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Boletim informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês - Ano XII - n.° 117 - Julho de 2011

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2 - Ano XII - n.° 117 - Julho de 2011

Demonstrativo financeiro

BÊNÇÃO DE SÃO FRANCISCO

DE ASSIS

“O Senhor te abençoe e te proteja.

Mostre-te a sua face e se compadeça de ti.

Volva a ti o seu rosto e te dê a paz”

ORAÇÃO VOCACIONALÓ Deus, que não queres a morte do pe-

cador, e sim, que se converta e viva, nós te suplicamos pela intercessão da Bem-aven-turada sempre Virgem Maria; de São José, seu esposo e de todos os santos, que nos concedas maior número de operários para a tua Igreja, que trabalhando com Cristo, se de-diquem e sacrifiquem pelas almas. Por Jesus Cristo, na unidade do Espírito Santo. Amém.

MAIO – 2011

RECEITASDízimo paroquial ........................................................................................................................ R$ 58.486,75Ofertas ..................................................................................................................................... R$ 14.337,00Espórtulas/batizados/casamentos ............................................................................................ R$ 1.890,00

Total ..........................................................................................................................................................................R$ 74.713,75

Dizimistas cadastrados ......................................................................................................................................... 1.370Dizimistas que contribuíram ..................................................................................................................................... 667

DESPESASDimensão Religiosa

Salários/encargos sociais ......................................................................................................... R$ 14.226,76Côngruas .................................................................................................................................. R$ 3.270,00Casa paroquial/Auxílio Alimentação - IPAS .................................................................................. R$ 2.635,00Desp.cultos /ornamen. / Festividades / Mães ........................................................................... R$ 5.430,00Luz/água/telefone..................................................................................................................... R$ 2.426,24Cursos ...................................................................................................................................... R$ 398,00Conserv. dos imóveis/reformas ................................................................................................. R$ 2.718,68Móveis/Utensílios e compras..................................................................................................... R$ 981,98Rouparia /Copa/Alimentação/Gás ............................................................................................. R$ 1.268,05Despesas com correio (jornal e dízimo) ...................................................................................... R$ 924,27Serviços de contabilidade .......................................................................................................... R$ 90,00Serviços de alarme .................................................................................................................... R$ 182,00Seguro Predial ........................................................................................................................... R$ 270,69Manutenção de Veículos/Combustíveis ...................................................................................... R$ 843,73Material de limpeza ................................................................................................................... R$ 575,29Material de expediente/xerox ..................................................................................................... R$ 905,42Revistas/internet/ WEB/ “O capuchinho”................................................................................... R$ 2.520,94Plano de saúde / farmácia ......................................................................................................... R$ 687,00Vales transportes e fretes .......................................................................................................... R$ 581,50

Total ..........................................................................................................................................................................R$ 40.935,55

Dimensão MissionáriaTaxa para Arquidiocese .............................................................................................................. R$ 6.670,52Taxa para a Província freis Capuchinhos ..................................................................................... R$ 5.046,16Mat.pastoral/catequético .......................................................................................................... R$ 959,52Campanha da Fraternidade ........................................................................................................ R$ 3.942,00Lugares Santos ......................................................................................................................... R$ 823,00

Total ..........................................................................................................................................................................R$ 17.441,20

Dimensão SocialAção Social Vila N. Sra. da Luz.(abril) ......................................................................................... R$ 4.000,00(Além das doações de: cestas básicas, alimentos, roupas e outras)

Total. .........................................................................................................................................................................R$ 4.000,00TOTAL GERAL ..........................................................................................................................................................R$ 62.376,75

Igreja matriz Nossa Senhora das Mercês

Horários e atendimentos

ENDEREÇO da paróquia e conventoAv. Manoel Ribas, 96680810-000 CURITIBA-PrTel. paróquia: (041) 3335.5752 (sec.)Tel. convento: (041) 3335.1606 (freis)

EXPEDIENTE da Secretaria paroquial: Das 8h até 18h MISSAS horárioSegunda-feira: 6h30Terça, quarta e quinta-feira: 6h30 e 19hSexta-feira: 6h30, 15h e 19hSábado: 6h30, 17h e 19hDomingo: 6h30, 7h30, 9h, 10h30, 12h, 17h e 19h

ENTREAJUDAQuinta-feira: 9h, 15h e 20h

NOVENA PERPÉTUA DE N. SRA. DAS MERCÊSSexta-feira 8h30

ADORAÇÃO AO SANTÍSSIMO SACRAMENTOSexta-feira das 9h às 19h

BÊNÇÃOS De segunda à sexta-feira: das 8h às 11h30 e das 14h às 18hSábado: das 9h30 às 11h30 e das 14h às 17hTelefone para agendar bênçãos: 3335.1606

Encontros de EntreajudaDepressão, desânimo, obsessões, possessões, soma-tizações, fobias, timidez, complexo de culpa, conceitos falhos de Deus, dependência de drogas, dificuldades con-jugais, problemas familiares e outros. Participe desses Encontros de Entreajuda com frei Ovídio Zanini, em todos os domingos, das 15 às 18h, no salão paroquial da Igreja das Mercês. O ingresso é de R$ 20,00 (vinte reais), com direito a um material de relax e programação mental. Será servido gratuitamente um lanche. Informações na secretaria paroquial, tel. 3335-5752, e-mail [email protected], celular da Ir. ALzira: 9971-8844.

ANIVERSARIANTESNossa comunidade felicita os aniversariantes do mês de julho, oferecendo a todos a prece comunitária e as intenções na Santa Missa.

SUGESTÕESCaro leitor! Sua opinião e sugestões são muito importantes. Entregue-as na secretaria da paróquia ou envie-as para o e-mail [email protected]. - Se você quiser saber mais, envie suas perguntas às quais procuraremos respon-der. Mande seus artigos até o dia 20 de cada mês.

Expediente do Boletim | Pároco: Fr. Pedro Cesário Palma. Vigários paroquiais: Fr. Ovídio Zanini, Frei Benedito Felix da Rocha e Frei João Daniel Lovato. Jornalista responsá-vel: Luiz Witiuk - DRT nº 2859. Coordenação: Secretaria Paroquial e Diego Silva. Diagramação: Edgar Larsen. Impressão: Ed. O Estado do Paraná (tel. 3331-5106). Tiragem: 5.000 exemplares.

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Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês - 3

Você já experimentou dor na alma? Certa-mente, todos nós já experimentamos. É essa dor profunda, que não é física, nem simples-mente emocional, que parece dilacerar o cora-ção. Foi a dor experimentada por nosso Senhor, Jesus Cristo, em sua paixão e morte na cruz. Foi a dor sentida pela sua pobre mãe, Maria, ao contemplar seu filho insultado, cuspido, ensan-güentado e pregado na cruz. É a dor de tanta gente que carrega suas cruzes e enfrenta as dificuldades da vida.

Essa dor dilacera a alma da pessoa que per-deu um ente querido, em um amor que aca-bou mal resolvido, na perda inexplicável de um emprego. É a dor da pessoa que sofreu um acidente ou uma catástrofe da natureza. É a dor de um relacionamento que acabou, de um casamento que mal começou e já terminou, de uma amizade que findou. É a dor da mãe ou do pai que vêem seus filhos se enveredarem pelos caminhos do vício, da prostituição, da violên-cia. É a dor da pessoa que sofre na solidão ou na doença. É a dor de quem é injustiçado, desprezado, não amado. É a dor da falta de es-perança, da falta de sentido para a vida. A lista poderia continuar...

Em minha vida de frei, dedico grande parte do meu tempo ouvindo pessoas e ajudando-as a aliviar suas dores. Na verdade, em muitos casos, em vez de ajudar, sou ajudado. Como

no caso de dona Hermelinda (o nome é fictício, mas o fato é real).

Dona Hermelinda vivia com sua filhinha de cinco anos de idade em um dos morros de Flo-rianópolis (SC). Mulher de fé e atenta às ne-cessidades das pessoas. Exercia a função de Ministra Extraordinária da Sagrada Comunhão na comunidade.

Certa vez, devido às intensas chuvas, hou-ve um deslizamento de terra no morro em que morava e ela perdeu seu barraco e, pior, sua filhinha! Que dor desta pobre mãe! Muitas ve-zes, a presenciei num choro silencioso, calmo, profundo, mas que em nenhum momento cedia lugar aos gritos e desesperos. Jamais a vi cul-pando Deus pelo acontecido.

Um dia, dona Hermelinda me disse: “Frei, sei que minha filha está junto de Deus. Esse Deus que me dá força para eu me manter em pé e superar este sofrimento”.

Somente alguém de fé pode dizer palavras como estas! De fato, Deus não quer o sofri-mento de ninguém. Ele não abandona seus fi-lhos, que sofrem, e lhes dá forças para superar a dor. Por isso, juntamente com o choro, é pre-ciso um movimento de superação, um empenho na busca de um sentido para continuar vivo. Buscar a força divina na oração, na escuta da Palavra de Deus, na participação dos sacra-mentos e na vida comunitária, é sinal de fé.

Um dia, no final da Santa Missa na comuni-dade, dona Hermelinda deu este depoimento: “Obrigado pelo apoio que tenho recebido de vo-cês. Sei que não posso mudar o fato ocorrido, mas posso encontrar um modo de lidar e de aprender com ele. Quando entendi que tenho que aceitar aquilo que não posso mudar, gran-de parte de meu sofrimento foi superado”.

Fiquei pensando nestas palavras de dona Hermelinda. Realmente, não podemos mudar o que aconteceu. Uma realidade passada não pode ser modificada. O que pode ser mudado é o jeito de olharmos o acontecido. Olhá-lo com o olhar da fé, aprender a lidar com ele, tirar lições para a vida, deixar se transformar pelo que aconteceu e aceitar aquilo que não pode ser mudado, eis a sabedoria da vida. Di-zia Epicteto, filósofo grego: “As pessoas não sofrem pelas coisas, mas pela visão que têm das coisas”.

Anos se passaram após o acidente que le-vou a filhinha de dona Hermelinda e, outro dia, recebi mais uma lição desta mulher: “Sei que não sou a única e nem a maior sofredora do mundo. Quando olho ao meu redor e vejo tanta gente sofrendo mais do que eu, procuro aju-dar essas pessoas. E, em vez de ficar me la-mentando o resto da vida, vivo com otimismo e gratidão a Deus por tantas graças que recebo dele. A maior graça é a ressurreição, da qual minha filha já está participando e que todos nós vamos participar um dia”.

Fiquei zonzo com este depoimento, saído da boca daquela mulher simples, de baixa es-colaridade, mas de uma sabedoria profunda! De fato, por mais que sofremos, há sempre al-guém sofrendo mais do que nós. Por mais que nossa dor seja profunda, há sempre alguém com dor mais aguda que a nossa e precisando do bálsamo de nossa ajuda, de nossa palavra, de nossa visita, de nossa prece. Esquecer um pouco de si e voltar-se para essas pessoas, é aliviar a própria dor. Fugir da vitimização e viver com otimismo e gratidão, é o grande remédio para curar a dor do coração.

