Ações de Enfermagem em Centros de Atenção Psicossocial
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UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES
CAMILA DE FREITAS ANDRE
AÇÕES DE ENFERMAGEM EM CENTROS DE ATENÇÃO
PSICOSSOCIAL (CAPS) E SUA IMPORTÂNCIA NO MATRICIAMENTO
Mogi das Cruzes, SP
2014
UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES
CAMILA DE FREITAS ANDRE
AÇÕES DE ENFERMAGEM EM CENTROS DE ATENÇÃO
PSICOSSOCIAL (CAPS) E SUA IMPORTÂNCIA NO MATRICIAMENTO
Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Curso de
Enfermagem da Universidade de Mogi das Cruzes, como
parte dos requisitos para obtenção do grau de Bacharel em
Enfermagem.
Prof.ª Orientadora: Gisele Santana Santos
Mogi das Cruzes, SP
2014
Dedico este trabalho a Deus, que com seu infinito
amor, me sustenta em fé e me dá forças para vencer a
cada dia.
Dedico ainda a minha mãe Vera Lucia de Freitas, que não
mediu esforços à minha formação cidadã e profissional.
AGRADECIMENTOS
Primeiramente, agradeço a Deus por me amparar nesta jornada de cinco anos,
permitindo a finalização de um ciclo de vitória em minha vida e a concretização de um sonho.
À minha família por participar incisivamente de cada etapa, em todos os momentos
dessa jornada de crescimento, amadurecimento e conquistas. Aos meus pais Mario Correia e
Aziria Maria Correia, exemplos de superação e força de vontade. A minha irmã Luciana
Correia de Aquino, pelas orações, além das palavras de conforto e persistência. E ao meu
irmão José Mario Correia, pelo apoio, além dos momentos de descontração, lazer e descanso.
“Para tudo há uma ocasião, e um tempo para
cada propósito debaixo do céu:
Tempo de nascer e tempo de morrer, tempo de
plantar e tempo de arrancar o que se plantou,
Tempo de matar e tempo de curar, tempo de
derrubar e tempo de construir,
Tempo de chorar e tempo de rir, tempo de
prantear e tempo de dançar,
Tempo de espalhar pedras e tempo de ajuntá-
las, tempo de abraçar e tempo de se conter,
Tempo de procurar e tempo de desistir, tempo
de guardar e tempo de lançar fora,
Tempo de rasgar e tempo de costurar, tempo
de calar e tempo de falar,
Tempo de amar e tempo de odiar, tempo de
lutar e tempo de viver em paz.
Ele fez tudo apropriado a seu tempo. Também
pôs no coração do homem o anseio pela eternidade
(...)”
(Bíblia Sagrada - Eclesiastes 3:1-8/11)
RESUMO
O presente estudo teve como proposta identificar as ações do enfermeiro na assistência ao
paciente psiquiátrico em Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), através de uma revisão na
literatura, com o enfoque no trabalho interdisciplinar e no matriciamento em rede como sendo
um instrumento principal para a transformação do modelo de assistência hospitalocêntrico. A
metodologia empregada foi a descritiva qualitativa, tendo como base os estudos de Minayo
(1998). Inicialmente foi realizado um levantamento de 557 artigos, tendo como referência os
descritores “Saúde Mental”, “Enfermagem Psiquiátrica” e “Serviço de Saúde Mental”. Destes,
apenas 14 foram selecionados para análise dos dados por apresentarem o assunto de interesse.
A partir da leitura dos mesmos e da discussão, conclui-se que
Palavras-Chaves: Serviço de Saúde Mental; Enfermagem Psiquiátrica; Saúde Mental.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.................................................................................................................... 07
2 OBJETIVO ........................................................................................................................... 10
2.1 Objetivo Geral ................................................................................................................... 10
2.2 Objetivo Específico............................................................................................................ 10
3 MÉTODO ............................................................................................................................ 11
4 RESULTADO E DISCUSSÃO............................................................................................ 13
4.1 Ações de enfermagem na visão de enfermeiros do CAPS................................................. 15
4.2 A importância do matriciamento nas ações de enfermagem.............................................. 16
5 CONCLUSÃO...................................................................................................................... 18
6 REFERÊNCIAS .................................................................................................................. 19
7
INTRODUÇÃO
No contexto histórico marcado na década de 70 do século XX, quando do início da
Reforma Psiquiátrica no Brasil, a psiquiatria brasileira atuava com formas institucionais
conhecidas na época como: Asilos, Casas de Correção, Hospitais Psiquiátricos ou
Manicômios. As práticas de cuidados aos pacientes que necessitavam de atendimento
psiquiátrico foram evidenciadas por procedimentos de maus tratos, até mesmo com indícios
de violência e repressão moral, tanto explícita como veladas, exercidas pelo poder dos
profissionais sobre os usuários desses serviços. Esses métodos opressores eram entendidos
como uma forma de controle da ordem social (DIAS e SILVA, 2009; AZEVEDO et al; 2012).
