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UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU Centro de Ciências Biológicas e da Saúde Programa de pós-graduação Stricto Sensu em Ciências do Envelhecimento Rosangela Maria Cordeiro Garoto Efeitos do diabetes nos grânulos de ANP de ratos Wistar em envelhecimento São Paulo 2012

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UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU

Centro de Ciências Biológicas e da Saúde

Programa de pós-graduação Stricto Sensu em Ciências do Envelhecimento

Rosangela Maria Cordeiro Garoto

Efeitos do diabetes nos grânulos de ANP

de ratos Wistar em envelhecimento

São Paulo

2012

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UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU

Centro de Ciências Biológicas e da Saúde

Programa de pós-graduação Stricto Sensu em Ciências do Envelhecimento

Rosangela Maria Cordeiro Garoto

Efeitos do diabetes nos grânulos de ANP

de ratos Wistar em envelhecimento

Dissertação apresentada ao programa de Mestrado em Ciência do Envelhecimento da Universidade São Judas Tadeu para a obtenção do Título de Mestre

São Paulo

2012

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Garoto, Rosangela Maria Cordeiro

G237e Efeitos do diabetes nos grânulos de ANP de ratos wistar em

envelhecimento / Rosangela Maria Cordeiro Garoto. - São Paulo, 2012.

55 f.: il. tab.; 30 cm

Orientador: Romeu Souza Rodrigues

Dissertação (mestrado) – Universidade São Judas Tadeu, São Paulo,

2012.

1. Diabetes. 2. Envelhecimento. 3. Fator Natriurético Atrial. I.

Rodrigues, Romeu Souza. II. Universidade São Judas Tadeu, Programa de

Pós-Graduação Stricto Sensu em Ciências do Envelhecimento. III. Título.

CDD – 613.0438

Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca

da Universidade São Judas Tadeu Bibliotecário: Ricardo de Lima - CRB 8/7464

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Rosangela Maria Cordeiro Garoto

Efeitos do diabetes nos grânulos de ANP

de ratos Wistar em envelhecimento

Dissertação apresentada ao programa de Mestrado em Ciência do Envelhecimento da Universidade São Judas Tadeu para obtenção do Título de Mestre.

Área de concentração: Aspectos biológicos e funcionais do envelhecimento

Orientador: Prof. Romeu Rodrigues de Souza

SÃO PAULO

2012

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FOLHA DE AVALIAÇÃO

Rosangela Maria Cordeiro Garoto

Efeitos do diabetes nos grânulos de ANP de

ratos Wistar em envelhecimento

Dissertação apresentada ao programa de Mestrado em Ciência do Envelhecimento da Universidade São Judas Tadeu para obtenção do Título de Mestre.

Área de concentração: Aspectos biológicos e funcionais do envelhecimento

Orientador: Prof. Romeu Rodrigues de Souza

Data: ____/____/______

Banca examinadora

Prof. Dr.__________________________ Instituição:__________________________

Assinatura: _______________________ Julgamento: _______________________

Prof. Dr. __________________________ Instituição: ________________________

Assinatura: ________________________ Julgamento: _______________________

Prof. Dr. __________________________ Instituição: ________________________

Assinatura: ________________________ Julgamento: _______________________

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DEDICATÓRIA

A minha amada mãe Pedrina (in

memoriam), verdadeiramente a maior

mestre que tive.

A minha amada filha e esposo. Sem

vocês não teria sentido.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus pelas oportunidades que me foram dadas na vida, principalmente por

ter conhecido pessoas interessantes e também por ter vivido fases difíceis, que foram

matérias-primas de aprendizado.

Agradeço especialmente à minha amada filha Camila, que compreendeu a minha

ausência e dizia se orgulhar de mim.

Ao meu marido que, com seu apoio incondicional, deu-me forças para prosseguir até o

final dessa jornada, com sua frase motivadora: “Tem que fazer? Então faça!” – essa era

minha mola.

A minha irmã guerreira, Cida, meu querido cunhado Chico e sobrinha Aline que,

enquanto eu estava longe, cuidaram de nossa mãe.

E você minha irmã Wilma, que torcia e rezava por mim, é meu maior exemplo de ser

humano.

A minha amiga Silvana Flora, pois trocávamos experiências e nos apoiávamos

mutuamente com amizade e comprometimento.

Ao admirável Armando Bega, que mais uma vez, faz parte do meu crescimento

profissional e, porque não, pessoal.

Ao meu partner Rogério Krisan que por ele, pude ficar ausente do nosso negócio.

Aos meus sobrinhos e afilhados, Eliana, Francini, Aline, Bete, Erika, Djalma e Zezé,

que, sei, torceram por mim.

Ao meu querido orientador professor Romeu Souza pelos ensinamentos. Seu carinho e

dedicação serão inesquecíveis.

Aos professores do Mestrado Ciências do Envelhecimento meu eterno agradecimento.

Aos alunos do Curso de Graduação em Podologia da Universidade Anhembi Morumbi,

que foram meu principal motivo de enfrentar e desbravar este desconhecido e rico

mundo do Saber...

A todos aqueles que de alguma forma estiveram e estão próximos de mim, fazendo

esta vida valer cada vez mais a pena.

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“O propósito do aprendizado é crescer, e

nossas mentes, diferentes de nossos

corpos, podem continuar crescendo

enquanto continuamos a viver.” – MORTIMER

ADLER

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RESUMO

Autora: Rosangela Maria Cordeiro Garoto

Orientador: Prof. Romeu Rodrigues de Souza

Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em Ciências do Envelhecimento – Universidade São Judas Tadeu

A influência do diabetes nos efeitos do envelhecimento nos cardiomiócitos dos ventrículos é bem conhecida. Entretanto, informações sobre estes efeitos nos cardiomiócitos dos átrios são escassas. Os cardiomiócitos dos átrios ganharam importância a partir da descoberta de que eles produzem um hormônio denominado Peptídeo Natriurético Atrial (ANP) que atua na diurese e no controle da pressão arterial. O ANP fica armazenado sob a forma de grânulos eletrondensos espalhados no citoplasma dos cardiomiócitos. Foram descritos grânulos de 4 tipos: A, B, C e D.

O objetivo deste trabalho foi avaliar histomorfometricamente os efeitos do diabetes melito nos grânulos dos tipos A e B do átrio direito de ratos Wistar durante o envelhecimento. Foram utilizados três grupos de animais, com 9 meses de idade, com 5 animais em cada grupo: G1 – Grupo controle, jovem sacrificado no início do experimento, aos 9 meses de idade; G2 – Grupo não diabético, idoso, sacrificado aos 13 meses de idade e G3 – Grupo diabético, idoso, também sacrificado aos 13 meses de idade, mas portadores de diabetes desde os 9 meses de idade. Após o sacrifício dos animais, foram coletados fragmentos do átrio direito, de cada animal, os quais foram processados para exame à microscopia eletrônica de transmissão. Dez fotomicrografias eletrônicas dos cardiomiócitos de cada animal foram utilizadas para avaliar: a morfologia ultraestrutural dos cardiomiocitos, a densidade numérica e o diâmetro dos grânulos de ANP dos tipos A e B presentes no citoplasma dos cardiomiócitos.

