ABC Da Inspeção

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ABC da Inspeção da Fabricação 1. Introdução 2. Conceitos Básicos 3. Indicação do tipo de inspeção de fabricação 4. Grau de inspeção do fornecimento 5. Requisitos de inspeção 6. Quem inspeciona 7. Planejamento da inspeção 8. Execução da inspeção 9. Rotinas de inspeção 10. Índices de rejeição 1. Introdução Esta publicação tem como objetivos: 1. esclarecer as dúvidas sobre Inspeção de Fabricação, apresentadas pelas empresas durante o seu processo de cadastramento como fornecedoras de Bens (Materiais) à PETROBRAS, quando participam de licitações da Companhia ou no transcorrer da inspeção em suas instalações fabris; 2. servir como instrumento informativo para os órgãos da Companhia, complementar aos documentos normativos e orientadores da atividade. Os assuntos apresentados mostram que a atividade de Inspeção de Fabricação não se resume apenas na sua execução nas instalações fabris do fornecedor. Existe uma série de atividades anteriores e posteriores à execução, que a complementam e que possibilitam tomadas de decisão mais precisas pelos órgãos de inspeção e por aqueles que interagem com eles, merecendo destaque: 1. tornar disponível para os órgãos de contratação, via sistemas de informações de material, o Tipo de Inspeção estipulado para cada par material x fornecedor, constante do Cadastro de Fornecedores da PETROBRAS; 2. monitorar o Grau de Inspeção de cada fornecedor de material sujeito à qualificação técnica, de modo a manter atualizado o tipo de inspeção dos Bens (Materiais) de sua linha de fornecimento, em função do seu desempenho técnico; 3. elaborar os Requisitos de Inspeção que, constando dos editais de licitação, estabelecerão as regras de inspeção a serem seguidas pelos licitantes vencedores durante o processo de fabricação e de entrega do material; 4. laborar Rotinas de Inspeção que orientam os órgãos inspetores no seu planejamento e execução da inspeção. O diagrama a seguir, mostra de forma sintética, as principais intervenções da Inspeção de Fabricação, nas atividades de cadastro de fornecedores, aquisição e fabricação de material.

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ABC da Inspeção da Fabricação 1. Introdução 2. Conceitos Básicos 3. Indicação do tipo de inspeção de fabricação 4. Grau de inspeção do fornecimento 5. Requisitos de inspeção 6. Quem inspeciona 7. Planejamento da inspeção 8. Execução da inspeção 9. Rotinas de inspeção 10. Índices de rejeição

1. Introdução Esta publicação tem como objetivos:

1. esclarecer as dúvidas sobre Inspeção de Fabricação, apresentadas pelas empresas durante o seu processo de cadastramento como fornecedoras de Bens (Materiais) à PETROBRAS, quando participam de licitações da Companhia ou no transcorrer da inspeção em suas instalações fabris;

2. servir como instrumento informativo para os órgãos da Companhia, complementar aos documentos normativos e orientadores da atividade.

Os assuntos apresentados mostram que a atividade de Inspeção de Fabricação não se resume apenas na sua execução nas instalações fabris do fornecedor. Existe uma série de atividades anteriores e posteriores à execução, que a complementam e que possibilitam tomadas de decisão mais precisas pelos órgãos de inspeção e por aqueles que interagem com eles, merecendo destaque:

1. tornar disponível para os órgãos de contratação, via sistemas de informações de material, o Tipo de Inspeção estipulado para cada par material x fornecedor, constante do Cadastro de Fornecedores da PETROBRAS;

2. monitorar o Grau de Inspeção de cada fornecedor de material sujeito à qualificação técnica, de modo a manter atualizado o tipo de inspeção dos Bens (Materiais) de sua linha de fornecimento, em função do seu desempenho técnico;

3. elaborar os Requisitos de Inspeção que, constando dos editais de licitação, estabelecerão as regras de inspeção a serem seguidas pelos licitantes vencedores durante o processo de fabricação e de entrega do material;

4. laborar Rotinas de Inspeção que orientam os órgãos inspetores no seu planejamento e execução da inspeção.