Reze esta oração, do Amor Exigente:

Senhor, eu seguro minha mão na tuaUno meu coração ao teuPara que juntos possamos fazer aquilo que

sozinho não consigoConcede-me, Senhor, a serenidade necessá-

ria para aceitar as coisas que não posso modi-ficar

Coragem para modificar aquelas que possoE sabedoria para distinguir uma das outrasDá-me, Senhor, força, fé e alegriaAmém.

Frei Pedro Cesário Palma, OFMCap.Pároco

Graças à generosidade dos paroquianos, dizimistas e benfeitores, arrecadamos no mês de maio de 2011, os donativos abaixo discriminados:

DEMONSTRATIVO DAS DOAÇÕES: MAIO/11

DestinatárioPeças de roupas

Calçados Diversos Total Alimentos

N. Sra. da Luz (Vila) 2.161 156 228 2.545 463

Almirante Tamandaré 2.622 276 269 3.167 412

Vila Verde 1.619 185 307 2.111 378

Cerne - - - - 120

Setor Mercês 41 8 - 49 306

TOTAL 6.443 625 804 7.872 1.679

À Ação Social da Vila N. Sra. da Luz, doamos em dinheiro: R$ 4.000,00“Deus ama quem dá com alegria” (2Cor. 9,7)Agradecemos a você, pela sua generosa doação.

Frei Pedro Cesário Palma

Pároco

AÇÃO SOCIAL DA PARÓQUIA N. SRA. DAS MERCÊS

Essa dor que dói na alma!

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4 - Ano XII - n.° 117 - Julho de 2011

Agradecimento à Paróquia Nossa Senhora das MercêsQueremos agradecer a Paróquia Nossa Senhora

das Mercês pela ajuda que presta ao nosso Centro Social Nossa Senhora da Luz dos Pinhais, da Paró-quia Nossa Senhora da Luz - CIC. Muito obrigado pela porcentagem do dízimo e outros donativos que esta paróquia nos envia. O recurso é utilizado na compra de materiais didáticos, material de expe-diente para os projetos de geração de trabalho e renda, cursos de artesanato e profissionalizantes, visando a humanização das famílias em situação de vulnerabilidade.

Iniciamos o ano de 2011 com o curso de mecâ-

nica básica, um início para a qualificação. O Cami-nho da Profissão é uma iniciativa da Federação das Indústrias do Estado do Paraná. Essa entidade, através do SESI/SENAI, oportuniza a iniciação pro-fissional aliada à formação cidadã, compatibilizan-do a necessidade da indústria com a da inclusão de potenciais profissionais no mercado de trabalho industria. Isso se faz em parceria com o SENAI/SESI e com a Paróquia Nossa Senhora das Mercês, em vista da emancipação e profissionalização das famílias e pessoas desempregadas, sempre preo-cupado em ampliar e aprimorar as atividades arte-

sanais, projetos de geração de trabalho e renda e cursos profissionalizantes.

Muito obrigado à paróquia Nossa Senhora das Mercês por esta parceria tão importante com nos-so Centro Social, em vista da promoção humana das pessoas. A prática do dízimo promove a vida na família e na comunidade. Que Deus abençoe sempre vocês.

Frei Carlos Gonzaga VieiraPároco da Paróquia Nossa Senhora da Luz - CIC

Presidente do Centro Social Nossa Senhora da Luz dos Pinhais

Assembléia do Centro Social

Páscoa para as crianças

Curso de violão

Curso Mecânica Básica

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Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês - 5

São Pedro e São PauloCelebrar o dia dos santos e santas é proc-lamar a santidade de Deus, que con-tinua-mente a comunica a seus filhos e filhas.Nós, católicos, veneramos os santos e san-tas, nossos maiores amigos e inter-cessores diante de Deus, e adoramos e glorificamos ao Deus Santíssimo, com os nossos santos e santas!

Neste ano, dia 3 de julho, (transferido do dia 29 de junho para o domingo mais próximo) cele-bramos a festa de São Pedro e São Paulo. Seus respectivos mar-tírios consa-graram, para nós, este dia. “Sua voz ressoa e se espa-lha em toda a terra e chega aos confins do mundo sua palavra” (Sl 18,5).

Pedro e Paulo: dois no-mes que, ao longo dos sécu-los, “personificaram a Igreja inteira em sua ininterrupta Tradição”. São os dois pri-meiros mestres da fé em que se reconhece neles a Igreja histórica.

Pedro, escolhido por Cristo como fundamento do edifício eclesial, portador das chaves do Reino (Mt 16,13-19), pastor do reba-nho santo (Jo 21,15-17), confir-mador dos irmãos (Lc 22,32), na sua pessoa e nos sucessores é o sinal visível da unidade e da comunhão na fé e na caridade.

Pedro, o primeiro dos apóstolos, amava a Cristo ardentemente e mereceu es-cutar do próprio Cristo: “Por isso eu te digo que tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja” (Mt 16,18), sobre esta pedra construirá a fé que have-rá de proclamar.

Pedro, o primeiro Papa, apesar de ter negado a Je-sus três vezes, foi sempre entusiasta pelo Cristo e por sua missão. “Foi assim que aprendeu a servir e a não ser servido” (Cardeal Arns).

A profissão de fé, “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo” (MT 16,16) fez de Pe-dro, que fala com os discípu-los e por eles, a pedra funda-mental da comuni-dade de Jesus Cristo, do cristianismo

de todos os tempos.Paulo, antes de converter-se a Jesus, foi per-

seguidor dos cristãos. É impossí-vel resumir tudo o que São Paulo fez em favor do cristianismo em todos os tempos. Treze cartas, cheias de profun-dos ensinamentos, são atribuídas a ele e “ninguém consegue resumir a grandeza e a sublimidade de sua pessoa” (Cardeal Arns).

Paulo, integrado no colégio apostólico pelo pró-prio Cristo no caminho de Da-masco (At 9,1-16), instrumento escolhido para levar seu nome perante os po-vos (At 9,15), é o maior missionário de to-dos os tempos, o advogado dos pa-gãos, apóstolo dos gentios, aquele que, juntamente com Pedro, faz

ressoar a mensagem evangélica no mundo medi-terrâneo.

São Pedro e São Paulo, grandes apóstolos, sela-ram com o martírio em Roma, pelo ano de 67, seu testemunho de Cristo!

Diz o prefácio destes dois santos: “Senhor, vós nos concedeis a alegria de fes-tejar os Apóstolos Pedro e Paulo. Pedro, o primeiro a proclamar a fé, fundou a igreja primitiva sobre a herança de Israel. Paulo, mestre e doutor das nações, anunciou-lhes o Evangelho da Salvação.

Por diferentes meios, os dois congregaram a única família de Cristo e, unidos pela coroa do mar-tírio, recebem hoje, por toda a terra, igual venera-

ção”.“Ainda hoje o Papa invo-

ca a autoridade dos santos Apóstolos, Pedro e Paulo, quando, em seus atos ofi-ciais, quer referir a Tradição à sua fonte: a Palavra de Deus. Só pela escuta dessa palavra no Espírito, pode a Igreja se “tornar perfei-ta no amor em união com o Papa, com os bispos e toda a or-dem sacerdotal” (Missal Do-minical, 1327).

Amiga e amigo leitor!Abraçar a fé de São Pedro

e São Paulo é fazer ecoar, hoje, o que eles profes-sa-ram naquele início inadiável do cristianismo.

Os dois apóstolos eram como um só. Embora te-nham sido martirizados em dias diferentes, deram o mesmo testemunho. Pedro foi à frente, Paulo o se-guiu.

Portanto, professemos a fé que eles proclamaram, amemos a vida, dediquemo--nos ao Evangelho, acolha-mos os sofrimentos, os testemunhos e os ensina--mentos desses dois gran-des mestres do cristianis-mo. Pois essas colunas da Igreja católica são nossos intercessores, nossos ins-piradores e orientadores na evangelização de hoje e em todos os tempos. Por isso “Creio na Igreja, una, santa, católica e apostólica”, teve sua origem nos Apóstolos!

Frei João Daniel Lovato, OFMCap

[email protected]

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6 - Ano XII - n.° 117 - Julho de 2011

Exercícios espirituais1. O que é um retiro?

Retiro é o ato de retirar-se, ou seja, um tempo especial (um dia, uma semana, um mês) para afas-tar-se das atividades normais e avaliá-las de ou-tro ângulo. Para nós, religiosos, são de-nominados também exercícios espirituais. É um tempo mais forte de vida espiritual ou tempo com Deus. Pode ser individual ou em grupo. É um tempo especial para a oração pessoal e comunitária, com o apoio da reflexão sobre um tema espiritual e meditação.

2. O retiro é obrigatório?

Para todos os religiosos ele é obrigatório, pois, a sua finalidade é altamente benéfica. Mas, antes de tudo, é visto como um privilégio, uma oportunidade de crescimento, de abastecimento espiritual. Para nós, os freis capuchinhos, nossas Constituições assim se exprimem sobre o retiro: “Para renovar continu-amente nossa vida religiosa, todos os frades façam cada ano um retiro espiritual e também haja outros espaços periódicos de recolhimento, que serão louvavelmente or-ganizados de vez em quando, de formas variadas, de acordo com as diversidades de ocu-pações”. (Constituições dos Freis Capuchinhos 55, 1-2).

3. De quando em quando se faz o retiro?

Existem os retiros anuais, (obrigatório para todos os reli-giosos e o clero) com duração de uma semana a um mês, conforme orientação de cada Congregação ou Diocese e os men-sais, com duração normal-mente de um dia.

4. Por que os freis fazem retiro?

Como foi dito acima, é uma norma da Vida Re-ligiosa, mas, bem antes disso, todo frei sabe que é uma grande necessidade para o cultivo e renova-ção de sua vida espiritual. Aliás, des-de o início de sua formação ele é orientado para esta prática de exercícios espirituais.

5. Onde acontecem os retiros? Nós, os freis capuchinhos do Paraná e Santa

Catarina, normalmente os fazemos em nossa Casa de Retiros em Butiatuba, para os grupos grandes e para os pequenos grupos, na Casa de Oração, situada próximo à Santa Felicidade ou na casa do Noviciado, em Joinville (SC), ou ainda em nosso Convento Santa Clara, em Londrina.

6. Como os freis realizam os retiros? Ultimamente, nossa Província optou por duas

modalidades: uma, em grupo grande (uns 30 ou

mais freis). Este se realiza em nossa Casa de Re-tiro, em Butiatuba, pois ela é mais espa-çosa. Nor-malmente, é todo em silêncio. Os participantes, dia-riamente, participam da Euca-ristia, rezam juntos o Ofício Divino. Há dois momentos de reflexão sobre um tema apropria-do, exposto por um assessor e o restante do tempo é para meditação e oração pessoal. Ou-tra modalidade ocorre em pequenos grupos (8 a 10 freis). São realizados, geralmente, em nossa Casa de Oração. Antecipadamente, são preparados temas espirituais e atuais para serem estudados no grupo. Iniciando o retiro, cada grupo elege um coordenador, um prove-dor, um assessor e um secretário. Depois, organiza-se o horário: eu-caristia, ofício divino, reflexões em grupo, refeições, tempo pessoal e descanso. Há também um dia de deserto.

