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Activação do Desenvolvimento

Humano

Carolina Silva Sousa, Ph.D

Universidade do Algarve - Portugal

Carolina Silva Sousa, Ph.D

Educação

A partir da reflexão partilhada

de saberes,saberes-fazer,

saberes-sere tornar-se.

Como exercícioplurimetodológicoe intercontextual.

Algo que dependedas relações de intrae interpessoalidade;

Algo que é transgeracional.

Modificabilidadecognitivo/emocional

Utilização dasnovas tecnologias

de informaçãoe comunicação

Processo Desenvolvimental

Sensibilizar para aconstrução do conhecimento

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Formação em Educação

Re-dimensionamentoda importância

atribuída ao clima afectivo/emocional

Valorização dapessoalidade e

interpessoalidade

Aberturaao novo

conhecimento

Facilitador do Desenvolvimento

durante a formação Mobilizaçãode

Informação

Facilitadores naconstrução do conhecimento

Relevância da Dimensão Interpessoal na Educação

O sujeito tem que encontrar dentro de si acapacidade para responder com flexibilidade, assumindo “uma postura de empenhamento

autoformativo e autonomizante”

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Desenvolvimento PsicológicoDimensões

Individual

Familiar

Social

Comunitário

Afectivo-relacional Axiológica

PsicomotoraSocial

Linguístico-cognitiva

Modelo de Activação do Desenvolvimento Humano

Parte de um modelo teórico já antecipado por diversos autores como Piaget, Kohlberg, Bruner, Ausubel, Vygotsky entre outros,

que preconizam, mais ou menos explicitamente, que o crescimento equilibrado e integrado dos indivíduos deverá

constituir o objectivo primordial da educação.

Nos anos 70, reconhecendo-se o fracasso generalizado da educação em contribuir para promover um desenvolvimento

pessoal saudável e positivo nas crianças, nos adolescentes e nos jovens adultos, alguns investigadores e profissionais de educação, assumiram pôr em causa as suas funções e

estratégias habituais

Assim

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Modelo de Activação do Desenvolvimento Humano

• O que veio a dar origem ao movimento em que se inscreve a “educação psicológica deliberada” como uma forma concreta e actuante de concretizar efectivamente o papel da educaçãocomo promotor do desenvolvimento humano dos alunos.

• Este movimento propôs-se contribuir para: rentabilizar o impacto que o jardim de infância/ escola comprovadamente têm no que o sujeito se torna, não só ao nível do que sabe e das competências que é levado a adquirir durante o período de pré-escolarização e escolarização, mas também daquilo que vem a ser como pessoa.

• Esta perspectiva deu, assim, origem a um número crescente de investigações que, entre outros objectivos, se preocuparam com a possibilidade de Activação do Desenvolvimento.

Modelo de Activação do Desenvolvimento Humano

“A educação é, antes de mais, um processo de desenvolvimento em que o resultado que se obtem é menos importante do que a disponibilidade criada durante o percurso para que a pessoa possa continuar a evoluir

ao longo da vida” (Dewey, 1934).

Antecipa certas tendênciasconceptuais actuais que

procuram expressão no facto da

Educação constituir para cada indivíduo um modo de promover activamente o desenvolvimento máximo das suas potencialidades

(Mosher, 1977).

da criação de experiências de desenvolvimento e aprendizagem que partam do ponto em que se encontra cada indivíduo e lhe proporcionem a possibilidade

de aceder aos estádios seguintes de desenvolvimento, através de uma interacção adequada.

através

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Modelo de Activação do Desenvolvimento Humano

Surge, assim,

?

a necessidade de criar, a partir de um quadro conceptual específico, programas educativos promotores da

activação do desenvolvimento do indivíduo, reconhecendo o carácter determinante desta formação,

em detrimento de uma concepção de Jardim de Iinfância/Escola/Educação como mera transmissão de

conhecimentos ou de informação.