O diagrama a seguir, mostra de forma sintética, as principais intervenções da Inspeção de Fabricação, nas atividades de cadastro de fornecedores, aquisição e fabricação de material.

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2. Conceitos Básicos Inspeção de Fabricação: é a atividade desenvolvida pela PETROBRAS, através de seus órgãos de inspeção ou por empresas por ela contratadas, com o objetivo de verificar, nas instalações do fornecedor, a conformidade dos produtos fabricados com os documentos contratuais. Bens (Materiais) que Requerem Qualificação Técnica (RQT): equipamentos ou materiais cuja performance no processo industrial da Petrobras podem comprometer a continuidade, ameaçar a segurança das pessoas, instalações ou meio ambiente, e os produtos que, incluídos no processo produtivo como matéria prima, podem comprometer a qualidade do produto final da Companhia. Certificado de Registro de Classificação Cadastral (CRCC): documento fornecido à empresa que teve sua inscrição, renovação ou ampliação de escopo aprovada após análise pela Petrobras, indicando que, durante a sua validade, a empresa possui registro no Cadastro Corporativo de Fornecedores. Comunicado de Liberação de Material - CLM - documento emitido pelo órgão ou empresa inspetora atestando a conformidade do Material com a documentação contratual: permite a liberação do material, após cumpridas todas as etapas previstas como pontos de espera no Plano de Inspeção e Testes (Ver Capítulo VIII). Comunicado de Rejeição de Material - CRM - documento emitido pelo órgão ou empresa inspetora quando eventos previstos no Plano de Inspeção e Testes como Pontos de Espera Obrigatórios ou Pontos de Observação, são rejeitados por não estarem em conformidade com a documentação contratual ou prontos para inspeção. Este documento deverá conter uma descrição detalhada do motivo da rejeição, com as devidas justificativas calcadas nessa documentação contratual (Ver Capítulo VIII). Condições de Fornecimento de Material à PETROBRAS – CFM - Documento elaborado pela PETROBRAS que estabelece as condições que regulam o fornecimento de Bens e Serviços Associados à CIA. Fornecedor de Bens (Materiais): é o que produz e/ou comercializa um equipamento, material ou insumo de interesse da Petrobrás. Os fornecedores de bens são assim classificados:

1. Fabricante comerciante: é aquele que produz um equipamento, material ou insumo e o comercializa (assina contratos de fornecimento) diretamente com a Petrobrás;

2. Fabricante não comerciante: é aquele que produz um equipamento, material ou insumo e NÃO o comercializa diretamente com a Petrobrás. Nesse caso, a comercialização será realizada através de um distribuidor ou revendedores.

3. Unidade Fabril: quando o fabricante possui mais de uma unidade fabril (endereços distintos) qualificada para fornecer os produtos de sua linha. A unidade fabril não comercializa diretamente seus produtos, fazendo-o através do fabricante comerciante principal.

4. Revendedor: é o fornecedor que comercializa os Bens (Materiais) produzidos por terceiros, devidamente credenciado por este.

1. Os Revendedores de Bens (Materiais) que requerem qualificação técnica (RQT), só serão cadastrados se os respectivos Fabricantes possuírem famílias de material ativas ou tecnicamente qualificadas.

2. 1.Serão automaticamente canceladas do Cadastro as Revendas referentes a Fornecedores de Bens RQT que venham a ser cancelados ou suspensos do cadastro.

5. Distribuidor: é o fornecedor de material(ais) nomeado pelo fabricante que não comercializa diretamente o(s) seu(s) produto(s).

6. Fornecedor de Bens Tecnicamente Qualificado: é aquele que tem seu cadastro ou renovação aprovada apenas nos aspectos técnicos, não vindo a receber o CRCC. A participação desses fornecedores nas licitações fica restrita à modalidade de convite e a critério da Organização de Compras, que levará em consideração, entre outros, os riscos comerciais e a competitividade do mercado.