7. O que é o dia de deserto? É um dia especial de encontro pessoal com

Deus, pela contemplação. Existem algumas ori-en-tações práticas que ajudam o retirante a aproveitar melhor o deserto. Diz-se deserto por-que Moisés retirou-se para o deserto... Jesus também. Foi um tempo forte para eles e para quem o faz hoje tam-bém. E neste tempo deve haver bastante silêncio e evitar tudo o que possa dispersar o retirante para que seu encontro pessoal com Deus seja o mais benéfico possível. É claro que o exercício do deser-to acontece, também, desde a iniciação para aque--les que optam pela Vida Religiosa.

8. Como acontecem os desertos, nos retiros dos freis?

Eles já fazem parte dos nossos retiros. Como comentei acima, as orientações práticas aju-dam muito e são indicadas ou pelo assessor, ou pelo próprio grupo. Cito como exemplo, o último retiro

do qual participei no início deste mês. Nosso grupo optou por fazer o deserto com adoração ao Santís-simo Sacramento o dia todo, por escala, uma hora cada frei, conclu-indo o dia com a Bênção do San-tíssimo. Logo após, houve a partilha das experiên-cias espiri-tuais vividas no seu tempo de adoração e também durante todo o deserto. O que ouvimos de cada participante foi realmente enriquecedor, uma experiência preciosíssima.

9. Normalmente, quais são os resultados dos retiros?

Sempre, ao final do retiro, se faz a avaliação e, em geral, os resultados são muito positivos, tan-to em nível pessoal quanto grupal. É um verdadei-ro oásis, um Tabor, ou seja, o frei ‘reti-rado’ das

tantas ocupações comuns é favorecido por momentos intensos de fraternidade, de partilha, de silêncio, de ora-ção comunitária mais pausa-da e preparada, de intensa oração pessoal. É evidente que tudo isso ajuda a re-cuperar e fortalecer nossa harmonia interior, solidificar nossa espiritualidade e por que não dizer: nos solidari-zamos mais intensamente com todas as pessoas com as quais convivemos ordina-riamente. Em outras pala-vras, no retiro temos mais tempo para estar também a sós com Deus e recomen-dar-lhe as intenções destas pessoas que, segundo o evangelho são o nosso pró-ximo, isto é, as mais próxi-mas de nós e que devemos amá-las concretamente.

10. O retiro é somente para os religiosos e o clero?

Não. Como já citei, ele sempre acontece co-nosco, mas não é um privilégio nosso. Se assim o fosse, estaria afirmando que somente nós temos acesso especial a esse Deus tão bondo-so e tão próximo de nós. Todas as pessoas podem fazer re-tiro, conforme suas possibilida-des e tempo dispo-nível: individualmente ou em grupos. Em Curitiba, existem várias casas para esse fim, onde muitas pessoas se retiram. Também nos mosteiros, pes-soas buscam tempos fortes de recolhimento, de oração. Em nossa paróquia das Mercês sei que vá-rios grupos de pastorais fazem seu retiro: MESCs, Entreajuda, Animação Vocacional, Jovens (EJC), Casais, Catequistas, Ordem Franciscana e outros. E digo mais: não só os católicos fazem retiro, tam-bém pessoas de outras religiões o fazem com mui-to empenho e proveito.

Fr. Juarez De BonaCapuchinho

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Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês - 7

IntroduçãoA geração dos anos 50, que é a minha, foi

criada para não expressar sentimentos. Aliás, até nos diziam que sentir era pecado. Eu me lembro de ter me confessado várias vezes por ter sentido raiva. Muitas vezes eu ouvi, e vo-cês também devem ter ouvido: “homem não chora”. Ou então: “menina bonita como você não chora”. E assim, outras frases corriquei-ras que vocês também conhecem.

Todos nós temos consciência dos nossos cinco sentidos e sabemos que eles são a por-ta de entrada de tudo que há ao redor ou fora de nós. Assim, podemos dizer que os senti-mentos são o nosso sexto sentido. São os sentimentos que interpretam, organizam, diri-gem e resume os outros cinco sentidos. Afi-nal de contas, se dermos atenção aos nossos sentimentos mais humanos nos tornaremos.

É pela linguagem dos sentimentos que nós nos relacionamos conosco mesmos, e se não pudermos nos comunicar conosco mesmos, simplesmente não poderemos nos comunicar com os outros. Por isso queremos, através destas páginas, ajudar aos nossos leitores e leitoras a entender e a melhorar o modo como lidam com seus sentimentos.

Definição de sentimento

Podemos dizer que sentimento é um esta-do afetivo produzido por diversos fenômenos da vida intelectual ou moral. Melhor dizendo, “por sentimentos entendemos as reações in-ternas e espontâneas - que não dependem de nossa vontade - em relação a uma pessoa, coisa, lugar, ou situação que estamos viven-do ou recordando”. Os sentimentos são nos-sa reação ao que percebemos e, por sua vez, eles colorem e definem nossa percepção do mundo. Assim, se penso em perder algo no fu-turo, encaro isso com receio. Se perdi algo no passado posso experimentar um sentimento de raiva. Nossos sentimentos condensam o mundo e tornam-no mais acessível para nós. Sem sentimentos, o mundo é remoto.

Por isso, podemos dizer que os sentimen-tos são nossos companheiros. Não vivemos sem experimentar sentimentos. Muitas vezes, basta uma palavra que escuto já me vem um sentimento, ou de alegria ou de tristeza, ou mesmo de raiva. Diante de algum aconteci-mento ou algum gesto, estou sempre experi-mentando sentimentos. Tempos atrás, quan-do soube de uma chacina que aconteceu em Curitiba, senti muita raiva dos bandidos. Meu desejo era que a polícia agisse rapidamente e prendesse a todos e nunca mais deixasse que saíssem da cadeia. Outro dia, presenciei uma pessoa atendendo ao telefone de uma maneira não muito educada, senti muita raiva a ponto de não querer olhar pra pessoa na-quele momento. O fato de experimentar sen-

timentos acaba influenciando a maneira com que nos relacionamos com as pessoas e a nossa maneira de viver.

Tipos de sentimentos

Pode-se dizer que há três tipos de sentimen-tos — agradáveis, desagradáveis e neutros. É necessário percebermos e entendermos que os sentimentos desagradáveis ou que chama-mos de negativos, como por exemplo, a rai-va, de princípio não podem ser considerados maus. Na verdade, os sentimentos não são bons nem maus, ou seja, os sentimentos não têm moralidade. Ninguém é uma pessoa má porque experimenta sentimentos de raiva. A moralidade não está no sentir, mas no agir ou deixar-se levar pelos sentimentos nas ações que faz. Por exemplo, um dia eu estava com um grupo de liderança da paróquia, estudando um texto sobre liturgia. No final, uma pessoa veio me dizer que era muito difícil aquele tex-to e que eu tinha que lembrar que eles não tinham tanta cultura assim, o suficiente para entender o texto. Eu fiquei com raiva na hora, mas não disse nada. Depois acabei saindo da reunião sem me despedir dessa pessoa. En-tão, o fato de ter sentido raiva na hora, não teve nenhuma moralidade. Mas o fato de não ter me despedido dessa pessoa já adquiriu moralidade, pois não é cristão um gesto como esse. Eu bati no peito, porque não fui capaz de ter a humildade de acatar uma crítica tal-vez importante para mim. Eu me deixei levar pelo sentimento de raiva e cometi um erro como conseqüência disso. Já me confessei.

Em se tratando de sentimentos

é importante saber que:1. Meus sentimentos não se dividem em

certos e errados, eles simplesmente existem (John Powell).

2. Meus sentimentos nem sempre deter-minam minha ação. O fato de eu me permitir experimentar meu sentimento em sua totalidade não significa que eu deva AGIR de acordo com ele.

3. É desejável que eu expresse meus sen-timentos a outra pessoa. É da comuni-cação de meus sentimentos que depen-de o sucesso do meu relacionamento com a outra pessoa.

4. Posso mudar minhas emoções (A. Ellis). Quando experimento sentimentos que me desgastam e me fazem sofrer, pos-so fazer com que os mesmos aflorem e eu os conheça.

Transformando os sentimentos

Se quisermos aprender a lidar bem com nossos sentimentos, precisamos seguir os seguintes passos:

O primeiro passo é reconhecer cada senti-

mento no instante em que surge. O meio para isso é a plena consciência.

O segundo passo consiste em se tornar uno com o sentimento. Melhor não dizer, “Vá embora, Medo. Não gosto de você. Você não é eu.” Muito mais eficaz é dizer, “Oi, Medo. Como é que você está hoje?” Isso pode pare-cer assustador, mas, como você já sabe que você é mais do que seu medo, não é preciso se amedrontar.

O terceiro passo é o de acalmar o senti-mento como a mãe faz com seu bebê. Como a consciência plena está cuidando bem do seu medo, ele começa a acalmar-se. Você acalma seu sentimento só por estar com ele, como uma mãe segurando ternamente o filhinho que chora.

O quarto passo é largar o sentimento, sol-tá-lo. Graças à sua calma, você está à von-tade, mesmo em meio ao medo; e sabe que esse medo não vai crescer e se transformar em algo esmagador. Quando você se descobre capaz de tomar conta do seu medo, ele já está reduzido a um mínimo, tornando-se mais bran-do e menos desagradável. Você agora tem a oportunidade de se aprofundar e trabalhar na transformação da raiz do seu medo.

O quinto passo é olhar profundamente. Você examina em profundidade o seu bebê — seu sentimento de medo — para ver o que está errado, mesmo depois que o bebê parou de chorar, mesmo depois que o medo se foi. É impossível segurar uma criança no colo o tempo todo. Por isso, você deve examiná-la para ver a causa do que está errado.

Conclusão

É a compreensão do que se sente que nos dá a capacidade de nos compreendermos diante de todos os acontecimentos da vida e, assim, nos capacita para darmos os passos necessários, com segurança e paz.

Nós temos o direito de levar a sério nossa própria vida e descobrir qual o destino que a natureza nos reservou. Se todos seguissem as sugestões de sua “voz” interior, o mundo interno mudaria para melhor. Assim também mudaria o mundo exterior.

Se usássemos nossos sentimentos como guia para percorrermos o caminho, para nos tornarmos o melhor de nós mesmos, pelo me-nos estaríamos no caminho da descoberta da realização em nossa própria vida e o mundo maior começaria a ter sentido. A pessoa que não for compreensível consigo mesma não pode esperar experimentar um mundo que te-nha muito sentido.

