ACIDENTES EM LABORATÓRIO

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ACIDENTES EM LABORATÓRIO O primeiro relatório sobre infecção adquirida em laboratório data de 1893 na França, relata uma inoculação acidental que resultou em infecção tetânica. Causas: Falta de treinamento, conhecimento ou experiência; falta de cuidado (sem cautela); fadiga; decide tomar um caminho mais curto; falta de tempo suficiente; trabalho realizado com muita rapidez; decide NÃO seguir as práticas de segurança; não acredita que seja perigoso. Tipos de acidentes: Salpicos e derramamentos, agulhas, cortes causados por objetos, perfuro cortantes, mordidas/arranhões de animais, pipetagem com a boca. LEGISLAÇÃO: NORMA REGULAMENTADORA 32 SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO EM SERVIÇOS DE SAÚDE •Estabelece os requisitos MÍNIMOS e diretrizes BÁSICAS para implementar as medidas de proteção à segurança e saúde dos trabalhadores dos serviços de saúde. •Abrange trabalhadores dos hospitais, clínicas, laboratórios, ambulatórios e serviços médicos existentes dentro de empresas. •A NR32 CONSOLIDA O PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS/ PPRA COMO FERRAMENTA ESPECÍFICA PARA ANTECIPAÇÃO, RECONHECIMENTO, AVALIAÇÃO E CONSEQUENTE CONTROLE DA OCORRÊNCIA DE RISCOS AMBIENTAIS EXISTENTES OU QUE VENHAM A EXISTIR NO AMBIENTE DE TRABALHO, TENDO EM CONSIDERAÇÃO A PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE E RECURSOS NATURAIS. NR- 32.2.3 – PCMSO – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional É DEPENDENTE DO PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS E DEVE CONTEMPLAR: •Reconhecimento e avaliação dos riscos biológicos; •Relação nominal dos trabalhadores, sua função, o local onde exercem suas funções e os riscos a que estão expostos;

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ACIDENTES EM LABORATÓRIO

O primeiro relatório sobre infecção adquirida em laboratório data de 1893 na França, relata uma inoculação acidental que resultou em infecção tetânica.

Causas: Falta de treinamento, conhecimento ou experiência; falta de cuidado (sem cautela); fadiga; decide tomar um caminho mais curto; falta de tempo suficiente; trabalho realizado com muita rapidez; decide NÃO seguir as práticas de segurança; não acredita que seja perigoso.

Tipos de acidentes: Salpicos e derramamentos, agulhas, cortes causados por objetos, perfuro cortantes, mordidas/arranhões de animais, pipetagem com a boca.

LEGISLAÇÃO:

NORMA REGULAMENTADORA 32 SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO EM SERVIÇOS DE SAÚDE

•Estabelece os requisitos MÍNIMOS e diretrizes BÁSICAS para implementar as medidas de proteção à segurança e saúde dos trabalhadores dos serviços de saúde.

•Abrange trabalhadores dos hospitais, clínicas, laboratórios, ambulatórios e serviços médicos existentes dentro de empresas.

•A NR32 CONSOLIDA O PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS/ PPRA COMO FERRAMENTA ESPECÍFICA PARA ANTECIPAÇÃO, RECONHECIMENTO, AVALIAÇÃO E CONSEQUENTE CONTROLE DA OCORRÊNCIA DE RISCOS AMBIENTAIS EXISTENTES OU QUE VENHAM A EXISTIR NO AMBIENTE DE TRABALHO, TENDO EM CONSIDERAÇÃO A PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE E RECURSOS NATURAIS.

NR- 32.2.3 – PCMSO – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional

É DEPENDENTE DO PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS E DEVE CONTEMPLAR:

•Reconhecimento e avaliação dos riscos biológicos;

•Relação nominal dos trabalhadores, sua função, o local onde exercem suas funções e os riscos a que estão expostos;

•Vigilância médica dos trabalhadores potencialmente expostos;

•Programa de vacinação.

