Abnt - Nbr 8407 - Ensaio Por Liquido Penetrante

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LIQUIDO PENETRANTE 1

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  • Copyright 1990,ABNTAssociao Brasileirade Normas TcnicasPrinted in Brazil/Impresso no BrasilTodos os direitos reservados

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    ABNT-AssociaoBrasileira deNormas Tcnicas

    CDU: 620.179.111 JUL 1990

    Ensaio por lquido penetranteNBR 8407

    Palavra-chave: Lquido penetrante 15 pginas

    SUMRIO1 Objetivo2 Documentos complementares3 Definies4 Princpio do mtodo5 Mtodo de ensaio6 Condies especficas7 Execuo do ensaio8 Revelao das indicaes9 Limpeza final10 Qualificao e requalificaoANEXO A - FigurasANEXO B - Limpeza de peas e materiaisANEXO C - Bloco comparador

    1 ObjetivoEsta Norma fixa as condies de ensaio por lquidopenetrante para deteco de descontinuidades superficiais,abertas superfcie, em materiais no-porosos, metlicose no-metlicos.

    2 Documentos complementares

    Na aplicao desta Norma necessrio consultar:

    NBR 7552 - Ensaio por lquido penetrante - Termi-nologia

    ASTM-D-129 - Standard test method for sulfur inpetroleum products

    ASTM-D-808 - Standard method of test for chlorinenew and used petroleum products (bomb method)

    3 Definies

    Os termos tcnicos utilizados nesta Norma esto definidosem 3.1 e 3.2 e na NBR 7552.

    3.1 Materiais penetrantes

    Produtos utilizados na execuo do ensaio, tais comoprodutos de limpeza, lquido penetrante, emulsificador,removedor e revelador.

    3.2 Bloco comparador

    Bloco metlico intencionalmente trincado, destinado acomparar os desempenhos de materiais penetrantes nascondies determinadas pelo procedimento.

    4 Princpio do mtodo

    4.1 O mtodo de ensaio por lquidos penetrantes

    proporciona um meio para a deteco de descontinuidadesque afloram superfcie dos materiais. O lquido penetrante aplicado uniformemente sobre a superfcie da pea a serensaiada, permitindo que ele penetre nas descontinuidadesexistentes. Aps um perodo adequado de tempo, oexcesso de penetrante removido da superfcie, e esta submetida secagem. Em seguida, aplica-se o revelador,cuja finalidade absorver o penetrante retido nasdescontinuidades (por ao similar de um mata-borro),sendo por este tingido, nos pontos em que ocorrer aabsoro. A pea, a seguir, deve ser submetida a umainspeo visual, para detectar a presena (partes tingidasdo revelador) ou a ausncia de descontinuidades.

    Origem: Projeto MB-1722/1989CB-04 - Comit Brasileiro de Mquinas e Equipamentos MecnicosCE-04:006.08 - Comisso de Estudo de Lquidos PenetrantesNBR 8407 - Liquid penetrant inspection - Method of testDescriptor: Liquid penetrantEsta Norma substitui a NBR 8407/1984Reimpresso da MB-1722, MAR 1990

    Procedimento

  • 2 NBR 8407/1990

    4.2 A seleo de um mtodo particular e do tipo do

    procedimento de ensaio por lquido penetrante dependeda natureza da aplicao, das condies sob as quaiso ensaio deve ser realizado, da disponibilidade deequipamento de processamento e dos tipos de materiaispenetrantes disponveis para a execuo do ensaio.

    4.3 Os parmetros de processamento, tais como limpe-

    za inicial, tempo de penetrao, etc., so determinadospelos materiais penetrantes especficos utilizados, pelanatureza da pea a ser examinada (material ou tamanho;forma ou condio da superfcie), pelos tipos dedescontinuidades previstas, etc. Os mtodos de ensaiopor lquido penetrante indicam a presena, a localizao e,at certo ponto, a natureza e magnitude dasdescontinuidades detectadas.

    5 Mtodo de ensaio

    5.1 Os materiais para inspeo por lquidos penetrantes

    consistem em produtos de limpeza, penetrantesfluorescentes e visveis, emulsificadores ( base de leo ou base de gua; de ao rpida ou de ao lenta),removedores e reveladores. No aconselhvel a misturade materiais penetrantes de fabricantes diferentes.

    5.2 Os solventes so utilizados para desobstruir as

    descontinuidades superficiais de graxa, leo, etc., nosendo permitido o uso de produtos que contenham fraespesadas causadoras de depsito oleoso na superfcie emensaio.

    5.3 Os tipos e mtodos de ensaio por lquidos penetrantes

    so classificados conforme Tabela 1.

    Tabela 1 - Classificao dos tipos e mtodos de ensaio por lquidos penetrantes

    Tipo (quanto Removvel Removvel com Removvel

    Mtodo remoo) com gua gua aps com solvente(quanto emulsificaovisibilidade)

    Mtodo A - Fluorescente A-1 A-2 A-3

    Mtodo B - Visvel B-1 B-2 B-3

    5.3.1 Mtodo A

    Os mtodos de ensaio por lquido penetrante fluorescenteso classificados como:

    a) removvel com gua;

    b) removvel com gua, aps emulsificao;

    c) removvel por solvente.

    5.3.1.1 Os penetrantes removveis com gua so formulados

    para serem removidos diretamente da superfcie da peaem ensaio, por uma simples lavagem em gua, apsintervalo de tempo adequado para a penetrao. Pelo fatode o emulsificador estar incorporado ao penetrante, degrande importncia um controle apropriado durante aremoo do excesso de penetrante da superfcie emensaio, de forma a evitar excesso de lavagem. Se alavagem for demasiadamente demorada ou vigorosa, openetrante pode ser removido do interior dasdescontinuidades.