Frei Benedito Félix da Rocha

Vigário ParoquialParóquia Nossa Senhora das Mercês

[email protected]

Os sentimentos, nossos companheiros

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8 - Ano XII - n.° 117 - Julho de 2011

Momento de Oração completa 2 anosTudo começou com um pequeno grupo de pes-

soas recém chegadas à Curitiba, sem amigos e sem parentes, sentiam a necessidade de partilhar e fazer novas amizades, então começaram a se reunir em suas casas para meditar a novena de Natal, depois refletiam a Campanha da Fraternida-de, e assim decidiram se reunir com mais freqüên-cia em suas residências, simplesmente para rezar uns pelos outros. Este grupo recebeu o nome cari-nhoso de Encontrinho, partindo sempre da idéia de que vale a pena nos encontrarmos como amigos e nos encontramos especialmente com Jesus.

Estar junto com essas pessoas, rezando umas pelas outras, era muito bom. Por isso, trouxemos a idéia para a Igreja, passando a se chamar MO-MENTO DE ORAÇÃO (ou Grupo de Oração) e, desde en-tão, toda se-gunda segun-da-feira do mês, às 20h, no Centro Pastoral (Ca-tequese), você está convida-do a participar deste momen-to de profunda

intimidade com Jesus no Santíssimo Sacramento.É tudo muito simples e acolhedor. Em cada

encontro, um tema é abordado. Em seguida, Je-sus Eucarístico chega em nosso meio e assim vamos intercedendo uns pelos outros e, muitas vezes, clamando por graças. Muitos milagres já foram testemunhados nesse grupo: cura de enfer-midades, processo jurídico bem sucedido, união de casais que já estavam separados, gravidez de mulheres que não conseguiam engravidar, dentre tantos outros.

Talvez você não necessite de um milagre, ou ele não aconteça no momento ou da forma es-perada, mas você será acolhido, ouvido e terá a oportunidade de fazer a experiência do amor jun-

to de Jesus no Santíssimo Sa-cramento.

Nosso pró-ximo encontro será dia 11 de julho de 2011, estaremos te esperando.

Maria Julia Bianco Navia

Segue um testemunho de uma participante

A Paróquia das Mercês é muito importan-te em nossa história e marca os melhores momentos de nossas vidas. Dentre eles, o melhor dos melhores momentos: o nasci-mento de nossos filhos, gêmeos, Moisés e Helena, hoje com oito meses de vida.

Tentávamos engravidar há dois anos e meio. Fazíamos uso de remédio estimulador de ovulação há pelo menos um ano e, mes-mo assim, não obtínhamos êxito. O nosso crescimento na fé acontecendo nesse perío-do de espera, sentimos, em nosso coração, que o ponto ápice se deu num Momento de Oração, no finalzinho de 2009, com o tema do Nascimento do Menino Jesus.

Nessa data, estávamos com uma video-laparoscopia marcada, sendo esta o último passo antes de decidirmos se iniciaríamos a nova etapa que seria a de fertilização. Na verdade, não queríamos partir para esse pro-cedimento, gostaríamos mesmo de ter nos-sos filhos, naturalmente, sem muita interfe-rência humana.

Esse momento de oração foi muito impor-tante em nossa vida, Jesus realmente estava presente naquela noite e naquele lugar... O tema do nascimento foi muito forte e todos, lembro bem, abrimos o coração para falar de todas as nossas angústias e demonstrarmos o nosso desejo de crescimento firme na fé!

Me lembro muito bem de uma mãe que tinha perdido o filho e estava por demais sofrendo... Naquele momento pensei mais nela do que em mim... E assim ocorre a ma-ravilha, começamos a orar pelo próximo e saímos daquele desejo, muitas vezes “ego-ísta”, de pensar somente em si. Essa tam-bém é uma das maravilhas do Momento de Oração: o olhar para o outro!!!

Recebemos muitas bênçãos e muitos oraram pedindo para que pudéssemos en-gravidar, e assim se fez.

Três semanas depois, fizemos todos os procedimentos para internação, dentre eles, um Beta, onde, para nossa alegria, deu po-sitivo. Estávamos grávidos e não precisaría-mos fazer mais nenhum procedimento. Deus tinha nos dado a graça de sermos papais!!!

Tudo que pedirdes em oração, crede que recebereis, e assim será!!! O nosso caso foi exatamente assim. Jesus nos deu nossos filhos quando realmente acreditamos que somente Ele poderia nos dar e no momento que Ele determinasse, por saber o que é, e quando é melhor para nós.

Paz e Bem a todos, com o nosso carinho!Andréa e Nilson.

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Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês - 9

Cristo tem um convite para você, casalÉ isso mesmo, Cristo tem um convite especial

para você, casal, que lê O Capuchinho. Há 12 anos acontece, na Paróquia Nossa Senhora das Mercês, o ECC – Encontro de Casais com Cristo. Durante esse período, muitos casais tiveram a grata sa-tisfação de vivenciarem um encontro baseado em amor, carinho, fraternidade, doação e espiritualida-de que, em inúmeros casos, renovou a relação ma-rido/ mulher, pais/ filhos, fiéis/ igreja.

Vários são os depoimentos de pessoas que vi-venciaram o encontro e deram um novo rumo em suas vidas.

Neste ano, acontecerá o 13º ECC das Mer-

cês, nos dias 26, 27 e 28 de agosto e você está convidado(a) a participar. Dia 26, a partir das 19h30.

Caso você(s) ou alguém que conhece(m) queira(m) fazer o encontro, procure(m) a secretaria da paróquia ou envie email para [email protected], colocando no campo “assunto” o texto “Quero participar do 13º ECC” e obtenha maiores informações.

Cristo convida. Aceitar ou não, depende de você(s).

Estanislau e Luciany Chicon

DepoimentoTemos uma união estável há

cinco anos, vivemos bem um com o outro, mas sentíamos que falta-va algo entre nós, o qual não sa-bíamos explicar. Quando fizemos o 11° ECC na Paróquia das Mercês, percebemos que aquilo que nos faltava era o Sacramento do Matri-mônio.

No ECC, conhecemos muitas pessoas especiais que se torna-ram grande amigos. Quanto mais convivíamos com eles, mais ensi-namentos recebíamos e, cada vez mais, sentíamos necessidade de nos unir perante Deus.

Um convite especial foi feito a nós, um “chamado de Deus”. Re-cebemos a oportunidade de nos unir em matrimônio, através do casamento comunitário, organiza-do pelo ECC, programado para o dia18/06/2011.

Tudo foi perfeito e maravilhoso, pois, além da bênção recebida pelo sacramento, recebemos total apoio desses nossos amigos de fé, que nos surpreenderam em todos os momentos, desde a organização até o curso de noivos. A cerimô-nia foi celebrada de tal forma que encantou a todos os que estavam presentes e, principalmente, a nós A festa foi linda, divertida e agra-dável.

Enfim, não temos palavras para expressar o que realmente sen-timos por ter realizado nosso ca-samento através do ECC. Só nos resta agradecer, primeiramente, a Deus por este chamado e por to-dos que de alguma forma contri-buíram para que esse casamento comunitário fosse realizado.

Estamos felizes, completos e re-alizados, pois agora não sentimos aquele vazio entre nós, pois foi preenchido com o Espírito de Deus que se fez presente no Sacramento do Matrimônio.

Obrigado a todos e que Deus os abençoe sempre!

Paz e Bem!Luíz e Andreia

Curso de prevenção e qualidade de vida na família com amor-exigenteEncerramos na segunda-feira, dia 20 de junho, o

Curso de Prevenção e Qualidade de Vida na família com Amor-Exigente, iniciado no dia 21 de Março de 2011, na Paróquia Nossa Senhora das Mercês, com uma Palestra sobre Qualidade de Vida na Fa-mília, ministrada pelo Parapsicólogo Dr. Raimundo Trasel, com a participação de famílias da comuni-dade.

Em sua continuidade, encerramos com 30 pes-soas assíduas. A duração do curso foi de 15 sema-nas, com duas horas semanais, das 20h às 22h, todas as segundas-feiras. O curso, voltado para a comunidade em geral, principalmente pais, foi ba-seado em 12 princípios básicos e 12 princípios éticos.

Nos princípios básicos, foi abordado, por exem-plo, que pais também são gente, que os recursos são limitados, que pais e filhos não são iguais, além de outros temas como: mudança de compor-tamento, como tomar atitudes coerentes, como se manter na crise para se fortalecer, como tirar a cul-pa, cooperação, disciplina com limites e regras, e o amor.

Foram abordados os seguintes princípios éti-cos: como respeitar a dignidade da pessoa huma-

na, sigilo, como promover espiritualidade, como cumprir normas estabelecidas e ser ético nas nos-sas relações familiares e sociais. Foram semanas de intenso trabalho da equipe coordenadora, mas de uma gratificação imensurável. Foi possível no-tar, em cada participante, pequenas mudanças de atitude, deixando cada pessoa mais segura e mais humana, capaz de agir sem sentir culpa.

O curso foi tão valorizador que uma grande par-cela dos participantes querem dar continuidade, formando assim o Grupo Permanente de Preven-ção, que poderá ter continuidade a partir do se-gundo semestre, mês de agosto. Novas pessoas da comunidade poderão participar desse trabalho. Aguardem as notícias durante as celebrações.

O Amor-Exigente agradece imensamente o apoio recebido da Paróquia Nossa Senhora das Mercês, na pessoa do Pároco Frei Pedro, que nos abriu esse espaço onde pudemos proporcionar uma melhor qualidade de vida a muitas famílias. Nossa imensa gratidão.

Cecilia e Mauro Oliveira Fones: (41) 3272-5180 – 9183-8803

Regionais do Amor-Exigente/ Curitiba I

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10 - Ano XII - n.° 117 - Julho de 2011

Casamento ComunitárioNuma celebração bastante emo-

cionante, dois casais disseram o “sim” diante de dezenas de pessoas que lotaram a Igreja. O casamento comunitário ocorreu no dia 18 de Junho (sábado) às 20h e ajudou a realizar o sonho destes casais.

Este ano, várias surpresas abri-lhantaram o evento. Flores decora-vam a assembléia e seguiam nas laterais de um extenso tapete verme-lho, da entrada da Igreja até o altar. A celebração iniciou com a entrada dos parentes e amigos dos casais, depois entraram os Noivos e, em se-guida, os Pajens, junto das Noivas.

O Diácono Jorge deu as bênçãos aos noivos e selou o casamento en-tre os casais. Falou da importância da decisão de fazer da sua união, um Sacramento, um Sinal da Presen-ça de Deus em suas vidas. Lembrou da dificuldade que a vida conjugal traz, e que eles sabiam, pois viviam já há algum tempo juntos, mas es-tando unidos em Matrimônio, os con-flitos tendem a ser melhor resolvidos e que depende de cada um dos côn-juges.

Vários membros do ECC se doa-ram para oferecer o melhor para os casais, não só no apoio pessoal, como na organização da Celebração e do Coquetel oferecido aos mes-mos, logo após a celebração, no Sa-lão Paroquial.

