Dos doze meridianos ordinários, nascem ramos que percorrem as cavidades do
tronco do corpo, denominados doze meridianos distintos. Há quinze meridianos que ligam
esses doze meridianos entre si denominados Lo-Mai (meridianos conexos).
Há ainda doze meridianos denominados tendinosos e doze chamados superficiais
que percorrem superficialmente o tronco e os membros.
A teoria do Yin e do Yang diz que o Yin visa a estar em equilíbrio com o Yang.
As vezes, no entanto, estabelecem-se diferenças de nível entre essas duas energias. Essa
diferença de nível pode ser dividida em três Yin e três Yang.
Daí nascem os três meridianos Yang da Mão, que vão até a cabeça, e da cabeça
nascem os três meridianos Yang da Perna, que descem até as extremidades dos membros
inferiores.
Relação superficial-profunda dos doze meridianos ordinários
Os doze meridianos ordinários se acoplam aos pares, sendo estes formados
sempre por um meridiano superficial e outro profundo.
156
Suas relações são:
a) Os meridianos Yin pertencem aos órgãos e seu Lo às vísceras.
Os meridianos Yang pertencem às vísceras e seu Lo aos órgãos.
b) Existem conexões-Lo entre os meridianos superficiais.
c) Os meridianos superficiais e os profundos se conectam nas extremidades dos
dedos dos membros. Os meridianos superficiais e profundos, além de apresentarem essas
conexões, têm íntimas relações no tratamento das doenças, podendo ser utilizadas
associadamente.
Os doze meridianos ordinários guardam as seguintes relações com os cinco
elementos.
Meridianos Profundos Cinco Elementos Meridianos Superficiais
Pulmão Metal Intestino grosso
Rins Água Bexiga
Fígado Madeira Vesícula biliar
Coração Fogo Intestino delgado
Pericárdio Igual ao Fogo Triplo-aquecedor
Baço-pâncrea Terra Estômago
Função dos meridianos
Na época pré-científica não havia uma compreensão precisa sobre as diversas
manifestações das doenças. Assim, há muitos conceitos que, à luz da ciência, se
demonstraram errôneos. Conseqüentemente, ao estudarmos a Teoria dos Meridianos,
devemos ter o cuidado de separar o que é correto e útil do que é incorreto e dispensável.
Apresentamos, abaixo, de forma sucinta, a noção que os antigos tinham da função
dos meridianos.
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a) O meridiano é responsável pela boa circulação de quatro fatores trófico-
fisiológicos do corpo que são.
1. Qui - Energia
2. Hsue – Sangue
3. Ying - Nutrição (fator nutritivo intravascular)
4. Wei - Defesa (fator defensivo extravascular)
Quanto ao Yin, há o Tain-Yin(Yin maior), o Jue-Yin (Yin de transferência) e o
Shao-Yin (Yin menor).
Quanto ao Yang, temos o Tai-Yang (Yang maior), o Shao-Yang (Yang menor) e o
Yang-Ming (combinação de Yang).
Essas seis divisões do Yin e do Yang dividem os doze meridianos ordinários
conforme suas relações e efeitos, localizando-os também nos membros superiores e inferiores.
a) Nos membros
Três Yin da mão
a) Tai-Yin - o meridiano do pulmão
b) Jue-Yin - o meridiano do pericárdio
c) Shao-Yin - o meridiano do coração
Três Yang da mão
a) Yang-Ming - o meridiano do intestino grosso
b) Shao-Yang - o meridiano do triplo-aquecedor
c) Tai-Yang - o meridiano do intestino delgado
Três Yin da perna
a) Tai-Yin - o meridiano do baço-pâncreas
b) Jue-Yin - o meridiano do fígado
c) Shao-Yin - o meridiano dos rins
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Três Yang da perna
a) Yang-Ming - o meridiano do estômago
b) Shao-Yang - o meridiano da vesícula biliar
c) Tai-Yang - o meridiano da bexiga
Distribuição dos doze meridianos
a) Nos membros
Nos membros superiores, os três meridianos que percorrem a face palmar do
braço pertencem a Yin. São eles: o do pulmão, o do pericárdio e o do coração.
Os três meridianos do Yang, o do intestino grosso, o do triplo-aquecedor e o do
intestino delgado, percorrem a face dorsal (externa) do braço.
Nos membros inferiores, os meridianos Yin, o do baço-pâncreas, o do fígado e o
dos rins percorrem o lado medial dos ossos fêmur e tíbia. Os três meridianos do Yang o do
estômago, da vesícula biliar e o da bexiga distribuem-se pela borda lateral e dorsal da perna.
Observe o gráfico abaixo:
b) Na cabeça
Todos os meridianos Yang chegam à cabeça. Os meridianos Yang-Ming dos pés e
das mãos distribuem-se pela face. Os meridianos Shao-Yang da perna e da mão distribuem-se
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pelas regiões laterais da cabeça. Os meridianos Tai-Yang da mão chegam à região temporal
da cabeça, ao passo que os meridianos Tai-Yang da perna chegam à região parietal.
c) No tronco
a) Os meridianos Yang-Ming e Tai-Yang distribuem-se pela pane ventral do
tronco. Os meridianos Jue-Yin e Shao-Yang percorrem as áreas laterais do tronco. Os
meridianos Shao-Yin distribuem-se ao lado da linha central da parte ventral do tronco. Os
meridianos Tai-Yang distribuem-se pela região dorsal do tronco.
Os três meridianos Yin da perna sobem até o tronco, de onde vão até as
extremidades dos membros superiores.
Esses quatro fatores fisiológicos circulam em fluxos pelos meridianos, atingindo
os cinco órgãos, as seis vísceras e todas as estruturas do corpo, mantendo-o todo em
harmonia.
b) Os meridianos ligam-se profunda e superficialmente, tornando-se um sistema
completo e fechado.
c) Quando o organismo é agredido por algum agente externo, sua reação pode
manifestar-se na forma de exacerbação ou depressão através do meridiano atingido. Se a
agressão for passageira, o meridiano volta ao seu estado de equilíbrio. Mas se esta persiste, o
desequilíbrio do meridiano permanece e pode originar nos órgãos e sistemas muitas alterações
que se manifestam pelas diversas síndromes. Cada meridiano doente pode originar síndromes
diferentes. E isto pode servir como orientação para o diagnóstico do médico.
d) Se os meridianos conseguem retornar a seu estado de equilíbrio energético,
espera-se que os órgãos e sistemas com ele relacionados voltem à normalidade. Por isso,
estimulam-se determinados pontos que teriam a função de restaurar o equilíbrio e o fluxo
energético do meridiano comprometido. Assim, na Acupuntura, o meridiano fornece
orientação correta, sendo também o meio para se atingir resultados terapêuticos.
160
Fluxo e conexões dos meridianos
Todos os meridianos se interligam complexamente entre si. Há um fluxo ordenado
entre os doze Meridianos Ordinários abaixo relacionados:
Fluxos e conexões dos meridianos
Todos os meridianos se interligam complexamente entre si. Há um fluxo ordenado
entre os doze Meridianos Ordinários abaixo relacionados:
Entre os próprios meridianos há muitas conexões e junções, que originam
inúmeros Meridianos de Junção. Entre estes, por sua vez, há cerca de cento e poucos
meridianos mais importantes e de freqüente uso na terapêutica.
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4 OS PONTOS DE DIAGNÓSTICO E OS TRATAMENTOS DA MEDICINA
CHINESA
Há conexões estabelecidas entre os órgãos e vísceras, entre os tecidos superficiais
e sensoriais do corpo (olho, nariz, língua, ouvido), de modo que qualquer distúrbio naqueles
originará sinais reflexos nestes. Esse processo cria, no organismo, um desequilíbrio que levará
à disfunção fisiológica.
Portanto, na diagnose e no tratamento de uma doença, a medicina chinesa observa
o corpo como um todo, com seus sinais e sintomas.
Na análise e classificação das doenças, levam-se em consideração os fatores
etiológicos, a intensidade da reação do organismo, a localização das alterações dos sintomas,
a alteração do pulso, a variação na morfologia da língua etc.
Em relação à diagnose e ao tratamento, há muitos conceitos e princípios na
medicina chinesa que são semelhantes aos da medicina moderna; outros, no entanto, são
muito diferentes. Abaixo citaremos alguns deles.
Para o que diz respeito à diagnose, há quatro procedimentos:
a) Inspecionar
b) Ouvir as queixas e sentir os odores apresentados pelo paciente
c) Questionar os dados
d) Examinar o físico e a pulsologia.
Na classificação das síndromes, há oito critérios:
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a) Externo (superficial) e interno (profundo)
b) Frio e calor
c) Deficiência e excesso
d) Yin (negativo) e Yang (positivo)
O diagnóstico diferencial é feito através de seis fatores etiológicos que são: vento,
frio, calor de verão, umidade, seco e calor de fogo. Estes fatores se relacionam às
sintomatologias decorrentes do desequilíbrio.
Os quatro procedimentos do diagnóstico
Inspeção
Envolve a observação do todo ou de partes específicas do corpo do paciente.
A. Quanto à observação do corpo como um todo temos de observar o ânimo, a
locomoção e o estado físico.
Na maioria dos casos em que o paciente apresenta olhar vivo, boa motricidade,
agitação, ansiedade, alucinações, loquacidade e não gosta de usar muita roupa, a síndrome
pertence ao Yang, ao calor e ao excesso de energia.
Inversamente, quando o paciente demonstra fraqueza, letargia, necessidade de se
agasalhar, sente frio nas extremidades, a síndrome pertence ao Yin, ao frio e à deficiência
energética.
Convencionou-se chamar de Síndrome do Vento a anomalia em que os membros
apresentam espasmos, convulsões, opistótono ou paralisia.
Quando há uma deficiência no sistema sanguíneo, os membros apresentarão
tremores.
B. Quanto à observação de uma parte específica do corpo, é preciso examinar a
cor e o estado dos órgãos dos sentidos.
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a) Cor - a cor do rosto é um fator importante para o diagnóstico.
Caso este se apresente brilhante, o estado de saúde do paciente será normal ou terá
tendência para algum leve desequilíbrio. Ao contrário, o fato de estar escura, opaca, indica
que a doença é crônica, profunda ou grave.
Se a coloração facial for azulada, trata-se geralmente da Síndrome do Vento. Se a
coloração facial estiver avermelhada, isso indica na maioria das vezes a Síndrome do Calor de
Fogo.
Se a cor estiver amarelada, é um sinal indicativo da Síndrome da Umidade.
Se a cor for pálida, estaremos lidando com a Síndrome da Deficiência e se for
escura, Síndrome do Frio.
b) Olhos - No caso da esclerótica se apresentar amarelada tratar-se-á,
possivelmente, da Síndrome da Icterícia. Se estiver congestionada, há uma deficiência de Yin
ou Síndrome do Calor de Fogo. Se o olho estiver dolorido, inchado e avermelhado,
caracteriza-se a Síndrome do Calor e do Vento do meridiano do fígado.
Caso a pálpebra esteja edemaciada, estaremos lidando com a Síndrome do Edema;
se houver midríase, isso indicará deficiência de energia no rim, ou então será um sinal de
morte.
c) Nariz - Coriza leve é, geralmente, de natureza alérgica e deve-se à friagem ou
ao vento.
Se a coriza for purulenta ou espessa, trata-se de problema mais profundo,
relacionado com a Síndrome do Calor e do Vento. Caso esteja num estado purulento mais
avançado, isso indicará deficiência de energia no pulmão.
d) Lábios - Se esbranquiçados, deficiência do sistema sangüíneo; se
avermelhados, Síndrome do Calor e Excesso Energético; se a cor é um vermelho tênue e
opaco, Síndrome do Frio e Deficiência Energética; se tendem a permanecer abertos, Síndrome
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de Deficiência Energética; se a tendência for permanecerem fechados, Síndrome de Excesso
Energético. Caso se apresentem secos e com fissuras, isso indica um distúrbio hídrico.
e) Dentes - Se as gengivas sangram, trata-se da Síndrome do Calor de Fogo do
estômago; se apenas doem, sem estarem vermelhas ou inchadas, é Síndrome do Calor de Fogo
do meridiano dos rins.
C. Quanto à morfologia da língua - Na medicina chinesa, o exame da língua é uma
parte importante da propedêutica. A metodologia e os pontos de importância deste tipo de
exame são: a língua deve ser exteriorizada de uma maneira ampla, com as bordas relaxadas,
de forma a apresentar uma superfície convexa. Se o exame for feito à noite, deve-se usar um
bom foco de luz.É importante que nada possa alterar a cor da língua, como alimentos muito
frios ou quentes, frutas corantes, enfim, nada que venha influenciar esta característica.
O exame da língua envolve dois aspectos: o do órgão em si e o voltado
especialmente à sua camada superficial.
a) O corpo da língua
Em relação a este órgão deve-se examinar: sua cor, morfologia e movimentação.
Cor
Normalmente ela é de um avermelhado tênue. Caso esteja esbranquiçada, isso
representa uma Síndrome do Frio e deficiência energética; se não apresentar a camada
esbranquiçada superficial, há uma depleção do sistema sanguíneo e energético.
Se estiver muito avermelhada ou mesmo arroxeada, geralmente trata-se de uma
Síndrome Interna do Calor e Excesso Energético.
Morfologia
Se tiver aspecto ressecado, tenso, duro, grosso e envelhecido, há uma Síndrome
do Calor. Por outro lado, se o aspecto é fino, edematoso, mole, tratar-se-á da Síndrome do
Frio e Deficiência Energética.
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É importante observar se há um aspecto edematoso; em caso positivo, haverá uma
Síndrome de Alergia e de Intoxicação. Dentro desse quadro, se a língua estiver levemente
esbranquiçada, haverá uma Síndrome de Deficiência do meridiano dos rins. Se o aspecto for
vermelho tênue, tratar-se-á de deficiência do meridiano do estômago e do baço-pâncreas.
É de grande importância também examinar o aspecto e a altura das papilas
linguais e se há linhas de separação. Caso existam tais linhas e as papilas estiverem altas, há
uma Síndrome do Calor, freqüentemente associada a doenças infecciosas. A ausência ou a
diminuição (em número ou tamanho) das papilas indica uma deficiência energética no
meridiano dos rins ou do organismo como um todo.
Movimentação
- Se há desvios unilaterais e sinais de paralisia nervosa.
- Se apresentar tremores, indica uma deficiência do sistema sanguíneo ou de,
Yang.
b) A camada superficial da língua
Utiliza-se a análise da qualidade e coloração dessa camada como indicadores do
tipo de relação entre a doença e a capacidade de defesa do organismo do paciente.
Qualidade da camada superficial da língua
É importante notar se ela é fina ou grossa, úmida ou seca, seu grau de aderência,
seu brilho ou opacidade.
- A espessura dessa camada indicará o nível de gravidade da doença. Assim, se ela
for fina, estará em seu padrão normal. A doença pode estar em seu início, ou então trata-se de
uma enfermidade de natureza superficial. Se a camada for grossa, a doença é grave.
Freqüentemente, a essa altura haverá também catarro grosso, obstipação e dispepsia, causas
comuns de engrossamento dessa camada superficial.
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- Quanto a ser úmida ou seca, a língua normalmente é semi-úmida. Se estiver mais
úmida ou lisa do que o normal, trata-se, geralmente, de uma Síndrome do Frio ou da
Umidade. Por outro lado, se estiver muito seca, até com fissuras, trata-se geralmente de
Síndrome do Calor (infecto-contagioso) ou há algum desequilíbrio hídrico ou ainda uma
grave deficiência energética no organismo.
- Quanto ao grau de aderência: quando se tem a impressão de que a língua adere
firmemente, observa-se distúrbios de secreção no organismo, muitas vezes com produção
exagerada de catarro e outras secreções.
- Quanto à quantidade de secreção: em condições normais sua quantidade é
reduzida. A ausência completa de secreção indica problemas de deficiência do sistema de
autodefesa ou então problemas gástricos. Neste caso, a língua se apresentará avermelhada e
lisa. O aumento de secreção poderá indicar um agravamento da doença, enquanto sua
diminuição indicará uma recuperação gradual.
Coloração da camada superficial da língua
- Branca: as pessoas em boas condições de saúde ou com doenças sem gravidade
apresentam uma fina camada de cor branca ou esbranquiçada.
- Amarelada: essa cor deve-se normalmente à Síndrome do Calor. Quanto mais
amarelada, mais intensa a Síndrome do Calor, que pode chegar mesmo à Síndrome do Fogo;
esta, quando muito intensa, poderá provocar a fissura e o ressecamento dessa camada da
língua.
- Acinzentada: a cor acinzentada revela um estágio mais adiantado da doença. Se,
além disso, a língua se apresentar úmida, haverá uma Síndrome do Frio e Deficiência
Energética. Se, porém, estiver seca, haverá uma Síndrome do Calor e Excesso Energético.
167
- Negra, escura: demonstra que a doença se agravou. Além disso, quando a língua
estiver úmida, haverá uma deficiência de Yang e um excesso de Yin, que é a Síndrome do
Frio. Ao contrário, quando ela estiver seca, tratar-se-á de Yang e deficiência de Yin,
caracterizando a Síndrome do Calor.
c) Relação entre as alterações na língua e as alterações dos órgãos
- Alterações na ponta da língua se correlacionam com alterações do coração e do
pulmão e coração.
- A região central da língua se correlaciona com o estômago e o pâncreas.
- A base da língua se correlaciona com os rins
- As duas bordas laterais se correlacionam com o fígado e a vesícula biliar.
Ouvir as queixas e sentir os odores apresentados pelo paciente
Sentir o cheiro que o paciente apresenta envolve o próprio processo de anamnese.
A. Ouvir as queixas vai muito além do “ouvir” propriamente dito, pois envolve
ainda:
a) A percepção da voz: se a voz soar forte e enérgica, há uma Síndrome do
Excesso Energético; se for fraca, desanimada, há uma Síndrome de Deficiência Energética,
uma Síndrome do Frio; se for rouca, ruidosa, há uma Síndrome do Vento e da Umidade.
b) A percepção de ruído na respiração. Se esta for ruidosa é Síndrome do Calor.
Se for muito fraca, é Síndrome de Deficiência Energética.
Notar se a dispnéia ou taquipnéia são acompanhadas de voz grossa e ruidosa, pois
isso indicará uma Síndrome de Excesso. Se for fraca e rápida, haverá uma Síndrome de
Deficiência Energética.
c) Quanto à tosse, verificar a presença e a cor do catarro. Se estiver
esbranquiçado, indicará uma Síndrome do Vento e Frio. Se houver também rouquidão, trata-
168
se de uma Síndrome de Excesso Energético. Por outro lado, se a tosse for crônica, sem catarro
e a voz rouca, tratar-se-á então de Síndrome de Deficiência Energética.
d) Quanto ao soluço, se for forte, ruidoso, haverá uma Síndrome de Excesso; se
for agudo e rápido, uma Síndrome do Calor; se for crônico e fraco, uma Síndrome de
Deficiência Energética.
e) Quanto ao arrotar, demonstra problemas dispépticos ou hiperacidez gástrica. A
ausência de acidez pode indicar um estômago com pouca mobilidade.
B. Sentir os odores inclui também:
A análise dos odores da boca do paciente, sua expectoração, a urina, o fluxo
menstrual e eventuais corrimentos.
a) Mau hálito: sua presença demonstra Síndrome do Calor no estômago.
Alimentos que lesam o estômago provocam acidez e mau cheiro. Problemas
bucodentários também se manifestam por mau hálito.
b) Quanto à expectoração: no caso de ser fétida, indica uma infecção pulmonar e
Síndrome do Calor no pulmão; se não apresentar mau cheiro e vier acompanhada de sangue,
indica Síndrome Profunda e deficiência energética.
c) Quanto às fezes e urina: se apresentarem mau cheiro, revelarão alterações do
organismo. No que diz respeito especificamente às fezes, se além de mau cheiro forem
também malformadas, indicarão excesso de energia nos intestinos. Quando o doente
apresentar sintomas de Síndrome do Frio e Deficiência energética, suas fezes não serão
malcheirosas, apesar de poderem ser malformadas. Quanto à urina, quando muito densa e
fétida, indicará Síndrome do Calor e Excesso Energético.
d) Quanto ao fluxo menstrual e corrimento vaginal: se o fluxo menstrual for muito
espesso e com odor forte, é sinal de Síndrome do Frio. Da mesma forma, se o corrimento for
espesso e malcheiroso, tratar-se-á de Síndrome do Calor.
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Questionar dados
Na medicina chinesa, além de haver questionamento a respeito de duração, local e
tipo de sintomas e sinais concomitantes, faz-se também uso dos seguintes recursos de
diagnóstico:
a) Frio e calor: os sintomas de frio ou calor podem, por sua duração e
características, classificar as doenças. Por exemplo, em doenças incipientes, a presença de
calafrios e febre indicará distúrbios infectocontagiosos e Síndromes superficiais. Se os sinais
de frio superarem os de calor, a Síndrome será do Vento e Frio. Se os sinais de calor
superarem os de frio e houver manifestação de sede, a Síndrome será do Vento e Calor. Se
houver apenas sinais de calor sem sinais de frio, tratar-se-á de problemas relacionados com os
órgãos e vísceras. Se acompanhados de sede, os sinais indicarão Síndrome do Calor. Se
houver apenas sinais de frio, pode tratar-se de doenças incipientes ou então crônicas já com
grande deficiência energética do organismo. O calor a que se refere a medicina chinesa não
diz respeito, necessariamente, à febre em si mas à sede, obstipação, sensação de calor pelo
corpo, urina muito amarelada, língua muito avermelhada, pulso rápido etc.
b) Suor: se, nas doenças infectocontagiosas, houver frio ou febre sem produção de
suor, a doença será superficial, indicando tão-somente um excesso energético. Se houver suor,
a doença será de calor interno e deficiência energética. No organismo fraco e leve a sudorese
mais abundante indicará que há deficiência de Yang. Se a sudorese ocorrer durante o sono,
trata-se de uma deficiência de Yin, mas freqüentemente há associação das duas. Nas doenças
graves, uma abundante produção de suor é um sinal perigoso, pois revela grande deficiência
na defesa do organismo.
c) Aspecto das fezes: se houver obstipação associada a dor e dissensão abdominal,
isso indica uma Síndrome de Excesso Energético. Se houver obstipação indolor e sem
dissensão, tratar-se-á de uma Síndrome de Deficiência Energética. Se houver diarréia com
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presença de muco ou tenesmo (colites), será por Síndrome do Calor e Excesso. Se'houver
diarréia, porém sem sinais de muco e tenesmo, devida a alimento mal-digerido, indicará
Síndrome do Frio e Deficiência Energética.
d) Urina: se estiver amarelada e em pequenas quantidades, será uma Síndrome do
Calor. Se for abundante e clara, indicará deficiência de Yang, caso haja polidipsia e poliúra
haverá algum problema no pâncreas ou na hipófise (A.D.H.). Se houver enurese noturna
(exceto em crianças), isso acontecerá por deficiência energética do meridiano dos rins.
e) Alimentos: se após a ingestão de pequena quantidade de alimentos houver
regurgitação, isso indicará a Síndrome do Frio no estômago. Se a fome persistir após a
alimentação, será indício de Síndrome do Calor. A dissensão após a refeição indica que há
deficiência no estômago e no baço-pâncreas. Boca amarga indica Síndrome do Calor na
vesícula biliar; boca azeda, Síndrome de calor no fígado; boca com sensação de sal indica
Síndrome do Calor nos rins; boca sem sabor ou sem gosto é Síndrome do Frio, deficiência do
estômago e do intestino.
Se a boca estiver adocicada e pegajosa, tratar-se-á da Síndrome de Excesso de
Calor do pâncreas. Se houver uma freqüente sensação de sede acompanhada de grande
vontade de ingerir líquidos gelados, a Síndrome será do Calor. Se não houver sede nem
vontade de beber líquido, tratar-se-á da Síndrome do Frio. Se, apesar da sede, houver uma
incapacidade de ingerir muito líquido, a Síndrome será do Calor úmido. Caso o paciente
aprecie bebidas quentes, isso indica uma Síndrome do Frio.
f) Sensação toraco-abdominal: a sensação de peito frio, mais salivação intensa é
sinal de Síndrome do Frio. A sensação de aperto no peito é Síndrome do Calor. A sensação de
plenitude no peito com discreta dor à palpação dos hipocôndrios indica Síndrome de Excesso
Energético. A sensação de plenitude no peito sem dor nos hipocôndrios refere-se à Síndrome
de Deficiência Energética.
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Necessidade de suspirar para aliviar a sensação de aperto no peito revela
congestão (excesso) de energia. A sensação de aperto no peito acompanhada da necessidade
de aspirar mais ar indica deficiência de energia. Dor abdominal com incômodo, palpitação e
obstipação indicam Síndrome de Excesso e Calor. Dor abdominal que melhora com
palpitação, e presença de fezes mal-formadas, indicam Síndrome do Frio e Deficiência
Energética.
Dor abdominal, borborigmos, calor no corpo, ansiedade, fezes amareladas e
diarréia indicam Síndrome do Calor, excesso dos órgãos gastrintestinais. Por outro lado, dor
abdominal rebelde com frio nas extremidades do corpo e fezes malformadas, indicará
Síndrome do Frio e deficiência energética.
g) Quanto à menstruação: se a cor do fluxo estiver muito viva e avermelhada,
tratar-se-á de Síndrome do Calor.
Irregularidade menstrual, alterações na quantidade, acompanhada de cólicas será
Síndrome de Excesso Energético.
Atrasos menstruais, fluxos de cor não muito intensa, com cólicas são indícios de
Síndrome do Frio (dismenorréia). Se os fluxos adiantarem, seu volume for pequeno, e forem
acompanhados de corrimento, dor nas costas e dores abdominais pós-menstruação, isso
indicará Síndrome de Deficiência Energética.
Exame físico e pulsologia
O exame físico é semelhante ao que se faz na medicina moderna. No entanto, a
pulsologia difere do exame físico convencional.
A. Métodos para avaliar o pulso - A mão do paciente deve estar com a palma
virada para cima em semi-extensão, em repouso, sobre a mão do examinador. O examinador
usará os três dedos (indicador, médio, anular) da mão direita para palmar (examinar) o pulso
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(radial) da mão esquerda do paciente, e usará os mesmos três dedos da mão esquerda para
examinar o pulso da mão direita do paciente. O dedo médio deve palpar a artéria radial na
linha da protuberância do processo estilóide. O dedo indicador deve ser colocado distalmente
ao dedo médio, apalpando a artéria ao nível da prega do punho, enquanto o dedo anular sente
a artéria proximalmente ao dedo médio, cerca de 1 a 2 cm acima, de forma que a distância
entre o dedo indicador e o anular seja aproximadamente 1,9 polegada (1 polegada é igual à
distância interfalangeana distal e medial do dedo médio do paciente). Quanto à nomenclatura,
a onda do pulso palpado sob o dedo indicador é a onda Tsuen. A onda do pulso sob o dedo
médio é o Quan e, sob o anular, é o Tshi (Fig. 3).
A força com que se apalpa o pulso poderá ter diferentes intensidades, isto é: leve,
forte ou intermediária. Cada uma delas revelará determinados detalhes sobre o estado dos
meridianos examinados, através das ondas de pulsação.
B. Relação entre a posição do pulso e os diferentes meridianos do organismo -
Baseados na observação milenar da medicina chinesa, sabemos que cada pulso tomado possui
características próprias e se relaciona com determinado meridiano.
Devido a divergências de opinião quanto à correlação pulso-meridiano, surgiram,
ao longo dos anos, diferentes teorias sobre esse assunto. No entanto, a maioria dos
especialistas em pulsologia concorda quanto às seguintes:
Localização (Pulso) MeridianoEsquerdo
Direito
TsuenQuanTshiTsuenQuanTshi
Do Coração, do Pericárdio e do Intestino DelgadoDo Fígado e da Vesícula BiliarDos Rins e da BexigaDo Pulmão e do Intestino GrossoDo Baço-pâncreas e do EstÔmagoDos Rins (Supra-renal)* e Min-Men** (Resistência)
* Supra-renal: corresponde ao sistema endócrino** Min-Men: indica a resistência do organismo.
173
C. As variações e os significados do pulso - O pulso forma-se pelo fluxo
sanguíneo ejetado a cada sístole ventricular do coração. Ele se produz quando esse fluxo passa
com velocidade no interior da artéria dilatando suas paredes. De acordo com velocidade,
ritmo, intensidade e características ondulatórias desses fluxos sangüíneos definem-se os
diferentes tipos de pulso.
São considerados pulsos regulares os que apresentam intensidade e velocidade
moderada, características nem muito duras nem muito moles, e podem variar conforme a faixa
etária e as alterações climáticas.
Em relação à velocidade, o pulso pode ser lento ou rápido. Quanto ao ritmo,
rítmico ou arrítmico. Os pulsos rítmicos podem ainda ser regulares ou alternantes. Quanto à
intensidade, fortes ou fracos. Quanto à amplitude, superficiais ou profundos. Quanto ao
aspecto ondulatório, largos ou finos, duros ou moles.
Com base no que foi acima exposto, podemos destacar dezesseis tipos de pulsos:
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Classe Tipo Aspecto ondulatório Significado
Superficial
Superficial Palpando-se levemente o pulso já se evidencia com nitidez a onda, como se estivesse na pele.
Doença externa, Síndrome superficial.
Largo O pulso é cheio e forte, amplo, com início cheio, mas desaparece no fim.
Excesso de Yang e muito calor.
Suave É superficial e mole, suave e fino. Síndrome de deficiência e umidade.Corda Retilíneo e forte. A onda no pulso bate
no dedo como uma corda de violão.Doença do fígado, hipersecreção e algias, malária.
ProfundoProfundo Não se evidencia com o palpar
superficial ou moderado, mas é nítido quando se palpa mais intensa e profundamente.
Síndrome profunda ou má circulação de energia.
Lento Lento Se houver três pulsos ou menos durante um ciclo respiratório do examinador.
Síndrome do frio e deficiência energética.
Moderado Em torno de quatro pulsos numa respiração; intensidade e profundidade moderadas.
Normal ou Síndrome da Umidade.
Irregular É fino, lento e curto, como se o sangue tivesse dificuldade de passar pelo local.
Hipovolemia, exaustão, má circulação de energia ou congestão vascular.
Arrítmico Há ausência ou variações de pulso sem uma ordem fixa.
Excesso de Yin; má circulação de energia; distúrbios cardíacos.
Rápido Rápido Há entre seis a sete pulsos numa respiração.
Síndrome do Calor e febre.
Aquecido Pulso rápido, porém com ausência de pulso entre um e outro.
Excesso de Yang, úmido e quente, energia não circulante; dor local ou dispersa pós-prandial.
Apertado Pulso forte, como uma corda tensa. Síndrome do Frio e dor.Deficiência Fraco Palpando-se moderadamente ou com
força, sente-se ausência de força no pulso.
Síndrome de Deficiência de energia e de Yang.
Fino O pulso é fino como um fio. Síndrome de deficiência de Yin e do sistema sangüíneo.
Forte Forte Sente-se o pulso forte e cheio em todos os tipos de palpação.
Síndrome de excesso energético.
Liso O pulso é liso como se escorregasse. O fluxo também é maior.
Abundância de secreção, expectoração, edema, intolerância alimentar, gravidez.
Os oito critérios na classificação das síndromes
Com base na apresentação das doenças e nos quatro princípios de diagnóstico,
elaboraram-se oito critérios para a classificação das síndromes. São eles: externo-interno, frio-
calor, deficiência-excesso e Yin-Yang.
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Síndrome externa (superficial) e interna (profunda)
A noção de superficial ou profunda engloba a idéia da localização da doença,
assim como sua gravidade.
As síndromes superficiais geralmente têm suas origens em fatores externos que
atingem o organismo e se agravam à medida que se tornam mais profundos.
Embora estas síndromes se manifestem freqüentemente acompanhadas de febre e
calafrios, não costumam apresentar lesões ou deficiências funcionais dos órgãos. Como, por
exemplo, dissensão abdominal, vômitos, diarréias etc. Não é possível classificar as síndromes
superficiais ou profundas baseando-se somente na sintomatologia, pois é preciso levar em
conta também o estado geral do paciente.
Na síndrome profunda, por haver distúrbios dos órgãos internos com alteração de
suas funções fisiológicas, os sinais e sintomas, assim como o estado geral, são mais graves.
Síndrome do frio e do calor
Sua classificação baseia-se nos sinais e sintomas da doença. O mais importante é
notar a presença de sede, a característica das fezes, temperatura do corpo ou dos membros,
estado de ânimo, a cor da face, morfologia da língua e pulsologia.
a) Síndrome do Frio: não há sede, nem vontade de ingerir líquidos, há
hipersensibilidade ao frio, membros frios, desânimo, urina abundante e de cor clara, fezes
amolecidas ou malformadas, palidez facial, camada superficial da língua lisa e esbranquiçada
e pulso mais lento.
b) Síndrome do Calor: há sede, bebe-se muita água, principalmente gelada, corpo
quente, irritação com o calor, agitação, ansiedade, respiração quente, urina escassa e
amarelada em pequena quantidade, rubor facial, fezes ressecadas, língua amarelada e pulso
rápido.
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Na tabela 3 da página seguinte classificamos as Síndromes Superficial-Profunda e
do Frio-Calor com base no excesso ou na deficiência de energia. Este conceito relativo à
energia tem na Acupuntura a maior importância, pois implica diretamente a escolha dos
meridianos para a terapia.
Síndrome de deficiência e excesso
A Síndrome de Deficiência indica fraqueza do organismo e de seu sistema de
defesa ou desgaste, decorrente de doença prolongada.
A Síndrome de Excesso, por sua vez, indica que há reação vigorosa do organismo
no decorrer da doença. As Síndromes de Deficiência e Excesso também indicam o tempo da
doença, longa e curta, respectivamente. Por isso, é possível classificar as Síndromes de
Deficiência ou Excesso energético de acordo com o tempo de duração da doença, o estado
geral do corpo e o pulso forte ou fraco.
Diferencial energético entre as Síndromes Superficial-Profunda e de Frio-Calor.
Síndrome Deficiência energética Excesso energéticoSíndrome Superficial
Síndrome profunda
Síndrome do frio
Síndrome do calor
Hipersensibilidade a frio e vento, sudorese, pulso lento, superficial, fraco, superfície da língua clara.
Respiração fraca, sem vontade para falar, membros frios, falta de apetite, palpitação, fezes amolecidas ou malformadas, tontura, pulso fraco e profundo, fino, língua discretamente avermelhada e com camada superficial um pouco esbranquiçada.
Hipersensibilidade ao frio, boca sem gosto, falta de sede, náuseas ou vômitos, dor abdominal, diarréia, membros mais frios, pulso lento; a camada superficial da língua é mais clara e esbranquiçada.
Febre baixa e vespertina, boca seca, palmas das mãos e plantas dos pés quentes, sudoreses noturna, aperto no coração, fezes ressecadas, obstipação, urina escassa e amarelada, língua avermelhada, com reduzida camada superficial; pulso fino, rápido e fraco.
Sem sudorese, dores pelo corpo, pulso rápido, mais forte; a camada superficial da língua é mais esbranquiçada.
Respiração forte, confusa, suor nos membros, peito e abdomem distendidos, irritabilidade, constipação, pulso mas forte; a língua tem aspecto rígido e sua camada superficial é seca e amarelada.
Febre e frio, afaléia, dores pelo corpo, sudorese, pulso superficial e forte; a camada superficial da língua é fina e esbranquiçada.
Febre alta e constante, sede, rubor facial, olhos hiperemiados, dor e distensão abdominal, dor de compressão do abdomem, confusão, coma, cosntipação, urina densa e escassa, pulso rápido e forte; língua avermelhada, com camada superficial mais grossa e amarelada.
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Síndromes de Excesso caracterizam o início da doença e seu meio, já as
Síndromes de Deficiência predominam nas doenças crônicas e em seu estágio final.
As Síndromes de Deficiência podem ainda ser subdivididas em quatro categorias:
1) Deficiência de Yin - Se há deficiência de Yin, há excesso de Yang; podemos
citar aqui a Síndrome do Calor e, por isso, essa Síndrome é muitas vezes chamada de
Síndrome de Deficiência-Calor.
Seus sinais e sintomas são: calor, rubor facial, boca seca, palmas das mãos e
plantas dos pés quentes, ansiedade, sudorese, obstipação, urina amarelada e escassa. A língua
se apresenta avermelhada, com uma camada superficial fina e às vezes com fissuras. O pulso
é fino, rápido e fraco.
2) Deficiência de Yang - Indica também excesso de Yin; é a Síndrome de
Deficiência-Frio. Além dos sinais de deficiência acima, há respiração fraca, pulso profundo e
fino.
3) Deficiência de Qui (respiração ou energia) - Há uma falta de energia, dispnéia
aos esforços com taquipnéia exercional, tontura, fraqueza até para falar (voz baixa), muito
suor, maior volume de urina, prolapso anal ou do útero. A língua tem cor tênue com pouca
camada superficial. O pulso é fraco.
4) Deficiência de Hsue (sangue) - Há tontura e visão turva, ansiedade, insônia,
sudorese noturna, obstipação, palidez facial ou com coloração amarelada, sem brilho. A boca
se apresenta esbranquiçada. Em mulheres, pode ocorrer oligo ou amenorréia e fluxo menstrual
de cor esmaecida e de pequena quantidade. A língua tem cor tênue; o pulso é fino e fraco, ou
fino e rápido; a pele ressecada, opaca e com perda de carnação.
As Síndromes de Excesso podem ser subdivididas em três categorias:
1) Síndrome de Excesso-Calor. Há febre, sudorese, boca seca, necessidade de
ingerir líquidos, ansiedade, má concentração, dissensão torácica e abdominal, obstipação,
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fezes ressecadas; camada superficial da língua grossa, amarelada e seca; pulso profundo e
forte, ou liso e rápido.
2) Síndrome de Excesso de Qui (energia). Há dissensão torácica, muito
expectoração, esforço respiratório, dissensão no epigástrio, dor abdominal, azia, regurgitação
de gases, obstipação ou diarréia.
3) Síndrome de Excesso de Hsue (sangue). Má-circulação, como em traumas,
edemas, dor abdominal com incômodo à compressão.
Síndrome de Yin-Yang
A Síndrome de Yin-Yang é a que incorpora em si todas as outras classificações.
Isso porque a Síndrome de Yin corresponde às Síndromes Profundas de deficiência e frio,
enquanto que a Síndrome de Yang compreende as Síndromes Superficiais de excesso e calor.
Por outro lado, baseados nos quatro princípios diagnósticos, também é possível
dividir as Síndromes em Yin e Yang, conforme exposto na tabela 4 da página seguinte.
Diferencial das síndromes dos seis fatores
Há seis fatores que, em determinadas circunstâncias, podem provocar ou
desencadear doenças. São eles: vento, frio, calor de verão, umidade, sequidão, calor de fogo.
O princípio terapêutica entre os mais importantes na medicina chinesa classifica as síndromes
de acordo com esses fatores, obtendo-se dessa maneira orientação para a seleção do
tratamento.
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Pontos diferenciais entre as Síndromes de Yin e Yang
Princípios prognósticos
Síndrome de Yin Síndrome de Yang
Inspeção O corpo parece lento e pesado; recurvado; há fraqueza, preguiça, ânimo abatido; a língua tensa, com cor tênue, sua camada superficial está úmida e lisa.
Há movimentação; prazer em dormir estendido; há ansiedade, inquietação; boca com fissuras, língua muito avermelhada, sua camada superficial está amarelada com fissuras ou enegrecida com formação de espéculas.
Ouvir e cheirar Voz baixa, falando pouco; respiração fraca e superficial.
Loquaz, voz vibrante; respiração ruidosa, com expectoração, desconcentração.
Questionar Fezes com odor forte; alimentação reduzida; anorexia, boca sem gosto, falta de sede ou vontade de bebidas quentes; urina abundante e clara.
Fezes secas, obstipação, anorexia, falta de fome, boca seca; vontade de beber; urina densa e amarelada.
Exame e pulso Dor abdominal, tendência a comprimir essa região; membros frios; pulso profundo, fino, irregular, lento e fraco.
Incômodo à compressão abdominal que piora a dor; apresenta febre e fraqueza nas pernas; pulso superficial, rápido, grosso, liso e forte.