32.2.3.5 - EM TODA OCORRÊNCIA DE ACIDENTE ENVOLVENDO RISCOS BIOLÓGICOS, COM OU SEM AFASTAMENTO DO TRABALHADOR, DEVE SER EMITIDA A CAT (COMUNICAÇÃO DE ACIDENTE DE TRABALHO).

Art. 22º da Lei nº 8.213/1991 – A empresa deverá comunicar o acidente de trabalho à Previdência Social no 1º dia útil seguinte ao da ocorrência e de imediato em caso de morte, sob pena de multa.

NR-32 /32.2.4 – DAS MEDIDAS DE PROTEÇÃO:

32.2.4.3.2 – O uso de luvas não substitui o processo de lavagem das mãos, o que deve ocorrer, no mínimo, antes e depois do uso das mesmas.

32.2.4.6 – Todos trabalhadores com possibilidade de exposição a agentes biológicos devem utilizar vestimenta de trabalho adequada e em condições de conforto.

32.2.4.6.1 – A vestimenta deve ser fornecida sem ônus para o empregado.

32.2.4.6.2 – Os trabalhadores não devem deixar o local de trabalho com os EPI e as vestimentas utilizadas em suas atividades laborais.

32.2.4.11 – Os trabalhadores devem comunicar todo acidente ou incidente com possível exposição a AB ao responsável pelo local de trabalho e, quando houver, ao SESMT e CIPA.

32.2.4.14 – Os trabalhadores que utilizarem objetos perfurocortantes devem ser responsáveis pelo seu descarte.

32.2.4.15 – São vedados o re-encape e a desconexão manual de agulhas.

Agentes de Risco: Segundo o Ministério do Trabalho (Portaria do MT No.3214 de 08/06/78):

“Entende-se por agente de risco, qualquer componente de natureza física, química, biológica que possa comprometer a saúde do Homem, dos animais, do ambiente ou a qualidade dos trabalhos desenvolvidos”.

PRECAUÇÕES UNIVERSAIS DE BIOSSEGURANÇA

•Na área de trabalho laboratorial deve ser mantido o uso das PRECAUÇÕES UNIVERSAIS DE BIOSSEGURANÇA .

•Manter as unhas cortadas.

•Não usar anéis, pulseiras, relógios e cordões longos, durante as atividades laboratoriais.

•Não colocar objetos na boca.

•Usar roupa de proteção durante o trabalho .

•Não utilizar a pia do laboratório como lavatório

•Não utilizar geladeira, freezer ou estufa do laboratório para guardar e aquecer alimentos.

EPI E EPC:

A saúde e bem estar dos trabalhadores dos Serviços de Laboratórios são recursos primordiais para o desenvolvimento tanto social e econômico quanto pessoal, formando assim uma importante dimensão ampliada da qualidade de vida.

EPI:

São dispositivos de uso pessoal, destinados à proteção da saúde e integridade física do trabalhador. O uso dos EPI no Brasil é regulamentado pela Norma Regulamentadora NR-6 da Portaria no. 3214 de 1978, do Ministério do Trabalho e Emprego.

EPC:

Os Equipamentos de Proteção Coletiva/EPC auxiliam na segurança do trabalhador dos serviços de laboratórios, na proteção ambiental e também na proteção do produto ou pesquisa desenvolvida.

- AUTOCLAVES : Gera a esterilização de equipamentos termoresistentes e insumos através de calor úmido (vapor) e pressão. É obrigatória no interior dos laboratórios NB-3 e NB-4, (NB-4 autoclave de porta dupla). E também em laboratórios NB-2 e NB-1 e serviços de saúde é obrigatório autoclave no interior das instalações.

- FORNO PASTEUR: Opera em superfícies que não são penetradas pelo calor úmido. Sendo monitorado, com registro de temperatura nas esterilizações e testes biológicos.

- CHUVEIRO DE EMERGÊNCIA e LAVA OLHOS: Chuveiro de aproximadamente 30cm de diâmetro, acionado por alavancas de mão, cotovelo ou pé. Sendo colocados em locais de fácil acesso.

