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Edição Especial - Calouros 2013

Antes de mais nada, parabéns!

Programação da Semana de Recepção (25 de fevereiro a 1º de março)*Segunda Terça Quarta Quinta Sexta

8h - 10h Apresentação da Comissão

Palestra dos ex-alunos

Palestra do Gubi Visita pelo IMEVisita ao CEPEUSP

10h - 12h Palestras: Diretor e Deptos.

Palestras do Instituto

Gincana para os bixos

Palestra da Atlética

12h - 14h Levar bixos ao Bandeijão Central

Bandeijão: PCO Bandeijão: FísicaBandeijão: Química

14h - 16h Show da FísicaPalestras: ZFC, CG

e CRinT Festival de Bandas

16h - 18h Grupo de Discussão

Grupo de Discussão

Confraternização com os bixos

19h - 21h Palestras: Diretor e Deptos.

Palestra CAMatPalestra dos ex-

alunos

Palestras: Cinoto e Cartola Palestras do

Instituto21h - 22h40 Visita pelo IME

Palestra da Atléti-ca e Pizzada

Grupo de Discussão

* Programação sujeita a alterações, confirmar com a Comissão de Trote do IME

Parabéns calouro pela grande conquis-ta que é passar no vestibular. Agora você é parte do corpo discente da Uni-versidade de São Paulo e há muito mais o que conquistar daqui para frente!

O Acontece no IME é um jornal pu-blicado mensalmente e destinado a todos aqueles que passam por aqui: professores, alunos, funcionários e vi-sitantes. Nele é possível encontrar en-trevistas com personagens importan-tes do nosso cotidiano, coberturas de eventos, novidades sobre os cursos, entidades e muito mais.

Esta edição foi feita especialmen-te para você, calouro, para ajudá-lo a entender um pouco mais do universo em que você está entrando agora.

Abaixo, trazemos a programação da Semana de Recepção que seus vetera-nos estão organizando e que, acredite, sempre costuma ser uma das épocas mais memoráveis da vida universitária.

Nas páginas dois e três, você vai

conhecer a história do Instituto. Pri-meiro, com uma linha do tempo e um texto que conta como surgiu o IME, desde 1934, data da fundação da USP e da Faculdade de Filosofia, Ciência e Letras, da qual o IME se desmembrou, em 1970. Depois, com uma série de textos sobre a vida dos professores cuja importância na história do IME lhes rendeu a honrosa homenagem de dar nome aos nossos espaços, além de boas lembranças.

Também há um mapa do Instituto, que indica alguns dos lugares que provavelmente serão importantes na sua vida acadêmica.

Na última página, há uma carta de boas vindas do nosso atual diretor, Flávio Ulhoa Coelho, endereçada aos calouros na qual são apresentados al-guns dados e um pouco do universo de possibilidades que o Instituto e a Universidade de São Paulo têm dispo-níveis para seus alunos.

Foto: Comissão de Trote IM

E-USP

A HISTÓRIA DO IME E DE QUEM EMPRESTA O NOME AOS NOSSOS ESPAÇOS

Contratado pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP em 1967 como instrutor na Cadeira de Cálculo Infinite-simal, iniciou sua história no IME na época de sua criação.

Completou seu doutorado em 1974 e sua carreira foi marca-da por participação assídua em reuniões científicas e colabo-rações como orientador em trabalhos e pesquisas, estenden-do sua influência ao Instituto de Matemática de São Carlos.

Aprovado em concurso de livre docência no ano de 1982, foi um professor exemplar dentro do Instituto, sendo alvo de admiração e carinho por parte de seus alunos e colegas.

Após sua morte, em 1990, vítima de um acidente de car-ro, a Congregação do Instituto nomeou a Sala de Confe-rências no segundo andar do Bloco A em sua homenagem.