    5.3.1.2 Os penetrantes removveis com gua aps

    emulsificao so formulados de modo a serem insolveisem gua, no podendo ser removidos por lavagem. A suaremoo da superfcie da pea em ensaio feita,seletivamente, pela ao de um emulsificador aplicado emseparado, facilitando a retirada do excesso de penetranteda superfcie. O emulsificador, quando aplicadoadequadamente, e, quando aplicado com um tempoapropriado para a emulsificao, combina com o penetranteem excesso na superfcie, formando uma mistura lavvelem gua, que pode ser removida da superfcie da pea porlavagem, deixando-a livre do fundo fluorescente. O

    penetrante que permanece no interior da descontinuidadeno est sujeito a excesso de lavagem. O tempo adequadode emulsificao deve ser estabelecido experimentalmentee deve ser sempre observado, para assegurar que noocorra emulsificao em excesso, da qual resultaria perdade indicaes.

    5.3.1.3 Os penetrantes removveis por solvente so

    formulados de modo que o excesso de penetrante nasuperfcie possa ser removido esfregando-se a superfciecom materiais limpos, que no soltem fiapos, e emsucessivas operaes, at que a maioria dos resduos depenetrante tenha sido removida. Os resduos rema-nescentes devem ser removidos com os mesmos ma-teriais de limpeza, porm levemente umedecidos com oremovedor. Para minimizar a remoo de penetrante dasdescontinuidades, deve-se evitar o uso de removedor emexcesso. proibido aspergir ou lavar a superfcie da peacom removedor, para a remoo do excesso de penetrante.

    5.3.2 Mtodo B

    O ensaio por penetrante visvel utiliza um penetrante que perceptvel com luz visvel. O penetrante , geralmente,de cor vermelha, para que as indicaes produzam umcontraste acentuado com o fundo branco do revelador. Asindicaes obtidas por penetrante visvel devem serobservadas com luz branca adequada. Os mtodos deensaio por penetrantes visveis so classificados como:

    a) removvel com gua;

    b) removvel com gua, aps emulsificao;

    c) removvel por solvente.

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    5.3.2.1 Os penetrantes visveis removveis com gua so

    formulados para aplicao, conforme 5.3.1.1.

    5.3.2.2 Os penetrantes visveis removveis com gua aps

    emulsificao so formulados para emprego, conforme5.3.1.2.

    5.3.2.3 Os penetrantes visveis removveis por solvente so

    formulados para emprego, conforme 5.3.1.3.

    5.4 Os emulsificadores so lquidos utilizados para

    emulsificar o penetrante oleoso em excesso na superfcieda pea, tornando-o removvel com gua. H dois tiposbsicos de emulsificadores: base de leo e base degua, sendo que ambos podem atuar durante um perodode tempo varivel, desde alguns segundos at vriosminutos, dependendo da superfcie da pea, viscosidade,concentrao e composio qumica do emulsificador.

    5.4.1 Os emulsificadores base de leo so normalmente

    utilizados tal como fornecidos e possuem ao rpida oulenta, dependendo da viscosidade e da composioqumica. Os emulsificadores de alta viscosidade so,geralmente, de ao mais lenta do que os emulsificadoresde baixa viscosidade. Os emulsificadores base de leoagem por difuso (dissoluo) no penetrante existente emexcesso na superfcie da pea, tornando-o removvel comgua; a taxa de difuso determina o tempo de emulsificao.

    5.4.2 Os emulsificadores base de gua (removedor tipo

    detergente) so fornecidos normalmente concentrados,para serem diludos em gua e utilizados por imerso oupulverizao. Os emulsificadores base de gua, atravsde sua ao detergente, deslocam o excesso de penetranteda superfcie da pea. A fora do jato de gua ou aagitao pelo ar, em tanques de imerso abertos, propiciama ao de lavagem, enquanto o detergente desloca o filmede penetrante. O tempo de emulsificao varivel, emfuno da concentrao do detergente na gua.

    5.5 Os removedores dissolvem o penetrante, permitindo a

    limpeza da superfcie, deixando-a totalmente livre deresduos do penetrante.

    5.6 A revelao das indicaes do penetrante corresponde

    operao de remoo do penetrante retido nasdescontinuidades, pela ao de mata-borro do reveladoraplicado, aumentando, desta forma, a visibilidade dasindicaes do penetrante.

    5.6.1 Os reveladores secos so utilizados tal como

    fornecidos (ou seja, um p no-aglutinvel e facilmenteespalhvel). Deve ser evitada a contaminao do reveladorcom penetrante fluorescente, pois as manchas resultantespodem apresentar-se como falsas indicaes.

    5.6.2 Os reveladores aquosos so normalmente forneci-

    dos como p seco, para dissoluo ou suspenso emgua, dependendo do tipo empregado.

    5.6.2.1 Os reveladores em suspenso aquosa so

    suspenses de partculas de revelador em gua. Aconcentrao, uso e conservao devem estar de acordocom as recomendaes do fabricante.

    5.6.2.2 Os reveladores solveis em gua so fornecidos na

    forma de p solvel em gua e utilizados nas concentraesrecomendadas pelo fabricante.

    5.6.3 Os reveladores para suspenses no-aquosas so

    fornecidos na forma de suspenses de partculas derevelador em solventes no-aquosos, j prontas para uso.Devem ser aplicados peca por pulverizao, aps aremoo do excesso de penetrante e a secagem dasuperfcie. Estes reveladores so aplicados com pistolaseletrostticas ou de ar comprimido ou, ainda, por sistemasde pulverizao por presso de ar (aerossol). Este tipo derevelador no deve ser aplicado por qualquer outroprocesso que no seja o de pulverizao, nem deve serusado em tanques de imerso. Os reveladores no-aquososformam, aps a secagem, um revestimento branco nasuperfcie da pea, servindo como fundo contrastantepara os penetrantes visveis, bem como um meio derevelao para os penetrantes fluorescentes.