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7. Resumo: Tipo de Fornecedor de Bens Fabrica o bem Comercializa Existência de CRCCFabricante Comerciante Sim Sim Sim Fabricante não Comerciante Sim - - Unidade Fabril Sim - - Revendedor - Sim Sim Distribuidor - Sim Sim Fabricante comerciante tecnicamente qualificado Sim Sim - Fabricante não comerciante tecnicamente qualificado Sim - - Fornecimento - é cada par fornecedor x material, constante do CRCC. Gerente do Contrato - é o representante da PETROBRAS responsável pelo gerenciamento do contrato (Pedidos de Compra) junto ao fornecedor e internamente a Companhia. Índice de Rejeição – é o índice obtido através da relação entre os eventos de inspeção rejeitados e os eventos de inspeção analisados; esse índice afere a confiabilidade do Sistema da Qualidade do fabricante em fornecer Bens (Materiais) em conformidade com a documentação contratual, independentemente da inspeção da PETROBRAS ou de seu representante (Ver Capítulo X). Lista de Verificação – é o documento emitido pela PETROBRAS em forma de questionário, que descreve de forma sucinta, todas as tarefas listadas nas Rotinas de Inspeção. Deve, quando necessário, ser utilizada e preenchida pelo órgão inspetor para cada item ou grupo de itens inspecionados, em atendimento ao documento de colocação da compra. Órgão Requisitante - é o órgão da PETROBRAS responsável pela emissão da Requisição de Compra - RC. Pedidos de Compra -PCS - contrato assinado entre a PETROBRAS e o fornecedor, para fornecimento de material à Companhia. Plano de Inspeção e Testes - PIT (Inspection and Test Plan - ITP): documento elaborado pelo fornecedor, dentro dos padrões estabelecidos pelas Normas ISO de gestão da qualidade, onde devem constar, no mínimo:

1. a garantia da compatibilidade do projeto, procedimentos e documentação interna aplicável, com o material objeto do fornecimento;

2. a indicação dos dispositivos/equipamentos, incluindo as exatidões requeridas para a obtenção da qualidade, na verificação de dimensões críticas, testes funcionais, etc.;

3. a indicação da qualificação do pessoal que executa as atividades de inspeção e verificação; 4. a identificação dos estágios ao longo de todo o ciclo de produção do material, onde serão

realizadas verificações ou inspeções, incluindo aquelas realizadas nos subfornecedores. Devem indicar os tipos de exames, ensaios ou verificações a serem efetuados;

5. a indicação de procedimentos e padrões de aceitabilidade para todas as características e requisitos de qualidade, incluindo as de caráter subjetivo e as dos subfornecimentos;

6. a identificação e preparação de registros da qualidade, citando o tipo do registro, relatório, certificado, gráfico, data-book, etc.

O Plano de Inspeção e Testes deve estar compatível com a documentação contratual citada no fornecimento, tais como: Requisitos de Inspeção, Normas Técnicas e Requisições de Material. Deve possuir campo apropriado onde o órgão de inspeção assinalará os pontos de espera obrigatórios e os pontos de observação. Ponto de Espera (Hold Point) - HP: é o evento de inspeção, no ciclo fabril do fornecedor, em que este notificará o órgão ou empresa inspetora, dentro dos prazos contratuais, visando a análise, verificação ou testemunho dos mesmos e sem o qual o processo de fabricação não pode continuar. Os pontos de espera