Nascido em Recife, em 1927, foi em São Paulo que o Prof. Carlos Benjamin de Lyra construiu sua carreira, começando como auxiliar da Cadeira de Matemática na antiga Faculda-de de Filosofia da Maria Antônia. Filósofo amador, costumava ser descrito pelos amigos como homem de amplas ideias e ideais. Participou ativamente nas discussões da reforma uni-versitária que deu origem ao IME, dedicando-se em particular à constituição da biblioteca que hoje leva seu nome. Fez par-te da comissão organizadora do primeiro Colóquio Brasileiro de Matemática, ministrando o curso de Geometria Algébrica.

Jacy Monteiro nasceu em 1921, no Rio de Janeiro, mas já com dez anos mu-dou-se para São Paulo. Des-de criança mostrava maior interesse e habilidade na área de exatas, o que o le-vou a ingressar na Escola Politécnica com a intenção de formar-se engenheiro. No entanto, não se adaptou à escola devido à própria natureza do curso, que exi-gia conhecimentos de or-dem técnica enquanto Jacy Monteiro gostava mesmo era de lógica e matemática

pura. Mas a passagem pela Politécnica foi essencial a sua carreira; foi lá que ele conheceu o Professor Cân-dido Lima da Silva Dias, que o incentivou a cursar Ciên-cias Matemáticas na Facul-dade de Filosofia, Ciências e Letras da USP.

Ingressou no curso em 1941 com outros catorze alu-nos e formou-se em 1943, na companhia de apenas quatro colegas de turma. Em 1944, entrou para o corpo docente do Departamento de Mate-mática da faculdade, como

C â n d i d o d e L i m a d a Silva Dias - ou Professor Candinho, como era mais conhecido - foi o primeiro diretor do IME e esteve muito envolvido com sua criação.

Nascido em Mococa, interior de São Paulo, em

1913, Candinho era filho de um engenheiro que se divertia estimulando-o a fazer contas cheias de zero. Foi assim que, ainda criança, tomou gosto pelos números.

Naquela época, claro, a matemática já era uma ciên-cia de prestígio em nosso país, mas ainda não havia se organizado como carreira. Por esse motivo, Candinho seguiu o mesmo caminho do pai, ingressando na Esco-la Politécnica em 1932. Mas uma notícia mudou todos os seus planos: a criação da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, em 1934, com sua seção de Ciências e sua subseção de Mate-mática. No ano seguinte, abandonou a Poli e entrou no recém-criado curso de Matemática.

Logo que se formou, re-cebeu um convite para ser assistente do Professor italiano Luigi Fantappiè na própria Maria Antônia, ini-ciando sua carreira na aca-demia. Quando Fantappiè voltou para a Europa, Can-dinho assumiu seu posto. A partir de então, foi um dos

pivôs do desenvolvimento da matemática no Brasil, dividindo-se entre cargos de docência e administrati-vos. Sua paixão, no entanto, sempre foi o ensino.

Nos seus primeiros anos como professor, o processo que concedia aos alunos bolsas de estudo para pes-quisas ainda não era total-mente formalizado; ele, no entanto, lutava para que seus alunos as conseguis-sem e ia até o Rio de Janei-ro para negociá-las quando era preciso.

Em 1948 seguiu para os Estados Unidos, com bolsa de estudos da Fundação

A HISTÓRIA DO IME E DE QUEM EMPRESTA O NOME AOS NOSSOS ESPACOS

A fundação do IME data do dia 15 de janeiro de 1970, à época da chamada refor-ma universitária, que deu a atual forma à Universidade de São Paulo.

Mas antes disso, não se ensinava Matemática na USP? Claro que sim! Os es-tudos se davam sobretudo na Escola Politécnica, cujas atividades tiveram início ainda em 1893, antes mes-mo da fundação da USP.

