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Diversificar exige critérios na hora

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16 | Jan-Fev/2011 | Ação

INVESTImENTO

Por Álvaro Modernell*

DIVERSIFICAR EXIgE

CRITéRIOS

Um dos tópicos mais abordados em cursos de finanças é a diversificação. São estudados modelos para maximizar ganhos e reduzir riscos, geralmente fazendo análises de séries históri-cas e das correlações entre ativos. Apesar de parecer complexo, são apenas refinamentos de uma antiga lição passada de gera-ção em geração: “não colocar todos os ovos na mesma cesta”. Simples assim.

Em finanças pessoais, bom senso e algumas noções são sufi-cientes para a maioria dos casos. O problema é que todo mundo acha que tem bom senso. Se faltar bom senso e conhecimento, o desastre financeiro é inevitável.

Quem tem dinheiro precisa aprender a cuidar dele. Há pessoas que sabem “fazer dinheiro”, ganham muito com suor, inteligência e competência profissional, mas, com o dinheiro na mão, parecem não saber agir. Cometem erros primários e,

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muitas vezes, são omissos na gestão do próprio patrimônio. No Banco se vê muito isso. Empresários quebram porque não

sabem cuidar “do caixa” do negócio. E dinheiro não aceita desa-foro. Se não for bem tratado, vai embora.

Antes que isso aconteça, o melhor é ajustar os ponteiros. Os conceitos básicos são relativamente simples e de fácil aprendi-zagem e aplicação. Difícil é manter a disciplina, ser perseverante.

Vamos esclarecer que diversificar não significa espalhar dinheiro por aí. É preciso critérios, estratégia e planejamento. A distribuição dos recursos deve ser compatível com o perfil do investidor e com os objetivos. E, claro, com o volume. Quem tem pouco dinheiro não precisa diversificar. Precisa gastar menos, ganhar mais e poupar mais.

Mas, à medida que os investimentos crescem, a situação muda. Quem tem recursos disponíveis acima de três vezes o

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valor da renda mensal da família já deveria estar diversifican-do. Se nos planos está um curso no exterior, a compra de um imóvel ou uma aposentadoria tranquila, os recursos deveriam estar alocados em ativos com perfis compatíveis com esses objetivos. Quanto mais expressivos os valores, maior a impor-tância da diversificação. Inclusive de instituição. O que adianta diversificar em fundos, CDB, ações, poupança, títulos, previdên-cia e colocar tudo na mesma instituição? Seria como distribuir os ovos em pequenas cestas e colocá-las todas dentro de uma maior. Embora alguns riscos tenham sido diluídos, o risco de concentração continua.

O segundo ponto é diluir riscos. E são muitos: taxa, moeda, prazo, mercado, crédito e outros. Conforme o tipo de investimen-to, estes estarão mais ou menos presentes. E para cada tipo de risco há uma medida diferente. Vale aquela máxima de que o lucro – ou a perda – está associado ao risco. Assim, quem quer ganhar mais tem de assumir mais riscos e quem prima pela se-gurança tem de se resignar com ganhos menores.

Os riscos estão presentes em todos os investimentos. Até na poupança há riscos. E um dos piores, o da perda de poder aqui-sitivo, quando os rendimentos ficam abaixo da inflação. O maior perigo desse risco é que age lentamente e alguns não percebem.

Uma boa diversificação deve contemplar ativos de curto, mé-dio e longo prazos, renda fixa e variável, opções conservadoras e arrojadas. A composição e os percentuais devem levar em conta os objetivos da família e o perfil dos investidores. Mas pelo me-nos quatro partes devem estar presentes na maioria das cestas de investimentos:

• Reservas para emergências ou oportunidades em ativos de liquidez como poupança, tesouro direto e fundos.

• Parcela para especulação ou proveitos de curto prazo, sendo essa a parcela mais flexível para a escolha dos investimentos. Vale tudo, até colocar 100% – desta par-celas em ativos arriscados –, como mercado de ações ou moedas estrangeiras. Nesta, as alegrias e as amarguras podem ser muito intensas.

• Parcela para investimento de médio e longo prazos, con-forme os objetivos da família – lazer, imóveis, formação de patrimônio, estudos, negócio próprio etc.

• Reservas para a aposentadoria, em planos de previdência, títulos públicos ou similares e ações ou fundos de ações.

Adicionalmente, pondere as seguintes estratégias de diversificação e otimização de investimentos:• Para investir em ações, considere clubes e fundos de

investimento.• Tributação e taxas de administração devem ser

consideradas sempre. • Considere o tesouro direto como opção. • Comece o quanto antes e vise ao futuro.• Invista e acompanhe seus investimentos regularmente.• Seu banco de relacionamento não é a única opção.

Avalie outras. Bons frutos para seus investimentos!

* Especialista em Educação Financeira.

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