Acidente de Chernobyl e a Energia Nuclear

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Acidente de Chernobyl e a energia nuclear Ocorrido em abril de 1986, o acidente na usina nuclear de Chernobyl gerou uma nuvem radioativa que atingiu quase toda a Europa e a URSS. Na madrugada do dia 26 de abril de 1986, uma sequência de explosões ocorrida na usina nuclear de Chernobyl , localizada na Ucrânia , República federada !R"", resul#ou em um dos maiores aciden#es qu$micos e nucleares da %is#&ria' !ma primeira explos(o de )apor no rea#or número *, #amb+m con%ecido como %ernob-l.*, e o incêndio resul#an#e le sequência de explosões qu$micas que gerou uma imensa nu)em radioa#i)a de iodo-131e césio-137 que alcan/ou a !ni(o "o)i+#ica, 0uropa rien#al, 0scandin )ia e Reino !nido' 3o con#r rio do que comumen#e se afirma, n(o %ou)e explos(o nucle 3s causas do aciden#e s(o #an#o %umanas quan#o #+cnicas e ocorreram duran#e a realiza/(o de #es#es de seguran/a foi des#ru$do, ma#ando no momen#o cerca de 45 #rabal%adores que se encon#ra)am no local, sendo que nos #rês mese #rabal%adores morreram em decorrência do con#a#o com os ma#eriais radioa#i)os' 0n#re#an#o, em )ir#ude da propaga/(o da nu)em radioa#i)a, mil%ões de ou#ras pessoas sofreram as consequências do iodo e o c+sio liberados na explos(o, resul#ando em doen/as e m s.forma/ões das pessoas nascidas de m(es e pais reas que mais foram afe#adas foram a Rússia, !cr nia e 7ielorrússia, sendo que es#e úl#imo pa$s concen#rou 65 seu #erri#&rio' aciden#e de %ernob-l foi mais radioa#i)o que as duas bombas a# micas lan/adas pelos 0!3 ao f <undial nas cidades =aponesas de >iros%ima e Nagasa?i' @ +poca, o aciden#e n(o foi informado pelo go)erno so)i+#ico imedia#amen#e' <esmo Aie), capi#al da !cr nia, es# quil me#ros da usina de %ernob-l, um grande desfile do 1B de maio foi realizado na cidade, dias ap&s o aciden#e pessoas que compareceram ao desfile #i)eram con#a#o com a nu)em radioa#i)a sem #erem con%ecimen#o do fa#o' Ce abril a#+ agos#o de 1986 mil%ares de #rabal%adores de #oda a !R"" #rabal%aram para a cons#ru/(o de um sarc&fa propaga/(o da radia/(o' 3 usina encon#ra.se %o=e desa#i)ada e isolada, sendo proibida a en#rada de comple#a ocorrer apenas no ano de 256D, quando os n$)eis de radia/(o pro)a)elmen#e #er(o )ol#ado ao normal' aciden#e ser)iu de combus#$)el para o for#alecimen#o das manifes#a/ões con#ra a u#iliza/(o de energia nuclear, dos aciden#es s(o ex#remamen#e noci)os aos seres %umanos e s demais formas de )ida no plane#a' u#ros dois acid nucleares #amb+m se aproximaram do que ocorreu em %ernob-lE em mar/o de 19F9, em G%ree <ile :sland, na Hensil) mar/o de 2511, em Ju?us%ima, no Kap(o, ap&s um #sunami a#ingir a usina do local'

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Acidente de Chernobyl e a Energia Nuclear

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Acidente de Chernobyl e a energia nuclearOcorrido em abril de 1986, o acidente na usina nuclear de Chernobyl gerou uma nuvem radioativa que atingiu quase toda a Europa e a URSS.Na madrugada do dia 26 de abril de 1986, uma sequncia de exploses ocorrida na usina nuclear deChernobyl, localizada naUcrnia, Repblica federada URSS, resultou em um dos maiores acidentes qumicos e nucleares da histria.Uma primeira exploso de vapor no reator nmero 4, tambm conhecido como Chernobyl-4, e o incndio resultante levaram a uma sequncia de exploses qumicas que gerou uma imensa nuvem radioativa deiodo-131ecsio-137que alcanou a Unio Sovitica, Europa Oriental, Escandinvia e Reino Unido. Ao contrrio do que comumente se afirma, no houve exploso nuclear em Chernobyl.As causas do acidente so tanto humanas quanto tcnicas e ocorreram durante a realizao de testes de segurana no reator. O reator foi destrudo, matando no momento cerca de 30 trabalhadores que