Abende Parte II Nov
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1
Daniel Rodrigues ABENDI Nivelamento N3 - 2011
Programa Parte I
1. tomos, ligao metlica e estrutura cristalina;
2. Imperfeies cristalinas, discordncias, definio de resistncia mecnica e
de deformao plstica;
3. Mecanismos de endurecimento e ligas metlicas;
4. Propriedades dos materiais (ensaio de trao, modos de fratura, ensaio de
impacto e fadiga dos metais);
5. Solidificao dos metais
6. Siderurgia, diagrama Fe-Fe3C.
Parte II
7. Conformao: laminao, forjamento. Descontinuidades oriundas dos
processos de conformao;
8. Tratamentos trmicos dos aos: decomposio da austenita, recozimento,
tmpera, gerao de trincas de tmpera e revenimento;
9. Fundio: solidificao e processos de fundio. Descontinuidades oriundas
dos processos de fundio;
10. Metalurgia do p: produtos sinterizados;
11. Tratamentos de superfcie: tratamentos termoqumicos e metalizao;
12. Soldagem
Daniel Rodrigues ABENDI Nivelamento N3 - 2011
Tratamentos trmicos dos aos
Introduo
Fornos para Tratamentos Trmicos
Diagramas Fe-C e Tratamentos Trmicos
Diagramas TTT
Temperabilidade
Recozimento; Normalizao, Tmpera e Revenimento
Trincas de Tratamento Trmico
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2
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues
Introduo
Os tratamentos trmicos so definidos como qualquer conjunto de operaes de aquecimento e
resfriamento, sob condies controladas de
temperatura, tempo, atmosfera e velocidade de
resfriamento, com o objetivo de alterar as
propriedades mecnicas de um material ou conferir-
lhes caractersticas pr-determinadas.
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues
Objetivos envolvem:
1. Remoo de tenses residuais decorrentes de processos de
solidificao, de conformao, de tratamentos trmicos ou de
soldagem;
2. Refino da microestrutura (diminuio ou homogeneizao do
tamanho de gro);
3. Aumento da resistncia mecnica ou de dureza (e conseqente
reduo da ductilidade e tenacidade).
4. Aumento da ductilidade e da usinabilidade (como consequncia
da reduo da resistncia mecnica e da dureza);
5. Aumento da tenacidade (resistncia ao impacto);
6. Aumento da resistncia a corroso;
7. Modificao de propriedades eltricas e/ou magnticas e
8. Remoo de gases aps operaes de recobrimento por meio
de processos galvnicos (desidrogenao).
Introduo
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3
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues
Introduo
Ciclo de tratamento trmico
Temperatura do
tratamento
trmico
tempo
Taxa de
aquecimento
Tempo de
permanncia ou
encharque (tp)
Resfriamento
contnuo ou
isotrmico
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues
Fornos para tratamentos trmicos
Fornos do tipo cmara com
aquecimento resistivo
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4
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues
Fornos para tratamentos trmicos
Fornos do tipo cmara com
aquecimento por maaricos
Forno tipo cmara para 600 t de ao
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues
Fornos para tratamentos trmicos
Fornos do tipo banho de sal
com aquecimento resistivo
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5
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues
Fornos para tratamentos trmicos
Fornos contnuos de atmosfera controlada
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues
Fornos para tratamentos trmicos
Fornos tipo soleira de atmosfera controlada
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6
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 11
Fornos para tratamentos trmicos
Fornos do tipo sino de atmosfera controlada
Fornos pra recozimento de bobinas de ao laminadas a frio
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 12
Tratamentos trmicos dos aos
Os tratamentos trmicos abordados neste curso sero:
Recozimento
Tmpera e
Revenimento.
Diminuio da dureza; aumento de
usinabilidade; normalizao do tamanho
de gro
Aumento de dureza e de
resistncia mecnica
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Daniel Rodrigues ABENDI Nivelamento N3 - 2011
Diagramas TTT
Construo dos diagramas
Formao da perlita
Formao da martensita
Formao da bainita
Temperabilidade
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues
Construo dos diagramas
As curvas de transformao isotrmica de um ao so construdas partindo-se de diversos corpos-de-prova
austenitizados em temperaturas superiores a 723C.
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8
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues
Construo dos diagramas
Para uma determinada temperatura de transformao, resfria-se um conjunto de corpos-de-prova em um
banho de sal mantido nesta temperatura.
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues
Construo dos diagramas
Os corpos-de-prova so mantidos neste banho por diferentes intervalos de tempo. Aps cada
intervalo, cada um resfriado em gua e
preparado metalograficamente para a observao
da quantidade de austenita transformada naquela
temperatura.
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9
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues
Construo dos diagramas
100% austenita () Austenita () transformao
Transformao
interrompida
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues
Construo dos diagramas
780C 705C
gua
(20C)
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10
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues
Construo dos diagramas
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues
Construo
dos
diagramas
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11
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues
Construo dos diagramas
Diagrama TTT
isotrmico do ao
SAE 1080
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues
Temperabilidade
Temperabilidade a capacidade que o ao
possui de formar martensita.
Esta capacidade pode ser maior ou menor
dependendo da posio das curvas no diagrama
TTT.
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ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues
Temperabilidade
A
M
P
B
727C
T
Tempo [s] 25 50 75
Ao de alta temperabilidade
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues
Temperabilidade
A
M
P
B
727C
T
Tempo [s] 25 50 75
Ao de baixa temperabilidade
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ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues
Temperabilidade
Efeito dos
elementos de liga:
Efeito do C
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues
Temperabilidade
ensaio jominy
Filmes/Tratamentos_trmicos/meio_tmpera/10mmS45CkeyPAG.mpeg
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ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues
Temperabilidade
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues
Temperabilidade
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ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 29
Recozimento
Objetivos primrios:
Reduzir a resistncia mecnica, visando-se aumentar a usinabilidade, a ductilidade e a
tenacidade.
Objetivos secundrios:
Recristalizar a microestrutura resultante de conformao a frio e
regularizar a microestrutura bruta de fundio.
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 30
Recozimento
Microestrutura obtida:
Perlita grossa + ferrita pr-eutetide para aos hipoeutetides;
Perlita grossa em ao eutetide e
Perlita grossa + cementita pr-eutetide para aos hipereutetides.
-
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ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 31
Recozimento
Existem diversos tipos de recozimento tipos de recozimento:
Recozimento para recristalizao;
Recozimento pleno
Recozimento isotrmico
Recozimento para esferoidizao
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 32
Recozimento pleno
Procedimento:
Aquecimento at o campo austentico, seguido de resfriamento lento dentro do forno
(resfriamento contnuo da austenita com a taxa
de resfriamento imposta pelo forno).
-
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ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 33
Recozimento pleno
Ao 1080
723C
T [C]
tempo
Resfriamento no
forno
Microestrutura austentica
780C Tp = 0,25 .e [h]
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 34
Perlita
grossa
Recozimento pleno
Ao eutetide
SAE 1080 PG
PF
-
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ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 35
Recozimento pleno
Ao hipoeutetide
SAE 4340
Ferrita + perlita
grossa
500 x
PG
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 36
Recozimento isotrmico
Procedimento:
Aquecimento at o campo austentico, seguido de resfriamento at a temperatura de formao
de perlita grossa. Permanncia nesta
temperatura at transformao isotrmica total.
Aps a transformao o resfriamento ,
normalmente, realizado ao ar at a temperatura
ambiente.
-
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ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 37
Recozimento isotrmico
Ao 1080
Campo austentico
T [C]
tempo
Microestrutura
austentica
Resfriamento
em banho de sal
Permanncia na isoterma at o
final da transformao em
perlita grossa
Resfriamento em qualquer meio
723C
780C
650C
Tp = 0,25 .e [h]
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 38
Recozimento isotrmico
Perlita
grossa
Ao eutetide
SAE 1080
1000 x
PF
PG
BS
BI
M
-
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ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 39
Recozimento isotrmico
Ao hipoeutetide
SAE 4340
austenita
Ferrita + perlita grossa 5,5 h
500 x
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 40
Recozimento isotrmico
COMPARAO COM O RECOZIMENTO PLENO:
so necessrios dois fornos para o
tratamento, um deles do tipo banho de
sal,
a microestrutura final do recozimento
isotrmico mais uniforme que no
recozimento pleno, isto no apresenta
variaes entre a superfcie e o ncleo e
O ciclo de tratamento mais rpido.