O Diácono entregou a certidão de casamento aos pais dos noivos, enquanto que estes eram cumpri-mentados pelos seus convidados.

É bom lembrar que este serviço iniciou-se no ano passado, através do ECC, e que vários casais tiveram a pretensão de realizar este Sacra-mento em suas vidas, porém somen-te alguns atenderam as exigências básicas do mesmo, pois cada Sa-cramento tem suas peculiaridades e exigências a cumprir.

Entre todas as exigências, exis-tem algumas que se fazem muito necessárias, por exemplo: Batistério ou Certidão do Batismo (esse, além do casal ter a obrigação de apresen-tar, tem que ser atualizado até 6 me-ses) e Certidão do Casamento Civil.

Tirando esta parte administrativa, que é muito importante, a Celebra-ção, segundos os participantes, foi muito bonita, tendo um toque espe-cial do ECC e a ajuda do EJC.

Diácono Jorge A. F. de Andrade

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Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês - 11

Bênçãos dos Freis CapuchinhosFrei Nereu do Valle, de feliz memória, pároco da paróquia de Nossa Senhora

das Mer-cês, em Curitiba, iniciou em julho de 1952, no domingo mais próximo da festa de São Cristóvão, patrono dos motoristas, a prática da bênção dos carros.

Em 1955, essas bênçãos passaram para a primeira sexta-feira do ano. Este costume continua até hoje.

Os freis capuchinhos, atualmente, atendem diariamente. Além da bênção dos carros, também benzem pessoas, objetos religiosos e etc. na portaria do

Convento N. Sra. das Mercês, Av. Manoel Ribas, 966. De segunda a sexta--feira, das 8h às 11h30 e das 14h às 18h. Aos sábados, das 9h30 às 12h e das 14h às 17h.

As pessoas solicitam também bênçãos externas, isto é, para casas, apartamen-tos, condomínios, empresas, escolas, escritórios, clínicas, lojas, comércios, terre-nos... São atendidas com agendamento prévio, por telefone, através da secretária.

Frei Moacir Antonio Nasato

Sou frei capuchinho há 36 anos e é pela primeira vez que fui designado prestar este serviço especial da Pastoral das Bênçãos. Fico muito bem impres-sionado e minha fé aumenta quando vejo tantas pessoas que, através de nós, capuchinhos, vêm pedir a proteção de Deus por meio da bênção. Pessoas de todas as classes sociais, algumas que estão procurando trabalho; outras bem empregadas, ainda outras autônomas, de profissões diferentes como fisiotera-peutas, massoterapeutas, professores, veterinários, dentistas, médicos, advoga-dos, juízes. Homens, senhoras, jovens e crianças, casais, filhos, todos buscando auxílio e proteção através da bênção.

Também me impressiona muito a generosidade de pessoas que, semanal-mente, doam pão e os pobres que buscam este pão para saciar a fome.

Para mim está sendo uma experiência riquíssima, um presente de Deus, um grande crescimento na fé, na misericórdia e bondade de Deus. Procuro sempre agradecer este bom Deus por, diariamente, presenciar este fenômeno de fé e rezar nas intenções des-sas pessoas que a nós recorrem.

Fr. Juarez De Bona - CapuchinhoUm dos diversos freis das Mercês que auxilia nas bênçãos

(normalmente na parte da manhã)

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12 - Ano XII - n.° 117 - Julho de 2011

O frei que sobreviveu a bombas, conheceu um santo ca-tólico e entrou para o seminário com 11 anos de idade

A partir deste mês, o Jornal “O Capuchinho” traz até você uma série de matérias contando um pou-co sobre a vida dos freis que vivem aqui em nossa Paróquia. Nesta edição, você vai conhecer mais so-bre o Frei Bonifácio Piovesan, de 87 anos.

Ele nasceu numa família com outros três irmãos e quatro irmãs (duas eram freiras). “Era uma honra para eles ter um padre na família”. Durante os 63 anos que mora no Brasil, já visitou sua família por seis vezes. “Agora não vou mais porque já estou velho. Tenho uma irmã que ainda é viva e é mais ve-lha do que eu; até disse pra ela, na última vez que estivemos juntos, que não íamos nos ver depois...”, conta o frei. Ele afirma que toda essa distância dos familiares, ao longo de sua vida, é algo com o quê aprendeu a lidar: “Renunciei a minha família para pertencer à fa-mília de Deus e isso não me causa arrependimento, não”.

Ainda adolescente, iniciou a sua vida religiosa. “Eu entrei com 11 anos no seminário. Então, tive que fazer todo o ginásio lá. Depois do ginásio, fui para o noviciado e me tornei frei”, explica. Já usando o há-bito da congregação, com 17 anos, frei Bonifácio vai para Pádua, na Itália, para estudar Filosofia. Ima-gine quem ele encontrou por lá? Simplesmente, Leopoldo Mandic, que depois viria a ser canonizado pela Igreja como um santo católico. “Convivi durante um ano e meio com São Leopoldo. O ano em que ele morreu, 1942, eu estava lá”, relembra.

Do tempo em que viveu com São Leopoldo, frei Bonifácio guarda na memória a simplicidade da-quele frade. “Ele tinha estatura baixa: 1,35 metros de altura. Tinha problemas de pronúncia, então não falava publicamente na Igreja, apenas atendia confissões o dia inteiro. Me impressionava o aten-dimento dele com humildade, o que ia fazer, fazia mesmo com amor. Só isso”, afirma.

Quando era jovem, presenciou o final da Segun-da Guerra Mundial (1939-1945) e escapou de par-ticipar dela porque era religioso. Entretanto, dois de seus irmãos tiveram que ir. “Um deles virou pri-sioneiro na Alemanha, mas conseguiu ser solto e voltou para casa a pé. Levou um mês para chegar”.

O frei conta que, por causa do conflito, resolve-ram sair do convento em que estavam, para ir a um

lugar mais seguro. “Quando voltei pra lá, alguns anos depois, vi que o lugar onde ficava o meu quar-to, minha cela, estava todo destruído pelo bombar-deio. Aquilo me deixou impressionado. Então sei o que é a guerra porque vi esses bombardeios, vi mortos, desastres...”

Logo após esse início de vida sacerdotal, frei Bonifácio já foi enviado ao sul do Brasil, para ajudar os freis que, há 20 anos, já trabalhavam por aqui. “Primeiro, me mandaram para Santa Catarina, numa paróquia que existe até hoje, em Capinzal.

Era um lugar que abrigava colonos vindos do Rio Grande do Sul e falavam um dialeto italiano que eu conhecia. Não tive problemas com idioma, o clima era bom, gente boa... Apesar disso, tínhamos que andar a cavalo por não haver nem condução na ci-dade, naquele tempo”.

Como dita a regra, frei Bonifácio devia ir a todo lugar para onde o mandassem e não havia muita conversa não; postura que é bem mais flexível atu-almente, como ele mesmo avalia. “Naquele tempo, um superior não perguntava para onde queríamos ir. Obedecíamos imediatamente, por causa do voto de obediência. Eu obedecia e me fez sempre bem”.

Depois de Santa Catarina, foi para o norte do Paraná, onde atuou como frei em diversas cidades, como Santo Antonio da Platina, Siqueira Campos, Tomazina, Camboinhas, Irati, Dois Vizinhos, Ponta

Grossa, Rio Branco do Sul, e agora em Curitiba. “Faz 27 anos que estou aqui na capital”.

Ao longo de tantos anos, o frei pôde vivenciar as mudanças comportamentais, tecnológicas e até das práticas religiosas. “A fé era vivida mais inten-samente porque não tinha muitas distrações que nem a juventude tem hoje em dia com a internet, rádio, televisão, carro e de escola com tanta como-didade. Então, o pessoal vivia mais a religião”, pon-dera. “Era mais fácil, também, viver como religioso. Hoje em dia, é mais difícil encontrar um frei que

se adapte à vida religiosa. Além disso, tem poucas famílias nume-rosas”, complementa.

Aos jovens de agora, que pen-sam em ingressar na vida religiosa, frei Bonifácio dá o seu conselho: “não tenham medo de dizer sim a aquele que merece realmente o nome de Senhor. O verdadeiro Se-nhor é Deus. O religioso é aquele que se doa completamente a esse Senhor, para que o Reino de Deus cresça nesse mundo”.

Das histórias marcantes que já viveu, uma lhe traz alegria, de forma especial. Trata-se de um atendimento de confissão, que o doente não realizava há mais de 40 anos. A história aconteceu quando ele morava em Santa Cata-rina, num dia de chuva muito forte. “Pensei que ficaria em casa des-cansando o dia todo. De repente, toca a campainha e aparece um homem pedindo para que eu fosse visitar um doente. Peguei o cavalo

e fui, ficava há apenas um quilômetro de lá”. Ao chegar ao local, o doente se confessou, comungou e contou que rezava o terço todos os dias. O objeto devocional já estava até gasto de tanto ser usado. “No terço, ele rezava várias vezes o trecho ‘rogai por nós agora e na hora de nossa morte’. E, dois dias depois daquela confissão, ele morreu santa-mente e isso foi uma coisa que me deixou muito contente e confortado”.

Sem enxergar nada com um de seus olhos e es-boçando vários sorrisos durante a entrevista, o frei conclui com simplicidade: “já estou com 87 anos. O que posso fazer? O que ainda consigo fazer, faço bem contente. Dou graças a Deus pela minha vida religiosa e por ter seguido a minha vocação”.

Diego Henrique da Silva

Conheça a vida de Frei Bonifácio, um dos frades que vivem no Convento aqui da Paróquia Nossa Senhora das Mercês

NOSSOS FREIS

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Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês - 13

Ser voluntário é dedicar-se por amor, à serviço da comunidade. O verdadeiro espírito do voluntá-rio é a pura vontade de ajudar alguém. Dar apoio, ouvir, sentir e vivenciar a preocupação de alguém que procura um ombro amigo, braços abertos, um sorriso acolhedor que diz: “pode vir, aqui há um amigo.”

Sou Denize C. Toscan, tenho 70 anos e amo ser voluntária da Terceira Idade. Sinto-me muito feliz e alegre em poder ajudar e compartilhar das alegrias e tristezas dos idosos. Sempre partici-pei de movimentos e pastorais nas paróquias por onde passei.

Em 1999, juntamente com a saudosa e queri-da Odivete Liebel, iniciei o trabalho com a Terceira Idade da Paróquia Nossa Senhora das Mercês. A convite do Frei Alvadi, continuei nesse trabalho, onde permaneço até hoje. Que felicidade em poder me preocupar, fazer algo, participando de atividades paroquiais, recebendo todo o apoio do nosso querido Pároco Frei Pedro Cesário Palma.

Coordeno também a embalagem e distribuição do “Pão de Santo Antonio”, trabalho voltado às vocações sacerdotais. Graças a Deus, tenho um marido que me apoia, que me incentiva e ajuda em tudo que for preciso. Obrigada Eloy, te amo muito!