se encontravam no local, sendo que nos trs meses seguintes vrios trabalhadores morreram em decorrncia do contato com os materiais radioativos.Entretanto, em virtude da propagao da nuvem radioativa, milhes de outras pessoas sofreram as consequncias do contato com o iodo e o csio liberados na exploso, resultando em doenas e ms-formaes das pessoas nascidas de mes e pais contaminados. As reas que mais foram afetadas foram a Rssia, Ucrnia e Bielorrssia, sendo que este ltimo pas concentrou 60% do p radioativo em seu territrio. O acidente de Chernobyl foi mais radioativo que as duas bombas atmicas lanadas pelos EUA ao final da II Guerra Mundial nas cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki. poca, o acidente no foi informado pelo governo sovitico imediatamente. Mesmo Kiev, capital da Ucrnia, estando localizada a 130 quilmetros da usina de Chernobyl, um grande desfile do 1 de maio foi realizado na cidade, dias aps o acidente. As milhares de pessoas que compareceram ao desfile tiveram contato com a nuvem radioativa sem terem conhecimento do fato.De abril at agosto de 1986 milhares de trabalhadores de toda a URSS trabalharam para a construo de um sarcfago para impedir a propagao da radiao. A usina encontra-se hoje desativada e isolada, sendo proibida a entrada de pessoas. Sua desativao completa ocorrer apenas no ano de 2065, quando os nveis de radiao provavelmente tero voltado ao normal.O acidente serviu de combustvel para o fortalecimento das manifestaes contra a utilizao de energia nuclear, j que os resultados dos acidentes so extremamente nocivos aos seres humanos e s demais formas de vida no planeta. Outros dois acidentes em usinas nucleares tambm se aproximaram do que ocorreu em Chernobyl: em maro de 1979, em Three Mile Island, na Pensilvnia, EUA; e em maro de 2011, em Fukushima, no Japo, aps um tsunami atingir a usina do local.

O acidente de ChernobylO acidente nuclear que ocorreu em 26 de abril de 1986, na Usina de Chernobyl, na Ucrnia, ex-repblica da antiga Unio Sovitica, vem sendo considerado h muito tempo como o maior acidente nuclear de todos os tempos e tem causado muito medo quanto ao uso desse tipo de fonte de energia.O que aconteceu foi que, naquele dia, oreator 4da usina estava parado para uma manuteno peridica e para o teste de um novo mecanismo de emergncia. Para tal, algumas normas de segurana deveriam ter sido seguidas; porm, no foi o que ocorreu. Os operadores da Sala de Controle do Reator no foram treinados segundo essas normas internacionais de segurana e no obedeceram aos cuidados mnimos com isso perderam o controle da operao.Para citar um exemplo desse descuido, temos o fato de que, visto que estavam realizando testes na parte eltrica, o reator estava funcionando em potncia baixa. Entretanto, ele no pode permancer assim por muito tempo. Ainda assim, a operao continuou dessa forma. Inclusive quando soaram os alarmes, o operador no tomou a providncia de desligar urgentemente o reator; em vez disso, ele desligou os alarmes e essa experincia continuou por 24 horas.Houve ento uma reao em cadeia descontrolada, atingindo temperaturas elevadssimas, pois o sistema de resfriamento por gua do sistema primrio foi interrompido. Para controlar a velocidade de fisso, usavam-se, nessa intalao, barras de grafite, que entram em combusto espontnea quando aquecidas. Visto que houve um superaquecimento do reator e como as guas que ainda circulavam nos tubos foram rapidamente transformadas em vapor, o resultado foi a formao de uma bola de fogo no edifcio da planta que explodiu.Como a cobertura da usina no havia sido feita para aguentar esse impacto, a tampa de concreto e o teto do prdio foram destruidos,liberando 400 vezes mais material radioativo para a atmosfera do que a bomba atmica de Hiroshima.Os nveis de radiao cresceram cada