-
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ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 41
A esferoidizao tem como objetivo alterar a morfologia da cementita (Fe3C) de lamelar para
esferoidal. A microestrutura formada apresenta os
valores mximos de ductilidade e usinabilidade e os
valores mnimos de resistncia para um dado ao.
pode-se aquecer a uma temperatura logo acima da zona
crtica seguido de resfriamento lento;
aquecimento prolongado logo abaixo da zona crtica ou
aquecimento e resfriamento alternado acima e abaixo da
zona crtica (mais usado).
Recozimento para esferoidizao
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 42
Recozimento para esferoidizao
Ao 1080
T [C]
tempo
austenita
Austenita transforma-
se em perlita
Perlita transforma-se em
austenita
727C
-
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ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 43
Recozimento para esferoidizao
Ao eutetide
SAE 1080
Perlita esferoidizada T [C]
tempo
Austenita transforma-
se em perlita
Perlita transforma-se em
austenita
500 x
727C
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 44
Recozimento para esferoidizao
Ao hipoeutetide
SAE 1040
Ferrita + Perlita esferoidizada
1000 x
T [C]
tempo
Austenita transforma-
se em perlita
Perlita transforma-se em
austenita
727C
-
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ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 45
Recozimento para esferoidizao
Perlita grossa
Dureza: 241 HB
Perlita parcialmente esferoidizada
Dureza: 180 HB
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 46
Recozimento para esferoidizao
A vida da ferramenta passou de 8 minutos para 123 minutos (tempo entre operaes de afiao da
ferramenta).
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ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 47
Normalizao
Objetivos primrios:
Refinar (reduzir o tamanho) e homogeneizar o tamanho de gro de produtos fundidos ou
conformados a quente;
Objetivos secundrios:
Nos casos em que a microestrutura inicial mais dura que a perlita fina, a normalizao promover
aumento da ductilidade e melhoria da usinabilidade.
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 48
Normalizao
Procedimento:
Aquecimento at o campo austentico e resfriamento contnuo, retirando-se a pea do
forno e deixando-a resfriar ao ar calmo.
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ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 49
Normalizao
Microestrutura obtida:
Perlita fina + ferrita pr-eutetide para aos hipoeutetides;
Perlita fina em ao eutetide ou
Perlita fina + cementita pr-eutetide para aos hipereutetides.
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 50
Normalizao
Ao 1080
Campo austentico
723C
T [C]
tempo
Resfriamento ao
ar
Microestrutura
austentica
780C Tp = 0,25 .e [h]
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ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 51
Normalizao
Ao eutetide
SAE 1080:
Perlita fina
Perlita fina
1000 x
PF
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 52
Normalizao
Ao hipoeutetide
SAE 4340
Ferrita + perlita
fina
500 x
-
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ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 53
Normalizao
No resfriamento, o
surgimento da ferrita (do
campo + ) divide os
gros de autenita
T [C]
tempo
Resfriamento ao ar
No aquecimento, o
surgimento da
austenita (do campo
+ ) divide os gro
de perlita
SAE 1050
campo +
Gros grosseiros de ferrita e
perlita Gros finos de ferrita e
perlita
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 54
Tmpera
Objetivo:
Aumento da dureza, resistncia mecnica (limites de escoamento e resistncia) e
resistncia ao desgaste.
A ductilidade e a tenacidade dos aos temperados so nulas.
-
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ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 55
Tmpera
Procedimento:
Aquecimento at o campo austentico, seguido de resfriamento rpido em salmoura, gua,
leo ou ar forado.
Os resfriamentos da superfcie e do ncleo da pea devem ultrapassar as linhas de incio (Mi)
e de final (MF) de transformao martenstica.
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 56
Tmpera
Microestrutura obtida:
100% de martensita com dureza entre 60 HRC e 67 HRC.
A martensita uma soluo slida supersaturada em carbono com reticulado TCC (tetragonal de
corpo centrado) de elevada dureza, tenacidade e
ductilidade nulas.
A martensita no empregada na forma pura, somente aps um tratamento de revenimento,
formando a martensita revenida.
-
29
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues
57
Tmpera
723C
T [C]
tempo Ao 1040
Resfriamento
rpido abaixo de
Mf
Microestrutura
austentica
Campo
austentico
860C
Aos hipoeutetides
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 58
Tmpera
Ao hipoeutetide SAE
4340
Martensita
500 x
M (fim)
-
30
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 59
Tmpera
Os aos para tmpera devem apresentar teores de carbono acima de 0,4%.
Os aos com teores inferiores 0,4%C temperados apresentam microestrutura
martenstica, entretanto, esta no apresenta
dureza elevada devido s pequenas diferenas
entre os parmetros a e c da estrutura TCC
resultante.
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 60
Tmpera
No resfriamento lento da austenita:
+Fe3C
Ferrita e cementita
-
31
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 61
Tmpera
No resfriamento rpido da austenita:
Martensita
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 62
Tmpera
Nos aos de construo mecnica, o teor de carbono varia entre
0,40% e 0,80%. O teor de carbono determina a dureza da
martensita.
-
32
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 63
Meios de resfriamento severos, que impem elevadas taxas de resfriamento, promovem
elevados gradientes de temperatura entre
superfcie e ncleo do componente, isto
aumenta as tenses residuais, distores e a
tendncia trinca de tmpera.
Tmpera
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 64
Tmpera em gua
Os valores mais elevados de dureza (processo mais eficiente) so obtidos por meio de imerso,
mantendo-se a temperatura da gua entre 15 e
25C e agitao com velocidades superiores 0,25
m/s.
A temperatura, agitao e quantidade de contaminantes da gua ou o teor de aditivos so
parmetros controlados periodicamente.
-
33
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 65
Tmpera em gua
Comparativo
Reteno de vapor durante a tmpera
em gua de uma
engrenagem
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 66
Tmpera em leo
O leo o meio mais utilizado nos aos de construo mecnica (aos mdio
carbono e aos liga).
Todos os leos de tmpera tm como base os leos minerais derivados de
petrleo, normalmente, leos parafnicos.
-
34
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 67
A variao volumtrica resultante da
transformao
martenstica depende,
predominantemente,
do teor de C contido
no ao.
Trincas de tmpera
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 68
Trincas de tmpera
Camada superficial
de martensita
Ncleo de austenita
t
-
35
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 69
Trincas de tmpera
Gnese
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 70
A gnese das trincas de tmpera pode ser resumida em:
forma-se uma camada inicial de martensita;
com o resfriamento, as camadas de austenita sub-superficiais sofrem a transformao martenstica com um atraso em relao a camada inicial;
estas transformaes posteriores (com expanso volumtrica) impem tenses de trao sobre a camada inicial, que pode resultar em trincas, se estas tenses ultrapassarem o limite de resistncia.
Trincas de tmpera
Gnese
-
36
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 71
Revenimento
O revenimento um tratamento trmico destinado aos aos previamente temperados ou
martemperados (microestrutura martenstica),
com o objetivo principal de aumentar a
ductilidade e a tenacidade.
realizado em temperaturas inferiores 723C com tempos de durao e velocidades de
resfriamento controladas.
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 72
Revenimento
Tem
pera
tura
tempo
Tmpera Revenimento
austenita
martensita martensita revenida
trev = 1h
Trev = definida
pela dureza final
-
37
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 73
Revenimento
As variveis que controlam a microestrutura e as propriedades mecnicas dos aos temperados
so:
Composio do ao, incluindo teor de C, elementos
de liga e impurezas;
Temperatura de revenimento;
Tempo na temperatura de revenimento.
