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Actividades Náuticas João Figueira de Sousa Instituto de Dinâmica do Espaço FCSH - Universidade Nova de Lisboa Email: [email protected] Região de Setúbal: Oportunidades de Desenvolvimento, 19 de Setembro de 2008 Setúbal Economia do Mar e Zonas Ribeirinhas Estrutura da Apresentação A Região de Setúbal, os Estuários do Tejo e do Sado e o Atlântico A Náutica de Recreio A Situação em Portugal Estratégias de Promoção do Turismo náutico – Experiências Estrangeiras Oportunidades e Desafios

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Actividades Náuticas

João Figueira de SousaInstituto de Dinâmica do EspaçoFCSH - Universidade Nova de LisboaEmail: [email protected]

Região de Setúbal: Oportunidades de Desenvolvimento,19 de Setembro de 2008 Setúbal

Economia do Mar e Zonas Ribeirinhas

Estrutura da Apresentação

� A Região de Setúbal, os Estuários do Tejo e do Sado e o Atlântico

� A Náutica de Recreio

� A Situação em Portugal

� Estratégias de Promoção do Turismo náutico – ExperiênciasEstrangeiras

� Oportunidades e Desafios

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Estuários Portugueses

A Região de Setúbal, os Estuários do Tejo e do Sado e o Atlântico

Minho

LimaCávado

Ave

Douro

Ria de Aveiro

Mondego

Tejo

Sado

Mira

Arade Guadiana

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A Náutica de Recreio

A Náutica de Recreio: Conjuntura Mundial

� Procura sustentada por uma clientela que pratica as actividades náuticas como arte de viver.

� A nova clientela é a geração baby boom, dispõe de tempos livres e de um poder de investimento considerável, que procura locais seguros e agradáveis para se implantar, de forma duradoura.

� Actualmente a procura ultrapassa em grande número a oferta, o número de embarcações construídas por ano é bastante superior ao número de lugares criados. Estima-se que na Europa faltem actualmente 62 000 lugares de amarração face à procura existente.

� Dificuldades em viabilizar novos projectos de marinas, nomeadamente para embarcações maiores devido às estritas legislações ambientais em vigor.

� Desenvolvimento dos serviços de apoio (manutenção e reparação naval, equipamentos, serviços gerais..)

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A Frota

- dominada pelo segmento das embarcações a motor;

- reservada às embarcações costeiras

- maioritários no Atlântico, Canal da Mancha, Mar do Norte e Escandinávia;

- menor média de dias de navegação (4 dias por anos);

- regista 90% dos acidente e incidentes de navegação.

� Embarcações de 6 a 10 metros:

A Frota

- entre os 10 e os 12 metros o segmento a motor mantém-se importante;

- entre os 12 e os 15 metros cerca de 80% da frota activa são veleiros;

- 75% do parque de aluguer de embarcações possui entre 12 e 16 metros.

� Embarcações de 10 a 15 metros:

- crescimento anual de 22% no número de embarcações;

- cerca de 80% da frota activa são veleiros;

- os veleiros com 35 a 60 pés apresentam a maior taxa de horas de navegação.

� Embarcações entre os 15 e os 25 metros:

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A Frota

- prevê-se que em 2010 este segmento seja constituído por cerca de 8.000 unidades;

- a frota com mais de 20 anos triplicará nos próximos 5 anos;

- Grande exigência em infra-estruturas, equipamentos e serviços de qualidade;- Concentração nas principais regiões e cidades turísticas;- Importante para as cidades e os portos do ponto de vista da actividade

económica (prestação de serviços e taxas) e da notoriedade associada a algumas embarcações/proprietários.

� Embarcações com mais de 25 metros (os “mega-iates”):

A Oferta

� O maior mercado europeu e segundo maior mundial é o francês, com 5 500 km’s de costa. No entanto necessita urgentemente de mais lugares emmarinas, possuindo em 2002 apenas 320, num total de 180 000 lugares. Destas 320, apenas 20% são privadas.

