REGIO DO GRANDE ABC PAULISTA

A REGIO

A regio do ABC Paulista composta atualmente pelos

municpios de Santo Andr, So Bernardo do Campo, So

Caetano do Sul, Diadema, Mau, Ribeiro Pires e Rio Grande

da Serra, possui um territrio de 841 km, representando 0,33%

do Estado de So Paulo e uma populao de 2.549.135

habitantes.

Contexto histrico e consolidao

A histria do ABC Paulista por volta do sculo XVI, no Brasil

Colonial. A Vila de Santo Andr da Borda do Campo foi

fundada em 1553. Era habitada por ndios que moravam na

regio e que tinham interesse pelo territrio da colnia, para a

explorao das riquezas dos minerais, logo a vila foi transferida

para So Paulo e passou por um bom perodo de

estagnao.

XVII e XVIII, a economia era denominada pelas fazendas que

possuam produo agrcola, pecuria, tijolos e telhas. No

sculo XVI a modernizao ocorreu por causa da instalao

da ferrovia Santos Jundia (So Paulo Railway), porque visou o

transporte agrcola e em especial o caf.

A industrializao comeou a ser dominada por causa dos

fatores positivos em relao ao transporte e das reas prxima

a linha frrea, com os incentivos fiscais. Ento o crescimento

econmico atraiu imigrantes para a procura de empregos.

So Bernardo foi criado em 1889, e como mo de obra

tinham os imigrantes, para dominar os setores a produo

moveleira, qumica e txtil. A industrializao dessas empresas

era baseada na economia de indstria mais artesanato. Logo

comeou a disputa por concorrncia.

Santo Andr em 1930 possua indstrias e polticos com certa

importncia na regio nas margens da estao So Bernardo,

ocasionando uma mudana de sede para Santo Andr, em

1940 a emancipao continuou na regio, em 1945 foi So

Bernardo, 1949 So Caetano do Sul e em 1953 foi Mau e

Ribeiro Pires.

Em 1950 ocorreu uma mudana em relao com o

crescimento em alguns setores industriais que precisavam

de uma especializao maior na regio.

A tecnologia foi organizada em duas classes, as dos

sindicatos e dos operrios.

Em 1970 e 1980 aconteceram as greves, pois o sindicalismo

estava no auge e o governo militar politicamente

enfraquecido.

Em 1970 ocorreu uma economia por causa da expanso e

concentrao do parque industrial brasileiro.

Em 1980 diminuiu o ritmo de crescimento.

Por fim em 1990 o ritmo continuou o mesmo, pelo fato das

indstrias migrarem da regio do ABC para o interior do

estado e outros estados, ocorrendo a perca de muitas

indstrias.

E atualmente o setor de servios e comrcios est mais visvel

pela regio do ABC, porm mesmo com esses

acontecimentos continua sendo importante e sendo um dos

polos industriais brasileiros.

Caractersticas

Atua nos setores comercial, industrial e de servios. Tem grande

importncia nos ramos automotivos, petroqumico e qumico, e

um crescente aumento no setor de servios. Alm da presena

de grandes complexos industriais, o Grande ABC concilia a

presena de um elevado grau de urbanizao e ainda

importantes espaos e reservas naturais destinados

preservao ambiental, cuja produo de gua parte

importante do sistema de abastecimento metropolitano.

Segundo dados do IBGE, So Bernardo do Campo a cidade

mais rica da e com maior populao e rea territorial, sendo

uma das potncias do pas, a cidade conta com teatros, casas

de shows, vrios parques e hospitais referencia na regio. A

regio do Grande ABC, favorecida em sua infra estrutura

logstica por muitos aspectos, inclusive por estar prxima a

Santos, maior porto da Amrica do Sul, a poucos quilmetros

de So Paulo e entre dois sistemas de transporte, o ferrovirio e

o rodovirio.

Predominncia e atividades econmicas

Inicialmente as indstrias que se instalavam na regio eram

ligadas a produtos qumicos, cermicas, txteis e de mveis. A

proximidade de algumascidades como So Caetano com

alguns rios, ricos em excelente argila,tambm impulsionava

a produo industrial e artesanal, com a produo de telhas,

tijolos e louas. As grandes industrias automobilsticas

marcou o inicio da histria econmica de Diadema.

O Grande ABC, historicamente caracterizado como bero da

indstria automobilstica no pas, representa o quinto maiormercado consumidor do Brasil. Devido migrao

da indstria para outros locais, onde existe mais vantagens

fiscais e menores salrios que a regio do ABC e com a

modernizao, por no requer tanta necessidade de mo de

obra quanto antes, o setor do comrcio e servios ter

ganhado atualmente grande importncia, em termo de mo

de obra empregada o setor j ultrapassa o da indstria.