A assistência ao usuário estava sempre propensa a ver o indivíduo como doente,
desconsiderando sua capacidade de atuar em seu próprio tratamento, favorecendo a exclusão e
o isolamento do convívio familiar e social (FILHO et al., 2009).
A enfermagem neste contexto, por sua vez também atuava através de técnicas que
oprimiam com condutas de disciplinamento e ordenadora, atuando sobre a direção médica.
Esse modelo manicomial nas ultimas duas décadas foi sofrendo descrédito por parte dos
usuários, famílias e por diversas categorias de profissionais militantes da área, que
começaram a perceber que a assistência prestada não correspondia às necessidades dos
pacientes com transtornos mentais (AZEVEDO e SANTOS, 2012).
No final da década de 80 e início de 90, iniciou-se novas experiências relacionadas à
assistência psiquiátrica, surgindo assim novos serviços substitutivos aos hospitais
psiquiátricos. Esta rede é composta pela atenção básica em saúde, como as unidades básicas
de saúde, quanto através de serviços especializados, incluindo Ambulatórios de Saúde Mental,
os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), Hospital-dia, Serviços de urgência e emergência
psiquiátricas, leito ou unidade em hospital geral e Serviços Residenciais Terapêuticos (SRT)
(DIAS e SILVA, 2009).
O CAPS surge regulamentado pela Portaria 336/2002 em 19 de fevereiro de 2002,
sendo classificado por ordem crescente, por abrangência populacional e complexidade de
atenção, e por definição da equipe mínima de profissionais, estabelecendo também o público
alvo a ser atendido. Os CAPS passam a ser classificados em CAPS I, CAPS II, CAPS III,
CAPS -I (Infantil), CAPS AD (álcool e droga), ofertando atendimento em regime intensivo
(usuários frequentam o serviço diariamente), semi-intensivo (usuários frequentam o serviço
8
três vezes por semana) e não intensivo (usuários frequentam o serviço uma vez por mês)
(KANTORSKI et al; 2008).
O CAPS possui equipe multiprofissional composta por Psicólogos, psiquiatras,
enfermeiros, auxiliares de enfermagem, assistentes social, terapeutas ocupacionais, técnicos
administrativos e outros (MILHOMEM e OLIVEIRA; 2009)
Visando organizar a rede de atenção às pessoas com transtornos mentais nos
municípios, o CAPS propõe a implantação de espaços de atenção psicossocial. Portanto
requer dos profissionais de enfermagem a necessidade de rever conceitos, métodos e formas
de lidar com o sofrimentos psíquico, o que os torna agentes de mudanças para novos hábitos e
atitudes dentro deste novo contexto de atuação.
A prática do enfermeiro no CAPS está baseada não apenas em normas ou rotinas, mas
esta sendo construída ou descontruída nesses cenários a partir de comunicações entre todos os
atores socais envolvidos nesse processo e entre esses e a comunidade. Diálogo e mudanças
começam a fazer parte do trabalho, tornando-se o campo efetivo da ação terapêutica do
enfermeiro, num processo de construção compartilhada, com proposta de intervenção
pedagógica terapêutica num modelo de apoio matricial.
[...] o apoio matricial pode ser entendido como um arranjo organizacional que surge
com o objetivo de ampliar a capacidade de resolubilidade das ações de saúde, ao propor uma
reformulação no modo de organização dos serviços e relações horizontais entre as
especialidade que passam a oferecer apoio técnico horizontal as equipes interdisciplinares de
atenção primaria, favorecendo assim a conexão em rede (JORGE et al., 2013).
Para trabalhar coletivamente, os profissionais de enfermagem devem rever posições,
descontruir a forma de pensar o trabalho como fragmentos hierarquizados, o projeto
terapêutico deve ser construído de forma participativa, o que não significa a perda da
identidade profissional, criando espaços de produção de modo que o cliente possa encontrar
resposta para suas distintas demandas. Escutar, conviver, criar vínculos, ser solidário e
criativo começam a fazer parte da nova maneira de cuidar do doente. A partir da atenção
psicossocial, convivência diária, o diálogo e a escuta, tem sido importantes no cuidar
proporcionado pela enfermagem (PINTO et al; 2011).