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são definidos nos documentos contratuais constantes dos Pedidos de Compra, nos Requisitos de Inspeção ou pelo órgão inspetor quando da análise do Plano de Inspeção e Testes do fornecedor. Ponto de Observação (Witness Point) - WP: é o evento de inspeção, no ciclo fabril do fornecedor, em que este notificará o órgão ou empresa inspetora, dentro dos prazos contratuais, visando a análise, verificação ou testemunho de eventos acordados no Plano de Inspeção e Testes, sem que o processo fabril seja interrompido. Ponto de auditoria (spot witness) – SW: é o evento de inspeção no ciclo fabril do fornecedor onde não há necessidade deste informar ao órgão inspetor ou empresa de inspeção contratada, porém esses poderão acompanhá-los caso estejam nas instalações do fornecedor, a partir de prévio acordo entre as partes. Relatório de Inspeção – RI: documento emitido pelo órgão ou empresa inspetora, para relatar ou emitir parecer sobre não- conformidades apresentadas durante o processo de fabricação, rejeições de eventos intermediários não cobertos por CRM ou registro de qualquer fato relevante ocorrido durante a inspeção. Seu conteúdo deverá incluir todos os detalhes da inspeção e os resultados encontrados (Ver Capítulo VIII). Requisitos de Inspeção - documento elaborado pelo órgão de inspeção ligado organizacionalmente ao órgão licitante, sendo parte integrante obrigatória dos Editais de Licitação. Os Requisitos de Inspeção são específicos de cada Edital e definem previamente as exigências básicas contratuais relativas à inspeção de fabricação (Ver Capítulo V). Rotina de Inspeção - documento emitido pela PETROBRAS, como ferramenta de apoio ao órgão inspetor, com o objetivo de orientá-lo sobre todas as etapas do processo fabril que necessitam de intervenção da inspeção, padronizar as ações de inspeção, instruí-lo sobre os critérios de aceitação e rejeição do material e, quando necessário, ressaltar detalhes específicos que devem ser observados durante a inspeção (Ver Capítulo IX). Tipo de Inspeção: estabelece o grau de participação da PETROBRAS no acompanhamento do processo produtivo do material. As inspeções dos tipos "A" e "B" possuem características de uma inspeção final com ênfase no produto acabado. A inspeção do tipo "C", além do acompanhamento de eventos finais, afere o processo produtivo do fornecedor, criando pontos de espera obrigatórios ao longo da fabricação. (Ver capítulo III). 3. Indicação do tipo de inspeção de fabricação A definição do "Tipo de Inspeção de Fabricação" para os Bens (Materiais) sujeitos à qualificação técnica, constantes do Certificado de Registro e Classificação Cadastral - CRCC, segue critérios que procuram assegurar a conformidade do material fornecido com as condições contratuais, aos menores custos para a PETROBRAS. Por outro lado, é de significativa importância para o fornecedor, visto que interfere na sua composição de custos e no planejamento e controle da fabricação. É atribuição da Gerência Setorial de Inspeção de Fabricação - MATERIAIS/CDBS/IF, pertencente à Gerência de Cadastro de Bens e Serviços da Unidade de Materiais, a indicação do tipo de inspeção de fabricação para os Bens (Materiais) sujeitos à qualificação técnica e a sua divulgação para os órgãos da Companhia e para os fornecedores, através das informações constantes do Cadastro de Fornecedores. A indicação do tipo de inspeção de fabricação segue a seguinte sistemática:

1. Cada material sujeito à qualificação técnica tem definidos os tipos de inspeção para as condições abrandada, normal e rigorosa, em função dos seguintes fatores:complexidade ou ineditismo do projeto;

o complexidade ou ineditismo do processo de fabricação e do controle da qualidade; o complexidade operacional do material; o criticidade do material, resultante de falhas em serviço, envolvendo aspectos de segurança

operacional, humana ou ambiental. • Os tipos de inspeção de fabricação podem ser: Liberado (L), A, B ou C. • O Quadro I mostra as atividades mínimas a serem seguidas para cada tipo de inspeção de

fabricação.