    6 Condies especficas

    6.1 Controle de contaminantes

    O usurio deste mtodo deve obter um certificado docontedo de contaminantes para todos os materiaispenetrantes que so utilizados em ligas base de nquel,aos inoxidveis austenticos e titnio. Estes certificadosdevem incluir o nmero de lote do fabricante e os resultadosdos ensaios obtidos de acordo com 6.1.1 e 6.1.2. Estesresultados devem ser mantidos conforme acordo.

    6.1.1 Quando so ensaiadas ligas base de nquel, todos

    os materiais penetrantes devem ser verificados quanto aocontedo de enxofre, por evaporao de uma amostra de100 g de cada material, durante 30 min, a uma temperaturade 90C a 100C ou temperatura de ebulio do material,a que for menor. Materiais penetrantes so aceitveis se oresduo no exceder 0,005 g. Caso exceda, o res-duo deve ser analisado quanto ao teor de enxofre, confor-me ASTM-D-129, at que se publique norma tcnica daABNT sobre o assunto. O contedo de enxofre no deveexceder 1% da massa do resduo.

    6.1.2 Quando so ensaiados aos inoxidveis austenticos

    ou titnio, todos os materiais penetrantes devem serverificados quanto ao contedo de cloro, por evaporaode uma amostra de 100 g de cada material, durante 30 min,a uma temperatura de 90C a 100C ou temperatura deebulio do material, a que for menor. Materiais penetrantesso aceitveis se o resduo no exceder 0,005 g. Casoexceda, o resduo deve ser analisado quanto ao teor decloro, conforme ASTM-D-808, at que se publique normatcnica da ABNT sobre o assunto. O contedo de clorono deve exceder 1% da massa do resduo.

    7 Execuo do ensaio

    Os procedimentos descritos a seguir aplicam-se aosmtodos para inspeo por penetrante removvel comgua, com solvente e com gua aps emulsificao (verFiguras 1, 2 e 3, no Anexo A) e aos mtodos de inspeopor penetrantes visveis ou fluorescentes (ver Figura 4, noAnexo A). O procedimento de ensaio deve ser elaborado eutilizado na faixa de temperatura pretendida de utilizaoe de acordo com o estabelecido entre as partesinteressadas.

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    7.1 Preparao da superfcie antes do ensaio por lquidopenetrante

    Podem ser obtidos resultados satisfatrios, geralmente,em superfcies ensaiadas nas condies de como foramsoldadas, laminadas, fundidas ou forjadas. A preparaoda superfcie por esmerilhamento ou usinagem, entretanto,torna-se necessria quando as irregularidades da superfciepuderem mascarar as indicaes de descontinuidadesinaceitveis ou interferir, de outra forma, na preciso doensaio (ver Anexo B, seo B-1.8, para precaues geraisreferentes preparao da superfcie).

    7.2 Limpeza de peas e materiais

    7.2.1 Limpeza prvia

    Para o sucesso de qualquer procedimento de ensaio porpenetrantes, de fundamental importncia que a superf-cie da pea e as descontinuidades porventura existentesestejam livres de quaisquer contaminaes (sujeiras, emgeral), que possam interferir no ensaio. Todas as peasou reas de peas a serem inspecionadas devem estarlimpas e secas, antes de o penetrante ser aplicado. Entende-se por superfcie limpa aquela que se apresenta livre deferrugem, carepas, fluxo de solda, respingos de solda,graxa, tinta, pelculas oleosas, sujeiras, etc. Todos estescontaminantes podem impedir que o penetrante entre nasdescontinuidades. Os resduos dos produtos de limpezapodem reagir adversamente com o penetrante, reduzin-do enormemente a sua sensibilidade e o seu desempe-nho. Os cidos e cromatos, em particular, reduzemgrandemente a fluorescncia de muitos penetrantes.Quando somente uma regio da pea for submetida aoensaio (como no caso de soldas, por exemplo), tambmdeve ser limpa uma faixa de 25 mm, no mnimo, adjacentea esta regio (ver Anexo B, para mtodos de limpezadetalhados).

    7.2.2 Secagem aps a limpeza

    essencial que a pea esteja completamente seca apsa limpeza, visto que qualquer resduo lquido pode dificultar

    ou impedir a entrada do penetrante nas descontinuidades.A secagem pode ser concluda por aquecimento da peaem estufa, com lmpada infravermelha, com ar quente decirculao forada, ou por exposio temperaturaambiente. A temperatura da pea no deve exceder amxima definida no procedimento durante a aplicao dopenetrante.

    7.3 Aplicao de penetrante

    Aps a pea ter sido limpa, secada e resfriada at umatemperatura prxima ambiente, o penetrante deve seraplicado superfcie, de modo que toda a pea ou rea aser ensaiada seja completamente coberta com openetrante.

    7.3.1 H vrias modalidades de aplicao do penetrante,

    tais como imerso, pincelamento, inundao oupulverizao. As peas pequenas so freqentementecolocadas em cestos e mergulhadas em um tanquecontendo penetrante. Para as peas maiores, ou comgeometria complexa, o penetrante pode ser aplicado,mais facilmente, por pincelamento ou pulverizao. Aspistolas de pulverizao - eletrostticas ou convencio-nais - constituem meios efetivos de aplicao depenetrantes lquidos s superfcies das peas. A aplica-o por pulverizao eletrosttica pode reduzir o excessode penetrante na pea, minimizar a pulverizao excessi-va e evitar que o penetrante atinja vazios internos da pea,que podem servir de reservatrios de penetrante, capazesde produzir borres indesejveis durante o ensaio. Apulverizao pelo emprego de aerosis tambm constituium meio conveniente e efetivo de aplicao. Em aplicaespor pulverizao, importante que haja ventilaoapropriada. Esta ventilao geralmente conseguida peloemprego de uma cabine de pulverizao e de um sistemade exausto adequadamente projetados.