Tenho três filhos maravilhosos: Neylor José, Ro-berta Maria e Daniele Maria, que me deram quatro queridíssimos netos: Felipe, Clara, Leonardo e Mar-celo. Que Deus abençoe a todos e Nossa Senhora continue protegendo nossa querida família.

Em meu trabalho voluntário, conto com a cola-boração de uma ótima equipe, que me ajuda mui-to. Quero agradecer a todas, mas, de um modo especial, quero destacar a ajuda da Dóris Silva,

sempre e a qualquer hora, pronta para que tudo saia bem. Agradeço de coração a atenção das funcionárias, seguranças e secretárias que me dão o apoio necessário para que meu voluntaria-do seja sempre melhor e bem feito.

Nós visitamos os idosos retidos em seus la-res, solitários, quer pela idade ou por dificuldades de saúde, às vezes até desanimados. O conforto

da visita faz que se sintam lembrados e amados. Ampliamos nosso trabalho para uma dimensão social com a comunidade da “Vila Verde”, levan-do-lhes alegria, carinho e amor. Esse trabalho me reabastece e dá mais vontade de trabalhar com os idosos.

É bom ser voluntário? É, é muito bom, mas muito melhor é o retorno do trabalho voluntário. Quantas histórias lindas, quantas lições de vida para a minha vida...

Momentos assim me encorajam, me reani-mam para continuar, para vencer qualquer obstá-culo nesse trabalho que eu amo de paixão!

Um exemplo de momento inesquecível: na volta de um passeio a Guaratuba, no ferry boat, uma idosa da Vila Verde me abraçou e, chorando copiosamente, me disse: “Denize, obrigada, muito obrigada. Hoje você me levou a conhecer o mar e a praia, agora ainda estou passando por cima dele.”

Chorando, continuamos abraçadas e, naquele momento, senti a beleza da alma na simplicidade e humildade da pessoa. Senti a graça de Deus na minha vida. Senti que esse momento, emocio-nante e inesquecível, iria me fazer ver a vida com outros olhos.

Madre Tereza de Calcutá dizia: “Sei que meu trabalho é uma gota no oceano, mas sem essa gota ele seria menor.” Com a graça de Deus, que me fortalece, espero que minha gota nunca deixe que esse oceano de amor voluntário seja menor.

Que Nossa Senhora das Mercês cuide bem dos meus idosos, e que Deus abençoe a todos. Com muito amor e alegria, sou feliz podendo ser voluntária.

Denize Cecília Tonin ToscanCoordenadora da Terceira Idade

Dízimo e OfertaQuando falamos em oferta, logo vem em nossa

mente a lembrança de dinheiro. Mas não é bem isso. A oferta vai muito além de entregar algum dinheiro na Igreja. É antes de tudo fruto da nossa fé de nossa gratidão para com Deus, de nossa generosidade com a Igreja e solidariedade com os pobres.

Na bíblia, encontramos muitíssimas vezes que Deus, embora sendo o criador do universo, sem-pre pediu ofertas aos homens, que, através delas, manifestavam gratidão por todos os benefícios re-cebidos. A vontade d’Ele é que seus filhos partici-pem de seu projeto, que é de uma sociedade justa e fraterna, onde se encontra o amor, a doação e a partilha dos bens.

Qual a diferença entre dízimo e oferta?Dízimo é uma contribuição mensal, que nós de-

vemos ter para com a Igreja e com a comunidade.

É um dever que nos leva a devolver a Deus uma parcela de todos os nossos rendimentos, em forma de ação de graças, pelo muito que d’Ele recebe-mos, para que a Igreja possa cumprir sua missão evangelizadora.

Oferta é uma contribuição espontânea, livre, não obrigatória. É um gesto de agradecimento a Deus por algum benefício recebido. Então, mani-festamos esse agradecimento com uma oferta es-pontânea na comunidade.

Dízimo e Oferta se complementam e são a base de sustentação das pastorais da Igreja na comunidade.

As ofertas servem para a manutenção da casa de Deus, assim como o dízimo, e vão permitir, através desses recursos materiais, que Deus se manifeste a todos pela proclamação de sua Pa-lavra, pela Sagrada Eucaristia, pelos sacramen-tos, pela ajuda aos necessitados, na manutenção

dos seminários, na formação de futuros padres e evangelizadores e, enfim, na propagação do Reino de Deus.

Por isso, devemos dar a nossa oferta sem es-perar retorno, porque a generosidade e o amor de Deus são insuperáveis. “Assim vocês se tornarão filhos do Pai que está no céu, porque ele faz o sol nascer sobre maus e bons, e a chuva cair sobre justos e injustos” (Mt 5,45).

A Paróquia Nossa Senhora das Mercês agra-dece a todos aqueles que generosa e consciente-mente, num ato de fé, desprendimento e amor, de-volvem o seu dízimo e fazem suas ofertas, pedindo a Deus sua promessa de derramar sobre eles e suas famílias, bênçãos inumeráveis.

Pastoral do DízimoFonte: A Oferta que Agrada a Deus/

Azílio Buzanello

A alegria de ser voluntário

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14 - Ano XII - n.° 117 - Julho de 2011

CELEBRAÇÃO DE ENTREAJUDA | 10º. ano - 2001 - 2011

PASSOS IMPORTANTESTÉCNICA DE RELAXAMENTO

A CELEBRAÇÃO DE ENTREAJUDA, que vem acon-tecendo há 10 anos, todas as quintas-feiras, em nossa Paróquia, segue uma seqüência de passos importantes. Hoje, vamos falar do primeiro passo – a técnica de relaxamento, orientada por um Tera-peuta – Psicólogo ou Parapsicólogo.

O QUE SIGNIFICA RELAXAR?Relaxar significa acalmar a mente, silenciar os

barulhos internos e externos; descontrair e soltar o corpo físico. Quando acalmamos os pensamentos, todo nosso ser se aquieta, o corpo relaxa, a ansie-dade se acalma, instala-se a paz, produzindo um estado de harmonia e tranquilidade.

O QUE ACONTECE NO RELAXAMENTO?Quando você se acalma e relaxa a mente, você

consegue descer às profundezas do seu ser e al-cança as dimensões do subconsciente. Uma men-te tranquila entra, facilmente, em contato com a Sabedoria, com o Poder Infinito, com a Divindade. Através do relaxamento, alcançamos o nível alfa, que é o estado mental ideal para a meditação, e pode conduzir-nos a um encontro mais íntimo e pro-fundo com Deus. Em nível, alfa amplia-se o campo da inteligência, da memória, da intuição, da criativi-dade, do discernimento. Recuperam-se as energias físicas e mentais; o sistema imunológico se forta-lece. Ao relaxar, a maioria de nossos conflitos men-tais e emocionais regridem, abrindo os caminhos do auto equilíbrio e da auto cura.

O QUE FAZER PARA ALCANÇAR UM ESTADO IDEAL DE RELAXAMENTO?

Embora o ambiente tranqüilo, silencioso, seja o

mais propício para relaxar, na correria do mundo moderno, precisamos aprender a relaxar em qual-quer lugar onde estivermos. Basta concentrar a mente em algo, desacelerando os pensamentos, simplesmente “deixando a vida rolar”. Seria benéfi-co entrar em sintonia com os ruídos do mundo que nos cerca, aos quais estamos acostumados. Pre-cisamos lançar mão de estratégias para reprogra-mar o equipamento delicado e maleável do cérebro para gerar mais saúde e bem estar. O cérebro usa o tempo em silêncio para esquecer o passado e começar uma vida nova, de forma que novas idéias e crenças possam surgir. Um período de concentra-ção mental destinado à exclusão dos pensamentos diários, pode aumentar a produtividade mental.

Um dos métodos que considero mais rápidos e eficazes é a técnica da respiração. Sentado, dei-tado e mesmo caminhando, você pode concentrar--se no movimento do ar entrando e saindo de seus pulmões. Ou então, respirar lenta e profundamente pelo nariz e soltar o ar vagarosamente pela boca. Enquanto expira o ar, vá soltando as tensões acu-muladas no corpo. Eu lhe asseguro, que em alguns segundos você poderá entrar num nível profundo de relaxamento. É a qualidade repetitiva do exercí-cio, que ajuda a relaxar.

Temos que deixar nosso corpo nos curar sem interferência da mente, que gera dúvidas. Não atin-giremos a meta da tranquilidade, checando nosso progresso. O relaxamento acontece porque inter-rompemos o fluxo dos pensamentos diários, dando ao cérebro um alívio temporário de 10 ou 15 mi-nutos. A ioga e todas as técnicas de relaxamento recomendam a mesma coisa: quanto menos nos preocuparmos com o resultado, tanto melhor.

BENEFÍCIOS DO RELAXAMENTOQuando adquirimos o hábito de relaxar e me-

ditar diariamente, ocorre uma mudança no estilo de vida. A calma e a serenidade se estabelecem, produzindo mais saúde e harmonia em nossa vida. Os benefícios são tão evidentes, que o relaxamen-to se transforma em necessidade e, aos poucos, trará benefícios mais profundos e duradouros para uma real transformação de vida. Hoje, a classe mé-dica também reconhece os enormes benefícios do relaxamento. Além de reduzir o estresse, cria condi-ções de saúde perfeita. Altera as ondas cerebrais, reduzindo a excitabilidade e harmonizando os rit-mos cardíacos e respiratórios. Exercitar-se todo dia com técnicas de relaxamento, fazendo exercícios respiratórios, ajuda a obter mais oxigênio para atin-gir o nível das células. Sabemos que através da respiração correta enviamos oxigênio ao cérebro e as células cancerosas não podem prosperar num ambiente oxigenado. Portanto, relaxar o corpo e a mente, é requisito indispensável para quem quer melhorar a qualidade de vida – ter mais saúde físi-ca e mental.

O relaxamento nos conduz ao silêncio interior, à meditação, à contemplação e a um contato pro-fundo com o Criador, que vive no mais profundo do nosso ser.

Enquanto o corpo relaxa, as emoções se aquie-tam, os pensamentos silenciam e a paz interior se manifesta, trazendo calma e serenidade.

Então, seja inteligente! Dê uma prova de amor a você mesmo, reservando um tempo diário para relaxar e meditar.

Nelly KirstenParapsicóloga Clínica

email: [email protected]

A dificuldade em parar de fumarA dificuldade do tabagista em parar de fumar é de-

vida ao fato de que a nicotina ativa áreas do cérebro que são encarregadas da produção de sensações de prazer e recompensa. Ela faz elevar os níveis de um neurotransmissor chamado dopamina, nas par-tes do cérebro que produzem essas sensações (é o mesmo neurotransmissor presente na dependência de outras drogas como cocaína e heroína).

Com a instalação da dependência, o fuman-te se torna mais tolerante aos efeitos do cigarro, mas sofre com sua falta, apresentando sintomas de abstinência (desconcentração, dor de cabeça, irrita-bilidade, ansiedade, insônia, sintomas depressivos) havendo fissura.