A rede ferroviria, a Rodovia Anchieta, a Rodovia Imigrantes e

o Trecho Sul do Rodoanel so fundamentais para o

desenvolvimento industrial ao longo de seus eixos, promovendo

a interligao do Grande ABC com a Regio Metropolitana de

So Paulo, a proximidade com o Porto de Santos e com os

aeroportos de Congonhas e Cumbica. Sendo responsvel por

14,5% das exportaes do Estado de So Paulo (2008).

Importncia da regio

A importante posio econmica historicamente ocupada

pela Regio do ABC Paulista, no Estado de So Paulo e no

pas, resulta do processo de industrializao local iniciado na

dcada de 1950 do sculo passado. Os parques industriais

mecnico/metalrgico e qumico/petroqumico fizeram da

regio o mais importante polo industrial da Amrica Latina. O

desenvolvimento tecnolgico, propiciado pela revoluo

microeletrnica e as transformaes nos modelos de produo

por ele geradas acarretaram, no incio dos anos 90, uma

significativa reduo da demanda por mo de obra. Assim,

um dos grandes desafios postos para o ABC Paulista fazer

crescer, de forma sustentvel, o nmero de empregos e a

renda, atualmente e para as geraes futuras.

Potencialidade x Problemas

1 Fase:

A Regio do ABC Paulista marcada pela forte

industrializao, que no caso trouxe o aumento na economia,

o crescimento/desenvolvimento para aquela regio. Porm

com isso tambm foram gerados srios problemas socais, pois

o seu crescimento foi muito alto e de forma desorganizada, tais

como a moradia precria, colocadas em locais no

apropriados, falta de servios bsicos, como de educao,

sade e saneamento.

2 Fase:

Com a globalizao, na dcada de 80 dando continuidade

na dcada de 90, essa regio passou a sofrer um declnio na

indstria, com isso a ABC Paulista passou a perder vrias

indstrias.

Imagem: Greve dos metalrgicos no

ABC paulista no incio dos anos de

1980.

Fonte: Parar de Lutar, valorizao

profissional, j!

Poltica

H menos de 40 anos iniciava a trajetria de lutas do

movimento operrio e sindical do ABC Paulista e passava a

ocupar seu lugar na histria. E devido os recentes

acontecimento democrticos no pas, pode ter sido

importante incentivo para as atuais, que lutavam contra a

ditadura militar, mas tambm a categoria dos trabalhadores

ganhou voz e projeo nacional: os trabalhadores

metalrgicos do ABC Paulista, que lutavam no apenas pelas

questes salariais, que foram, sem dvida, pano de fundo e

base essencial para esta nova qualidade, mas tambm uma

luta definitiva contra a prpria forma de ser da ditadura.

Conflitos Ambientais

A regio do Grande ABC paulista possui 56% de seu territrio

dentro de reas de proteo de mananciais ou mesmo com

restries ambientais. Conforme o Instituto Socioambiental, a

bacia hidrogrfica da Billings, localizada na regio Sudeste da

Regio Metropolitana de So Paulo, tem como rea de

drenagem a regio dos municpios de Rio Grande da Serra e

em parte os municpios de Diadema, Ribeiro Pires, So

Bernardo do Campo, Santo Andr e, por fim, So Paulo. As

ocupaes irregulares so um problema muito preocupante,

apesar do que a Lei de Proteo dos Mananciais que possui

vigncia desde a dcada de 70 determina. Assim, pde-se

observar no perodo de 1989 1999 a substituio da

cobertura florestal nativa, que era a Mata Atlntica, por

ocupaes humanas irregulares, que segundo o Instituto, no

tm recebido a fiscalizao necessria por parte do poder

pblico. Atualmente a falta de polticas de preservao

ambiental coloca a regio do ABCD de So Paulo sob srio

risco de ter de procurar novos mananciais para abastecimento

pblico de gua j a partir de 2015, uma vez que o brao Rio

Grande, da represa Billings, ser insuficiente para suprir a

demanda de abastecimento. O principal problema est nos

frequentes assoreamentos do espelho dgua, de nascentes e

rios que abastecem o manancial, somados aos

desmatamentos e lanamentos de esgoto in natura na

represa.

U N I F O R U N I V E R S I D A D E D E F O R T A L E Z A

PLANEJAMENTO URBANO II

Professor: Lucas Gomes

Turma: M35AB

EQUIPE:

Ana Virgnia

Jssica Arago

Marlia Gabriela

Nathlia Arajo

Natiara Freitas