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 74
Referncias
1) Callister, W. D. MATERIALS SCIENCE AND ENGINEERING An
Introduction John Wiley & Sons 5th edition 1999
2) The Making, Shaping and Treatmet of steel USS
3) Thelning K. E. Steel and its heat treatement 2nd edition 1984
Filmes/Tratamentos_trmicos/meio_tmpera/10mmS45CkeyPAG.mpeg
-
38
Daniel Rodrigues ABENDI Nivelamento N3 - 2011
Processos de conformao de
metais
Daniel Rodrigues
Classificao e definies quanto conformao
Conformao a frio
Recozimento para recristalizao na conformao a frio
Processos de conformao a frio
Conformao a quente
Processos de conformao a quente
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 76
Classificao quanto conformao dos metais
-
39
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 77
PLACAS BLOCOS TARUGOS
Acima de 500 mm 50 a 600 mm
15 a 200 mm
5 a 30 mm
25 a 100
mm
3 a 8
mm
5 a 30mm
Finos: 1,2 a
0,12 mm
Grossos: 7,6
a 1,5 mm
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 78
Os processos de conformao mecnica visam transformar as pr-formas fundidas (lingotes, placas, blocos e tarugos)
em um nmero elevado de produtos para a construo
mecnica (chapas, barras, tubos e arames) sem que ocorra
a retirada de massa (usinagem).
A deformao plstica resultante dos processos de conformao mecnica ocorre sob volume constante, assim
uma reduo de espessura sempre acompanhada por um
aumento no comprimento.
Metais policristalinos monofsicos constitudos por gros equiaxiais possuem microestrutura e propriedade
isotrpicas, ou seja, so iguais em todas as direes.
Conformao de metais
-
40
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 79
Com a deformao, os gros alongam-se tornando a microestrutura e as propriedades
mecnicas anisotrpicas, ou seja, as
propriedades variam de acordo com o sentido
da conformao mecnica.
Conformao de metais
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 80
Os produtos fundidos, geralmente, apresentam vazios de contrao (rechupes) e/ou porosidades
decorrentes de gases dissolvidos no metal.
Se as superfcies destas cavidades estiverem limpas (isentas de xidos), elas podero ser
fechadas por meio do caldeamento (soldagem por
presso) imposta pelo trabalho mecnico.
Conformao de metais
-
41
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 81
Em descontinuidades no abertas superfcie o
caldeamento total e a
localizao da regio
caldeada muito difcil.
(a)- ao acalmado (Al)
(b)- ao balanceado
(c)- ao efervecente
Conformao de metais
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 82
Como resultado da operao mecnica, as partculas de segunda fase e incluses, tendero
a assumir uma forma e uma distribuio que
correspondem aproximadamente deformao do
metal.
Os processos de conformao mecnica provocam a formao de um "fibramento" na microestrutura
dos metais e ligas. Este "fibramento" ser
formado pelo alinhamento de fases e / ou
incluses na direo de conformao.
Conformao de metais
-
42
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 83
Fibramento em componentes forjados de ao.
Conformao de metais
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 84
Conformao de metais
Os processos de conformao mecnica de metais so classificados em duas
categorias:
Conformao a frio (abaixo da temperatura
de recristalizao e
Conformao a quente (acima da
temperatura de recristalizao).
-
43
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 85
Os processos de conformao a frio produzem encruamento.
O encruamento o resultado de restries de
movimentao de
discordncias provocadas por
elas prprias (superpopulao
de discordncias).
O encruamento promove um aumento de resistncia
mecnica (limite de
escoamento, limite de
resistncia e dureza) e uma
reduo drstica de
ductilidade (alongamento) e
tenacidade (resistncia ao
impacto.)
Conformao a frio
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 86
Conformao a frio
30% de deformao 44% de deformao
Formao de florestas de discordncias contendo 109 mm-2
(1000 km de discordncias em 1 mm3 de material) caractersticas do
encruamento resultante da deformao a frio.
MET 60.000 x
-
44
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 87
Conformao a frio
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 88
O recozimento consiste em um aquecimento do metal deformado a uma
temperatura acima de temperatura de
recristalizao (em geral, entre 1/2 e 1/3
da temperatura de fuso absoluta em K),
normalmente seguido de resfriamento
lento (no interior do forno).
Conformao a frio
Recristalizao
-
45
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 89
Conformao a frio
Recristalizao
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 90
Determinao da temperatura de recristalizao em amostras de lato 70-30 encruado.
Conformao a frio
Recristalizao
-
46
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 91
O tratamento trmico de recozimento produzir novos gros contendo uma menor densidade de
discordncia (cerca de 103 mm-2). O processo de
recozimento divido em trs etapas:
recuperao,
recristalizao e
crescimento de gro.
Conformao a frio
Recristalizao
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 92
Processos de
recuperao,
recristalizao e de
crescimento de gro
envolvidos no
recozimento.
Note que o
crescimento de gro
uma ocorrncia
indesejvel no produto
e evitado pela
interrupo do
tratamento logo aps a
recristalizao.
Resfriamento no forno
-
47
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 93
Conformao a frio
Recristalizao
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 94
Processos de conformao a frio
Sero discutidos os seguintes processo de conformao a frio:
Laminao a frio de chapas;
Trefilao de arames;
Trefilao de tubos;
Estiramento, estampagem e cunhagem;
Hidroforming.
-
48
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 95
Processos de
Conformao de metais
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 96
Laminador de tiras a frio
Conformao a frio
-
49
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 97
Laminador de tubos costurados
Laminador de tubos com costura:
Tubos com dimetro interno entre 10 e 114 mm e espessura de parede
entre 2 e 5 mm
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 98
Laminador Sendzimir
Arranjo 1-2-3-4
com 20
cilindros
Folhas de ao
inox e ao-Si
t = 5 a 50 mm
tol = 1 a 5 mm
-
50
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 99
Laminador seqencial de perfis
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 100
Laminador Sendzimir
Cartuchos inseridos
hidraulicamente
-
51
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 101
Laminador Mandrilhador
Mannesman
Tubos com
dimetro interno
entre 57 e 426 mm,
com espessura
entre 3 e 30 mm
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 102
Trefilao
Trefilao de fio-mquina
A trefilao um processo de conformao
mecnica, normalmente realizado a frio em produtos
de seo circular (barras, tubos e arames).
-
52
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 103
Trefilao
Trefilao de tubos e barras
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 104
A chapa no presa, assim, parte do material
arrastado para o interior da matriz, ou seja,
algumas regies da chapa no apresenta
deformao plstica significativa
Estampagem
-
53
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 105
Estampagem
Na produo de componentes
estampados sempre
existe uma combinao
entre repuxo e
estampagem e outras
operaes como corte,
dobra etc.
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 106
Estiramento
-
54
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 107
Estiramento
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 108
Exemplos
-
55
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 109
Exemplos
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 110
Exemplos
-
56
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 111
Cunhagem
A cunhagem um processo de conformao a frio destinado a produtos com impresses
superficiais, como moedas, medalhas e
chaves.
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 112
Hydroforming
-
57
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 113
Conformao a quente
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 114
Laminador de tiras a quente
Conformao a quente
-
58
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 115
Conformao a quente
Nos processos de conformao a quente, a
deformao plstica
realizada acima da
temperatura de
recristalizao.
O metal deformado recristaliza-se
imediatamente e no
ocorre o encruamento.
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 116
Conformao a quente
Recristalizao durante a
conformao
mecnica a
quente.
-
59
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 117
Conformao a quente
Os processos de conformao a quente so caracterizados pelo emprego de tenses de
compresso menores, ausncia de encruamento no
produto e alta ductilidade da liga na temperatura de
conformao.
Por outro lado, os produtos apresentam superfcies contendo carepa, resultante da oxidao do metal
em alta temperatura e tolerncias dimensionais mais
abertas.
A caracterstica mais relevante dos produtos conformados a quente o seu elevado grau de
sanidade interna e anisotropia.
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 118
Forjamento
O forjamento consiste na alterao da forma de um metal por meio de
prensagem ou de martelamento.
A maioria das operaes de forjamento realizada a quente, entretanto certas ligas
podem ser forjadas a frio.
-
60
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 119
Forjamento
Empregam-se duas classes de equipamentos para o forjamento:
o martelo ou martelete de forjamento, que aplica
golpes de impacto rpidos sobre a superfcie do
metal (velocidades entre 3,0 e 20 m/s) e
prensas hidrulicas ou mecnicas de forjamento,
que submetem a liga a foras compressivas
aplicadas com velocidade lenta (velocidades entre
0,06 a 1,5 m/s).
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 120
Forjamento
O forjamento pode ser apresentado em duas variantes:
forjamento livre e
forjamento em matriz fechada.
-
61
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 121
Forjamento livre
Forjamento livre em prensa hidrulica Forjamento de anis
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 122
Forjamento em matriz fechada
No forjamento em matriz fechada, a pea deformada entre duas metades de matriz
que do a forma desejada ao metal, sendo
possvel obter tolerncias dimensionais mais
estreitas que no processo de forjamento
livre.