É verdade que a terapia pela acupuntura se baseia fundamentalmente na Síndrome
dos Meridianos, com especial destaque para as Síndromes de Excesso de energia ou de
Deficiência energética; mas as Síndromes dos Seis Fatores têm também um papel importante
na orientação diagnostica e terapêutica.
A. Síndrome do Vento
O fator vento pertence ao Yang, e se associa, freqüentemente, aos fatores frio,
umidade e calor de fogo, causando doenças no ser humano.
Há sete tipos de Síndrome do Vento:
a) Friagem. Apresenta receio ao vento; há febre, sudorese, cefaléia, coriza,
espirro, obstrução nasal, tosse, rouquidão. A camada superficial da língua é fina e
esbranquiçada. O pulso é superficial e lento. Isso tudo se dá porque o fator Vento invade o
Meridiano do Pulmão.
b) Vento-frio. Também há temor ao vento; tremores, febre, cefaléia, mialgia,
pouca ou nenhuma sudorese, diurese abundante. A língua tem cor tênue e sua camada
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superficial é fina e esbranquiçada. O pulso é superficial e um pouco tenso. Trata-se de um
quadro um pouco mais grave que o anterior.
c) Vento-calor. É uma síndrome que se origina a partir da associação dos fatores
vento e calor. As alterações do corpo são mais acentuadas. Há febre mais alta, sede, pouca
cefaléia, sem haver temor ao vento; há sudorese, a urina é concentrada e amarelada. A língua
se apresenta avermelhada e o pulso é superficial e rápido.
d) Vento-fogo. É associação também do fator vento e fogo. Difere do vento-calor
pelo seguinte: há sinais de calor interior. Os sinais são de febre alta, dor e inflamação da
laringe, gengivas inflamadas, hiperemia conjuntival, urina amarelada e densa, obstipação,
mostrando maior reação dos órgãos e vísceras.
e) Vento-umidade. Deriva da associação do fator vento e umidade (vide a
Síndrome da Umidade).
f) Vento-interior. É decorrente da deficiência no sangue e hiperfunção da energia
de Yang do fígado; relaciona-se também com a deficiência energética de Yin dos rins. Causa
tontura, paresias, tremores nos membros, fibrilações musculares, fraqueza e paralisia nas
pernas. O pulso é do tipo corda, fino, fraco, porém rápido. Se há palpitação e palidez facial, há
deficiência de sangue. Quando houver manifestação de muita sede e a urina for densa, as
fezes ressecadas, haverá excesso de fogo e de calor. Se houver cefaléia acentuada, rubor
facial, boca amarga, insônia, língua avermelhada, pulso fino, rápido e denso, haverá excesso
de Yang no fígado. Caso haja dor lombar e nos membros inferiores, sudorese noturna,
sensação de calor no rosto e o pulso Tshi for fraco, é porque há deficiência de Yin nos rins.
g) Apoplexia. Geralmente tem suas causas no fator vento-interior, no aumento do
fator Fogo e na hipersecreção. Há paraplegia, paralisias faciais e oculares, quedas, confusão,
perda de linguagem, hemiplegia, expectoração abundante, perda de consciência.
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B. Síndrome do Frio
É mais grave durante o inverno e causa doenças mais complexas que podem
começar exteriormente e ir, gradualmente, se interiorizando no organismo, passando do frio
para o calor. Pode também associar-se a outros fatores determinando o surgimento de
desequilíbrios na saúde.
Existem quatro tipos de Síndrome do Frio:
a) Vento-frio (vide A-B).
b) Frio-umidade. Muitas vezes há diarréia, e isso se deve à lesão do baço-pâncreas
e estômago pelos fatores Frio-umidade. Há dor abdominal contínua acompanhada de fezes
malformadas, corpo cansado e pesado, tórax apertado, anorexia, falta de sede. A camada
superficial da língua é branca, viscosa e o pulso mole e lento.
c) Frio-externo. Há calor interno que se associa ao frio externo. Aversão ao frio;
cefaléia, febre, sede, ansiedade, rubor facial, boca seca, dor de garganta, urina amarelada e
densa, obstipação.
d) Frio-interno. Há deficiência de energia Yang, ou seja, a resistência do
organismo está debilitada. Seus sinais são: sensibilidade ao frio, membros frios, cansaço,
apatia, anorexia, aumento do número de evacuações, falta de sede, pulso profundo e fraco.
C. Síndrome do Calor de Verão
É um fator Yang de calor e ocorre geralmente no verão. É causado por gasto
excessivo de energia do organismo com lesão de estruturas do corpo. Freqüentemente se
associa aos fatores vento e umidade.
Temos três tipos de Síndrome do Calor de Verão:
a) Desidratação. Apatia, febre, suor, sede, tontura, náuseas, vômito, pulso fraco e
rápido. Se o fator umidade estiver presente, não haverá sede, sensação de corpo pesado e
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pouca diurese. A superfície da língua é branca e viscosa, ou um pouco amarelada. O pulso é
mole e levemente rápido.
b) Insolação. Desmaios, inconsciência, febre alta, sudorese, extremidades frias,
rubor facial, urina escassa e densa, além de outros sinais de distúrbios circulatórios.
c) Calor de verão. Hipertemias associadas ao fator calor desencadeiam a Síndrome
do Vento, com lesão do sistema nervoso central. Ex.: convulsões, opistótono, espasmos
musculares etc., fora os demais sinais próprios da Síndrome do Calor de Verão.
D. Síndrome da Umidade
É um fator de Yin. Há umidade externa e interna. A umidade externa tem mais
relação com os fatores climáticos, como a névoa e a chuva que agridem o organismo
desencadeando doenças.
A umidade interna relaciona-se com a função dos rins e do baço-pâncreas. Pode
associar-se aos fatores frio, calor de verão, calor de fogo e vento, para causar doenças. Cinco
são os tipos de Síndrome da Umidade:
a) Umidade externa. Difere do resfriado e do Vento-frio, porque não apresenta
sinais de distúrbios respiratórios, nem febre; sensação de dissensão da cabeça, peito oprimido,
artralgias, corpo pesado, anorexias, superfície da língua fina, branca e úmida. Pulso
superficial e mole.
b) Vento-umidade. junta-se aos fatores vento, frio e umidade, causando doenças.
Há artralgias, às vezes com artrite, dores generalizadas pelo corpo ou dores migratórias. É
também conhecida como Síndrome de “Pi”.
c) Umidade-calor. Sua sintomatologia é: dissensão da cabeça, opressão do peito,
corpo pesado; se houver lesão no fígado ou na vesícula biliar, há icterícia; se houver lesão no
estômago e nos intestinos, haverá dores abdominais e mudança do trânsito.
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d) Retenção. Há deficiência de Yang do baço-pâncreas levando ao surgimento do
fator umidade interna, com prejuízo da função do estômago e dos intestinos; congestão
cardiocirculatória, dissensão abdominal, anorexia, regurgitação de gases, fezes malformadas,
maior número de evacuações, pouca diurese, boca úmida, falta de sede, corpo cansado,
membros inferiores às vezes edemaciados, camada superficial da língua branca e
escorregadia; pulso mole e lento.
e) Edema. Relaciona-se com a função do coração e dos rins. Mostra-se com
edema facial corpóreo, edema de extremidades ou ascite; pulso lento, duro e tenso, ou muito
superficial e fino.
E. Síndrome da Sequidão
Também se divide em sequidão interna e externa.
a) Sequidão externa. É doença de origem externa, na maioria das vezes ocorre no
outono-inverno, desencadeada pela secura do meio ambiente que rouba água do organismo.
b) Sequidão interna. É deficiência de fluidos fissulares, na maioria das vezes
causada por febre, vômitos ou medicamentos incorretos, fumo ou alcoolismo. Seus sinais
variam conforme a lesão de um ou outro meridiano ou órgãos. A lesão do pulmão provoca
boca seca, tosse, catarro com laivos de sangue. A lesão do estômago produz sede, o que leva a
ingerir muita água; isso porém não elimina a sensação de secura permanente na boca. Na
lesão dos intestinos há obstipação assim como na do baço-pâncreas. Na deficiência do sangue
causada por esse fator sequidão, a pele torna-se seca; há perda de turgidez, caquexia e perda
da agilidade dos dedos.
F. Síndrome do Calor de Fogo
É um fator que, exacerbado, causa doenças. Divide-se em excesso e deficiência:
a) Calor de fogo com excesso energético. É uma síndrome de hiperfunção. Seus
sintomas dependem dos órgãos acometidos. Assim, no excesso de fogo no coração, há
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inquietação, boca seca, sensação de sede, dor na ponta da língua, estomatite, urina amarelada,
língua avermelhada, epistaxe, pulso rápido. Se o fígado for acometido, haverá cefaléia, dor
nos hipocôndrios, boca amarga, zumbido, dor e hiperemia ocular, lacrimejamento, rubor
facial, obstipação, diurese amarelada.
b) Calor de fogo com deficiência energética. Há um pouco de calor, febre baixa,
palmas das mãos e plantas dos pés quentes acompanhadas de sudorese noturna, dor de
garganta e de dentes, frio nos membros inferiores. O pulso é fino e rápido.
Acima demos uma idéia geral e fornecemos algumas particularidades das
síndromes, classificando-as segundo o critério dos Seis Fatores. Assim, elas servirão de
referência para a seleção dos meridianos e, conseqüentemente, para os diagnósticos em
medicina chinesa, visto que diferem na nomenclatura e nos conceitos da nossa medicina
moderna.
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5 MERIDIANOS ORDINÁRIOS
Os pontos da Acupuntura
Em Acupuntura, os pontos de aplicação são denominados Hsue, que em chinês
significa “buraco”.
Trata-se de pontos de depressão ou vias, por onde a agulha, principalmente ao ser
aplicada, encontra baixa resistência, e geralmente se localizam entre tecidos mais rígidos,
como ossos e tendões, ou ainda no meio de tecidos moles. Os pontos correntemente usados
em Acupuntura são quase dois mil. Dentre estes, 670 são denominados pontos de meridianos;
os demais são constituídos pelos pontos extrameridianos, pontos da orelha, pontos da cabeça,
pontos do nariz, pontos das mãos, pontos dos pés etc. Alguns destes pontos deixaram de ser
usados, enquanto outros passaram a sê-lo. Este fato é uma conseqüência da pesquisa e deve-se
à evolução dessa ciência.
A. Função dos pontos de Acupuntura
Esses pontos foram sendo descobertos no decorrer da prática milenária da
medicina chinesa. Cada um deles tem seus efeitos e indicações específicas, diferentes entre si.
No entanto, os pontos de um mesmo meridiano apresentam efeitos terapêuticos muito
semelhantes. De acordo com seus efeitos, podemos dividir esses pontos em três categorias:
a) Efeitos sistêmicos. Por exemplo, Hegu (IG4) e Fuliu (R7), pois sua aplicação
pode controlar a sudorese, ou ainda Dashu (B11) e Quchi (IG11), para controlar a febre.
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b) Efeitos locais. Pontos locais para tratamento da dor, ou ainda a aplicação de
pontos regionais para alívio de sintomas apresentados por algum órgão que se localiza em
determinada região.
c) Efeitos a distância. Por exemplo, fazer uma aplicação no Zusanli (E36),
localizado na perna, para tratar doenças do aparelho digestivo. Ou então Xuangzhong (VB39),
na perna, para o tratamento de dores de cabeça, na zona temporal.
B. Nomenclatura dos pontos-reflexos
Na China cada nome tem um significado figurado. Assim, para simplificar o uso e
o aprendizado, cada Hsue (ponto) tem um nome que, geralmente, traduz a idéia de sua
localização, forma ou efeitos.
Originariamente, as designações eram só em chinês. No entanto, com o passar do
tempo, países como a Coréia e o Japão traduziram essa nomenclatura para seus próprios
idiomas. Visando evitar uma generalização que traria resultados negativos, adotou-se uma
nomenclatura alfabética associada a uma numeração, fornecida pela Academia de Acupuntura
de Pequim. Isso para facilitar a memorização por parte dos que não conhecem a língua
chinesa. Por exemplo, Hegu é o quarto ponto do meridiano do intestino grosso; por isso é
conhecido como IG4; Zusanli é o 361 ponto do meridiano do estômago, por isso é o E36.
C. Localização dos pontos
O resultado terapêutico na Acupuntura depende muito da precisão da aplicação.
Assim, há várias maneiras de localizar com precisão os pontos. As mais utilizadas baseiam-se
em:
a) Medição com base nos dedos (as polegadas do corpo) do paciente. A unidade
de mensuração se baseia na distância interfalangiana média do paciente (polegada); mas esse
método não é muito prático. Há outros mais eficientes.
187
b) Sistema de medição do terapeuta. Assim, em pessoas normolíneas, o
comprimento que vai da articulação interfalangiana média do dedo indicador ao dedo mínimo
tem mais ou menos 3 polegadas. O comprimento entre as articulações interfalangianas distais
do indicador ao dedo anular tem 2 polegadas e, entre o indicador e o dedo médio, 1,5
polegada; a articulação distal do dedo polegar mede 1 polegada. Esse método não é muito
preciso, podendo, no entanto, ser utilizado como um procedimento auxiliar.
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c) Divisão do corpo em partes proporcionais. Assim, o antebraço, por exemplo, é
dividido em doze partes (ou 12 polegadas). A distância entre os dois mamilos é dividida em
oito partes (ou 8 polegadas). Esse método é simples e preciso.
d) Estruturas anatômicas. É bastante prática e exata para localizar os pontos.
O meridiano do pulmão, Tai-Yin da mão
O meridiano do pulmão é de natureza Yin e apresenta-se acoplado ao meridiano
do intestino grosso que é Yang. Recebe a energia do meridiano, do fígado e a transmite ao
meridiano do intestino grosso.
Em relação aos cinco elementos, pertence ao elemento Metal de Yin, sendo sua
Mãe do elemento Terra (o meridiano do baço-pâncreas) e seu Filho de Água (o meridiano dos
rins).
Tem onze pontos de cada lado.
I. Trajetória
Nascendo no nível do centro do abdômen, atravessa o diafragma, entra nos
pulmões o alcança as axilas, onde se localiza o ponto Zhongfu. A partir desse ponto, o
primeiro dos nove pontos intermediários do meridiano do pulmão desce ao longo da face
radial e palmar do braço; segue pelo antebraço, para terminar ao nível dá unha polegar (leito
ungueal). Desse modo, o número total dos pontos desse meridiano principal dos pulmões é
onze.
As doenças pulmonares apresentam síndromes diferentes, que se manifestam à
medida que os pulmões estejam em repleção ou em depleção. Se os pulmões estiverem num
estado de repleção, será necessário dispersar a energia excedente. Se estiverem depletos, será
preciso tonificá-los.
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II. Sintomatologia
1. Sintomas principais
A. Respiratórios: mal-estar torácico; dispnéia; tosse com ou sem expectoração;
hemoptise; dor torácica; calafrios; febre; coriza.
B. Sintomas cutâneos: hiperidrose; sudorese noturna; urticária; dor cutânea.
C. Mental: medo; depressão; claustrofobia.
D. Membros superiores: dor ou parestesias ao longo da área do meridiano.
2. Sintomas de tonificação energética: respiração ruidosa; voz alta; dissensão
torácica; dor dorsal alta; dor nos ombros e braços; dor cutânea; hemoptise; tosse com chiado;
febre; calafrios; dor torácica; expectoração purulenta ou de odor fétido.
3. Sintomas de pulmão em depleção energética: taquipnéia com tosse; escarro
fluido; voz fraca ou baixa; chiado seco; sudorese noturna; medo; claustrofobia; depressão;
parestesias profundas e maldefinidas ao longo da área do meridiano.
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III. Os pontos dos meridianos dos pulmões
1. Zhongfu (P1)
Localização: no lado ântero-lateral do peito, abaixo do ponto Yunmen (P2) (fossa
entre a clavícula e o ombro), no espaço entre a primeira e a segunda costela, 6 polegadas do
lado da linha média do corpo.
Aplicação: agulhar, 0,3-0,5 polegada; moxa, 15-20 minutos.
Indicações: tosse; falta de ar; dispnéia; asma; bronquite; dor no ombro;
tuberculose; nevralgia intercostal.
2. Yunmen (P2)
Localização: no lado ântero-lateral do peito, na fossa triangular abaixo do
encontro da clavícula e do aerônio do ombro.
Aplicação: agulhar, 0,3-0,5 polegada; moxa, 15 minutos.
Indicações: tosse; asma; dor no peito e no ombro.
3. Tianfu (P3)
Localização: no lado medial do braço, 3 polegadas abaixo da linha axilar; no lado
radial do músculo bíceps do braço, 6 polegadas acima do cotovelo.
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1 polegada.
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Indicações: asma; epistaxe; dor no braço.
4. Yiapai (P4)
Localização: no lado mediar do braço, no lado radial do músculo bíceps do braço;
1 polegada abaixo do ponto Tianfu (P3).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-0,8 polegada; moxa, 15 minutos.
Indicações: tosse; falta de ar; nevralgia intercostal; taquicardia; dor no braço.
5. Chize (PS): ponto Ho, pertence ao elemento Água
Localização: na linha média do cúbito do lado medial do cotovelo. No lado do
tendão do músculo bíceps braquial.
Aplicação: agulhar, 0,3-0,5 polegada; moxa, 10 minutos.
Indicações: tosse; bronquite; amigdalite; pneumonia; pleurite; tuberculose
pulmonar; dor no ombro, braço e peito; dor no joelho.
6. Kongzui (P6): ponto Xi
Localização: no lado medial do antebraço, 7 polegadas acima do punho no lado
ulnar do músculo braquiorradial e acima do músculo pronador.
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Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1 polegada; moxa, 20 minutos.
Indicações: tosse; dor de garganta; amigdalite; dor de cabeça (frontal); dor no
antebraço; voz rouca; tuberculose pulmonar; hemorróidas.
7. Lieque (P7): ponto Lo
Localização: no lado mediar do antebraço, 1,5 polegada acima da linha do punho
entre os tendões do músculo adutor longo do polegar e do músculo extensor longo carpo-
radial.
Aplicação: agulhar, obliquamente para cima ou perpendicularmente, 0,2-0,3
polegada; evitar a artéria; moxa, 10 minutos.
Indicações: dor de cabeça (frontal); rigidez da nunca; tosse; asma; paralisia facial;
dor no antebraço e mão; dor no peito.
8. Jingqu (PS): ponto Jing, pertence ao elemento Metal
Localização: no lado medial, uma polegada acima da linha do punho, no lado
medial do processo estilóideo-radial, no lado da artéria (Fig. 8).
Aplicação: agulhar, 0,1-0,2 polegada; evitar a artéria.
Indicações: tosse; dor no peito; dor de garganta; dor no punho.
9. Taiyuan (P9): ponto Shu, pertence ao elemento Terra
Localização: no lado medial e radial, no fim da linha do punho, entre os tendões
do músculo adutor longo do polegar, e músculo extensor largo carpo-radial (Fig. 8).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,1-0,3 polegada; evitar a artéria.
Indicações: asma; tosse; tuberculose pulmonar; dor no peito e mamas; amigdalite;
dor no braço.
10. Yuji (P10): ponto Ying, pertence ao elemento Fogo
Localização: no lado palmar, acima da junta do primeiro metacarpo digital, entre
as peles escura e clara (Fig. 8).
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Aplicação: agulhar, 0,3-0,7 polegada.
Indicações: tosse; asma; hemoptise; amigdalite; laringite; voz rouca; dor no peito;
dor no punho.
11. Shaoshang (P11): ponto Jin, pertence ao elemento Madeira
Localização: no lado radial da unha do polegar, 0,1 polegada acima do leito
ungueal (Fig. 8).
Aplicação: agulhar, para sangrar uma a duas gotas.
Indicações: amigdalite; coma; epistaxe; palotilite; diarréia crônica infantil.
O meridiano do Intestino grosso, Yang-Min do braço
Este meridiano é Yang, acoplado com o meridiano do pulmão, que é Yin. Recebe
energia do meridiano do pulmão, transmitindo-a ao meridiano do estômago.
Seu elemento é o Metal de Yang, sendo sua mãe do elemento Terra (o meridiano
do estômago) e seu filho de Água (o meridiano da bexiga).
Tem vinte pontos de cada lado.
I. Caminho do meridiano
O meridiano principal do intestino grosso tem seu início na ponta do dedo
indicador, sendo a continuação do fluxo energético do meridiano do pulmão (de uma ligação
de Lieque (P7), a Shangyang (IG1)).
O meridiano do intestino grosso sobe pelo dedo indicador dorso-radial da mão,
passando pelo músculo do primeiro interossal, depois pela face dorso-radial do antebraço,
entre os músculos extensores longo e curto do polegar; sobe até o dorso lateral do cotovelo, na
borda lateral do músculo bíceps e tríceps do braço, chegando ao ombro.
Do ombro, o meridiano caminha pela região superescapular, liga com Du-Mai no
ponto Dazhui (DM14), depois volta para a fossa supraclavicular, ligando-se ao ponto Quepen
(E12) do meridiano do estômago.
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Desse ponto, parte um ramal pelo espaço mediastínico que desce para o abdômen,
ligando-se com o intestino grosso.
Do espaço mediastinal sai uma conexão que se liga aos pulmões. Da fossa
supraclavicular, o meridiano sobe pela borda lateral do músculo externo-clidomastóideo do
pescoço até a região mandibular pelo lado da boca e caminha pelo lado oposto à asa do nariz,
cruzando na altura do lábio (Fig. 9).
II. Quadros clínicos
1. Sintomas principais. gengivite; odontalgias: caninos, pré-molares e molares
baixos.
A. Boca: laringite; amigdalite e boca seca.
B. Nariz: coriza; obstrução e epistaxe.
195
C. Nuca e braços: dor no pescoço e inchação; algias no membro superior; arroto;
náuseas e vômito; dor epigástrica; indigestão; sensação de vazio gástrico; mau hálito;
constipação.
D. Condições gerais: fadiga; cansaço aparente; calafrios; tremor; bocejos
freqüentes; ulcerações da mucosa; febre (às vezes); sudorese (às vezes).
E. Face: paralisia ou espasmo facial; acne; obstrução nasal; coriza (sinusite
maxilar).
F. Mental: pouca sociabilidade; aversão ao fogo; busca de isolamento; P.M.D.
(psicose maníaco-depressiva).
G. Membros: dor; parestesia; frieiras; adormecimento ao longo do meridiano.
H. Sintomas do intestino grosso. dor abdominal; borborigmos; constipação ou
diarréia.
2. Sinais e sintomas de repleção energética do meridiano.
A. Fome freqüente; dor e dissensão epigástrica; secura e mau hálito; urina
amarelada; constipação; sensação de calor pelo corpo; inchaço do pescoço e dor de garganta;
espasmos faciais; dor nas pernas e nos joelhos (ao longo do meridiano); parestesias;
adormecimento no braço ao longo do caminho do meridiano do intestino grosso.
3. Sintomas e sinais de repleção energética: dor de garganta-, febre e epistaxe;
boca seca ou queimação; borborigmo; dor abdominal; constipação.
4. Sintomas e sinais de depleção energética: sensação de frio nas extremidades;
aumento do peristaltismo; diarréia.
III. Pontos do meridiano do intestino grosso
1. Shangyang (IG1): ponto Jin, pertence ao elemento Metal
Localização: no lado radial do dedo índex, 0,1 polegada posterior e radial no leito
ungueal (Fig. 10).
196
Aplicação: agulhar, 0,1-0,2 polegada ou deixar sangrar uma a duas gotas.
Indicações: furunculose no rosto; amigdalite; dor de dentes; apoplexia; coma;
glaucoma; dor no ombro; dedos adormecidos.
2. Edjan (IG2): ponto Ying, pertence ao elemento Água; ponto de Filho
Localização. no lado radial do dedo índex, na depressão distal da junta metacarpo-falângica
(Fig. 10).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,1-0,3 polegada.
Indicações: epistaxe; dor de dentes; amigdalite; laringite; bursite de ombro; febre.
3. Sanjian (IG3)- ponto Shu, pertence ao elemento Madeira
Localização: no lado dorsal da mão, no lado radial do segundo metacarpo, na
depressão atrás da segunda junta metacarpo-falângica (Fig. 10).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,3-0,7 polegada.
Indicações: laringite; amigdalite; dor de dentes; trigeminalgia; dor no olho; bursite
de ombro; tendinite de cotovelo; boca seca; língua amarela; falta de apetite.
4. Hegu (IG4): ponto Yuan
Localização: no lado dorsal da mão, entre o primeiro e o segundo osso metacarpo
no meio do primeiro músculo interósseo dorsal; ao abrir o polegar e o dedo indicador, no
meio da linha entre a junção do primeiro e do segundo osso metacarpo, o ponto médio da
197
borda da palma, ou quando fecha a mão, entre o primeiro e o segundo metacarpo, o ponto
mais alto em cima do músculo interásseo (Figs. 10 e 11).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5 - 1 polegada; moxa, 10 minutos.
Indicações: dor de cabeça; dor de dentes; amigdalite; laringite; rinite; epistaxe;
asma; bronquite; paralisia facial; dor no braço e ombro; gripe; hipoidrose ou hiperidrose;
insônia; nervosismo; zumbido ou distúrbio do ouvido; escabiose. S. Yangxi (IGS): ponto Jing,
pertence ao elemento Fogo.
Localização: no lado dorso-radial do punho, um pouco distal do osso rádio, onde
há depressão entre os tendões do músculo extensor curto e longo do polegar, ao esticar e abrir
o polegar (Fig. 10).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,3-0,5 polegada; moxa, 10 minutos.
Indicações: dor de cabeça; conjuntivite; zumbido; distúrbios do ouvido; dor de garganta;
amigdalite; dor de dentes; dor no punho e na mão.
6. Pienli (IG6): ponto Lo
Localização: 3 polegadas acima do Yangxi (IGS), no lado dorso-radial do
antebraço, do músculo adutor longo do polegar e tendão do músculo extensor curto do carpo-
radial (Fig. 10).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,3-0,7 polegada; moxa, 10 minutos.
Indicações: amigdalite; zumbido; distúrbios do ouvido; epistaxe; dor de dentes; paralisia
facial; dor nos ombros e nos braços.
7. Wenlu (IG7): ponto Xi
Localização: 5 polegadas acima do punho, no lado dorso-radial do antebraço,
entre o músculo adutor longo do polegar e músculo extensor curto do carpo-radial (Fig. 10).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5 - 1 polegada; moxa, 1 O minutos.
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Indicações: dor de dentes; furunculose no rosto C braços; amigdalite; dor no
braço; estomatite; parotite; glossite; inchação no rosto.
8. Xialian (IGS)
Localização: 4 polegadas abaixo do cotovelo, no lado dorso-radial do antebraço,
entre o músculo extensor carpo-radial longo e o músculo extensor carpo-radial curto (Fig. 10).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1 polegada; moxa, 10 minutos.
Indicações: dor de cabeça; tontura; dor no antebraço; dor de barriga (ao redor do umbigo);
pleurite; mastite; hematúria (cistite).
9. Shanglian (IG9)
Localização: 3 polegadas abaixo do cotovelo, no lado dorso-radial do antebraço,
no meio do músculo extensor carpo-radial longo (Fig. 10).
Aplicação: agulhar, 0,5-1 polegada; moxa, 15 minutos.
Indicações: dor de cabeça; dor no ombro e no cotovelo; dor de estômago; dor no
intestino (borborigmo); membros adormecidos; hemiplegia.
10. Shousanli (IG10)
Localização: 2 polegadas abaixo do cotovelo, no lado dorso-radial do antebraço
entre o músculo extensor carpo-radial longo e o músculo braquiorradial (Fig. 10).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1 polegada; moxa, 15 minutos.
199
Indicações: dor de dentes; parotidite; rinite; furunculose; carbunculose; mastite;
hemiplegia; dor no cotovelo, braço e ombro; tremor nos braços; dissensão abdominal;
diarréia.
11. Quchi (IG11): ponto Ho, pertence ao elemento Terra; ponto de Mãe
Localização: no lado radial do cotovelo, no músculo braquiorradial; ao dobrar o cotovelo, na
depressão radial no fim da linha cubital (Fig. 10).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 1,2-1,5 polegada; moxa, 20 minutos.
Indicações: dor no cotovelo (tennis elbow); dor no ombro; dor no joelho; paralisia
no braço; hemiplegia; febre; hipertensão; amigdalite; pleurite; dermatite; eczema; gengivite;
tuberculose; pneumonia; conjuntivite; dismenorréia; reumatismo.
12. Zhouliao (IG12)
Localização: em cima do epicôndilo lateral do úmero, no lado do osso, 1 polegada
acima do Quchi (IG11) (Fig. 10).
Aplicação: agulhar, 0,5-1 polegada; moxa, 10 minutos.
Indicações. dor no cotovelo e no braço; sonolência.
13. Wuli (IG13)
Localização. no lado ântero-radial do úmero, 3 polegadas acima do cotovelo, no
ponto inicial do músculo braquiorradial, ao lado do músculo tríceps do braço (Fig. 10).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,3-0,7 polegada (evitar lesar a artéria e
os nervos); moxa, 10-20 minutos.
Indicações: dor no braço; dor no cotovelo; braquialgia.
200
14. Binao (IG14)
Localização: abrange o lado lateral e um pouco do radial do braço, no ponto distal
do músculo deltóide, 3 polegadas abaixo do ponto Jianyu (IG15) (Fig. 12).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5 polegada; moxa, 15-20 minutos.
Indicações: dor no ombro e no braço; furunculose. 15. Jianyu (IG15)
Localização: em cima do ombro, na borda lateral do acrômio, há duas depressões;
este ponto fica na depressão anterior (Figs. 12 e 13).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1,5 polegada; moxa, 10-15 minutos.
Indicações: bursite de ombro; hemiplegia; urticária; furunculose.
16. Jugu (IG16)
Localização: na depressão entre a borda superior e posterior da junta acrômio-
clavicular e a espinha da omoplata (Fig. 13).
Aplicação: agulhar, 1-1,2 polegada.
Indicações: tendinite; bursite de ombro.
17. Tianding (IG17)
Localização: 1 polegada abaixo do ponto Futu do pescoço (IG18). Na borda
posterior do músculo esterno-clidomastóideo (Fig. 14).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1 polegada; moxa, 10-20 minutos.
201
Indicações: laringite; amigdalite; inflamação das cordas vocais (voz rouca).
18. Futu (IG18)
Localização: na linha da borda inferior da cartilagem da tiróide, a 3 polegadas da
linha central, no lado do músculo esterno-clidomastóideo (Fig. 14).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,3-0,5 polegada.
Indicações: tosse, laringite, faringite, amigdalite.
19. Holiao (IG19)
Localização: 0,5 polegada no lado do ponto Renzhong (DM26)
Aplicação: agulhar, 0,3-0,5 polegada (Fig. 14).
Indicações: epistaxe, obstrução nasal, rinite, paralisia facial.
20. Yingxiang (IG20)
Localização: no ponto de encontro da linha inferior do nariz e da linha nasolabial
(Fig. 14).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,3-0,5 polegada ou obliquamente para
cima (súpero-medial), 0,3-0,7 polegada.
Indicações: rinite, sinusite, paralisia facial, distúrbio olfativo, cólica biliar.
O meridiano do Estômago, Yang-Yin da perna
O meridiano do estômago recebe energia do meridiano do intestino grosso,
transmitindo-a ao meridiano do baço-pâncreas; É um meridiano de Yang acoplado com o
meridiano do baço-pâncreas, que é Yin.
Em relação aos cinco elementos, é de Terra, sendo sua Mãe de Fogo (o meridiano
do intestino delgado) e seu Filho de Metal (o meridiano do intestino grosso).
Possui 45 pontos de cada lado.
I. Trajetória
202
O meridiano do estômago do Yang-Yin da perna tem sua origem nos dois lados
do nariz e, comunicando-se com o meridiano da bexiga na raiz do nariz, penetra pelo arco
dentário superior e sai pela pálpebra inferior do olho, descendo pelo ângulo da boca para a
mandíbula. A partir do ângulo mandibular, sobe pelo arco zigomático na frente do ouvido e
passa pela testa até a borda do cabelo.
O ramal principal do meridiano do estômago desce pela mandíbula no ponto
Dayin (ES), desce pelo lado ântero-lateral do pescoço ao longo do lado medial do músculo
esterno-clidomastóideo até a fossa supraclavicular onde se situa o ponto Quepen (E12).
A partir do ponto Quepen (E12), o meridiano do estômago divide-se em dois
ramos, sendo um profundo e outro superficial.
O ramo profundo desce ao longo do esôfago, passa pelo diafragma até a região do
estômago e tem um ramo que liga com os órgãos do baço-pâncreas.
O ramo superficial do meridiano do estômago desce pelo ponto Quepen (E12)
pela linha do mamilo; passa na borda costal; atravessa a lateral do músculo reto-abdominal até
a região inguinal na lateral do osso púbico; desce pela borda medial da artéria femural; depois
segue pelo lado ântero-lateral da coxa, na origem dos músculos sartório e tensor da fáscia lata,
descendo pela borda lateral do músculo reto-femural ao longo da rótula dos joelhos; atinge o
lado ântero-lateral da tíbia e o lado do músculo da tíbia anterior até o dorso do pé, passando
entre o segundo e o terceiro metatarsos até o segundo dedo do pé (Fig. 15).
II. Sintomatologia
1. Sintomas principais
A. Sintomas gastrintestinais: dissensão gástrica; arroto; náuseas e vômito; dor
epigástrica; indigestão; sensação de vazio gástrico; mau hálito; constipação.
B. Condições gerais: fadiga; cansaço aparente; calafrios; tremor; bocejos
freqüentes, ulcerações de mucosa; febre (às vezes); sudorese (às vezes).
203
C. Face. paralisia ou espasmo facial, acne; obstrução nasal; coriza (sinusite
maxilar).
D. Mental. pouca sociabilidade; aversão ao fogo; busca de isolamento; P.M.D.
(psicose maníaco-depressiva).
E. Membros: dor; parestesia; frieiras; adormecimento ao longo do meridiano.
2. Sinais e sintomas de repleção energética do meridiano: fome freqüente; dor e
dissensão epigástrica; secura e mau hálito; urina amarelada; constipação; sensação de calor
pelo corpo; inchaço do pescoço e dor de garganta; espasmos faciais; dor nas pernas e joelhos
(ao longo do meridiano).
3. Sinais e sintomas de depleção energética do meridiano. calafrios; bocejos;
sensação de cansaço; suspiros; depressão; pessimismo; indisposição; ardência precordial;
perda de apetite; dissensão gástrica; eliminação de fezes malformadas; disenteria; urina clara;
paralisia facial.
204
III. Os pontos do meridiano do estômago
1. Chengoi (EI)
Localização: na pálpebra inferior entre o globo ocular e a borda do osso infra-
orbital, na linha vertical da pupila (Fig. 16).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,3-1 polegada.
Indicações: conjuntivite; miopia; paralisia facial; hiperlacrimação.
2. Sibai (E2)
Localização: 0,7 polegada abaixo do Chengoi (EI), na depressão da forâmen infra-
orbital (Fig. 16).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,2-0,3 polegada.
Indicações: conjuntivite; pterígio; paralisia facial; espasmo facial; tique; dor de
cabeça; tontura; trigeminalgia.
3. Juliao (E3)
Localização: no ponto de encontro entre a linha vertical da pupila e a linha
horizontal da borda inferior do nariz, na fossa maxilar, abaixo do processo zigomático (Fig.
16).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,3-0,5 polegada.
Indicações: paralisia facial; conjuntivite; hiperlacrimação; miopia; epistaxe; dor
de dentes; trigeminalgia; inchaço no rosto.
4. Ditsang (E4)
Localização: 0,4 polegada, no canto da boca (Fig. 16).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,2-0,3 polegada, ou horizontalmente na
direção do ponto Jiache (E6), 1-2 polegadas.
Indicações: paralisia facial; trigeminalgia; tique; hipersalivação. S. Daying (ES)
205
Localização. na borda da fossa mandibular, em frente ao músculo masseter no
lado da artéria (Fig. 16).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,3-0,4 polegada, evitar a artéria.
Indicações: dor de dentes; inchaço do rosto; paralisia facial; parotidite.
6. Jiache (E6)
Localização: ângulo mandibular, no ponto inicial do músculo masseter (Fig. 16).
Aplicação. agulhar, perpendicularmente, 0,3-0,5 polegada, ou horizontalmente na
direção do ponto Ditsang (E4), 1-2 polegadas.
Indicações: dor de dentes; paralisia facial; parotidite; espasmo do músculo
masseter; trigeminalgia.
7. Xiaguan (E7)
Localização: na depressão baixa da borda do arco zigomático, no lado anterior do
processo condilóide e mandibular (Fig.16).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1 polegada.
Indicações: zumbido; dor de ouvido; dor de dentes; trigeminalgia; artrite do
têmporo-mandibular; paralisia facial.
8. Touwei (ES)
Localização: 0,5 polegada acima da linha do cabelo, no canto súpero-lateral da
linha do cabelo.
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,3-05 polegada.
Indicações: dor de cabeça (frontal e orbital); hiperlacrimação; paralisia facial.
9. Renying (E9)
Localização: lado ântero-lateral do pescoço, na linha horizontal do processo da
cartilagem da tiróide, na borda anterior do músculo esterno-clidomastóideo (Fig. 17).
Aplicação: agulhar, 0,3-0,5 polegada.
206
Indicações: laringite; amigdalite; tosse, voz rouca; asma; hipertrofia da tiróide.
10. Shuitu (E10)
Localização: no meio da distância entre os pontos Renying(E9) e Qishe(E11),
abaixo do Renying (E9), no lado anterior do músculo esterno-clidomastóideo (Fig. 17).
Aplicação: agulhar, 0,3-0,5 polegada; moxa, 10 minutos. Indicações: laringite;
amigdalite; tosse; asma.
11. Qishe (E11)
Localização: acima da clavícula na borda lateral do músculo esterno-
clidomastóideo (Fig.17).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,3-0,5 polegada; moxa, 10 minutos.
Indicações. amigdalite; laringite; tosse; falta de ar; furunculose; rigidez de nuca; asma.
12. Quepen (EI2)
Localização: fossa supraclavicular, na linha mamária acima da clavícula (Fig. 17).
207
Aplicação. agulhar, perpendicularmente, 0,3-0,5 polegada; moxa, 10 minutos.
Indicações: asma; laringite; amigdalite; furunculose; bronquite; rigidez e dor na
nuca; braquialgia; pleurite.
13. Qihu (E13)
Localização: borda inferior da clavícula, na linha mamária (Fig. 17).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,3-0,5 polegada; moxa, 10 minutos.
Indicações: asma; bronquite; falta de ar; braquialgia.
14. Kufang (E14)
Localização: uma costela abaixo do ponto Qihu (E13), entre o espaço da primeira
e da segunda costelas, na linha mamária (Fig. 17).
Aplicação. agulhar, perpendicularmente, 0,3-0,5 polegada; moxa, 10 minutos.
Indicações: bronquite; nevralgia intercostal.
15. Wuyi (E15)
Localização: segundo espaço intercostal, na linha mamária (Fig. 17).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,3-0,5 polegada, ou obliquamente, 0,5-1
polegada; moxa, 10-20 minutos.
Indicações: bronquite; nevralgia intercostal; urticária; inchaço do corpo;
dermatite.
16. Yingchung (E16)
Localização: segundo espaço intercostal, na linha mamária (Fig. 17).
Aplicação: agulhar, 0,3-0,5 polegada; moxa, 10-15 minutos.
Indicações: asma; bronquite; nevralgia intercostal; dor na região mamária; cólica
intestinal.
17. Ruzhong (E17)
Localização: no centro do mamilo (Fig. 17).
208
Aplicação: contra-indicação de agulha ou moxa.
18. Rugen (E18)
Localização: no espaço do quinto intercostal abaixo do mamilo, na linha mamária
(Fig. 17).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,3-0,5 polegada, ou obliquamente para
o lado do corpo, 0,5-0,8 polegada; moxa, 10 minutos.
Indicações: mastite; distúrbio da lactação; nevralgia intercostal.
19. Buron (E19)
Localização: 2 polegadas no lado do Jujue (RM14), na borda da costela, 6
polegadas acima da linha horizontal do umbigo (Fig. 17).
Aplicação. agulhar, obliquamente (para cima e para o lado), 0,5-0,8 polegada;
moxa, 10-15 minutos.