A Universidade de São Paulo só seria criada em 1934, a partir da junção de faculdades já existentes

BLOCO A

EDIFÍCIO CÂNDIDO DE LIMA DA SILVA DIASGuggenheim e foi nomea-do “Research Fellow in Ma-thematics” da Universidade de Harvard. Em sua viagem, passou também pelas uni-versidades de Chicago e Princeton, dois importantes núcleos da pesquisa cientí-fica em exatas. Logo depois voltou ao Brasil para assu-mir o cargo de presidente da Sociedade de Matemáti-ca de São Paulo (criada em 1945 e extinta em 1968), da qual também foi sócio--fundador e primeiro vice--presidente. Com a criação do CNPq, tornou-se chefe de seu setor de Matemática.

Ao longo de sua carrei-ra, conviveu com mate-máticos como Edwin Spa-nier, Shiing-Shen Chern, Norman Steenrod, André Wei l , Marshal l Stone e Jean Dieudonné - muitos dois quais membros do prestigiado Grupo Bour-baki. Morreu no dia 15 de setembro de 1998, acu-mulando 54 anos de do-cência e deixando uma enorme contribuição para o desenvolvimento da ma-temática brasileira.

como, por exemplo, a Po-litécnica, a Faculdade de Direito e a Faculdade de Medicina, e da criação de outras unidades, como a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras.

Antes da criação da FFCL, os cursos existentes no Es-tado de São Paulo davam ênfase a carreiras profis-sionais. Naquela época era comum que se formassem poetas, políticos e professo-res de português no curso de Direito e professores de química, física e matemática nos cursos de engenharia.

A FFCL, também conheci-da como a antiga “Filosofia”, reunia cursos de todas as áreas do conhecimento, de caráter preponderantemen-te cultural ou científico.

Dessa forma. a FFCL atraiu para o país muitos matemáticos importantes do exterior e foi nela onde o estudo da matemática se tornou mais específico. Antes localizada na Alame-da Glete, em 1949 passou a funcionar no famoso cam-pus da Rua Maria Antônia. No fim dos anos 60 e início dos anos 70, a “Filosofia” foi

assistente do professor Cân-dido. Conhecido por sua am-pla participação no ambiente acadêmico, Jacy também se interessava muito pelas ativi-dades da política estudantil e colaborava com os alunos no Grêmio da Maria Antônia em suas deliberações. Por sua sala sempre circulavam amigos e alunos devido à pequena biblioteca (rechea-da de clássicos selecionados) que mantinha por lá.

Quando o famoso mate-mático francês Jean Dieu-donné visitou o Brasil, Jacy ficou encarregado de ser seu auxiliar. Dieudonné era um ativo membro das dis-cussões do coletivo de ma-temáticos conhecido por Grupo Bourbaki, que publi-cou vários livros buscando fundamentar a matemática em uma linguagem mais

transferida para o campus Butantã e desmembra-da em diversos institutos, como o de Psicologia, o de Química, o de Física e o IME.

AUDITÓRIO JACY MONTEIRO

SALA ANTONIO GILIOLI BIBLIOTECA CARLOS BENJAMIN DE LYRA

1934 1949 1970 2013

Alameda Glete Rua Maria Antônia Campus Butantã - Rua do Matão

simples e precisa do que a que se utilizava até então. Jacy, que levava muito jeito com idiomas, fez transcrições precisas das aulas ministradas por Dieudonné, e suas notas se tornaram mais tarde uma leitura básica para os cursos da Universidade de São Paulo.

Na década de 60 foi ativo no Movimento da Mate-mática Moderna (MMM) no Brasil. O amigo Osvaldo San-giorgi o definiu como “um esgrimista intelectual do mais alto nível”.