O equipamento mais usado a prensa de queda livre (drop hammer)
-
62
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 123
Forjamento em matriz fechada
O equipamento mais usado o martelo de queda livre (drop
hammer).
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 124
Forjamento em matriz fechada
-
63
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 125
Laminao de chapas
O processo de deformao plstica dos metais no qual o material passa entre
rolos conhecido como laminao.
Na laminao, o metal submetido a elevadas tenses de compresso,
resultantes da ao de prensagem dos
rolos, e tenses cisalhantes superficiais,
resultantes da frico entre os rolos e o
material.
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 126
Laminao de chapas
Tipos de laminadores
-
64
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 127
Laminao de chapas
Laminador de tiras a quente
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 128
Laminao de chapas
Laminador de tiras a quente
-
65
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 129
Laminao de perfis
A laminao de perfis visa produzir produtos com diferentes sees (trilhos,
barras quadradas, sextavadas, vigas
estruturais, cantoneiras).
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 130
Laminao de perfis
Esquema de passes necessrios para a laminao de um trilho ferrovirio.
-
66
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 131
Trefilao
Trefilao de tubos e barras
A trefilao um processo de conformao mecnica,
normalmente realizado a frio em produtos de seo
circular (barras, tubos e arames).
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 132
Trefilao
Trefilao de fio-mquina
-
67
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 133
Extruso
A extruso caracterizada pela deformao plstica de pr-formas pela ao de tenses de
compresso. Como no envolve tenses de
trao, possvel elevadas taxas de deformao e
a conformao de metais frgeis.
O processo de extruso apresenta as seguintes variantes:
Extruso convencional
Extruso inversa
Extruso combinada
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 134
Extruso
Extruso convencional
-
68
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 135
Extruso
Extruso inversa
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 136
Extruso
Produtos extrudados
-
69
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 137
Referncias
1) Callister, W. D. MATERIALS SCIENCE AND ENGINEERING An
Introduction John Wiley & Sons 5th edition 1999
2) The Making, Shaping and Treatmet of steel USS
3) Thelning K. E. Steel and its heat treatement 2nd edition 1984
Daniel Rodrigues ABENDI Nivelamento N3 - 2011
Processos de fundio
Introduo
Fundio em areia
Fundio em coquilha
Fundio sob presso
Fundio de preciso
Defeitos dos fundidos
-
70
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 139
Processos de fundio
Exemplos de componentes
fundidos
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 140
Processos de fundio
Os moldes ditos permanentes, fabricados em materiais metlicos, so os preferidos para
grandes produes por minimizarem os custos de
moldagem e permitirem a obteno de excelente
acabamento superficial.
Entretanto, o custo do ferramental elevado e torna proibitiva sua aplicao em sries inferiores
a 10000 peas.
-
71
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 141
Processos de fundio
Para sries menores, os processos de areia, gesso e de moldes cermicos so mais indicados.
Entretanto, nestes processos, a menor velocidade
de resfriamento das ligas favorece o
desenvolvimento de microestruturas grosseiras e
o aumento do volume de microporosidades,
prejudicando a qualidade metalrgica dos
componentes.
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 142
Processos de fundio
Alm do material de moldagem, importante diferenciar os processos de fundio pela
forma de vazamento do metal, podendo ser:
por gravidade;
contra a gravidade com baixa presso e
sob alta presso.
-
72
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 143
Processos de fundio
Os processos de fundio mais importantes so:
Fundio em areia
Fundio em coquilha
Fundio sob baixa presso
Fundio sob alta presso (injeo)
Fundio de preciso
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 144
Fundio em areia
O processo de fundio em areia emprega como material de moldagem a areia de slica aglomerada com:
Bentonita (areia a verde)
Resinas sintticas de cura a frio
Resinas sintticas de cura a quente (shell molding)
-
73
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 145
Fundio em areia
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 146
Fundio em areia
-
74
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 147
Fundio em areia
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 148
Fundio em coquilha
Os moldes metlicos apresentam algumas vantagens sobre a fundio em moldes de areia. As principais so:
melhor acabamento superficial,
melhores tolerncias dimensionais;
permitem reduzir a sobre-metal de usinagem;
melhor qualidade microestrutural (e mecnica) devido a maior velocidade de resfriamento ;
menor necessidade de operaes de limpeza e rebarbao dos fundidos
-
75
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 149
Fundio em coquilha
Este o segundo processo na produo de componentes seriados.
As mquinas coquilhadeiras apresentam um custo bastante inferior s mquinas de injeo, alm de serem mais versteis. O processo em coquilha permite o uso de machos metlicos (acionados por pistes ou cremalheiras) ou machos em areia (como no caso de cabeotes de motor).
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 150
Fundio em coquilha
-
76
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 151
Fundio em coquilha
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 152
Fundio por gravidade em coquilha
Caixa do diferencial fundida em coquilha
(liga A356)
Manga de eixo fundida por gravidade em
coquilha (molde metlico)
-
77
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 153
Fundio por gravidade em coquilha
Cabeote fundido em coquilha
com machos em
Pistes fundidas por gravidade em
coquilha (molde metlico)
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 154
Fundio por gravidade
Coquilha basculante
Coquilha basculante
-
78
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 155
Fundio em coquilha
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 156
Fundio por gravidade
Coquilha basculante
Suportes de motor e cilindro-mestre
fundidos por gravidade em coquilha
basculante
-
79
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 157
Fundio em baixa presso
Este processo emprega coquilhas metlicas com vazamento por baixo, contra a gravidade, por meio de um tubo de
alimentao (pescador). As presses de 0,5 kgf/cm2 a 1,5
kgf/cm2 so aplicadas por meio de ar comprimido,
preferencialmente, contendo baixa umidade.
O processo da baixa presso foi desenvolvido especialmente para a fabricao de rodas automotivas,
principalmente devido sua geometria. Hoje seu emprego
expandiu-se para outros componentes automotivos (braos
e bandejas de suspenso) ou aeroespaciais.
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 158
Fundio em baixa presso
Roda A356 fundida pelo processo de
baixa presso
Cabeote fundido pelo processo de baixa
presso
-
80
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 159
Fundio em baixa presso
T4 T3
T2
T1 gua 2
gua 1
Ar 1
Ar 3 Ar 2
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 160
Fundio em baixa presso
Mquinas de baixa presso
-
81
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 161
Fundio sob alta presso
(injeo)
O processo de fundio sob presso o mais usado na produo de peas fundidas em alumnio.
Como a velocidade de preenchimento elevada, o processo permite a produo de peas de paredes finas, com geometria complexa e com dimenses prximas s finais.
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 162
Fundio sob alta presso
(injeo)
As mquinas de injeo mais comuns so do tipo cmara fria operando ao lado de um forno de espera, aquecido por meio de resistncias eltricas.
O sistema de vazamento (por meio de conchas) pode ser manual ou automatizado.
-
82
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 163
Fundio sob alta presso
(injeo)
A presso de injeo fica entre 100 a 200 atmosferas (103 a 206 kgf/cm2)
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 164
Fundio sob alta presso
(injeo)
Exemplos de componentes
injetados
-
83
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 165
Fundio sob alta presso
(injeo)
Exemplos de componentes
injetados
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 166
Fundio sob presso (injeo)
-
84
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 167
Fundio sob presso (injeo)
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 168
Fundio sob presso
(semi-slida)
flauta de injeo fundida por injeo
semi-slida
-
85
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 169
Fundio de preciso
(cera perdida)
O molde composto por camadas sucessivas de lama cermica, normalmente base de zirconita e slica coloidal, e material refratrio particulado (estuque).
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 170
Fundio de preciso
(cera perdida)
Exemplos de fundidos de preciso
-
86
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 171
Fundio de preciso
(cera perdida)
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 172
Fundio de preciso
(cera perdida)
-
87
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 173
Fundio de preciso
(cera perdida)
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 174
Fundio de preciso
(cera perdida)
-
88
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 175
Fundio de preciso
(cera perdida)
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 176
Fundio de preciso
(cera perdida)
-
89
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 177
Rechupes
Os rechupes decorrem da contrao lquido-
slido da liga.
O projeto de alimentao deve
prever as regies mais
propensas rechupe.