    7.3.2 Aps a aplicao, deve-se permitir que o excesso de

    penetrante escoe para fora da superfcie da pea (deve serevitada a formao de poas de penetrante sobre asuperfcie), enquanto decorre o tempo apropriado depenetrao (ver Tabela 2).

    Tabela 2 - Tempos de penetrao e revelao recomendados

    Tempos de penetrao eTipo de revelao (em minutos)

    Material Forma descon- para os mtodos A-1, A-2, A-3tinuidade B-1, B-2, B-3(A),(B)

    Penetrante(C) Revelador(D)

    Alumnio, magn- Fundida - Porosidade, 5 7sio, ferro fun- fundidos e gotas friasdido, ao, soldas (de fundio),bronze e lato, falta de fuso,titnio e ligas Trabalhada - trincas (todaspara altas tem- forjados, as formas)peraturas extrudados

    e chapasDobras, trincas 10 7(todas as formas)

    /continua

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    /continuao

    Tempos de penetrao eTipo de revelao (em minutos)

    Material Forma descon- para os mtodos A-1, A-2, A-3tinuidade B-1, B-2, B-3(A),(B)

    Penetrante(C) Revelador(D)

    Ferramentas com Falta de fuso, 5 7pastilhas de porosidade,carboneto trincas

    Plstico Todas as Trincas 5 7formas

    Vidro Todas as Trincas 5 7formas

    Cermica Todas as Trincas, po- 5 7formas rosidade

    (A) Para faixa de temperatura de 15C a 50C.

    (B) Todos os tempos de penetrao indicados so os mnimos recomendados.

    (C) O tempo mximo de penetrao de 60 min.

    (D) O tempo de revelao comea imediatamente aps a aplicao do revelador seco, ou quando tenha secado o revelador lquido aplicadona superfcie das peas (mnimos recomendados).

    7.3.3 O perodo de tempo durante o qual o penetrante deve

    permanecer sobre a pea, para permitir a penetraoadequada, deve ser o recomendado pelo fabricante. ATabela 2, entretanto, pode servir de orientao para aseleo de tempos de penetrao, para uma variedade demateriais, formas e tipos de descontinuidades. Se ascaractersticas do penetrante forem substancialmenteafetadas por um tempo de penetrao prolongado,evidenciado por dificuldades na remoo do excesso,recomenda-se a aplicao do penetrante em intervalos deno mximo 60 min, em virtude da evaporao econseqente aumento de viscosidade.

    7.4 Remoo do excesso de penetrante

    7.4.1 Aps o decurso do tempo previsto para a penetrao

    requerida, o excesso de penetrante deve ser removido,conforme descrito em 7.4.2, para penetrantes lavveis emgua, ou em 7.4.3, para penetrantes ps-emulsificveis,ou em 7.4.4, para penetrantes removveis por solventes.

    7.4.2 Os penetrantes lavveis em gua podem ser removidos

    diretamente da pea por lavagem, no requerendo umaetapa de emulsificao. O excesso de penetrante deve serremovido mediante o emprego de um pulverizador degua manual, automtico ou semi-automtico, ou umequipamento de imerso. O grau e a rapidez de remoodependem de alguns parmetros do processo, tais comopresso e temperatura da gua, e da durao do ciclo delavagem. As caractersticas de remoo, inerentes aopenetrante empregado, assim como a condio desuperfcie da pea, tambm afetam a velocidade e o graude remoo. importante controlar-se a operao delavagem.

    7.4.2.1 A presso da gua deve ser constante e no

    superior a 345 kPa (3,5 kgf/cm2). Recomenda-se, de umaforma geral, uma pulverizao grosseira.

    7.4.2.2 Os penetrantes lavveis em gua, em sua maioria,

    podem ser efetivamente removidos por gua numatemperatura mxima de 45C.

    7.4.2.3 A durao da lavagem depende das caractersticas

    de remoo, inerentes ao penetrante, da condio desuperfcie da pea, da presso da gua de pulverizao, eda temperatura empregada; o perodo de lavagem deveser determinado experimentalmente para cada aplicaoparticular. O tempo timo evidenciado quando no restarnenhum fundo interferente.

    7.4.2.4 Deve ser evitado o excesso de lavagem; a lavagem

    excessiva pode fazer com que o penetrante seja retiradodas descontinuidades. Para o mtodo A, a lavagem deveser efetuada sob luz negra, de modo que possa sercorretamente determinado quando o excesso de penetrantetiver sido adequadamente removido da superfcie.

    7.4.2.5 Em aplicaes especiais, onde no existam recursos

    para proceder-se lavagem com gua, a remoo doexcesso do penetrante pode ser realizada mediante oesfregamento da superfcie com material absorvente limpo,umedecido com gua, at completar-se a remoo doexcesso de penetrante.

    7.4.3 Os penetrantes ps-emulsificveis no so

    diretamente lavveis em gua; eles requerem a utilizaode um emulsificador ( base de leo ou de gua). Apsdecorrido o tempo requerido para a penetrao, o excesso

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    de penetrante deve ser emulsificado, imergindo, inundandoou pulverizando as peas com o emulsificador indicado (oemulsificador se combina com o excesso de penetrante,formando uma mistura removvel por lavagem). Aps aaplicao, o excesso de emulsificao deve ser removido,evitando-se o empoamento dele sobre a superfcie dapea.