vez mais, at que radiaes em altos nveis foram detectadas ao longo de toda a Europa, principalmente na Frana.Os bombeiros que foram chamados para controlar o incndio receberam altas doses de radiao: 31 pessoas morreram na hora, 132 foram hospitalizadas e 130 000 pessoas tiveram que ser evacuadas da regio. Outras pessoas morreram dias depois. Calcula-se que esse acidente causou a morte de cerca de 28 mil pessoas, deixando muitas outras com graves sequelas, causadas pela exposio ao material radioativo. Ao longo do tempo, comearam a aparecer vrios casos de cncer; principalmente na glndula tireoide de crianas. Adultos e crianas contraram leucemia aps leses na medula ssea e muitas mulheres grvidas de at quatro meses tiveram filhos com malformao gentica.A regio permanecer contaminada por muitas dcadas; mesmo assim, atualmente, as outras unidades da Central Nuclear de Chernobyl continuam em operao. Construiu-se um Sarcfago, ou caixo de cimento, na unidade acidentada para evitar que se libere mais radiao para o meio ambiente. No entanto, esse sarcfago necessita de ajustes e reparos ao longo do tempo, que no esto sendo feitos.

Por Jennifer Rocha Vargas Fogaa

ChernobylA cidade deChernobyl seu nome significa grama negra fica ao norte daUcrnia, na divisa com a Bielorrssia, sobre o rioPripyat. Na poca da construo, toda a regio estava integrada Unio Sovitica. A central nuclear foi construda a vinte quilmetros da cidade deChernobyle a cem da capital daUcrnia,Kiev. Um complexo que abrigou os trabalhadores ficava aquatro quilmetrosda cidade dePripyat. L quarenta ecinco mil pessoasestavam abrigadas no momento do acidente.A radioatividade foi descoberta em1896, quando o cientista francsHenri Becquerelguardou uma amostra dexido de urniojunto a placas fotogrficas. Essas placas foram escurecidas pela atividade dournio, mesmo estando cobertas por ummaterial opacopara proteo. Com isso ele percebeu que estava sendo emitida alguma radiao pelo urnio, que atravessava o material de proteo. Essa radiao foi estudada em seguida pelos cientistas e prmiosNobel Marie Curie e Rutherford. Que descobriram novos elementos radioativos e outros tipos de radiao. A partir desses estudosdescobriu-seque a radiao produzida pelodecaimento nuclear, onde o ncleo do tomo sofre umadecomposio parcial tambm conhecida comofisso nuclear.A criao de todos os elementos qumicos,exceto o hidrognio, realizada pelo mudana no ncleo do tomo. Pela fragmentao, chamada defisso, ou pela juno de ncleos para formar um ncleo maior conhecida comofuso nuclear.Diariamenteestamos expostos aradiao. Os tipos mais fracos, e , so absorvidos e neutralizados pela pele, sendomenos nocivosque a radiao. Esse ltimo tipo podeatravessar corposeedifcios, ionizando molculas que esto na sua trajetria. As protenas e o DNA sodanificadaspor essa radiao e perdem sua funo, gerando doenas como ocncer. A radiao pode ainda ser usada paracurar doenas.Aconstruoda usina comeou em1970e em1983foi inaugurado oquarto reator. No momento do acidente estavam sendo construdos maisdois reatoresque tiveram suas obrasparalisadastrs anos aps o acidente e em12 de dezembro de 2000o complexo foifechado definitivamente. A usina era formada por reatores dos tiposRBMK Reator nuclear arrefecido por gua moderado a grafite e PRW Reator de gua pressurizada que podiam produzir1000 mega-wattsde energia eltrica. Esse ltimo modelo usado emAngrae precisa ser construdo prximo a reservatrios de gua, por isso as usinas solocalizadas prximas a rios ou maresde onde retirada a gua pararesfriamento, mtodocriticadopor ambientalistas, poisaumentaa temperatura da gua, afetando osecossistemasda regio. Asquatrounidades de Chernobyl eram do tipo RBMK e a planta da usina era considerada um modelo dentro da Unio sovitica, que tinha planos de extenso.Esse tipo de reator