Os dados quantitativos obtidos foram tabulados e as médias comparadas estatisticamente entre os grupos pelo Anova e teste pos hoc de Tukey com nível de significância de 0,05. Os resultados obtidos mostraram que: 1. o envelhecimento promoveu alterações morfológicas ultraestruturais discretas nos cardiomiócitos e nos grânulos de ANP; 2. o envelhecimento associado ao diabetes produziu alterações morfológicas ultraestruturais mais evidentes nos cardiomiócitos do átrio direito; 3. o envelhecimento associado ao diabetes produziu diminuição significante nos níveis de ANP do tipo A, mas não nos do tipo B nos cardiomiócitos do átrio direito.

Palavras-chave: Cardiomiócitos. Idoso. Átrio. ANP.

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SUMMARY

Author: Rosangela Maria Cordeiro Garoto;

Advisor: Prof. Romeu Rodrigues de Souza

Post-graduate Program in Sciences of Aging – São Judas Tadeu University

The effects of diabetes have been studied on several tissues. However, Information about the effects of diabetes on the ANP granules from atrial cardiomyocytes from aged rats are not available. The atrial granules have a hormone called atrial natriuretic peptide (ANP) that works in the diuresis and in the blood pressure control.

The aim of this experiment is to evaluate morphological and morphometrically the effects of diabetes on the atrial cardiomyocytes granules of ANP on aged rats. This experiment utilized 15 nine month old animals divided into 3 groups of 5 animals each; G1-control group, sacrificed at the beginning of the experiment; the animals were nine months old; G2-non-diabetic group, sacrificed at 13 months old and G3-diabetic group, also sacrificed at 13 months old but with diabetes since they were 9 months old. After the sacrifices, fragments of the right atrial wall were collected from each animal which were processed to be exmining in the electronic transmission microscope. Ten of the photomicrographies from the cardiomyocytes of each animal were used. The density number and the ANP granules diameter of the cardiomyocyte were evaluated. The collected data and average obtained were compared among the groups and recorded.

The statistic comparisons and the pos hoc test of Tukey with a significant level of 0,05 were processed by ANOVA. The results showed that: 1. aging promoted discrete changes in the cardiomyocyte morphology and in granules of ANP; 2. the aging associated with diabetes produced morphological changes in cardiomyocyte ultrastructure of the right atrium, 3. the aging associated with diabetes produced a significant decrease in levels of ANP, type A but not of type B in the cardiomyocytes of the right atrium.

Keywords: Aging. ANP. Diabetes.

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Índice de Figuras

Figura 1: Micrografia eletrônica de corte de átrio direito de animal do grupo

controle, utilizada para determinar a densidade de grânulos de ANP (número por

miócito) (setas) no citoplasma do cardiomiócito. Núcleo (N); mitocôndrias (M).

Barra: 2 nm ................................................................................................................ 24

Figura 2: Micrografia eletrônica de corte de átrio direito de animal do G1, utilizada

para contagem e medida do diâmetro dos grânulos de ANP tipo A (setas brancas)

e tipo B (setas pretas) do citoplasma do cardiomiócito. Núcleo (N); M –

Mitocôndrias; G – Aparelho de Golgi. Barra: 1 nm. ................................................... 25

Figura 3: Micrografia eletrônica de corte de átrio direito de animal do G1,

mostrando grânulos dos tipos A e B, em meio a mitocôndrias (M) próximos ao

núcleo do cardiomiócitos (N). Barra: 1 nm. ............................................................... 26

Figura 4: Micrografias eletrônicas de cortes dos átrios direitos de ratos dos grupos

G1 (A), G2 (B) e G3 (C) mostrando o núcleo (N), e grânulos de ANP (setas) em

meio às organelas citoplasmáticas. Observar menor número de grânulos em G3

em relação a G1 (A) e G2 (B). Barra: 2 nm ............................................................... 28

Figura 5: Micrografia eletrônica de corte de átrio direito de animal do G1,

mostrando grânulos dos tipos A (setas pretas) e B (setas brancas), em meio a

mitocôndrias (M) e miofibrilas (MF) próximos ao núcleo do cardiomiócito (N). G-

Aparelho de Golgi. Barra: 1 nm. ................................................................................ 29

Figura 6: Micrografia eletrônica de corte de átrio direito de animal do G2 não

diabético, mostrando grânulos dos tipos A, bem corados (setas brancas), e outros,

tipo B, com coloração pobre (setas pretas) miofibrilas (MF) próximos ao núcleo do

cardiomiócito (N). G-Aparelho de Golgi. Barra: 1 nm. ............................................... 30

Figura 7: Micrografia eletrônica de corte de átrio direito de animal do G3,

mostrando grânulos dos tipos A (setas brancas), e outros com coloração pobre,

tipo B (setas pretas). (N) – Núcleo. A membrana nuclear apresenta invaginações

para o interior do núcleo (setas azuis). M – Mitocôndrias, aparecem deformadas e

praticamente não coradas, sendo suas cristas não visíveis. Barra: 1 nm. ................ 31

Figura 8: Gráfico representativo do número de grânulos de ANP A e B por miócito

nos três grupos estudados. * Significante vs G2. ...................................................... 32

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Figura 9: Gráfico representativo do número de grânulos de ANP, tipo A por miócito

nos três grupos estudados. * Significante vs G2. ...................................................... 33

Figura 10: Gráfico representativo do número de grânulos de ANP, tipo B por

miócito nos três grupos estudados. * Significante vs G2. .......................................... 34

Figura 11: Gráfico representativo do diâmetro médio (µm) dos grânulos de ANP

tipo A nos três grupos estudados. * Significante vs G1 e G2. .................................. 35

Figura 12: Gráfico representativo do diâmetro médio (nm) dos grânulos de ANP

tipo B nos três grupos estudados. ............................................................................. 36

Figura 13: Histograma de distribuição de frequências dos valores dos diâmetros

dos grânulos de ANP (nm) do tipo A nos grupos de animais estudados. .................. 37

Figura 14: Histograma de distribuição de frequências dos valores dos diâmetros

dos grânulos de ANP (nm) do tipo B nos grupos de animais estudados. .................. 38

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SUMÁRIO

RESUMO................................................................................................................... viii

SUMMARY................................................................................................................ ix

ÍNDICE DE FIGURAS.................................................................................................. x

1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 15

1.1 Os grânulos de ANP ....................................................................................... 15

1.2 Efeitos do envelhecimento nos grânulos de ANP .......................................... 18

1.3 Efeitos do diabetes nos grânulos de ANP ...................................................... 19

2. OBJETIVOS .......................................................................................................... 21

2.1 Geral ............................................................................................................... 21

2.2 Específico ....................................................................................................... 21

3. MATERIAL E MÉTODOS ...................................................................................... 22

3.1 Animais ........................................................................................................... 22