    7.4.3.1 A emulsificao inicia-se to logo o emulsificador

    tenha sido aplicado. O perodo de tempo em que oemulsificador deve permanecer sobre a pea a ser ensaia-da, e em contato com o penetrante, depende do tipo deemulsificador empregado (de ao rpida ou de aolenta; base de leo ou base de gua) e da condio desuperfcie da pea (lisa ou rugosa). O tempo nominal deemulsificao deve ser o recomendado pelo fabricante. Otempo de emulsificao real deve ser determinadoexperimentalmente, para cada aplicao especfica. Oacabamento da superfcie (rugosidade) da pea fatorsignificativo na seleo do emulsificador e do respectivotempo de emulsificao do excesso de penetrante. Emgeral, o tempo de emulsificao pode variar desde algunssegundos at vrios minutos, dependendo da atividade doemulsificador.

    7.4.3.2 A lavagem adequada do penetrante emulsificado, a

    fim de remov-lo da superfcie da pea, pode serconseguida utilizando-se um pulverizador manual, semi-automtico ou automtico, ou um equipamento de imerso.Para o mtodo A, a lavagem deve ser efetuada sob luznegra, de modo que possa ser facilmente verificado quandoo penetrante emulsificado tiver sido total e corretamenteremovido da superfcie. O fundo residual deve ser omnimo possvel, de modo a no interferir com a inspeoda pea, tambm servindo como indicador de que noocorreu emulsificao em excesso.

    7.4.3.3 O processo de remoo do excesso de penetrante

    j emulsificado deve ser feito conforme 7.4.2.

    7.4.4 Para os penetrantes removveis por solventes, o

    excesso de penetrante deve ser removido, na medida dopossvel, esfregando-se a superfcie com um materiallimpo, livre de fiapos e repetidamente, at que os resduosdo penetrante, em sua maioria, tenham sido removidos.Aps esta operao, deve-se umedecer levemente, comsolvente, um material igual ou similar ao utilizado para alimpeza inicial, esfregando-se a superfcie da pea comele, at que todos os resduos remanescentes sejamremovidos. Para minimizar a remoo de penetrante dasdescontinuidades, deve ser evitado o uso de solvente emexcesso. proibido lavar a superfcie com solvente apsa aplicao do penetrante e antes da revelao.

    7.5 Secagem das peas

    7.5.1 Na preparao de peas para o ensaio, necessrio

    sec-las, tanto aps a aplicao do revelador aquosocomo para a remoo da gua de lavagem que precede autilizao de reveladores no-aquosos ou secos.

    7.5.2 As peas podem ser secadas, utilizando-se uma

    estufa com circulao de ar quente ou um jato de arquente, ou esfregamento com material absorvente limposeguido de evaporao natural temperatura ambiente. Asecagem realizada, em melhores condies, em um

    secador de ar quente recirculante, controladotermostaticamente. A temperatura no secador deve sermantida, normalmente, entre 80C e 105C, para a maioriadas aplicaes.

    Nota: A temperatura da pea no deve exceder a mxima espe-cificada. Permite-se o aquecimento ou resfriamento locali-zado, desde que a temperatura da pea permanea na faixaestabelecida no procedimento.

    7.5.3 No deve ser permitida a permanncia das peas na

    estufa por mais tempo que o necessrio. A permannciaexcessiva no secador pode causar danos s peas, assimcomo a evaporao do penetrante, o que pode prejudicara sensibilidade do ensaio. O tempo de secagem varia como tamanho, a natureza e o nmero de peas sob ensaio. Otempo mnimo de secagem deve ser determinadoexperimentalmente.

    7.5.4 No caso de penetrantes removveis por solventes,

    onde o processo de penetrante removido pela tcnica delimpeza com solvente, a superfcie deve ser secada porevaporao normal. O tempo mnimo de secagem deveser determinado experimentalmente. Recomenda-se umtempo mnimo de 5 min.

    8 Revelao das indicaes

    8.1 A revelao o processo de remoo do penetrante

    que permaneceu retido nas descontinuidades, atravs daao de uma absoro do tipo mata-borro, exercida pelorevelador, que retira o penetrante das descontinuidades,espalhando-o sobre a superfcie e tornando-o visvel.

    8.2 Devem ser utilizados reveladores secos, reveladores

    aquosos ou reveladores no-aquosos, permitindo aformao de um revestimento de partculas.

    8.3 Os reveladores devem ser aplicados imediatamente

    aps a remoo do excesso de penetrante e antes dasecagem no caso de reveladores aquosos. Os demaistipos de reveladores devem ser aplicados imediatamenteaps a secagem da pea.

    8.4 H vrias modalidades eficientes de aplicao para os

    diversos tipos de reveladores, tais como banho de imerso,inundao, pulverizao e polvilhao. A configuraodimensional, a condio de superfcie, o nmero de peasa serem processadas, etc. so fatores de influncia naescolha do revelador.

    8.5 Os reveladores, na forma de ps secos, devem ser

    aplicados aps a secagem, de acordo com 7.5, de modoa assegurar a cobertura total da pea. As peas podem serimersas ou banhadas dentro de um recipiente, ou em umleito fluidizado de revelador seco; podem tambm serpolvilhadas com o revelador em p, por meio de um bulbomanual ou de uma pistola prpria para ps. muitocomum e bastante eficiente a aplicao de p seco emuma cmara fechada, onde criada uma nuvem de pefetiva e controlada. O excesso de p pode ser removidosacudindo-se ou batendo-se levemente a pea, ou so-prando-a com ar comprimido seco, limpo e de baixa pres-so, de 34 kPa a 69 kPa (de 0,3 kgf/cm2 a 0,7 kgf/cm2).Podem ser utilizados outros meios adequados ao tamanhoe forma geomtrica da pea, desde que o p seja

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    aplicado igualmente sobre toda a superfcie a serexaminada. As peas podem ser pulverizadas com umapistola convencional ou do tipo eletrosttico.

