ABNT EB 833.1979 - Trilho - Soldagem Aluminotérmica - Especificação (SCAN)

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  • NBR - NORMA

    BRASILEIRA TRILHO -SOLDAGEM ALUMINOThiMICA

    especifica$io

    SUMARIO

    1 Objetivo

    2 Normas complementares

    3 Definicoes

    4 Condicoes gerais

    5 Inspegao

    b Formacao da amostra

    7 tnsaios

    8 Condicoes especificas

    Y Aceitacao e rejeicao

    1 OBJETIVO -

    Esta Norma fixa as condicoes exigiveis para a soldagem aluminotermica de trilho

    e/au barra de trilho, pelo process0 aluminotermico rapido, na via e/au em esta-

    leiro.

    2 NORMAS COMPLEMENTARES -

    Constituem complemento desta Norma as seguintes normas:

    NB- 427 - Retirada de corpo de prova para determinacao da composicao quimica

    de ace destinado a material de via permanente;

    EB- llg - Trilho "Vignole";

    MB- 4 - Determinacao das propriedades mecanicas a tracao de materiais meta -

    licos;

    MB- 262 - Qualificacao de processes de soldagem de soldadores e de operado -

    res;

    MB-1063 - Determinacao das condicoes internas do trilho, atraves de entalhe

    e fratura;

    MB-1131 - Determinacao do desvio entre as medias da dureza Brine11 para uma

    solda de trilho;

    ABNT - EB833/79

  • 2 EB-833/1979

    TB- 131 - Via permanente ferrovigria,

    TB- 209 - Fixacao ferrovisria;

    Tb- 210 - Trilho;

    CB- 23 - Trilho "Vignole";

    CB- 55 - Via f&rea principal.

    3 DEFINICDES -

    OS termos tknicos utilizados nesta Norma, esta"o definidos nas TB-131, TB-209

    e TB-210.

    4 CONDICBES GERAIS -

    4.1 Trilho

    4.1.1 Sao soldados OS trilhos e/au barras de trilhos:

    a) novas (ver EB-119);

    b) usados das classes I e II, de acordo corn a CB-55, depois de reperfi

    lados, se for necessario.

    4.1.2 0 trilho e/au barra tern de estar em boas condicoes, isto 6, sem defei-

    to prejudicial ao seu uso.

    4.1.3 OS topos a serem unidos pela solda precisam corresponder-se o mais exa -

    tamente possivel, permitindo urn born alinhamento entre OS trilhos e/au barras

    de trilhos e tendo esquadro, observada a EB-119.

    4.1.3.1 Especial cuidado 6 dado ao exame das pontas dos trilhos e/au barras,

    a fim de eliminar-se todos OS defeitos, como: deformacoes, trincas, empenos e

    furos abertos corn macarico.

    4.2 Por@o de solda

    4.2.1 A porcao de solda aluminotermica 6 de use devidamente comprovado no -

    brasil e/au em paises de tecnologia ferroviaria das mais desenvolvidas, medi-

    ante certificado que comprove:

    a) quantidade das aplicacoes;

    b) datas das aplicacoes,

    c) classe da via, de acordo corn a CB-55, e outros caracteristicos da

    via, do trafego e das condicoes locais;

    d) falhas e/au deficiencias verificadas corn OS trilhos soldados e suas

    provaveis causas.

    4.2.2 0 fornecedor da porczo de solda d?i a especificacao da mesma, observa -

    das as normas tecnicas brasileiras, corn OS principais caracteristicos que de-

    van, ser do conhecimento do comprador, tanto para fins de recebimento, quanto

    para fins de aplicacao e, especialmente, quanto a:

    a) caracteristicos visuais;

    b) defeitos;

    C) movimentacao e estocagem;

  • d) acondicionamento,

    e) marcacao,

    f) unidade de compra;

    g) inspegao,

    h) amostragem;

    i) ensaios;

    j) propriedades quimicas;

    1) propriedades fisicas;

    m) aceitagao e rejeigao.

    4.3 Soldador

    4.3.1 0 soldador e qualificado pela ferrovia, para o process0 e porcao de sol-

    da a usar.

    4.3.1.1 E indispenszvel tambern a qualificacao para a qualidade do ace a soldar

    (ver CB-23).

    4.4 Moldes

    4.4.1 0 molde e pr&fabricado corn uma mistura de areia de quartzo, oxide de -

    ferro e silicato de sodio, este agindo coma ligante.

    4.5 CondigZo atmosferica e resistkcia

    4.5.1 Permite-se, excepcionalmente, efetuar solda corn tempo chuvoso ou excessi -

    vamente kaido, somente se o local estiver bem resguardado.

    4.5.2 A solda e submetida a cargas do trafego, conforme criteria da ferrovia.

    4.5.3 A solda apresenta resistencia minima, pelo menos, igual a dos trilhos -

    soldados.

    4.6 Junta --

    4.6.1 Assegurado o devido alinhamento entre OS trilhos e/au barras de trilhos

    e a adequada correspondencia entre OS topos, sera garantida uma folga de acordo

    corn o tipo e a qualidade do ace do trilho (ver U-23).