utilizaurnio-235como combustvel. A reao nuclear de um grama desse elemento produz aproximadamente82000000 kJde energia, valor mais deum milho de vezesmaior que o produzido pela queima de um grama de metano gs usado em algumas termeltricas. Para produzir essa energia os tomos sobombardeadospor nutrons e quebram-se como esferas de vidro, formando ncleos menores que geram novos elementos como obrioe ocriptnio. Quando esse ncleo quebrado ele libera eltrons que passam a atingir novos ncleos, gerando uma reao em cadeia. Nos reatores usados em Chernobyl essa reao em cadeia era moderada pela utilizao de grafite,reduzindoa velocidade dos nutrons e permitindo ocontrole da reao.Essa reao altamente exotrmica, produzindo uma temperatura extremamente elevada, podendo fundir as paredes do reator, que so produzidas com tijolos especiais e espessas paredes de cimento e chumbo, com mais de um metro de espessura. Ournio-235representa apenas0,7 %das reservas, para se obter energia o urnio deve serenriquecido. Esse processo eleva a quantidade de urnio-235 para3% nvel usado nos reatores nucleares e realizado pelacentrifugaode compostos de urnio, mas esse processo tambm pode ser usado paragerar materialpara a produo debombas atmicas. Por isso oIrvem sofrendo retaliaes constantes a cada vez que anuncia odesenvolvimentodessa tecnologia ou a criao de novas usinas deenriquecimento.O acidente Na noite de25 de abril de 1986os cientistas que trabalhavam na usina decidiram realizar um teste para verificar se asturbinas da usinaseriam capazes de produzir energia suficiente para manter as bombas de refrigerao funcionando mesmo com uma queda de energia, at que os geradores a diesel pudessem entrar em operao. Esse procedimentomanteria o reator resfriado, evitando umaexplosopelo aumento da temperatura. Durante a execuo desse teste ocorreraminmeras falhasque proporcionaram aexploso do reator.

Para evitar que o teste fossecancelado, os cientistas burlaram uma sria de medidas de segurana. O sistema de segurana foidesligadoe o reator teve sua capacidadereduzidapara apenasvinte e cinco por cento, um procedimento que no sugerido por medidas de segurana. Por razes desconhecidas houve umaqueda de potnciapara menos de um por cento. Ento essa potncia teve de ser aumentada lentamente. Mas trinta segundos aps o incio do aumento a potncia cresceu repentinamente e de formainesperada. O desligamento de emergncia do reator que cessaria a reao em cadeiafalhou.

Em fraes de segundo o nvel da potncia e de temperatura subiu de formadescontroladae o reatorexplodiu. A tampa de vedao, que pesavamil toneladasfoi arrancada e a temperatura de mais de2000C derreteu as hastes de controle, onde estava armazenado o grafite para controle da reao, que acabou entrando emcombustoe em seguida comeou a ser liberado para a atmosfera os materiais radioativos provenientes dafissorealizada pelo reator. A exploso teve fora superior aquatrocentas vezesas bombas lanadas sobre Hiroshima e Nagasaki. No existeuma causa clara para o acidente, mas acredita-se que acombinao de erros humanos e tecnolgicosforam cruciais. O teste aconteceusob presso, pois havia sidointerrompidopor nove horas e precisava voltar a fornecer energia para a capital,Kiev. Falhas tcnicas na produo do reator tambm so apontadas comocausa do acidente. As hastes de controle parareduzir a fissopodem provocar efeito contrrio quando inseridas muito rapidamente, o que pode ter ocorrido em Chernobyl. E um acidente anterior na Litunia em 1983, teve causas parecidas, mas que no foram relatadas para Chernobyl. Para conter o incndio os bombeirosjogaram gua de resfriamentono ncleo do reator por dez horas, sem resultado satisfatrio. Ento durante o perodo de27 de abrilat5 de maio,trinta helicpterossobrevoaram a rea despejando um total deduas mil e quatrocentas toneladas de