    8.6 Os reveladores aquosos devem ser aplicados

    imediatamente aps a remoo do excesso de penetrantee antes da secagem. O revelador, quando secado, aparececomo um revestimento branco sobre a pea. Os reveladoresaquosos devem ser preparados e mantidos de acordocom as instrues do fabricante, e aplicados de maneiraa assegurar uma cobertura total e uniforme da pea.Devem ser tomados os cuidados necessrios para evitara possvel perda de indicaes, quando for utilizado umrevelador aquoso juntamente com penetrantes lavveisem gua.

    8.6.1 Os reveladores aquosos devem ser aplicados por

    pulverizao, inundao ou imerso da pea. Comreveladores aquosos, mais comum a imerso das peasem um banho de revelador preparado. As peas devemficar imersas apenas durante o tempo suficiente paracobrir todas as suas superfcies com o revelador. Apsesta operao, todas as peas devem ser retiradas dobanho de revelador, deixando-se o lquido escoar dassuperfcies. Todo o excesso de revelador retido nasreentrncias e cavidades deve ser tambm escorrido, afim de se eliminarem as tendncias de empoamento dorevelador, o que mascararia as descontinuidades.

    8.6.2 A seguir, as peas devem ser secadas, de acordo

    com 7.5.

    8.7 Os reveladores lquidos no-aquosos devem ser

    aplicados pea por pulverizao, aps a remoo doexcesso de penetrante, e secagem da pea. Este tipo derevelador evapora-se muito rapidamente temperaturaambiente normal e, conseqentemente, no requer autilizao de um secador. Ele deve ser usado, contudo,com ventilao adequada.

    8.7.1 Os reveladores no-aquosos devem ser aplicados

    por pulverizao, conforme instrues do fabricante. Aspeas devem ser pulverizadas, de modo a assegurar acobertura total das superfcies a serem examinadas, comuma pelcula de revelador fina e uniforme.

    8.7.2 proibido imergir ou inundar as peas com reveladores

    no-aquosos, uma vez que esta operao escoa ou dis-solve o penetrante dentro das descontinuidades, atravsde sua ao solvente.

    8.8 O perodo de tempo em que o revelador deve per-

    manecer sobre a pea, antes da inspeo, no deve serinferior a 7 min. O tempo de revelao inicia-seimediatamente aps a aplicao de revelador na forma dep seco e logo que o revestimento de revelador lquido(aquoso e no-aquoso) tenha secado, isto , logo que ossolventes tenham se evaporado totalmente. So permitidosperodos de revelao superiores a 30 min, se a quantidadede lquido absorvido pelo revelador no alterar os resultadosdo ensaio.

    8.9 A inspeo das peas deve ser efetuada aps ter

    decorrido o tempo de revelao indicado em 8.8, de modoa assegurar a necessria absoro do penetrante, dointerior das descontinuidades para a camada do revelador.Constitui boa prtica observar a superfcie durante a

    aplicao do revelador, como um auxlio para a avaliaodas indicaes.

    8.9.1 As indicaes de penetrantes fluorescentes devem

    ser examinadas em local escurecido, permitindo-se umiluminamento mximo de 32 lux para os ensaios crticos.Podem ser utilizados nveis mais altos para inspees no-crticas, se for impossvel escurecer convenientemente oambiente.

    8.9.1.1 Para o caso de lquido penetrante fluorescente, a

    fonte de luz negra deve ter filtro de radiao ultravioletaque permita a passagem de luz com o comprimento deonda na faixa de 320 nm a 400 nm (de 3200 a 4000 ) edeve estar ligada por um mnimo de 5 min antes do seuemprego.

    8.9.1.2 Na inspeo com lquido penetrante fluorescente,

    o inspetor deve estar na rea escurecida, com antecedn-cia mnima de 5 min, para que sua viso se habitue aoambiente.

    8.9.1.3 A intensidade de luz negra na superfcie em ensaio

    deve ser comprovada por meio de um instrumento sensvel luz ultravioleta centrado a 365 nm (3650 ), ou detectando-se as indicaes dos blocos comparadores com os quaiso procedimento de execuo foi qualificado. No caso deutilizar-se instrumento sensvel luz, recomenda-se que aintensidade seja igual ou superior a 800 W/cm2.8.9.1.4

    A intensidade de luz negra na superfcie em ensaiodeve ser avaliada pelo menos uma vez a cada 8 h e sempreque as condies do ensaio forem alteradas.

    8.10 As indicaes de penetrante visvel podem ser

    examinadas sob luz natural ou luz artificial branca, exigindo-se iluminao adequada, para que no haja perda desensibilidade no ensaio. Recomenda-se intensidadeluminosa mnima de 1000 lux, no local de ensaio.

    9 Limpeza final

    9.1 A limpeza final necessria quando o penetrante e/ou

    revelador residuais possam interferir com o processamentosubseqente ou com as condies de servio da pea; isto particularmente importante quando os resduos do ensaiopor penetrante possam combinar com outros materiais,dando origem a produtos corrosivos. Pode ser empregadauma tcnica adequada, tal como uma simples enxaguadura,lavagem mecnica, desengraxamento por vapor, imersoem solvente ou limpeza ultra-snica. No caso dereveladores, recomenda-se, quando for necessria a suaremoo posteriormente ao ensaio, que esta seja realizadato prontamente quanto possvel, aps o ensaio, de modoque o revelador no se fixe pea. A enxaguadura porpulverizao de gua geralmente adequada.

    Nota:

    Os reveladores devem ser removidos antes do desen-graxamento por vapor; o desengraxamento referido podecausar o endurecimento do revelador sobre as peas.

    10 Qualificao e requalificao

    10.1 Geral

    A qualificao do procedimento de execuo do ensaioexige provas de equivalncia com procedimentos deexecuo de ensaio aprovados.