O Apoio Matricial permite através da interdisciplinaridade, o compartilhamento do
saber de cada profissão, é possível melhor compreender a complexidade da área de cuidados
em saúde mental, haja vista as dificuldades inerentes desse contexto.
Para DIAS e SILVA (2009), apesar dessa nova possibilidade de atuação, os
enfermeiros têm vivenciado práticas marcadas pela indefinição de seu papel profissional,
9
atuando muitas vezes como um agente terapêutico nesse processo, direcionando suas práticas
no desenvolvimento de atividades burocráticas administrativas. O enfermeiro na área de
enfermagem em saúde mental, em especial nos CAPS está perdendo sua identidade e
visibilidade, haja vista que esse posicionamento por parte dos profissionais de enfermagem
está relacionado a uma visão de preconceito ainda existente do modelo manicomial, bem
como por falta de docentes qualificados, razão pela qual se faz necessária à inclusão de
conteúdos pertinentes a esta realidade nos currículos dos cursos da área de enfermagem.
Tais transformações têm influenciado a prática da Enfermagem Psiquiátrica nos
CAPS, requerendo do profissional posicionamento assertivo diante do paradigma assistencial
defendido pela Política Nacional de Saúde Mental. Consequentemente, é necessário que os
enfermeiros reorganizem seus processos de trabalhos e repense seu papel, diante da
necessidade de desenvolver ações convergentes com a proposta psicossocial, construído a
partir da prática interdisciplinar o que contribui para torná-lo profissional mais autônomo,
possibilitando que o mesmo atue e conduza o processo de atendimento dos usuários dos
serviços de saúde mental, atuando na articulação da assistência em saúde mental em rede, o
que tem exigido a ampliação de seus conhecimentos para atuação nesse novo contexto de
atenção (VARGAS et al., 2010).
A proposta inicial deste estudo é identificar as ações do enfermeiro na assistência ao
paciente psiquiátrico em Centro de Atenção Psicossocial, através de uma revisão na literatura,
com o enfoque no trabalho interdisciplinar e no matriciamento em rede como sendo um
instrumento principal para a transformação do modelo de assistência hospitalocêntrico.
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2 OBJETIVO
2.1 Objetivo Geral
Verificar na literatura as ações de enfermagem no contexto dos Centros de Atenção
Psicossocial (CAPS).
2.2 Objetivo Especifico
Citar na literatura a importância do enfermeiro no Apoio Matricial (AM) ou
Matriciamento.
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3 MÉTODO
Trata-se de uma pesquisa bibliográfica descritiva, utilizando como forma de abordagem o
método qualitativo. Para MINAYO, como uma das formas de abordagem mais ocorrentes nas
investigações da área de saúde,
“define método qualitativo como aquele capaz de incorporar a questão do significado e da intencionalidade como inerentes aos atos, às relações, e às estruturas sociais, sendo essas últimas tomadas tanto no seu advento quanto na sua transformação, como construções humanas significativas”. (MINAYO, 1996, apud CAMPOS).
Segundo Minayo (1998), os estudos qualitativos respondem a questões muito
particulares, preocupando-se com um nível de realidade que não pode ser quantificado. Isto é,
penetram no universo dos comportamentos, atitudes e valores subjacentes ao objeto e ao
contexto pesquisado, buscando o significado de variáveis que não podem ser reduzidas à
quantificação.
Ainda para a autora, “a investigação qualitativa é a que melhor se coaduna ao
reconhecimento de situações particulares, grupos específicos e universos simbólicos.”
(MINAYO, 1994, apud DALFOVO, 2008).
Desta maneira, a escolha por este método de pesquisa se deu pela especificidade do
tema da assistência ao paciente psiquiátrico em Centro de Atenção Psicossocial.
3.1 Critérios de Inclusão
Inicialmente para a seleção dos artigos, realizou-se a leitura do título e respectivo
resumo, selecionando-se todos os trabalhos que abordavam o tema referente às ações de
enfermagem no Centro de Apoio Psicossocial(CAPS) e matriciamento, que tenham sidos
publicados no período compreendidos de 2008 a 2014.
3.2 Critérios de Exclusão
A partir dessas leituras, foram excluídos todos aqueles que abordavam ações de
enfermagem com outro enfoque de atuação em diferentes equipamentos de saúde mental,
assim como os artigos com data de edição inferior ao ano de 2008 e que tenham sidos
publicados fora do Brasil.