O ato de fumar envolve dependência química, como também envolve dependência psicológica, quando faz uso para lidar com situações de estresse e dependência comportamental ligada aos hábitos individuais e sociais que criaram vínculos, tais como tomar café e logo em seguida acender um cigarro.

O tabaco provém de uma planta nicotiana taba-cum, cuja queima das folhas promove a liberação

de uma droga estimulante conhecida como nicotina, além de outras quatro mil substâncias tóxicas, entre elas: o monóxido de carbono e o alcatrão.

Quando o tabaco é fumado, a nicotina é absor-vida pelos capilares do pulmão ou pela mucosa da boca, atingindo o sistema nervoso central através da circulação sanguínea, em torno de oito segundos após a fumaça ter sido inalada.

A nicotina afeta o corpo inteiro, sendo que, no início do uso, aparecem alguns efeitos como náuse-

as, tonturas e formigamento. Após a continuidade, o usuário vai desenvolvendo tolerância aos efeitos desagradáveis. A nicotina atua diretamente no cora-ção, mudando a velocidade das batidas e a pressão sanguínea, assim como nos nervos que controlam a respiração, há aumento do estado de vigília e uma elevação discreta do humor, com sensação de re-laxamento. Esses efeitos prazerosos tendem a di-minuir, conforme o consumo vai se repetindo, até o surgimento da dependência.

O consumo de cigarro causa contração arterial e facilita o surgimento de placas de gordura, pre-dispondo o usuário a hipertensão, infartos do mio-cárdio, acidentes vasculares cerebrais, vinculado a 90% dos casos de câncer de pulmão, 80% dos de enfisema pulmonar, associado a outras doenças tais como câncer de garganta, estômago, gastrites, úlceras, bronquites e asma.

Psicóloga Sonia BusarelloEspecialista em Dependências Químicas

pela PUC-PR - CRP-0800059Tel: (41) 3335-0984

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Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês - 15

Os seres humanos podem ser Pragmáticos ou Idealistas. O primeiro filho e a primeira filha de um mesmo relacionamento são os Pragmáticos. Os ou-tros filhos são todos Idealistas.

O casal constituído por um homem Idealista e por uma mulher Pragmática é o casal às avessas, quando comparado ao perfil tradicional, machista, de relacionamento.

Nesse caso, a mulher é forte, prática, de iniciati-va, determinada, com visão de negócios, que sabe cobrar e dizer não, fria, exigente e mandona, carac-terísticas tradicionalmente atribuídas ao homem. Essas características serão mais acentuadas ain-da se, durante a sua gestação, essa mulher tiver sido muito desejada-menino.

Outras vezes, poderá parecer que o forte é o ho-mem, quando esse for violento e autoritário. Mas, convém lembrar que o autoritarismo é sinal de in-segurança, de fraqueza. Quem não tem autoridade a partir da segurança interior, da firmeza de caráter e da autoconfiança, apela para a agressão e a vio-lência, a fim de se impor pelo autoritarismo.

Geralmente, o homem Idealista é sensível, afe-tivo, compreensivo, suave, atencioso e perdoa facil-mente, características essas atribuídas à mulher, segundo a tradição cultural ainda vigente. Pode ser inseguro no desempenho de sua sexualidade.

Essas características, típicas da personalidade Idealista, são ainda mais acentuadas se o homem,

na sua gestação, tiver sido esperado-menina. E, em tal caso, terá facilidade para cuidar das crianças, responder às necessidades infantis com mais pa-ciência do que a mulher pragmática. Também terá facilidade para preparar comida, arrumar a casa, até mesmo lavar a roupa.

O Idealista inseguro, durante o período de ro-mantismo e namoro, sente-se seguro ao lado da Pragmática. Espera manifestações de amor e de afeto e sonha que ela seja uma amante especial. Faz tudo para agradá-la, esperando a recompensa de um relacionamento tranqilo e estável.

Este homem Idealista poderá se decepcionar desde o começo com a sua amada, pois ela ten-de a ser mais seca, fria e calculista nos afetos. A Pragmática envolve-se primeiro com as atividades e deixa o sexo para o segundo ou o terceiro plano, ainda mais quando possui bloqueios na área sexu-al ou foi esperada-menino. Frustrado, ele poderá apelar para o álcool, drogas, jogos, amantes, como mecanismos de fuga.

A Pragmática é mais rápida e apressada, não gosta de perda de tempo, tem senso de organiza-ção e praticidade. Pode assumir a administração da casa, dos filhos e dos negócios, transformando o marido em peça decorativa ou num bom domés-tico. Se não houver uma elevada dose de compre-ensão, uma excelente capacidade de diálogo, ou se um dos dois não souber ceder, os choques e os

atritos tenderão a perpetuar-se.Se o homem souber valorizar as qualidades prá-

ticas de sua Pragmática, permitindo-lhe abrir novos espaços, e souber colaborar com ela, e se a Prag-mática, por sua vez, souber despertar e estimular o seu Idealista, o caminho estará aberto para a construção de um relacionamento maravilhoso e de uma vida feliz.

Programação mental: Relaxe o corpo, concen-tre a mente prestando atenção na respiração por alguns minutos. Quando estiver bem concentrado compreenda que você não é assim como é de propó-sito, por querer, da mesma forma o(a) outro(a). Deixe de julgar, criticar, rotular, rejeitar ou tentar mudar as pessoas. No momento em que paramos de julgar, no instante em que aceitamos aquilo que é, fica-mos livres da mente e abrimos espaço para o amor, para a alegria e para a paz. Compreenda também as características da personalidade pragmática ou idealista e das programações Subconscientes. Pro-cure perceber que aspectos podem ser melhorados no seu modo de ser e nos seus relacionamentos e programe-se mentalmente para que isso aconteça.

Parapsicólogo Flávio Wozniack

3336-5896 ou 9926-5464E-mail: [email protected]

Atendimento: Paróquia das Mercês (voluntaria-do), também em Colombo e São José dos Pinhais.

Parapsicologia e qualidade de vida – nº 50

O subconsciente do ser humano passa a existir e ser programado a partir dos primeiros dias de gestação, e continua a ser programado no processo de parto, na infância, adolescência, vida adulta e até o momento presente

HipnoseÉ um estado da mente no qual as sugestões

são mais prontamente aceitas do que no estado de vigília, mas também agem mais poderosamente do que seria possível sob condições normais.

“Mais importante do que hipnotizar as pessoas

é ajudá-las a deshipnotizar-se”. Esta frase é do mé-dico e cirurgião plástico Maxwel Maltz e ele acres-centa: “O primeiro objetivo é desmontar toda a es-pécie de fantasmas do cliente, ou seja, afastar ou até eliminar toda idéia falsa ou imagem negativa do

indivíduo sobre qualquer realidade objeti-va”. Ficou confuso? É simples: destruir a fantasia que a barata é apavorante, que sua mãe quer o seu mal, que você jamais será um homem de sucesso, que avião é um meio de transporte que você nunca vai utilizar na vida porque tem medo, que as pessoas o perseguem, que a depres-são faz parte de você... E por aí afora.

Para reprogramar o subconsciente, uti-liza-se a técnica de hipnose que, segundo o dicionário, é fixar a mente em um único elemento. “Em um primeiro momento, há a indução hipnótica, na qual o cliente en-tra em contato com seu subconsciente. A seguir, identificam-se os traumas e/ou blo-queios, através da argumentação, compre-ensão e sugestões positivas. Logo após, é iniciada a saída do estado hipnótico”.

É importante salientar, de acordo com a parapsicologia, que existem cinco as-pectos que possuem relação direta com traumas e bloqueios: o medo diante do desconhecido, o medo de passar por bobo, o medo de passar por maluco e a idéia de doença. Através da compreen-

são do passado, é possível viver um presente mais tranquilo e construir um futuro mais feliz.

Vida Intra-UterinaComprovado cientificamente: o subconsciente

do ser humano passa a existir e ser programado a partir dos primeiros dias de gestação, e continua a ser programado no processo de parto, na infância, adolescência, vida adulta e até o momento presen-te. Ou seja, ele nasce antes mesmo da plena cons-ciência da criança. No sexto mês, o feto já é um ser humano consciente, capaz de reagir (Thomas Verny, no livro “Bebês do Amanhã”).

Sendo assim, o estágio de vida intra-uterina é um dos mais importantes na vida de um ser huma-no, afinal, é lá que está o “depósito” do passado dos ancestrais (mínimo quatro gerações passa-das); as referências mentais a respeito da imagem de homem, mulher, família, doença e saúde; e é lá, também, que estarão gravadas as sensações da mãe, ou seja, o que ela sentiu no momento de sua gestação. Ao nascer, o bebê já vem com todos es-tes registros, a emoção só reforça a programação de sua personalidade.

Quando rejeitado (acidentes durante a gesta-ção, forte decepção com o cônjuge, mãe deprimi-da, mãe que pensa em abortar etc.), o feto sente significativa ameaça de morte e insegurança diante do futuro, características que poderá levar ao longo de sua existência.

Ana Maria Fagundes Arana Parapsicóloga

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16 - Ano XII - n.° 117 - Julho de 2011

Retiro dos CrismandosOs catequizandos estiveram reunidos na Paróquia Santa Luzia, no dia 18 de junho, para uma tarde de

convívio em preparação espiritual mais intensa para receber o Sacramento da Crisma, que vai ocorrer no dia 30 de julho. Os catequistas: Alessandra, Marines, Samara, André, Cléia e Elisete estivemos presen-tes, onde todos fomos gentilmente acolhidos pelo pároco, Pe. Jair F. Jacon, e participamos de diferentes momentos de vivência na luz do Espírito Santo, conduzidos pela Ir. Márcia (IMT), catequista Álvaro, equipe de animação Eliana e Flávia, e o Frei Pedro Cesário Palma, que fez o encerramento com uma celebração litúrgica.

A Pastoral da Catequese da Paróquia Nossa Senhora das Mercês registra o agradecimento a todos que contribuíram para esta tarde de Encontro com o Espírito Santo e, em especial, a hospitalidade da Paróquia Santa Luzia.

Parada CatequéticaDe 04 de julho a 1° de agosto, estamos em parada catequética (férias), mas

salientamos que continuamos com o compromisso de acompanhar a missa dominical, participando dela onde quer que se encontre, pois Jesus não tira férias, e ele tem um encontro marcado com você em todos os domingos, em diferentes horários, onde te espera com amor.

Retorno dos encontros: 02 de agosto de 2011.

Venha fazer parte da catequese

Educar na fé, com responsabilidade e amor, para transformar a men-sagem de Cristo em um encontro pessoal com Ele.

Este Jesus que nós, catequistas, experimentamos pessoalmente a cada encontro transformou nossa vida de tal forma que, voluntariamente, passamos a dispor de nosso tempo, para que Deus ensine, através de nós, a fazer aqui e agora o seu Reino de Amor.

Levar Jesus ao outro e confiar que somos ferramentas para superar os obs-táculos da falta de fé, alicerça a nossa caminhada, dando-nos vigor e coragem para dedicar tempo e serviço à Catequese.