- SINALIZAÇÃO DE EMERGÊNCIA: É um conjunto de símbolos com formas e cores diferenciados que indicam sinalização de: aviso, interdição, obrigação, segurança e prevenção de incêndio.

- SÍMBOLOS DE SEGURANÇA: Os símbolos de aviso incluem o símbolo de Risco Biológico, Risco Químico, Risco Radioativo e outros.

- SALA LIMPA: Área na qual se limita e controla as partículas do ambiente. Utilizam-se filtros absolutos (HEPA) para nível de limpeza superior aos encontrados normalmente nas salas convencionais.

- MÓDULO DE FLUXO LAMINAR DE AR: São áreas de trabalho, portáteis, limitadas por cortina de PVC flexível ou outro material rígido transparente. Pode ser horizontal ou vertical.

- CABINE DE SEGURANÇA QUÍMICA: Cabine construída de forma aerodinâmica.Utilizada na manipulação de substâncias químicas que liberam vapor e gases tóxicos, irritantes, corrosivos, etc.

-CABINES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA (CSB): O princípio fundamental é a proteção do operador, do ambiente e do experimento através de fluxo laminar de ar, filtrado por filtro absoluto ou filtro HEPA.

- FILTRO HEPA DA CSB: Desenvolvido nos anos 40 do séc. XX. São usados em: CSB, salas limpas, bancadas de fluxo unidirecional. Também em sistema de filtração se compõe basicamente de uma única folha de microfibra, resistente a umidade.

- Cabines de Segurança Biológica Classe I: São semelhantes as capelas de exaustão química. Promove proteção do operador, pessoal do laboratório e ambiente.

- Cabines de Segurança Biológica Classe II: A CBS Classe II é conhecida com o nome de Cabine de Segurança Biológica de Fluxo Laminar de Ar. O princípio fundamental é a proteção do operador, do ambiente e do experimento ou produto.

- PROTETORES PARA OS MEMBROS SUPERIORES: cremes protetores que devem ser usados em trabalhos em que haja perigo de lesão provocada por objetos escoriantes, abrasivos, cortantes, perfurantes, produtos químicos corrosivos, cáusticos, tóxicos, alergênicos, oleosos, graxos, objetos aquecidos; choque elétrico; radiações perigosas; frio e agentes biológicos.

OUTROS EPC:

•MICROINCINERADORES

•CAIXAS OU CONTAINERS DE AÇO

•CAIXA DESCARTÁVEL PERFUROCORTANTE

•AGITADORES E MISTURADORES COM ANTEPARO

•CENTRIFUGAS COM COPOS DE SEGURANÇA

EPC IMPORTANTES:

•Chuveiro químico para laboratório NB-4,

•Extintor de incêndio, mangueira de incêndio,

•Sprinkle, (Chuveiro automático de extinção de incêndio)

•Luz ultravioleta,

•Anteparo para microscópio de imunofluorescência,

•Anteparo de acrílico para radiosótopos,

•Indicadores de esterilidade usados em autoclaves.

Exaustores para gases, névoas e vapores contaminantes

Ventilação dos locais de trabalho

Proteção de partes móveis de máquinas

Sensores em máquinas

Barreiras de proteção em máquinas e em situações de risco

Corrimão e guarda-corpos

Fitas sinalizadoras e antiderrapantes em degraus de escada

Piso Anti-derrapante

Barreiras de proteção contra luminosidade e Radiação (Solda)

Cabines para pintura

Redes de Proteção ( nylon)

Isolamento de áreas de risco

Sinalizadores de segurança (como placas e cartazes de advertência, ou fitas zebradas)

Lava-olhos

Kit de primeiros socorros

Equipamentos de Proteção Coletiva - EPC

São equipamentos de contenção que possibilitam a proteção do trabalhador, do meio

ambiente e do produto ou pesquisa desenvolvida. Podem ser utilizados por um ou mais

trabalhadores.

3.2.1 Microincinerador de alça de transferência metálica

É utilizado para a esterilização das alças de cromo-níquel,

substituindo a flambagem em chama de bico de Bunsen.