3.2 Indução do DM e coleta do material ................................................................ 22

3.3 Análise morfológica e quantitativa dos grânulos de ANP ............................... 23

3.3.1 Densidade de grânulos de ANP (número total de grânulos por miócito).... 24

3.3.2 Densidade de grânulos de ANP dos tipos A e B (número por miócito) ..... 25

3.3.3 Diâmetro médio dos grânulos dos tipos A e B ........................................... 25

3.4 Análise estatística. .......................................................................................... 27

4. RESULTADOS ..................................................................................................... 28

4.1 Análise morfológica dos grânulos de ANP dos cardiomiócitos........................ 28

4.2 Análise quantitativa dos grânulos de ANP ...................................................... 32

4.2.1 Número de grânulos A e B por miócito ......................................................... 32

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xiii

4.2.2 Número de grânulos tipo A por miócito ...................................................... 33

4.2.3. Número de grânulos tipo B por miócito ..................................................... 34

4.2.4 Diâmetro dos grânulos de ANP tipo A ........................................................ 35

4.2.5 Diâmetro dos grânulos de ANP tipo B..........................................................36

5. DISCUSSÃO ......................................................................................................... 39

CONCLUSÃO ............................................................................................................ 44

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 45

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15

1. INTRODUÇÃO

1.1 Os grânulos de ANP

Ultraestruturalmente, os cardiomiócitos dos átrios caracterizam-se pela

presença de grânulos eletrondensos de número e tamanho variados, situados junto

ao núcleo centralmente localizado, próximo a numerosas mitocôndrias, miofibrilas,

retículo endoplasmático rugoso e um aparelho de Golgi bem-desenvolvido. Os

grânulos contêm um hormônio denominado peptídeo natriurético atrial (ANP), daí

serem denominados de grânulos de ANP. Este hormônio é importante no

mecanismo de regulação da pressão arterial. A partir dessa descoberta, numerosos

trabalhos têm sido realizados sobre os grânulos de ANP (KISCH et al., 1956;

PALADE et al., 1961; De BOLD et al., 1981; IIDA et al., 1988; CALIARI; TAFURI,

1993; SILVA et al., 2003). O ANP visa proteger o sistema cardiovascular a partir dos

efeitos de sobrecarga do volume sanguíneo. O hormônio é liberado pelos

cardiomiócitos na corrente sanguínea que irá atuar em vários tecidos, induzindo à

vasodilatação e promovendo a natriurese e diurese. O ANP inibe efeitos de outros

hormônios como a endotelina e a vasopressina e do sistema renina-angiotensina-

aldosterona e ativa a mobilização e a oxidação lipídica (WIESNER, 2010).

A maior parte dos grânulos de ANP está localizada junto ao núcleo do

cardiomiócito, em associação com o aparelho de Golgi (PALADE et al., 1961;

JAMIESON, 1964; IIDA et al., 1988). Alguns poucos grânulos estão espalhados pelo

citoplasma (TOYOSHIMA et al., 1996; SILVA et al., 2003; De SOUZA et al., 2005).

Segundo Gama et al. (2006), o número de grânulos de ANP, por ser

significativamente maior no átrio direito, sugere uma maior capacidade de síntese de

ANP nesse local em relação às outras regiões do coração, indicando que ele é

secretado principalmente no átrio direito e em maior quantidade comparado com o

átrio esquerdo. Este é um dos motivos pelos quais a maior parte dos estudos sobre

os grânulos de ANP tem sido realizada nos grânulos do átrio direito.

Os grânulos de ANP medem cerca de 100 a 250 nm de diâmetro, ocorrendo

variações nas espécies. Em condições normais, não somente o ANP dos átrios, mas

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16

todos os peptídeos natriuréticos cardíacos são secretados de forma pulsátil em

períodos de 20 a 48 minutos, sendo que a meia-vida do ANP é de 2 a 5 minutos em

seres humanos (SILVERTHORN, 2003; CHARLOUX et al., 2008).

Os receptores para os peptídeos natriuréticos estão presentes em vários

tecidos como coração, sistema vascular, rins, adrenais, pulmões e áreas específicas

do sistema nervoso central, indicando uma grande variedade de ações biológicas

destes peptídeos (ESPINER, 1994). A maioria desses receptores está localizada

principalmente nos glomérulos renais e zona adrenal glomerulosa (CHAI, et al.,

1986).

Nem todos os grânulos presentes nos cardiomiócitos são iguais. Os autores

descrevem quatro diferentes tipos de grânulos nos cardiomiócitos dos átrios, os

quais foram classificados de acordo com seu conteúdo e eletrondensidade. São os

tipos A, B, C e D. Os grânulos do tipo A e B são os mais estudados e conhecidos.

Morfologicamente, segundo Marei (2002), os grânulos do tipo A contêm um material

bastante eletrondenso e caracterizam-se pela presença de uma membrana bastante

evidente separada do conteúdo por um halo vazio de 20 nm, junto à face interna de

sua membrana.

São armazenados principalmente nos átrios e em menor quantidade nos

ventrículos e rins (GIRALDO, et al., 2011). Os grânulos do tipo B contêm o peptídeo

natriurético cerebral (BNP), sendo secretados principalmente pelos cardiomiócitos.

São mais pálidos, contendo granulações de aspecto fibroso. Ambos os tipos (A e B)

liberam seu conteúdo na circulação sanguínea em resposta à dilatação ventricular e

à sobrecarga de pressão. Os respectivos peptídeos promovem natriurese,

vasodilatação e inibição do sistema renina angiotensina e da atividade do sistema

nervoso simpático. Em relação ao BNP, sua principal fonte de produção são os

ventrículos (SEOUNG et al., 2003). O BNP dos grânulos tipo B, que causa aumento

do GMP cíclico (Guanosim Monofosfato Cíclico), é o segundo mensageiro

intracelular para os peptídeos natriuréticos (Gerzer, 1985; Takahashi, 2003). O BNP

é importante para impedir hipertrofia do miocárdio no diabetes, o que

comprometeria os mecanismos do seu endotélio (ROSENKRANZ et al., 2003). Os

grânulos do tipo C são corpúsculos residuais produzidos por células endoteliais e

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17

liberam seu conteúdo em resposta ao estímulo de forças de cisalhamento

(GIRALDO et al., 2011). Acredita-se ser um vasodilatador derivado do endotélio e

tem um efeito antimitótico (WALTHER et al., 2000). Os grânulos do tipo D são

pequenos, bastante eletrondensos e menos conhecidos (BERGER; RONA, 1971).

Foram isolados de serpente mamba verde (Dendroaspis angusticeps) e sua

importância clínica está ainda em estudo (GIRALDO et al., 2011). Os grânulos do

tipo A e B, além do ANP, contêm um tipo específico de proteína denominada

cromagranina A, que é uma vasostatina que tem efeitos cardiossupresivos

(KRYLOVA, 2007).