Indicações: dor de estômago; gastrectasia; náusea e vômito; nevralgia inter-costal.
20. Chenginan (E20)
Localização: 5 polegadas acima do umbigo e 2 polegadas ao lado da linha média
na linha lateral do músculo reto-abdominal (Fig. 17).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1 polegada; moxa, 15 minutos.
Indicações: gastrite; cólica intestinal; epigastralgia; dissensão abdominal;
dispepsia; cólica biliar; icterícia.
21. Liangmen (E21)
Localização: 4 polegadas acima do umbigo e 2 polegadas ao lado da linha medial
na linha lateral do músculo reto-abdominal (Fig. 17).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1 polegada; moxa, 15 minutos.
Indicações: gastralgia; úlcera gástrica ou duodenal; diarréia; cólica intestinal.
22. Guanmen (E22)
209
Localização. 3 polegadas acima do umbigo e 2 polegadas ao lado da linha mediar
na linha lateral do músculo reto-abdominal (Fig. 17).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1 polegada; moxa, 15 minutos.
Indicações. dissensão abdominal; diarréia; borborigmo; anorexia.
23. Taiyi (E23)
Localização: 2 polegadas acima do umbigo, ao lado do músculo reto-abdominal
(Fig. 17).
Aplicação: igual ao do ponto Guanmen (E22).
Indicações: igual a Guanmen (E22).
24. Huaromen (E24)
Localização: 1 polegada acima do umbigo, ao lado do músculo reto-abdominal
(Fig. 17).
Aplicação: igual à do ponto Guanmen (E22).
Indicações: rigidez da língua; náuseas e vômito; distúrbio gastrointestinal;
comportamento maníaco; esterilidade; dismenorréia.
25. Tianshi (E25)
Localização: 2 polegadas ao lado do ponto Mu do intestino na linha lateral do
músculo reto-abdominal (Fig. 17).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1,5 polegada; moxa, 15-20 minutos.
Indicações: gastroenterite aguda ou crônica; disenteria; diarréia alérgica;
borborigmo; náuseas e vômito; dissensão abdominal; constipação; ascite; apendicite; anexite;
dismenorréia.
26. Wailing (E26)
Localização: 1 polegada abaixo do umbigo, 2 polegadas ao lado da linha medial,
na borda lateral do músculo reto-abdominal (Fig. 17).
210
Aplicação. agulhar, perpendicularmente, 0,5-1 polegada; moxa, 10 minutos.
Indicações: cólica abdominal; dismenorréia.
27. Daju (E27)
Localização: 2 polegadas abaixo do umbigo e 2 polegadas ao lado da linha medial
na borda lateral do músculo reto-abdominal (Fig. 17).
Aplicação: igual à do ponto Wailing (E26).
Indicações: cólica intestinal; constipação; dissensão abdominal; cansaço e
preguiça do corpo; insônia; distúrbio de micção.
28. Shuidao (E28)
Localização: 3 polegadas abaixo do umbigo e 2 polegadas ao lado da linha média,
na borda lateral do músculo reto-abdominal (Fig. 17).
Aplicação: igual à do ponto Wailing (E26).
Indicações: nefrite; cistite; distúrbio urogenital; prolapso anal; dismenorréia;
anexite.
29. Guilai (E29)
Localização: 4 polegadas abaixo da linha horizontal do umbigo e 2 polegadas ao
lado da linha medial do corpo, na borda lateral do músculo reto-abdominal (Fig. 17).
Aplicação: igual à do ponto Wailing (E26).
Indicações: dismenorréia; amenorréia; menorragia; anexite; infecção urogenital;
hérnia; cólica abdominal ou urogenital; dor no pênis; esterilidade.
30. Qichong (E30)
Localização: na linha horizontal suprapúbica, 2 polegadas ao lado da linha mediar,
na borda lateral da região púbica (Fig. 17).
Aplicação: agulhar, 0,3-0,5 polegada; moxa, 10-15 minutos.
211
Indicações: dor nos órgãos genitais; distúrbio urogenital; hérnia; dismenorréia;
esterilidade.
31. Biguan (E31)
Localização: no encontro das linhas da espinha ântero-superior ilíaca e
infrapúbica, entre o músculo tensor da fáscia lata e o músculo sartório (Fig. 18).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1,5 polegada; moxa, 10-20 minutos.
Indicações: tendinite da coxa; hemiplegia; paralisia da perna.
32. Futu (E32)
Localização: 6 polegadas acima da patela, no lado do músculo reto-femural (Fig.
18).
Aplicação: agulhar, 0,5-1 polegada.
Indicação: dor na coxa; fraqueza da perna; hemiplegia; urticária.
33. Yinshi (E33)
Localização: 3 polegadas acima da borda superior da patela, na lateral do tendão
do músculo quadríceps da coxa (Fig. 18).
Aplicação: agulhar, 0,5-1 polegada; moxa, 10-15 minutos.
Indicações: dor no joelho e na perna; paralisia da perna; edema da perna.
34. Liangqiu (E34): ponto de Xi
Localização: 2 polegadas acima da borda superior da patela, na lateral do tendão
do músculo quadríceps da coxa (Fig. 18).
Aplicação: igual à do ponto Yinshi (E33); moxa, 10-20 minutos.
Indicações: artrite ou periartrite no joelho; dor na perna; mastite; gastrite; enterite;
apendicite.
35. Dubi (E35)
Localização: na fossa lateral do tendão da patela abaixo da rótula (Figs. 18 e 19).
212
Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,5-1 polegada; moxa, 10 minutos.
Indicações: artrite; periartrite; tendinite no joelho; distúrbio de função do músculo
do esfíncter anal.
36. Zusanli (E36): ponto Ho, pertence ao elemento Terra
Localização: 3 polegadas abaixo da patela entre o músculo da tíbia anterior e o
músculo extensor longo dos dedos (Fig. 19).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1 polegada; moxa, 10-15 minutos.
Indicações: indigestão; dispepsia; gastrite; dor de estômago; disenteria; náuseas e
vômito; dissensão abdominal; constipação; enterite; paralisia na perna; paralisia facial;
epilepsia; rinite; laringite e para fortalecimento geral.
37. Shangjuxu (E37)
Localização: 3 polegadas abaixo de Zusanli (E36), no lado anterior lateral do
músculo da tíbia (Fig. 19).
Aplicação: agulhar, 0,5-1 polegada; moxa, 10 minutos.
Indicações: dor de estômago; enterite; diarréia; dor no intestino grosso;
apendicite; edema nas pernas e nos joelhos; paralisia das pernas.
38. Tiaokou (E38)
Localização: 8 polegadas abaixo do joelho, 2 polegadas abaixo do ponto
Shangjuxu (E37), no lado do músculo anterior da tíbia (Fig. 19).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1,5 polegada; moxa, 10 minutos.
Indicações. paralisia das pernas; dor nas pernas; frieza nas pernas; epigastralgia;
cólica abdominal; diarréia; dor nos ombros; amigdalite.
213
39. Xiajuxu (E39)
Localização: 1 polegada abaixo do ponto Tiaokou (E38) (Fig. 19).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1 polegada; moxa, 10 minutos.
Indicações: cólicas abdominal e epigástrica; disenteria; paralisia das pernas; dor
nos seios; dor no cotovelo.
40. Fenglong (E40): ponto Lo
Localização: 8 polegadas abaixo do joelho; 0,5 polegada ao lado do ponto
Tiaokou (E38), na borda lateral do músculo extensor longo dos dedos (Fig. 19).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1 polegada; moxa, 10-15 minutos.
Indicações: asma; tosse com muito catarro; tontura ou vertigem; constipação;
edema nas pernas; pernas adormecidas ou paralisadas; hemiplegia; dor de cabeça; amigdalite;
apoplexia e hipertensão.
41. Jiexi (E41): ponto Jing, pertence ao elemento Fogo; ponto de Mãe
Localização: no ponto médio dorsal do tornozelo acima do ligamento cruciato,
entre os tendões do músculo extensor haliux longo e o extensor longo dos dedos (Figs. 19 e
20).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1 polegada; moxa, 10 minutos.
214
Indicações: dor de cabeça frontal; tontura; inchaço no rosto; dissensão abdominal;
constipação; diarréia; torção no tornozelo; perna e pé adormecidos.
42. Chongyang (E42): ponto Yuan
Localização: 1,5 polegada abaixo do ponto Jiexi (E41), no lado da artéria, onde
passa a artéria dorsal do pé (Fig. 20). Aplicação: moxa, 10-15 minutos.
Indicações: dor no pé; dor de dentes; gengivite; anorexia; epilepsia; inchaço no
rosto.
215
43. Xiangu (E43). ponto Shu, pertence ao elemento Água
Localização: na depressão entre o segundo e o terceiro metatarso, próximo da
junta metatarso-falangeal, no lado do músculo interósseo dorsal (Fig. 20).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,3-0,5 polegada; moxa, 10 minutos.
Indicações. inchaço no rosto; conjuntivite; cólica abdominal; ascite; hiper-
transpiração noturna; dor no lado dorsal do pé; dor na palma da mão; amigdalite;
metatarsalgia; bocejo.
44. Neiting (E44): ponto Ying, pertence ao elemento Água
Localização: entre o segundo e o terceiro dedos do pé, na frente das juntas
metatarso-falangianas (Fig. 20).
Aplicação: agulhar, 0,3-0,5 polegada.
Indicações: dor de dentes; epistaxe; amigdalite; laringite; artrite da junta têmporo-
mandibular; dissensão abdominal; cólica do intestino; disenteria; dismenorréia; bocejo.
45. Lidui (E45): ponto Jin, pertence ao elemento Metal; ponto de Filho
Localização: 0,1 polegada no lado da esquina lateral do leito ungueal do segundo
dedo do pé (Fig. 20).
Aplicação: agulhar, para sangrar, ou obliquamente, 0,1-0,2 polegada.
Indicações: gengivite; amigdalite; hepatite; paralisia facial; epistaxe; rinite;
excesso de sonhos; comportamento maníaco.
O meridiano do baço-pâncreas, Tai-Yin da perna
Este meridiano é de natureza Yin e apresenta-se acoplado ao meridiano do
estômago, que é de natureza Yang. Recebe a energia do meridiano do estômago, e transmites
ao meridiano do coração.
216
Pertence ao elemento Terra de Yin, enquanto sua Mãe é de Fogo, de Yin (o
meridiano do coração) e seu filho é de Metal, de Yin (o meridiano do pulmão).
Tem 21 pontos de cada lado.
I. Trajetória
Este meridiano começa no dedão do pé; sobe ao longo do lado medial do dedão,
primeiro metatarso ao maléolo medial. Continua ao longo da borda póstero-medial da tíbia;
passa pelo lado medial do joelho, e sobe pelo lado medial da coxa, atingindo a região da
virilha; daí, segue pela região ântero-lateral do abdômen e pelo lado lateral do peito até a
axila.
O ramal profundo parte da região inguinal; introduz-se na cavidade do abdômen;
liga-se ao meridiano do baço-pâncreas e ao do estômago; passando pelo diafragma; contorna
então o esôfago e atinge a raiz e o lado inferior da língua.
Este meridiano possui um outro ramal que sai do estômago, passa pelo diafragma
e liga-se ao coração (Fig. 21).
II. Sintomatologia
1. Sintomas principais
A. Gerais: desnutrição; palidez.
B. Gastrointestinais: epistralgia; dissensão abdominal; eructação; náuseas e
vômitos depois de comer; dispepsia; opressão no peito; diarréia; icterícia; dor na raiz da
língua; corpo desvitalizado e indolente; depressão; insônia; sonolência e tendência a sonhar.
C. Musculares: distrofia e fraqueza muscular.
D. Hematológicos: anemia; menorragia.
E. Psicológicos: dificuldade de concentração; preocupação; depressão.
2. Sintomas e sinais de excesso energético: dissensão abdominal; epigastralgia;
icterícia e febre; dor nas articulações; eructação; constipação.
217
3. Sintomas e sinais de depleção energética: dissensão do intestino; borborigmo;
diarréia; indigestão; inapetência; náuseas e vômito; insônia (acorda facilmente); fraqueza e
distrofia dos membros; indolência; ascite.
III. Os pontos do meridiano do baço-pâncreas
1. Yinbai (BP1). ponto Jin, pertence ao elemento Madeira
Localização: no lado medial do dedão do pé; 0,1 polegada póstero-medial do leito
ungueal (Fig. 22).
Aplicação: agulhar, obliquamente, para cima, 0,1-0,2 polegada; para sangrar uma
a duas gotas.
Indicações: dissensão abdominal; diarréia; menstruação irregular; menorragia;
insônia; distúrbio mental; sonolência; tendência ao sonho.
218
2. Dadu (BP2): ponto Ying, pertence ao elemento Fogo; ponto de Mãe
Localização: no lado medial do dedão do pé, ântero-inferior da articulação do
primeiro metatarso-falangeal, entre as peles escura e clara (Fig. 22).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,3-0,5 polegada; moxa, 10 minutos.
Indicações: dissensão abdominal; cólica abdominal; lombalgia; gastroenterite;
indigestão; constipação; cansaço do corpo.
3. Taipai (BP3): ponto Shu, pertence ao elemento Terra
Localização: no lado medial do pé, póstero-inferior do joanete (na articulação do
primeiro metatarso-falangeal), na linha da junção da pele escura e clara (Fig. 22).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,3-0,5 polegada; moxa, 10 minutos.
Indicações: gastralgia; dissensão abdominal; cólica do intestino; indigestão;
gastroenterite; disenteria; hemorróidas; artrite no pé; gota; lombalgia.
4. Gungsun (BP4): ponto Lo
Localização: no lado medial do pé; 1 polegada atrás da articulação metatarso-
falangeal, na junção da pele escura e clara (Fig. 22).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,3-0,5 polegada; moxa, 10 minutos.
Indicações: gastralgia; dispepsia; inapetência; náuseas e vômito; diarréia;
dissensão do estômago e intestino; cólica abdominal; colite crônica; inchaço do rosto; gota;
metatarsalgia; epilepsia.
219
5. Shangqiu (BPS): ponto Jing, pertence ao elemento Metal; ponto de Filho
Localização: na fossa ântero-inferior do maléolo medial do tornozelo, do ponto de
encontro das linhas das bordas anterior e inferior do maléolo medial (Fig. 22).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,3-0,5 polegada; moxa, 10 minutos.
Indicações: dissensão abdominal; borborigmo; dispepsia; vômito; diarréia;
constipação; icterícia; hemorróidas; dor no tornozelo.
6. Sanyinjiao (BP6)
Localização: 3 polegadas acima do maléolo medial, na borda póstero-medial da
tíbia (Fig. 22).
Aplicação. agulhar, perpendicularmente, 0,3-1 polegada; moxa, 15-20 minutos.
Indicações. distúrbios de estômago e pâncreas; dissensão epigástrica; indigestão; falta de
apetite; borborigmo e diarréia; distúrbios dos órgãos genitais; menorragia; dismenorréia;
menstruação irregular; impotência; orquite; dor no pênis; aspermia; infecção urogenital; dor
ou artrite na perna; inchaço na perna.
7. Lougu (BP7): ponto Lo
Localização: 6 polegadas acima do maléolo medial, na borda posterior da tíbia
(Fig. 23).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,3-1 polegada; moxa, 10 minutos.
Indicações: borborigmo; dissensão abdominal; magreza; enurese; hérnia inguinal;
dor ou adormecimento da perna; frio na perna ou no pé.
8. Diji (BPS): ponto Xi
Localização: no lado medial da perna, 5 polegadas abaixo do joelho, 3 polegadas
abaixo do ponto Yinlingquan (BP9), na borda posterior da tíbia (Fig. 23).
Aplicações: agulhar, perpendicularmente, 0,3-1 polegada; moxa, 10 minutos.
220
Indicações: dissensão abdominal; falta de apetite; indigestão; diarréia;
dismenorréia; leucorréia; hérnia inguinal; aspermia; lombalgia.
9. Yinlingquan (BP9): ponto Ho, pertence ao elemento Água
Localização: no lado medial da cabeça da tíbia; na depressão da borda póstero-
inferior da tíbia; na linha inferior da tuberosidade da tíbia (Fig. 23).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1 polegada.
Indicações. dissensão abdominal; indigestão; cólica abdominal; diarréia;
disenteria; edema; oligúria; ascite; dor gênito-urinária; micção noturna; menstruação irregular;
dor na perna e joelho; furunculose na coxa mediar; dor no cotovelo.
221
10. Xuehai (BP10)
Localização: 2 polegadas acima da borda superior da patela, no lado do músculo
vastus medial (Fig. 23).
Aplicação. agulhar, perpendicularmente, 0,5-1 polegada; moxa, 10-20 minutos.
Indicações: menstruação irregular; menorragia; oligúria ou menorréia; infecção
genital; urticária; furunculose na coxa mediar.
11. Jimen (BP11)
Localização: 6 polegadas acima do Xuehai (BP 1 0), no lado medial do músculo
sartório (Fig. 23).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1 polegada; evitar a artéria; moxa, 10
minutos.
Indicações: dor no lado medial da coxa e inguinal; dor na pélvis; hemorróidas;
infecção genital; disúria; enurese; impotência; orquite.
12. Chongmen (BP12)
Localização: 6 polegadas do ponto medial da borda superior da sínfise púbica, no
lado lateral da artéria (Fig. 24).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,3-0,7 polegada; evitar a artéria.
Indicações: dor ou inflamação nos órgãos genitais; leucorréia; orquite;
endometriose; hérnia.
13. Fushe (BPI3): ponto Xi de Tai Ying
Localização: 0,7 polegada acima do Chongmen (BP12) e 4 polegadas no lado
lateral da linha média vertical do abdômen (Fig. 24).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,7-1 polegada; moxa, 15 minutos.
Indicações: cólica abdominal; diarréia; hérnia inguinal; apendicite; dissensão
abdominal.
222
14. Fujie (BP14)
Localização: 1,3 polegada abaixo do ponto Daheng (BP15), 4 polegadas na borda
lateral da linha mediar do abdômen (Fig. 24).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,7-1 polegada; moxa, 15 minutos.
Indicações: dor de barriga periumbilical; hérnia; diarréia; apendicite.
15. Daheng (BP15)
Localização: na linha horizontal do umbigo, 4 polegadas na borda lateral do
umbigo (Fig. 24).
Aplicação: agulhar 0,7-1 polegada; moxa, 10 minutos.
Indicações: diarréia; cólica crônica; prisão de ventre; dor abdominal; paralisia
intestinal; hiper-hidrose noturna.
16. Fuai (BP16)
Localização. 3 polegadas acima do ponto Daheng (BP15), 4 polegadas no lado da
linha medial (Fig. 24).
Aplicação: agulhar 0,7-1 polegada; moxa, 15 minutos.
Indicações: dor de barriga periumbilical; indigestão; constipação.
17. Shiduo (BP17)
Localização: no quinto espaço intercostal, 6 polegadas no lado da linha medial
(Fig. 24).
Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,3-0,8 polegada; moxa, 15 minutos.
Indicações: pneumonia; pleurite; nevralgia intercostal; hepatite; cirrose e ascite;
disenteria; indigestão.
18. Tianxi (BP18)
Localização: no quarto espaço intercostal, 6 polegadas no lado da linha mediar ou
2 polegadas no lado da linha do mamilo (Fig. 24).
223
Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,3-0,8 polegada; moxa, 15 minutos.
Indicações: nevralgia intercostal; dor no lado do peito; mastite; tosse; soluço.
19. Xiongxiang (BP19)
Localização: no terceiro espaço intercostal, 6 polegadas no lado da linha medial
(Fig. 24).
Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,3-0,8 polegada; moxa, 15 minutos.
Indicações: igual ao ponto Tianxi (BP18).
20. Zourong (BP20)
Localização: no segundo espaço intercostal, 6 polegadas no lado da linha medial
(Fig. 24).
Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,3-0,8 polegada; moxa 15 minutos.
Indicações: dor e dissensão no peito; nevralgia intercostal; tosse.
21. Dabao (BP21)
Localização: 3 polegadas abaixo da fossa axilar, na linha midaxilar no sexto
espaço intercostal (Fig. 24).
Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,3-0,8 polegada; moxa, 10 minutos.
Indicações: asma; pneumonia; pleurite; dor intercostal; dor no lado do peito;
fraqueza e dor no corpo inteiro.
O meridiano do coração, Shao-Yin do mão
Este meridiano é de natureza Yin, apresenta-se acoplado ao meridiano do intestino
delgado, que é Yang. Recebe energia do meridiano do baço-pâncreas, transmitindo-a ao
meridiano do intestino delgado.
Em relação aos cinco elementos, pertence ao Fogo de Yin, sendo sua Mãe o
meridiano do fígado (Madeira) e seu Filho o meridiano do baço-pâncreas (Terra).
224
Tem nove pontos de cada lado.
1. Trajetória
A energia deste meridiano sai do coração pelo caminho do nervo autônomo do
sistema cardiovascular; descendo, passa pelo diafragma, comunicando-se com o intestino
delgado.
O ramal principal sai do coração e sobe pelo pulmão, atingindo a axila. Passa
então ao longo do lado medial e ulnar do braço e desce pelo epicôndilo medial do cotovelo e
pelo lado medial dos músculos flexores ulnar carpal. Passa pelo pulso entre o quarto e quinto
metacarpos da mão e chega ao ponto do dedo mínimo.
O ramal colateral profundo sobe do coração ao longo do esôfago, da faringe e da
raiz da língua, passa atrás do nariz, por entre os olhos, comunicando-se com os seus tecidos
(Fig. 25).
II. Sintomatologia
1. Sintomas principais
A. Coração: falta de ar; aperto no coração; palpitação; dor no coração.
B. Vasculares: sensação de calor e rubor no rosto; calor na palma da mão; suor
noturno.
C. Boca e língua: boca seca e sede; rigidez na língua; língua avermelhada e
apresentando úlceras.
D. Braço: dor, adormecimento ou formigamento no braço, ao longo do meridiano.
E. Mental. nervosismo; insônia; falta de memória; muito sonho.
2. Sintomas e sinais de excesso de energia: boca seca e sede; dor no coração (pré-
cardial); dor no trajeto do meridiano; rosto avermelhado; ansiedade e insônia; língua rígida,
apresentando coloração avermelhada e úlceras; aumento da pulsação.
225
3. Sintomas e sinais de depleção energética: dispnéia no esforço; aperto no peito;
palpitação; muito sonho; insônia; calor na palma da mão; hipertranspiração à noite; falta de
memória; membros frios.
III. Os pontos do meridiano do coração
1. Jiquan (Cl)
Localização: no centro da fossa axilar no lado mediar da artéria axilar (Fig. 26).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,3-0,5 polegada; evitar a artéria; moxa,
20 minutos.
Indicações: dor no braço, ombro e peito; dor no coração; nevralgia intercostal;
mau cheiro na axila.
2. Chingling (C2)
Localização: 3 polegadas acima do cotovelo, na borda medial do músculo bíceps
do braço (Fig. 26).
226
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,3-0,5 polegada, evitar a artéria; moxa,
10 minutos.
Indicações: dor de cabeça frontal; icterícia e frieza do corpo; nevralgia e espasmo
do braço.
3. Shaohai (C3): ponto Ho, pertence ao elemento Água; ponto de Mãe
Localização: no lado radial do epicôndilo mediar do úmero, acima do ponto inicial do
músculo pronador e do músculo flexor do antebraço (Fig. 26).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,3-0,5 polegada; moxa, 5-10 minutos.
Indicações: dor de dentes; dor de cabeça; dor na nuca e antebraço; nevralgia
intercostal; torcicolo; zumbido; furunculose; tremor nos braços.
4. Lingdao (C4): ponto Jing, pertence ao elemento Metal
Localização: no lado ventral e medial do antebraço, no lado do músculo flexor
carpal e 1,5 polegada acima da linha do punho (Fig. 27).
227
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,3 polegada; moxa, 10 minutos.
Indicações: angina pectoris; dor nos braços no lado ulnar; histeria; edema ou paralisia das
cordas vocais.
5. Tungli (C5). ponto Lo
Localização: no lado ventral e ulnar do antebraço, no lado ulnar do tendão do
músculo flexor carpal ulnar; 1 polegada acima do punho (Fig. 27).
Aplicação: agulhar 0,3 polegada; moxa, 10-15 minutos.
Indicações: dor de cabeça e tontura; palpitação; voz rouca; dor de garganta;
rigidez da língua; insônia ou sonolência; preguiça; dor no punho.
6. Yinxi (C6) ponto Xi
Localização: no lado ulnar do punho, no lado radial do tendão do músculo flexor
carpal ulnar; 0,5 polegada acima do ponto Shenmen (C7) (Fig. 27).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,2-0,4 polegada; moxa, 10 minutos.
Indicações: tontura; palpitação; paroxismo da taquicardia; epistaxe; amigdalite;
dor de garganta; neurastenia; angina pectoris; soluço; transpiração à noite; histeria.
7. Shenmen (C7). ponto Shu, pertence ao elemento Terra; ponto de Filho
Localização: no lado ulnar do punho, no lado radial do tendão do músculo flexor
carpal ulnar, atrás do osso pisiforme (Fig. 27).
Aplicação agulhar, perpendicularmente, 0,1-0,3 polegada; moxa, 15 minutos.
Indicações: angina pectoris; neurastenia; psiconeurose; ansiedade; palpitação; dor
de cabeça e tontura; epilepsia; insônia; icterícia; dor na axila; dor na garganta; dor no punho.
8. Shaofu (CS): ponto Ying, pertence ao elemento Fogo
Localização: na palma, entre o quarto e o quinto metacarpos, atrás das juntas
metacarpo-falangianas (Fig. 27).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,2-0,5 polegada; moxa, 10 minutos.
228
Indicações. qualquer problema do coração; palpitação; angina pectoris; diurese;
enurese; dor no lado ulnar do antebraço.
9. Shaochong (C9): ponto Jin, pertence ao elemento Madeira
Localização: no lado radial do dedinho; 0,1 polegada no canto radial da unha (Fig.
27).
Aplicação: agulhar 0,1 polegada.
Indicações: palpitação; dor no peito; dor de garganta; apoplexia; coma.
O meridiano do intestino delgado, o Tai-Yang da mão
Este meridiano é de natureza Yang, e se apresenta acoplado ao meridiano do
coração, que é Yin. Recebe a energia do meridiano do coração, transmitindo-a ao meridiano
da bexiga.
Em relação aos cinco elementos, pertence ao elemento Fogo de Yang, sendo sua
Mãe o meridiano da vesícula biliar (Madeira) é seu Filho o meridiano do estômago (Terra).
Tem dezenove pontos de cada lado.
1. Trajetória
A energia do meridiano do intestino delgado começa no ponto do dedo mínimo
(quinto) da mão, sobe pelo lado ulnar da mão, passando pelo punho; a seguir corre ao longo
do lado ulnar dos músculos extensor carpo-ulnar do carpo e flexor carpo-ulnar; no cotovelo
passa pelo lado medial do olecrânio; depois sobe pelo lado ulnar do músculo tríceps braquial
até a borda posterior e lateral do ombro.
A partir do ombro, sobe, passando ao longo do osso omoplata e da fossa
supraclavicular por entre o tronco (pelo espaço mediastinal); liga-se ao coração, desce e,
atravessando o diafragma e o abdômen, atinge o intestino delgado.
229
Um de seus ramais sobe da fossa supraclavicular ao longo do lado do pescoço (em
posição póstero-lateral) do músculo esterno-clidomastóideo ao lado do rosto até o ângulo
lateral do olho, dirigindo-se, então, para trás do ouvido.
O outro ramal desce lateralmente ao rosto passando pela parte inferior do olho até
seu ângulo medial (Fig. 28).
II. Sintomatologia
1. Sintomas principais
A. Cervical: dor; adormecimento ou formigamento na nuca; ombro e braço ao
longo do trajeto do meridiano.
B. Ouvidos: zumbido; surdez.
C. Garganta: dor; úlcera.
D. Intestino delgado: dor ao redor do umbigo; borborigmo; diarréia.
230
2. Sintomas e sinais de excesso de energia: dor de garganta; dor e rigidez na nuca;
dor no ombro e braço; dor nos olhos.
3. Sintomas e sinais de depleção energética: borborigmo; diarréia; zumbido;
surdez; adormecimento ou formigamento do braço ao longo do trajeto do meridiano.
III. Os pontos do meridiano do intestino delgado
1. Shaoze (ID1): ponto Jin, pertence ao elemento Metal
Localização: no lado ulnar do dedinho da mão, 0,1 polegada ao lado ulnar do leito
ungueal (Fig. 29).
Aplicação: agulhar 0,1 polegada, ou por punção, para sangrar uma a duas gotas.
Indicações: dor de cabeça; rigidez e dor na nuca; dor de garganta; pterígio; surdez;
epistaxe; dor e paralisia do dedinho e antebraço; mastite; falta de leite pós-parto; apoplexia;
mania.
2. Quiangu (ID2): ponto Ying, pertence ao elemento Água
Localização: no lado ulnar do dedinho da mão, na frente da junta metacarpo-
falangeal, entre as peles clara e escura (Fig. 29).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,1-0,3 polegada; moxa, 10 minutos.
Indicações: dor de cabeça; occipitalgia; dor na nuca; dor nos olhos; pterígio;
zumbido; epistaxe; sinusite; dor de garganta; dor no braço; epilepsia; mastite; falta de leite
pós-parto.
3. Houxi (ID3): ponto Shu, pertence ao elemento Madeira; ponto de Mãe
Localização: no lado ulnar da mão, atrás da junta metacarpo-falangeal do quinto
dedo, entro as peles clara e escura (Fig. 29).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,2-0,3 polegada; moxa, 10-15 minutos.
231
Indicações: conjuntivite; pterígio; epistaxe; rigidez e dor na nuca; occipitalgia; dor
nas costas; adormecimento no dedinho da mão; dor na perna; zumbido; surdez; epilepsia;
transpiração noturna; malária.
4. Wangu (mão) (ID4): ponto Xuan
Localização: no lado ulnar da borda da mão, na depressão entre os ossos quinto
metacarpo e triquetro (Fig. 29).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1 polegada; moxa, 10 minutos.
Indicação: artrite no braço, mão e dedos; dor de cabeça e nuca; rigidez na nuca;
zumbido; pterígio; febre e icterícia.
5. Yanggu (IDS): ponto Jing, pertence ao elemento Fogo
Localização: no lado ulnar do punho, na depressão entre o pisiforme e o processo
estilóide ulnar (Fig. 29).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,3-0,5 polegada; moxa, 10 minutos.
Indicações: dor de dentes; dor de garganta; gengivite; estomatite; artrite no
têmporo-mandibular; zumbido; surdez; distúrbio mental.
6. Yanglao (ID6): ponto Xi
Localização: na fossa formada entre o dedão, o músculo carpo-ulnar e o processo
estilóide ulnar (Fig. 29).
Aplicação: agulhar, perpendicular ou obliquamente, 0,2-0,3 polegada; moxa, 15
minutos.
232
Indicações: distúrbio da visão; paralisia no braço e mão; dor lombar; torsão no
tornozelo.
7. Zhizheng (ID7): ponto Lo
Localização: 5 polegadas acima do punho, no lado ulnar do músculo extensor
carpo-ulnar (Fig. 29).
Aplicação: agulhar 0,3-0,8 polegada; moxa, 15 minutos.
Indicações: rigidez na nuca; dor de cabeça; dor no braço e dedos; tontura;
distúrbio mental.
8. Xiaohai (ID8): ponto Ho, pertence ao elemento Terra; ponto de Filho
Localização: na fossa entre o olecrânio e o epicôndilo medial do úmero na borda
lateral do nervo radial (Figs. 29 e 30).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,2-0,3 polegada; moxa, 15 minutos.
Indicações: dor de cabeça; tontura; dor de dentes; gengivite; dor no ombro, braço,
antebraço e mão, no lado ulnar.
9. Jianzhen (ID9)
Localização: na região póstero-inferior da junta dos ombros, no lado póstero-
inferior do músculo teres maior; ao se colocar o braço perpendicularmente ao tronco, o ponto
fica no lado póstero-inferior do ombro, 1 polegada acima do ponto no fim da linha axilar (Fig.
30).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1,5 polegada; moxa, 15 minutos.
Indicações: bursite no ombro; dor no braço; zumbido; surdez; braquialgia.
10. Naoshu (ID10)
Localização: no lado posterior da junta do ombro, na borda do osso espinha-
escapular, em cima do músculo deltóide (Fig. 30).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1 polegada; moxa, 15 minutos.
233
Indicações: bursite no ombro; braquialgia; hemiplegia; hipertensão.
11. Tianzong (ID11)
Localização: no centro da fossa infra-escapular entre o músculo infra-escapular,
com Naoshu (ID10) e Jianzhen (ID9) forma um triângulo equilátero (Fig. 30).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1 polegada; moxa, 15 minutos.
Indicações: braquialgia; dor no ombro, peito e costa; mastite; falta de leite pós-
parto; tosse.
12. Binfeng (ID12)
Localização: na fossa supra-escapular no ponto médio da linha entre os pontos
Quyuan (ID13) e Jugu (IG16), no lado superior do músculo supra-espinhoso (Fig. 30).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1 polegada; moxa, 15 minutos.
Indicações: tendinite; bursite do ombro; braquialgia.
13. Quyuan (ID13)
Localização: na borda superior da espinha-escapular onde há uma grande curva,
mais ou menos no ponto equidistante entre o ponto Binfeng (ID12) e a borda medial da
escapular dentro dos músculos supra-espinhoso e trapézio (Fig. 30).
234
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1 polegada; moxa, 15 minutos.
Indicações: tendinite ou bursite no ombro; braquialgia.
14. Jianwaishu (ID14)
Localização: 3 polegadas laterais da linha central da vértebra; no nível horizontal
da borda inferior do processo espinhoso da primeira vértebra dorsal (Fig. 30).
Aplicação: agulhar 0,5-1 polegada; moxa, 15 minutos.
Indicações: dor na nuca; torcicolo agudo ou crônico; dor nas costas e ombros;
braquialgia.
15. Jianzhongshu (ID15)
Localização: 2 polegadas para o lado da linha da espinha, ao nível da sétima
vértebra cervical, no lado do músculo levator escapular (Fig. 30).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1 polegada; moxa, 15 minutos.
Indicações: dor e rigidez na nuca, costa e ombro; torcicolo; bronquite; asma.
16. Tianchuang (ID16)
Localização: na borda posterior do músculo esterno-clidomastóideo, ao nível da
borda inferior da cartilagem tiróide (Fig. 31).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,3-0,6 polegada; moxa, 10 minutos.
Indicações: torcicolo; dor e rigidez na nuca; dor de garganta; zumbido.
17. Tianrong (ID17)
235
Localização: no lado anterior do músculo esterno-clidomastóideo, na borda
póstero-inferior do ângulo mandibular (Fig. 31).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,3-0,6 polegada; moxa, 10 minutos.
Indicações: amigdalite; laringite; parotidite; voz rouca; dor na nuca; zumbido
surdez.
13. Quanliao (ID18)
Localização: na borda inferior do processo do osso zigomático maxilar no nível
inferior do nariz e na linha vertical da comissura lateral da pálpebra (Fig. 31).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,3-0,5 polegada; moxa, 10 minutos.
Indicações: trigeminalgia; dor de dentes; paralisia facial.
19. Tinggong (ID19)
Localização: na frente do ouvido, na depressão logo atrás da junta mandibular
quando a boca está aberta (Fig. 31).
Aplicação: agulhar 0,5-1 polegada; moxa, 10 minutos.
Indicações: zumbido; surdez; otite; voz rouca; afasia.
O meridiano da bexiga, Tai-Yang da perna
Este meridiano recebe a energia do meridiano do intestino delgado e a transmite
ao meridiano dos rins.
Sua natureza é Yang, apresentando-se acoplado ao meridiano dos rins que é Yin.
Pertence ao elemento Água; sua Mãe é do elemento Metal (o meridiano do intestino grosso) e
seu Filho é de Madeira (o meridiano da vesícula biliar).
Tem 67 pontos de cada lado.
I. Trajetória
236
O meridiano da bexiga tem seu início no ângulo medial dos olhos, subindo pela
região frontal, parietal e occipital da cabeça. Tem um ramal que desce da região parietal para
o ouvido, retomando ao trajeto principal na fossa suboccipital.
Possui outro ramal que, saindo da parte mais alta e superficial da cabeça, se
introduz no cérebro, voltando ao trajeto principal na fossa suboccipital (no ponto Tianzhu
(B10)).
Da nuca, ao longo dos músculos paravertebrais, o trajeto principal desce pelas
costas até a região sacroílica, pela nádega, por trás da coxa, até a fossa poplítea. Há um ramal
nas costas que se liga aos rins e depois à bexiga, descendo pelo lado da virilha e por detrás da
coxa até o poplíteo.
Da nuca sai outro ramal, que, descendo pelo lado medial da omoplata e pelo lado
dos músculos ílio-costais até a nádega, liga-se com o meridiano da vesícula biliar no ponto
Huantiao (VB30); atrás da região trocanteriana, desce pelo lado do músculo bíceps femural
até o poplíteo.
Da fossa poplítea, o meridiano da bexiga desce entre os músculos atrás da perna
pelo lado do tendão de Aquiles e pela borda do maléolo lateral do pé, até a borda lateral do
quinto dedo do pé (Fig. 32).
II. Sintomatologia
1. Sintomas principais
A. Nuca e costas: lombalgia; dor nas costas; rigidez na nunca e costas; dor ciática;
dor na região ílio-sacra.
B. Dor de cabeça: frontal; parietal; occipital.
C. Nariz: obstrução nasal; coriza; distúrbio do olfato; epistaxe.
D. Olho: dor no olho; dor supra-orbital.
E. Sistema urinário: infecção; distúrbio da micção.
237
2. Sintomas e sinais de excesso de energia: dor de cabeça; dor e rigidez na nuca;
dor aguda nas costas, lombar e na perna; febre; comportamento maníaco.
3. Sintomas e sinais de depleção energética-frio nas costas; dor nas costas com
irradiação para a perna; adormecimento ou formigamento da perna ao longo de seu trajeto.
III. Os pontos do meridiano da bexiga
1. Jingming (BI)
Localização: 0,1 polegada do lado médio superior do ângulo medial do olho.
Aplicação: agulhar, perpendicular ou obliquamente, 0,2-0,5 polegada, ao lado do
osso (Fig. 33).
Indicações: qualquer doença dos olhos, como conjuntivite, pterígio etc.
2. Zanzhu (B2)
Localização: na depressão medial do início da sobrancelha (Fig. 33).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,2-0,3 polegada ou obliquamente para
baixo ao longo da borda supra-orbital.
Indicações: dor de cabeça; tontura; doença dos olhos; paralisia fácial; sinusite e
rinite.
3. Meichong (B3)
Localização: em cima da linha vertical do ponto Zanzhu (B2); 0,5 polegada em
cima da linha do cabelo (Fig. 33).
Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,3-0,5 polegada.
Indicações: dor de cabeça; tontura; obstrução nasal; distúrbio do olfato; excesso
de lacrimejamento; conjuntivite; problemas de visão; epilepsia; catarata.
4. Quchai (B4)
Localização: na linha vertical, 1,5 polegada lateral da linha central, 0,5 polegada
acima da linha do cabelo (Fig. 33).
238
Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,3-0,5 polegada.
Indicações: dor de cabeça frontal; obstrução nasal; epistaxe; problemas de visão.
5. Wuchu (BS)
Localização: 0,5 polegada acima do Quchai (B4) (Fig. 33).
Aplicação: igual à do ponto Quchai (B4).
Indicações: dor de cabeça; perturbação da visão; epilepsia; tétano.
6. Chengguang (B6)
Localização: 1,5 polegada acima (ou atrás) do Wuchu (BS) (Fig. 33).
Aplicação: igual à do ponto Quchai (B4).
239
Indicações: dor de cabeça; tontura; resfriado; distúrbio da visão; pterígio;
glaucoma; miopia.
7. Tungtian (B7)
Localização: 1,5 polegada posterior ao Chengguang (B6) (Fig. 33).
Aplicação: igual à do ponto Quchai (B4).
Indicações: dor de cabeça; sinusite; rinite; epistaxe; distúrbio do olfato; polipose
nasal; rigidez na nuca; tontura.
8. Luoque (B8)
Localização: 1,5 polegada atrás do Tungtian (B7) (Fig. 33).