Podem ser elétricos ou a gás. Possuem anteparos de

cerâmica ou de vidro de silicato de boro para reduzir, ao

mínimo possível, a formação de aerossóis e dispersão de

material infectado quando são utilizadas alças de

transferência.

3.2.2 Alças de transferência descartáveis

Substituem as alças de cromo-níquel e alças de platina. São de material plástico estéril,

descartáveis e dispensam a flambagem.

A vantagem dessas alças é a de não precisarem ser esterilizadas, sendo, portanto, ideais

para ser utilizadas em cabines de segurança biológica, onde microincineradores e,

principalmente, bicos de Bunsen interferem no fluxo do ar.

Após o uso, são descartadas como resíduo contaminado (é necessário descontaminar

antes do descarte quando usadas em culturas).

3.2.3 Dispositivos de pipetagem

São dispositivos para auxiliar a sucção em pipetas. Podem ser mais simples, como pêras

de borracha, até equipamentos elétricos ou com bateria conforme ilustração abaixo.

3.2.4 Anteparo para microscópio de imunofluorescência

É um dispositivo para proteção contra a radiação da luz ultravioleta, que pode causar

danos aos olhos. Este dispositivo é usado acoplado ao microscópio. Estado de Santa Catarina

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3.2.5 Capela de segurança química

É uma cabine de exaustão que protege o profissional da inalação de vapores e gases

liberados por reagentes químicos e evita a contaminação do ambiente laboratorial.

3.2.6 Chuveiro de emergência

É um chuveiro para banhos em caso de acidentes com produtos

químicos e fogo.

Este chuveiro é colocado em local de fácil acesso e é acionado por

alavancas de mãos, cotovelos ou joelhos.

Chuveiros convencionais são usados para emergências, quando não

existem outros disponíveis. São localizados próximos aos locais de

risco e reservados somente para essa função, sendo sinalizados de

acordo com as normas (ver capítulo IV, item15.1.1). Neste caso lavaolhos são disponibilizados

em cada setor.

3.2.7 Lava-olhos

É utilizado para lavação dos olhos em casos de respingos ou

salpicos acidentais. Pode fazer parte do chuveiro ou ser do tipo

frasco lava olhos.

O pessoal de laboratório é treinado para o uso deste EPC, levando

em conta que jatos fortes de água podem prejudicar ainda mais o

olho.

3.2.8 Extintores de incêndio

Os extintores são utilizados para acidentes envolvendo fogo.

Podem ser de vários tipos, dependendo do tipo de material envolvido no incêndio (ver

capítulo IV, item 16.1).

3.2.9 Cabines de segurança biológica – CSB

São equipamentos projetados com sistemas de filtração de ar para que se possa ter uma

área de trabalho segura para os diversos tipos de ensaios desenvolvidos no laboratório.

São utilizados para proteger o

profissional e o ambiente laboratorial

dos aerossóis potencialmente

infectantes que podem se espalhar

durante a manipulação dos materiais

biológicos. Alguns tipos de cabine

protegem também o produto que está

sendo manipulado do contato com o

meio externo, evitando a sua

contaminação. Estado de Santa Catarina

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As CSB são providas de filtros de alta eficiência. O mais utilizado atualmente é o filtro

HEPA (High Efficiency Particulate Air) que apresenta uma eficiência de 99,93% para

partículas de 0,3µ de diâmetro, chamadas de MPPS (Maximum Penetration Particulate

Size).

3.2.9.1 Classificação das cabines de segurança biológica

Os sistemas de filtração das CSB são mais ou menos complexos, de acordo com o tipo

de microrganismo ou produto que vai ser manipulado em cada cabine. Por isto elas são

classificadas em três tipos:

• Classe I

• Classe II, subdivididas em A, B1, B2 e B3.

• Classe III

a) Cabine de Segurança Biológica Classe I

É uma modificação da capela usada em laboratório químico, diferindo pela presença de

filtro HEPA.