Características Sócio-Psicológicas do Ser Humano

O quadro sistematizador das características sócio-psicológicas do ser humano ressalta, pela sua acuidade a dimensão sócio-cognitiva,

em que sobressai:

qualidades de método e sentido de responsabilização, competência científico-pedagógico-didáctica

espírito de iniciativa

criatividade manifesta na profusão de ideias para enfrentar novas situações

capacidade de resolução de problemas

adequação ao contexto envolvente

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Características Sócio-Psicológicas do Sujeito

Dimensão afectivo-relacional e motivacional:

da compreensão, disponibilidade afectiva positiva do sujeito, constância de humor ou de sentimentos, autoridade ou segurança explícitas, estima

e respeito, bem como da munição de qualidades de congruência (autenticidade, sinceridade), compreensão empática, consideração-

aceitação do outro;

da relação optimal, compreensão, espírito aberto e interesse, disponibilidade para ouvir, orientador/conselheiro; flexível; incentivador do

auto-conceito positivo do outro, consideração pelas expectativas e atitudes, percepções de controlo do reforço (locus de controlo), as suas atribuições causais (locus de causalidade), capacitar o outro para o seu

auto-conhecimento e para a sua auto-realização.

ao nível

ao nível

Características Sócio-Psicológicas do Sujeito

Hunt identifica três estádios de desenvolvimento:

estádio de nível conceptual inferior, em que se insere um quadro global de indivíduos impulsivos, pouco socializados, egocêntricos e fracamente consciencializados das condições formativas em que estão envolvidos;

estádio de nível intermédio, em que se insere uma categoria de sujeitos predispostos a uma atitude mais colaborante, mas marcadamente dependentes da autoridade e preocupados com as restrições das normas, e que beneficiariam, de

ser encorajados progressivamente à autonomia;

estádio, relativo a sujeitos de nível intelectual superior, que se apresentam como independentes, questionantes e auto-afirmativos, caracterizado por uma

grande autonomia e pouca pressão de eventuais normas do contexto envolvente.

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Activação Psicológica:um novo conceito em Educação e

Psicologia

Trata-se de um conceito que antecipa certas tendências actuais que procuram expressão numa educação concebida como algo que deve constituir para cada sujeito uma forma deste potencializar ao máximo as suas capacidades,

através da (re)criação de experiências de desenvolvimento (e de aprendizagem) que, partindo do ponto em que o ser humano se encontra, lhe proporciona a possibilidade de aceder aos estádios superiores de desenvolvimento.

Facilitar a passagem de um ciclo a outroatenuando o risco do insucesso pessoal e profissional

O desenvolvimento harmonioso do sujeito

� Optimizar

EmEducação

de Crianças,

de Jovens, de

Adultos

� Estimular

� Valorizar

Capacidades e acções

PROMOVENDO

Activação do Desenvolvimento Psicológico

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Perspectivas TeóricasAutores Desenvolvimento Aprendizagem

PIAGET Evolução de estruturas internas (estádios de

desenvolvimento)

Processo de equilibração

Estádio Pré-operatório

Atitude activa do sujeito

Exploração de objectos e de materiais multiformes

AUSUBEL Maturação

Ajustamento ao meio

Valorização da estrutura activa

Ideias-âncora

Pontes congitivas

Aprendizagem significativa

Motivação na realização da tarefa

BRUNER Linguagem

Contexto sócio-cultural

Método/ensino pela descoberta

Pesquisa

Resolução de problemas

VYGOTSKY Contexto soció-cultural

Zona de desenvolvimento próximo/potencial

Interacção com os outros

Participação guiada

Passagem de um nível potencial para um nível actual

Quadro conceptual de activação

Segundo Bruner

A Educação está intimamente relacionada com as condições facilitadoras

da interiorização activa das técnicas de elaboração da informação,

recebidas do meio, que condicionam o desenvolvimento cognitivo do

aluno/ paciente/outro.