O ANP é liberado dos grânulos quando há distensão da parede atrial,

especialmente durante a elevação da pressão arterial, promovendo assim o

aumento da concentração plasmática do ANP (LACHANCE et al., 1991; GARCIA,

1974; SEUL et al., 1992; SILVA et al., 2003).

No ser vivo, o ANP secretado para a corrente sanguínea atua nos túbulos

renais, controlando a ação do sistema renina-angiotensina, o sistema simpático e os

fluidos extracelulares e aumentando o fluxo e a permeabilidade capilar. Agindo como

vasodilatador, diminui a reabsorção de água e sódio aumentando a natriurese e a

diurese diminuindo a volemia e, consequentemente, a pressão arterial (OHBA et al.,

2001; MCGRATH et al., 2005).

Vários estudos têm sido realizados procurando aplicações para o ANP.

Mouton et al. (1992), Massaru et al. (2001); Kitashiro et al. (2001); Sward et al.

(2001); Henry, (2002); Mcgrath et al. (2005), por exemplo, mostraram que o ANP

poderia ser utilizado como elemento terapêutico em pacientes portadores de

problemas circulatórios. Kitashiro et al. (2001), por sua vez, injetaram ANP por via

endovenosa para obter redução da pressão sistólica. Finalmente, Massaru et al.

(2001) observaram que o ANP pode ser utilizado para promover remodelação do

miocárdio em casos de infarto agudo. Trabalho recente (MIYASHITA et al., 2009)

sugere que o ANP pode promover biogênese de mitocôndrias e oxidação de

gorduras em músculo visando prevenir obesidade e intolerância à glicose. O uso de

ANP tem também efeito terapêutico em pacientes com diversas patologias cardíacas

e renais, tais como insuficiência cardíaca, fibrilação atrial e disfunção renal, ao

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18

melhorar a excreção de sódio e a diurese (KITASHIRO et al., 2001; MCGRATH et

al., 2005, SWARD et al., 2001). Podemos dizer que a quantidade de grânulos de

ANP e o tamanho dos grânulos medem indiretamente a quantidade de ANP

presente nos cardiomiocitos dos átrios.

1.2 Efeitos do envelhecimento nos grânulos de ANP

Durante o envelhecimento, ocorre diminuição do número de cardiomiócitos

tanto nos átrios como nos ventrículos (LAKATTA et al., 1987; THOMPSON, 1988;

ANVERSA et al., 1990; FLEG et al., 1995; CHANG et al., 2000; ARONSON, 2003) o

que induz à hipertrofia dos cardiomiócitos remanescentes (CHIMENTI et al., 2003).

Esta é caracterizada por um pronunciado aumento do número de miofibrilas e por

uma relativa redução no número de mitocôndrias e do retículo endoplasmático,

fatores responsáveis pela produção e armazenamento de ANP. Todos estes fatores

podem sugerir uma diminuição da produção de ANP com o avanço da idade. As

informações sobre os efeitos do envelhecimento nos grânulos de ANP do miocárdio

dos átrios são escassas e os resultados contraditórios. Além disso, os trabalhos

falam sobre grânulos em geral sem especificar os tipos de grânulos a que se

referem (tipos A ou B).

Segundo WU et al. (1997), no miocárdio do átrio direito do rato idoso, o

conteúdo de ANP encontra-se reduzido significantemente enquanto no plasma está

aumentado, em relação ao grupo controle, o que sugere maior secreção. MIFUNE et

al. (1991) também observaram menor número e menor diâmetro dos grânulos de

ANP em átrio direito de gerbil idoso em relação ao jovem, ao passo que Cavallini et

al. (1994); Reckelhoff et al. (1992) não observaram diferença significante no número

e tamanho dos grânulos de ratos idosos em relação aos ratos jovens. Já Pollack et

al. (1997) observaram redução dos níveis de ANP no sangue de ratos idosos, o que

sugere menor secreção. Outros autores também verificaram que com o

envelhecimento houve aumento dos níveis de ANP no plasma (KORYTKOWSKI;

LANDENSON, 1991; TONOLO et al., 1989), por aumento da saída de ANP dos

átrios (GIORDAN et al.,1993; WU et al., 1997).

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19

Se injetarmos extrato de átrios em ratos a pressão arterial diminui nos mais

velhos, mas não nos jovens e a secreção de sódio, potássio e urina aumentam

igualmente nos dois grupos (LAI et al., 2000; KORYTKOWSKI; LANDENSON, 1991;

TONOLO et al., 1989; WU et al., 1997). Os átrios de ratos idosos e jovens

respondem da mesma forma a uma injeção aguda de solução salina na veia. Ocorre

elevação dos níveis de ANP no plasma e nos átrios tanto nos jovens quanto nos

idosos (RECKELHOFF et al., 1992). Outros estudos mostraram no rato e no homem

elevação dos níveis de ANP no plasma com o passar da idade (MORROW et al.,

1989; KAO et al., 1990). Com o envelhecimento ocorre uma diminuição da pressão

arterial ao infundir ANP no sangue de humanos (HAUSDORFF et al., 1995).

Provavelmente isso não ocorre devido a diferenças no grau de vasodilatação, ou

natriurese ou resposta a catecolaminas; em vez disso, esta resposta hipotensora no

idoso deve-se ao maior efeito do ANP no volume cardíaco de ejeção, na resistência

periférica ou nas respostas ao barorreflexo no idoso (HAUSDORFF et al., 1995).

1.3 Efeitos do diabetes nos grânulos de ANP

O diabetes mellitus (DM) é uma síndrome de etiologia múltipla, decorrente da

falta de insulina e ou da incapacidade dela exercer adequadamente seus efeitos.

Caracteriza-se por hiperglicemia crônica com distúrbios do metabolismo dos

carboidratos, lipídeos e proteínas. As consequências do DM a longo prazo incluem

disfunção e falência de vários órgãos, especialmente rins, olhos, nervos, coração e

vasos sanguíneos. O DM é progressivo e se agrava a cada dia quando não

diagnosticado e tratado a tempo. A intolerância à glicose tende a aumentar com a

idade, associando-se a alterações no perfil lipídico (aumento de Triglicérides (TG),

diminuição de HDL), hipertensão, aumento dos níveis de fibrinogênio e do peso

corpóreo. Essas modificações metabólicas são atribuídas ao aumento da resistência

à insulina, característica do DM no idoso (diabetes tipo II) (LERCO et al., 2003).

Estudos sobre efeitos do diabetes nos grânulos de ANP dos cardiomiócitos

dos átrios são escassos, sendo todos realizados em animais jovens e com

resultados discrepantes. Da mesma forma que para o envelhecimento, os artigos

sobre efeitos do diabetes nos grânulos não especificam se são do tipo A ou B, mas

apenas referem-se a grânulos de ANP. Mifune et al. (1992) e também Matsubara et

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20

al. (1990) e Yano et al. (1991) mostraram que o número de grânulos nos

cardiomiócitos de camundongos diabéticos era maior do que em animais normais.