    4.6.2 0 molde e montado bem centrado corn a junta.

    4.6.3 Apes a colocacao do molde, OS topos dos trilhos sao pr&aquecidos a uma

    temperatura entre 9OCFJC a 95OOC.

    4.6.3.1 0 pre-aquecimento 6 feito corn o auxilio de macarico especial bem diri-

    gido para o molde, de modo a dar urn aquecimento uniforme e bem regulado a fim

    de evitar oxidacao do material.

    4.6.4 As pontas defeituosas (esmagamentos, fissuracoes na furacao ou outros de -

    feitos) Go eliminadas por torte.

    4.6.4.1 As rebarbas sao esmerilhadas, numa extensao de 15 cm de modo a permi -

    tir boa colocacao do molde.

    4.6.4.2 Sao iyualmente esmerilhados OS restos eventuais de bonde porventura

    existentes.

    4.6.5 0 torte e a frio, corn serra.

  • 4.6.5.1 Quando houver necessidade pode ser autorizado o torte a macarico, efe

    tuado por soldador, desde que a soldagem seja realizada logo em seguida. -

    4.6.5.2 0 torte a macarico comeca pelo patim, para haver urn aquecimento gradu - al do trilho, tendo-se o cuidado de limpar OS topos a ,escova, de modo a elimi-

    nar as particulas de oxide.

    4.6.6 Quando neces&io, o desguarnecimento da via limita-se ao minimo.

    4.6.6.1 SZo liberados no minimo, tres dormentes para cada lado da junta.

    4.6.7 S%o removidos das fixagoes OS materiais atacaveis pelo calor necesssrio

    2 soldagem.

    4.7 Soldagem

    4.7.1 Durante o pre-aquecimento e colocado sobre o molde o cadinho contend0 a

    porcao de solda.

    4.7.1.1 0 cadinho, antes de-canter a porcao de solda, e limpo e tern o forro -

    bem seco, sendo aquecido para cada soldagem a uma temperatura acima de 100C ,

    corn 0 macarico.

    4.7.1.2 Atingida a temperatura do pre-aquecimento, coloca-se o cadinho na po-

    sicao e deflagra-se a reacao da porcao de solda, corn o acendedor, aguardando-

    -se o fin1 da mesma, que e caracterizado pelo aparecimento do anel de escoria.

    4.7.1.3 Apk a formacao do anel de escoria, vaza-se o cadinho para o enchimen -

    to do molde.

    4.7.2 Ocorrida a solidificacao da solda, procede-se a desmoldagem.

    4.7.2.1 AR& a limpeza do ace superficial (REBARBAGEM), e procedido o esmeri-

    lhamento, a partir da superficie de rolamento e estendendo-se a ambos OS lados

    do boleto.

    A solda nao pode ter resfriamento brusco ou ser esmerilhada corn menos de 300C.

    4.7.2.2 0s gitos sao retirados a frio.

    4.7.2.3 E retirada toda a areia encrustada, de modo a permitir o exame da sol -

    da, vedado o uso de ferramentas ponteagudas.

    4.8 Solda defeituosa

    4.8.1 A solda defeituosa e/au rejeitada 6 imediatamente substituida, por ex -

    clusiva conta do executante.

    4.8.1.1 A juizo da ferrovia, o soldador responsavel pela solda defeituosa, po -

    de ser desqualificado temporsria ou definitivamente, para OS fins de soldagem,

    Segundo esta Norma.

    4.8.2 A nova solda 6 executada a uma distd^ncia minima de 500 mrr da solda a -

    substituir.

    4.8.2.1 Quando nao for possivel puxar a barra, 6 introduzido urn pedaco de tri -

    lho corn um conrprimento minim0 de 4 m.

    4.8.3 A barra so e trabalhada observada a faixa de temperatura determinada p%

    ra 0 retensionamento.

  • E&833/1979 5

    4.8.4 A porcao de solda, da qua1 resulta solda defeituosa, ainda na"o emprega-

    da pode ser rejeitada, pela fiscali,za$o,caso esta suspeite de sua qualidade.

    4.9 Registro -

    Toda solda efetuada g objet0 de urn registro, no qua1 conste:

    a) executante;

    b) soldador;

    c) data;

    d) posigao da solda em relasa"o 2 via;

    e) temperatura basica do trilho;

    f) temperatura neutra;

    g) resultados das verificacoes e/au ensaios;

    h) observacoes.

    4.10 Defeitos

    4.10.1 A solda e isenta de: __.-

    a) falhas de continuidade na superficie de rolamento dentro da zona -

    fundida, tais coma: poros, defeitos de fusao, traces ou riscos pro-

    vocados durante o torte a frio;

    b) defeitos importantes coma inclusoes de "corindon" ou de areia e mar -

    cas de retracao em particular;

    c) deformacoes importantes das bossagens.

    4.10.2 E completamente interdido efetuar o enchimento de vazios ou outros de-

    feitos da soldagem.