Aplicação: igual à do ponto Tungtian (B7).
Indicações: dor de cabeça parietal; tontura ou vertigem; zumbidos; obstrução
nasal; paralisia facial; visão turva; glaucoma.
9. Yuzhcn (B9)
Localização: na lateral, 1,3 polegada da protuberância occipital (ao nível superior)
(Fig. 33).
Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,3-0,5 polegada.
Indicações: cefaléia (occipital, parietal ou oftálmica); tontura; miopia; obstrução
nasal; distúrbio do olfato.
10. Tianzhu (B10)
Localização: no nível entre as espinhas da segunda e terceira vértebras, 1,3
polegada lateral da linha média dorsal, no lado da borda do músculo trapézio (Fig. 33).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1 polegada.
Indicações: dor de cabeça occipital; occipito-temporal; enxaqueca; dor na testa
(oftálmica); torcicolo; rigidez e dor na nuca; tonteira; vertigem; insônia; turvação da visão;
faringite; dor nas costas e ombros; obstrução nasal; distúrbio do olfato; rinite.
240
11. Dashu (B11)
Localização: 1,5 polegada, na borda inferior da espinha, na primeira vértebra
dorsal (Fig. 34).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,3-0,5 polegada; moxa, 15 minutos.
Indicações. gripe; resfriado; tosse; rigidez e dor na nuca; dor na costa, e ombros;
dor no joelho; dor de garganta.
12. Fengmen (B12)
Localização: 1,5 polegada, na borda inferior da espinha, na segunda vértebra
dorsal (Fig. 34).
Aplicação: igual à do ponto Dashu (B11).
Indicações: febre; cefaléia; tosse; rigidez na nuca; dor nas costas; pneumonia;
bronquite; urticária; sonolência.
13. Feisbu (B13)
241
Localização: na linha vertical entre a linha central da espinha e a borda medial da
escápula, 1,5 polegada, no lado da linha central das costas, no nível da borda inferior do
processo espinhal da vértebra do terceiro dorsal (T3) (Fig. 34).
Aplicação: agulhar, 0,3-0,5 polegada; moxa, 15 minutos.
Indicações: tosse; pneumonia; bronquite; dispnéia; asma; tuberculose pulmonar;
dor nas costas; dermatite; prurido.
14. Jueyinsbu (B14)
Localização: na mesma linha do ponto Feishu (B13), no nível da borda inferior do
processo espinhal da vértebra (T4) (Fig. 34).
Aplicação: igual à do ponto Feishu (B13)
Indicações: dor no peito; nevralgia intercostal; dor de dentes; soluço; pericardite;
formigamento e frio na região distal dos membros.
15. Xinshu (B15)
Localização: no nível da borda inferior do processo espinhal da vértebra (T5) na
mesma linha vertical do ponto Feishu (B13) (Fig. 34).
Aplicação: igual a do ponto Feishu (B13).
Indicações: problemas do coração; náuseas e vômitos; dor no peito; ansiedade;
epilepsia; esquizofrenia; falta de memória.
16. Dushu (B16)
Localização: 1,5 polegada da linha central no nível da borda inferior processo
espinhal da vértebra (T6) (Fig. 34). Aplicação: igual à do ponto Feishu (B.13).
Indicações: endocardite; dor no peito (intercostalgia); dor no abdômem; soluço;
queda de cabelos; pruridos; borborigmo.
17. Geshu (B17)
242
Localização: 1,5 polegada da linha central, no nível da borda inferior processo
espinhal da vértebra (T7) (Fig. 34).
Aplicação: igual à do ponto Feishu (B13).
Indicações: hemopatias (como problemas hemorrágicos, anemia); soluço; no
peito; dor de barriga; falta de apetite; náuseas; sonolência falta de ânimo; febre; suor noturno;
neurose; histeria; taquicardia; tuberculose pulmonar.
18. Ganshu (B18)
Localização: na mesma linha vertical do Geshu (B17), no nível da borda inferior
do processo espinhal da vértebra (T9) (Fig. 34).
Aplicação: igual à do ponto Feishu (B13).
Indicações: hepatite; hepatomegalia; cirrose; colecistite; problemas do tendão e
olho; dor nas costas; nevralgias; diabete; furunculose; linfoadenite; qualquer problema no
órgão genital; esquizofrenia.
19. Danshu (B19)
Localização: 1,5 polegada, no lado lateral da borda inferior do processo espinhal
da vértebra (T10) (Fig. 34).
Aplicação: igual à do ponto Ganshu (B18).
Indicações: hepatite; colecistite; dor nas costas; boca amarga; falta de apetite;
náuseas e vômito; tuberculose pulmonar.
20. Pishu (B20)
Localização: 1,5 polegada, lateral da linha central das costas, no nível da borda
inferior do processo espinhal da vértebra (T11) (Fig. 34).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,3-0,5 polegada; moxa, 15-40 minutos.
Indicações: anorexia; dor no estômago; úlcera péptica; magreza; hepatite; cirrose;
dispepsia; regurgitamento; diarréia crônica; dissensão.
243
21. Weishu (B21)
Localização: 1,5 polegada, lateral da borda inferior do processo espinhal da
vértebra (T12) (Fig. 34).
Aplicação: igual à do ponto Pishu (B20).
Indicações: gastralgia; úlcera péptica; dissensão gástrica; dispepsia; anorexia;
náuseas e vômito; regurgitação; borborigmo; magreza.
22. Sanjiaoshu (B22)
Localização: 1,5 polegada, lateral da borda inferior do processo espinhal da
vértebra (L1) (Fig. 34).
Aplicação: igual à do ponto Pishu (B20).
Indicações: diabete melito; anorexia; dispepsia; indigestão; diarréia; dissensão
abdominal; borborigmo; ascite; edema do corpo; oligúria; lombalgia.
23. Shenshu (B23)
Localização: 1,5 polegada, lateral da borda inferior do processo espinhal da
vértebra (L2) (Fig. 34).
Aplicação: agulhar, 0,5-1,5 polegada perpendicular ou obliquamente para o lado
lateral até o ponto Zhishi (BS1); moxa, 10-30 minutos.
Indicações: nefrite, infecção urogenital; enurese noturna; impotência; lombalgia;
edema; diabete melito; dismenorréia; neurastenia.
24. Quihaishu (B24)
Localização: 1,5 polegada, lateral da borda inferior do processo espinhal da
vértebra (L3) (Fig. 34).
Aplicação: igual à do ponto Shenshu (B23).
Indicações: lombalgia; hemorróida.
25. Dachangshu (B25)
244
Localização: 1,5 polegada, lateral da borda inferior do processo espinhal da
vértebra (L4) (Fig. 34).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1 polegada; moxa, 15-30 minutos.
Indicações: lombalgia; dor de barriga; borborigmo; distensão abdominal; diarréia
ou constipação.
26. Guanyuansbu (B26)
Localização: 1,5 polegada, lateral da borda inferior do processo espinhal da
vértebra (L5) (Fig. 34).
Aplicação: igual à do ponto Dachangshu (B25).
Indicações: dissensão abdominal; diarréias; disúria; lombalgia. 27. Xiaochanshu
(B27)
Localização: 1,5 polegada, lateral da linha central das costas e no nível do
primeiro forame sacral posterior (Fig. 34).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1 polegada; moxa, 15-30 minutos.
Indicações: disenteria; hematúria; leucorréia; anexite; enurese; prostatite;
hemorróidas; dor nas juntas ílio-sacrais; lombalgia.
28. Pangguangshu (B28)
Localização: na borda lateral, 1,5 polegada do dorso (linha central das costas) no
nível do segundo forame posterior sacral (Fig. 34).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1 polegáda; moxa, 30 minutos.
Indicações: qualquer problema da bexiga; enurese noturna; dor ou infecção do
órgão genital; disúria; dor lombar ou lombossacra; frieza dos membros; constipação.
29. Zunglushu (B29)
Localização: 1,5 polegada, lateral da linha central (Du-Mai), no nível do terceiro
forame posterior do sacro (Fig. 34).
245
Aplicação: igual à do ponto Pangguangshu (B28).
Indicações: dor na região lombossacra e ciática; disenteria; hérnia.
30. Baihuanshu (B30)
Localização: 1,5 polegada, lateral da linha central (Du-Mai), no nível do quarto
forame posterior do sacro (Fig. 34).
Aplicação. igual à do ponto Pangguangshu (B28).
Indicações: dor na região sacroílica; dor ciática; disúria ou enurese; constipação;
leucorréia; menorragia; infecção urogenital.
31. Shangliao (B31)
Localização: no primeiro forame posterior do sacro; no meio das costas (Du-Mai)
e espinha posterior da região ilíaca (Fig. 34).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 1-1,5 polegada; moxa, 10-15 minutos.
Indicações: distúrbio urogenital; distúrbio de micção e defecação; dor na região
lombossacra e joelho; dor ciática; leucorréia; dismenorréia; impotência.
32. Ciliao (B32)
Localização: no segundo forame posterior do sacro (Fig. 34).
Aplicação: igual à do ponto Shangliao (B31).
Indicações: iguais às do ponto Shangliao (B31).
246
B 40 =
33. Zongliao (B33)
Localização: no terceiro forame posterior do sacro (Fig. 34). Aplicação: igual à do
ponto Shangliao (B31).
Indicações: iguais às do ponto Shangliao (B31).
34. Xialiao (B34)
Localização: no quarto forame posterior do sacro (Fig. 34).
Aplicação: igual à do ponto Shangliao (B31).
Indicações: iguais às do ponto Shangliao (B31).
35. Huiyang (B35)
Localização: 0,5 polegada lateral da linha central, no nível da borda inferior do
osso coccígeo (Fig. 34).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 1-1,5 polegada; moxa, 10 minutos.
Indicações: dismenorréia e dor lombar; leucorréia; impotência; hemorróidas; dor
na perna.
36. Chengfu (B36)
Localização: no ponto médio da linha glútea; na borda inferior do músculo glúteo
máximo; na linha média vertical da coxa posterior (Figs. 34 e 35).
Aplicação: agulhar, 1-1,5 polegada, até a fáscia do músculo.
Indicações: dor ciática; hemorróidas; constipação; disúria; dor genital.
37. Yinmen (B37)
Localização: na linha média vertical da coxa posterior, entre os músculos bíceps
femural e semitendinoso, 6 polegadas acima da fossa poplítea (Fig. 35).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 1-2 polegadas.
Indicações: lombalgia e dor ciática; paralisia da perna; inchaço da perna.
38. Fuxi (B38)
247
Localização: no lado mediar do músculo bíceps femural, 1 polegada acima do
Weiyang (B39) (Fig. 35).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1 polegada.
Indicações: cistite; disúria; constipação; dor na coxa, joelho e perna.
39. Weiyang (B39)
Localização: na fossa poplítea, na prega poplítea, no lado mediar do tendão do
músculo bíceps femural (Fig. 35).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-0,8 polegada; moxa, 10 minutos.
Indicações: espasmo do músculo gastrocnêmio; dor lombar; prostatite ou
hipertrofia benigna da próstata; hemorróidas; inchaço na axila; comportamento maníaco.
40. Fufen (B40)
Localização: 3 polegadas, lateral da linha central (Du-Mai), no nível da borda
inferior na segunda espinha da vértebra (T2) (Fig. 34).
Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,3-0,8 polegada; moxa, 10 minutos.
Indicações: dor e rigidez na nuca; braquialgia.
41. Pohu (B41)
Localização: 3 polegadas, lateral da linha central (Du-Mai), na linha vertical da
borda medial do osso escapular (omoplata), no nível da borda inferior da espinha da vértebra
(T3) (Fig. 34).
Aplicação: igual à do ponto Chengfu (B36).
Indicações: bronquite; asma; pleurite; dor e rigidez na nuca; dor nas costas e
ombro.
42. Gaohuangshu (B42)
Localização: 3 polegadas, lateral da linha central (Du-Mai), no nível da borda
inferior da espinha da vértebra (T4) (Fig. 34).
248
Aplicação: obliquamente, 0,3-0,8 polegada; moxa, 10-15 minutos.
Indicações: bronquite; tuberculose pulmonar; pleurite; nevralgia intercostal; dor
nas costas; fraqueza geral.
43. Shengtan (B43)
Localização: 3 polegadas, lateral da linha central (Du-Mai), no nível da borda
inferior da espinha da vértebra (TS) (Fig. 34).
Aplicação: igual à do ponto Chengfu (B36).
Indicações: tosse; asma; nevralgia intercostal; dor e rigidez nas costas.
44. Yixi (B44)
Localização: 3 polegadas, lateral da linha central, no nível da borda inferior da
espinha da vértebra (T6) (Fig. 34).
Aplicação: igual à do ponto Chengfu (B36).
Indicações: tosse; bronquite; dor nas costas e omoplatas; tontura; soluço;
pericardite.
45. Geguan (B45)
Localização: 3 polegadas, lateral da linha central, no nível da borda inferior da
espinha da vértebra (T7) (Fig. 34).
Aplicação: igual à do ponto Chengfu (B36).
Indicações. nevralgia intercostal; soluço; vômito; dor e rigidez nas costas; dor no
corpo; qualquer problema no sangue.
46. Hunmen (B46)
Localização: 3 polegadas, lateral da linha central, no nível da borda inferior da
espinha da vértebra (T9) (Fig. 34).
Aplicação: igual à do ponto Chengfu (B36).
249
Indicações: moléstias do fígado; pleurite; endocardite; dispepsia; dor nas costas e
coração; dor de barriga e borborigmo; epigastralgia.
47. Yanggang (B47)
Localização: 3 polegadas, lateral da linha central, no nível da borda inferior da
espinha da vértebra (T10) (Fig. 34).
Aplicação: igual à do ponto Chengfu (B36).
Indicações: diarréia; dispepsia; icterícia; borborigmo; dor abdominal; cólica biliar.
48. Yishe (B48)
Localização: 3 polegadas, lateral da linha central, no nível da borda inferior da
espinha da vértebra (T11) (Fig. 34).
Aplicação: igual à do ponto Chengfu (B36).
Indicações: dissensão abdominal; dispepsia; hepatite; cólica biliar; diarréia; dor
nas costas; diabete melito; gastralgia.
49. Weitsang (B49)
Localização: 3 polegadas, lateral da linha central (Du-Mai), no nível da borda
inferior da espinha da vértebra (T12) (Fig. 34).
Aplicação. igual à do ponto Chengfu (B36).
Indicações: epigastralgia; vômitos; dissensão abdominal; constipação; dor lombar.
50. Huangmen (B50)
Localização: 3 polegadas, lateral da linha central (Du-Mai), no nível da borda
inferior da espinha da vértebra (L1) (Fig. 34).
Aplicação: igual à do ponto Chengfu (B36).
Indicações: epigastralgia (dor do estômago); constipação; mastite.
51. Zhishi (BS1)
250
Localização: 3 polegadas, lateral da linha central (Du-Mai), no nível da borda
inferior da espinha da vértebra (L2) (Fig. 34).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1 polegada; moxa, 10-20 minutos.
Indicações: lombalgia; espermatorréia ou ejaculação precoce; impotência;
indigestão; edema do corpo; disúria; infecção na área genital.
52. Baohwang (B52)
Localização: 3 polegadas, lateral da linha central, no nível da segunda espinha do
sacro, na borda lateral da junta iliossacral (Fig. 34).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1 polegada; moxa, 10-15 minutos.
Indicações: dificuldade de evacuação e micção; paralisia da bexiga; inflamação
urogenital; lombalgia; dor ciática.
53. Zhibean (B53)
Localização: 3 polegadas, lateral da linha central (Du-Mai), no nível do quarto
forame posterior do sacro, na linha inferior da origem do músculo piriforme (Fig. 34).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 1-2 polegadas; moxa, 15-20 minutos.
Indicações: dor na região lombossacra; dor ciática; paralisia ou adormecimento da
perna; dor genital; paralisia da bexiga; cistite; disúria.
54. Weizhong (B54): ponto Ho, pertence ao elemento Terra; ponto de Mãe
Localização: no centro da fossa poplítea, na prega poplítea (Figs. 35 e 36).
Aplicação: agulhar 1-1,5 polegada; evitar moxibustão.
Indicações: dor ciática; lombalgia; paralisia da perna; dor no joelho; A.V.C;
hipertranspiração.
55. Heyang (B5): ponto Xi de sangue
Localização: 2 polegadas abaixo da prega poplítea (do ponto Weizhong (B54)),
entre a cabeça medial e lateral do músculo gastrocnêmio (Fig. 36).
251
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1 polegada; moxa, 10-15 minutos.
Indicações: lombalgia; dor na perna; leucorréia; hérnia.
56. Chengjin (B56)
Localização: no meio entre os pontos Heyang (BSS) e Changshan (BS7); por
entre o músculo gastrocnêmio (Fig. 36).
Aplicação. agulhar 0,5-1 polegada; moxa, 10-15 minutos.
Indicações: lombalgia; torção do músculo da perna; cãimbra; hemorróidas.
57. Chengshan (B57)
Localização: no meio entre os pontos Weizhong (BS4) e o calcanhar, 8 polegadas
abaixo do ponto Weizhong (B54) (Fig. 36).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1 polegada; moxa, 10-15 minutos.
Indicações: cãibra na perna; lombalgia; hemorróidas; torção da perna; anorexia.
58. Feiyang (B55): ponto Lo
Localização: 1 polegada abaixo do lado lateral do ponto Chengshan (BS7); 7
polegadas acima do calcanhar, no lado lateral do tendão do músculo gastrocnêmio (Fig. 36).
Aplicação: agulhar 0,5-1 polegada; moxa, 10 minutos.
Indicações: lombalgia; dor na perna; epilepsias gota; oftalmalgia.
59. Fuyang (B59)
Localização: na borda lateral do tendão de Aquiles, 3 polegadas acima do maléolo
lateral do tornozelo (Fig. 36).
252
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1 polegada; moxa, 10-15 minutos.
Indicações: dor na região lombossacra; cefaléia; torção ou artrite no tornozelo; dor
e fraqueza nas pernas.
60. Kunlun (B60): ponto Jing, pertence ao elemento Fogo
Localização: entre o tendão de Aquiles e a borda do maléolo lateral do tornozelo,
ao nível do ponto mais alto do maléolo (Fig. 36).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-0,8 polegada; moxa, 10 minutos.
Indicações: dor de cabeça; rigidez na nuca; lombalgia; dor ciática; dor no cóccix;
dor e inchaço no tornozelo; distúrbio do parto.
61. Pushen (B61)
Localização: 1,5 polegada inferior e posterior do maléolo externo, abaixo do
ponto Kunlun (B60) (Fig. 36).
Aplicação. agulhar 0,3-0,5 polegada.
Indicações: dor no calcanhar; fraqueza ou paralisia da perna; lombalgia; epilepsia.
62. Shenmai (B62)
Localização: 0,5 polegada abaixo do maléolo externo, na depressão inferior do
maléolo (Fig. 36).
Aplicação. agulhar 0,3-0,5 polegada.
253
Indicações: dor de cabeça; dor lombossacra; dor e inchaço no tornozelo; epilepsia;
tontura e vertigem.
63. Jinmen (B63): ponto Xi
Localização: no lado anterior e posterior do ponto (B62), na depressão posterior
da articulação calcâneo-cubóide (Fig. 36).
Aplicação: agulhar 0,3-0,5 polegada; moxa, 10 minutos. Indicações: epilepsia;
vertigem; surdez; dor no calcanhar.
64. Jinggu (B64): ponto Yuan
Localização: na borda posterior e inferior da tuberosidade do quinto metatarso
(Fig. 36).
Aplicação: igual à do ponto Shugu (B65).
Indicações: dor nas costas e pernas; tontura; vertigem; epilepsia; cefaléia; rigidez
e dor na nuca.
65. Shugu (B65): ponto Shu, pertence ao elemento Madeira
Localização: na borda póstero-inferior da articulação do quinto metatarso-
falangeal do pé, no limite das epidermes dorsal e plantar (Fig. 36).
Indicações: dor de cabeça e nuca; rigidez na nuca; dor lombar; dor na perna; dor
na região oftalmo-frontal; conjuntivite; hemorróidas; epilepsia.
66. Tonggu (B66): ponto Ying, pertence ao elemento Água
Localização: na depressão anterior e inferior da articulação do quinto metatarso-
falangeal do pé (Fig. 36).
Aplicação: agulhar 0,1-0,3 polegada.
Indicações: dor de cabeça; epistaxe; tontura; dispepsia.
67. Zhiyin (B67): ponto Jin, pertence ao elemento Metal
254
Localização: 0,1 polegada na borda lateral e proximal do ângulo ungueal do
quinto dedo do pé (Fig. 36).
Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,1-0,2 polegada, ou agulhar para sangrar;
moxa, 10-20 minutos; não aplicar moxa em mulheres grávidas.
Indicações: má posição do feto; dificuldade de parto; alergia na pele ou urticária;
coceira na pele; cefaléia e dor na perna; comportamento maníaco.
O meridiano dos rins, o Chao-Yin da perna
Sendo Yin, este meridiano se apresenta acoplado ao meridiano da bexiga, Yang,
de quem recebe a energia que, posteriormente, transmite ao meridiano do pericárdio.
Em relação aos cinco elementos, é de Água; sua Mãe é o meridiano do pulmão
(Metal) e seu Filho o meridiano do fígado (Madeira).
Tem 27 pontos de cada lado.
1. Trajetória
O meridiano dos rins começa na planta do pé e ascende, pelo lado ínfero-medial
da cabeça do primeiro metatarso, seguindo pelo lado medial do osso cubóide, região póstero-
inferior do maléolo medial e ao longo da borda medial do músculo gastrocnêmio, na região
póstero-medial do joelho e, medialmente à coxa, ao longo dos músculos adutor e grácil, entre
a pélvis e ventralmente às vértebras até o rim.
O trajeto tem seu início no rim, desce pelo lado do músculo psoas até a pélvis e a
bexiga. Saindo da pélvis, corre ao longo do lado medial do músculo reto-abdominal (ao lado
da linha alba) e do externo até a frente do pescoço.
Há um ramal que sai do rim, sobe, passando pelo diafragma e segue paralelo ao
pulmão, ao longo da traquéia e da garganta, até a raiz da língua.
255
Outro ramal sai do pulmão, une-se ao coração e, passando pelo peito, liga-se ao
pericárdio, de onde transmite energia ao meridiano do pericárdio (Fig. 37).
11. Sintomatologia
1. Sintomas principais
A. Resistência geral. cansaço; pouca resistência; queda do nível da ambição; boca
e garganta secas.
B. Adrenal e genital-impotência; esterilidade; distúrbio do crescimento; tendência
à velhice; hiperpigmentação.
C. Ossos e cérebro: distúrbio de desenvolvimento de dentes e ossos; instabilidade
dos dentes; retardamento mental; esquizofrenia.
D. Cabelo: queda ou ausência de cabelo; falta de brilho no cabelo.
E. Ouvido: zumbido; surdez; vertigem.
F. Distúrbios urogenitais: formação de cálculos; oligúria ou poliúria.
2. Sinais e sintomas de excesso de energia: sede e ardência na boca; dissensão
abdominal; diarréia.
3. Sinais e sintomas de depleção energética. espermatorréia; impotência;
lombalgia; frio nos ombros; queda de cabelos; enfraquecimento dos dentes; zumbido ou
dificuldade de audição; oligúria; edema e ascite; insônia; distúrbio mental.
III. Os pontos do meridiano dos rins
1. Yongguan (R1): ponto Jin, pertence ao elemento Madeira; ponto de Filho
Localização: na planta do pé, posteriormente às articulações metatarso-falangeais,
entre o segundo e o terceiro metatarsos (Fig. 38).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5 polegada; moxa, 10 minutos.
Indicações: cefaléia parietal; metatarsalgia; tontura; vertigem; coma; convulsão
infantil; comportamento maníaco (fobia); insônia; nefrite; uremia; diabete.
256
2. Rangu (R2): ponto Ying, pertence ao elemento Fogo
Localização: na borda ântero-inferior do osso navicular do pé (Fig. 38).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1 polegada.
257
Indicações: dor no pé; laringite; hipertranspiração noturna; prostatite; distúrbios
dos órgãos genitais; impotência; menstruação irregular; tétano de recém-nascido; cistite;
diabete melito.
3. Taixi (R3): ponto Shu, pertence à Terra
Localização: entre a borda posterior do maléolo medial e o tendão de Aquiles
(Fig. 3 8).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1 polegada, ou 0,3-0,5 polegada
obliquamente ao lado posterior do maléolo.
Indicações: dor de dentes; laringite; estomatite; mastite; impotência; dismenorréia;
dor na perna, tornozelo e pé; frio nos ombros; malária; nefrite; metatarsalgia.
4. Dazhong (R4): ponto Lo
Localização: 0,5 polegada abaixo do ponto Taixi (R3), na frente do tendão de
Aquiles (Fig. 38).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,2-0,5 polegada; moxa, 10 minutos.
Indicações: estomatite; laringite; asma; hipertrofia prostática; lombalgia; dor no
calcanhar; constipação; sonolência e preguiça.
5. Shuiguan (RS): ponto Xi
Localização: na borda posterior do maléolo medial, 1 polegada abaixo do ponto
Taixi (R3), na depressão ântero-superior do lado medial do tubérculo do calcânco (Fig. 38).
Aplicação: igual à do ponto Dazhong (R4).
Indicações: Itucorréia; prolapso uterino; endometrite; menstruação irregular;
diurese; miopia.
6. Zhaohai (R6)
Localização: na depressão entre o maléolo medial e o osso tálus; 0,4 polegada
inferior da borda do maléolo medial (Fig. 38).
258
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,2-0,5 polegada; moxa, 10-15 minutos.
Indicações: menstruação irregular; prolapso uterino; amigdalite; constipação;
cólica abdominal; diarréia crônica de madrugada; insônia.
7. Fuliu (R7): ponto Jing, pertencente ao Metal; ponto de Mãe
Localização: 2 polegadas acima do Taixi (R3); na borda ântero-medial do
músculo sólium (Fig. 38).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1 polegada; moxa, 15-30 minutos.
Indicações: inchaço dos membros; edema; ascite; hipertranspiração noturna;
lombalgia; nefrite; orquite; uretrite.
8. Jiaoxin (RS): ponto Xi
Localização: 2 polegadas acima do Taixi (R3), 0,5 polegada na frente do Fuliu
(R7), na borda posterior da tíbia (Fig. 38).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente; 0,5-1 polegada; moxa, 10-15 minutos.
Indicações: menstruação irregular; menorragia funcional; prolapso uterino;
disenteria; constipação; orquite; uretrite.
9. Zhubin (R9): ponto Xi
Localização: 5 polegadas acima do ponto Taixi (R3), na borda ântero-medial do
músculo sólium (Fig. 38).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1 polegada; moxa, 10 minutos.
Indicações: espasmo do músculo sólium e gastrocnêmio; comportamento
maníaco; epilepsia; desintoxicação.
10. Yingu (R10): ponto Ho, pertence ao elemento Água
Localização: no lado medial da prega poplítea, entre os músculos semitendinoso e
semimembranoso (Fig. 38).
Aplicação: agulhar 0,5-1 polegada; moxa, 10-15 minutos.
259
Indicações: dor no joelho; edema na perna; ascite; distúrbio urogenital; disúria;
hemorragia uterina; dor genital; comportamento maníaco.
11. Henggu (R11)
Localização: na borda superior do osso púbico; 0,5 polegada lateralmente à linha
central (Fig. 39).
Aplicação: moxa, 15 minutos; evitar a agulha.
Indicações: problemas nos órgãos genitais; disúria; conjuntivite; impotência
12. Dahe (R12)
Localização: 1 polegada acima do ponto Henggu (R11), 0,5 polegada no lado do
ponto Zhongji (RM3), na linha central (Fig. 39).
Aplicação: agulhar, 0,3 -0,5 polegada, até a fáscia do músculo reto-abdominal;
moxa, 10-15 minutos.
Indicações: dor nos órgãos genitais; disúria; uretrite; cistite; conjuntivite;
lombalgia; espermatorréia; impotência; hérnia direta.
13. Qixue (R13)
Localização: 2 polegadas acima da borda suprapúbica (3 polegadas abaixo do
nível umbilical) e 0,5 polegada no lado lateral da linha central do abdômen, na borda medial
do músculo reto-abdominal (Fig. 39).
Aplicação: igual à do ponto Dahe (R12).
Indicações: distúrbio dos órgãos genitais; menstruação irregular; esterilidade;
diarréia.
14. Siman (R14)
Localização: 1 polegada acima do ponto Qixue (R13); 0,5 polegada no lado do
ponto Shimen (RMS) (Fig. 39).
Aplicação: igual à do ponto Qixue (R13).
260
Indicações: menorragia; dismenorréia; menstruação irregular; esterilidade;
uretrite; cistite; dor abdominal no umbigo; conjuntivite.
15. Zhongzhu (abdominal) (R15)
Localização: 1 polegada abaixo do nível do umbigo; 0,5 polegada no lado da linha
central (Fig. 39).
Aplicação: igual à do ponto Siman (R14)
Indicações: menstruação irregular; dor abdominal; constipação; conjuntivite.
16. Huangshu (R16)
Localização: 0,5 polegada na linha lateral do umbigo, na borda mediar do
músculo reto-abdominal (Fig. 39).
Aplicação: igual à do ponto Siman (R14)
Indicações: cólica periumbilical; constipação; hérnia.
17. Shanggu (R17)
Localização: 2 polegadas acima do Huangshu (R16) (Fig. 39).
Aplicação: igual à do ponto Siman (R14).
Indicações: cólica abdominal; constipação; dor no estômago; anorexia.
18. Shiguan (R18)
Localização: 3 polegadas acima do Huangshu (R16); 0,5 polegada no lado lateral
do Jianli (RM11) (Fig. 39).
Aplicação: igual à do ponto Huangshu (R16).
Indicações: dor no estômago; soluço; esterilidade; dor uterina pós-parto;
constipação.
19. Yindu (R19)
Localização: 4 polegadas acima do ponto Huangshu (R16); 0,5 polegada do lado
lateral do Zhongwan (RM12) (Fig. 39).
261
Aplicação: igual à do ponto Huangshu (RM16).
Indicações: dor no estômago; soluço; esterilidade; dor uterina pós-parto;
constipação; dissensão abdominal; icterícia.
20. Tonggu (abdômen) (R20)
Localização: 5 polegadas acima do ponto Huangshu (R16); 0,5 polegada no lado
da linha central (Fig. 39).
Aplicação: igual à do ponto Huangshu (R16).
Indicações: dor no estômago; dissensão abdominal; vômito; dispepsia; preguiça.
21. Youmen (R21)
262
Localização: 6 polegadas acima do Huangshu (R16); 0,5 polegada no lado lateral
do Juiue (RM14) (Fig. 39).
Aplicação: igual à do ponto Huangshu (R16).
Indicações: dor no estômago; dissensão abdominal; vômito; dispepsia; preguiça;
nevralgia intercostal; hepatite.
22. Bulang (R22)
Localização: no quinto espaço intercostal; 2 polegadas lateralmente à linha central
do corpo (Fig. 39).
Aplicação: Agulhar, perpendicularmente, 0,3-0,5 polegada até a fáscia do
músculo; moxa, 15 minutos.
Indicações: nevralgia intercostal; pleurite; bronquite; náusea; vômito.
23. Shenfeng (R23)
Localização: no quarto espaço intercostal; 2 polegadas lateralmente à linha
central, na borda do osso esterno (Fig. 39).
Aplicação. igual à do ponto Bulang (R22).
Indicações: iguais às do ponto Bulang (R22).
24. Lingxi (R24)
Localização: no terceiro espaço intercostal; 2 polegadas lateralmente à linha
central (Fig. 39).
Aplicação: igual à do ponto Bulang (R22).
Indicações: bronquite; tosse; dor intercostal; mastite; vômito; obstrução nasal
25. Shentsang (R25)
Localização: no segundo espaço intercostal entre a segunda e a terceira costelas; 2
polegadas lateralmente à linha central (Fig. 39).
Aplicação: igual à do ponto Bulang (R22).
263
Indicações: tosse; asma; bronquite; pleurite; dor intercostal; dispnéia; pneumonia;
soluço; vômito.
26. Yuzhung (R26)
Localização: no primeiro espaço intercostal; 2 polegadas lateralmente à linha
central da borda lateral do esterno (Fig. 39).
Aplicação. igual à do ponto Bulang (R22).
Indicações: pneumonia; asma; bronquite; dor intercostal; pleurite.
27. Shufu (R27)
Localização: na depressão entre a clavícula e a primeira costela lateralmente à
cabeça do esterno (Fig. 39).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,3-0,5 polegada; moxa, 10-15 minutos.
Indicações: pneumonia; bronquite; asma; pleurite; dor intercostal; braquialgia;
dispnéia; vômito.
O meridano do pericárdio, Jue-Yin do braço
O meridiano do pericárdio é Yin. Recebe energia do meridiano dos rins,
transmitindo-a ao meridiano do triplo-aquecedor Yang, ao qual está acoplado.
Em relação aos elementos, este meridiano é de Fogo, de Yin no período de outono
e inverno, e de Água durante a primavera e verão.
Tem nove pontos de cada lado.
1. Trajetória
A energia deste meridiano começa no peito; descendo, passa pelo diafragma e se
liga a todas as partes do triplo-aquecedor.
Um ramal sai do ponto central da axila e corre ao longo da borda medial do
músculo bíceps do braço, entre o meridiano do pulmão e do coração, até o lado medial do
264
cotovelo. Desce, então, ao longo dos tendões do músculo longo da palma e do músculo flexor
carpo-radial da mão. Na mão, ele passa entre o terceiro e o quarto metacarpos, no terceiro
dedo.
Há um ramal da mão que liga ao quarto dedo (Fig. 40).
II. Sintomatologia
1. Sintomas principais
A. Circulatório (vascular): dor no coração; rubor e calor no rosto; calor na palma
da mão; aperto no peito; palpitação.
B. Psicossomático: dissensão abdominal; irritabilidade; ansiedade.
C. Mental: Riso incontrolável; desconcentração; deleção; retardamento.
D. Braços: dor e adormecimento no braço ao longo do trajeto do meridiano.
2. Sintomas e sinais de excesso de energia: calor e vermelhidão facial; opressão
no peito; dor na axila; convulsão infantil; ansiedade; riso incontrolável; dor no coração.
3. Sintomas e sinais de depleção energética: palpitação; vexação;
desconcentração; retardamento.
III. Os pontos do meridiano do pericárdio
1. Tianchi (PC1)
Localização: no quarto espaço intercostal; 1 polegada para o lado do mamilo, 3
polegadas abaixo da axila (Fig. 41).
Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,3-0,5 polegada; moxa, 10-15 minutos.
Indicações. opressão no peito; asma; tosse; dor intercostal; mastite.
2. Tianquan (PC2)
Localização: no lado medial do braço, entre as-duas cabeças do músculo bíceps do
braço; 2 polegadas abaixo da dobra axilar (Fig. 41).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1 polegada; moxa, 10-15 minutos.
265
Indicações: dor no peito; dor no coração; palpitação; soluço; dor no braço.
3. Quze (PC3): ponto Ho, pertence ao elemento Água
Localização: no meio da prega cubital do cotovelo, no lado ulnar do músculo.
bíceps (Figs. 41 e 42).
Aplicação: agulhar 0,5-1 polegada; moxa, 10 minutos.
Indicações: angina pectoris; palpitação; tosse e vâmito; tremor nos braços; febre;
coma.
4. Ximen (PC4)
Localização: 5 polegadas acima da prega do punho, entre os tendões do músculo
palmar longo e do músculo flexor carpo-radial (Fig. 42).
266
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1 polegada; mõxa, 15 minutos.
Indicações: opressão no peito; dor no coração; náuseas e vômitos; pleurite;
mastite; furunculose; depressão e ansiedade; vexação; pericardite; amigdalite.
5. Jianshi (PCS): ponto Jing, pertence ao elemento Metal
Localização: 3 polegadas acima da prega do punho, entre os tendões dos músculos
palmar longo e flexor carpo-radial (Fig. 42).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,3-0,5 polegada; moxa, 10-15 minutos.
Indicações: palpitação; angina pectoris; cpigastralgia; náusea e vômito; depressão
e ansiedade; dor na garganta; voz rouca; malária; escabiose; inchaço e rigidez no braço;
epilepsia; distúrbio mental.
6. Neiguan (PC6): ponto Lo
Localização: 1 polegada abaixo do ponto jianshi (PCS); 2 polegadas acima do
punho, entre os tendões dos músculos palmar longo e flexor carpo-radial (Fig. 42).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,3-0,5 polegada; moxa, 10-15 minutos.
Indicações: dor no coração; pressão no peito; palpitação; ansiedade; histeria;
epilepsia; insônia; soluço; febre; icterícia; dor no braço.
7. Daling (PC7): ponto Shu, pertence ao elemento Madeira
Localização: no meio da prega do punho no lado palmar, entre os múscu palmar
longo e flexor carpo-radial (Fig. 42).
Aplicação: agulhar 0,2-0,5 polegada; moxa, 10 minutos.
Indicações: insônia; ansiedade; depressão; opressão no peito; palpitação; no
coração; dermatite na palma; artrite no punho; halitose; hiperidrose palmar.
8. Laogong (PCS): ponto Xing, pertence ao elemento Fogo
Localização: na palma, na região próxima da articulação metacarpo-falangeal
entre o terceiro e o quarto metacarpos (Fig. 42).
267
Aplicação: agulhar 0,2-0,5 polegada.
Indicações: dor no coração; sede e calor; estomatite, icterícia; anorexia; soluço;
ansiedade; depressão; preguiça e cansaço; dermatite palmar; prurido.
9. Zhongchong (PC9): ponto Jing
Localização: 0, 1 polegada acima do leito ungueal da terceira falange distal, no
lado ulnar (Fig. 42).
Aplicação: agulhar 0,1-0,2 polegada; ou pungir para sangrar uma a uma a duas
gotas.
Indicações: angina pectoris; febre; pericardite; apoplexia; coma; dor na língua.
O meridiano do triplo-aquecedor, Shao-Yang do braço
Este meridiano é de natureza Yang, e vem acoplado ao meridiano pericárdio de
Yin, que lhe fornece energia transmitindo-a ao meridiano vesícula biliar.
Em relação aos cinco elementos, é Fogo de Yang durante o outono e inverno, e
Água na primavera e verão.
Tem 23 pontos de cada lado.
I. Trajetória
Este meridiano começa no ponto do quarto dedo da mão, sobe pelo lado dorsal da
mão, entre o quarto e o quinto metacarpos, passa pelo punho meio do lado dorsal do punho e
do antebraço, entre os ossos rádio e ulnar.
Sobe, passa pelo olécrano (no lado radial) e lado radial do músculo tríceps no lado
posterior do ombro.
O trajeto passa atrás do ombro, sobe pela supra-escapular e atrás da nuca da região
auricular até a região lateral do supercílio, onde se liga meridiano da vesícula biliar.
268
Há um ramal que sai da supraclavicular, entra no tronco do corpo, desce pelo
mediastino e se liga ao pericárdio e à pleura. Descendo, passa pelo diafragma indo até a
cavidade abdominal, ligando-se ao peritônio e à serosa intestinal, visceral e pélvica.
O ramal do pulmão (pleura) sobe pela nuca, ao longo da borda posterior da orelha
na região temporal, desce até a região maxilar, alcançando então a região infra-orbital (Fig.
43).
II. Sintomatologia
1. Sintomas principais
A. No ouvido: zumbido; vertigem; dor.
B. Relacionados com o pulmão e o coração (aquecedor superior): transpiração
espontânea; tosse; dor na faringe; língua rígida; membros frios; má disposição;
desconcentração.
C. Relacionados com o gastrointestino e baço-pâncreas (aquecedor médio): muito
calor e suor à tarde; anorexia; náusea; dissensão abdominal; desequilíbrio hídrico; alteração
mental.
D. Relacionados com o órgão urogenital: polidipsia; edema; oligúria; disúria;
frigidez; ascite; distúrbio genital.
2. Sintomas de excesso de energia: dor ao longo do meridiano; dor na faringe;
dissensão abdominal; disúria; surdez.
3. Sintoma de depleção energética: transpiração espontânea; vertigem; zumbido e
surdez; mãos frias e entorpecidas.