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QUADRO I ATIVIDADES MÍNIMAS POR TIPO DE INSPEÇÃO DE FÁBRICA

Atividades Mínimas Tipo de Inspeção

A B C Inspeção final

sem testes Inspeção final

com testes Acompanhamento de

fabricação Apresentação do Plano de Inspeção e Testes antes do início da fabricação; **1 **1 **2

Verificação da certificação de matéria-prima e/ou registros da qualidade; ** ** **

Verificação durante a fabricação (mão-de-obra, métodos e processos de fabricação, controle e ensaios intermediários); **3

Testemunho de ensaios hidrostáticos e/ou pneumáticos, quando aplicável; ** **

Verificação visual e dimensional final; ** ** ** Testemunho de ensaios funcionais e/ou de desempenho finais; ** **

Verificação do "data book" (quando aplicável) e da documentação técnica; ** ** **

Identificação e embalagem. **4 **4 **4 OBSERVAÇÕES

1. ** - atividade obrigatória; 2. **1 - A critério do órgão inspetor, o Plano de Inspeção e Testes deverá ser apresentado antes do

início da fabricação, para sua apreciação; 3. **2 - O Plano de Inspeção e Testes deverá ser apresentado ao órgão inspetor antes do início da

fabricação, para sua análise e aprovação; 4. **3 - Conforme definido no Plano de Inspeção e Testes; 5. **4 - Para verificação pelo órgão inspetor, quando expresso claramente no documento contratual

ou definido no Plano de Inspeção e Testes; 6. As inspeções tipo “A” ou “B” dão ênfase ao produto, enquanto a inspeção tipo C dá ênfase ao

processo. Os fornecedores tomam conhecimento dos tipos de inspeção de sua linha de fornecimento, através do CRCC emitido pelo Cadastro de Fornecedores da PETROBRAS

Como exemplo, são mostrados no Quadro II a seguir, os tipos de inspeção para alguns Bens (Materiais), nas condições abrandada, normal ou rigorosa. QUADRO II Material Tipo de Inspeção

Tipo de Inspeção Condição normal Condição rigorosaBomba Centrífuga para Combate a Incêndio L B C Válvula Esfera Aço Liga L B B Árvore de Natal Seca L B C Transformador de Distribuição, Imerso em Óleo L B B Sistema de Cabeça de Poço Submarino B C C

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1. Conforme será explicado no capítulo IV, é estabelecido o Grau de Inspeção do Fornecedor para cada material da sua linha de fornecimento, podendo esse Grau ser abrandado, normal ou rigoroso.

2. De posse da informação sobre o Grau de Inspeção do Fornecedor, determina-se o tipo de inspeção correspondente, para cada material de sua linha de fornecimento, observando-se que graus de inspeção abrandado, normal ou rigoroso correspondem, respectivamente, a tipos de inspeção nas condições abrandada, normal ou rigorosa.

QUADRO III exemplifica a indicação do tipo de inspeção tomando como base o Quadro II Fabricante Grau de Inspeção Material

Sistema de Cabeça de Poço Submarino

Válvula Esfera Aço

Liga

Bomba Centrífuga para Combate a

Incêndio "X" Abrandado B L L

"Y" Rigoroso para o material com COD (Válvula Esfera Aço Liga) e Normal para o restante da linha

C B B

"Z" Rigoroso C B C • Como se observa nesse exemplo, o tipo de inspeção para um mesmo material pode variar de um

fornecedor para outro, em função do seu Grau de Inspeção. • Os órgãos da Companhia têm conhecimento do tipo de inspeção para os Bens (Materiais)

constantes do Cadastro de Fornecedores, através das funções do SAP. • Os Bens (Materiais) não sujeitos à qualificação técnica, como regra geral, estão isentos de

inspeção de fabricação. Entretanto, a critério do órgão requisitante, poderão sofrer inspeção no seu recebimento

• Os materiais não sujeitos à qualificação técnica, como regra geral, estão isentos de inspeção de fabricação. Entretanto, a critério do órgão requisitante, poderão sofrer inspeção no seu recebimento.

• O órgão requisitante do material, de comum acordo com o órgão inspetor de sua Unidade de Negócio ou com o MATERIAIS/CDBS/IF, poderá aumentar o rigor no tipo de inspeção de um material, para uma determinada licitação, em função do aumento da criticidade de um ou mais dos fatores que são avaliados, de acordo com o item (a).