Porém o diâmetro dos grânulos era menor nos animais diabéticos do que nos

normais, não permitindo assim uma conclusão. Utilizando então radioimunoensaio

verificaram que os níveis de ANP nos cardiomiócitos dos animais diabéticos era

maior do que nos normais, o que sugere maior secreção. Em contrapartida, em outro

estudo realizado em ratos, Wu et al. (1998) observaram que em ratos jovens

diabéticos, por 4 semanas, a concentração de ANP nos átrios era menor em relação

ao grupo controle e no plasma era maior do que no grupo controle, sugerindo pois

maior secreção para o plasma. Os autores concluíram que a síntese de ANP nos

átrios não mudou, mas sua liberação para o plasma foi maior nos animais diabéticos

porque o conteúdo de ANP nos átrios havia diminuído.

Outros estudos sobre efeitos do diabetes nos cardiomiócitos foram realizados

no miocárdio dos ventrículos. Estes estudos mostram resultados discrepantes. Um

trabalho realizado em ratos Wistar com 15 semanas de DM induzido mostrou não

haver diferenças significantes no miocárdio do ventrículo esquerdo de animais

normais e diabéticos (MELO et al., 2004). Alguns autores (MATSUBARA et al., 1990,

FREDERSDORF et al., 2004 e OKOSHI et al., 2007) observaram hipertrofia dos

cardiomiócitos enquanto outros encontraram atrofia em animais diabéticos

(GIACOMELLI; WIENER, 1976; KAWAGUCHI et al., 1999).

Do ponto de vista ultraestrutural, trabalhos mostram que os cardiomiócitos do

ventrículo esquerdo de animais com DM possuem menor número de retículo

endoplasmático e túbulos transversos (THOMPSON, 1988), e a presença de

mitocôndrias dilatadas e fragmentadas em cardiomiócitos de ratos diabéticos

(GIACOMELLI; WIENER, 1976; REINILA; AKERBLOM 1984; BHIMJI, et al., 1986; e

HSIAO et al., 1987) além da presença de corpos lisossômicos eletrondensos

perinucleares (MATSUBARA et al., 1990), dados que falam a favor de menor síntese

de substâncias nos cardiomiócitos, inclusive do ANP. Neste trabalho pretendemos

avaliar os efeitos do envelhecimento sem a doença e com diabetes nos níveis de

ANP do átrio direito.

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21

2. OBJETIVOS

2.1 Geral

O objetivo geral do presente trabalho é verificar o efeito do diabetes nos

grânulos de ANP dos cardiomiócitos do átrio direito de ratos Wistar, em

envelhecimento.

2.2 Específico

O objetivo específico deste trabalho é avaliar os efeitos do diabetes nos

seguintes aspectos dos grânulos de ANP dos cardiomiócitos do átrio direito de ratos

Wistar, em envelhecimento:

1. Morfologia dos cardiomiócitos;

2. Densidade numérica dos grânulos de ANP do tipo A;

3. Densidade numérica dos grânulos de ANP do tipo B;

4. Diâmetros dos grânulos de ANP do tipo A; e

5. Diâmetros dos grânulos de ANP do tipo B.

Page 22: Abrir documento (PDF)

22

3. MATERIAL E MÉTODOS

3.1 Animais

Foram utilizados 3 grupos de ratos Wistar machos com 9 meses de idade,

com 5 animais por grupo: G1 – Grupo controle, sacrificado no início do experimento

aos 9 meses de idade; G2 – Grupo não diabético, sacrificado aos 13 meses de

idade; G3 – Grupo diabético, a partir dos 9 meses de idade e sacrificado aos 13

meses de idade.

Os animais foram mantidos em gaiolas coletivas (3 e 2 em cada) em ambiente

com temperatura de 23º C e ciclo claro-escuro controlado de 12 horas. Os ratos

tiveram livre acesso a uma dieta padrão contendo 52% de carboidratos, 21% de

proteínas e 4% de lípides (Nuvilab CR1, Nuvtal Nutrientes Ltda., Curitiba-PR) e

receberam água ad libitum. Após a eutanásia de cada animal, o coração foi

coletado, o átrio direito retirado e processado para análise e captura de imagens ao

microscópio eletrônico de transmissão, as quais foram utilizadas para realizar

estudos qualitativos e quantitativos nos cardiomiocitos do átrio direito.

3.2 Indução do DM e coleta do material

O DM foi induzido nos animais do G3 por uma injeção intravenosa de

Streptozootocina (50 mg/kg, Sigma) (WU et al., 1998) após uma noite de jejum (8-10

horas). Ratos não diabéticos ou controle receberam somente veículo (10 mm de

tampão citrato, pH 4,5) após uma noite de jejum. Após 30 dias da indução ao DM, foi

colhida uma amostra de sangue dos animais do G3, que foram encaminhadas para

o laboratório, tendo se constatado a presença de níveis glicêmicos compatíveis com

DM. Os valores da glicemia foram os seguintes: 96 12 mg/dl nos ratos não

diabéticos e 364 28 mg/dl nos animais diabéticos.

Os animais de todos os grupos foram eutanasiados com Pentobarbital sódico

e seus ventrículos perfundidos com solução salina heparinizada (1 mg/300 ml da

Page 23: Abrir documento (PDF)

23

solução). Os átrios direitos foram retirados e reduzidos a fragmentos de

aproximadamente 4 mm³. Os fragmentos foram colocados em solução fixadora de

glutaraldeído a 5% em solução tampão de cacodilato de sódio (0,2 m, pH 7,3)

durante três horas. A seguir, os fragmentos foram lavados três vezes com a mesma

solução tampão por 5 minutos cada vez, e colocados subsequentemente em uma

solução de tetróxido de ósmio a 1% em tampão e cacodilato de sódio durante 2

horas. Os fragmentos permaneceram durante a noite no acetato de uranila a 0,5%

com sucrose (54 mg/100 ml) e após terem sido lavados com o tampão foram

desidratados na série crescente e álcool absoluto e óxido do propileno, durante 8

horas, sob rotação. A seguir, os fragmentos foram incluídos em resina pura durante

5 horas e finalmente deixados na mesma resina a 60º C durante 5 dias. Os cortes

ultrafinos foram obtidos com uma faca de diamante, em ultramicrótomo (Sorvall MT-

2), e após terem sido contrastados com acetato de uranila e citrato de chumbo foram

utilizados para realizar fotomicrografias dos cardiomiócitos em microscópio

eletrônico de transmissão (Jeol) do Instituto de Ciências Biomédicas da USP.

3.3 Análises morfológica e quantitativa dos grânulos de ANP

Os estudos morfológico dos cardiomiócitos e quantitativo dos grânulos de

ANP do átrio direito foram realizados em microscópio Zeiss, acoplado a um

programa de análise de imagens computadorizado (Axio Vision, Zeiss) do

Laboratório de Estudos Morfoquantitativos e Imuno-histoquímicos (LEMI) da

Universidade São Judas Tadeu, utilizando as imagens de cada animal e de cada

grupo, capturadas previamente ao microscópio eletrônico e gravadas em pen-drives.