III. Os pontos do meridiano triplo-aquecedor
1. Guanchung (TA1): ponto Jin, pertence ao elemento Metal
Localização: no lado ulnar, 0, 1 polegada do ângulo ungueal do dedo anular
(quarto dedo da mão) (Fig. 44).
269
Aplicação: agulhar 0,1 polegada; sangrar uma ou duas gotas.
Indicações: dor de cabeça; dor de garganta; febre; zumbido; pterígio; boca seca;
úlcera na língua; coma; apoplexia.
2. Yemen (TA2): ponto Ying, pertence ao elemento Água
Localização: entre os dedos quarto e quinto, à frente da articulação metacarpo-
falangeal, no limite da derme dorsal e palmar (Fig. 44).
Aplicação. agulhar, obliquamente, 0,2-0,5 polegada.
Indicações: cefaléia; pterígio; conjuntivite; zumbido; dor na garganta; gengivite;
malária; febre; ausência de sudorese.
3. Zongzhu (TA3): ponto Shu, pertence ao elemento Madeira; ponto de Mãe no
outono e no inverno, e ponto de Filho na primavera e no verão
Localização: no lado dorsal da mão, na fossa posterior metacarpo-falangeal entre
o quarto e quinto metacarpos (Fig. 44).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,2-0,5 polegada; moxa, 10-15 minutos.
Indicações: zumbido; surdez; cefaléia; dor na garganta, parotidite, braquialgia; dor
nas costas; adormecimento na mão e nos dedos.
4. Yangchi (TA4): ponto Yuan
Localização: no lado dorsal do punho, na depressão no meio da dobra dorsal do
punho, entre os tendões dos músculos extensor digital comum e extensor digital do quinto
dedo (Fig. 44).
270
Aplicação: agulhar 0,3-0,5 polegada.
Indicações: dor no punho; excesso de pêlo na mulher; boca seca; diabete melito;
malária; vômito durante a gravidez.
5. Waiguan (TAS): ponto Lo
Localização: 2 polegadas acima da dobra dorsal do punho, entre os tendões do
músculo extensor digital comum e o músculo dígito quinto-próprio (Fig. 44).
Aplicação: agulhar 0,5-1 polegada; moxa, 10-15 minutos.
Indicações: cefaléia; dor na nuca; dor no braço; adormecimento e paralisia dos
dedos; dor intercostal; zumbido; surdez.
6. Zhigou (TA6): ponto Jing, pertence ao elemento Fogo
Localização: 1 polegada acima do ponto Waiguan (TAS), entre os tendões do
músculo extensor digital comum e o músculo dígito quinto-próprio (Fig. 44).
Aplicação: agulhar 0,5-1 polegada; moxa, 10-15 minutos.
Indicações: nevralgia intercostal; constipação; dor no ombro e braço; pericardite e
pleurite.
7. Huizong (TA7): ponto Xi
Localização: no lado ulnar do Zhigou (TA6), na borda radial do músculo extensor
carpo-ulnar (Fig. 44).
Aplicação: agulhar 0,5-1 polegada; moxa, 10-15 minutos.
Indicações: dor no braço; surdez; epilepsia.
8. Sanyangluo (TAS)
Localização: 1 polegada acima do Zhigou (TA6), entre os músculos extensores
comuns dos dedos e o quinto-próprio do dedo (Fig. 44).
Aplicação: agulhar 0,5-1 polegada; moxa, 10-15 minutos.
Indicações: dor no braço; laringite; rouquidão; surdez; gota.
272
9. Sidu (TA9)
Localização: 5 polegadas distal do cotovelo, entre os músculos extensores comuns
dos dedos e extensor ulnar do carpo (Fig. 44).
Aplicação: agulhar 0,5-1 polegada; moxa, 10 minutos.
Indicações: rouquidão; laringite; tendinite; dor no antebraço.
10. Tianjing (TA10): ponto Ho, pertence ao elemento Terra; ponto de Mãe
durante a primavera e verão, e ponto de Filho no outono e inverno
Localização: na depressão acima do olécrano, na borda do tendão tríceps braquial
(Fig. 45).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,3-0,7 polegada; moxa, 10-20 minutos.
Indicações: dor no cotovelo; furunculose no braço; linfadenite; dor de cabeça e na
nuca; surdez; dor de garganta.
11. Quinglengyuan (TA11)
Localização: 2 polegadas acima do olécrano, na borda do tendão tríceps braquial
(Fig. 45).
Aplicação: igual à do ponto Tianjing (TA10).
Indicações: dor no cotovelo, braço, ombro e olhos.
12. Xiaoluo (TA12)
Localização: no ponto médio entre os pontos Quinglengyuan (TA1 1) e Naohui
(TA13) (Fig. 45).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,3-0,7 polegada; moxa, 10-20 minutos.
Indicações: dor na cabeça; dor na nuca e no braço.
13. Naohui (TA13)
Localização: no lado póstero-lateral do ombro, na borda inferior do músculo
deitóide, 3 polegadas abaixo do Jianliao (TA14) (Fig. 45).
273
Aplicação: agulhar 0,5-1 polegada; moxa, 10-15 minutos.
Indicações: bursite ou periartrite no ombro; dor no braço.
14. Jianliao (TA14)
Localização: na depressão entre o acrômico e o tubérculo maior do húmero, na
borda do tendão infra-espinhal (Fig. 45).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1 polegada; moxa, 15 minutos.
Indicações: bursite; periartrite ou tendinite no ombro.
15. Tianliao (TA15)
Localização: na fossa supra-escapular, entre Quyuan (ID13) e jianjing (VB21)
(Fig. 46).
Aplicação: agulhar 0,5-1 polegada; moxa, 10-15 minutos.
Indicações: braquialgia; dor e rigidez na nuca; dor no ombro.
16. Tianyou (TA16)
Localização: no lado posterior e inferior do processo mastóide na borda posterior
lateral do músculo esterno-elidomastóideo; entre Tianzhu (BlO) e Tianrong (ID17) (Fig. 46).
Aplicação: agulhar 0,5-1 polegada; moxa, 10-15 minutos.
Indicações: cefaléia; edema facial; dor e rigidez na nuca; surdez; trigeminalgia.
17. Yifeng (TA17)
274
Localização: na depressão póstero-inferior da orelha, entre a mandíbula e o
processo mastóide (Fig. 46).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1,5 polegada.
Indicações: surdez; zumbido; otite; paralisia facial; trigeminalgia; periartrite
têmporo-mandibular; parotidite.
18. Qimai (TA18)
Localização: atrás do lóbulo da orelha, no ponto proeminente do processo
mastóideo; onde há veia (Fig. 46).
Aplicação. agulhar para sangrar uma ou duas gotas.
Indiçações: zumbido; surdez; paralisia facial; dor de cabeça.
19. Luxi (TA19)
Localização: 1 polegada acima do Qimai (TA18) (Fig. 46).
Aplicação: agulhar para sangrar uma ou duas gotas.
Indicações: zumbido; surdez; paralisia facial; dor de cabeça.
20. Jiaosun (TA20)
Localização: o ponto encontra-se acima da borda superior do pavilhão auricular na
margem do cabelo, no ponto superior, dobrando a orelha em sentido anterior (Fig. 46).
Aplicação. agulhar, perpendicularmente, 0,1-0,2 polegada.
Indicações: orelha vermelha e inchada; gengivite; dor de dentes; pterígio.
21. Ermen (TA21)
Localização: ao abrir a boca, no centro da depressão, na frente do trago orelha
(Fig. 46).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1 polegada.
Indicações: surdez; zumbido; gtite média; gengivite; dor de dentes.
22. Holiao (TA22)
275
Localização: na região anterior da orelha, no limite póstero-inferior cabelos (Fig.
46).
Aplicação: agulhar 0,1-0,3 polegada.
Indicações: cefaléia; zumbido; conjuntivite; coma; paralisia facial.
23. Sizhukong (TA23)
Localização: na depressão lateral e superior dos cílios, acima do fim c
sobrancelhas (Fig. 46).
Aplicação: agulhar 0,3-0,5 polegada.
Indicações: qualquer problema dos olhos; enxaqueca; otalgia.
O meridiano da vesícula biliar, o Chao-Yang das pernas
Este meridiano é de natureza Yang, acoplado ao meridiano do fígado que é de
Yin. Recebe energia do meridiano do triplo-aquecedor, transmitindo-o ao meridiano do
fígado.
Em relação aos cinco elementos, é Madeira de Yang, sendo sua Mãe o meridiano
da bexiga (Água) e seu Filho o meridiano do intestino delgado (Fogo).
Possui 44 pontos de cada lado.
1. Trajetória
O meridiano da vesícula biliar começa no ângulo lateral do olho, sobe para a
região temporal, desce por trás do ouvido, ao longo do lado da nuca pela frente do meridiano
triplo-aquecedor até a fossa supra-clavicular.
Há um ramal que passa por trás e entra no ouvido, saindo pela frente da orelha no
ângulo lateral do olho. Desse mesmo ponto, sai outro ramal que desce pelo lado medial da
mandíbula, atravessa a região maxilar inferior do olho, e desce pelo pescoço até atingir a fossa
supraclavicular. A seguir, acompanhado do outro ramal, desce pelo mediastino, passa pelo
276
diafragma e liga-se com o fígado e a vesícula biliar. Saindo da vesícula biliar, desce pelo lado
lateral do abdômen e atinge a região inguinal e vira por trás, na região trocantérica.
O meridiano principal sai do ângulo lateral do olho, passa na frente da orelha pela
lateral da cabeça, e desce pela lateral do músculo trapézio na região supra-escapular. Segue
pela frente do ombro, ao lado do peito, desce pelo lado do tronco na região trocantérica,
ligando-se com o meridiano da bexiga na região da nádega. Desce pela borda lateral da coxa,
perna e pela parte ântero-lateral do tornozelo até o lado dorsal do pé, passando entre o quarto
e o quinto metatarsos no quarto dedo do pé.
Há outro ramal que se separa no lado dorsal do pé, passa entre o primeiro e o
segundo metatarsos até o lado dorsal do dedão do pé e liga-se com o meridiano do fígado
(Fig. 47).
II. Sintomatologia
1. Sintomas principais
A. Dor ao longo do trajeto do meridiano: enxaqueca (dor têmporo-oftálmica); dor
no ouvido; occipitalgia; dor na nuca; dor na axila, dor no quadril, coxa e perna.
B. No olho: perturbação da visão; conjuntivite.
C. No ouvido: vertigem; surdez.
D. Distúrbio do fígado e da vesícula biliar: icterícia; frio e febre; dor na reborda
costal; boca amarga.
E. Mental: insônia; ansiedade; irritabilidade; irascibilidade; fobia; suspiros
freqüentes.
2. Sintomas e sinais de excesso de energia: febre com sensação de frio; boca
amarga; dor na axila e margem costal; irritabilidade; icterícia; língua avermelhada;
enxaqueca.
277
3. Sintomas e sinais de depleção energética: vertigem, tontura e vômito;
perturbação da visão; insônia e tendência ao sonho; zumbido e surdez; fobia.
III. Os pontos do meridiano da vesícula biliar
1. Tongziliao (VB1)
Localização: 0,5 polegada na borda lateral do ângulo externo do olho (Fig. 48).
Aplicação: agulhar, obliquamente para a borda lateral, 0,5-0,8 polegada; moxa, 10
minutos.
Indicações: qualquer problema nos olhos; dor de cabeça; paralisia facial.
2. Tinghui (VB2)
Localização: ao abrir a boca, na fossa anterior e inferior do trago da orelha, um
pouco abaixo do ponto Tinggong (ID19) (Fig. 48).
278
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,3-1 polegada; moxa, 10 minutos.
Indicações: zumbido; surdez; otite média; dor de dentes; luxação da junta
têmporo-mandibular; paralisia facial.
3. Shangguan (VB3)
Localização: na frente do ouvido, na borda superior do arco zigomático, acima do
ponto Xiaguan (E7) (Fig. 48).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,2-0,5 polegada; moxa, 3-5 minutos.
Indicações: zumbido; surdez; paralisia facial; dor de dentes.
4. Hanyan (VB4)
Localização: 1 polegada abaixo do ponto Touwei (ES), na borda do cabelo na
região temporal (Fig. 48).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,3-0,5 polegada; moxa, 5-10 minutos.
Indicações: enxaqueca; tontura; zumbido; paralisia facial; rinite.
5. Xuanlu (VB5)
Localização: na linha entre os pontos Hanyan (VB4) e Qubin (VB7), um terço da
distância abaixo do Hanyan (VB4) (Fig. 48).
279
Aplicação: agulhar 0,2-0,3 polegada.
Indicações: enxaqueca; dor têmporo-oftálmica; dor de dentes; rinite.
6. Xuanli (VB6)
Localização: na linha entre os pontos Hanyan (VB4) e Qubin (VB7), um terço de
distância acima do ponto Qubin (VB7) (Fig. 48).
Aplicação: agulhar 0,2-0,3 polegada.
Indicações: enxaqueca; dor oftálmica; dor de dentes.
7. Qubin (VB7)
Localização: ao dobrar a orelha para baixo, no lado ântero-superior, onde a orelha
encosta na borda do cabelo (Fig. 48).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,2-0,3 polegada; moxa, 10 minutos
Indicações: enxaqueca; dor nos olhos; dor de dentes; espasmo ou inflamação do
músculo temporal.
8. Shuaigu (VB8)
Localização: ao dobrar a orelha para baixo, fica 1,5 polegada acima dela, na borda
do cabelo, onde o ponto superior da orelha encosta (Fig. 48).
Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,3-0,5 polegada; moxa, 5-10 minutos.
Indicações: dor de cabeça após beber álcool; enxaqueca; tontura; vômito.
9. Tianchong (VB9)
Localização: 0,5 polegada atrás do ponto Shuaigu (VBS), 2 polegadas acima da
borda do cabelo, acima e atrás da orelha (Fig. 48).
Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,3-0,5 polegada; moxa, 5-10 minutos.
Indicações: dor de cabeça temporal; gengivite; epilepsia.
10. Fubai (VB10)
280
Localização: 1 polegada abaixo e atrás do ponto Tianchong (VB9), atrás e acima
da orelha, na depressão, 1 polegada acima da borda do cabelo (Fig. 48).
Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,3-0,5 polegada; moxa, 10 minutos.
Indicações: zumbido; surdez; dor de dentes; dor e rigidez na nuca; amigdalite
11. Qiaoyin (VB11)
Localização: 1 polegada abaixo do Fubai (VB10) no ponto quase central entre
Fubai (VB10) e Wangu (VB12) na depressão superior e posterior do proces mastóideo (Fig.
48).
Aplicação: igual à do ponto Fubai (VB10).
Indicações: dor de cabeça e na nuca; olitedemia; zumbido, surdez; trigeminalgia;
espasmo nos membros.
12. Wangu (cabeça) (VB12)
Localização: na depressão póstero-inferior do processo mastóideo, 0,7 polegada
abaixo do ponto Qiaoyin (VB11) (Fig. 48).
Aplicação: agulhar 0,3-0,5 polegada; moxa, 10-15 minutos.
Indicações: dor de cabeça e na nuca; zumbido; dor de ouvido; dor de garganta;
amigdalite; dor de dentes; gengivite; paralisia facial; insônia; epilepsia.
13. Bensben (VB13)
Localização: acima da região frontal na borda do cabelo, 3 polegadas na lateral da
linha central (Fig. 48).
Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,3-0,5 polegada; moxa, 5-10 minutos
Indicações: dor de cabeça; tontura; vertigem; vômito; epilepsia; psicose.
14. Yangbai (VB14)
Localização: 1 polegada acima da linha da sobrancelha, perpendicular à pupila
(Fig. 48).
281
Aplicação: agulhar, perpendicular ou obliquamente, 0,2-0,5 polegada; moxa, 10
minutos.
Indicações: dor de cabeça frontal; dor nos olhos; enxaqueca; tontura; qualquer
problema nos olhos; trigeminalgia; paralisia facial.
15. Linqi (da cabeça) (VB15)
Localização: na linha vertical da pupila, 0,5 polegada acima da borda do cabelo,
no ponto médio entre Shengting (DM24) e Touwei (E8) (Fig. 48).
Aplicação: igual à do ponto Yangbai (VB14).
Indicações: tontura; zumbido; perturbação da visão; muita lacrimação; dor nos
olhos; obstrução nasal; coma; apoplexia; epilepsia.
16. Muebuang (VB16)
Localização: 1 polegada acima do ponto Linqi (VB15) (Fig. 48).
Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,3-0,5 polegada.
Indicações: dor de cabeça; problemas nos olhos; rosto inchado; obstrução nasal.
17. Zhengying (VB17)
Localização: 1 polegada atrás do Muchuang (VB 16) (Fig. 48).
Aplicação: igual à do ponto Muchuang (VB16).
Indicações: dor de cabeça; tontura; dor de dentes; labirintite.
18. Chengling (VB18)
Localização: 1,5 polegada atrás do Zhengying (VB17) (Fig. 48).
Aplicação: igual à do ponto Zhengying (VB17).
Indicações: dor de cabeça; obstrução nasal, rinite; tosse; asma; dor nos olhos;
epistaxe.
19. Naokong (VB19)
282
Localização: 1,5 polegada acima do Fengchi (VB20), na borda lateral da
protuberância occipital, atrás do ponto Chengling (VB18) (Fig. 48).
Aplicação: igual à do ponto Chengling (VB18).
Indicações: occipitalgia; vertigem; tontura; rigidez na nuca; asma; zumbido;
epistaxe.
20. Fengebi (VB20)
Localização: abaixo da borda occipital na depressão entre os músculos trapézio e
esterno-clidomastóideo, na margem do cabelo (Fig. 48).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1 polegada; moxa, 10-15 minutos.
Indicações: dor de cabeça; rigidez e dor na nuca; tontura; vertigem; zumbido;
resfriado; hipertensão; enxaqueca; insônia; apoplexia.
21. Jianjing (VB21)
Localização: no ponto eqüidistante entre o Dazhui (DM14) e o acrômio do ombro,
1 polegada acima do ponto Tianliao (TA15) (Fig. 49).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1 polegada; moxa, 10-15 minutos.
Indicações: tontura; dor e rigidez na nuca; braquialgia; mastite; paralisia no braço;
hipertiroidismo.
22. Yuanye (VB22)
Localização: 3 polegadas abaixo da borda da axila, na linha anterior da axila, no
quarto espaço intercostal (Fig. 49).
Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,3-0,5 polegada; moxa, 10 minutos.
Indicações: dor intercostal; pleurite; linfadenite axilar.
283
23. Zhejin (VB23)
Localização: 1 polegada anterior ao ponto Yuanye (VB22), no quarto espaço
intercostal (Fig. 49).
Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,3-0,5 polegada; moxa, 10 minutos.
Indicações: opressão no peito; asma; vômito; acidez na boca; rigidez nos membros
e alalia ou dislalia; parkinsonismo.
24. Riyue (VB24)
Localização: na linha do mamilo, na borda inferior da costela, 4,5 polegadas
acima do umbigo (Fig. 49).
Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,3-1 polegada; moxa, 5-10 minutos.
Indicações: dor na margem da costela; epigastralgia; acidez e vômito; distensão
abdominal; hepatite; icterícia; soluço.
284
25. Jingmen (VB25)
Localização: na linha posterior da axila, na borda anterior e inferior da ponta da
décima segunda costela, 0,5 polegada acima do umbigo (Fig. 49).
Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,3-1 polegada; moxa, 10 minutos.
Indicações: qualquer problema dos rins; dor nas costas; dor na bacia e região
inguinal; cólica intestinal; dissensão abdominal; oligúria e edema.
26. Daimai (VB26)
Localização: ao nível do umbigo, abaixo do ponto Zhangmen (F13), na
extremidade da décima primeira costela, e em cima do músculo oblíquo abdominal (Fig. 49).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1 polegada; moxa, 10 minutos.
Indicações. lombalgia; cistite; menstruação irregular.
27. Wushu (VB27)
Localização: 3 polegadas antes e abaixo do ponto Daimai (VB26), no nível da
Guanyuan (RM4) na frente da espinha ântero-superior da ilíaca (Fig. 49).
Aplicação: agulhar 0,5-1 polegada; moxa, 10 minutos.
Indicações: lombalgia; cólica abdominal; constipação; cólica urogenital;
corrimento urogenital.
28. Weidao (VB28)
Localização: 0,5 polegada abaixo do ponto Wushu (VB27), no lado ínfero-
anterior da espinha ilíaca ântero-superior (Fig. 49).
Aplicação: agulhar 0,5-1 polegada; moxa, 10 minutos.
Indicações: dor inguinal; dor lombar; enterite; ascite; apendicite.
29. Juliao (do fêmur) (VB29)
Localização: local equidistante entre o ponto mais proeminente do trocânter
femural e a espinha ilíaca ântero-superior, na borda do músculo tensor fáscia lata (Fig. 49).
285
Aplicação: agulhar 1-2 polegadas; moxa, 10-20 minutos.
Indicações: dor no quadril; na coxa e na perna; paralisia ou fraqueza na perna.
30. Huantiao (VB30)
Localização: na nádega, na linha entre o hiato da sacra e o proeminente do
trocânter maior; um terço da distância lateral na borda inferior do músculo piriforme (Fig.
49).
30. Huantiao (VB30)
Localização: na nádega, na linha entre o hiato da sacra e o proeminente do
trocânter maior; um terço da distância lateral na borda inferior do múscul piriforme (Fig. 49).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 1-2,5 polegadas; moxa, 10-30 minutos.
Indicações: dor na perna; dor no quadril; dor ciática; paralisia na perna; dc lombar
e lombossacra; hemiplegia; urticária; coceira na pele; reumatismo na perna.
31. Fengshi (VB31)
Localização: deixando-se o braço e a mão caídos paralelamente à coxa, o ponto
fica correspondente ao dedo médio, isto é, na lateral da coxa, poolegadas acima do joelho na
borda posterior do músculo fáscia lata do fêmur (Fig. 50).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1 polegada; moxa, 10-15 minutos.
286
Indicações: dor ciática; dor na coxa; fraqueza na perna; bemiplegia; dor e fraqueza
no joelho; coceira geral no corpo; adormecimento na perna.
32. Zbondu (do fêmur) (VB32)
Localização: 5 polegadas acima do joelho, na lateral da coxa, no tendão da fáscia
lata (Fig. 50).
Aplicação: igual à do ponto Fengshi (VB31).
Indicações: dor na coxa e no joelho; dor ciática.
33. Xiyangguan (VB33)
Localização: na borda lateral do joelho, 3 polegadas acima do ponto Yangling-
quan (VB34), na depressão superior do epicôndilo lateral do fêmur (Fig. 50).
Aplicação: agulhar 0,5-0,8 polegada (atenção para não penetrar a cápsula
articular); moxa, 10 minutos.
Indicação: dor no joelho.
34. Yanglingquan (VB34): ponto Ho, pertence ao elemento Terra
Localização: 1 polegada abaixo do joelho, na depressão anterior e inferior da
cabeça da fíbula, na fáscia do músculo perônco longo (Figs. 50 e 51).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1,5 polegada; moxa, 10-15 minutos.
287
Indicações: artrite ou periartrite no joelho; tendinite no joelho; dor na perna;
inchaço na perna; dor na axila; inchaço no rosto; boca amarga; vômito; vertigem; tontura;
hemiplegia; qualquer distúrbio dos tendões.
35. Yangjiao (VB35)
Localização: 7 polegadas acima do maléolo externo na borda anterior da fíbula
(Fig. 51).
Aplicação: agulhar 0,5-1 polegada; moxa, 5-10 minutos.
Indicações: asma; dor de garganta; dor no peito; dor na borda lateral da perna;
espasmo do músculo gastrocnêmio; conjuntivite.
36. Waiqiu (VB36)
Localização. 1 polegada atrás e ao mesmo nível do ponto Yangjiao (VB35), na
borda posterior da fíbula (Fig. 51).
Aplicação: igual à do ponto Yangjiao (VB35).
Indicações: dor na borda lateral da perna; espasmo do músculo gastroenêmio.
37. Guangming (VB37): ponto Lo
Localização: 5 polegadas acima do ponto mais alto do maléolo externo, na borda
anterior da fíbula (Fig. 51).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1 polegada; moxa, 5-15 minutos.
Indicações: problema nos olhos; dor na perna.
38. Yangfu (VB38): ponto Jing, pertence ao elemento Fogo; ponto de Filho
Localização. 4 polegadas acima do ponto mais alto do maléolo externo, na borda
posterior da fíbula em cima da fáscia do músculo perônco longo (Fig. 5 1).
Aplicação: igual à do ponto Guangming (VB37).
Indicações: enxaqueca; espasmo muscular; sensação de frio na região lombar.
39. Xuangzhong (VB39): ponto do grande Lo de três meridianos de Yang
288
Localização: 3 polegadas acima do ponto mais alto do maléolo externo, na
depressão entre a fíbula e os tendões perônco longo e curto (Fig. 51).
Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,3-0,5 polegada; moxa, 10-15 minutos.
Indicações: enxaqueca; torcicolo; dor e rigidez na nuca; gota; qualquer tipo de
artrite; dor no pé; torção e inchaço no tornozelo e pé; hemorróidas; epistaxe; coriza.
40. Qiuxu (VB40): ponto Yuan
Localização: no lado ântero-inferior do maléolo externo, na depressão lateral do
tendão do músculo extensor digital longo (Fig. 51).
Aplicação: agulhar 0,2-0,5 polegada.
Indicações: dor e inchaço no tornozelo; dor ao longo do trajeto deste meridiano;
pterígio.
41. Linqi (do pé) (VB41): ponto Shu, pertence ao elemento Madeira
Localização: na depressão entre o quarto e o quinto metatarsos (Pag. 51).
Aplicação: agulhar 0,3-0,5 polegada; moxa, 10 minutos.
Indicações: febre reumática; endocardite; mastite; conjuntivite; vertigem;
lombalgia; dor nas costas e no peito; zumbido.
42. Diwuhui (VB42)
Localização: entre o quarto e o quinto metatarsos atrás das articulações metatarso-
falangeais (Fig. 51).
Aplicação. igual à do ponto Linqi (VB41).
Indicações: zumbido; vertigem; dor na axila; mastite; metatarsalgia.
43. Xiaxi (VB43): ponto jing, pertence ao elemento Água; ponto de Mãe
Localização: à frente das articulações metatarso-falangeais entre o quarto e o
quinto dedos do pé (Fig. 51).
Aplicação: agulhar 0,2-0,3 polegada.
289
Indicações: zumbido; vertigem; surdez; dor no peito; dor intercostal.
44. Qiaoyin (VB44): ponto Jin, pertence ao elemento Metal
Localização: 0, 1 polegada póstero-lateral do leito ungueal do quarto dedo do pé
(Fig. 5 1).
Aplicação: agulhar, até sangrar uma ou duas gotas.
Indicações: enxaqueca; vertigem; dor nos olhos; laringite; tendência ao sonho.
O merídiano do fígado, Jue-Yin da perna
Este meridiano é de natureza Yin, acoplado ao meridiano da vesícula biliar, que é
Yang. Recebe a energia do meridiano da vesícula biliar, e a transmite ao meridiano do
pulmão.
Em relação aos cinco elementos, é Madeira, de Yin; sua Mãe é de Água (o
meridiano dos rins) e seu Filho é de Fogo (o meridiano do coração). Possui quatorze pontos
de cada lado.
I. Trajetória
Este meridiano começa no dedão do pé, pelo lado do pé entre o primeiro e o
segundo metatarsos, passando no ponto Zhongfeng (F4), 1 polegada na frente do maléolo
medial.
Cruza com o meridiano do baço-pâncreas no ponto Sanyinjiao (BP6) acima do
maléolo medial, e sobe pelo lado ântero-medial da perna na borda medial da tíbia. Segue pelo
lado mediar do joelho e coxa para a região genital externa e suprapúbica, onde se junta com o
meridiano do Ren-Mo.
Continuando sua trajetória, sobe pelo lado do abdômen, até a reborda costal,
ligando-se ao fígado e à vesícula biliar.
290
Este meridiano possui um ramal que sobe atravessando o diafragma pelo lado
posterior do tórax, esôfago, laringe; passa pela região naso-faringeal e liga-se aos olhos.
Desse ramal, sai dos olhos atingindo a região maxilar ao redor dos lábios.
O ramal do fígado passa pelo diafragma e pulmão ligando-se ao meridiano do
pulmão (Fig. 52).
II. Sintomatologia
1. Sintomas principais
A. No aparelho urogenital: dor no órgão genital externo; dor suprapúbica;
distúrbio de menstruação; doenças infecciosas nos órgãos da pélvis; ptose do útero; distúrbios
de micção.
B. No olho: conjuntivite; perturbação da visão.
C. No fígado: dor no fígado, na região da borda costal direita; hepatrofia ou
alargamento do fígado; febre; icterícia.
D. Nos tendões e fáscias: tendinite; periartrite; espondilite.
E. Na mente: irritabilidade, irascibilidade; emotividade; insônia; tendência ao
sonho; estado maníaco.
2. Sintomas e sinais de excesso de energia: dor no peito, reborda costal e
epigastral; dor nos órgãos genitais; convulsão; dor de cabeça; conjuntivite e olhos
lacrimejantes; insônia; boca amarga; irascibilidade e emotividade; dispepsia; náuseas e
vômito.
3. Sintomas e sinais de depleção energética: tontura; perturbação da visão;
zumbido; fraqueza nas costas e pernas; olhos secos.
291
III. Os Pontos do meridiano do fígado
I. Dadun(F1): Ponto Jing pertence ao elemento Madeira
Localização: 0,1 polegada acima do ângulo lateral do leito ungueal do dedão do
pé (Fig. 53).
Aplicação: agulhar para sangrar duas gotas, ou obliquamente, 0,1-0,2 polegada;
moxa no lado dorsal próximo da articulação interfalangeal.
Indicações: hemorragia pós-parto; menorragia funcional; amenorreia; ptose do
útero; dor no pênis; hipertrofia da próstata; uretrite; enurese; hérnia.
2. Xingjian (F2): ponto Ying, pertence ao elemento Fogo; ponto de Filho
Localização: entre o primeiro e o segundo dedos do pé, na frente das articulações
metatarso-falangeais (Fig. 53).
Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,3-0,5 polegada; moxa; 10 minutos.
292
Localizações: entre o primeiro e o segundo dedo do pé, na frente das articulações
metataso-falangeais.
Indicações: menorréia, menstruação irregular; dor nos órgãos genitais externos;
uretrites; enurese; hipertrofia da próstata; dor na garganta; dor na margem costal; hipertensão;
conjuntivite; insônia; epilepsia; dor ciática.
3. Taichong (F3): ponto Shu, pertence ao elemento Terra
Localizações: entre o primeiro e o segundo inetatarsos, atrás das articulações
metatarso-falangeais (Fig. 53).
Aplicação: agulhar 0,5-1 polegada; moxa, 10 minutos.
Indicações: dor de cabeça; tontura; dor na genitália externa; hipertrofia da
próstata; hérnia; dor e distenção na margem costal; distúrbio nos olhos; menorragia; mastite.
4. Zhongfeng (F4): ponto Jing, pertence ao elemento Metal
Localização: 1 polegada à frente do maléolo, na borda medial do tendão do
músculo tibial anterior acima da tuberosidade navicular (Figs. 53 e 54).
Aplicação: agulhar 0,5-1 polegada; moxa, 10 minutos.
Indicações: dor no pênis; uretrite; prostatite; hérnia; lombalgia; hepatite; dor no
tornozelo.
293
5. Ligou (F5): ponto Lo
Localização: 5 polegadas acima do maléolo medial; na b da tíbia (Fig. 54).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1 polegada; moxa, 10 minutos.
Indicações: menorragia; leucorréia; menstruação irregul espermatorréia;
impotência; dor na perna; lombalgia.
6. Zhongdu (F6): ponto Xi
Localização: 7 polegadas acima do maléolo medial, na borda póstero-medial da
tíbia (Fig. 54).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1 polegada; moxa, 10 minutos.
Indicações: menorragia; hemorragia pós-parto; dor abddominal suprapúbica;
hérnia; dor no joelho ou na perna.
7. Xiguan (F7)
Localização: no lado póstero-inferior do côndilo medial da tíbia, 1 polegada atrás
do Yinlingquan (BP9) (Fig. 54).
294
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1 polegada; moxa, 10 minutos.
Indicações: dor no joelho; periartrite; dor de garganta.
8. Ququan (F8): ponto Ho, pertence ao elemento Água; ponto de Mãe
Localização: no fim do lado medial da prega poplítea, na borda ântero-medial dos
músculos semimembranoso e semitendinoso (Fig. 54)
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1 polegada; moxa; 10 minutos.
Indicações: infecções no urogenital; ptose do útero; coceira na área genital; dor
suprapúbica; dor na região inguinal;frigidez; periartrite no joelho.
9. Yinbao (F9)
Localização: 4 polegadas acima do epicôndilo medial do fêmur, entre os músculos
sartorius e vastus medial (Fig. 55).
Aplicação: agulhar 0,5-1,5 polegada; moxa; 10-15 minutos.
Indicações: menstruação irregular; enurese noturna; dor no cóccix e no abdômen
inferior.
10. Wuli (da coxa) (F10)
Localização: 3 polegadas abaixo da região inguinal, na borda ântero-medial do
músculo adutor longo (Fig. 55).
Aplicação: agulhar 0,5-1,5 polegada; moxa, 10-15 minutos.
Indicações: distúrbio de micção; dermatite no escroto; sonolência.
11. Yinlian (F11)
295
Localização: 1 polegada abaixo da inguinal; na borda ântero-medial do ponto
inicial do músculo adutor longo (Fig. 55).
Aplicação: agulhar 0,5-1,5 polegada; moxa, 10 minutos.
Indicações: dor na coxa; menstruação irregular; esterilidade.
12. Jimai (F12)
Localização: no lado lateral e inferior do osso púbico, 2,5 polegadas lateral e 1
polegada inferior da borda superior da sínfise púbica (Fig. 55).
Aplicação: agulhar 0,5-1 polegada.
Indicações: dor genital; dor no pênis; ptose do útero; hérnia; dor na coxa medial.
13. Zhangmen (F13). ponto Mu de baço-pâncreas; Ponto Hwei das vísceras
Localização: na borda inferior do ponto final da décima primeira costela, no lado
do abdômen (Fig. 56).
Aplicação: agulhar 0,5-0,8 polegada; moxa, 10 minutos.
Indicações: inchação do baço; dissensão abdominal; cólica biliar; dor do
abdômen; borborigmo; indigestão; diarréia; magreza.
14. Quimen (F14): ponto Mu de fígado
296
Localização: na linha mamilar diretamente abaixo do mamilo, no intercostal entre
a sexta e a sétima costelas (Fig. 56).
Aplicação: agulhar 0,5 polegada; moxa, 15 minutos.
Indicações: pleurite; hepatite; dor no peito; dor na margem hipocondrial; malária.
297
6 MERIDIANOS EXTRAORDINÁRIOS
Além dos meridianos ordinários, cujos fluxos energéticos são mais perceptíveis,
há outros oito meridianos que surgem ocasionalmente. São eles: Du-Mai; Ren-Mai; Chong-
Mai; Dai-Mai; Yinchiao-Mai; Yangchiao-Mai; Yinwei-Mai; Yangwei-Mai.
Du-Mai (O merídiano do governador)
1. Trajetória
Este meridiano tem seu início no períneo, passa ao lado do ânus, chegando à
extremidade do cóccix. Sobe, então, ao longo da coluna sacral, lombar, dorsal, cervical até
atingir o crânio.
O ramal superficial sobe pela linha vertical parietal frontal até o nariz, descendo, a
seguir, pelo lado dorsal da boca.
O ramal mais profundo entra no cérebro pela nuca, saindo pelo nariz. Há ainda
outro ramal que sobe pelo períneo, passa por baixo do abdômen, ligando-se à bexiga e aos
rins (Fig. 57).
II. Sintomatologia
Du-Mai tem duas funções principais que são:
a) Governar e regular a energia de Yang do corpo;
b) Manter a resistência do corpo.
298
Quando este meridiano apresenta algum problema, haverá espasmo e rigidez até
com opistótono. Os sintomas principais são: dor nas costas; dor de cabeça; convulsão;
epilepsia; comportamento maníaco; hemorróidas; hérnia; diurese; esterilidade.
III. Os pontos do Du-Mai
1. Changquiang (DM1)
Localização: no ponto médio entre o final do cóccix e o ânus (Fig. 58).
Aplicação: agulhar, para cima, obliquamente, 0,5-1 polegada; moxa, 10-15
minutos.
Indicações: diarréia; hemorróidas; prolapso do ânus; melena; espermatorréia; dor
no cóccix.
2. Yaoshu (DM2)
Localização: na junção entre o osso sacro e o cóccix, no lado do hiato do sacro
(Fig. 59).
Aplicação: agulhar, para cima, obliquamente, 0,5-1 polegada; moxa, 10-20
minutos.
Indicações: menstruação irregular; hemorróidas; dor no sacro e cóccix;
espermatorréia; impotência.
3. Yaoyangquan (DM3)
299
Localização: na linha central da espinha da coluna; no espaço entre o espinhal dos
L4 e L5 (Fig. 59).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1 polegada; moxa, 10-15 minutos.
Indicações: lombalgia; impotência; espermatorréia; menstruação irregular
leucorréia; cólica intestinal; diarréia.
4. Mingmen (DM4)
Localização: na linha central da espinha da coluna; no espaço espinhas da segunda
e terceira vértebras lombares (Fig. 59).
Aplicação: igual ao ponto Yaoyangquan (DM3).
Indicações: dor de cabeça; zumbido; dor lombar; opistótono; espasmo das costas;
hemorróidas; diarréia crônica.
300
5. Xuanshu (DMS)
Localização: na linha central da espinha no espaço entre a primeira e segunda
vértebras lombares (Fig. 59).
Aplicação: igual ao ponto Yaoyangquan (DM3).
Indicações: dor de barriga; diarréia; prolapso do ânus; dor lombar.
6. Jizhong (DM6)
Localização: na linha central da coluna; entre o décimo primeiro e décimo
segundo processo espinhoso das vértebras dorsais (Figs. 59 e 60).
Aplicação: agulhar 0,5-1 polegada.
Indicações: hemorróidas; gripe; icterícia; dissensão abdominal; epilepsia
7. Zhongshu (DM7)
Localização: na linha central da coluna; entre o décimo e o décimo processo
espinhoso das vértebras dorsais (Fig. 60).
Aplicação: agulhar 0,5-1 polegada; moxa, 5-10 minutos.
Indicações: lombalgia; icterícia; febre; perturbações da visão.
301
8. Jinsuo (DMS)
Localização: na linha central da coluna; entre o nono e o décimo processo
espinhoso das vértebras dorsais (Fig. 60).
Aplicação: agulhar 0,5-1 polegada; moxa, 10 minutos.
Indicações: tontura; afasia; dor nas costas; gastralgia; epilepsia.
9. Zhiyang (DM9)
Localização: na linha central da coluna; entre o sétimo e o oitavo processo
espinhoso das vértebras dorsais (Fig. 60).
Aplicação: agulhar 0,5-1 polegada; moxa, 10 minutos.
Indicações: tosse; dispnéia; cpigastralgia; borborigmo; icterícia; dor nas costas;
fraqueza.
10. Lingtai (DM10)
Localização: na linha central da coluna; entre o sexto e o sétimo espinhoso das
vértebras dorsais (Fig. 60).
Aplicação: moxa, 10-15 minutos.
Indicações: gripe; tosse; asma; bronquite; dor nas costas; furunculose.
302
11. Shendao (DM11)
Localização: na linha central da coluna; entre o quinto e o sexto processo
espinhoso das vértebras dorsais (Fig. 60).
Aplicação: mexa, 10-15 minutos.
Indicações: falta de memória; tosse; convulsão; dor e rigidez nas costas;
ansiedade.
12. Shenzhu (DM12)
Localização: na linha central da coluna; entre o terceiro e o quarto processo
espinhoso das vértebras dorsais (Fig. 60).
Aplicação: agulhar 0,3-1 polegada; mexa, 10-15 minutos.
Indicações: epilepsia; insônia; dor e rigidez nas costas; epistaxe; bronquite;
tuberculose.
13. Taodao (DM13)
Localização: na linha central da coluna; entre o primeiro e o segundo processo
espinhoso das vértebras dorsais (Fig. 60).
Aplicação: agulhar 0,3-1 polegada; mexa, 10-15 minutos.