Quando estabelecido no Instrumento Licitatório, os distribuidores ou revendedores de Bens (Materiais) sujeitos à qualificação técnica têm de garantir, por seus meios e custos, seja em suas instalações ou nas instalações do fabricante original do material, a realização de todas as etapas de inspeção, de acordo com o tipo de inspeção definido para o fabricante, no Cadastro de Fornecedores da PETROBRAS. 4. Grau de inspeção do fornecimento O MATERIAIS/CDBS/IF monitora permanentemente os fabricantes de Bens (Materiais) sujeitos à qualificação técnica, cadastrados na Companhia, através do seu "Grau de Inspeção". O estabelecimento do Grau de Inspeção de cada fornecedor, se abrandado, normal ou rigoroso, possibilita a definição do tipo de inspeção para todos os Bens (Materiais) de sua linha de fornecimento, constantes do seu CRCC, visto que existe correlação entre o Grau de Inspeção e os Tipos de Inspeção. Dessa maneira, para um fornecedor com Grau de Inspeção rigoroso, todos os Bens (Materiais) de sua linha de fornecimento terão o tipo de inspeção na condição rigorosa, e isso acontece de modo análogo para os Graus de Inspeção abrandado e normal. Ocorrem casos específicos em que o fornecedor pode ter o Grau de Inspeção normal para uma parte de sua linha de fornecimento e rigoroso para aqueles Bens (Materiais) de linha similar aos que possuem COD. Neste caso, o tipo de inspeção estará correlacionado ao Grau de Inspeção do fornecedor para cada material de sua linha. O Grau de Inspeção do fornecedor considera os seguintes fatores:

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• Qualificação Técnica - que indica se o fornecedor atende satisfatoriamente aos requisitos necessários à sua qualificação técnica. Nesse caso consideraremos a Qualificação Técnica como adequada. O principal requisito de qualificação técnica é a sua adequação às Normas ISO série 9000, constatada através da apresentação de certificação de terceira parte emitida por entidade certificadora reconhecida no país de origem, ou por avaliação técnica efetuada pela própria PETROBRAS, através do PGQMSA – Programa de Garantia da Qualidade de Materiais e Serviços Associados ou ATF – Avaliação Técnica de Fornecimentos. Dependendo da linha de fornecimento, poderão ser exigidos requisitos complementares, tais como testes de desempenho operacional, certificados de homologação do produto, etc.

• Comunicado de Ocorrência de Divergência (COD) - onde é verificado se o fornecedor possui Bens (Materiais) com divergências técnicas detectadas pelo usuário no seu recebimento, instalação ou operação;

Índice de Rejeição do Fornecedor quanto à inspeção de fabricação - que afere a confiabilidade do Sistema da Qualidade do fornecedor, através da medição, pelo órgão inspetor, da relação eventos rejeitados/eventos acompanhados; Se o fornecedor se encontra em situação concordatária / se é fornecedor habitual da Companhia - quando forneceu, através de PEDIDOS DE COMPRAS da Unidade de MATERIAIS, do Compartilhado/RSPS ou Compartilhado/RNNE, no mínimo, US$ 50 mil nos últimos doze meses.

A sistemática para indicação do Grau de Inspeção do Fornecedor para cada material de sua linha de fornecimento, através da Matriz do Quadro IV, é a seguinte:

1. Verificar se o fornecedor está em situação falimentar. Em caso positivo, o Grau de Inspeção será rigoroso para toda a sua linha de fornecimento;

2. Verificar a Qualificação Técnica do fornecedor. Se não for adequada, o Grau de Inspeção será rigoroso para toda a sua linha de fornecimento;

3. Verificar se o seu Índice de Rejeição está alto. Em caso positivo, o Grau de Inspeção será rigoroso para toda a sua linha de fornecimento;

4. Verificar a existência de COD no fornecedor, para Bens (Materiais) similares ao que está em análise. Em caso positivo, o Grau de Inspeção do fornecedor para o material em análise será rigoroso;

5. Não existindo COD para Bens (Materiais) similares ao que está em verificação, deve-se analisar em conjunto as colunas COD para Outros Fornecimentos, Índice de Rejeição do Fornecedor e Compras nos Últimos 12 Meses pelas áreas de Suprimento da CIA e obter o Grau de Inspeção do fornecedor para o material em análise, através da última coluna.