    5.1 0 executante faculta pessoal, maquinas, equipamentos e 0 mais que e neces -

    sari0 a fiscalizacao, sem prejuizo das atividades de soldagem, para fazer pro-

    ceder as inspecoes que entender necessarias, durante quaisquer das fases de e-

    xect@io e de controle de qualidade.

    5.2 Para a devida programacao da inspecao, 0 executante fornece, por escrito. -

    o plano de execucao, mediante antecedencia minima previamente acordada pelas

    partes.

    5 FORMA@0 DA AMOSTRA

    6.1 Para OS fins da alinea h) de 7.1, Go escolhidas 2 juntas soldadas, para

    cada lote de 100 juntas soldadas consecutivamente.

    6.1.1 Para OS fins de 7.1.2, sao escolhidas 2 juntas soldadas, que nao deram

    resultados satisfatorios de dureza.

    6.2 Para a anslise quimica, e observada a NB-427, no que se aplicar.

    6.3 A escolha e procedida pela fiscalizacao.

  • 6 EB-833/1979

    1 ENSAIOS

    7.1 Sao executados, obrigatoriamente, - OS enSaiOS IIeCeSSbriOS s verificagso de:

    a) condicoes geomztricas de todas as juntas soldadas;

    b) desvio entre a media das durezas Brinell, para'todas as amostras de ca-

    da lote, de acordo corn o MB-1131.

    7.1.1 As condigoes geometricas szo verificadas corn rggua metalica de 1000 n ,

    de comprimento, precisgo de 0,l nan e devidamente aferida, estando as barras de

    trilhos, corn junta soldada a controlar, niveladas e alinhadas.

    7.1.2 Para OS fins de 9.2.1.1, k! verificada a composigzo quimica, de acordo

    corn as respectivas normas tknicas brasileiras, sobre todas as amostras do lo -

    te.

    7.2 Sao executados, - facultativamente, OS ensaios necessaries a verificacao de:

    a) entalhe e fratura, de acordo corn o MB-1063;

    b) tracao, de acordo corn o MB-4.

    7.3 AlGm dos ensaios indispensaveis ao controle de qualidade que o executante

    faz rotineiramente, a fiscalizacao faz efetuar ensaios par sua iniciativa e con -

    ta.

    7.4 Quando o executante e a fiscalizacao nao cheguem a urn acordo, quanto aos - -

    resultados do ensaio, prevalece o resultado do ensaio procedido por instituicao

    governamental ou privada, esta escolhida de comum acordo pelas duas partes.

    8 CONOICUES ESPECTFICAS -

    8.1 Geometria -

    A solda e perfeitamente em nivel na superficie de rolamento dos trilhos e sem

    descontinuidade na juncao dos topos.

    8.2 Composi$o quimica -

    A composicao quimica da solda, no material de adicao, 6 especificada pelo forne -

    cedar da porcao de solda, observadas as normas tknicas brasileiras.

    8.3 Dureza Brine11 0 desvio entre a mgdia de dureza Brine11 obtida no eixo do cordao de solda, em

    relacao ;i dureza do trilho, medida a 200 mm do referido cordao, 6 compreendida

    na faixa de mais de 5 HB a mais 40 HB.

    8.4 Garantia

    E dada uma garantia minima de 730 dias a contar da aceitaga"o proviszria.

    8.5 Tolerancias

    Sao admitidas as flexas de + 0,50 mm e - 0,25 mn, medidas no cordao de solda,p&

    ra a superficie:

    a) de rolamento;

    b) lateral do boleto.

  • EB-833/1979 7

    2 ACEITACRO E REJEICAO

    y.1 Go aceitas as soldas que estejam de acordo corn esta Norma.

    9.2 Sao rejeitadas as soldas que nao satisfasam a esta Norma. -

    9.2.1 0 lote rejeitado, em decorrencia de 7.3 G'objeto de reensaio, sendo -

    aceito case todos OS resultados atendam 7.3. e rejeitado em case contrario.

    9.2.1.1 Persistindo a rejei@o ap6s o reensaio, a aceita$ao ou rejei$io fica

    a critgrio da fis&liza$o e se da' de acordo corn OS resultados da verificaCIo

    de 7.2.

    9.3 A aceita$o 6:

    a) provishia, atendidas as exigsncias desta Norma;

    b) definitiva, quando concluido o prazo de garantia, seni que ocorra qua] -

    quer anotmalidade corn as soldas.

    9.3.1 A aceitacao pro&s&-ia, 6 mediante termo assinado entre executante e

    fiscaliza@jo.

    9.3.2 A aceita$o definitiva, 6 automatica, uma vez atendida a alinea b) de

    9.3.

    9.3.3 A anormalidade verificada corn a solda no prazo de garantia implica na

    rejei$o da mesma, para todos OS fins desta Norma, inclusive na anulacao da

    aceitaG50 provisoria.

    9.3.3.1 Neste case, a juizo da fiscaliza$ao, novo process0 de verificacao po

    de ser estabelecido, observada esta Norma.

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