Indicações: dor e rigidez nas costas; dor de cabeça; malária; tuberculose; febre;
epilepsia.
14. Dazhui (DM14)
Localização: no ponto médio entre os processos espinhosos; sétima vértebra
cervical e primeira vértebra dorsal (Fig. 60).
Aplicação: agulhar 0,3-1 polegada; moxa, 10-15 minutos.
Indicações: febre; malária; tosse; dor e rigidez na nuca e costas; asma; gripe.
15. Yamen (DMIS)
303
Localização: na linha central da nuca, no ligamento intra-espinhos da primeira e
segunda vértebras cervicais; na borda superior do processo espinhoso da segunda vértebra
cervical (Fig. 60).
Aplicação: agulhar, para baixo, obliquamente, 0,5 polegada; cuidado para penetrar
na coluna.
Indicações: dor de cabeça; dor e rigidez na nuca; dificuldade de falar; língua
rígida; convulsão e opistátono; esquizofrenia; comportamento maníaco; rose.
16. Fengchu (DM16)
Localização: na linha centro-vertical do oecipital, na fossa inferior da
protuberância occipital (Fig. 60).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-0,8 polegada.
Indicações: dor de cabeça; occipitalgia, rigidez na nuca; comportamento maníaco;
tontura; afasia; apoplexia.
17. Naohu (DM17)
Localização: 1,5 polegada acima do Fengchu (DM 16), na borda superior da
protuberância occipital (Fig. 60).
Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,5-0,8 polegada.
Indicações: dor e rigidez na nuca; occipitalgia; tontura; epilepsia; perturbação da
visão.
18. Qiangjian (DM18)
Localização: 1,5 polegada acima do Naohu (DM17), no ponto médio Naohu
(DM17) e Houding (DM19) (Fig. 60).
Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,5-0,8 polegada.
Indicações: dor e rigidez na nuca; occipitalgia; tontura; epilepsia; perturbação da
visão.
304
19. Houding (DM19)
Localização: 1,5 polegada atrás do Baihui (DM20) (Figs. 60 e 61).
Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,5-1 polegada.
Indicações: dor de cabeça (parietal); enxaqueca; rigidez na nuca; insônia;
esquizofrenia; epilepsia.
20. Baihui (DM20)
Localização: na linha centro-vertical da cabeça; 7 polegadas acima da borda
posterior do cabelo; 5 polegadas atrás da margem anterior do cabelo (Figs. 60 e 61).
Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,3-0,5 polegada para trás.
Indicações: dor de cabeça (parietal); convulsão infantil; palpitação; A.V.C.; falta
de memória; hemorróidas; prolapso do ânus; prolapso do útero; esquizofrenia;
comportamento maníaco; epilepsia.
21. Chiending (DM21)
Localização: 1,5 polegada antes do Baihui (DM20), na linha central vertical da
cabeça (Fig. 61).
Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,3-0,5 polegada para trás.
Indicações: dor de cabeça (parietal); tontura; coriza; entupimento nasal;
convulsão; epilepsia.
22. Xinhui (DM22)
Localização: 3 polegadas antes do Baihui (DM20) (Fig. 61).
305
Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,3-0,5 polegada para trás.
Indicações: dor de cabeça; obstrução nasal; cpistaxe; convulsão infantil; epilepsia.
23. Shangxing (DM23)
Localização: na linha central vertical da cabeça; 1 polegada atrás da margem do
cabelo; 1 polegada na frente do Xinhui (DM22) (Fig. 61).
Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,3-0,5 polegada para trás.
Indicações: dor de cabeça; tontura; polipose nasal; obstrução nasal; coriza;
epistaxe; problemas nos olhos.
24. Shengting (DM24)
Localização: 0,5 polegada na frente do Shangxing (DM23) (Fig. 61).
Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,3-0,5 polegada para trás.
Indicações: dor de cabeça (frontal); tontura e vertigem; rinite; ansiedade; insônia;
palpitação; problemas nos olhos; epilepsia; opistótono.
25. Suliao (DM25)
Localização: na ponta do nariz (Fig. 61).
Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,1-0,3 polegada.
Indicações: rosácea de nariz; obstrução nasal; epistaxe; rinite.
26. Renzhong (DM26)
Localização: na linha centro-vertical, um terço da distância entre o lábio e o nariz
(Fig. 61).
Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,1-0,3 polegada.
Indicações: desmaios; coma; lombalgia; paralisia facial; distúrbio mental.
27. Duiduan (DM27)
Localização: no meio ponto do lábio superior, na junção entre a mucosa e a derme
(Fig. 61).
306
Aplicação: agulhar 0,1-0,3 polegada para cima.
Indicações: gengivite; polipose nasal; cpistaxe; mau hálito.
28. Yinjiao (DM28)
Localização: no lado inferior do lábio superior; no meio ponto entre a mucosa do
lábio e a gengiva (Fig. 61).
Aplicação: agulhar para sangrar uma a duas gotas.
Indicações: gengivite; hemorróidas; comportamento maníaco.
Ren-Mai (O meridiano da vasoconcepção)
1. Trajetória
Este meridiano começa na cavidade da pélvis, sai pelo períneo, passa pelo órgão
genital externo, na altura da sínfese púbica. Corre ao longo da linha central do abdômen, tórax
e pescoço, continuando até atingir a regiao mandibular, ao redor da boca (lábios).
Possui um ramal que, subindo pelo lado da boca, liga-se aos olhos (Fig. 62).
II. Sintomatologia
Em chinês, “Ren” significa nascer e criar. Este meridiano liga-se a todos os
meridianos de Yin. Por isso, chama-se “O mar dos meridianos de Yin”. O desequilíbrio da
energia deste meridiano se evidenciará no homem sob forma de hérnia e cólicas abdominais, e
na mulher como problemas nos órgãos genitais, leucorréia e esterilidade. Além desses, há
ainda outros tipos de problemas tais como: distúrbios de menstruação; impotência; epilepsia;
espermatorréia; infecção na uretra; aborto.
Os pontos do Ren-Mai são usados para tratamentos gastrintestinais, pulmonares e
de garganta etc.
III. Os pontos Ren-Mai
1. Huiyin (RM1)
307
Localização: na linha central do perínco; nos homens fica no meio ponto entre o
ânus e o escroto, enquanto que nas mulheres se localiza entre o ânus e a vagina.
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1 polegada; moxa, 5-10 minutos.
Indicações: hemorróidas; uretrite; distúrbios de menstruação; esperinatorréia;
coma.
2. Qugu (RM2)
Localização: na borda superior da sínfise púbica, na linha central do abdômen
(Fig. 63).
Aplicação: agulhar 0,6-2 polegadas; moxa, 10 minutos.
Indicações: impotência; espermatorréia; menstruação irregular; leucorréiá; cólica
de menstruação; inflamação dos órgãos da pélvis; distúrbios de micção; enurese noturna.
308
3. Zhongji (RM3): ponto Mu da bexiga
Localização: na linha central do abdômen; 1 polegada (um quinto da distância
entre o umbigo e a sínfise púbica) do ponto Qugu (RM2) (Fig. 63).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1,5 polegada; acima da fáscia
abdominal.
Indicações: impotência; espermatorréia; menstruação irregular; amenorréia; cólica
de menstruação; inflamação dos órgãos da pélvis; distúrbios de micção; enurese noturna;
doenças da bexiga.
4. Guanyuan (RM4): ponto Mu do intestino delgado
Localização: 3 polegadas abaixo do umbigo, na linha central do abdômen (Fig.
63).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1,5 polegada acima da fáscia
abdominal.
Indicações: impotência; distúrbio de menstruação; espermatorréia; enurese
noturna; problemas dos órgãos da pélvis; problemas do intestino delgado; dor no abdômen;
diarréia.
309
5. Shimen (RMS): ponto Mu do triplo-aquecedor
Localização: 2 polegadas abaixo do umbigo; na linha central do abdômen (Fig.
63).
Aplicação: igual à do ponto Guanyuan (RM4).
Indicações: distúrbios de menstruação; espermatorréia; problemas nos órgãos
genitais; hemorragia pós-parto; dispepsia; ascite; cólica abdominal; diurese.
6. Qihai (RM6)
Localização: 1,5 polegada abaixo do umbigo, na linha central do abdômen (Fig.
63).
Aplicação: igual à do ponto Guanyuan (RM4).
Indicações: dissensão abdominal; dor no abdômen; cólica ao redor do umbigo;
menstruação irregular; hemorragia do útero; espermatorréia; enurese; distúrbio urogenital;
lombalgia.
7. Yinjiao (do abdômen) (RM7)
Localização: 1 polegada abaixo do umbigo, na linha central do abdômen (Fig. 63).
Aplicação: igual à do ponto Guanyuan (RM4).
Indicações: qualquer problema dos órgãos genitais; menstruação irregular;
leucorréia; hemorragia pós-parto; cólica abdominal; hérnia.
8. Shenjue (RMS)
Localização: no centro do umbigo (Fig. 63).
Aplicação: colocar a moxa sobre sal ou gengibre, 10-20 minutos.
Indicações: diarréia; dor abdominal; apoplexia; prolapso anal.
9. Shuiefen (RM9)
Localização: 1 polegada acima do umbigo, na linha central do abdômen (Fig. 63).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1 polegada; moxa, 10-20 minutos.
310
Indicações: dissensão e dor abdominal; borborigmo; diarréia; edema; ascite.
10. Xiawan (RM10)
Localização: 2 polegadas acima do umbigo, na linha central do abdômen (Fig.
63).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1 polegada; moxa, 10-20 minutos.
Indicações: gastrite; enterite; dispepsia; dissensão abdominal; borborigmo;
vômito.
11. Jianli (RM11)
Localização: 3 polegadas acima do umbigo, na linha central do abdômen (Fig.
63).
Aplicação: igual à do ponto Xiawan (RM10).
Indicações: dissensão abdominal; horborigmo; dispepsia; náuseas e vômito;
peritonite; edema.
12. Zhongwan (RM12): ponto Mu do estômago
Localização: 4 polegadas acima do umbigo, na linha central do abdômen; no meio
ponto entre o processo xifóide e o umbigo (Fig. 63).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, até na fáscia do abdômen 0,5-1,5
polegada; moxa, 10-20 minutos.
Indicações: epigastralgia; dissensão abdominal; borborigmo; dor intestinal;
diarréia; regurgitação de ácido; dispepsia; vômito; icterícia.
13. Shangwan (RM13)
Localização: 5 polegadas acima do umbigo, 1 polegada acima do Zhou (RM12),
na linha central do abdômen (Fig. 63).
Aplicação: igual à do ponto Zhongwan (RM12).
311
Indicações: gastrite; úlcera péptica; dor abdominal; distensão abdominal; vômito;
diarréia; dor no coração.
14. Jujue (RM14): ponto Mu do coração
Localização: 2 polegadas acima do Zhongwan (RM12), na linha central do
abdômen (Fig. 63).
Aplicação: igual à do ponto Zhongwan (RM12).
Indicações: dor no coração; angina pectoris; acidez; vômito; dor de estômago;
distensão abdominal; palpitação; comportamento neurótico; falta de memória; hematêmese.
15. Jiuwei (RM15)
Localização: 3 polegadas acima do Zhongwan (RM12), na linha central do
abdômen (Fig. 63).
Aplicação: igual à do ponto Zhongwan (RM12).
Indicações: dor no coração; cpigastralgia; vômito; soluço; opressão no peito;
distensão abdominal; asma; hematêmese; comportamento neurótico epilepsia.
16. Zhongting (RM16)
Localização: na linha mediar do esterno, no nível do quinto espaço intercostal, 1,6
polegada abaixo do Shangzhong (RM17) (Fig. 63).
Aplicação, agulhar, obliquamente, 0,3-0,5 polegada.
Indicações: opressao no peito; dor na garganta; distensão do estômago; vômito;
regurgitação de ácido; tosse.
17. Shangzhong (RM17)
Localização: na linha medial do esterno no riível do mamilo (Fig. 63).
Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,3-1,5 polegada.
Indicações: dispnéia; asma; opressão no peito; soluço; dor no coração; tiroidite;
bronquite.
312
18. Yutang (RM18)
Localização: na linha central do esterno, no nível do espaço da terceira intercostal
(Fig. 63).
Aplicação: igual à do ponto Shangzhong (RM17).
Indicações: bronquite; asma; tosse; dor no peito.
19. Zigong (do peito) (RM19)
Localização: na linha central do esterno, no nível do segundo espaço intercostal
(Fig. 63).
Aplicação: igual à do ponto Shangzhong (RM17).
Indicações: bronquite; asma; pleurite; hemoptise; tuberculose.
20. Huagai (RM20)
Localização: na linha central do esterno, no nível da junta entre manúbio esterno e
corpo esterno (Fig. 63).
Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,3-1,5 polegada.
Indicações: dor de garganta; tosse; asma; amigdalite; opressão no peito.
21. Xuanji (RM21)
Localização: na linha central do esterno, no nível da linha da borda inferior da
clavícula (Fig. 63).
Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,3-0,5 polegada; moxa, 10-15 minutos.
313
Indicações: dor de garganta; tosse; asma; amigdalite; opressão no peito.
22. Tiantu (RM22)
Localização: no ponto central, na fossa supra-esternal; 0,5 polegada acima da
borda da incisura jugular (Figs. 63 e 64).
Aplicação: agulhar, obliquamente, para baixo do manúbrio esterno, 0,5-1,5
polegada ou perpendicularmente 0,3 polegada; moxa, 10-20 minutos.
Indicações: asma; bronquite; laringite; distúrbio das cordas vocais; amigdalite;
soluço.
23. Lianquan (RM23)
Localização: na linha central do pescoço, no meio ponto entre a cartilagem tiróide
e a borda inferior do mandibular (Fig. 64).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,3-0,5 polegada.
Indicações: laringite; laringite; estomatite; afasia; dificuldade em engolir.
24. Chengjiang (RM24)
Localização: na linha central do rosto, na depressão abaixo do lábio inferior (Fig.
64).
Aplicação: agulhar 0,3-0,5 polegada.
Indicações: paralisia facial; gengivite; inchaço no rosto; dor de dentes.
Chong-Mai (O meridiano da vitalidade)
I. Trajetória
Este meridiano tem sua origem na péivis, ligando-se, portanto, aos seus órgãos.
Seu ramal mais profundo sobe por trás da pélvis, passa pelo períneo lado das vértebras,
voltando ao peito.
314
O ramal superficial sobe pela frente do abdômen, pelo mesmo trajeto do
meridiano dos rins até a garganta, passando ao redor dos lábios (Fig. 65).
II. Sintomatologia
É um meridiano muito importante por sua função; ele controla a energia das
vísceras, especialmente a dos órgãos da pélvis.
Os sintomas principais são: mal-estar; cólica abdominal; problemas
ginecológicos.
III. Os pontos do Chong-Mai
Huiyin (RM1); Qichong (E30); Henggu (R11); Dahe (R12); Qixue (R13) Siman
(R14); Zhongzhu (do abdômen) (R15); Huangshu (R16); Shangg (R17); Shiguan (R18);
Yindu (R19); Tonggu (do abdômen) (R20); Youme (R21) (Fig. 65).
Dai-Mai (O meridiano da cintura)
I. Trajetória
Este meridiano sai da região dorso-lombar, anda obliquamente para frente acima
da bacia e abaixo do umbigo, contornando o tronco como um cinto (Fig. 66).
II. Sintomatologia
Ele faz a ligação dos meridianos Yin e Yang no meio do tronco. Os sintomas
principais são: dissensão abdominal; lombalgia e fraqueza da região lombar e das pernas;
menstruação irregular; leucorréia.
III. Os pontos do Dai-Mai
Zhangmen (F13); Daimai (VB26); Wushu (VB27); Weidao (VB28) (Fig. 66).
Yinchiao-Mai (O meridiano da motilidade de Yin)
I. Trajetória
315
Este meridiano começa atrás do osso navículo do pé, no lado inferior do maléolo
medial. Sobe pelo lado posterior do maléolo medial e pela borda póstero-medial da tíbia,
passando pelo joelho e lado medial da coxa até região genital externa.
Sobe pelo lado ântero-lateral do abdômen pelo peito; passa no supraclavicular, na
borda lateral da cartilagem tircóide, subindo pelo lado do rosto na borda do processo
zigomático e liga-se com Yangchiao-Mai (Fig. 67).
316
II. Sintomatologia
Os problemas do Yinchiao-Mai apresentam os seguintes sintomas: espasmo
muscular no lado medial da perna; epilepsia; convulsão; dor no olho, no ângulo mediar, e
conjuntivite; distúrbio motor nos membros; adormecimento nas pernas; cólica abdominal na
pélvis; dor no, quadril e genital externo; leucorréia.
III. Os pontos coalescentes
Zhaohai (R6); Jiaoxin (R8); Jingming (B1) (Fig. 67).
Yangchiao-Mai (O meridiano da motilidade de Yang)
1. Trajetória
Este meridiano começa no calcanhar, sobe pelo lado do maléolo lateral e posterior
da fíbula, massa na lateral do joelho, coxa e quadril. Sobe pelo lado do tronco do corpo até o
ombro, depois pelo lado do pescoço e rosto para o olho, liga-se com Yinchiao-Mai no ângulo
medial.
Depois sobe pelo caminho do meridiano da bexiga chegando atrás da nuca,
ligando-se com o meridiano da vesícula biliar no Fengchi (VB20) (Fig. 68).
II. Sintomatologia
Os sintomas principais deste meridiano são: espasmo muscular no lado da perna;
epilepsia; convulsão; dor nas costas e na região lombar; dor nos olhos; insônia;
adormecimento nas pernas.
III. Os pontos coalescentes
Shenmai (B62); Pushen (B61); Fuyang (BS9); Juliao (do fêmur) (VB29); Naoshu
(ID10); Jianyu (IG15); Jugu (IG16); Ditsang (E4); Juliao (E3); Chengoi (E1); Jingming (B1);
Fengchi (VB20) (Fig. 68).
318
Yinwei-Mai (O meridiano regular de Yin)
1. Trajetória
Este meridiano começa no lado medial da perna, sobe ao longo da borda medial
do joelho, e da coxa até o abdômen. Reúne-se ao meridiano do baço-pâncreas; sobe pelo lado
do peito, seguindo para o pescoço onde se une ao Ren-Mai (Fig. 69).
II. Sintomatologia
Os sintomas principais são: dor no coração; dor epigástrica; opressão na axila; dor
lombar e dor no órgão genital externo.
III. Os pontos coalescentes
Zhubin (R9); Fushe (BP13); Daheng (BP15); Fuai (BP16); Quimen (F14); Tiantu
(RM22); Lianquan (RM23) (Fig. 69).
319
Yingwei-mai (O meridiano regular de Yin)
I. Trajetória
Este meridiano começa no calcanhar e sobe passando pelo lado do maléolo
externo; ao longo do trajeto do meridiano da vesícula passa pelo quadril, ao lado do corpo, da
parte posterior da axila e do ombro. Depois, sobe pelo supra-escapular, para o pescoço até
frontal e, mudando de direção, vira para trás, seguindo o caminho do meridiano da vesícula
biliar, para o lado posterior da nuca. Comunica-se então, com Du-Mai (Fig. 70).
321
II. Sintomatologia: frio e febre.
III. Os pontos coalescentes
Jinmen (B63); Yiangjiao (VB35); Naoshu (ID10); Tianliao (TA15); (VB21);
Touwei (E8); Benshen (VB13); Yangbai (VB14); Linqi (da cabeça) (VB15); Muchuang
(VB16); Zhengying (VB17); Chengling (VB18); Naokong (VB19); Fengchi (VB20); Fengchu
(DM16); Yamen (DM15) (Fig. 70 ).
322
7 PONTOS EXTRAMERIDIANOS
Com o decorrer do tempo, os pontos extrameridianos têm aumentado. Há 120
pontos selecionados a seguir, que são os mais utilizados na clínica.
Nas regiões da cabeça e nuca
1. Si-Shen-Tsung (Ext1)
Localização: 1 polegada na frente, atrás e nos lados do ponto Baihui (DM20) (Fig.
71).
Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,1-0,3 polegada.
Indicações: cefaléia; tontura; vertigem; convulsão; distúrbio mental.
2. Jia-Shang-Xing (Ext2)
Localização: 3 polegadas nos lados do ponto Shangxing (DM23) (Fig. 71).
Aplicação: Moxa, cerca de 30 minutos ou mais.
Indicações: Polipose nasal; rinite.
3. Dang-Yang (Ext3)
Localização: na linha vertical que passa pela pupila, 1 polegada acima da borda do
couro cabeludo (Fig. 72).
323
Aplicação: agulhar 0,2-0,3 polegada; moxa, 1-3 minutos.
Indicações: enxaqueca; tontura; vertigem; resfriado; obstrução nasal; conjuntivite.
4. Er-Zhung (Ext4)
Localização: 1 polegada acima do ponto Yin-Tang (Ext5) (Fig. 72).
Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,1-0,2 polegada; moxa; 1-3 minutos.
Indicações: furunculose nas pálpebras; vômito; frontal; paralisia facial.
5. Yin-Tang (Ext5)
Localização: no meio da linha entre as sobrancelhas (Fig. 72).
Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,1-0,2 polegada; moxa; 1-2 minutos.
Indicações: cefaléia frontal; tontura; vertigem; problema do nariz e dos olhos;
insônia; hipertensão; convulsão infantil.
324
6. Shan-Quen (Ext6)
Localização: No meio da linha que liga as comissuras internas dos olhos (Fig. 72).
Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,1-0,2 polegada.
Indicações: enxaqueca; tontura; visão perturbada.
7. Tou-Kuang-Min (Ext7)
Localização: na linha vertical que passa pela pupila, na borda superior da
sobrancelha (Fig. 72).
Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,1-0,3 polegada.
Indicações: miopia; inflamação nas pálpebras; paralisia dos músculos orbiculares;
enxaqueca.
8. Yu-Yao (Ext8)
Localização: na linha vertical que passa pela pupila, na depressão mediana da
sobrancelha (Fig. 72).
Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,1-0,3 polegada.
Indicações: pterígio; conjuntivite; furunculose nas pálpebras; paralisia facial;
paralisia dos músculos orbiculares.
9. Yu-Wei (Ext9)
Localização: no lado externo, 0,1 polegada das comissuras externas dos olhos
(Fig. 73).
Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,1-0,3 polegada.
Indicações: problema nos olhos; paralisia facial; enxaqueca.
325
10. Chiu-Hou (Ext10)
Localização: na pálpebra inferior, abaixo dos olhos, na borda da margem infra-
orbital das comissuras externas, a 1/4 de distância das comissuras externas dos olhos (Fig.
73).
Aplicação: agulhar, pela borda infra-orbital, 0,5-1,5 polegada.
Indicação: qualquer problema nos olhos.
11. Jien-Min (Ext11)
Localização: 0,4 polegada abaixo do ponto Jingming (B1), na borda medial da
margem infra-orbital (Fig. 73).
Aplicação: ao longo da borda da margem infra-orbital; agulhar, na direção do lado
inferior e medial do olho, 0,5-1,5 polegada.
Indicações: catarata; atrofia do nervo ótico; rinite; estrabismo; inflamação da
glândula lacrimal.
12. Tai-Yang (Ext12)
Localização: na depressão, 1 polegada atrás do espaço entre a extremidade externa
da sobrancelha e as comissuras externas dos olhos (Figs. 72 e 74).
Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,5-1 polegada, ou agulhar para sangrar uma a
duas gotas.
Indicações: cofaléia; doenças nos olhos.
13. Er-Jian (Ext13)
Localização: dobrando a orelha para a frente, o ponto fica na parte mais saliente
do pavilhão auricular (Fig. 74).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,1-0,2 polegada.
Indicações: enxaqueca; tracoma; pterígio.
326
14. Lung-Xue (Ext14)
Localização: no meio do ponto da linha que liga o ponto Tinggong (ID19) ponto
Ermen (TA21) (Fig. 74).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,1-0,2 polegada.
Indicação: surdez.
15. Hou-Ting-Hwei (Ext15)
Localização: na depressão póstero-inferior do pavilhão auricular, 0,5 polegada
acima do ponto Yifeng (TA17) (Figs. 74 e 75).
Aplicação: agulhar, obliquamente, no sentido ântero-inferior, 1,5-2 polegada
Indicações: zumbido; surdez.
16. Yi-Ming (Ext16)
Localização: na borda inferior do processo mastóide, 1 polegada atrás ponto
Yifeng (TA17) (Figs. 74 e 75).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1 polegada.
Indicações: miopia; hipermetropia; catarata; insônia.
17. Shang-Ying-Hsiang (Ext17)
Localização: 0,5 polegada abaixo das comissuras internas dos olhos (Fig. 74).
Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,3-0,5 polegada.
327
Indicações: rinite alérgica, atrófica ou hipertrófica; sinusite; polipose nasal.
18. Jian-Bi (Ext18)
Localização: na zona de transição entre o osso e a cartilagem nasal (Fig. 74).
Aplicação: agulhar 0,2-0,3 polegada.
Indicações: rinite alérgica, atrófica; polipose nasal.
19. Bi-Tung (Ext19)
Localização: no lado do nariz, o ponto fica no ponto final superior da linha
nasolabial (Fig. 74).
Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,3-0,6 polegada, no sentido súpero-medial.
Indicações: rinite; obstrução nasal; ulceração do nariz.
20. San-Xiao (Ext20)
Localização: no lado inferior externo do ponto Yingxiang (IG20) (Fig. 74).
Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,3-0,5 polegada.
Indicações: rinite; obstrução nasal; paralisia facial ou espasmo facial.
21. Ti-Hou (Ext21)
Localização: no plano sagital, o ponto mais saliente do queixo (Fig. 74).
Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,2-0,3 polegada.
328
Indicações: dor nos dentes da arcada inferior; inchaço na face; paralisia facial.
22. Jinjing-Yuye (Ext22)
Localização. ao dobrar a língua para cima, em cima da veia na ponta lateral dos
feixes venosos. O ponto da direita chama-se Yuye e o da esquerda Jinjing (Fig. 76).
Aplicação: agulhar, para sangrar.
Indicações: ulceração na boca ou língua; estomatite; amigdalite; laringite; voz
rouca.
23. Shan-Lian-Chuan (Ext23)
Localização: 1 polegada acima do processo da cartilagem tiróide, acima do osso
hióide (Fig. 76).
Aplicação: agulhar, obliquamente, em direção à base da língua, 1-2 polegadas.
Indicações. excesso de salivação; laringite aguda ou crônica; afasia; mudez.
24. Wai-Jinjing-Yuye (Ext24)
Localização: com a cabeça esticada, fica a 1 polegada acima da cartilagem
cricóide e 0,3 polegada da linha central (Fig. 76).
Aplicação: agulhar, obliquamente, na direção da raiz da língua, 1-2 polegadas.
Indicações: excesso de salivação; estomatite; aploplexia e afasia; mudez.
25. Luo-Jing (Ext25)
Localização: na borda lateral do músculo esterno-clidomastóideo. Na oprção 1/3
superior (Fig. 76).
329
Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,5-1 polegada.
Indicações: torcicolo; espondilite cervical.
26. Xing-Shi (Ext26)
Localização: 1,5 polegada lateralmente à linha mediana, no nível da borda inferior
do processo espinhoso do C3 (Fig. 77).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1 polegada.
Indicações: torcicolo; espondilose cervical; faringite; cefaléia; occipitalgia; dor na
região escapular.
27. Bai-Lao (Ext27)
Localização: no nível, 2 polegadas acima do ponto Dazhui (DM14), 1 polegada ao
lado da linha medial (Fig. 77).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1 polegada.
Indicações: tosse; torcicolo; dor e rigidez no pescoço; torção ou trauma na nuca;
calor pós-parto no corpo.
28. Tsung-Gu (Ext28)
Localização: abaixo do processo espinhoso do C6 (Fig. 77).
Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,5-1 polegada; moxa; 5-10 minutos.
Indicações: resfriado; malária; dor no pescoço; tuberculose pulmonar; bronquite;
epilepsia; ânsia de vômito.
330
29. Chian-Cheng (Ext29)
Localização: 0,5 polegada inferior e 1 polegada anterior do lóbulo auricular (Fig.
74).
Aplicação: agulhar, obliquamente, para a frente, 0,3-0,5 polegada.
Indicações: paralisia facial; estomatite.
30. An-Min-1 (Ext30)
Localização: no meio da linha que liga os pontos Yifeng (TA17) e Yi-Ming
(Ext16) (Fig. 75).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1,5 polegada.
Indicações: insônia; enxaqueca; esquizofrenia.
31. An-Min-2 (Ext31)
Localização: no meio da linha que liga os pontos Fengchi (VB20) e Yi-Ming (Ext
16) (Fig. 75).
Aplicação: agulhar 0,5-1 polegada.
Indicações. insônia; ansiedade; intranqüilidade; palpitação; esquizofrenia.
32. Xing-Feng (Ext32)
Localização: na região súpero-posterior do processo mastóide, 0,5 polegada acima
do ponto An-Min-I (Ext30) (Fig. 75).
331
Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,5-1 polegada.
Indicação: muito sono.
Na região tóraco-abdomínal
33. Chi-Xue (Ext33)
Localização: 1 polegada do ponto Xuanji (RM21) lateralmente (Fig. 78).
Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,5-1 polegada.
Indicações: asma; tosse; pleurite; neuralgia intercostal.
34. Tan-Chuan (Ext34)
Localização: 1,8 polegada no lado lateral do ponto Yingchung (E16) (Fig. 78).
Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,5-1 polegada.
Indicações: bronquite crônica; asma; enfisema.
35. Tsouyi e Youyi (Ext35)
Localização: 1 polegada lateralmente do ponto Rugen (E18); no lado esquerdo
chama-se Tsouyi, e no lado direito Youyi (Fig. 78).
Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,5-1 polegada.
Indicações: mastite; pleurite; neuralgia intercostal.
332
36. Mei-Hua (Ext36)
Localização. o ponto Zhongwan (RM12), 0,5 polegada acima e abaixo dos pontos
Yindu (R19), totalizando cinco pontos (Fig. 78).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 1-2 polegadas.
Indicações: gastrite; úlcera péptica; indigestão; dispepsia; falta de apetite.
37. Shi-Tsang (Ext37)
Localização: 3 polegadas do ponto Zhongwan (RM12), lateralmente (Fig. 78).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 1-2 polegadas.
Indicações: gastrite; úlcera; dispepsia; impotência; menorragia.
38. Shi-Kuan (Ext38)
Localização: 1 polegada lateralmente do ponto Jianli (RM11) (Fig. 78).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 1-2 polegadas.
Indicações: gastrite; indigestão; soluço; enterite.
39. Wai-Si-Man (Ext39)
Localização: 1 polegada do ponto Siman (R14), lateralmente (Fig. 78).
Aplicação: moxa, 5-20 minutos.
Indicação: distúrbios de menstruação.
40. Jue-Yun (Ext40)
Localização: 0,3 polegada abaixo do ponto Shimen (RM5) (Fig. 78).
Aplicação: moxa, 5-20 minutos.
Indicações: esterilidade; diarréia.
41. Yi-Jing (Ext41)
Localização: 1 polegada lateralmente do ponto Guanyuan (RM4) (Fig. 78).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 1-2 polegadas, em cima da fáscia do
músculo abdominal.
333
Indicações: espermatorréia; ejaculação precoce; impotência; eczema ou dermatite
no escroto.
42. Wei-Bao (Ext42)
Localização: No lado ínfero-medial da espinha ântero-superior do ilíaco, 6
polegadas lateralmente do ponto Guanyuan (RM4) (Fig. 79).
Aplicação: agulhar, obliquamente, 2-3 polegadas, ao longo da linha inguinal.
Indicação: prolapso uterino.
43. Chang-Yi (Ext43)
Localização: 2,5 polegadas do ponto Zhongji (RM3), lateralmente (Fig. 78).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 1-2 polegadas.
Indicação: constipação; leucorréia; irregularidade menstrual; orquite; dor no pênis.
44. Tsi-Kung (Ext44)
Localização: 3 polegadas do ponto Zhongji (RM3), lateralmente (Fig. 79).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 1-2 polegadas.
Indicações: prolapso uterino; distúrbio menstrual; endometriose; esterilidal.
45. Ti-Tuo (Ext45)
Localização: 4 polegadas do ponto Guanyuan (RM4), lateralmente (Fig. 9).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,8-1 polegada.
334
Indicações: prolapso uterino; dor no baixo ventre; hérnia.
46. Tsung-jian (Ext46)
Localização: 3 polegadas do ponto Qugu (RM2), lateralmente (Fig. 78).
Aplicação. agulhar, perpendicularmente, 1-2 polegadas.
Indicação. prolapso uterino.
47. Heng-Wen (Ext47)
Localização: 0,5 polegada medialmente do ponto Daheng (BP15) (Fig. 78).
Aplicação: moxa, 5-20 minutos.
Indicações: excesso de transpiração; fraqueza nas pernas.
Na região dorso-lombar
48. Chuan-Xi (Ext48)
Localização: 1 polegada lateral do ponto Dazhui (DM14) (Fig. 80).
Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,5-1 polegada.
Indicações: asma; alergia.
49. Ting-Chuan (Ext49)
Localização: 0,5 polegada lateral do ponto Dazhui (DM14) (Fig. 80).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 1 polegada.
335
Indicações: asma; bronquite; fraqueza nos membros superiores.
50. Wai-Ting-Chuan (Ext50)
Localização: 1,5 polegada lateral do ponto Dazhui (DM14) (Fig. 80).
Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,5-1 polegada.
Indicações: asma; bronquite.
51. Ba-Hua (Ext51)
Localização: delimita-se 1/4 de distância intermamilar, descrevendo-se um
triângulo equilátero e colocando-se o ponto Dazhui (DM14) como ápice do triângulo, os
outros dois ângulos correspondem aos pontos; a seguir, coloca-se o ápice do triângulo no
ponto médio entre os dois primeiros pontos, e os dois ângulos corresponderão a dois outros
pontos; repete-se a seqüência mais duas vezes, até completar oito pontos (Fig. 81).
Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,5-1 polegada.
Indicações: asma; bronquite; tuberculose pulmonar; fraqueza; suor noturno;
artralgia.
52. Zhu-Tse (Ext52)
Localização: 0,5 polegada lateralmente da linha mediana, no nível da borda
inferior do processo espinhoso do T3 (Fig. 80).
Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,5-1 polegada.
336
Indicações: pneumonia; bronquite; lombalgia; dor torácica e abdominal resistente
ao tratamento.
53. Ju-Jue-Shu (Ext53)
Localização: na depressão abaixo do processo espinhoso do T4 (Fig. 80).
Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,5-1 polegada.
Indicações: bronquite; asma; cardiopatia; neurastenia; nevralgia intercostal.
54. Wei-Re-Xue (Ext54)
Localização: 0,5 polegada lateralmente da linha mediana, no nível da borda
inferior do processo espinhoso do T4 (Fig. 80).
Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,5-1 polegada.
Indicações: doenças gástricas; dor de dentes.
55. Zhong-Chuan (Ext55)
Localização: 0,5 polegada lateralmente da linha mediana, no nível da borda
inferior do processo espinhoso do TS (Fig. 80).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1 polegada.
Indicações: asma; bronquite; dorsalgia; dor no peito.
56. Pi-Re-Xue (Ext56)
Localização: 0,5 polegada lateralmente da linha mediana, no nível da borda
inferior do processo espinhoso do T6 (Fig. 80).
337
Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,5-1 polegada.
Indicações: indigestão; esplenomegalia; panercatite.
57. Shen-Re-Xue (Ext57)
Localização: 0,5 polegada lateralmente da linha mediana, no nível da borda
inferior do processo espinhoso do T7 (Fig. 80).
Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,5-1 polegada.
Indicações: nefrite; infecção das vias urinarias.
58. Chi-Chuan (Ext58)
Localização: 2 polegadas lateralmente ao processo espinhoso do T7 (Fig. 80).
Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,5-1 polegada.
Indicações: asma; bronquite; pleurite; palpitação.
59. Kuei-Yang-Xue (Ext59)
Localização: 6 polegadas lateralmente da linha mediana, no nível da borda
inferior do processo espinhoso do T12 (Figs. 80 e 82).
Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,3-0,5 polegada.
Indicações: úlcera gástrica; úlcera duodenal.
60. Pi-Gen (Ext60)
Localização: 3,5 polegadas lateralmente da linha mediana, no nível inferior do
processo espinhoso do L1 (Figs. 80 e 82).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 1-1,5 polegada.
Indicações: hepato-esplenomegalia; gastrite; enterite; lombalgia.
61. Xue-Chou (Ext61)
Localização: no processo espinhoso do L2, entre os pontos Xuanshu (DM5) e
Mingmen (DM4) (Fig. 82).
Aplicação: moxa, 5-10 minutos.
338
Indicações: melena; hemoptise; hematêmese.
62. Ji-Ju-Pi-Kuai (Ext62)
Localização: 4 polegadas lateralmente da linha mediana, no nível da borda
inferior do processo espinhoso do L2 (Fig. 82).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 1-1,5 polegada.
Indicações: hepato-espienomegalia; edema dos ovários; enterite; indigestão.
63. Wei-Xu (Ext63)
Localização: na borda inferior da décima segunda costela dorsal, lateralmente ao
músculo cílio-espinhal no nível de L2 (Fig. 82).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 1-2,5 polegada.
Indicações: dor gástrica; espasmo gástrico.
64. Yao-Yi (Ext64)
Localização: 3 polegadas lateralmente da linha mediana, no nível inferior do
processo espinhoso do L4 (Fig. 82).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 1,5-2 polegada.
Indicação: lombalgia.
65. Yao-Yian (Ext65)
Localização: 3,8 polegadas lateralmente da linha mediana, no nível da borda
inferior do processo espinhoso do L4 (Fig. 82).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 1,5-2 polegadas.
Indicações: lombalgia; orquite; doenças ginecológicas.
66. Chong-Kung (Ext66)
Localização: 3,5 polegadas lateralmente da linha mediana, no nível da borda
inferior do processo espinhoso do LS (Fig. 82).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 1,5-2 polegadas.
339
Indicação: lombalgia.
67. Jiu-Ji (Ext67)
Localização: na depressão abaixo do processo espinhoso do S1 (Fig. 82).
Aplicação: moxa, 5-10 minutos.
Indicação: menorragia.
68. Tun-Zhung (Ext68)
Localização: traça-se uma linha ligando o trocânter maior ao tubérculo isquiático;
toma-se essa linha como base para um triângulo equilátero cujo ápice é o ponto (Fig. 82).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 2-3 polegadas.
Indicações: dor ciática; fraqueza dos membros inferiroes; seqüela de paralisia
infantil; alergia; frio nos pés.
69. Huan-Zhung (Ext69)
Localização: ponto médio entre a linha que liga os pontos Yaoshu (DM2) e
Huantiao (VB30) (Fig. 82).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 2-3 polegadas.
340
Indicações: dor ciática; lombalgia; dor na perna.
70. Hua-Tuo-Jia-Ji-Xue (Ext 70)
Localização: 0,5 polegada lateralmente da linha mediana, no nível da borda
inferior do processo espinhoso do T1 e L5, totalizando dezessete pares de pontos (Fig. 83).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 1 polegada; dependendo da patologia
pode-se aplicar em vários pontos ao mesmo tempo ou alternadamente.
Indicações: tuberculose pulmonar; asma; problemas nos sistemas intestinal,
vesículo-hepático, urinário e de reprodução; neurastenia; lombalgia; fraqueza.
71. Tsuo-Gu (Ext71)
Localização: 1 polegada abaixo do ponto médio da linha que liga o trocânter
maior à ponta do cóccix (Fig. 82).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 2-3 polegadas.
Indicação: dor ciática.
72. Shi-Chi-Zui-Xia (Ext72)
Localização: na linha mediana do processo espinhoso, entre as vértebras L5 e S1
(Fig. 82).
341
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,3-0,7 polegada; moxa, 10-20 minutos.
Indicações: lombalgia; dor ciática; problemas dos órgãos péivicos.
Na região dos membros superiores
73. Shi-Xuan (Ext73)
Localização: na ponta dos dedos da mão com 0,1 polegada de distância da unha
(Fig. 84).
Aplicação: agulhar para sangrar.
Indicações: desmaio; insolação; convulsão infantil; histeria; ataque epilético.
74. Jiu-Tien-Feng (Ext74)
Localização: no ponto médio da prega distal do dedo médio da mão (Fig. 84).