A linguagem assume enorme importância, ao nível do desenvolvimento

das capacidades cognitivas do ser humano. O aluno liberta-se do

mundo da imagem, à medida que a vai interiorizando, passando a

representar a realidade através de uma forma simbólica.

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Quadro conceptual de activação

Paralelamente, o autor

atribui uma grande importância ao método da descoberta, na medida em

que permite uma maior intervenção do aluno no processo de ensino-

aprendizagem, assim como a faz sentir-se mais confiante relativamente

aos resultados esperados.

Ensinar a criança não deverá ser um processo de simples transmissão de

conhecimentos, mas essencialmente a construção de situações

problemáticas nas quais o aluno deverá intervir activamente, de modo

a conseguir um enriquecimento intelectual e pessoal que poderá ser

transposto para novas experiências.

Quadro conceptual de activação

Ao transpôr-se para a sala e sala de aula o método da descoberta, o professor está implicitamente a contribuir para aumentar a capacidade intelectual do aluno, a

deslocar a necessidade das recompensas extrínsecas para as intrínsecas, a ajudar a criança/o aluno a aprender como aprender de forma investigativa, a

aumentar a retenção da memória, a tornar a instrução centrada na criança/aluno, a melhorar o auto-conceito, a aumentar os níveis de aspiração

das crianças/jovens, a desenvolver múltiplos talentos que não só os académicos e a tomar consciência de que a aprendizagem por descoberta

permite ao ser humano tempo para assimilar e acomodar a informação. As crianças precisam de tempo para pensar, usar o seu pensamento para resolver

problemas e obter compreensão dos conceitos, princípios e técnicas investigativas em que estão envolvidas.

O projecto educacional defendido por Bruner - e outros teóricos da activação -assenta, pois, numa proposta de autonomia e intervenção efectiva do sujeito de

aprendizagem no processo de ensino-aprendizagem.

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Componentes do Modelo de Activação do Desenvolvimento Psicológico

Piaget (1973) exemplifica

como fazendo apelo à predisposição para o cumprimento da regra, concretamente em situações como a de jogo, de partilha, e outras, o educador pode contribuir para desencadear na

consciência das crianças uma transferência de uma forma de heteronomia a uma forma de autonomia

Vários autores têm consciência

da importância que assume a motivação,

no âmbito da situação educativa

Componentes do Modelo de Activação do Desenvolvimento Psicológico

MOTIVAÇÃO E AUTONOMIA

De igual modo Ausubel (1980) preconiza que a problemática da motivação e autonomia pode assumir três dimensões:

a do engrandecimento do eu que ocorre sempre que o sujeito em situação de desenvolvimento e aprendizagem apresenta uma

resposta que envolve competência e sucesso;

a aversiva que tem lugar sempre que as crianças evitam as consequências desagradáveis de uma punição; e

a do tipo impulso cognitivo e que deriva da tomada de consciência pela criança de uma auto-aprendizagem bem conseguida.

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Componentes do Modelo de Activação do Desenvolvimento Psicológico

AUTO AVALIAÇÃO E CLIMA DEMOCRÁTICO

Um dos elementos da autonomia é a :

1. auto-avaliação que acompanha a realização da actividade (com objectivos claramente definidos) e a busca do sucesso.

2. A actividade desenvolvida em situação experimental passa pelo:

– treino cognitivo de formulação de hipóteses,

– pelo confronto de opiniões,

– pela indução de relações entre conceitos e

– pelo aparecimento do conflito cognitivo.

3. Desenvolver com a criança um processo de desenvolvimento, ensino e aprendizagem que ajude a criança a saber auto-avaliar-se é uma tarefa fundamental num modelo de activação.

4. A auto-avaliação é um processo moroso mas que vale a pena ser conseguido pois constitui-se um dos meios mais eficazes de avaliação.