chumboemil e oitocentas toneladas de areiapara tentarabafaro fogo e absorver aradiao. Com essa medida eles acabaram provocandoefeito contrrio, pois mantiveram material acumulado sob a camada de areia e chumbo e ocalor aumentounovamente. Somente aps 6 de maio o fogo foi controlado comnitrognio.Os trabalhadores que combateram o fogo foram severamente submetidos radiaoe trinta e um delesmorreramlogo aps. Cerca de oitocentos mil homenstrabalharam na limpeza de Chernobyl e sofrem at hoje comdanos sade.Cento e trinta mil pessoasforam retiradas da regio. Depois de sete meses o reator 4 e o ncleoderretidoforam cobertos por umaespessa parede de concreto armado. Esse abrigo, conhecido como sarcfago, foi construdo supondo-se que pudesse abrigar o material remanescente e conter a radiao. Aps alguns anos foireveladoque ele havia sido projetado para durar entre vinte e trinta anos. Em1997foi criado oPlano de Proteo, que prev um abrigo com durao decem anos.Hojevinte e um por centoda Bielorrssia est contaminada porcsio-137que foi espalhado pela chuva e vento e pelo rio prximo a usina, aps o acidente. Em alguns ambientes como terrenos para criao de escolas realizada aescavaodo solo para retirar a camadacontaminada. As guas da bacia dorio Dniepere lenis subterrneos estocontaminados, alm de lagos, o que propicia a contaminao de peixes. Atualmente a contaminao se concentra em reas deflorestasao redor da usina, rvores frutferas sofreram contaminao e as folhas das rvores serviram com um filtro armazenando a radiao. Ainda h uma grande contaminao nos alimentos, devido oconsumo de feno e capimpor animais e a produo rural para consumo prprio.A quantidade de casos decncer outro ponto grave. Mesmo em crianas e jovens nascidos aps o acidente,ainda pode ser observado o efeito da radiaoabsorvida pelos pais, j que ocorrem deformaes genticas que so transferidas por geraes. A pobreza e a falta de fiscalizao tambmintensificamos problemas. Atoitocentas famliaspodem ter voltado a morarclandestinamentena regio, que tem o acessocontrolado.Ainda no existe um consenso sobre autilizao de energia nuclear, principalmente pelo nvel de segurana alcanado. Um desastre pode acontecer aqualquer momentoem uma dascentenas de usinasque esto em operao no mundo. De um lado tem-se a obteno degrande quantidadede energia atravs do uso de pequenas massas de urnio. De outro esto o acumulo dosdejetoscom o tempo de operao, que ainda no tiveram um mtodo deneutralizaoeficaz e o alto custo para construo e manuteno dessas usinas que chega a ser quase o dobro dasusinas hidreltricas. A usina deAngra 3consumiria maisR$ 9,5 bilhespara serfinalizada, tendo em vista que a maior parte do material para sua construo j foi comprado de umaempresa alempelo acordo fechado para construo deAngra 2.Na regio deCaetitna Bahia, foram encontrados pontos de gua comquarenta vezesmais urnio do que o tolervel peloMinistrio da Sade. No local funciona aINB (Indstrias Nucleares do Brasil), principal culpada pelas contaminaes e que diz ser a grande quantidade de urnio no solo da regio o real motivo da contaminao. O Ministrio pblico j haviadenunciadoa empresa por despejo de material radioativo no ambiente.Em1987, pessoas secontaminaramem Goinia, atravs de um equipamento de raio-x que foi parar num f erro velho. O dono do local abriu a cpsula que continhacloreto de csioe ao ver osal azuladoe brilhante resolveu mostrar para a famlia e amigos. Uma sobrinha deleingeriu o sal e morreu. Seu corpo foi enterrado em umcaixo de chumbodevido grande contaminao.No se tem ainda uma posio correta sobre autilizaode energia nuclear. Se olharmos pelo ponto de vista da sade pblica, rapidamente optaremos pela utilizao de outrasfontes de energia renovvel. Que estaro disponveiseternamente, da mesma forma que os resduos e as lembranas dosdesastres nucleares.