Aplicação: moxa, 5-10 minutos.
Indicação: vitiligo.
75. Si-Fung (Ext75)
Localização: ponto médio da prega proximal do segundo, terceiro, quarto e quinto
quilodáctilos (Fig. 84).
Aplicação: agulhar, superficialmente; faz-se pequena compressão no orifício até a
saída de líquido amarelo e transparente.
Indicação: indigestivo infantil; tosse.
76. Shou-Zhong-Ping (Ext76)
Localização: no ponto médio da prega metacarpo falangeana do dedo médio da
mão (Fig. 84).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 2-3 polegadas.
Indicação: orofaringite.
77. Ya-Tung (Ext77)
342
Localização: na face palmar, 1 polegada proximal da terceira e quarta pregas
metacarpo-falangeanas (Fig. 84).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5 polegada.
Indicação: dor de dentes.
78. Shang-Houxi (Ext78)
Localização: o ponto situa-se entre os pontos Houxi (ID3) e Wangu (ID4) (Fig.
84).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 1-1,5 polegada.
Indicações. mudez; hipoacusia.
79. Ta-Gu-Kung (Ext79)
Localização: na face dorsal da parte média da articulação interfalageal do polegar
(Fig. 84).
Aplicação: moxa, 5-10 minutos.
Indicação: doenças oculares.
80. Zhong-Kuei (Ext80)
Localização: na face dorsal do dedo médio, no meio da articulação
interfalangeana distal (Fig. 84).
Aplicação: moxa, 5-10 minutos.
Indicações: dor de dentes; soluço; inapetência; dor no estômago; vitiligo.
81. Ba-Xie (Ext81)
Localização: na face dorsal da mão, entre as cabeças dos metacarpos, quatro
pontos de cada lado (Fig. 84).
Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,5-1 polegada; ou agulhar superficialmente
para sangrar.
343
Indicações: artrite na mão; inchaço no dorso da mão; dormência; cefaléia; dor de
dentes; picadas de cobra.
82. Luo-Jen (Ext82)
Localização: no dorso da mão, 0,5 polegada proximal da articulação metacarpo-
falangeana do segundo e terceiro quilodáctilos (Fig. 84).
Aplicação: agulhar, oblíqua ou perpendicularmente 0,5-1 polegada.
Indicações: torcicolo; dor no ombro e braço; dor no estômago; dor na garganta.
83. Wai-Lao-Kung (Ext83)
Localização: no dorso e lado ulnar do terceiro metacarpo, no ponto médio da linha
que liga o meio da prega transversal do metacarpo (Fig. 84).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,3-0,5 polegada.
Indicações: formigamento na mão; paralisia do braço; edema; dor na face dorsal
da mão; indigestão.
84. Er-Bai (Ext84)
Localização: 4 polegadas proximais do ponto médio da prega do punho, em um
opnto situado entre os dois tendões; o outro ponto situa-se fora do tendão no seu lado radial
(Fig. 85).
Aplicação: agulhar 0,5-1 polegada.
Indicações: hemorróidas; prolapso anal; dor no antebraço.
85. Tsun-Pin (Ext85)
Localização: 1 polegada proximal e radial do ponto médio da prega do punho
(Fig. 85).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1 polegada.
Indicações: estado de choque; fraqueza.
86. Neu-Shang-Xue (Ext86)
344
Localização: com o cotovelo ligeiramente flexionado, a mão semifechada e com a
palma virada medialmente, o ponto de encontro entre ¼ e ¾ da linha que liga os pontos Quchi
(IG11) e Yangchi (TA4) (Fig. 85).
Aplicação: agulhar, 1,2 polegada, com estímulo forte; e simultaneamente pede-se
que o paciente mova a região lombar.
Indicação: torção aguda na região lombar.
87. Bei-Zhong (Ext87)
Localização. no ponto médio da linha que liga os opntos médios da prega do
punho e cotovelo, entre os dois ossos do antebraço (Fig. 85).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, transfixando todo o antebraço até o
tecido subcutâneo do outro lado.
345
Indicações: fraqueza nos membros superiores; espasmo; dor no antebraço;
histeria.
88. Ze-Chian (Ext88)
Localização: 1 polegada abaixo do ponto P5 na direção do dedo médio da mão
(Fig. 85).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 1-1 polegada.
Indicações: hipertireoidismo; formigamento nos membros superiores; dor no
antebraço; contratura do braço.
89. Jian-San-Jen (Ext89)
Localização: são três pontos, o ponto Jianyu (IG15) e os pontos da face anterior
do ombro, 1 polegada acima do final da prega axilar, na face posterior, 1,5 polegada acima do
final da prega axilar.
Aplicação: agulhar, perpendicularmente ou transfixando os pontos anterior e
posterior, 1-2 polegadas.
Indicações: dor no ombro; fraqueza e dormência nos mebros superiores;
dificuldade para levantar o braço.
90. Jian-Shu (Ext90)
Localização: no ponto médio da linha que liga os pontos Yunmen (P2) e Jianyu
(IG15) (Fig. 85).
Aplicação: agulhar 1-1,5 polegada.
Indicações: dor nos ombros e braços.
91. Zhu-Pei (Ext91)
Localização: entre as fibras do músculo deitóide, 2 olegadas abaixo do ponto Tai-
Jian (Ext92) (Fig. 85).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1,5 olegada.
346
Indicações: periartrite nos ombros; seqüela de paralisia infantil.
92. Tai-Jian (Ext92)
Localização: no lado ântero-lateral dos ombros, entre as fibras do músculo
deitóide, 1,5 polegada abaixo do processo acrômio.
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1 polegada.
Indicações: periartrite nos ombros; seqüela de paralisia infantil.
Na região dos membros inferiores
93. Chien-Hou-Yinju (Ext93)
Localização: na planta do pé, 0,5 polegada na frente e atrás do ponto Yongguan
(R1) (Fig. 86).
Aplicação: agulhar 0,3-0,5 polegada.
Indicações: furunculose na perna; espasmo no ombro inferior; dor na planta da
parte posterior do pé; palpitação; hipertensão arterial; convulsão infantil.
94. Tsu-Xin (Ext94)
Localização: 1 polegada atrás do ponto Yongguan (R1) (Fig. 86).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1 polegada.
Indicações: menorragia; cefaléia; espasmo do músculo gastrogênico.
95. Shih-Min (Ext95)
Localização: no ponto médio da planta do calcanhar (Fig. 86).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,2-0,3 polegada.
347
Indicações: insônia; dor na planta do pé.
96. Ba-Feng (Ext96)
Localização: entre as cabeças dos metatarsos no lado dorsal do pé; quatro pontos
de cada lado (Fig. 87).
Aplicação: agulhar, oblíqua ou superficialmente, 0,5-1 polegada; deixar sangrar.
Indicações: cefaléia; dor de dentes; menstruação irregular; malária; edema no
dorso do pé; picadas de cobras.
97. Nui-Shi (Ext97)
Localização: na parte posterior do pé, no meio do calcânco (Fig. 87).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,2-0,3 polegada.
Indicações: gengivite; abscesso dentário.
98. Nao-Ching (Ext98)
Localização: dois dedos acima do ponto Jiexi (E41) na borda externa da tíbia (Fig.
8 9).
Aplicação: agulhar, pependicularmente, 0,5-0,8 polegada.
Indicações: sonolência; tontura; falta de memória; seqüela de paralisia infantil (pé
eqüino).
99. Jiu-Wai-Fan (Ext99)
Localização: 1 polegada medial do ponto Chengshai (B57) (Fig. 89).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,8-1,5 polegada.
348
Indicação: seqüela de paralisia infantil com inversão do pé.
100. Jiu-Nei-Fan (Ext100)
Localização: 1 polegada lateral do ponto Chengshai (B57) (Fig. 89).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1,5 polegada.
Indicação: seqüela de poliomielite com inversão do pé.
101. Jing-Xia (Ext101)
Localização: 3 polegadas acima do ponto Jiexi (E41) e 1 polegada lateral da borda
externa da tíbia (Fig. 89).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1,5 polegada.
Indicações: seqüela de poliomielite com pé eqüino; paralisia dos membros
inferiores.
102. Wan-Li (Ext102)
Localização: 0,5 polegada abaixo do ponto Zusanli (E36) (Fig. 90).
Aplicação: agulhar 0,2-0,3 polegada.
Indicação: doenças dos olhos.
103. Lau-Wei (Ext103)
Localização: 2 polegadas abaixo do ponto Zusanli (E36) (Fig. 90).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,2-0,3 polegada.
Indicações: apendicite aguda e crônica; falta de forçça para elevar a perna.
349
104. Chi-Yen (Ext104)
Localização: nas fossas laterais do tendão da patela, abaixo da borda inferior da
patela (Fig. 90).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,7-1 polegada, ou agulhar até o ponto
do lado oposto.
350
Indicações: tendinite ou artrite no joelho; tensdinite da patela (síndrome de
jumper’s knee).
105. Chi-Xia (Ext105)
Localização: no ponto médio acima do tendão da patela, abaixo da borda inferior
da patela (Fig. 90).
Aplicação: moxa, 5-10 minutos.
Indicações: dor lombar; dor na tíbia; espasmo do músculo gastrogênico.
106. Dan-Nang-Dien (Ext106)
Localização: 1 dedo abaixo do ponto Yangquan (VB34) (Fig. 89).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente5 2-3 polegada.
Indicações: colecistite aguda e crônica; litíase renal; vermes no ducto biliar.
107. Ling-Hou (Ext107)
Localização: na depressão atrás da cabeça da fíbula (Fig. 89).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 2-3 polegadas.
Indicações: paralisia dos membros inferiores; artrite do joelho.
108. Her-Ting (Ext108)
Localização: com o joelho flexionado, depressão da borda superior da patela (Fig.
90).
Aplicação: agulhar, perpendicular ou obliquamente, 0,5-1 polegada.
Indicações: dor na articulação do joelho; paralisia dos membros inferiores;
fraqueza nas pernas.
109. Ling-Xia (Ext109)
Localização: 2 polegadas abaixo do ponto Yanglingquan (VB34) (Fig. 89).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 1-2 polegadas.
Indicações: surdez; colecistite; vermes nas vias biliares.
351
110. Chien-Feng-Shi (Ext110)
Localização: 2 polegadas antes do ponto Fengshi (VB31) (Fig. 89).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 1-3 polegadas.
Indicações: paralisia dos membros inferiores; sem força para elevar a perna.
111. Shang-Feng-Xi (Ext111)
Localização: 2 polegadas acima do ponto Fengshi (VB31) (Fig. 89).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 1-2 polegadas.
Indicações: ciatalgia; seqüela de poliomielites.
112. Shen-Xi (Ext112)
Localização: 1 polegada abaixo do ponto Futu (E32) (Fig. 89).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 1,5-2 polegadas.
Indicação: diabetes.
113. Bai-Chong-Wo (Ext113)
Localização: 1 polegada acima do ponto Xuehai (BP10) (Fig. 89).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 2-3 polegadas.
Indicações: alergia; reumatismo.
114. Yin-Wei-1 (Ext114)
Localização: 1 polegada do ponto final; lateral da prega poplítea, no lado do
tendão bíceps femural (Fig. 89).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 3-4 polegadas.
Indicações: distúrbios mentais; histeria.
115. Yin-Wei-2 (Ext115)
Localização: 2 polegadas acima do ponto final; lateral da prega poplítea no lado
do músculo bíceps femural (Fig. 89).
Aplicação: igual à do ponto Yin-Wei-1 (Ext114)
352
Indicações: iguais à do ponto Yin-Wei-1 (Ext114)
116. Yin-Wei-3 (Ext116)
Localização: 3 polegadas acima do ponto final; lateral da prega poplítea, no lado
do músculo bíceps femural (Fig. 89).
Aplicação: igual à do ponto Yin-Wei-1 (Ext114).
Indicações: iguais à do ponto Yin-Wei-1 (Ext114).
117. Si-Lien (Ext117)
Localização: 4 polegadas acima do ponto final; lateral da prega poplítea, no lado
do músculo bíceps femural (Fig. 89).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 3-4 polegadas.
Indicação: distúrbios mentais.
118. Wu-Ling (Ext118)
Localização: 5 polegadas acima do ponto final; lateral da prega poplítea, no lado
do músculo bíceps femural (Fig. 89).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 3-4 polegadas.
Indicação: distúrbios mentais.
119. Ling-Bao (Ext119)
Localização: 6 polegadas acima do ponto final; lateral da prega poplítea, no lado
do músculo bíceps femural (Fig. 89).
Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 3-4 polegadas.
353
Indicação: distúrbios mentais.
120. Xin-Jian (Ext120)
Localização: no meio da linha que liga o trocânter maior à espinha ilíaca ântero-
superior (Fig. 91).
Aplicação: agulhar 0,5-1 polegada.
Indicações: dor e paralisia das pernas.
354
8 PONTOS ONDE NÃO SE DEVEM APLICAR AGULHAS OU MOXIBUSTÃO
Os antigos tratados sobre Acupuntura alertam-nos para a existência de
determinados pontos proibidos ao uso de agulhas ou moxa. Os estudos científicos modernos
confirmam estas afirmações, mas nem todos os mecanismos funcionais relacionados a esse
fato são conhecidos.
De maneira geral, a não-utilização de agulha ou moxa em determinados pontos
obedece aos seguintes critérios:
1. Quando, na região subjacente ao ponto, há órgãos ou vísceras que podem ser
lesados. Exemplos: Shangzhong (RM17); Fengchu (DM16); Yamen (DM15) são pontos
proibidos à aplicação profunda de agulhas. Xinhui (DM22), em crianças pequenas, não admite
o uso de agulhas.
2. Em pontos suscetíveis a inflamação. Exemplo: Shenjue (RM8) no umbigo.
3. Quando existem artérias no local do ponto não é recomendável o uso de agulha,
pois podem ocorrer lesões.
4. Não aplicar moxa nos pontos da face, pois pode deixar cicatrizes.
5. Não é recomendável o uso de moxibustão nos pontos localizados nas
articulações, pois a cicatriz deixada pela moxa pode interferir nos movimentos articulares.
Exemplos: Weishu (B21) no joelho, Chize (P5) no cotovelo.
Na realidade, o uso desses pontos vai depender diretamente da técnica de
aplicação e dos instrumentos utilizados. Atualmente, é comum o uso da agulha cilíndrica que,
355
por ser muito fina, pode ser aplicada nos pontos proibidos. Também nos pontos vedados à
moxa usam-se técnicas que, não lesando a pele, permitem a aplicação do tratamento.
Os pontos onde não se deve aplicar agulhas ou moxibustão descritos pelos antigos
livros chineses são os seguintes:
1. Pontos proibidos para agulhar: Shangzhong (RM17) e Shenjue (RM8).
2. Pontos proibidos para agulhar profundamente: Fengchu (DM16); Yamen
(DM15); Tiantu (RM22); Jingming (B1); Jianjing (VB21); Jiuwei (RM15); Rugen (E18);
Xinhui (DM22).
3. Pontos proibidos para moxibustão: Fengchu (DM16); Yamen (DM15); Tianzhu
(B10); Jingming (B1); Zanzhu (B2); Ermen (TA21); Yingxiang (IG20); Holiao (IG19);
Jinjing-Yuye (Ext22); Touwei (E8); Tai-Yang (Ext12); Xiaguan (E7); Jianzhen (ID9); Xinsi
Zhongchong (PC9); Shaoze (ID1); Lieque (P7); Yuji (P10); Chize (P5); Yinbai (BP1);
Yinlingquan (BP9); Weizhong (B54); Chengfu (b36).
4. Evitar excesso de moxibustão: Baihui (DM20) e pontos localizados na face.
5. Evitar agulhar profundamente os pontos localizados na região dorso-lombar, na
coluna vertebral e na região torácica.
356
9 AURICULOTERAPIA
Existem relações fisiológicas entre o pavilhão auricular e diversas partes do corpo.
Quando um órgão, ou parte do corpo, apresenta algum problema patológico, surgirá uma
alteração de sensibilidade ou de eletrocondutibilidade em determinado ponto reflexo do
pavilhão auricular.
A Auriculoterapia é uma técnica terapêutica de estimulação no ponto reflexo no
pavilhão auricular para curar a doença.
A Auriculoterapia possui as vantagens de apresentar poucos efeitos colaterais,
além de ter aplicação ampla e manipulação simples.
Anatomia do pavilhão auiícular
O pavilhão auricular é composto principalmente por um tecido de cartilagem
elástica, alguns tecidos adiposos e linfáticos e é recoberto, externamente, pela cútis. Na região
da hipoderme há uma rede rica em nervos, vasos sanguíneos e linfáticos.
O centro do pavilhão denomina-se Hélice, e a parte da Hélice que entra na
depressão do pavilhão chama-se Cruz da Hélice. Na parte superior externa do pavilhão há
uma saliência chamada Tuberosidade da Hélice (ou tubérculo de Darwin); a parte que liga
com o lóbulo auricular denomina-se Cauda da Hélice.
A Anti-hélice é uma parte proeminente que se situa medial e paralelamente à
Hélice, na porção superior A Anti-hélice bifurca-se, originando dois ramais. O ramo superior
357
da bifurcação chama-se pedículo superior da Anti-hélice, e o ramo inferior da bifurcação
chama-se pedículo inferior da Anti-hélice.
A região entre os dois ramais é chamada de Fossa Triangular, e a depressão
longitudinal que se situa entre a Hélice e a Anti-hélice denomina-se Escafa.
Na frente do orifício do Conduto Auditivo há uma saliência chamada Trago. A
depressão entre a parte superior do Trago e a Cruz da Hélice é denominada Estreito
Supratrágico. A porção saliente oposta ao Trago chama-se Antitrago, e a depressão entre o
Antitrago e a Hélice chama-se Estreito de Trago Hélice. A depressão entre o Trago e o
Antitrago denomina-se Incisura intertrago; a depressão no lado interno da Ani Cruz da Hélice
divide a Concha em duas partes: a superior e a inferior.
O orifício do conduto auditivo localiza-se na parte inferior.
Distribuição dos pontos na orelha
A distribuição dos pontos na orelha segue geral, o lóbulo auricular corresponde à
cabeça e a Escafa ao membro superior, a periferia da inferior, a parte superior da Concha ao
tórax, Fossa Triangular à pélvis, o Antitrago e a base endócrina. Essa divisão facilita a
localização dos pontos reflexos.
Os pontos descobertos mais recentemente nem sempre seguem esta ordem de
distribuição (Fig. 92).
A. Zona dos membros superiores
Os problemas dos membros superiores se refletem na área Escafa.
Dedos - na parte superior da Escafa.
Pulso - no nível da Tuberosidade da Hélice.
Cotovelo - no nível da borda superior da perna inferior da Anti-hélice.
Ombro - no nível do Estreito Supratrágico.
358
Articulação do ombro - no nível da borda inferior da Cruz da Hélice.
Clavícula - no nível do conduto auditivo externo.
B. Zona dos membros inferiores
Os problemas dos membros inferiores se refletem no ramo superior e inferior da
Anti-hélice.
Dedos - na parte superior da perna superior da Anti-hélice.
Tornozelo - na parte inferior da perna superior da Anti-hélice, perto da Fossa
Triangular.
Joelho - na parte inferior da perna superior da Anti-hélice no nível da borda
superior da perna inferior da Anti-hélice.
Nádega - no meio da borda superior da perna inferior da Anti-hélice.
Nervo ciático - na parte anterior da perna inferior da Anti-hélice.
C. Zona do tronco
Os problemas da coluna vertebral, tórax e Abdomem se refletem na borda da
Anti-hélice.
Coluna lombossacral - no nível da borda inferior da perna inferior da Anti-hélice.
Coluna torácica - no nível da linha perpendicular da Anti-hélice.
Coluna cervical - na borda inferior da Anti-hélice.
Abdômen - na Anti-hélice, mais ou menos no nível da perna inferior da Anti-
hélice.
Tórax - na Anti-hélice, no nível do Estreito Suptratrágico.
Pescoço - na região de transição entre a Anti-hélice e a depressão do Antitrago.
DISTRIBUIÇÃO DOS PONTOS AURICULARES
1) Plato inferior
359
2) Plato superior
3) Língua
4) Maxilar
5) Mandibular
6) Olho
7) Ouvido interno
9) Amígdala
9) Face e malar
10) Anestesia dentária
11) Parótida
12) Asma
13) Testículos
14) Cérebro
15) Occípito
16) Testa
17) TAI-YANG
18) Parietal
19) Dermo inferior
20) Ponto da excitação
21) Clavicular
22) Dedos da mão
23) Articulação da mão
24) Ombro
25) Cotovelo
26) Pulso
360
27) Ponto de nefrite
28) Ponto de apêndice
29) Ponto de urticária
30) Vértebra cervical
31) Vértebra sacral
32) Vértebra torácica
33) Vértebra lombar
34) Nuca
35) Torácico
36) Abdômen
37) Abdômen externo
38) Ponto de calor
39) Tiróide
40) Glândula mamária
41) Apêndice
42) Ponto lombar
43) Dedos do pé
44) Calcanhar
45) Tornozelo
46) Joelho
47) Quadril
48) Joelho
49) Nádega
50) Nervo vegetativo
51) Nervo ciático
361
52) Utero
53) SHEN-MEN
54) Pélvis
55) Ponto de baixar pressão
56) Ponto de asma
57) Coxa
58) Constipação
59) Hepatite
60) Boca
61) Estômago
62) Esôfago
63) Cárdia
64) Duodeno
65) Intestino delgado
66) Intestino grosso
67) Apêndice
68) Diafragma
69) Centro da orelha
70) Bexiga
71) Rins
72) Ureter
73) Próstata
74) Fígado
75) Pâncreas e vesícula
76) Panercatite
362
77) Ascite
78) Dipsomania
79) Coração
80) Baço
81) Pulmão
82) Brônquios
83) Tubérculos
84) Bronquicetasia
85) Traquéia
86) Cirrose
87) Heparomegalia
88) Triplo-aquecedor
89) Área de hepatite
90) Ponto de novo olho
91) Nariz interno
92) Garganta
93) Supra-renal
94) Trago
95) Nariz externo
96) Ponto da sede
97) Ponto da fome
98) Hipertensão
99) Purificação
100) Endócrino
101) Ovário
363
102) Olho 1
103) Olho 2
104) Hipotensão
105) Ouvido externo
106) Ponto cardíaco
107) Tronco cerebral
108) Palato mole
109) Ponto de dor de dentes
110) Genitália externa
111) Uretra
112) Recto inferior
113) Ânus
114) Ponto superior da orelha
115) Hemorróidas
116) Amígdala 1
117) Amígdala 2
118) Amígdala 3
119) YANG do Fígado(l)
120) YANG do Fígado(2)
121) Hélice 1
122) Hélice 2
123) Hélice 3
124) Hélice 4
125) Hélice 5
126) Hélice 6
364
127) Tiróide
128) Costa superior
129) Costa média
130) Costa inferior
D. Zona da cabeça e face
Os problemas da face e dos órgãos dos sentidos se refletem no Lóbulo Auricular é
no Trago.
Na região Lóbulo Auficular
Olho - no meio do Lóbulo Auricular.
Maxilar, mandíbula, bochecha e testa - na parte externa do Lóbulo Auricular.
365
Anestesia para extração dentária - parte ântero-superior do Lóbulo Auricular.
Olho 1 - ântero-inferior da Incisura Intertrago.
Olho 2 - póstero-inferior da Incisura Intertrago.
Na borda do Antitrago
Tronco cerebral - na transição entre Antitrago e Antélice, o ponto também é
chamado ponto de vertigem.
Ponto cerebral - no meio da parte externa da borda superior do Antitrago.
Ponto de asma - no meio da borda superior do Antitrago.
Frontal - na borda lateral, póstero-superior do Antitrago.
Tai-Yang - entre os pontos frontal e occipital, no lado externo do Trago.
Córtex - no lado interno do Antitrago.
No Trago
Aurícula externa - na depressão próxima à frente do Estreito Supratrágico.
Nariz - no meio da parte externa do Trago.
Faringe - parede interna do Trago em frente ao orifício do conduto auditivo
externo.
Nariz interno - parede interna do Trago abaixo do ponto da faringe.
E. Zona da cavidade torácica e abdominal
As doenças cardíacas e pulmonares se refletem, na maioria das vezes, na
Cavidade Conchada, e as do aparelho digestivo na Cruz da Hélice.
Os pontos dessa zona:
Coração - no fundo da depressão da parte superior da Concha.
Pulmão - parede anterior, superior e inferior da parte superior da Concha.
Boca - parede posterior do orifício do conduto auditivo externo.
Esôfago - no lado interno da porção inferior da Cruz da Hélice.
366
Estômago - região em torno da porção terminal da Cruz da Hélice que possui
forma de ferradura.
Intestino delgado - no lado externo da porção superior da Cruz da Hélice.
Intestino grosso - no lado interno da porção superior da Cruz da Hélice.
Intestino reto e ânus - fica na Hélice no mesmo nível do ponto do intestino grosso.
Fígado - situa-se na parte posterior da zona do estômago; é uma área estreita e
comprida.
Baço - um meio inferior da região do fígado da orelha esquerda (só na esquerda).
Pâncreas e vesícula biliar – na parte inferior lateral da parte inferior da Concha,
sendo que na orelha esquerda reflete o pâncreas e na direita a vesícula biliar.
Rins - na parte média superior da parte inferior da Concha.
Bexiga - na parte superior interna da parte inferior da Concha.
Uretra - na Hélice, no mesmo nível da Bexiga.
F. Zona da cavidade pélvica
Os órgãos reprodutores situados na cavidade Fossa Triangular.
Os pontos são:
Pélvis - no ponto da bifurcação dos ramos da Anti-hélice.
Útero - na Fossa Triangular, no meio do lado da Hélice.
Simpático - na região de transição entre a borda superior da perna inferior da
Antélice e a borda interna da Hélice.
Genitália externa - na Hélice, no nível da perna inferior da Anti-hélice.
G. Zona do sistema endocrinológico
As doenças do sistema endocrinológico têm pontos reflexos na base da Incisura
Intertragos.
Hipófise - parede interna do Antitrago, face interna da zona do subcórtex.
367
Tiróide ou Paratiróide - face interna da hipófise.
Ovários e Testículos - parede interna do Antitrago, perto da Incisura Intertrago.
Supra-renal - uma saliência abaixo do Trago.
Pin-Tien - uma saliência no Trago.
Funções dos pontos auxiculares
O conhecimento no campo da Auriculoterapia está se expandindo e enriquecendo
através da observação e experiências clíncias. Sabemos que os pontos da orelha são
semelhantes aos do corpo e, como estes, têm suas próprias funções.
Citaremos a seguir os pontos e suas funções:
Coração - Função tranqüilizante, é também usado nas afecções cardiovasculares.
“O coração governa a mente”, portanto, esse ponto é usado em casos de neurastenia; doenças
mentais; disfunção cardiovascular; elevação da pressão; estados de choque; glossite; faringite.
Utiliza-se em algumas doenças hematológicas.
Fígado - Melhora a função do fígado, vesícula biliar, estômago e visão. Esse
ponto trata principalmente da hepatite, aguda e crônica; colistite; inflamação dos olhos;
anemia; ferropriva; doenças dos sistemas digestivo e ginecológico.
Baço - Fortalece a energia do baço-pâncreas e trata especialmente das doenaçs do
sistema digestivo. “O baço governa o sangue”, portanto, este ponto é utilizado no caso de
hemorragia; anemia; doenças hematológicas. “O pâncreas governa os músculos”, por isso,
este ponto também é indicado para equilibrar a função muscular; prolapso retal; ptose dos
órgãos; diarréias crônicas.
Pulmão – Trata, principalmente, das doenças respiratórias. “O pulmão governa a
superfície do corpo.” Ponto indicado para o tratam,ento de resfriado; sudorese; doenças
dermatológicas. Usa-se também para anestesiar em incisão de pele.
368
Rins - Tonifica a energia geral do corpo. Fortalece a coluna lombar e tonifica a
medula óssea. Melhora a visão e a audição. Trata, principalmente, de doenças do sistema
urinário e de reprodução. “Os rins governam os cabelos”, portanto, é um ponto indicado para
casos de calvície ou de alopecia.
Subcórtex - Controla a função do córtex cerebral, tendo um desempenho
analgésico, antiinflamatório e tranqüilizante. Trata de doenças causadas pelos distúrbios das
funções do córtex cerebral. É também usado nas vasculites, ptose gástrica e ptose uterina.
Occipital - Freqüentemente utilizado nas doenças do sistema nervoso e nas
irritações da meninge; estados de cheque; alergia; analgesia e hemostasia. Cérebro e hipófise -
Nanismo; acromegalia; incontinência urinária; hemorragia uterina disfuncional.
Endócrino - Doenças do sistema endócrino: alergias; reumatismo; disfunções
ginecológicas e obstétricas; casos de diabete e determinadas doenças dermatológicas.
Supra-renal - Controla os vasos sanguíneos; estado de choque; infecção;
reumatismo; alergia; hipotensão arterial; vasculite; hemorragia; tosse e asma; febre.
Simpático - Doenças provocadas por distúrbios do sistema nervoso autônomo;
analgesia dos órgãos e vísceras internas; dilatação vascular; angina pectoris; arritmia cardíaca;
extra-sístole; sudorese. Ponto importante na anestesia para cirurgias torácica e abdominal.
Shenmen - Tranqüilizante; Analgésico; antiinflamatório; indicado para doenças
neurológicas e mentais. É ponto para anestesia e analgesias.
Utero - Pelviperitonite; hemorragia disfuncional; distúrbio menstrual; leucorréia;
impotência sexual; orquite; para acelerar o trabalho de parto.
Sanjiao - Moderador das dores provocadas pela mucosa intestinal; peritônio e
pericárdio; tem também função diurética e antiinflamatória.
Pâncreas - Pancreatite; indigestão; diabetes e enxaqueca.
369
Asma - Regula o centro respiratório; antialérgico; asma; opressão no peito;
coceira alérgica.
Novo olho - Problemas dos olhos e visão.
Medula 1 e 2 - Atrofia muscular; paralisia infantil e polineurite.
Nervo occipital menor - Ação tranqüilizante e analgésica; espasmo dos vasos
cerebrais; seqüela de trauma craniano; enxaqueca; tontura.
Ponto de tonificação - Muito sono; nicturia.
Ponto de orelha - Febre em caso de inflamação; analgésico; abaixa a pressão
arterial; hipertensivo; coma hepática.
Ponto de Trago - Agulhar ou sangrar o ponto; abaixa a febre; ação analgésica e
antiinflamatória.
Fígado Yang 1 e 2 - Hipertensão arterial; cefaléia; hepatite crônica.
Hélice 1 a 6 - Antiinflamatório; febre; antiedema; abaixa a hipertensão arterial; no
tratamento da amigdalite e da hipertensão arterial; sangrar o ponto.
Póstero-auricular superior e inferior - Analgesia; lombalgia; doenças
dermatológicas; reumatismo; ponto de anestesia na cirurgia torácica.
Ponto de labirinto - Tranqüilizante; analgesia; sudorese; taquicardia.
Raiz auricular superior e inferior - Analgesia; nicturia; diminuição de audição;
miopia.
Métodos de localização dos pontos na orelha
Para localizar o ponto reflexo na orelha, é preciso procurar com minúcia. Cada
pessoa tem um formato de orelha diferente. Assim o ponto reflexo varia de indivíduo para
indivíduo de acordo com o tipo de doença apresentado. Na área clínica, não é possível
localizar os pontos com base somente na consulta ao mapa de Auriculoterapia; deve-se aliar a
370
estes outros procedimentos, como o exame dos pontos dolorosos à pressão digital ou o uso de
aparelhos eletrônicos. Os pontos dolorosos apresentam, geralmente, menor resistência e,
quando agulhados, dão bons resultados terapêutica.
1. Método de compressão
É o mais utilizado atualmente. Depois da anamnese, faz-se um exame em que se
usa este método. Consiste em se pressionar, com a ajuda de um bastão ou palito de fósforo,
regiões correspondentes. Ao se achar o ponto reflexo, o paciente sentirá dor.
Durante a manipulação, a força a ser aplicada deve ser leve, lenta e da mesma
intensidade. As vezes pode ocorrer formação de bolhas ou haver alteração da cor da
pigmentação no local do ponto reflexo. Em alguns pacientes não é possível localizar o ponto
reflexo. Nesse caso, pode-se massagear a orelha, recomeçando novamente o exame.
Se mesmo assim o ponto reflexo não for encontrado, deve-se aguardar um pouco e
recomeçar o exame. Se ainda assim não se achar o ponto relfexo, então, o melhor será
selecionar os pontos na região correspondente à doença.
2. Método de condutibilidade elétrica
Sabe-se que os pontos reflexos apresentam características de resistência elétrica
baixa ou de boa condutibilidade. Há um aparelho eletrônico, o tester, construído
especialmente para localizar os pontos reflexos. Sua utilização é vantajosa, pois é preciso e de
fácil manipulação. Durante o exame o paciente deve segurar um dos pólos, enquanto o outro,
em forma de bastão, é utilizado para a localização dos pontos reflexos.
3. Método de inspeção
Em muitos pacientes foram observadas alterações nos pontos reflexos da orelha,
tais como: mudança de coloração da pele; descamação; bolhas; ponto hipercrônico; hiperemia
etc. Essas mudanças observadas muitas vezes auxiliam no diagnóstico da doença e na
localização dos pontos reflexos.
371
Comentaremos, a seguir, os fenômenos observados mais comumente:
A. Coloração esbranquiçada em forma de ponto ou placa, uma depressão ou
saliência, formação de vesícula esbranquiçada com brilho, são freqüentemente observadas nos
pacientes com inflamação crônica.
B. Coloração esbranquiçada, depressão, saliência ou vesícula esbranquiçada e sem
brilho, geralmente indicam distúrbio orgânico crônico.
C. Congestão ou eritema em ponto ou placa, vesícula avermelhada ou com halos
avermelhados e brilho, são observadas em pacientes com inflamações agudas.
D. Presença de nódulos ou coloração escura redondinha ou em placa é observada
em pacientes com tumor.
E. Descamações são observadas nas doenças dermatológicas e nos distúrbios
digestivos e metabólicos.
Às vezes, em indivíduos normais, observam-se esses fenômenos no pavilhão
auricular. No entanto, se pressionarmos esses pontos com o bastão e não houver reação
dolorosa ou hipersensibilidade, pode-se concluir que não se trata de pontos reflexos.
Técnica da aplicação
Após um diagnóstico minucioso, e escolhida a zona reflexa onde deverá ser feita a
aplicação, procede-se à assepsia com álcool. Usa-se, entao, uma agulha esterilizada de
número 30-34. Agulhar, perpendicularmente ou obliquamente, evitando-se transfixar a
cartilagem auricular, o que pode causar traumas e infecções desnecessárias. Depois de
agulhar, o paciente pode ter a sensação de dor, calor, compressão e formigamento.
A sensação comum é de dor, porém não muito forte. As agulhas permanecem na
orelha por 10-30 minutos. Nesse período de tempo, pode-se estimular os pontos girando as
agulhas, ou então utilizando um aparelho eletrônico especialmente projetado para essa
372
finalidade. Ao mesmo tempo, o paciente pode movimentar o local afetado; isso tende a
proporcionar melhores resultados.
Em geral, quanto maior o tempo de permanência das agulhas, mais duradouro será
o efeito da aplicação; tudo isso depende da indicação patológica do paciente. Nas doenças
crônicas, o tempo de permanência das agulhas pode variar de uma a duas horas; existe a
possibilidade de se deixar uma agulha intradérmica no ponto.
Na Auriculoterapia é importante introduzir a agulha com certa rapidez, pois a
distribuição nervosa é abundante e nos pontos reflexos apresenta-se mais sensível. Além
disso, introduzindo a agulha rapidamente, evita-se ou diminui-se a dor e o medo do paciente.
O intervalo entre duas aplicações depende do tipo de doença; nas doenças agudas,
ou de excesso energético, pode-se fazer de uma a duas aplicações por dia; nas crônicas ou de
deficiência, é recomendável uma aplicação diária ou a cada dois dias.
O tratamento é feito em séries de aplicações, sendo que cada série corresponde de
cinco a dez aplicações. Após o término de uma série, recomenda-se um intervalo de uma
semana para observação, dependendo do resultado obtido.
Observações e cuidados
1. Tomar o máximo cuidado com a assepsia para se evitar uma possível infecção.
No caso de haver alguma ferida no local, recomenda-se evitar a aplicação.
2. Evitar toda e qualquer aplicação no período compreendido entre o segundo e o
sétimo mês de gestação, em gestantes com um histórico de abortos freqüentes; evitar,
especialmente, os pontos correspondentes ao útero, ovário, sistema endócrino, subcórtex, para
não correr riscos de aborto ou parto prematuro.
3. Durante a aplicação, se o paciente apresentar tontura, mal-estar, sudorese, frio
nos membros, deve-se interromper o tratamento.
373
4. Se o paciente for nervoso e apresentar cansaço ou fraqueza, é conveniente fazer
as aplicações na posição deitada.
5. A Auriculoterapia também tem seus limites. Assim, às vezes, para se obter os
resulatdos desejados é necessário que o tratamento seja associado a outros métodos.
374
10 APLICAÇÕES ATRAVÉS DA ACUPUNTURA
Aplicação de agulhas
Este método consiste, basicamente, na utilização e aplicação de agulhas especiais
(geralmente fabricadas com diferentes tipos de metais) em pontos específicos do corpo, com o
objetivo de, através de determinadas técnicas, estimulá-los e, assim, sensibilizar o plexo
nervoso, provocando várias respostas terapêuticas.
A. Tipos de agulhas
Na história antiga da Acupuntura chinesa já se conheciam e utilizavam cerca de
nove tipos diferentes de agulhas. Atualmente julgamos serem três os tipos mais importantes e
úteis para a prática médica.
1. Agulhas cilíndricas
Estas agulhas são bastante delgadas e apresentam a ponta arredondada. São
fabricadas em diversos tipos de metal: liga de aço e ouro (geralmente em torno de 14 ql), aço
e prata ou aço inoxidável. Seu diâmetro vem numerado, geralmente de 26 a 32, sendo que
quanto maior o número, maior o diâmetro e vice-versa. Seus comprimentos são variados (Fig.
93a).
2. Agulhas cortantes
Estas agulhas apresentam a ponta lanceolada semelhante à figura geométrica de
um losango. Via de regra, elas têm um diâmetro maior que os das agulhas cilíndricas mas,
como estas, apresentam comprimentos variáveis (Fig. 93b).
375
3. Agulhas epidérmicas São subdivididas em:
- Agulhas em forma de flor de ameixa; com cinco pontas (Fig. 93d).
- Agulhas de sete estrelas; com sete pontas (Fig. 93d).
- Agulhas intradérmicas (Fig. 93c).
B. Posição do paciente
O paciente deve estar numa posição adequada, que lhe permita um bom e
prolongado relaxamento, para se evitar um possível lipotímio ou hipotensão, facilitando-se,
assim, a atuação do acupunturis maior precisão suas técnicas de aplicação; além para se obter
resultados satisfatórios.
Normalmente, utilizamos seis tipos de posições para o paciente:
a) decúbito dorsal;
b) decúbito lateral;
c) decúbito ventral;
d) posição sentada, com o tronco em semiflexão anterior e a fronte sobre um
apoio;
e) posição sentada, com o tronco ereto e o dorso apoiado sobre o encosto da
cadeira;
f) posição sentada, com o tronco ligeiramente inclinado paa trás sobre um apoio e
a nuca apoiada sobre um encosto.
376
C. Direção da agulha
A direção e o posicionamento da agulha dependerão da localização do ponto das
diferentes patologias, como também do objetivo que se deseja atingir para se obter o êxito
terapêutica (Fig. 94).
As mais utilizadas são:
1. Perpendicularmente: fazendo ângulo de 90º com a superfície cutânea.
2. Obliquamente: fazendo ângulo de 30 a 60º com a superfície cutânea.
3. Horizontalmente: fazendo ângulo de 10 a 20º com a superfície cutânea.
D. Profundidade da aplicação
A profundidade da aplicação está na dependência de dievrsos fatores:
1. O nível de profundidade dos pontos varia em função da localização dos
diversos pontos.
2. Intensidade da sensibilização necessária.
3. Constituição física, isto é, em pacientes obesos deve-se aprofundar mais do que
em pacientes magros e vice-versa.