12
3.3 Análise dos dados
Para a análise de dados foram utilizados os artigos publicados e disponíveis na página
virtual da base de dados da Scientific Electronic Library Online (SCIELO), com delimitação
de marco temporal a partir de 2008.
A busca foi realizada a partir da utilização de três descritores de pesquisa: Serviços em
Saúde Mental; Saúde Mental e Enfermagem Psiquiátrica.
Realizado o levantamento procedeu-se a leitura dos resumos e a seleção dos materiais
a serem analisados.
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4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Considerando a busca realizada na base de dados Scielo (Scientific Electronic Library
Online) utilizando os descritores: Serviços em Saúde Mental, Integralidade e Saúde Mental no
idioma português, foram levantados inicialmente quinhentos e cinquenta e sete (557) artigos.
Em seguida no processo de análise dos artigos, realizou-se uma análise temática e de
conteúdo no intuito de descobrir os núcleos de sentido que compunham a pesquisa, cuja
presença ou frequência trariam significados para o objeto em questão, ou seja as ações do
enfermeiro do CAPS e a importância do matriciamento.
A partir dessas leituras, foram excluídos todos àqueles que abordavam ações de
enfermagem com outro enfoque de atuação em diferentes equipamentos de saúde mental e
que não tinham sidos publicados no Brasil e estavam no período compreendido de 2008 a
2014. Os textos foram analisados, constituindo um total de dezesseis (16) artigos, que são
apresentados no Quadro 1.
Destes, 50% referem-se aos descritores de “Saúde Mental”, 36% aos descritores de
“Serviço de Saúde Mental” e 14% aos descritores de “Enfermagem Psiquiátrica”, conforme
mostra o Gráfico 1.
Gráfico 1 – Artigos Encontrados na Scielo
14
DESCRITORES TÍTULOS REFERENCIAL TEÓRICOServiço de Saúde Mental O trabalho da equipe de um Centro de
Atenção Psicossocial na perspectiva da família.
CAMATTA, Marcio Vagner; SCHNEIDER, Jacó Fernando, 2008.
A inserção e as práticas do enfermeiro no contexto dos Centros de Atenção Psicossocial em álcool e drogas (CAPS ad) da cidade de São Paulo, Brasil.
VARGAS, Divane de; et al, 2010.
O perfil e a ação profissional da(o)enfermeira(o) no Centro de Atenção Psicossocial.
DIAS, Cristiane Bergues; SILVA, Ana Luisa Aranha e, 2009.
O papel da equipe de enfermagem no Centro de Atenção Psicossocial.
SOARES, Régis Daniel; et al, 2010.
Os CAPS e o trabalho em rede: tecendo o apoio matricial na atenção básica.
BEZERRA, Edilane; DIMENSTEIN, Magda, 2008.
Saúde Mental Percepção de enfermeiros sobre aspectos facilitadores e dificultadores de sua prática nos Serviços de Saúde Mental.
SILVA, Nathália Santos; et al, 2013.
A intersubjetividade no cuidado à saúde mental: narrativas de técnicos e auxiliares de enfermagem de um Centro de Atenção Psicossocial.
CAMPOS, Rosana Onocko; BACCARI,Ivana Preto, 2009.
Centro de Atenção Psicossocial: convergência entre saúde mental e coletiva.
BALLARIN, Maria Luisa Gazabim Simões; et al, 2011.
Acessibilidade e resolubilidade da assistência em saúde mental: a experiência do apoio matricial.
QUINDERÉ, Paulo Henrique Dias; et al, 2012.
Apoio matricial como dispositivo do cuidado em saúde mental na atenção primária: olhares múltiplos e dispositivos para resolubilidade.
PINTO, Antonio Germane Alves; et al, 2011.
Tecendo a rede assistencial em saúde mental com a ferramenta matricial.
SOUSA, Fernando Sérgio Pereira de; et al, 2011.
Apoio matricial: dispositivo para resolução de casos clínicos de saúde mental na atenção primária à saúde.
JORGE, Maria Salete Bessa; et al, 2013.
Enfermagem Psiquiátrica A enfermagem Psiquiatrica, a ABEn e o Departamento Cientifico de Enfermagem Psiquiatrica e Saude Mental: avanços e desafios.
ESPERIDIAO, Elizabeth; et al, 2013.
Os desafios da integralidade em um Centro de Atenção Psicossocial e a produção de projetos terapêuticos.