Sim, eu quero que a luz de Deus, que um dia em mim brilhou,jamais se esconda e não se apague, em mim, o seu fulgor.Sim, eu quero que o meu Amor ajude o meu irmão a caminhar guiado por tua mão. Em tua lei, em tua luz, Senhor!

Venha beber da água viva de Jesus.Equipe da Pastoral da Catequese

Catequese destaca

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Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês - 17

Catequese destaca

Arraiá do EJC Mercês

No dia 19 aconteceu a Festa Junina do Grupo de Jovens, como fazemos todos os anos. Além de a festa rolar o dia todo, tive-mos também as Missas Sertanejas, nos ho-rários das 10h30, 12h e 17h. Caprichamos na decoração do salão e da Igreja, todos os jovens também estavam vestidos a caráter. Tivemos quadrilha, doces e salgados típicos, quentão, espetinho... Enfim, todo o grupo dedicando seus esforços num dia inteiro de trabalho, mas também de muita diversão. Mais uma vez, contamos com a ajuda dos nossos queridos Tios do ECC, grupo que sempre nos apoia em todos os momentos. Obrigada ECC!

Parabéns, EJC, pela dedicação!Obrigada a todos que participaram das

Missas e da Festa Junina! Nós preparamos tudo com muito carinho pra Jesus e pra Co-munidade!

Gisele Morais

Vamos reviver este momento de encontro com Jesus na primeira eucaristia!

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LiturgiaLiturgia é, antes de tudo, ACÃO. Ação supõe movimento.

A liturgia se torna viva mediante palavras e gestos. Por isso, dize-mos que a liturgia é fei-ta de sinais sensíveis, ou seja, sinais que che-gam e estimulam os nossos sentidos (tato, olfato, paladar, visão e audição)

Segundo a doutrina da nossa Mãe Igreja, a liturgia é a celebração do Mistério de Cristo em particular o seu Mistério Pascal, isto é, a passagem da morte para a vida.

Deus passa no meio de nós pela liturgia. Páscoa é passagem. Li-turgia é Páscoa. Sendo assim, o ponto culmi-nante de uma comuni-dade é a celebração co-munitária, onde todos expressam sua fé co-mum; ouvem o Senhor e Salvador; agradecem as graças e bênçãos, cantam as mesmas canções e louvam a Deus. Cresce a fraterni-dade e o povo de Deus se reanima, sobretudo, nos Sacramentos, para continuar a luta pela construção do Reino.

Através desse serviço, Cristo continua na sua Igreja, com ela e por meio dela, a obra da nossa redenção.

Jesus, como cabeça, celebra a liturgia com os membros do seu Corpo, ou seja, com a sua Igreja celeste e terrestre, constituída por santos e pecadores, por habitantes da terra e do céu.

Celebrar tem vários significados: festejar, so-lenizar, honrar, exaltar, cercar de cuidado e esti-ma.

O ser humano é naturalmente celebrativo. As pessoas facilmente se reúnem para celebrar ani-versários, vitórias esportivas, formaturas, batiza-dos, casamentos, etc.

Nenhuma atividade pastoral pode realizar-se sem referência à liturgia. Qualquer celebração tem sentido evangelizador e catequético. Toda ação pastoral terá como ponto de referência a

liturgia, na qual se celebra a memória e se pro-clama a atualidade do projeto de Jesus Cristo.

Para que a dimensão celebrativa funcione bem, para que haja a participação de todos, se faz necessário que alguém ou uma equipe pen-se, planeje, prepare tudo com muito carinho e dedicação. A liturgia não foge dessa necessida-de. Para que a liturgia seja fiel a aquilo que ela deseja expressar, deve ser feita com muito cuida-do e organização.

As celebrações das comunidades, das paró-quias, necessitam que esta equipe de liturgia tenha como primeiro critério o “QUERER CELE-BRAR BEM”.

Celebrar de tal modo que favoreça a participa-ção de todos os presentes.

O ato de celebrar implica alguns elementos importantes:

1 Celebrar é um ato público (reunião de

pessoas). Não tem sen-tido uma pessoa cele-brar o próprio aniversá-rio sozinha, fechada em um quarto.

2 Celebrar supõe que haja momentos especiais. Momentos privilegiados. Não se celebra a toda hora.

3 Celebrar requer motivação. Os motivos podem ser os mais va-riados, como nascimen-to de um bebê, dias das mães, batizado, primeira eucaristia, ca-samento, etc.

4 Celebrar depen-de de ritos. O que são ritos? São gestos que se repetem. Por exem-plo, celebrar uma mis-sa requer os seguintes atos: Entrada, Sauda-ção, Ato Penitencial, Glória, Leituras, Homi-lia, Oração dos Fiéis, Ofertório, Oração Euca-rística, Pai Nosso, Sau-dação da Paz, Cordeiro de Deus, Comunhão, Ação de Graças e Des-pedida. São atos pró-prios desta celebração, por isso não se confun-de com uma celebração de casamento ou de uma festa de aniversa-rio, que são compostas de outros atos.

5 Celebrar requer tempo. É necessário que haja hora marcada, a fim de que os participantes se orientem. A ce-lebração também tem uma duração (uma hora, uma semana, o dia todo) dependendo do que se trata.

Quando falamos de celebrações litúrgicas po-demos ter :

• A missa ou Celebração Eucarística;• Celebração dos Sacramentos;• A Celebração da Palavra;• A Liturgia das Horas;• O Ano Litúrgico.

Que o Espírito Santo nos conceda participar das ações litúrgicas com muito entusiasmo e fé, porque assim a Igreja Peregrina já participa, por antecipação, da Liturgia Celeste.

Liliane Martinez Nabhan

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Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês - 19

Fatos da Vida ParoquialACONTECEU

Pãezinhos de Santo AntônioDe 9 a 13 de junho, foi realizada a distribuição

dos pãezinhos de Santo Antônio. O Movimento da 3ª Idade, através da Sra. Denize Cecília Tonin Toscan, coordenou a distribuição de 11.500 pães. Agradecemos ao Supermercado Festival, às Pani-ficadoras Maggiori, Piegel, Pão e Queijo e Cravo e Canela. Nosso agradecimento a todos que se dedicaram e contribuíram para a formação dos vo-cacionados Freis Capuchinhos.

Voluntários em RetiroUm grupo de voluntários da Entreajuda e do

Projeto Missionário Faróis de Esperança, estive-ram reunidos para um dia de Retiro Espiritual. O encontro aconteceu no dia 11 de junho de 2011, no Sítio da Paz, em Colombo. Um lugar paradisí-aco, pertencente ao nosso amigo e companheiro da Entreajuda Luiz Carlos Marini.

A sabedoria, a humildade e, sobretudo, a pro-funda espiritualidade do pregador frei João Daniel

Lovato, conduziu o grupo todo a um encontro mais íntimo com Deus através da natureza. O retiro foi, sem dúvida, um dia de bênçãos e graças. Nossa profunda gratidão aos freis João Daniel Lovato e Benedito Félix da Rocha, que nos tem acompa-nhado sempre. Um muito obrigado especial ao nosso querido amigo Luiz Carlos Marini que tão gentilmente nos cedeu o espaço para realizar o retiro. Deus lhe pague!

ComunicadoInformamos que no mês junho de 2011, inicia-

mos o trabalho de pintura externa da igreja. Pedi-mos a colaboração e compreensão de todos para alguns transtornos que venham a ocorrer neste período.

Reunião do CPPDia 21 de junho de 2011, o Conselho Pasto-

ral Paroquial se reuniu com os representantes de diversas pastorais e movimentos, para discutirem sobre o XVI Plano Arquidiocesano de Pastoral.

Tapete de Corpus ChristiNossa paróquia marcou presença na participa-

ção da procissão e na confecção do tapete de Corpus Christi, comemorado no dia 23 de junho de 2011. O tradicional tapete foi confeccionado pelo grupo de jovens da paróquia (EJC), Encontro de Jovens com Cristo. Parabéns a todos que par-ticiparam!!!

VAI ACONTECER

Encontro de Casais com CristoEstão abertas as inscrições para o 13º En-

contro de Casais com Cristo da paróquia N. Sra. das Mercês, que será realizado de 26 a 28 de agosto de 2011. O principal objetivo do encon-tro é fortalecer a vida a dois e familiar, atra-vés dos ensinamentos de Jesus. Ligue para a secretaria da paróquia 3335-5752 e faça sua inscrição!

Secretaria da paróquia

Pascom da Paróquia participa de Seminário de Comunicação

A Arquidiocese, em parceria com a Rádio Evangelizar realizaram, no dia 11 de Junho, o seu 1° Seminário de Comunicação; a Paróquia Nossa Se-nhora das Mercês marcou presença com seus representantes. Frei Pedro, Izilda e Diego participaram do evento, durante toda a manhã.

O Seminário contou com dois momentos principais: a palestra do jorna-lista e diretor de programação da RPC TV, Carlyle Ávila, sobre comunicação e evangelização e com uma apresentação das ações da Pastoral da Comu-nicação (Pascom) da Igreja Nossa Senhora do Carmo.

Dentre os principais apontamentos expressos nas palestras, pode-mos citar a importância de estar atento às reais necessidades de comu-nicação de cada comunidade, visando respeitar as limitações e identifi-car as potencialidades de cada público-alvo. Uma atenção especial às novas tecnologias e às redes sociais também estiveram em alta.

Pelas fotos, você confere um pouco mais do clima do evento.

Frei Pedro e Izilda juntos do diretor de programação da RPC TV

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Corpus ChristiNo dia 23 de junho, nossa Paróquia participou

da confecção do tapete de Corpus Christi. O tra-balho foi conduzido pelo Grupo de Jovens – EJC. Começamos no dia 11 de junho, quando passa-mos a tarde planejando o desenho e pintando a serragem de cores diversas.

No dia de Corpus Christi, chegamos à Av. Cân-dido de Abreu às 8h. Nossa parte ficava em frente ao Palácio da Justiça, no lote 13.

Mais uma vez, os jovens estavam muito ani-

mados e, apesar do frio e da garoa fina, ninguém desanimou. Destaque para o desenho da imagem de Jesus usada como símbolo do EJC e para a imagem de Nossa Senhora das Mercês (ver fo-tos).

Desenhamos também um terço, a Hóstia Sa-grada, o Cálice e o cacho de uvas, representando o corpo e sangue de Jesus Cristo.

Para fazer os desenhos usamos serragem colorida, café, sal, pétalas de rosas, lantejoulas

douradas e prateadas. Terminamos o tapete perto das 13h, e a maioria ficou até as 17h, momento em que a Procissão passaria.

O nosso desenho ficou lindo e foi uma gran-de emoção poder preparar, com tanto carinho, o tapete para a passagem de Jesus Cristo vivo na eucaristia. Parabéns, família EJC! É assim que construiremos o nosso caminho para o Pai: traba-lhando pra Ele com muito amor!

Gisele Morais