4. Fator idade, ou seja, em idosos e crianças a profundidade da aplicação deverá
ser mais superficial.
5. Fator sexo: no sexo masculino, em relação ao sexo feminino, o nível da
profundidade deverá ser maior.
377
6. Estado geral do paciente: quanto melhor o estado geral do paciente, mais
profunda deverá ser a aplicação e vice-versa.
7. Tipo de síndrome. de acordo com a teoria da medicina chinesa, são divididas
em quatro critérios que são: Yin-Yang; Calor-Frio; Superficial-Profunda; Excesso-Deficiência
(de energia).
Doenças por depleção energética e Síndrome do Calor necessitam de menor
intensidade de estímulo, ao contrário das doenças por excesso energético ou Síndrome do
Frio, que necessitam de maior intensidade.
E. Técnicas de aplicação
Tradicionalmente, as técnicas de aplicação são divididas em vários tipos. Cada um
deles recebe nomes diferentes. Contudo, recentemente, com base nos resultados de vários
estudos e estatísticas científicas, foram simplificados em apenas cinco tipos de técnicas:
1. Após determinar a direção da agulha, realiza-se a aplicação introduzindo-a na
epiderme rapidamente num único movimento; ela deve ser aprofundada lentamente até atingir
o nível da profundidade adequada para se obter a estimulação necessária. A seguir, realizam-
se movimentos repetidos de vaivém, aprofundando e aliviando a profundidade da agulha, mas
sem retirá-la.
2. A segunda técnica consiste em realizar movimentos de rotação da agulha,
depois de se ter atingido o ponto.
3. A terceira consiste em realizar as duas técnicas anteriores concomitantemente;
assim, haverá movimentos de aprofundamento de diminuição da pressão da agulha,
associados a movimentos de rotação da mesma.
4. Depois de a agulha ter atingido o ponto, deve-se fixá-la com os dedos da mão
esquerda; com a outra mão, apóia-se o polegar sobre o terminal da agulha e faz-se
movimentos repetidos de raspagem com o indicador sobre sua haste.
378
5. Eletroestimulação: essa técnica requer a utilização de vários tipos de correntes
elétricas; usa-se uma pinça especial conectada em uma das extremidades do fio, pinçando-o à
haste da agulha. Essa técnica recebe o nome de eletroacupuntura.
F. Técnicas para tonificação e dispersão energética
De acordo com a teoria da medicina chinesa, as doenças foram divididas em
diferentes síndromes e estas subdivididas em dois grupos:
a) por depleção energética;
b) por excesso energético.
De acordo com essa teoria, com base em estudos científicos, o princípio do
tratamento baseia-se na necessidade de dispersar ou tonificar determiando meridiano,
dependendo de ele estar apresentando excesso ou deficiência energética; com isso, consegue-
se manter o equilíbrio entre dois meridianos e, conseqüentemente, a cura da doença. A doença
é o resultado de um desequilíbrio energético entre os meridianos em questão.
As técnicas para a realização do tratamento dividem-se em vários tipos; porém,
com base em pesquisas recentes, estabeleceram-se quatro tipos de técnicas consideradas úteis
e importantes na prática médica:
1. Velocidade da aplicação
a) Aplicar e aprofundar a agulha rapidamente, em um ´nico movimento, com
posterior retirada lenta e suave. Essa técnica é usada para tonificação do meridiano.
b) Aplicar e aprofundar a agulha lentamente, com opsterior retirada rápida. Essa
técnica é usada para se conseguir a dispersão energética.
2. Intensidade da aplicação
a) Leve: utilizada para tonificar.
b) Moderada: quando se quer dispersar e tonificar levemente detemriando
meridiano.
379
c) Forte: utilizada para dispersar.
3. Direção da agulha
De acordo com as teorias dos meridianos, todo meridiano possui o sentido de seu
fluxo energético. Assim sendo, se aplicamros, tonificando, a energia deste meridiano, e se
aplicarmos a agulha em sentido contrário a seu fluxo, estaremos provocando a dispersão
energética do meridiano.
4. Duração da permanência da agulha
Para tonificar o meridiano, a agulha deverá ser retirada logo após a estimulação do
ponto.
Para a dispersão energética do meridiano, a agulha deverá permanecer por um
período variável de tempo, sendo que, durante este período, devem-se realizar estimulações
periódicas.
G. Aplicação de agulhas cortantes
Estas agulhas têm a ponta em forma triangular ou losangular, com as bordas
cortantes, sendo que as mais usadas são as de nº 26-28.
Elas apresentam duas aplicações:
1. Perfuração única: consiste em provocar, com o uso da agulha, um ponto
sangrante superficial e deixar sair uma ou duas gotas de sangue. Essa aplicação deverá ser
feita em pontos específicos do meridiano localizado nas partes distais dos dedos. Esses pontos
são denominados pontos-poço do meridiano. São usados para o tratamento de amigdalite;
furuncutose; coma; insolação; A.V.C. etc.
2. Perfuração múltipla: nesse caso, a agulha deverá atingir o local patológico,
provocando vários pontos sangrantes ou orifícios para drenagem de secreções. Geralmente
usados para tratamento de erisipela etc.
H. Aplicação de agulhas aquecidas
380
Apresentam duas modalidades:
1) Através do flambamento prévio do corpo e cabeça da agulha numa chama de
fogo, fazer aplicação sobre o ponto do meridiano próximo do local da sintomatologia.
Geralmente essas agulhas são usadas para tratamento de dores crônicas profundas (tendinite
ou periartrite).
2) Após a aplicação da agulha sobre o ponto determinado, aquecê-la com moxa
acesa, colocando-a sobre o terminal da agulha e deixando-a até que o paciente acuse calor
local.
Esse método é indicado para doenças crônicas, rebeldes aos tratamentos usuais,
como nos casos de paralisia; fraqueza e dor crônica.
São contra-indicadas em todos os casos em que a aplicação deve ser retirada
rapidamente após a estimulação do ponto, ou seja, em que aquela não deva permanecer no
local do ponto de aplicação, como nos casos de espasticidade; tremores e febres ete.
I. Aplicação de agulhas epidérmicas
Essas agulhas recebem também o nome de agulhas pediátricas e são comumente
usadas em crianças.
São apresentadas em vários modelos diferentes, porém os dois modelos mais
usados são aqueles denominados agulhas em flor de ameixa, apresentando forma semelhante a
um pequeno martelo e recebendo este nome por apresentar em sua cabeça cinco pontas de
agulhas.
O outro modelo apresenta em sua cabeça sete filetes, recebendo assim o nome de
agulha de sete estrelas (Fig. 95).
381
1. Técnicas e locais de aplicação
a) Estimulação local: realiza estimulações sucessivas sobre a pele no local da
atologia até que sua superfície se apresente avermelhada.
b) Estimulações sucessivas do ponto próximo aos processos espinhosos das
vértebras (lateralmente ou entre eles), seguindo a teoria dos meridianos ou dos dermátomos.
c) Estimulação dos pontos reflexos (os pontos “Trigger”).
d) Estimulação dos pontos distais dos membros, ou seja, os pontos dos cinco
elementos.
2. Cuidados a serem tomados quanto à aplicação de agulhas epidérmicas
a) A agulha deverá estar rigorosamente esterilizada para evitar o perigo de
contaminação.
b) No ato da aplicação, a agulha deverá estar perpendicular em relação à
superfície da pele, realizando estimulações repetidas, evitando arranhar ou ferir a pele.
c) Evitar aplicações em locais infectados, apresentando úlceras ou queimaduras.
J. Aplicação de agulha intradérmíca
1. Diagnosticar primeiramente o desequilíbrio entre os meridianos, através de
testes de condutibilidade do meridiano ou teste de sensibilidade do ponto em relação ao calor.
2. De acordo com o resultado acima, selecionar pontos para aplicação após
realizar testes com o auxílio de um tester, para localizar o ponto mais sensível da pele.
3. Fazer aplicação com agulha intradérmica, fixá-la com um esparadrapo por um
período variável de alguns dias a uma semana.
K. Auxiculoterapia
Esse assunto já foi comentado em outros capítulos.
Aplicação da moxa
A. Definição
382
É denominado moxa um material com folha de artemísia moída e preparado sob a
forma de bola de algodão; ela é utilizada para queimar sobre o ponto de aplicação. Visa-se
com isso provocar, através do calor, a estimulação do local. Esse método é denominado
moxibustão.
Além desse método de estimulação, há outros que atualmente também recebem o
nome de moxibustão. São processos que utilizam outras energias físicas tais como: raios
infravermelhos, energia elétrica, raio laser etc. que, através do calor, provocam o mesmo
efeito da moxa.
B. Preparação de folhas de artemísia (moxa)
A natureza das folhas de artemísia, de acordo com a descrição dos arquivos da
literatura chinesa, apresenta um sabor amargo e origina calor natural de Yang que, ao
desobstruir o fluxo energético dos meridianos, trata a Síndrome do Frio e Umidade, aquece o
útero, regula a menstruação e diminui o risco de abortos.
Antigamente, as folhas de artemísia eram colhidas no fim da primavera e
colocadas ao sol para secar. Posteriormente, eram moídas em minúsculos fragmentos
semelhantes a fios de algodão. Esse material deve ser conservado numa caixa em local seco,
pois sua qualidade aumenta à medida que o tempo passa.
C. Tipos de moxibustão
Desde a Antigüidade, a moxa tem sido aplicada em muitas experiências clínicas.
Intensidade do grau da queimadura:
1º grau: realizar queimaduras até que a pele do local se apresente com eritema. É a
moxibustão sem cicatriz.
2º grau: queimadura com formação de bolha, com posterior cicatrização e
permanência da mesma.
D. Cone de moxa
383
É preparado numa superfície plana usando-se os dedos indicador, polegar e médio
para comprimir a moxa entre os dedos, fazendo-a tomar a forma de um cone.
Pode ser feito com base em três tamanhos diferentes: 2cm (grande), 1cm (médio)
e 0,5 cm (pequeno) sendo que os mais usados são o médio e o pequeno.
E. Material de contato com a pele
1. Cone de moxa: pode ser subdividido em moxibustão direta ou moxibustão
indireta.
Moxibustão direta: colocação do cone de moxa diretamente sobre a pele para
queimar (Fig. 96a).
Moxibustão indireta: usa-se uma fatia de gengibre, de alho, de cenoura, ou mesmo
uma pequena camada de sal entre a pele e o cone de moxa aceso. Esse é um dos métodos mais
usados (Fig. 96b).
2. Bastão de moxa: o bastão aceso é colocado diretamente sobre o opnto, mas sem
manter contato com a pele (Fig. 96c).
384
3. Preparação do bastão de moxa: é usado em pedaços de papel com mais ou
menos 6 polegadas de largura, distribuindo certa quantisdade de moxa ao longo de uma das
extremidades do papel e enrola-se o mesmo até tomar a forma de bastão, com mais ou menos
1,5 cm de comprimento.
4. Moxa acesa: é colocada dentro de um tubo com fundo em forma de peneira e
deve-se aplicá-la levemente sobre o ponto, com o cuidado de não deixar que toque na pele,
como na figura acima (Fig. 97).
F. As síndromes de depleção energética e do frio requerem permanência da moxa
por um período mais longo, ao contrário da síndrome de excesso energético e da síndrome do
calor, que requerem um período mais curto.
Inverno: requer duração maior.
Verão: duração reduzida.
Clima frio: período de duração mais longo.
Clima quente: período de duração mais curto.
Geralmente usamos uma quantidade que varia de três a sete cones de moxas,
podendo atingir até dez.
Se utilizarmos o bastão de moxa, a distância entre este e a pele deverá ser mantida
de forma que o ponto sinta calor local suportável; pode-se manter essa situação por um
período de um a cinco, chegando mesmo a vinte minutos ou mais, dependendo de cada caso.
A duração da permanência da moxa vai depender da indicação das diferentes
patologias e de alguns fatores abaixo citados:
1. No dorso e abdômen, o período de duração deverá ser maior.
2. Nos membros e peito, o período deverá ser menor.
3. Na cabeça e pescoço, o período deverá ser menor ainda.
385
4. Em adultos e jovens, o período deverá ser mais longo.
5. Em velhos e crianças, período de tempo menor.
Aplicação da ventosa
A. Definição
A ventosa é o método que utiliza a pressão negativa dentro de um recipiente que
suga a pele e provoca o fenômeno de hiperemia e hemorragia subcutânea; isso estimula o
tecido local ou as terminações nervosas para a cura da doença.
Há dois tipos de ventosa; ventosa de fogo e ventosa de água. A ventosa de fogo é
o método que, com auxílio do fogo, queima o interior do recipiente e provoca a pressão
negativa para sugar.
Há duas técnicas: por fogo e por passagem de fogo.
A ventosa de água atualmente é substituída pelo Si-Kuan (ventosa que suga com
aparelho de sucção).
B. Material
O instrumento mais usado na ventosa é o recipiente. Atualmente há três tipos de
recipientes mais usados:
1. Tsu-Tun-Huo-Kuan: feito de bambu (Fig. 98a).
2. Tau-Tsu-Huo-Kuan: feito de porcelana, com boca pequena e corpo largo.
3. Bo-Li-Huo-Kuan: feito de vidro. Atualmente é o mais usado (Fig. 98b).
386
Além do recipiente os outros materiais utilizados na ventosa são: fósforo, algodão,
álcool etc. Na ventosa de água são também usados remédios ou aparelhos para fritar ou
cozinhar.
C. Técnicas de ventosa
1. Ventosa de fogo - To-Huo-Fa: colocar algodão embebido em álcool dentro do
recipiente e aplicar na região (Fig. 99a).
San-Huo-Fa: passar fogo dentro do recipiente e aplicar imediatamente no local
desejado (Fig. 99b).
2. Ventosa de sucção - Utiliza-se um aparelho de sucção produzindo pressão
negativa no recipiente.
D. Tipo de ventosa
1. San-Kuan. fazer aplicação na pele e retirar imediatamente o recipiente,
repetindo o processo até a pele ficar avermelhada.
2. Tsuo-Kuan: fazer a aplicação na pele mexendo o recipiente vagarosamente
(Fig. 100).
3. Chun-Hshei-Shin-Kuan: fazer a aplicação até a pele ficar com uma tonalidade
vermelha-congestionada.
4. Ui-Hshei-Shin-Kuan: fazer aplicação até formar equimose.
E. Duração da aplicação
387
Geralmente a duração da aplicação é de cinco a dez minutos, mas pode variar
dependendo de outros fatores: sensibilidade local, intensidade da força de sucção, espessura
do músculo local e gravidade da doença.
Como regra geral, em caso de dor, a aplicação deve ter duração maior; em caso de
paralisia, a duração será menor. Para doenças de maior gravidade, a duração é maior e em
doenças de menor gravidade a duração também será menor.
F. Observação
Em determinadas condições, certos cuidados se fazem necessários:
1. Paciente com febre alta, convulsão, alergia, gestante, ou tendência a
sangramento.
2. Na ventosa, o fogo deve ser forte e de ação rápida.
3. É aconselhável usar recipiente de vidro para se observar a cor da pele.
G. A ventosa é mais usada em certas doenças como:
- Torção ou contusão aguda de tecido mole
- Inflamação crônica de tecido mole
- Atrofia muscular
- Paralisia de nervos
- Distúrbios de peristaltismo gastrintestinais
- Bronquite aguda e crônica
- Asma
H. Indicações e fórmulas mais usadas:
388
1. Resfriado - Tai-Yang, In-Ian, 1G4, Chien-Ou e Tay-Yang, usando técnica de
“hiperemia”, DM14 e na região intramuscular, usando técnica de “equimose”.
2. Cefaléia - DM14 com técnica de “equimose”. Tay-Yang com técnica de
“hiperemia”.
3. Reumatismo – DM14, IG11, B40, DM4.
4. Asma – B11, DM12, Ren12, Ren6, mamilo, região dorsal e interescapular,
usando técnica de “hiperemia”.
5. Gastralgia - Ren12, E36, PC6, B20, B21.
6. Soluço – B11, B13, Ren12.
7. Disenteria - E25 do lado esquerdo e Ren3.
8. Vômito - E25, Ren6, Ren4, B20, BP6.
9. Dor abdominal - E25, Ren12, Ren6, e no local da dor usar técnica de
“hiperemia”.
10. Dor torácica - ponto local.
11. Lombalgia - B23, DM2, usar técnica de “hiperemia” e na região interescapular
usar técnica de “equimose”.
12. Ombro doloroso - DM14, DM12, B11, B13.
13. Dor no quadril - B23, UB30, BP10, nesses pontos usa-se técnica de
“hiperemia”. E do lado contralateral usa-se técnica de “equimose”.
14. Impotência funcional do braço – B11, IG11, IG15.
15. Dor na perna - B40, B57, BP6.
16. Dismenorréia - R6, R3, R4, E25, B23, F3.
17. Leucorréia - R4, R6, BP6.
18. Inchaço no olho, conjuntivite: Tay-Yang.
19. Dor articular - membro superior: IG15, IG11, TAS, IG4 e local de dor.
389
Membros inferiores: B30, E36, VB39 e local de dor.
Lombalgia: DM14, B23, DM4, B40.
20. Torção articular - local da lesão.
390
11 PRINCÍPIOS DE TRATAMENTO
Conceitos gerais
Neste capítulo, procuraremos colocar Em prática os conhecimentos já
apresentados. Sabemos que, ao iniciar um tratamento de Acupuntua, deve-se considerar
primeiramente o estado geral do paciente e o grau de gravidade de sua doença para se chegar
a um diagnóstico preciso. No entanto, antes de se começar as aplicações, há uma série de
dados importantes que devem ser levados em conta.
1. Inicia-se o tratamento usando o melhor, o mais eficiente e o mais prático de
todos os métodos já conhecidos no seio da medicina.
2. É aconselhável que o estado psíquico do paciente seja bom; para isso deve-se
tentar mantê-lo psicologicamente calmo. Em caso de extrema agitação do paciente, deve-se
observar seu estado geral, verificando o nível de pressão, a pulsação e temperatura etc. para
que se possa iniciar o tratamento.
Exceto em casos de extrema necessidade, evita-se o uso da Acupuntura em
pacientes que apresentem estado de agitação, embriaguez, excesso de fome, sede e sudorese.
3. Com exceção dos casos de emergência, não se deve utilizar muitos pontos na
mesma região (procurar não ultrapassar doze pontos).
4. As doenças crônicas são geralmente tratadas com aplicações em dias
consecutivos ou intercalados, isto é, com um dia de descanso entre duas aplicações. Depois de
391
uma série de aplicações, faz-se um intervalo de três a cinco dias para se observar a evolução
da do fazer novas aplicações.
Princípio de seleção dos pontos
Conforme a gravidade e a evolução da doença, selecionamos determinados
pontos. Às vezes, eliminando diretamente os focos de origem da doença, chega-se a um
tratamento eficiente. Outras vezes, atinge-se esse mesmo fim cuidando-se primeiro dos
sintomas mais graves. No entanto, há tratamentos em que se busca atacar ao mesmo tempo as
causas e os efeitos das afecções.
Num paciente que apresente, concomitantemente, vários tipos de doenças, torna-
se difícil saber qual delas é a mais grave. Nesse caso, procura-se um tratamento de âmbito
geral, escolhendo pontos que tratem todas as afecções apresentadas.
Outro aspecto importante na escolha dos pontos é sua localização no corpo. Deve-
se escolher posições que não causem grande desconforto ao doente, principalmente nos que
apresentam certa dificuldade de movimentos.
Evitam-se regiões onde haja cicatrizes, tumores ou por onde corram grandes vasos
sanguíneos.
É muito importante haver uma rotatividade no uso dos pontos, visto que há uma
diminuição nos efeitos desejados em regiões utilizadas repetidamente.
Na primeira aplicação, deve-se escolher pontos menos dolorosos para se evitar um
efeito traumatizante, deixando-se a utilização dos pontos mais “fortes” para quando o doente
estiver mais acostumado às agulhas.
392
Métodos de combinação dos pontos
Os antigos livros trazem inúmeros métodos de seleção e combinação de pontos.
Com novos conhecimentos na área da Acupuntura, mais as práticas adquiridas com o
tratamento de pacientes, chegamos aos seguintes métodos mais utilizados:
1. Pontos próximos à área da doença
Escolhemos os pontos próximos à área da doença (local de origem), além dos
pontos próximos a locais de manifestação da doença. Esse método é utilizado principalmente
nas afecções locomotoras.
A. Pontos locais: aplica-se diretamente nos pontos localizados na área das
afecções. Por exemplo: doenças dos olhos - Jingming B1, lombalgia - Shenshu (B23); artrite -
pontos ao redor da articulação.
B. Pontos ao redorda manifestação da doença: por exemplo, doenças dos olhos -
Sibai (E2), Yangbai (VB14); dor no peito - Zhongfu (P1), Jiuwei (RM15); cãibra na
panturrilha - Weizhong (B54), Kunlun (B60).
2. Pontos reflexos distantes localizados em diversas regiões.
A. Com base em experiências, conclui-se que todos os órgãos ou regiões possuem
pontos que lhes são extremamente sensíveis. (Observar o Esquema 1).
B. Para diversas doenças, há pontos específicos, sendo que estes pontos
localizam-se em porções distantes. (Observar o Esquema 2).
C. Escolha dos pontos através dos meridianos
De acordo com a Teoria dos Meridianos, os distúrbios de um meridiano devem ser
tratados usando-se seus próprios pontos. Assim, após o diagnóstico, verifica-se qual o
meridiano principal no quadro da doença e selecionam-se os pontos a serem utilizados.
Existem vários princípios, sendo que os mais usados são:
393
Esquema 1
Os pontos selecionados pela área da doença
Área da doença Pontos locais ao redor Pontos distais
Testa
Rosto e BochechaOlhos
Nariz
Pescoço eGargantaPeito
Abdômem superior
Adômem inferior
Região temporal
Ouvidos
Cost dorsal eReborsa costalRegião occipitale nucaRegião dorso-lombar (D1/D7)Região dorso-Lombar D8/L2Região dorso-Lombar L2/S4Ânus
Ombros
Cotovelos
PulsosQuadril
Joelhos
Tornozelos
Yin-Tang (Ext5),Yangbai (VB14)Ditsang (E4),Jiache (E6)Jingming (B1), Chengoi(E1), Sibai (E2), Yangbai(VB14)Yingxiang (IG20),Zanzhu (B2)Lianquan (RM23)Tiantu (RM22)Shangzhong (RM17). Os pontos paraespinhosos D1/D7.Guanyuan (RM4). Os pontos paraespinhosos D9/D12.Guanyuan (RM4). Os pontos paraespinhosos L2/S4.Tai-Yang (Ext12)Shuaigu (VB8)Tinghui (VB2)Tinggong (ID19)Yifeng (TA17)Quimen (F14)Ganshu (B18)Fengchi (VB20)Tianzhu (B10)Pishu (B20),Fershu (B13)Ganshu (B18)Weishu (B21)Shenshu (B23)Dachangshu (B25)Changquiang (DM1),Baihuanshu (B30)Jianyu (IG15),Jianzhen (ID9)Quchi (IG11)Shousanli (IG10)Waiguan (TA5)Hegu (IG4), Houxi (ID3)Huantiao (VB30), pontos do lado dos (L4/L5)Dubi (E35),Yanglingquan (VB34)Jiexi (E41), Qiuxu (VB40)Taixi (R3)
Hegu (IG4)
Hegu (IG4)
Yanglao(ID6)
Hegu (IG4)
Lieque(P7)Kongzui(P6)Neiguan(PC6)
Waiguan(TA5)Zongzhu(TA3)
Zhigou(TA6)Houxi(ID3)
Neiting(E44)Guangming(VB37)
Zusanli(E36)Zhaohai(R6)Fenglong(E40)SanyinjiaoBP6)Zusanli(E36)Linqi (do pé)(VB41)Xiaxi(VB43)
Yanglingquan(VB34)Shugu(B65)Kunlun(B60)Weizhong(B54)Yinmen (B37)
Chengshan(B57)Quchi (IG11)
Yanglingquan(VB34)
394
1) Aplicação dos pontos máximos e distais dos focos patológicos no memso
meridiano.
Os pontos do próprio meridiano que, afetado, pode ser selecionado para o
tratamento. Pela excelência clínica, constatou-se que os pontos do meridiano acoplado
também podem ser utilizados.
Os pontos próximos ao foco patológico são mais usados para os problemas
locomotores, superficiais ou agudos. E os distais são mais usados para doenças dos órgãos,
profundas ou crônicas. Também pode-se fazer um tratamento combinado onde são utilizados
todos os pontos específicos, próximos ou distais.
Esquema 2
Os pontos específicos para diversos sintomas
Doenças Os pontosFebre
Choque
ComaSudoreseSudorese noturnaInsôniaTendência ao sonho
RouquidãoDisfagiaNáusea e vômitosDistensão abdominal
Dor na região axilarPrurido
DispepsiaIncontinência urináriaCâibra na panturrilhaObstipaçãoProlapso anal
Palpitação arrítmicaPrecordialgiaTosseFraqueza e caquexiaRetenção urináriaImpotência ou ejaculação precoce
Dazhui (DM14), Quchi (IG11), Hegu (IG4),Tai-Yang (Ext12), Shaoshang (P11).Baihui (DM20), Shangzhong (RM17), Guanyuan(RM4) (para fazer moxa), Zusanli (E36)(para agulhar)Renzhong (DM26), Shi-Chi-Zui-Xia (Ext72).Hegu (IG4), Fuliu (R7), Jingqu (P8).Houxi (ID3)Shenmen (C7), Sanyinjiao (BP6), Taixi (R3).Xinshu (B15), Shenmen (C7), Taichong (F3)Moxa, Dadun (F1)Shuitu (E10), Hegu (IG4), Jianshi (PC5)Tiantu (RM22), Neiguan (P6), Hegu (IG4)Neiguan (PC6), Hegu (IG4)Tianshi (E25), Qihai (RM6), Neiguan (PC6)Zusanli (E36)Zhigou (TA6)Quchi (IG11), Xuehai (BP10), Sanyinjiao(BP6)Zusanli (E36), Gongsun (BP4)Qugu (RM2), Sanuinjiao (BP6)Chengshan (B57)Tianshi (E25), Zhigou (TA6), Zhaohai (R6)Changquiang (DM1), Chengshan (B57), Baihui(DM20), para moxibustão.Neiguan (PC6), Ximen (PC4)Shangshong (RM17), Neiguan (PC6)Tiantu (RM22), Lieque (P7), Chize (P5)Guanyuan (RM4), para moxibustãoSanyinjiao (BP6), Yinlingquan (BP9)Guanyuan (RM4), Sanyinjiao (BP6)
395
Por exemplo: na dor de estômago, usam-se os pontos do meridiano do estômago
na região epigástrica, Buron (E19), Liangmen (E21), ou os distais, Zusanli (E36), Jiexi (E41).
Também podem-se usar os pontos do meridiano do baço-pâncreas, Sanyinjiao (BP6) ou
Gungsun (BP4).
Esquema 3
Os pontos do meridiano conexo de certas doenças
Doenças Meridiano a que pertence
Meridiano conexo Ponto específico
Dor de gargantaDor de denteEstomatiteTonturaInsôniaDor de estôamgoDor de int. grossoDistensão abdominalDor no ombro (bursite)Dor no ombro (bursite)Dor no ombro (bursiteDor na pernaDor no joelhoDor na barriga da pernaDor no calcanharDor na coxaLombalgiaDor na sola do pé/calcanharDor na axila
PulmãoEstômagoBaço-pâncreasFígadoCoraçãoEstômagoIntestino grossoBaço-pâncreasIntestino grossoIntestino delgadoTriplo-aquecedorEstômagoEstômagoBexigaBexigaVesícula biliarBexigaRins
Vesícula biliar
Intestino grossoIntestino grossoCoraçãoVesícula biliarBaço-pâncreasBaço-pâncreasEstômagoEstômagoEstômagoBexigaVesícula biliarIntestino grossoIntestino grossoIntestino delgadoIntestino delgadoTriplo-aquecedorIntestino delgadoPericárdio
Triplo-aquecedor
Hegu (IG4)Hegu (IG4)Tungli (C5)Yangfu (VB38)Sanyinjiao (BP6)Gungsun (BP4)Zusanli (E36)Zusanli (E36)Tiaokou (E38)Feiyang (B58)Yanglinquan (VB34)Wenlu (IG7)Shousanli (IG10)Zhizheng (ID7)Wangu (ID4)Waiguan (TA5)Houxi (ID3)Daling (PC7)
Zhigou (TA6)
3) Aplicações dos meridianos da mesma natureza de Yin-Yang.
Baseando-se na Teoria dos Meridianos, os doze meridianos ordinários são
divididos em seis pares com natureza de Yin-Yang. Por exemplo, o meridiano do intestino
grosso é Yangmin da mão e tem relação com Yangmin da perna, o meridiano do estômago.
Assim, para se tratar um meridiano afetado, pode-se selecionar os pontos do meridiano
pertencente à mesma natureza Yin-Yang.
396
D. Aplicação dos pontos dos cinco Shu
Os pontos dos cinco Shu são cinco pontos específicos para cada meridiano que se
situa distalmente dos cotovelos ou joelhos. São eles: Jin, Ying, Shu, Jing e Ho. Estes cinco
pontos sao comparados ao volume do fluxo da água. Assim, Jin em chinês significa poço,
Ying córrego, Shu ribeirão, Jing rio e Ho estuário. Esses conceitos são utilizados para se
comparar os vários níveis energéticos destes pontos. Conseqüentemente, suas funções
também serão diferentes.
De acordo com o livro Nan-Jing, o ponto Jin trata de doenças que apresentam
opressão epigástrica. O ponto Shu trata das dores ou sensação de peso nas articulações. O
ponto Jing trata de dispnéia, tosse, calafrios e febre; e o ponto Ho trata de diarréia. Abaixo
citaremos alguns exemplos:
- No caso de resfriados, as dores dos membros são devidas a alterações do
meridiano do pulmão. Para o tratamento, usa-se o ponto Shu do meridiano do pulmão, que é
Taiyuan (P9).
- As sensações de peso nos membros devidas à indigestão estão ligadas ao
meridiano do baço-pâncreas; usa-se então o ponto Taipai (BP3).
- Se o paciente apresentar diarréia por depleção energética do meridiano baço-
pâncreas, usa-se o ponto Shu, Yinlingquan (BP9).
- No caso de diarréia por colite aguda, usa-se o ponto Ho do meridiano do
intestino grosso, Quchi (IG11) e o ponto Ho inferior do mesmo meridiano, Shangjuxu (E37).
Pelas experiências clínicas da Acupuntura, os efeitos específicos dos pontos Shu
são:
- O ponto Ying é usado para tratar a face aguda das doenças que apresentam febre.
- O ponto Shu é usado para nevralgia intermitente ou para processos inflamatórios
crônicos.
397
- O ponto Jing regulariza o desequilíbrio da função dos meridianos.
- O ponto Ho regulariza as funções fisiológicas dos órgãos ou vísceras.
E. Aplicação dos pontos dos cinco elementos
Os pontos dos cinco Shu nos meridianos em suas relações com a Natureza são
classificados segundo os cinco elementos. (Observar os Esquemas 4 e 5)
Clinicamente, existem vários métodos de aplicação dos pontos dos cinco
elementos. Os mais práticos são:
1) Aplicação nos pontos Mãe-Filho de um determinado meridiano.
Este método é mais usado no tratamento das doenças de disfunção dos órgãos,
mas também é aplicado para o desequilíbrio dos meridianos. Antes de se fazer a aplicação, é
oportuno certificar-se se o distúrbio é proveniente dos órgãos ou do local, a que meridiano
pertence a região afetada e qual a condição energética deste.
Se o caso for de excesso de energia, deve-se dispesá-la utilizando o ponto Filho
do meridiano. Já, em caso de depleção energética, a tonificação será efetuada pelo estímulo do
ponto Mãe.
Por exemplo: um problema no meridiano do pulmão. Se houver excesso de
energia, ela deverá ser dispersa através do ponto Filho Chize (P5); no caso de depleção de
energia, será preciso tonificar o medidiano pelo ponto Mãe Taiyan (P9).
398
Esquema 4
Os pontos dos cinco elementos dos meridianos de Yin
Meridianos JinMadeira
YinFogo
ShuTerra
JingMetal
HoÁgua
PulmãoTaiyin da mãoPericárdioJueyin da mãoCoraçãoShaoyin da mãoBaço-pâncreasTaiyin da pernaFígadoJueyin da pernaRinsShaoyin da perna
Shaoshang(P11)Zhongchong(PC9)Shaochong(C9)Yinbai(PB1)Dadum(F1)Yongguan(R1)
Yuji(P10)Laogong(PC8)Shaofu(C8)Dadu(BP3)Xingjian(F2)Rangu(R3)
Taiyuan(P9)Daling(PC7)Shenmen(C7)TaipaiBP3)TaichongF4)Aixi(R3)
Jingqu(P8)Jianshi(PC5)Lingdao(C4)Shangqiu(BP5)ZhongfenF4)Fuliu(R7)
Chize(P5)Quze(PC3)Shaohai(C3)Yinlingquan(BP9)Ququan(F8)Yingu(R10)
Esquema 5
Os pontos dos cinco elementos dos meridianos Yang
Meridianos JinMetal
YingÁgua
ShuMadeira
JingFogo
HoTerra
Intestino grossoYangmin da mãoTriplo-aquecedorShaoyang da mãoIntestino delgadoTaiyng da mãoEstôamgoYangmin da pernaVesícula biliarShaoyang da pernaBexigaTaiyang da perna
Shabgyang(IG1)Guanchung(TA1)Shaoze(ID1)Lidui(E45)Qiaoyin(VB44)Zhiyin(B67)
Erjian(IG2)Yemen(TA2)Quiangu(ID2)Neiting(E44)Xiaxi(VB43)Tonggu(B66)
Sanjian(IG3)Zongzhu(TA3)Huxi(ID3)Xiangu(E43)Linqi(VB41)ShuguB65)
Yangxi(IG5)Zhigou(TA6)Yanggu(ID5)Jiexi(E41)YangfuVB38)
Quchi(IG11)Tianjing(TA10)Xiaohai(ID8)Zusanli(E36)Yanglingquan(VB34)Weizhong(B54)
Neste tipo de tratamento, os pontos Mãe e Filho que se localizam no ponto Jin (ao
lado das unhas), devem ser substituídos por outros. Em seguida, para dispersar energia, usa-se
o ponto Yin e, para tonificar, o ponto Ho.
2) Aplicação nos pontos Mãe e Filho dos meridianos Mãe e Filho afetados.
O meridiano afetado pode ser regulado pela estimulação dos meridianos que têm
relação de Mãe-Filho. Ter-se-á, por exemplo, um determinado meridiano.
399
Com base na teoria dos cinco elementos, estimula-se o ponto Mãe de seu
meridiano Mãe, quando se pretende tonificá-lo. Ao contrário, se a intenção for dispersar seu
excesso de energia, estimula-se o ponto Filho de seu meridiano Filho.
Por exemplo: no caso de um distúrbio no meridiano do pulmão (Metal), se este
apresentar um excesso de energia, ela deverá ser dispersada estimulando-se o ponto Filho do
meridiano dos rins (de natureza Água). Mas, se houver depicção de energia, será preciso
tonificá-lo através do estímulo do ponto Mãe do meridiano baço-pâncreas (de natureza Terra).
Geralmente usa-se esse método para auxiliar o processo de tratamento quando o
resultado desejado não foi atingido pelo método 1.
3) Aplicação dos métodos de alterações nos cinco elementos.
Este método foi citado pela primeira vez no livro Hwang Ti Nei Jing. Através
dele, pode-se regularizar um determinado meridiano usando-se os pontos de origem de dois
outros meridianos.
Por exemplo: em relação aos cinco elementos, a natureza do meridiano da
vesícula biliar é de Madeira. O ponto de origem do elemento Madeira é o Linqi (VB41). O
meridiano do baço-pâncreas é de natureza Terra e o ponto de origem do elemento Terra é o
ponto Taipai (BP3).
Com a estimulação desses dois pontos, obtém-se um efeito equivalente ao
estímulo dos meridianos do baço-pâncreas e do estômago, que são de natureza Terra. Este
método é usado para tonificar os meridianos do pulmão e do intestino grosso e para dispersar
o excesso de energia dos meridianos do coração e intestino delgado (que é de natureza Fogo).
(Observar o Esquema 6.)
400
Esquema 6
O método das alterações nos cinco elementos
Os meridianos afetados Pontos a serem tratadosEm excesso de energia Em depleção de energia
Fígado e vesícula biliar
Coração eintestino delgadoBaço-pâncreas eestômagoPulmão eintestino grossoRinsBexiga
Zusanli (E36)Yingu (R10)Linqi(VB41)Taipai (BP3)Xingjian (F2)Erjian (IG2)Hegu(IG4)Jingqu (P8)Shaofu(C8)Tonggu(B66)
Hegu(IG4)Jingqu(P8)Shaofu(C8)Tonggu(B66)Zusanli(E36)Yingu(R10)Linqi(VB41)Taipai(BP3)Ququan(F8)Quchi(F8)Quchi(IG11)
F. Aplicação dos pontos entre os meridianos superficiais e profundos (os
meridianos que se acoplam).
Os meridianos que estão acoplados na relação superficial-profundo possuem a
seguinte característica: os pontos de um podem ser utilizados no tratamento das doenças do
outro. Há dois tipos de aplicação:
1) Quando um meridiano apresenta algum distúrbio de energia, esse problema
pode ser resolvido pela regularização do meridiano a ele acoplado, na relação superficial-
profundo. Por isso, os pontos Mãe-Filho podem ser igualmente eficientes quando aplicados
em meridianos que possuem a relação superficial-profundo.
Por exemplo: o meridiano dos rins e o da bexiga apresentam-se relacionados pelo
binômio superficial-profundo:
- No caso de excesso de energia no meridiano dos rins, pode-se estimular o ponto
Filho do meridiano da bexiga, Shugu (B65). No caso de depleção de energia do meridiano da
bexiga, pode-se estimular o ponto Mãe dos rins, Fuliu (R7).
2) Aplicação dos pontos Yuan e Lo.
401
Na língua chinesa, Yuan significa origem e Lo, conexão. Os pontos Yuan e Lo
têm indicações específicas, podendo ser utilizados individualmente.
Os pontos Yuan são indicados para normalizar as funções fisiológicas dos órgãos,
servindo para melhorar-lhes o metabolismo. Por exemplo: quando os pulmões apresentam
algum problema, usa-se o ponto Yuan do pulmão, Taiyuan (P9). Já no caso de disfunção do
fígado, utiliza-se o ponto Yuan do meridiano do fígado Taichong (F3).
Os pontos Lo são pontos de conexão de dois meridianos, especialmente
acoplados. Assim, o estímulo desses pontos servirá para o tratamento de ambos os
meridianos. Por exemplo: estimulando o ponto Lo do baço-pâncreas, Gungsun(BP4),
podemos tratar os problemas do meridiano do baço-pâncreas, como também do meridiano do
estômago.
Além dos doze meridianos ordinários e dos meridianos Ren-Mai e Du-Mai, que
possuem cada um seu próprio ponto Lo, o meridiano do baço-pâncreas tem um ponto Lo
extra, o Grande Lo. Com, isso temos um total de quinze pontos Lo.
No tratamento de doenças crônicas ou nos estados de profundas alterações no
meridiano, utilizam-se concomitantemente os pontos Lo e Yuan dos meridianos acoplados, na
relação superficial-profundo. Nesse caso usa-se o ponto Yuan do meridiano que apresente
distúrbios e o ponto Lo a ele acoplado. (Observar o Esquema 7).
G. Aplicação dos pontos Shu e Mu
Os pontos Shu são os pontos específicos no dorso do corpo, relacionados com
diversos órgãos ou vísceras. Os pontos Mu são os pontos reflexos na região frontal do corpo.
Nos distúrbios de órgãos ou vísceras é muito indicada a aplicação de agulhas nestes pontos.
No entanto, recomenda-se extremo cuidado visto que estão localizados em zonas vitais do
corpo.
402
De acordo com as experiências clínicas, os princípios que regem a seleção dos
pontos Shu ou Mu são:
- em doenças agudas, frequentemente acompanhadas por febre, usam-se os pontos
Shu.
403
REFERÊNCIAS
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