� Outro dos principais mercados europeus é o da Holanda, com 180 000 lugares distribuídos por 1 150 marinas públicas e ainda mais 50 000 lugares em infraestruturas privadas.

� A Holanda é igualmente conhecida pela navegação em canais e bacias interiores nos quais se encontram ancoradas mais 85 000 embarcações. De acordo com a Associação Holandesa de Industrias de Desportos Náuticos, o país carece de mais 40 000 lugares de estacionamento de embarcações.

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A Oferta

� O mercado alemão criou, nos últimos anos, 5 000 postos de amarração, no entanto, este mercado tem sofrido um decréscimo muito significativo, essencialmente relacionado, segundo os especialistas, com a menor prestação económica do país.

� Outro factor importante é que sendo o Alemão um “turista náutico” por tradição, a maior parte das suas embarcações encontram-se estacionadas fora do país.

� O outro mercado em grande ritmo de crescimento é o espanhol, cuja costa é a mais extensão de qualquer país do Sul da Europa.

A Oferta

� No entanto, em Janeiro de 2006 não possuía ainda suficientes marinas de qualidade. Nessa altura existiam em Espanha 320 marinas com uma oferta de de cerca de 107 000 lugares de amarração, 85% dos quais na costa mediterrânica.

� No entanto e atendendo a que grande parte das embarcações aqui sedeadas são de bandeira não-espanhola, o Governo lançou recentemente um plano de remodelação e ampliação de marinas, que aumentará em muito a oferta existente. Só a Andaluzia terá, até 2015, mais 25 000 postos de amarração que actualmente.

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A Procura

� Maior procura de lugares de amarração na costa mediterrânica francesa e espanhola e nas Baleares.

� Grande procura de lugares de amarração no Norte da Europa no segmento de embarcações superiores a 12 metros (39 pés).

� Começa a surgir uma procura de lugares de amarração por parte das empresas que comercializam embarcações destinada a consumarem mais rapidamente a sua venda.

� Grande procura de postos de amarração no Sul de Europa em marinas localizadas perto de grandes infra-estruturas de transporte, por habitantes do Norte das Europa que pretendem ter embarcações ancoradas em zonas de clima mais ameno.

A Situação em Portugal

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A Situação em Portugal

� 2 830 km’s de costa e 620 km2 de bacias interiores.

� Localização geográfica excelente.

� Condições de clima e de navegabilidade excelentes.

� Oferta constituída por cerca de 9 000 postos de amarração distribuídos pelo Continente e Ilhas Atlânticas em 31 marinas/portos de recreio. A maioria destes lugares encontra-se no Algarve.

� 50% das embarcações amarradas no Algarve são estrangeiras.

� Rácio habitantes/embarcações – cerca de 285.

� Grande esforço de investimento em novas infraestruturas de Apoio

mas mantém-se, ainda, algumas limitações importantes;

� Falta de infraestruturas de apoio.

� Deficit de lugares de amarração.

� Falta de eventos de carácter regular e de projecção nacional ouinternacional

Recreio e Lazer

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A Situação em Portugal

� Sector com excesso de burocracia e sujeito a um conjunto legislativo complexo.

� Os projectos lançados nos últimos 15 anos têm boa qualidade.

� Existência de forte correlação entre a localização de marinas e o comércio, com fortes impactos no VAB e no emprego.

� O número de embarcações de recreio importadas em Portugal actualmente é o triplo das exportadas.

� Apenas existe construção de embarcações de recreio em Viana do Castelo e Aveiro.

� O potencial de crescimento desta actividade em Portugal é dos maiores da Europa.