EX

PED

IEN

TE

tiragem: 1200 exemplares

DiretorFlávio Ulhoa Coelho

Vice-DiretorCarlos Eduardo Ferreira

Editores Vinícius de Oliveira F. Pereira

Mariana Ferreira ZitoAssistente Técnica Administrativa

Paixão de Mattos P. Saldanha

Assistente Técnica AcadêmicaNeusa Maria Falavigna BrandãoAssistente Técnico Financeiro

Joaquim Vilemar de Sousa RochaConselho Editorial

Roberto Hirata JúniorMarco Aurélio Gerosa

Carlos Eduardo FerreiraFlávio Ulhoa Coelho

fale com a gente: assessoria@ime.usp.br |

Instituto de Matemática e Estatística Universidade de São Paulo

Carta do diretor aos calourosCaro aluno, antes de mais nada, gostaria de parabenizá-lo, em nome d e t o d a a co m u n i d a d e imeana, pelo ingresso em um dos cursos do Instituto de Matemática e Estatísti-ca. São 340 novos alunos que recebemos com muita alegria e que se juntarão a outros 1.300 veteranos.

Nosso Instituto tem 43 anos e é responsável por todas as disciplinas de Ma-temática, de Estatística e de Computação ministradas nos cursos do campus do Butantã. Quase metade dos alunos que passa por esse campus terá uma disciplina ministrada por nós.

O IME oferece 6 cursos de graduação: 5 de Bacharela-do (um deles noturno) e 1 de Licenciatura (diurno e notur-no). Cada curso tem a sua coordenação (chamada de CoC) e é lá que as questões específicas são tratadas. A instância superior às CoCs é a Comissão de Graduação e, superior a ela no IME, um colegiado chamado de Con-gregação. Em todas essas instâncias, existe uma repre-sentação estudantil e é im-portante que a participação nelas seja efetiva.

O IME possui 194 docen-tes divididos em quatro de-partamentos (Ciência da Computação, Estatística, Matemática e Matemática Aplicada). Conta também com 140 servidores técnico--administrativos.

A USP e o IME oferecem, além dos melhores cursos, uma série de atividades que o ajudarão a se integrar mais e mais na vida universitária. Não dá para descrever tudo agora e aqui, mas gostaria de destacar algumas delas. O importante é que você fique atento e participe, cada coisa a seu tempo!

Temos um programa de Iniciação Científica, onde você poderá aprofundar o seu conhecimento em vá-rios assuntos que não são normalmente apresenta-dos nos cursos. Por outro l a d o, a M o n i to r i a s e r ve para você ajudar os pro-fessores em matérias nas

quais tenha se destacado.Talvez você não tenha pen-

sado nisso antes, mas existe uma possibilidade de esta-giar em uma universidade no exterior durante o seu curso, o que é uma oportunidade úni-ca de interação com outras realidades. Fique atento aos informes da Comissão de Re-lações Internacionais do IME.

O IME possui vários cen-tros de pesquisa e extensão (CAEM, CEA, CEC, CEMCAP, CCSL, tente descobrir os signi-ficados dessas siglas!), a chan-ce é grande de algum deles fa-zer parte de seu cotidiano.

Se você pensa que o IME descansa no verão, enga-no seu! Oferecemos, a cada ano, o Curso de Verão com inúmeras disciplinas de ex-tensão. Nada, porém, que

DIURNOBacharelado em

Ciência da Computação

Bacharelado emEstatística

Bacharelado emMatemática Aplicada

Bacharelado emMatemática

Licenciatura emMatemática

NOTURNOBacharelado em

Matemática Aplicada eComputacional

Licenciatura emMatemática

impeça umas feriazinhas, que todos merecemos. Para aqueles que quiserem conti-nuar depois de formados, o IME oferece excelentes cursos de pós-graduação.

Não importa qual seja o seu estilo, a USP e o IME em particular, tem muito a ofere-cer. Desde o CEPEUSP (Centro Esportivo) até o CINUSP, pas-sando pelo CoralUSP (onde você pode efetivamente cantar) e a Orquesta da USP (essa é para relaxar e curtir). Internamente, a Atlética e o CAMAT são lugares de inte-gração e discussão e fazem parte da vida imeana.

Bem-vindo a todos e bom curso!

Prof. Flávio Ulhoa CoelhoDiretor

Piscina do CEPEUSP

CINUSP Paulo Emílio

Foto: Marcos Santos / U

SP Imagens