MORORÓ, Martha Emanuela Martins Lutti; et al, 2011.
Quadro 1- Artigos científicos disponíveis na base de dados da Scientific Electronic Library Online (SCIELO).
15
4.1 Ações de enfermagem na visão de enfermeiros do CAPS.
Para Soares et al (2010) e Dias e Silva (2009), o enfermeiro é visto como membro da
equipe de saúde, sendo que sua propostas de trabalho estão fundamentadas no
compartilhamento de saberes entre outros profissionais. Suas práticas incluem a oferta de
oficinas terapêuticas, realização do acolhimento e da escuta do paciente, consulta de
enfermagem, visita domiciliar e assim como os de cuidados de higiene, alimentação, execução
de exames, administração de medicação entre outros. Participa das reuniões de equipe
interdisciplinar, sendo o objeto principal do seu trabalho a pessoa com transtorno mental, a
família e a sociedade, requerendo assim uma maior flexibilização em sua assistência prestada.
Entretanto um fator preocupante evidenciado nos sujeitos da pesquisa de Soares et al
(2010) , está relacionado ao desconhecimento acerca do papel do enfermeiro junto à equipe
multiprofissional, quando os mesmos referiram que podem fazer o papel de outros
profissionais sem ao menos ter a formação necessária e adequada.
Já para Dias e Silva (2009), além das atividades assistenciais citadas anteriormente, os
autores referem que o enfermeiro assume atividade de caráter administrativo que inclui
controle de medicação e do estoque da farmácia, supervisão e orientação da equipe de
enfermagem, confecção de escala e auxilio na direção de serviço. O problema encontrado em
sua pesquisa em uma parcela dos enfermeiros entrevistado, compreende que o modelo de
trabalho do enfermeiro deve ser baseado no modelo hospital, fator que justifica sua
insegurança de trabalhar em outros campos. Entretanto outra parcela dos enfermeiros acredita
que as ações do enfermeiro no CAPS é compatível à ação do enfermeiro, principalmente no
que se refere à ações voltadas a interdisciplinaridade.
Vargas et al (2010), diferente dos outros autores, conclui que as práticas assistenciais
de enfermagem apontada pelos sujeito de sua pesquisa tendem a dar enfoque às questões de
caráter clínico e àquelas direcionadas à administração do serviço que inclui supervisão da
equipe de enfermagem e outros profissionais, desempenho de atividades operacionais como
separar medicação na farmácia, agendar consultas, assume tarefas como transcrição de
receitas e anotação de resultados de exames nos prontuários. Contudo o estudo demonstrou
que os enfermeiros apresentavam dificuldades para se inserir neste contexto de
interdisciplinaridade, em consequência de suas práticas estarem atreladas ao modelo
tradicional de atenção à Saúde Mental, apontando como causa desse fenômeno a carência de
preparo do enfermeiro para atuação na área.
Para Camatta e Schneider (2009), os familiares não se sentem reconhecidos
plenamente em sua posição biográfica, determinada diante das ações das equipes do CAPS.
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Para os autores, a compreensão das experiências vividas pelos familiares, permite afirmar que
a família é uma parceira imprescindível ao trabalho dos profissionais de saúde mental em
especial os enfermeiros, destacando-se como elemento importante para a consolidação das
práticas públicas em saúde mental.
4.2 A importância do matriciamento nas ações de enfermagem.
O estudo de Quindere et al (2013), evidenciou que o apoio matricial pode ser uma
ferramenta facilitadora da acessibilidade dos usuários, evidenciando-se que a aproximação
entre os trabalhadores do CAPS, junto às equipes de Estratégia de Apoio Familiar -EAF e
dos Programa de Saúde Familiar- PSF, através de uma ação multidisciplinar, certamente irá
influenciar na resolutividade dos casos atendidos. Esse estudo apontou também que há
desinteresse por parte de alguns trabalhadores, falta de compreensão técnica, dificuldades de
estabelecer prioridades e estratégias, bem como falta de articulação, precarizando assim o
acolhimento dos usuários.
Para Pinto et al (2012), o apoio matricial em saúde mental opera através de práticas
inovadoras em focos de atuação multidisciplinar , considerando a melhoria na articulação e
dinamização entre os serviços do CAPS e as Unidade de Saúde da Família. O autor reconhece
que o campo psicossocial é indispensável em todas as ações assistenciais e de promoção dos
usuários. Considera que seja priorizado a articulação inter-setorial para se garantir o
matriciamento.