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    10.2 Mtodo recomendado

    10.2.1 A equivalncia dos procedimentos de execuo de

    ensaio deve ser estabelecida utilizando-se um blococomparador.

    10.2.2 O bloco utilizado pode ser confeccionado de acordo

    com o Anexo C.

    10.2.3 A qualificao efetuada aplicando-se na parte A do

    bloco o procedimento de execuo de ensaio que se pretendequalificar, nas condies lim ites de temperatura, e julgando-se os resultados, por comparao, com um procedimento deexecuo de desempenho satisfatrio aplicado na parte B.

    10.2.4 Na qualificao, o bloco comparador e todos

    os materiais especificados no procedimento de execu-o devem ter suas temperaturas uniformizadas temperatura definida neste, exceto quando a tempe-ratura for superior a 60C, quando ento apenas o blo-co comparador deve ser uniformizado temperaturadefinida.

    10.2.5 Para penetrantes visveis, admite-se no dividir em

    partes A e B, desde que o bloco comparador sejatotalmente limpo antes da aplicao de qualquer pro-cedimento e se registrem os resultados de cada proce-dimento por meio de fotografia ou rplica.

    /ANEXOS

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    Figura 1 - Tipo 1 - Mtodo para inspeo por penetrantes lavveis em gua: A-1 (Fluorescente), B-1 (Visvel)

    ANEXO A - Figuras

  • 10 NBR 8407/1990

    Figura 2 - Tipo 2 - Mtodo para inspeo por penetrantes ps-emulsificveis: A-2 (Fluorescente), B-2 (Visvel)

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    Figura 3 - Tipo 3 - Mtodo para inspeo por penetrante removvel por solventes: A-3 (Fluorescente), B-3 (Visvel)

  • 12 NBR 8407/1990

    Figura 4 - Fluxograma dos mtodos gerais para a inspeo por penetrantes visveis e fluorescentes

    /ANEXO B

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    B-1 Escolha do mtodo de limpeza

    A escolha de um mtodo adequado de limpeza deve serbaseada em fatores tais como: (1) tipo de contaminante aser removido, uma vez que nenhum mtodo capaz deremover todos os tipos de contaminantes com a mesmaeficincia; (2) efeito do mtodo de limpeza sobre as peas;(3) viabilidade do mtodo de limpeza para a pea (umapea de grandes dimenses, por exemplo, no pode sercolocada em um desengraxante pequeno ou em umlimpador ultra-snico); e (4) requisitos especficos delimpeza, estipulados pelo comprador. So recomendadosos seguintes tipos de limpeza:

    B-1.1 Limpeza com detergente

    Os detergentes para limpeza so compostos no-inflamveis, solveis em gua, contendo aditivosespecialmente selecionados para umedecer, penetrar,emulsificar e saponificar vrios tipos de sujeira, tais comograxas e pelculas oleosas, fluidos de corte e usinagem,componentes no-pigmentados para estiramento, etc. Osdetergentes para limpeza podem ser de natureza alcalina,neutra ou cida; todavia, eles devem ser no-corrosivosao objeto em ensaio. As propriedades de limpeza dassolues detergentes facilitam a remoo total de sujeirase de contaminaes da superfcie e das cavidades,preparando-as para receber o penetrante. Recomenda-sea utilizao da temperatura, concentrao e tempo delimpeza indicados pelo fabricante.

    B-1.2 Limpeza por solvente

    H uma variedade de solventes para limpeza que pode serusada para dissolver, com eficincia, sujeiras diversas,como graxas ou pelculas oleosas, ceras e vedantes, tintase matrias orgnicas em geral. Estes solventes devem serlivres de resduos, especialmente quando utilizados paralimpeza manual ou como desengraxantes em tanques deimerso. Os solventes para limpeza no so recomendadospara a remoo de ferrugem ou carepas, fluxos e respingosde solda, e sujeiras inorgnicas em geral.Nota: Alguns solventes de limpeza so inflamveis e podem ser

    txicos. Devem ser observadas todas as instrues desegurana, recomendadas pelo fabricante.

    B-1.3 Desengraxamento por vapor

    O desengraxamento por vapor o mtodo preferido paraa remoo de leo ou sujeiras graxentas da superfcie daspeas e de descontinuidades de aberturas. Este processono remove sujeiras de tipo inorgnico (produtos decorroso, sais, etc.) e pode no remover sujeiras resinosas(revestimentos plsticos, vernizes, tintas, etc.). Devido aolimitado tempo de contato, o desengraxamento pode nolimpar completamente as descontinuidades profundas,recomendando-se, nestes casos, uma imerso posteriorem solvente.

    B-1.4 Limpeza alcalina

    Os agentes de limpeza alcalinos so solues aquosas

    no-inflamveis, contendo detergentes, especialmenteselecionados para umedecer, penetrar, emulsificar esaponificar vrios tipos de sujeira. As solues alcalinasaquecidas tambm so utilizadas para a remoo deferrugem, para a decapagem e para a remoo de carepasde oxidao capazes de mascarar as descontinuidades dasuperfcie. Os compostos alcalinos para limpeza devemser utilizados de acordo com as recomendaes dofabricante.

    Nota: As peas limpas pelo processo alcalino devem ser enxagua-das at ficarem completamente livres do limpador e devemser integralmente secadas pelo calor, antes do processo doensaio por penetrante. A temperatura da pea, quando daaplicao do penetrante, no deve exceder a mxima doprocedimento.

    B-1.5 Limpeza por vapor

    A limpeza por vapor uma modificao do mtodo delimpeza alcalina em tanque aquecido, que pode ser utilizadapara a preparao de peas de grandes dimenses, no-manuseveis. Este mtodo de limpeza remove sujeirasinorgnicas e muitas sujeiras orgnicas da superfcie daspeas, porm pode no alcanar o fundo das des-continuidades profundas e, por esta razo, recomenda-seum banho posterior em solvente.