5. O educador deve aproveitar as situações adequadas para a fomentar. E tem sentido realçar que a avaliação do progresso de qualquer criança, tenha ou não sucesso escolar, deve sempre ser algo que se faz individualmente

Componentes do Modelo de Activação do Desenvolvimento Psicológico

O ENCORAJAMENTO DO EDUCADOR

O encorajamento é concebido como algo que está envolvido na atmosfera educacional, como algo de muito importante e que tem uma

identificação muito próxima com o próprio processo de

ensino-aprendizagem

Trata-se, pois, de um processo de incutir coragem e confiança (Tavares, 1992) e que se caracteriza pela:

– atenção e observação

– ouvir,

– questionar e

– esperar,

– assim como por todo um conjunto de comportamentos não verbais assumidos pelo educador/professor na sua interacção com a criança.

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Componentes do Modelo de Activação do Desenvolvimento Psicológico

O AUTO-CONHECIMENTO DO EDUCADOR

liga-se com a capacidade de (auto)confrontação

"Confrontação é uma

capacidade que pode ser díficil

de pôr em prática de uma forma

eficaz e construtiva" (Fonseca, 1987:20)

Componentes do Modelo de Activação do Desenvolvimento Psicológico

Se bem que possam ser apontados diversos tipos de confrontação, destaca-se como característica principal, ao nível do processo de desenvolvimento, ensino e aprendizagem, o ser concreta e específica, assente num desejo de clarificar:

– (i) os sentimentos dos intervenientes no processo educativo;

– (ii) a situação de ensino-aprendizagem; e

– (iii) a necessidade de eventual mudança nessa mesma relação educativa

Envolvido numa relação física, funcional, emocional e cultural, o educador, a partir do auto-conhecimento que vai construindo na sua prática pedagógica desenvolve auto-competências que o vão ajudar a observar e participar, a analisar e orientar, a ser actor e espectador.

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Componentes do Modelo de Activação do Desenvolvimento Psicológico

De igual modo este auto-conhecimento passa por uma (auto)consciencialização da importância que assume na relação

educativa, desempenhando com a sua presença e mediação o papel de facilitador da aprendizagem e do sucesso pessoal e escolar do

aluno

Tomando os trabalhos de Weinstein e Alshuler (1985) o auto-conhecimento é um processo construtivo desenvolvimental que se

constrói ao longo dos seguintes estádios: – estádio elementar,

– situacional, – configuracional e – transformacional.

Componentes do Modelo de Activação do Desenvolvimento Psicológico

O EMPENHAMENTO NO SUCESSO ESCOLAR

O educador para levar as crianças/jovens/adultos ao sucesso pessoal, académico, profissional tem de estar capaz de diferenciar as situações de aprendizagem e saber integrar todos os sujeitos nas actividades da sala e de sala de aula o que

implica que:

conheça cada sujeito com as suas características pessoais (capacidades e aptidões, dificuldades e problemas, modo como os interioriza, grau de autonomia e

socialização, os conhecimentos anteriores que possui, o modo como os aprende e relaciona);

facilite a dinâmica própria do grupo (os diferentes papéis assumidos no grupo, o modo como participam e são aceites, como encaram as dificuldades de cada um e

quais as possibilidades de interajuda);

tenha um conhecimento abrangente da instituição e dos factores que a condicionam (espaços, ambiente físico e humano, recursos adicionais existentes ou inexistentes, horários, currículos e suas possibilidades de adaptação.

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Como ajudar o ser humano a desenvolver um projecto global de construção, de reconstrução ou de remediação, caso se constate que

se depara com adversidades, obstáculos, aparentemente

intransponíveis?

“O desenvolvimento humano efectua-se num re-equilíbrio permanente entre estabilidade e mudança” (Schroder, 1992).

Resiliência : factor diferencial e evolutivo

Resiliência

Noção actualmente fundamental em Educação, Psicologia e Saúde

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Capacidade de responder de forma mais consistente aos

problemas, dificuldades com que os sujeitos se deparam frente aos

diferentes contextos

Características particulares associadas ao comportamento sociável, ao temperamento,carácter e inteligência

Resiliência

Fim!

Obrigada pela vossa atenção!