Ballarin et al (2011), apresentou como resultados que muitos são os fatores que
dificultam a articulação da rede de cuidados, como a escassez de recursos humanos e
precarização das condições de trabalho. O desconhecimento do papel do CAPS, bem como
falta de clareza e ideias distorcidas sobre o trabalho do CAPS e falta de capacitação e
formação permanente fere o princípio da integralidade das ações de saúde na lógica do
matriciamento.
O estudo de Campos e Baccari (2011), difere dos outros autores ao apontar a
intersubjetividade no cuidado de saúde. O autor propõe que seja implementado nos CAPS o
planejamento de estrutura e da organização institucional, visando diminuir o impacto do
trabalho dos técnicos e melhorar o desempenho clínico da equipe, tomando-se como pré-
requisitos: organização institucional que favoreça horizontalidade de poder; distribuição de
tarefas que propicie integração da equipe, ações de interligação do CAPS com a rede;
composição de equipe interdisciplinar, oportunizar estrutura física adequada para a realização
17
dos serviços, suporte clínico para os profissionais na forma de supervisão e salários
adequados. Destacou-se na pesquisa as dificuldades apresentadas pelos trabalhadores do
CAPS, sendo: dificuldade de cooperação com familiares e usuários, fraca interligação do
CAPS com a rede de saúde.
Tanto para Jorge et al (2013), quanto para Souza et al (2011), o matriciamento é visto
como uma importante ferramenta de reorganização do fluxo da atenção à saúde mental em
rede, sendo uma prioridade no sentido de se produzir cuidado integral, contínuo e de
qualidade às pessoas em sofrimento psíquico. Isso porque o apoio matricial possibilita a
construção de nos caminhos de assistenciais terapêutico, articulando e interligando suas ações
a uma equipe de referência, tendo princípios e diretrizes do SUS articulados em suas ações.
Entretanto se percebe, no caso analisado na pesquisa Jorge et al (2013), a equipe não
detém tecnologias de cuidado para operar um projeto terapêutico, mas busca um caminho
nesta direção, o de ampliar a escuta, atitude que possibilita surgir novas possibilidades nesta
área.
Para Bezerra e Dimenstein (2008), seu estudo resulta de uma investigação junto aos
trabalhadores de saúde mental inseridos no CAPS, sobre a proposta de matriciamento a as
equipes do psf, pois com essa proposta pertence ampliar a rede de serviço substituto melhor o
funcionamento dos equipamentos. Apresentou como foco de discussão a articulação em rede
de serviço, as estratégias utilizadas para implantação do AM, sua importância, dificuldades e
desafios postos as equipes dos CAPS, numa perspectiva de troca de saberes e experiências,
descontruindo o sistema de referencia e contra referencia, promovendo as discussões de casos
entre os diversos profissionais, permitindo diferenciar os casos que realmente precisam de
atendimento. Relacionou entre as dificuldade a inexistência de rede eficaz, falta de suporte
aos serviços, numero insuficiente de profissionais, demandas expressiva de usuários, falta de
qualificação de estrutura e de autonomia, a estrutura burocratizada, falta de profissionais
qualificadas, observou também a articulação precária entre os CAPS e as redes de atenção
básica. Descreve conclui pela necessidade de repensar a função do CAPS na rede e rever o
modelo de funcionamento ambulatorial, assim como rever a formação acadêmica dos
profissionais que se revela insatisfatória, para o cuidado dos portadores de transtorno mentais.
18
5 CONCLUSÃO
Ao se iniciar este trabalho tinha-se como proposta identificar as ações do enfermeiro
na assistência ao paciente psiquiátrico em Centro de Atenção Psicossocial, através de uma
revisão na literatura.
Inicialmente, foi realizado o levantamento dos artigos segundo os descritores “Serviço
de Saúde Mental”, “Enfermagem Psiquiátrica” e “Saúde Mental”. Deste levantamento inicial,
14 artigos apresentaram o assunto de interesse.
Na análise dos dados identifica-se ......................................
Não se está propondo nenhuma análise definitiva para uma questão tão abrangente e
ainda pouco explorada. A pretensão deste trabalho restringe-se apenas a fomentar pesquisas
na área.
Ainda que vários estudos já tenham sido feitos para se pesquisar as ações da
enfermagem nos Centros de Apoio Psicossocial, as pesquisas indicam que este assunto está
longe de se esgotar.
19
REFERÊNCIAS
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projetos terapêuticos. Rev. esc. Enferm, São Paulo, v.45, n.5, Oct. 2011. Disponível em:
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20
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