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ACESSO VENOSO CENTRAL
Henrique Ferreira de Brito
Chefe do Serv iço de Cl ín ica Médica ABCG- Santa Casa Médico do Serv iço de Terapia Intens iva ABCG – Santa Casa
Espec ia l ista em Pneumologia – UNIFESP /Escola Paul i sta de Medic ina
Abril/ 2016
DEFINIÇÃO
“Define-se por canulação venosa central, o posicionamento de um
dispositivo apropriado de acesso vascular cuja extremidade atinja a
veia cava superior ou inferior, independentemente do local da
inserçao periférica”
ASPECTOS HISTÓRICOS
1733 (reverendo Stephen Hales): caterização IV com a medida direta das
pressoes arterial e venosa em animais
1856 (Faivre): mensuraçao direta da pressao arterial, canulando a artéria
de um membro amputado.
1929 (Forssmann): cateterismo moderno
1941 (Cournand & Ranges): metodologia para cateterizaçao do atrio
direito por punçao percutanea de veias do braço
Radiologista, em 1953 efetua cateterização das artérias e coração. Seu método é adaptado para cesso
venoso com vantagem de fornecer maior calibre para os catéteres )
ASPECTOS HISTÓRICOS
1952 (Aubaniac): descreve a punçao percutanea da veia subclavia (VSC),
utilizando agulha longa e de grosso calibre, para a ressuscitaçao volemica
rapida em feridos de guerra.
1962 (Wilson et al): enfatizam e popularizam o uso da monitorizaçao da
pressao venosa central (PVC) para reposiçao volemica em pacientes cirurgicos
1968 (Wilmore & Dudrick) popularizam o uso da punçao venosa central
percutanea da VSC
INDICAÇÕES Monitorização hemodinâmica (PVC, SvO2, DC)
Marcapasso transvenoso
Nutrição parenteral Infusão de quimioterápicos e drogas vasoativas
Hemodiálise, plasmaférese
Impossibilidade de acesso periférico
Infusão de grandes volumes ??
CONTRA-INDICAÇÕES •
Infecção, ferimentos e queimaduras
Anatomia local distorcida
Extremos de peso (?)
Vasculites
Canulação prévia de longo termo
Injeção prévia de agentes esclerosantes
CONTRA-INDICAÇÕES
• Lesão vascular distal
• Radioterapia prévia
• Distúrbios de sangramento
• Terapia trombolítica ou anticoagulação
• Paciente combativo (pediatria)
• Médico inexperiente e não supervisionado
DISCRASIA SANGUÍNEA
• Preferir os locais de possível compressão manual e fácil acesso
cirúrgico, como a femoral e jugular.
• Pacientes com TAP/TTPA alargado fazer 2 bolsas de PFC e vit. K 10mg
EV imediatamente antes do procedimento se o acesso for
fundamental para garantir a vida do paciente, por ex., hemodiálise de
urgência
E AÍ?
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DEFORMIDADES ANATÔMICAS
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QUEIMADURAS
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LESÕES CERVICAIS
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NÃO ESQUECER Acesso central é um procedimento cirúrgico;
Como tal devem ser observadas as normas de assepsia e antissepsia, exceto em casos de extrema urgência;
Descreva o procedimento (RGO);
Em pacientes intubados desconectar ventilador (no máximo 15s);
Realizar o teste de refluxo de sangue.
Solicitar Rx tórax após realizar os acessos superiores.
DE QUE LADO? Preferência ao lado direito
Cúpula pleural D é mais baixa (menor risco de pneumotórax, especialmente na punção
de subclávia)
O trajeto até o átrio direito é mais retilíneo (menor possibilidade de mau posicionamento do cateter, especialmente pela jugular interna)
Ducto torácico desemboca na subclávia esquerda (menor risco de quilotórax)
ACESSO SUBCLÁVIO Vantagens
• Anatomia relativamente fixa.
• No estado de choque hipovolêmico: não colaba!
• O local é relativamente imóvel, permitindo a manutenção de um curativo fixo e estéril,
com menor perda acidental de cateteres.
ACESSO SUBCLÁVIO Desvantagens
• Apresenta alto risco de complicações graves e mesmo fatais (pneumotórax, hemotórax).
• O local não é compressível manualmente
• Um alto grau de experiência em punções venosas centrais é necessário para minimizar as
complicações.
ACESSO JUGULAR INTERNO Vantagens
• Menor risco de complicações graves em relação à subclávia.
• É relativamente superficial, o local é compressível manualmente e o acesso ao vaso e estruturas subjacentes é fácil
• Em discrasias sangüíneas de moderada gravidade, sua punção é possível
• Durante a ressuscitação cardiorrespiratória pode ser canulada por pessoa treinada
ACESSO JUGULAR INTERNO Desvantagens
• A punção é difícil em pessoas com pescoço curto e em obesos.
• A anatomia da jugular é menos fixa.
• Na hipovolemia a jugular tende a colabar
• O local é muito móvel, dificultando a manutenção e um curativo seco e estéril, bem como facilitando a perda do cateter por tração acidental
ACESSO FEMORAL Vantagens
• superficial e de fácil acesso
• menor risco de complicação e sem complicações fatais (da técnica)
• permite cateteres calibrosos
• pode ser realizado na PCR
ACESSO FEMORAL Desvantagens
• Local móvel e úmido, potencialmente contaminado
• Maior risco de complicação infecciosa e trombótica
Referências Bibliográficas:
1. Knobel, E. Condutas no Paciente Grave – 3a edição; 2006
2. Araújo, S. Acessos Venosos Centrais e Arteriais Perifericos – Aspectos
Tecnicos e Praticos; Revista Brasileira Terapia Intensiva Volume 15 - Numero 2;
Abril/Junho 2003
3. Weistein, S. Principles and Practice of Intravenous Therapy. New York,
Lippincott, 2001