De cada animal foram feitas 10 fotomicrografias eletrônicas, com ampliação

final de x6000 para estudo da densidade numérica de grânulos de ANP dos tipos A e

B nos cardiomiócitos. Para uniformizar os dados, somente os miócito que continham

o núcleo centralmente localizado com os grânulos que coubessem no campo foram

fotografados (Figura 1). Pelo mesmo motivo, somente as fotomicrografias com

aumento de x15000, que continham parte do núcleo com os grânulos que

coubessem no campo foram utilizadas para a medida dos diâmetros dos grânulos

dos tipos A e B presentes nos cardi omiócitos (Figura 2).

Page 24: Abrir documento (PDF)

24

3.3.1 Densidade de grânulos de ANP (número total de grânulos por miócito)

Nas fotomicrografias com aumento de x6000, foi obtida a densidade de

grânulos de ANP (número de grânulos por miócito) (Figura 1).

Figura 1: Micrografia eletrônica de corte de átrio direito de animal do grupo controle, utilizada

para determinar a densidade de grânulos de ANP (número por miócito) (setas) no citoplasma do

cardiomiócito. Núcleo (N); mitocôndrias (M). Barra: 2 nm

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25

3.3.2 Densidade de grânulos de ANP dos tipos A e B (número por miócito)

Nas fotomicrografias com aumento de x15000, foi obtida a densidade de

grânulos de ANP dos tipos A e B (número de grânulos por miócito) (Figura 2).

3.3.3 Diâmetro médio dos grânulos dos tipos A e B

Nas fotomicrografias com aumento de x15000, foram feitas as medidas dos

diâmetros dos grânulos de ANP, dos tipos A e B presentes no citoplasma dos

cardiomiócitos, em cada campo (Figura 2). Nas figuras 2 e 3, são vistos grânulos do

tipo A e do tipo B. Em todos os grupos, foram encontrados grânulos de ambos os

tipos. Os grânulos do tipo A geralmente são maiores que os do tipo B. Estes

apresentam um aspecto arredondado com minúsculas saliências pontiagudas

emergindo do grânulo como se fossem espículas. Geralmente são pequenos e de

diâmetro menor que os do tipo A. Os grânulos do tipo A, ao contrário, têm a

superfície lisa, apresentam um membrana envolvente, são arredondados e contêm

um halo em torno de material eletrondenso no interior.

Figura 2: Micrografia eletrônica de corte de átrio direito de animal do G1, utilizada para

contagem e medida do diâmetro dos grânulos de ANP tipo A (setas brancas) e tipo B (setas pretas)

do citoplasma do cardiomiócito. Núcleo (N); M – Mitocôndrias; G – Aparelho de Golgi. Barra: 1 nm.

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26

Figura 3: Micrografia eletrônica de corte de átrio direito de animal do G1, mostrando grânulos

dos tipos A e B, em meio a mitocôndrias (M) próximos ao núcleo dos cardiomiócitos (N). Barra: 1 nm.

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27

3.4 Análise estatística

Os dados obtidos para cada parâmetro foram tabulados, as médias

calculadas e comparadas estatisticamente entre os grupos, para verificar os efeitos

do envelhecimento sobre cada parâmetro e a influência do DM sobre estes efeitos.

As comparações estatísticas entre as médias dos grupos de animais foram feitas

utilizando o Anova e o teste pos hoc de Tukey com nível de significância de 0,05.

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28

4. RESULTADOS

4.1 Análise morfológica dos grânulos de ANP dos cardiomiócitos

Os cortes ultrafinos dos cardiomiócitos mostram padrões diferentes com

variações nos grupos estudados. Os cardiomiócitos apresentam núcleo central com

cromatina dispersa no núcleo e citoplasma contendo número variado de grânulos de

ANP, junto ao núcleo, miofilamentos com seu aspecto típico, formado por

sarcômeros nos quais se destacam as linhas Z. Numerosas mitocôndrias podem ser

vistas no citoplasma (Figura 4).

Figura 4: Micrografias eletrônicas de cortes dos átrios direitos de ratos dos grupos G1 (A), G2

(B) e G3 (C) mostrando o núcleo (N), e grânulos de ANP (setas) em meio às organelas

citoplasmáticas. Observar menor número de grânulos em G3 em relação a G1 (A) e G2 (B). Barra: 2

nm.

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29

Nos animais do G1, os grânulos de ANP aparecem bem corados, com

características morfológicas nítidas, permitindo diferenciar facilmente os do tipo A e

B. Da mesma forma, as diferentes organelas aparecem com sua morfologia típica

(Figura 5).

Figura 5: Micrografia eletrônica de corte de átrio direito de animal do G1, mostrando grânulos

dos tipos A (setas pretas) e B (setas brancas), em meio a mitocôndrias (M) e miofibrilas (MF)

próximos ao núcleo do cardiomiócito (N). G-Aparelho de Golgi. Barra: 1 nm.

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30

Nos animais do G2, aparecem grânulos de ANP bem corados, ao lado de

outros, pouco corados, com características morfológicas diferentes das do grupo

controle: pálidos e sem apresentar o halo característico dos grânulos do tipo A ou as

espículas superficiais do tipo B (Figura 6).

Figura 6: Micrografia eletrônica de corte de átrio direito de animal do G2 não diabético,

mostrando grânulos dos tipos A, bem corados (setas brancas), e outros, tipo B, com coloração pobre

(setas pretas) miofibrilas (MF) próximos ao núcleo dos cardiomiócito (N). G-Aparelho de Golgi. Barra:

1 nm.

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31

Nos animais do G3, os grânulos de ANP são menores que os dos grupos G1

e G2 e pouco corados. A membrana nuclear apresenta invaginações, que a tornam

de contorno irregular. As mitocôndrias são pouco coradas e de forma irregular,

sendo suas cristas não visíveis (Figura 7).

Tanto no G2 como no G3, grânulos não identificados não foram considerados

para efeitos quantitativos.

Figura 7: Micrografia eletrônica de corte de átrio direito de animal do G3, mostrando grânulos

dos tipos A (setas brancas), e outros com coloração pobre, tipo B (setas pretas). (N) – Núcleo. A

membrana nuclear apresenta invaginações para o interior do núcleo (setas azuis). M – Mitocôndrias

aparecem deformadas e praticamente não coradas, sendo suas cristas não visíveis. Barra: 1 nm.

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32

4.2 Análise quantitativa dos grânulos de ANP

4.2.1 Número de grânulos A e B por miócito

Neste gráfico, foram analisados os valores das médias e desvios-padrão

relativos ao número de grânulos de ANP, tipos A e B em conjunto, por miócito nos 3

grupos estudados. A comparação estatística desses valores apresentou diferença

significativa entre os grupos G2 (74,8 ± 8,1) e G3 (50,4 ± 6,2) (p<0,05).

Figura 8: Gráfico representativo do número de grânulos de ANP A e B por miócito nos três

grupos estudados. * Significante vs G2.