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 178
Rechupes
Os defeitos de rechupe so sistemticos, ou seja, ocorrem na mesma posio do fundido, que normalmente, uma regio de maior massa, isolada da alimentao do massalote.
A ao corretiva a alterao das passagens, visando alimentar a regio de rechupe.
-
90
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 179
Rechupes
Diversas intensidades de rechupes
observados por meio
de raios-X.
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 180
Microporosidades
Microporosidades dispersas homogeneamente pelo fundido (decorrentes do elevado teor de hidrognio).
-
91
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues 181
Daniel Rodrigues ABENDI Nivelamento N3 - 2011
Metalurgia do P Processos e Produtos sinterizados
O processo e sua aplicao
Produo e caracterizao de ps metlicos
Compactao e Sinterizao
Produtos Sinterizados
-
92
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues
Exemplos de peas produzidas por metalurgia do p.
METALURGIA DO P PROCESSOS E PRODUTOS SINTERIZADOS
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues
METALURGIA DO P PROCESSOS E PRODUTOS SINTERIZADOS
-
93
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues
METALURGIA DO P PROCESSOS E PRODUTOS SINTERIZADOS
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues
METALURGIA DO P PROCESSOS E PRODUTOS SINTERIZADOS
-
94
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues
Caractersticas gerais do Processo Metalurgia do P.
METALURGIA DO P PROCESSOS E PRODUTOS SINTERIZADOS
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues
Nichos onde atua a Metalurgia do P.
METALURGIA DO P PROCESSOS E PRODUTOS SINTERIZADOS
-
95
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues
METALURGIA DO P PROCESSOS E PRODUTOS SINTERIZADOS
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues
mtodos fsico-qumicos
mtodos eletroqumicos
processos mecnicos
atomizao
PROCESSOS DE PRODUO DE PS METLICOS
METALURGIA DO P PROCESSOS E PRODUTOS SINTERIZADOS
-
96
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues
Fluxograma do processo de produo de ferro carbonila atravs de decomposio a partir de gs.
O Processo Carbonila
METALURGIA DO P PROCESSOS E PRODUTOS SINTERIZADOS
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues
O Processo Carbonila
a) Aspecto de seo do p de ferro carbonila e
b) Aspecto morfolgico e topogrfico do mesmo p.
METALURGIA DO P PROCESSOS E PRODUTOS SINTERIZADOS
-
97
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues
Reduo
Figura 2.2.2 Aspecto tpico para p de ferro reduzido.
METALURGIA DO P PROCESSOS E PRODUTOS SINTERIZADOS
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues
Hidretao
Micrografia eletrnica de p
de Ti aps desidretao.
Classificado entre 100 e 200#.
METALURGIA DO P PROCESSOS E PRODUTOS SINTERIZADOS
-
98
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues
Ilustrao de capacitores
de Nb. Aps produopor HdH,
p compactado, anodizado e
ento o eletrodo de MnO2
introduzido.
Hidretao
Micrografia eletrnica de
p de Ti aps desidretao.
100 - 200#.
Nb sinterizado - capacitor.
METALURGIA DO P PROCESSOS E PRODUTOS SINTERIZADOS
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues
P eletroltico
Formao de p metlico (ferro) em clula
eletroltica. O material do anodo dissolvido, depositando-se no
catodo. Uma diferena de potencial externa ativa o processo. Depois
da deposio, o depsito formado no catodo lavado, seco, modo,
classificado e recozido.
P de cobre obtido pelo mtodo eletroltico.
METALURGIA DO P PROCESSOS E PRODUTOS SINTERIZADOS
-
99
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues
Moagem
Esquema de moinho de bolas.
Vista de moinho de bolas usado industrialmente.
METALURGIA DO P PROCESSOS E PRODUTOS SINTERIZADOS
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues
Moagem
Esquema de moinho atritor.
Moinho atritor de laboratrio.
METALURGIA DO P PROCESSOS E PRODUTOS SINTERIZADOS
-
100
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues
Atomizao
Processo de atomizao a gua e seus principais parmetros.
METALURGIA DO P PROCESSOS E PRODUTOS SINTERIZADOS
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues
Atomizao
Planta de laboratrio de atomizao a gua (IPT).
METALURGIA DO P PROCESSOS E PRODUTOS SINTERIZADOS
-
101
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues
Atomizao
Detalhe do bocal de atomizao a gua.
METALURGIA DO P PROCESSOS E PRODUTOS SINTERIZADOS
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues
Atomizao
Esquema de arranjo para atomizao a gs. Detalhe da desintegrao durante
atomizao a gs. O filete de metal
lquido primeiramente subdividido em
placas, e posteriormente em ligamentos,
elipsides, e finalmente esferas.
METALURGIA DO P PROCESSOS E PRODUTOS SINTERIZADOS
-
102
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues
Atomizao
Foto de atomizador a gs do IPT.
METALURGIA DO P PROCESSOS E PRODUTOS SINTERIZADOS
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues
Atomizao
Esquema de atomizao horizontal, empregada no caso de metais de
baixo ponto de fuso.
METALURGIA DO P PROCESSOS E PRODUTOS SINTERIZADOS
-
103
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues
Atomizao
Esquema de atomizao por depresso.
METALURGIA DO P PROCESSOS E PRODUTOS SINTERIZADOS
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues
Atomizao
Comparao entre p atomizado a gs (ao maraging) a gua (ao inoxidvel).
METALURGIA DO P PROCESSOS E PRODUTOS SINTERIZADOS
-
104
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues
Atomizao
Atomizao por centrifugao.
METALURGIA DO P PROCESSOS E PRODUTOS SINTERIZADOS
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues
Atomizao
Esquema de spray-forming.
METALURGIA DO P PROCESSOS E PRODUTOS SINTERIZADOS
-
105
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues
Atomizao
Comparao entre processos de fabricao de ps.
METALURGIA DO P PROCESSOS E PRODUTOS SINTERIZADOS
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues
Atomizao
Ps obtidos por diferentes processos.
METALURGIA DO P PROCESSOS E PRODUTOS SINTERIZADOS
-
106
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues
Esquema de quarteador para amostragem.
Dispositivo de amostragem de ps.
Amostragem
METALURGIA DO P PROCESSOS E PRODUTOS SINTERIZADOS
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues
Morfologia
O que define basicamente
a morfologia das partculas
o processo utilizado.
Assim se, por exemplo,
moagem caracterizada
por partculas angulares,
uma atomizao a gs
reconhecidamente
empregada quando se
objetiva obter partculas
esfricas
Possveis morfologias para ps metlicos
METALURGIA DO P PROCESSOS E PRODUTOS SINTERIZADOS
-
107
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues
Morfologia
Ps obtidos por diferentes processos - diferentes aspectos morfolgicos
METALURGIA DO P PROCESSOS E PRODUTOS SINTERIZADOS
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues
Granulometria
Dimenses para uma partcula como a
apresentada na figura podem ser definidas por
exemplo pelo dimetro de um circunferncia
qual a partcula est circunscrita ou pelo
dimetro de uma circunferncia de mesma
rea projeta da partcula. O que ir definir o
dimensionamento o tipo de medida utilizado
Duas maneiras de dimensionar uma partcula.
METALURGIA DO P PROCESSOS E PRODUTOS SINTERIZADOS
-
108
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues
Granulometria
Distribuio por peneiramento e grfico de distribuio normal
Tabela 3.1 Converso de
micrometro em mesh.
METALURGIA DO P PROCESSOS E PRODUTOS SINTERIZADOS
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues
Escoabilidade e densidade aparente
Densidade aparente e escoabilidade - Funil Hall
As medidas de escoabilidade e
densidade aparente so realizadas
num mesmo dispositivo, uma funil,
no interior do qual colocado uma
quantidade de p que flui livremente
por gravidade. O tempo necessrio
para que 50g de p escoe
justamente o valor da escoabilidade.
A densidade aparente medida pela
massa contida em recipiente de
volume conhecido e que foi
preenchido no mesmo arranjo da
escoabilidade.
METALURGIA DO P PROCESSOS E PRODUTOS SINTERIZADOS
-
109
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues
Caracterizao de Ps Perda ao hidrognio
Arranjo de ensaio de perda ao hidrognio.