A Oferta no Sado

� Capacidade das Docas

� Embarcações a nado 630

� Embarcações a Seco 390

� Deficit actual de cerca de 1100 lugares (procura não satisfeita)

� Embarcações estacionadas noutras instalações (em terra) – 1130

� Número de embarcações registadas na Capitania- cerca de 5000

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OEIRASBOM SUCESSO

BELÉM

STº AMARO

ALCÂNTARA

EXPO

JAMOR

PEDROUÇOS

SANTOS

ALMADA

SEIXAL

0

50

100

150

200

250

300

I II III IV V VI

Classe

Nº de Lugares

Bom Sucesso

Belém

Santo Amaro

Alcântara

94%84%

92%100%

0

20

40

60

80

100

Alcântara Santo Amaro Belém Bom Sucesso

Docas de Recreio

%

A13

A Oferta no Tejo

B33

A Oferta no Tejo

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Estratégias de Promoção do Turismo náutico –Experiências Estrangeiras

Turismo Náutico e Turismo Desportivo

França: foi pioneira no turismo náutico, associando a oferta de

actividades náuticas de recreio e lazer com actividades

complementares;

Espanha: Juntou a oferta de alojamento às actividades náuticas e

outras actividades complementares. Criação das Estações

Naúticas (Clubes de produtos);

Grécia, Croácia e Turquia: oferta orientada para a náutica de

recreio. Disponibilização de infraestruturas e serviços aos

tripultantes e às embarcações, desenvolvimento das bases de

chartes, (aluguer de embarcações com ou sem tripulantes),

circuitos no mediterrâneo;

Estratégias de Promoção do Turismo náutico – ExperiênciasEstrangeiras

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Turismo Marítimo / Fluvial / costeiro

França: apelo à cultura marítima (portos de pesca, vilas piscatórias)

disponibilização de infarestruturas de apoio à náutica de recreio,

passeios fluviais marítimos; Visite des criées; passeios no mar em

barcos de pesca,visita a zonas portuárias, visita a empresas de

actividades marítimas (pesca), exposições.

Turismo Oceânico

EUA: Mergulho, observação de baleias, golfinhos ou outros

animais marinhos...

Estratégias de Promoção do Turismo náutico – ExperiênciasEstrangeiras

Turismo Náutico / Turismo Desportivo

� Turismo náutico representa um dos mais importantes atractivos da ofertaturistica do país;

� Criada a Association of nautical tourism com a finalidade de promover a procuradeste segmento turístico;

� 48 marinas na Croatia - 13.000 postos de amarração no mar e 7.500 em terra;

� Contrato com a “Croatian airlines” através do qual os navegadores que tenhamalugueres anuais nas marinas da Association tem direito a um desconto de 50% no bilhete de avião e 30% nos restantes viagens.

Estratégias de Promoção do Turismo náutico – ExperiênciasEstrangeiras

Croácia

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� Criação de uma Rede de “Estações Náuticas”.

� O Exemplo de Tarifa.

Estratégias de Promoção do Turismo náutico – ExperiênciasEstrangeiras

Espanha

Oportunidades e Desafios

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Oportunidades e desafios

� Definição de uma estratégia integrada de desenvolvimento das actividades náuticas, sobretudo no que se refere à criação das condições de base para o seu desenvolvimento (infra-estruturas)

� Aproveitar o potencial da actividades Náuticas de Recreio e das Actividades Maritimo-Turisticas nos projectos de Dinamização e Requalificação das Frentes Ribeirinhas

� Cooperação inter-municipal nomeadamente em termos de complementaridade/articulação de projectos nas frentes ribeirinhas;

� Desenvolvimento das actividades associadas ao turismo e ao lazeraproveitando o potencial dos estuários do Tejo e do Sado e das suas frentes ribeirinhas;

Oportunidades e desafios

� Compatibilização de actividades económicas – portuárias e industriais –, protecção da natureza e funções de recreio e lazer;

� Aproveitamento de novas oportunidades propiciadas pela reconversão funcional de antigas áreas industriais e outras operações de requalificação urbanística;

� É Fundamental desenvolver mecanismos que permitan integrar a oferta desportiva, cultural e recreativa, o património construído e cultural com o alojamento, desenhando produtos conjuntos e redes(temáticas e territoriais) ou marcas, como o modelo das EstacionesNáuticas espanholas.

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