Page 33: Abrir documento (PDF)

33

4.2.2 Número de grânulos tipo A por miócito

Os valores das médias e desvios-padrão relativos ao número de grânulos de

ANP, tipo A por miócito nos 3 grupos estudados estão apresentados na figura 9. A

comparação estatística desses valores trouxe diferença significativa entre os grupos

G2 (58 ± 4) e G3 (41 ± 3) (p<0,05).

Figura 9: Gráfico representativo do número de grânulos de ANP, tipo A por miócito nos três

grupos estudados. * Significante vs G2.

Page 34: Abrir documento (PDF)

34

4.2.3 Número de grânulos tipo B por miócito

Os valores das médias e desvios-padrão relativos ao número de grânulos de

ANP, tipo B por miócito nos 3 grupos estudados estão apresentados na figura 10. A

comparação estatística desses valores mostrou não haver diferença significativa

entre os valores dos grupos G1 (13,5 ± 5), G2 (14 ± 3) e G3 (12 ± 4) (p>0,05), porém

G1 e G3 se mantiveram.

Figura 10: Gráfico representativo do número de grânulos de ANP, tipo B por miócito nos três

grupos estudados. * Significante vs G2.

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35

4.2.4 Diâmetro dos grânulos de ANP tipo A

Os valores das médias e desvios-padrão relativos ao diâmetro dos grânulos

de ANP (nm) do tipo A nos 3 grupos estudados estão apresentados na figura 11. A

comparação estatística desses valores apresentou diferença significativa entre os

grupos G3 (42 ± 0,9) e G1 (49,9 ± 0,8) e entre os grupos G3 (42 ± 0,9) e G2 (48 ±

1,4) (p<0,05).

Figura 11: Gráfico representativo do diâmetro médio (nm) dos grânulos de ANP tipo A nos

três grupos estudados. * Significante vs G1 e G2.

Page 36: Abrir documento (PDF)

36

4.2.5 Diâmetro dos grânulos de ANP tipo B

Os valores das médias e desvios-padrões relativos ao diâmetro dos grânulos

de ANP (nm) do tipo B nos 3 grupos estudados estão apresentados na figura 12. A

comparação estatística desses valores não apresentou diferença significativa entre

os grupos G1 (42,2 ± 0,2), G2 (41,2 ± 0,8) G3 (39 ± 0,2).

Figura 12: Gráfico representativo do diâmetro médio (nm) dos grânulos de ANP tipo B nos

três grupos estudados.

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37

O histograma da distribuição de frequências dos valores dos diâmetros dos

grânulos de ANP (µm) do tipo A nos 3 grupos estudados está apresentado na figura

13. A observação da figura mostra que nos animais do G3 houve uma diminuição

dos grânulos de tamanho pequeno e médio em relação aos valores do G1 enquanto

no G2 houve uma distribuição praticamente semelhante aos valores de G1.

Figura 13: Histograma de distribuição de frequências dos valores dos diâmetros dos grânulos

de ANP (nm) do tipo A nos grupos de animais estudados.

Page 38: Abrir documento (PDF)

38

O histograma da distribuição de frequências dos grânulos de ANP (µm) do

tipo B de acordo com seus diâmetros nos 3 grupos estudados está apresentado na

figura 14. A observação dessa figura mostra que nos animais do G3 houve uma

discreta diminuição dos grânulos de tamanho pequeno e médio em relação aos

valores do G1 enquanto no G2 houve uma distribuição praticamente semelhante aos

valores de G1.

Figura 14: Histograma de distribuição de frequências dos valores dos diâmetros dos grânulos

de ANP (nm) do tipo B nos grupos de animais estudados.

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39

5. DISCUSSÃO

O objetivo do presente trabalho foi avaliar os efeitos do diabetes nos grânulos

de ANP do átrio direito de ratos Wistar durante o período de envelhecimento. Foram

sacrificados animais com 9 meses de idade, com 13 meses de idade não diabéticos

e com 13 meses de idade, diabéticos desde os 9 meses de idade. Os animais com

13 meses de idade foram considerados como se estivessem começando a

envelhecer, de acordo também com outros autores (ÁGUILA et al., 1998). O

diabetes foi induzido por injeções de streptozotocina de forma semelhante à

realizada por outros autores (WU et al., 1998). A análise dos grânulos de ANP foi

realizada em fotomicrografias eletrônicas dos cardiomiócitos de todos os grupos, as

quais foram submetidas a técnicas morfométricas em sistema de análise de imagens

computadorizado apropriado. Após a análise morfológica e o término das contagens

e medidas dos grânulos de ANP e da análise estatística dos dados, os resultados

mostraram alterações promovidas nos cardiomiócitos e nos grânulos de ANP tanto

pelo envelhecimento como pelo diabetes e envelhecimento. Embora se saiba que

existem 4 tipos de grânulos (A, B, C e D), foram analisados apenas os efeitos sobre

grânulos dos tipos A e B, que são os mais conhecidos e estudados (BERGER;

RONA, 1971; MAREI, 2002; GIRALDO et al., 2011).

O envelhecimento isoladamente produziu efeitos relativamente discretos nos

cardiomiócitos e nos grânulos de ANP, tanto nos do tipo A como nos do B. Porém,

quando associado ao diabetes, seus efeitos foram bastante evidentes. Com o

envelhecimento ocorreram efeitos especialmente morfológicos nos grânulos de ANP,

os quais apareceram pouco corados e sem apresentar suas características típicas,

dificultando assim que sejam identificados se do tipo A ou do tipo B.

Os resultados deste trabalho mostram que, diferentemente de outros autores

(KORYTKOVSKI; LANDENSON, 1991; e WU et al., 1997), o envelhecimento não

promoveu alterações significantes na quantidade de ANP do átrio direito. Wu et al.

Page 40: Abrir documento (PDF)

40

(1997) e Lai et al. (2000), por exemplo, mostraram diminuição dos níveis de ANP no

átrio de ratos idosos.

Em princípio, esta diferença de resultados entre o presente trabalho e o dos

autores citados poderia ser explicada pelo fato de que utilizamos animais ainda no

início do envelhecimento, e que não teriam sofrido os efeitos evidentes desse

processo, ao contrário daqueles autores que utilizaram animais mais velhos (16 e 18

meses). Entretanto, pesa contra este argumento o fato de Reckelhoff et al. (1992)

terem encontrado resultados semelhantes aos nossos mesmo em ratos com 21

meses de idade. Uma possível explicação para estes resultados diferentes é que

sejam devidos a diferentes metodologias utilizadas por nós e pelos vários autores.

Foi demonstrado que a resposta natriurética ao ANP (OR et al., 1993;

POLLACK et al., 1997) e a ação hipotensora do ANP (MULKERRIN et al., 1993) são

ambas atenuadas com o envelhecimento, o que poderia contribuir para o aumento

da pressão arterial frequente no envelhecimento.