O ensaio de perda ao hidrognio que como objetivo uma medida indireta
do teor de oxignio, embora constituintes volteis tambm sejam
contabilizados. Basicamente coloca-se uma quantidade conhecida de p
no interior de forno sob atmosfera redutora (hidrognio)
METALURGIA DO P PROCESSOS E PRODUTOS SINTERIZADOS
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues
Perda ao hidrognio
Condies para ensaio de perda ao hidrognio
METALURGIA DO P PROCESSOS E PRODUTOS SINTERIZADOS
-
110
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues
Compressibilidade
Ensaio de compressibilidade.
Um ensaio como o de
compressibilidade mede a
variao de densidade a
verde com a presso de
compactao. Uma matriz
se formato simples pode
ser utilizada. O resultado
pode ser expresso na
forma grfica.
METALURGIA DO P PROCESSOS E PRODUTOS SINTERIZADOS
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues
Ruptura transversal
Determinao de resistncia ruptura transversal.
Este ensaio tanto pode ser
aplicado ao compactado
como ao sinterizado. No caso
do compactado
determinada a resistncia a
verde, e no caso do
sinterizado determina-se a
resistncia ruptura
transversal. O arranjo
basicamente o mesmo
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111
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Ruptura transversal
Determinao de resistncia ruptura transversal.
Este ensaio tanto pode ser
aplicado ao compactado
como ao sinterizado. No caso
do compactado
determinada a resistncia a
verde, e no caso do
sinterizado determina-se a
resistncia ruptura
transversal. O arranjo
basicamente o mesmo
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Variao dimensional
Esquema de dilatmetro.
Assim, ensaios para determinao de variao dimensional na
sinterizao so necessrios. Isto pode ser feito de uma maneira
simples, comparando dimenso antes e depois da sinterizao,
ou de um modo mais sofisticado, por dilatometria.
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Densidade
A medida de densidade pode
ser feita, se a geometria da
pea (amostra) permitir,
atravs da determinao da
massa e do volume
geomtrico. Para geometrias
complexas ou mesmo medidas
mais precisas, o mtodo
hidrosttico empregado. A
idia medir o volume de
gua deslocado pela amostra
medida de densidade hidrosttica
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Microestrutura
Diferena entre partcula,gro e aglomerado.
Seo polida de p de ferro atacada com Nital
Alm de visualizar gros, partculas e aglomerados, a
observao de seo polida devidamente preparada e
eventualmente atacada, permite identificar a presena dos
constituintes (fases) microestruturais do p.
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Microestrutura
Aspecto de p de silcio atomizado a gs (a), modo (b) e seo polida de
p atomizado (c).
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Microestrutura
Micrografias de ao sinterizado contendo
diferentes teores de carbono
combinado na forma de perlita.
A preparao e investigao da
microestrutura de sinterizados
similar a de materiais produzidos
convencionalmente. O estudo da
microestrutura de materiais
sinterizados possui diversos
aspectos e satisfaz diversas
necessidades. Um exemplo tpico
na identificao de carbono
combinado
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114
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Conformao Mistura
Anteriormente conformao em
si, seja ela por compresso ou no,
deve ser considerada a questo
das mistura, que envolve diferentes
mecanismos e dispositivos.
Mecanismos durante a mistura de ps.
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Conformao Mistura
Anteriormente conformao em
si, seja ela por compresso ou no,
deve ser considerada a questo
das mistura, que envolve diferentes
mecanismos e dispositivos.
Mecanismos durante a mistura de ps.
Dispositivos de mistura.
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Conformao Mistura
Efeito das condies de processamento na mistura.
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Conformao Mistura
Para ps muito finos, que no
escoam, uma tcnica de mistura
que envolve aglomerao deve
ser empregada. Isto acontece no
caso de metal duro e tambm
para ferrites, ps com tamanho
mdio de partcula de
aproximadamente 1m. Dois
dispositivos clssicos de
aglomerao podem ser
empregados, prato ou sray-
drying.
Processos de aglomerao: prato e spray-
drying
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Conformao Compactao Uniaxial a Frio
Ilustrao de compactao uniaxial a frio
Uma quantidade definida de p alimenta a cavidade de
uma matriz e ento comprimido pelo movimento de
punes.
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Conformao Compactao Uniaxial a Frio
Movimentao dos punes e sapata durante compactao.
Os movimentos dos punes devem
estar perfeitamente sincronizados com o
movimento do alimentado de p
(sapata). A velocidade da sapata deve
levar em considerao a escoabilidade
do p. Movimentos de vibrao da
sapata facilitam o preenchimento da
cavidade da matriz.
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Compactao Uniaxial a Frio
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Compactao Uniaxial a Frio
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Conformao Compactao Uniaxial a Frio
Microestrutura tpica de material compactado. Fratura (a) e seo polida (b).
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Compactao Uniaxial a Frio METALURGIA DO P PROCESSOS E PRODUTOS SINTERIZADOS
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Conformao Compactao Uniaxial a Frio
Durante a extrao h normalmente
restaurao de deformao elstica, o
que pode causar problemas como
trincas e o defeito denominado por
laminao. Para minimizar o problema
da trinca no deve haver movimento
relativo entre os punes, como por
exemplo se eles subirem
conjuntamente.
Restaurao de deformao elstica durante extrao causando trincas.
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Conformao Compactao Uniaxial a Frio
A laminao minimizada pela
insero de um pequeno raio de
curvatura na matriz
Liberao de deformao elstica durante extrao causando
laminao (a). A introduo de raio de curvatura (b)
na matriz minimiza o problema.
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Compactao Uniaxial a Frio
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Conformao Compactao Isosttica a Frio
Na compactao isosttica a frio, o
p colocado num recipiente de
borracha que ento selado. O
recipiente vai para um vaso de
presso onde o leo l contido
comprimido, transferindo presso
para o p. Presses de at 400-
500MPa podem ser usadas.
Esquema para compactao isosttica a frio.
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Conformao Compactao Isosttica a Frio
uma tcnica utilizada para ps de baixa
compressibilidade, como de materiais
cermicos e intermetlicos.
Vista de equipamento para compactao isosttica a frio da Diviso de
Metalurgia do IPT.
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Conformao Compactao Isosttica a Quente
Esquema para compactao isosttica a quente.
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Conformao Moldagem de Ps por Injeo
Uma tcnica de fabricao
bastante verstil para
produo de peas metlicas
de geometria complexa,
estreitas tolerncias
dimensionais e excelente
acabamento superficial a
injeo sob presso
Peas produzidas por MPI.
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Conformao Moldagem de Ps por Injeo
Etapas do processamento por Moldagem de Ps por Injeo MPI
Na MPI o p misturado a um ligante
(polmero base, constituintes de baixo
peso molecular e aditivos), com o
objetivo de conferir caractersticas de
fluidez adequadas injeo e
resistncia suficiente para o manuseio
do componente injetado. Para a
obteno da pea final so necessrias
basicamente duas outras etapas: a
remoo do ligante e a sinterizao.
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Conformao Moldagem de Ps por Injeo
Microestrutura aps a injeo e aps debinding
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Conformao Moldagem de Ps por Injeo
Peas durante a sinterizao.
Aps a remoo do aglomerante,
realizada a etapa de
sinterizao, que confere as
caractersticas finais do produto.
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Conformao Moldagem de Ps por Injeo
Um exemplo de pea de elevada
complexidade, que ilustra bem a
potencialidade da MPI
Turbina sinterizada de SiC produzida por MPI
METALURGIA DO P PROCESSOS E PRODUTOS SINTERIZADOS
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Divide-se a sinterizao em duas classes: sinterizao em fase lquida sinterizao com fase lquida transiente sinterizao com fase lquida persistente
sinterizao no estado slido
Na sinterizao, variveis como temperatura, tempo e atmosfera, podem ser manipuladas com base nas caractersticas do compactado a ser sinterizado.
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Mecanismos de Sinterizao
No estgio inicial observa-se um aumento na rea de
contato entre as partculas, arredondamento dos poros, e
contrao de agregados de p envolvendo aproximao
de partculas.