É a forma mais simples de cabine.

É recomendada para trabalho com agente de risco biológico baixo e moderado.

Ver desenho esquemático da CSB Classe I na página anterior.

b) Cabines de Segurança Biológica Classe II

São constituídas por um sistema de fluxo laminar unidirecional (por isto são conhecidas

como capelas de fluxo laminar), projetado para criar uma área de trabalho isenta de

contaminação externa, onde se manipula com segurança os materiais biológicos ou

estéreis que não podem sofrer contaminação do meio ambiente.

Podem, também, garantir que o manipulado (ou experimento) não vá contaminar o

operador e o meio ambiente.

O fluxo laminar faz com que o experimento seja varrido por uma corrente de ar limpo,

garantindo seu grau de limpeza. Como conseqüência, todos os contaminantes produzidos

na área de trabalho são retirados em uma direção determinada pelo sentido do fluxo de

ar.

Por isto, as cabines são instaladas, preferencialmente, em locais exclusivos e protegidos,

ou então, o mais afastado possível da porta de entrada do laboratório para evitar

interferência no fluxo de ar.

Os movimentos dentro das cabines devem ser lentos, para que este fluxo não se rompa,

comprometendo a barreira de contenção.

• Cabine Classe II A

A cabine Classe II A protege tanto o operador como o produto.

Microrganismos de risco biológico classes I e II podem ser manipulados em pequenas

quantidades;

Não é utilizada em ensaios envolvendo substâncias tóxicas, explosivas, inflamáveis ou

radioativas, pela elevada porcentagem de ar que recircula na cabine e no ambiente. Estado de

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• Cabine Classe II B1

Este tipo de cabine é usado em operações de risco moderado com materiais químicos

e voláteis e com agentes biológicos tratados com mínimas quantidades de produtos

químicos ou tóxicos.

Protege o operador, o produto e o ambiente.

Microrganismos de risco biológico classes I, II, III podem ser manipulados.

É recomendada para a utilização de equipamentos que homogeneízam, agitam e/ou

centrifugam materiais de risco biológico.

• Cabine Classe II B2

Este tipo de cabine é usada para agentes biológicos tratados com produtos químicos e

radioativos e em operações de risco moderado, incluindo materiais químicos voláteis.

Pode ser usada com materiais que liberam odores.

Protege o operador, o produto e o ambiente.

Microrganismos de risco biológico classes I, II e III podem ser manipulados;

É recomendada para a utilização de equipamentos que homogeneízam, agitam e/ou

centrifugam materiais de risco biológico.

• Cabine Classe II B3

É semelhante à cabine Classe II A. É usada para pequenas quantidades de materiais

químicos voláteis, químicos tóxicos e radioativos (traços).

Protege o operador, o produto e o meio ambiente.

Microrganismos de risco biológico classes I, II e III podem ser manipulados.

• Cabine de Segurança Biológica Classe III

É uma cabine de contenção máxima, totalmente fechada, com ventilação própria,

construída em aço inox, à prova de escape de ar, que opera com pressão negativa.

O trabalho é efetuado com luvas de borracha acopladas à cabine.

Como esta cabine proporciona máxima proteção ao pessoal, meio ambiente e produto,

ela é indicada para microrganismos de risco biológico classe III e principalmente IV,

como os arbovírus Machupo, Lassa, e Marburg, e vírus de febres hemorrágicas.

Também é usada com material para pesquisa de DNA de alto risco.

3.2.9.2 Escolha da Cabine de Segurança Biológica

A escolha de uma CSB depende, em primeiro lugar, do tipo de proteção que se pretende

obter: proteção do produto ou ensaio, proteção pessoal contra microrganismos dos

Grupos de Risco 1 a 4, proteção pessoal contra exposição a radionuclídios e químicos

tóxicos voláteis ou uma combinação destes.

Verificar na tabela 1 a comparação de CSB de acordo com o tipo de proteção desejada,

características e indicações de uso.

http://lacen.saude.sc.gov.br/arquivos/MBS01.pdf