A princípio pensou-se que a menor capacidade do rim do idoso de excretar

sódio (menor resposta natriurética ao ANP) poderia ser consequência de uma menor

sensibilidade deste órgão ao ANP. Entretanto, depois, outros trabalhos mostraram

que este fenômeno não se deve a uma diminuição de sensibilidade renal à ação do

ANP (DEPRIEST et al., 1990). Sugeriu-se então que os cardiomiócitos dos idosos é

que seriam menos sensíveis ao excesso de cloreto de sódio no sangue, pois tanto a

elevação de pressão como de sódio no sangue são fatores que estimulam a ação do

ANP.

Para confirmar ou não esta hipótese, Reckelhoff et al. (1992) injetaram uma

solução salina hipertônica em ratos jovens e idosos e verificaram que os níveis de

ANP nos átrios de ambos os grupos eram semelhantes, concluindo que os corações

dos animais idosos respondiam da mesma forma que os de jovens expostos a uma

sobrecarga de cloreto de sódio. Ou seja, a menor capacidade do idoso de excretar

sódio não é devida a uma menor habilidade do miocárdio dos átrios de produzir ou

secretar ANP. Estes resultados sugerem, portanto, uma capacidade normal dos

cardiomiócitos do idoso de sintetizar ANP.

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41

Lai et al. (2000) lançaram a hipótese de que o rim do idoso responde menos à

ação do ANP, para excretar sódio, porque ocorreriam alterações nessa ação.

Realmente esta suspeita se confirmou, pois estes autores realizaram um trabalho

em que injetaram extrato de átrios de ratos idosos e jovens em ratos de 4 meses de

idade e verificaram diferentes respostas destes dois grupos à ação da injeção do

ANP. Os resultados mostraram que os extratos de átrios de ratos idosos tinham uma

ação hipotensora maior que a dos extratos de ratos jovens. Sugeriram que este

resultado poderia ser uma ação compensatória para prevenir elevações de pressão

que ocorrem nos idosos.

O presente trabalho mostrou que o envelhecimento de seres com diabetes

promoveu efeitos morfológicos significantes nos grânulos de ANP: eles são menores

que os dos animais jovens e idosos normais e pouco corados. Além disso, estão

presentes em menor número nesse grupo do que nos demais. A membrana nuclear

apresentou invaginações, tornando-a de contorno irregular. As mitocôndrias são

pouco coradas e possuindo forma irregular, sendo suas cristas não visíveis.

O diabetes promoveu também alterações quantitativas no ANP. Houve

diminuição dos níveis de ANP, representada pela redução do número de grânulos do

tipo A tal como observado também por outros autores (TODD et al., 1990), mas não

do tipo B nos animais idosos diabéticos (tal como observado por Rosenkranz et al.,

2003).

Podemos aventar três hipóteses para explicar a diminuição do ANP do tipo A

nos cardiomiócitos de animais diabéticos idosos: 1ª) o nível de ANP diminuiu por

uma redução da produção; 2ª) houve diminuição de ANP por aumento da secreção

para a corrente sanguínea; e 3ª) os receptores para ANP no rim respondem menos à

ação do ANP. Quanto à segunda hipótese, cremos que é a menos viável. É

conhecido que o diabetes pode levar a alterações no balanço hidroeletrolítico,

afetando o volume sanguíneo e consequentemente a pressão arterial (HEBDEN et

al., 1986). Sabe-se que o ANP tem uma participação importante na manutenção do

equilíbrio hidroeletrolítico e no controle da pressão arterial (ANANDA-SRIVASTAVA;

TRACHTE, 1993; ESPINER et al., 1995). Como neste caso, os animais não eram

hipertensos, não haveria necessidade de maior eliminação do ANP para a corrente

Page 42: Abrir documento (PDF)

42

sanguínea levando a uma redução de seus níveis nos cardiomiócitos. Entretanto,

trabalho de McKenna et al. (2000) mostrou que os níveis de ANP estavam

aumentados no plasma de diabéticos, quando recebiam uma infusão de glicose

intravenosa, mostrando que o ANP era liberado ao aumentar a glicemia.

Quanto à terceira hipótese, há possibilidades que ela tenha influído, pois

O’Hare et al. (1986); Jungmann et al. (1988) demonstraram que a ação natriurética

do ANP estava diminuída em pacientes com diabetes tipo I. Entretanto, os

mecanismos responsáveis por estes fenômenos permanecem não elucidados

envolvendo problemas com os receptores de ANP e níveis reduzidos de ANP nos

cardiomiócitos (MIFUNE et al., 1992).

Na verdade, temos que lembrar que tudo isso são hipóteses, pois a

quantidade de ANP no plasma de diabéticos ainda tem resultados contraditórios.

Smoyer et al. (1990) encontraram aumento de ANP no plasma, enquanto Predel et

al. (1990) observaram níveis normais de ANP no plasma de diabéticos humanos. Em

ratos, os resultados também são discrepantes: vários autores encontraram aumento

de ANP sanguíneo (ORTOLA et al., 1987; TODD et al., 1990; JIN ET al., 1991),

enquanto outros não observaram essa elevação (HEBDEN; MCNEILL, 1988).

Assim sendo, a primeira hipótese parece ser mais cabível neste caso.

Sabemos que com o envelhecimento, há uma redução geral das funções na maioria

dos tecidos por alterações estruturais e ultraestruturais de suas células e

substâncias intercelulares (GAMA et al., 2006). No miocárdio dos átrios não deve ser

diferente. Essas alterações devem levar a uma diminuição da produção de ANP.

Devemos ainda acrescentar o fato de que o diabetes também tem uma ação

deletéria, pois, como foi demonstrado neste trabalho, a maioria das organelas

citoplasmáticas apresentava-se pouco evidentes e com sinais de degeneração.

Assim sendo, podemos aceitar que o diabetes associado ao envelhecimento

promove redução da produção de ANP.

Já o tipo B de ANP não sofreu modificações com o diabetes, confirmando sua

importância para evitar alterações no miocárdio, como proposto por Rosenkranz et

al. (2003).

Page 43: Abrir documento (PDF)

43

As alterações promovidas pelo diabetes no ANP dos cardiomiócitos em

jovens devem ser também incluídas no conjunto dos fatores responsáveis pelas

alterações hidroeletrolíticas causadas pelo diabetes, em idosos.

Page 44: Abrir documento (PDF)

44

CONCLUSÃO

Após a análise dos dados deste trabalho, referentes aos efeitos do diabetes

associado ao envelhecimento nos grânulos de ANP do átrio direito de ratos Wistar,

podemos concluir que:

1. O envelhecimento promoveu alterações morfológicas ultraestruturais

discretas nos cardiomiócitos e nos grânulos de ANP.

2. O envelhecimento associado ao diabetes produziu alterações morfológicas

ultraestruturais mais evidentes nos cardiomiócitos do átrio direito.

3. O envelhecimento associado ao diabetes produziu diminuição significante

nos níveis de ANP do tipo A, mas não do tipo B nos cardiomiócitos do átrio direito.

Page 45: Abrir documento (PDF)

45

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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