Pescoo formado durante a sinterizao. Microscopia Eletrnica de Varredura a esquerda e esquema a direita
METALURGIA DO P PROCESSOS E PRODUTOS SINTERIZADOS
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Mecanismos de Sinterizao
escoamento viscoso
escoamento plstico
evaporao e condensao
difuso volumtrica
difuso por contorno do gro
difuso superficial
Podemos destacar os seguintes mecanismos de transporte de massa possveis:
Principais mecanismos na sinterizao
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Mecanismos de Sinterizao
No estgio intermedirio observa-se uma competio entre
crescimento de gro e densificao. Este estgio praticamente
determina as propriedades do sinterizado.
Contorno de gro em movimento
restringido pela presena de um poro.
Representao tridimensional de um poro formado entre vrias
partculas.
METALURGIA DO P PROCESSOS E PRODUTOS SINTERIZADOS
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Mecanismos de Sinterizao
O estgio final da sinterizao um processo lento onde poros j isolados e
esfricos contraem-se por difuso volumtrica. Os poros funcionariam como
emissores de lacunas, principalmente para contornos de gro.
Representao de duas situaes onde a densificao favorecida pelo ancoramento dos contornos de gro pelos poros.
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Mecanismos de Sinterizao
Microestrutura de paldio sinterizado em diferentes condies: a) 4
horas a 750oC; b) 4 horas a 950oC; e aquecida a
1400oC a uma taxa de 5k/min.
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Sinterizao de misturas de ps
Esquema considerando a dissoluo de um constituinte B num constituinte A, e a distncia para interdifuo L relativa a um dimetro l do constituinte B.
Existem vrios modelos que tem por objetivo a quantificao dos fenmenos envolvidos na interdifuso. Boa parte deles baseiam-se em simetrias e simplificaes geomtricas. Mesmo assim tem sido possvel a aplicao destes modelos quando o sistema apresenta nmero reduzido de variveis
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Sinterizao de misturas de ps
Os parmetros que afetam a homogeneizao durante a sinterizao so
principalmente o tamanho de partcula, o tempo, e a temperatura de
sinterizao. O tamanho de partcula importante por estar relacionado
com distncias para difuso. A temperatura afeta a taxa de
homogeneizao por alterar a difusividade dos elementos envolvidos.
Seo polida de fios de cobre intercalados com
fios de nquel sinterizados por 50 min. a 1070 oC
numa atmosfera de He. Micro-porosidades no
cobre devido a efeito Kirkendall.
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Sinterizao de misturas de ps
Microestrutura de liga FeSi obtida por mistura de ps. Imagem direita evidencia efeito Kirkendall em campo escuro.
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Sinterizao com Fase Lquida
Considerando-se o caso clssico de sinterizao com fase lquida , trs
estgios podem ser definidos:
1. rearranjo das partculas
2. dissoluo e repreciptao
3. sinterizao no estado slido
Densificao em funo do tempo de sinterizao considerando os trs estgios da sinterizao com fase lquida.
METALURGIA DO P PROCESSOS E PRODUTOS SINTERIZADOS
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Sinterizao com Fase Lquida
Microestrutura de liga 95%W, 3%Ni e 2%Fe sinterizada a 1475oC. As partculas de W tinha originalmente 3m e por coalescimento chegaram a mas que 50m.
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Equipamentos e Atmosferas de Sinterizao
A sinterizao via de regra se d
sob atmosfera inerte, como vcuo,
ou redutora como sob hidrognio.
Materiais que podem ser
sinterizados em temperatura de
at 1150 oC pode utilizar-se de
fornos contnuos, ou de esteira.
Esquema de forno de esteira.
METALURGIA DO P PROCESSOS E PRODUTOS SINTERIZADOS
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Equipamentos e Atmosferas de Sinterizao
Vista da entrada de forno de esteira.
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Equipamentos e Atmosferas de Sinterizao
Vista de sinterizao a vcuo.
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Operaes complementares
ferroxidao
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Operaes complementares
sinter hardening
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Aos: mdia e alta densidade
Evoluo na utilizao de peas sinterizadas pela indstria
automobilstica considerando o mercado
americano para carros familiares.
Os aos constituem a classe mais
importante de produtos
sinterizados. Isto reside
principalmente no fato de que a
indstria automobilstica e de
auto-peas est consumindo
cada vez mais produtos
sinterizados, na sua maioria ao
sinterizado
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Propriedades mecnicas para
um ao sinterizado com 4% de
nquel. Densidade e carbono
combinado como variveis.
Aos: mdia e alta densidade
METALURGIA DO P PROCESSOS E PRODUTOS SINTERIZADOS
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Aos: mdia e alta densidade
Exemplos de peas sinterizadas em ao.
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Aos sinterizados podem ser produzidos a partir de diferentes ps:
ps elementares;
pr-difundidos;
pr ligados.
Aos: mdia e alta densidade
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Aos: mdia e alta densidade
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Cobre e ligas
Cobre metlico sinterizado basicamente no possui aplicao
prtica, no entanto, ligas de cobre ocupam cerca de 10% do
mercado de produtos sinterizados. Peas porosas sinterizadas em
bronze so das mais antigas da metalurgia do p e so usadas em
filtros e buchas. A composio mais usada a Cu-10%Sn, com
eventuais adies de P e Pb. Lato sinterizado com de 10 a 40%
de Zn tambm encontra aplicao em motores.
METALURGIA DO P PROCESSOS E PRODUTOS SINTERIZADOS
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Produtos Sinterizados Cobre e ligas
Exemplos de peas sinterizadas em ligas de cobre.
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Cobre e ligas
METALURGIA DO P PROCESSOS E PRODUTOS SINTERIZADOS
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Ligas de Alumnio
Devido presena de uma camada do xido estvel Al2O3 na
superfcie das partculas de alumnio, praticamente impossvel
sinterizar compactados de alumnio puro at altas densidades. A
temperatura de sinterizao fica limitada a 630oC, e bastante
prxima do ponto de fuso do alumnio. Ps pr-ligados podem ser
usados para obter-se uma fase lquida durante a sinterizao e
assim dissolver o xido superficial
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Metal Duro
constitudo de pelo menos um composto duro e uma matriz que funciona como aglomerante.
O composto duro muito comumente o carboneto de tungstnio. O aglomerante muita das vezes
o cobalto. O metal duro WC-Co sem dvida o mais utilizado. A presena do aglomerante
possui duas razes: melhorar a sinterizao pela presena de fase lquida e aumentar a
tenacidade do produto final
Classificao dos
produtos em metal
duro.
METALURGIA DO P PROCESSOS E PRODUTOS SINTERIZADOS
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Metal Duro
Microestruturas tpicas de metal duro, uma para o WC-20%Co (a) e outra para o
WC-TiC-NbC-9%Co (b).
a b
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Metal Duro
a b
Peas em metal duro utilizadas em usinagem (a) e para outras aplicaes (b).
METALURGIA DO P PROCESSOS E PRODUTOS SINTERIZADOS
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139
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues
Figura 7.4.3
Fluxograma do processo de
fabricao de metal duro,
incluindo as vrias combinaes
possveis.
Obteno do carboneto de tungstnio
a partir do minrio, envolvendo a
produo do paratungstato de amnia,
reduo em hidrognio e sntese do
carboneto
Preparao dos outros carbonetos que
no o de tungstnio
Mistura com outros constituintes,
carbonetos e cobalto seguida de
mistura intensa
Conformao, normalmente por
compactao
Sinterizao
Operaes complementares
Metal Duro
METALURGIA DO P PROCESSOS E PRODUTOS SINTERIZADOS
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Metal Duro
METALURGIA DO P PROCESSOS E PRODUTOS SINTERIZADOS
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Metal Duro
METALURGIA DO P PROCESSOS E PRODUTOS SINTERIZADOS
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Materiais Magnticos
Ilustrao relativa funo das duas
classes de materiais magnticos:
moles (ncleos) e ms.Os materiais
para ncleos devem possuir boa
capacidade de amplificao do
campo magntico, como o que
produzido por uma bobina. Por outro
lado, os ms devem possuir boa
capacidade de armazenamento de
campo magntico, para que
funcione como gerador de campo,
quando de sua utilizao
Classificao de materiais magnticos.
METALURGIA DO P PROCESSOS E PRODUTOS SINTERIZADOS
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ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues
Materiais Magnticos
Propriedades de alguns materiais sinterizados.