    B-1.6 Limpeza ultra-snica

    Este mtodo soma a agitao ultra-snica limpeza porsolvente ou detergente, para aumentar a eficincia e diminuiro tempo de limpeza. Ele deve ser utilizado com gua edetergente, se as sujeiras a serem removidas foreminorgnicas (ferrugem, sais, produtos de corroso, etc.) e,com solvente orgnico, se as sujeiras a serem removidasforem orgnicas (graxas, pelculas oleosas, etc.). Aps alimpeza ultra-snica, as peas devem ser aquecidas pararemoo do fluido de limpeza e, em seguida, resfriadas auma temperatura no superior mxima especificada noprocedimento, antes da aplicao do penetrante.

    B-1.7 Remoo de tinta

    As pelculas de tinta podem ser efetivamente removidaspor meio de solventes descascadores ou por agentesalcalinos desintegradores, em tanques aquecidos. Namaioria dos casos, a pelcula de tinta deve sercompletamente removida, para expor a superfcie do metal.Os removedores de tinta tipo solvente podem serencorpados, de alta viscosidade, para aplicao porpulverizao ou por pincel, ou podem, ainda, ser do tipo debaixa viscosidade, de duas camadas, para aplicao pormeio de tanques de imerso. Ambos os removedores dotipo solvente so geralmente utilizados temperaturaambiente, na condio de como fornecidos. Osremovedores alcalinos, para uso em tanques aquecidos,so compostos na forma de p, solveis em gua, devendoser utilizados em concentraes e temperaturasrecomendadas pelo fabricante. Aps a remoo da tinta,as peas devem ser inteiramente enxaguadas para aremoo de todas as contaminaes das descontinuidadese, em seguida, inteiramente secadas.

    ANEXO B - Limpeza de peas e materiais

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    B-1.8 Limpeza mecnica e condicionamento dasuperfcie

    Os processos de remoo de metal, tais como limagem,polimento, raspagem, fresagem mecnica, perfurao,escareao, esmerilhamento, polimento com lquido,lixamento, torneamento, rebarbao vibratria ou emtambor, e jateamento abrasivo, incluindo abrasivos, taiscomo esferas de vidro, xido de alumnio, areia, celuloselignificada, granalha de metal, etc., so freqentementeutilizados para remover sujeiras, tais como carbono,ferrugem, carepas, areia de fundio aderente, bem comopara rebarbar ou produzir uma aparncia agradvel napea. Estes processos podem diminuir a eficincia doexame com penetrante, esmagando ou recalcando asuperfcie do metal, e obstruindo descontinuidades abertas superfcie.

    B-1.9 Ataque com cido

    As solues cidas inibidas (solues decapantes) sorotineiramente utilizadas para a remoo de carepas dassuperfcies das peas. Esta operao necessria pararemover estas cascas de oxidao que podem mascararas descontinuidades da superfcie e impedir a entrada dopenetrante. As solues cidas/decapantes so tambmnormalmente utilizadas para a remoo de metal que ficaligeiramente ligado ao material-base, aps as operaescom lima ou outras ferramentas, que tendem a recalcar ometal sobre as descontinuidades da superfcie. Taisdecapantes devem ser utilizados de acordo com asrecomendaes do fabricante.

    Notas: a) Os materiais e peas atacados devem ser enxaguadose ficar completamente livres de reagentes, com assuperfcies inteiramente neutralizadas e secadas porcalor, antes da aplicao de penetrantes. Os cidos ecromatos podem afetar adversamente a luminescnciade materiais fluorescentes.

    b) Sempre que houver a possibilidade de fragilizao por

    hidrognio, como resultado da decapagem por cido, apea deve ser aquecida a uma temperatura adequada,durante um perodo de tempo apropriado, para a remo-o do hidrognio, antes da continuao do processo.Aps o aquecimento, a pea deve ser resfriada a umatemperatura inferior mxima estabelecida no procedi-mento, antes da aplicao do penetrante.

    B-1.10 Aquecimento de materiais cermicos

    O aquecimento de peas cermicas em uma atmosferaoxidante e limpa um processo efetivo para a remoo deumidade e/ou sujeiras orgnicas leves. Deve ser utilizadaa mxima temperatura que no cause a degradao daspropriedades da pea cermica.

    B-2 Limpeza final

    B-2.1 Remoo do revelador

    O revelador, na forma de p seco, pode ser efetivamenteremovido com jato de ar (livre de leo) ou por enxaguadura.As pelculas de removedor lquido podem ser removidas,com eficincia, por enxaguadura, com ou sem detergente,tanto manualmente, como com o auxlio de meiosmecnicos (escova, mquina de lavar, etc.). As pelculassolveis do revelador destacam-se da pea, com umasimples lavagem com gua.

    B-2.2 Remoo do penetrante residual

    O penetrante residual pode ser removido atravs de umaao solvente. Recomendam-se as tcnicas dedesengraxamento por vapor (mnimo de 10 min), imersoem solvente (mnimo de 15 min) e limpeza ultra-snica comsolvente (mnimo de 3 min). Em alguns casos, desejveldesengraxar com vapor e, em seguida, imergir a pea emsolvente. Os tempos efetivos necessrios para odesengraxamento por vapor e para a imerso em solventedependem da natureza da pea e devem ser determinadosexperimentalmente.

    /ANEXO C

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    ANEXO C - Bloco comparador

    Modo de execuo:

    Submeter a pea, j revestida, a cargas aproximadas de10000 N, 20000 N e 30000 N, aplicadas superfcie no-

    revestida, por meio de uma mquina de medio dedureza, pelo mtodo Brinell, utilizando suporte de alumnioe esfera de 10 mm de dimetro.

    licenca: Cpia no autorizada