Em termos de composio qumica, os materiais sinterizados so
similares aos laminados. Temos portanto desde o ferro puro at ligas
mais sofisticadas como as ligas ferro-nquel (permalloy), passando
por ligas ferro-silcio, ferro-fsforo, aos inoxidveis ferrticos, dentre
outras
METALURGIA DO P PROCESSOS E PRODUTOS SINTERIZADOS
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Materiais Magnticos
Ilustrao do processo de orientao de
partculas monocristalinas durante a
compactao de ms produzidos por metalurgia
do p. A orientao seguida de compactao e
sinterizao. Esta orientao se d pela
aplicao de um campo magntico atravs de
bobina posicionada ao redor de uma matriz de
compactao, na cavidade da qual o p a ser
compactado est confinado. A capacidade de
orientao segundo este campo depende de
vrios fatores, sendo que os mais importantes
so a constituio do material (ferrite, terra-rara,
etc.) e tamanho das partculas. Quanto maior o
grau de orientao melhores sero as
propriedades magnticas do m Ilustrao de partculas monocristalinas sendo
alinhadas segundo campo magntico externo
aplicado na compactao
METALURGIA DO P PROCESSOS E PRODUTOS SINTERIZADOS
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142
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues
Materiais Magnticos
Evoluo cronolgica do produto
energtico de ms. So apresentados
separadamente os ms cermicos
(ferrites) dos metlicos. A dcada de
50 marcada pelo desenvolvimento de
anisotropia via metalurgia do p, com o
surgimento das ferrites anisotrpicas.
Na dcada de 70 verificada uma
exploso de propriedades
magnticas com o surgimento dos
ms sinterizados de terras-raras
Desenvolvimento cronolgico de ms.
METALURGIA DO P PROCESSOS E PRODUTOS SINTERIZADOS
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Materiais Magnticos
Exemplos de ms
comercias.
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143
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues
Contatos Eltricos
O termo compostos refere-se aqui combinao de metais com a presena de
segunda fase insolvel no metal matriz lquido. Contatos assim so
normalmente produzidos por metalurgia do p. Nesta categoria inserem-se os
seguintes contatos:
Prata-tungstnio com 25 a 50% em peso de Ag
Prata-carbeto de tungstnio com 35 a 65% em peso de Ag
Cobre-tungstnio com 20 a 50% em peso de Cu
Prata-molibdnio com 30 a 50% em peso de Ag
Prata-xido de cdmio com 85 a 90% em massa de Ag
Prata-grafite com 90 a 99% em massa de Ag
Prata-nquel com 40 a 90% em peso de Ag.
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Escovas
Escovas so componentes que transferem corrente eltrica entre um elemento rotativo e outro
estacionrio em motores eltricos e geradores. Para mquinas de alta tenso e alta corrente,
buchas de grafite so mais adequadas, e no caso de baixa tenso (alta corrente) so necessrias
buchas com maior condutividade eltrica
Exemplos de escovas.
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ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues
Mancais Auto-Lubrificantes
Notas: (A) - Dados vlidos para a pea acabada; (B) Pea impregnada, leo com densidade igual
0,875 g/cm3; (E) - A mais alta porcentagem de Grafite (5%), este material contem apenas traos de olo,
e 3% de Grafite e 6,2/6,6 g/cm3 de densidade, contm 3 a 10% de leo; (F) - A quantidade de leo
diminui com o aumento da densidade. Os nmeros apresentados referem-se ao valor superior da
densidade
Mancais de Bronze
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Mancais Auto-Lubrificantes
Mancais de Ferro
Notas: (A) - Dados vlidos para a pea acabada; (B) Pea impregnada, leo com densidade igual 0,875 g/cm3;
(D) Carbono metalurgicamente combinado
METALURGIA DO P PROCESSOS E PRODUTOS SINTERIZADOS
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ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues
Mancais Auto-Lubrificantes
Notas: (A) - Dados vlidos para a pea acabada; (B) - Pea impregnada, leo com dens. = 0,875
g/cm3; (D) - carbono metalurgicamente combinado
Mancais de Ferro
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Filtros Metlicos Sinterizados
Filtros so peas porosas que somente so produzidas por metalurgia do p. Podem ser de
diversos materiais, sendo os mais comuns em bronze e ao inoxidvel. Diferentes formatos,
processos de fabricao, permeabilidade e capacidade de reteno podem ser obtidos. Um filtro
pode ser produzido por compactao e sinterizao ou mesmo por vibrao. Tcnicas de
laminao tambm podem ser empregadas
METALURGIA DO P PROCESSOS E PRODUTOS SINTERIZADOS
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ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues
METALURGIA DO P PROCESSOS E PRODUTOS SINTERIZADOS
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METALURGIA DO P PROCESSOS E PRODUTOS SINTERIZADOS
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147
Daniel Rodrigues ABENDI Nivelamento N3 - 2011
Tratamentos de Superfcie
Tipos de tratamentos: termoqumicos e Metalizao
Cementao
Nitretao
Carbonitretao
Asperso trmica
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Tratamentos termoqumicos
Os tratamentos termoqumicos promovem um endurecimento superficial pela modificao da composio qumica e microestrutura em regies superficiais.
Seu objetivo o aumento de dureza e resistncia ao desgaste de uma camada superficial, mantendo-se a microestrutura do ncleo dctil e tenaz.
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148
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues
Tipos de tratamentos
termoqumicos
Os tratamentos termoqumicos mais importantes industrialmente so:
cementao;
nitretao e
carbonitretao
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Cementao
Consiste na difuso de carbono para a superfcie do componente, aquecido em
temperaturas suficientes para produzir a
microestrutura austentica. A austenita
posteriormente convertida em martensita por
meio de tmpera e subsequente revenimento.
A cementao realizada somente em aos ao carbono e aos baixa-liga com teores de
carbono inferiores a 0,25%.
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149
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues
Cementao
A cementao classificada de acordo com o meio empregado para a difuso de
carbono:
cementao gasosa,
cementao lquida e
cementao slida.
ABENDI Nivelamento N3 - 2011 Daniel Rodrigues
Cementao gasosa
o mais importante processo de cementao industrial.
O aporte de carbono fornecido pela atmosfera gasosa do forno, que inclui
hidrocarbonetos, como o metano propano e
butano ou hidrocarbonetos lquidos
vaporizados.
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Cementao gasosa
A atividade de carbono controlada de modo a produzir camadas superficiais com teores
de carbono entre 0,8 e 1,0% de C.
Os componentes, suportes e grelhas so limpos a quente em solues alcalinas antes
de serem processados. Outra prtica o
aquecimento ao ar at 400C visando a
eliminao de contaminantes orgnicos.
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Cementao gasosa
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Equipamentos
Cementao gasosa
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Cementao lquida
As camadas cementadas pelo meio lquido so similares s obtidas com o meio gasoso,
entretanto, os ciclos so mais curtos devido
ao perodo de aquecimento ser mais rpido.
Os banhos de sal apresentam coeficientes de transferncia de calor muito elevados por
apresentarem, simultaneamente, conduo,
conveco e radiao.
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Cementao lquida
A composio dos banhos base de cianetos e o processo dividido em duas variantes:
Banhos de baixa temperatura operam em temperaturas entre 845 e 900C. So mantidos com
uma camada protetiva de carbono (carvo modo) e
so indicados para camadas com profundidades entre
0,13 a 0,25 mm.
Banhos de alta temperatura - operam em temperaturas entre 900C e 955C. So indicados para
profundidades de camada entre 0,5 mm e 3,0 mm,
entretanto, sua principal caracterstica o rpido
desenvolvimento de camadas entre 1 e 2 mm.
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Cementao slida
Na cementao slida os componentes so colocados no interior de uma caixa metlica com tampa, na
presena de misturas carbonetantes slidas.
As misturas carburantes ou preparados para cementao so compostos por carvo vegetal e
carbonatos como substncias ativadoras (carbonato de
brio, carbonato de clcio, carbonato de potssio e
carbonato de sdio).
Temperaturas do processo entre 850 e 950C
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Cementao slida
Mecanismo:
Em temperaturas elevadas o C combina-se com o oxignio presente na caixa formando CO2:
C + O2 CO2
O CO2 reage o carbono conforme a reao de Bourdoard:
CO2 + C 2 CO
O CO gerado decompe-se em carbono atmico que difunde-se no metal:
2 CO 2 C + O2 A formao de CO favorecida pela presena dos
carbonatos
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Microestrutura
Cementao
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