6. O fornecedor quando não for cadastrado, obrigatoriamente o grau de inspeção da família do material objeto do fornecimento será RIGOROSO.

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QUADRO IV MATRIZ PARA INDICAÇÃO DO GRAU DE INSPEÇÃO DOS FORNECEDORES

Qualificação Técnica do Fornecedor.

COD para Linha

Similar de Forneci.

COD para Outros

Fornecimento

Índice de Rejeição do Fornecedor

Compras nos Últimos 12 meses pelas áreas

de Suprimento da CIA (US$)

Grau de Inspeção para o

Fornecimento

Fornecedor em situação concordatária deverá ter grau de Inspeção Rigoroso não adequada - - - - Rigoroso

adequada sim - - - Rigoroso adequada não - alto - Rigoroso adequada não não normal - normal

adequada não sim normal menor ou igual 50.000 normal

adequada não sim normal menor ou igual 50.000 Rigoroso

adequada não sim baixo menor ou igual 50.000 normal

adequada não sim baixo menor ou igual 50.000 normal

adequada não não baixo maior que 50.000 Abrandado Tipo de inspeção E, aplicada somente para materiais de uso específico na área de explosivos; ** - atividade obrigatória; **1 - A critério do órgão inspetor, o Plano da Qualidade (incluindo o Plano de inspeção e Teste) deverá ser apresentado antes do início da fabricação, para sua apreciação; **2 - O Plano da Qualidade (incluindo o Plano de inspeção e Teste) deverá ser apresentado ao órgão inspetor, antes do início da fabricação, para sua análise e aprovação; **3 - Conforme definido no Plano da Qualidade (que inclui o Plano de inspeção e Teste); **4 - Para verificação pelo órgão inspetor, quando expresso claramente no documento contratual ou definido no Plano da Qualidade; As inspeções tipo A, B ou E dão ênfase ao produto, enquanto a inspeção tipo C dá ênfase ao processo. 5. Requisitos de inspeção Os "Requisitos de Inspeção" são específicos para cada Edital de Licitação, porém foram confeccionados os chamados “Requisitos de Inspeção Padrão” que podem ser visualizados pelos órgãos de suprimento da PETROBRAS em MATERIAIS/INSPEÇÃO/REQUISITOS e inseridos nos processos licitatórios. Basicamente são definidos os seguintes itens a serem seguidos pelo fornecedor:

• Plano de Inspeção e Testes - nesse item, define-se o conteúdo mínimo e o prazo para a apresentação desse documento ao órgão inspetor.

• Certificação - indica quais certificados, registros, relatórios e procedimentos devem estar disponíveis para a inspeção. Essa exigência explicita ou complementa a certificação requerida pela documentação técnica contratual (Especificações Técnicas - ET, Requisições de Materiais - RM, Folhas de Dados - FD, Normas Técnicas, etc.).

• Realização da Inspeção - estabelece quem realizará a inspeção de fabricação: a PETROBRAS ou uma empresa de inspeção independente, contratada diretamente pelo fabricante, dentre as apresentadas plea PETROBRAS. Nesse último caso, o licitante poderá submeter à aprovação do órgão inspetor, a escolha de uma empresa de inspeção independente, que não esteja relacionada no Anexo citado. Caberá então, ao órgão inspetor, a aceitação dessa empresa após análise da documentação comprobatória: de experiência em inspeções para indústrias do ramo do petróleo, da capacitação do seu corpo de inspetores e de que não possui qualquer vínculo, acionário ou contratual, com o fornecedor.

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• Etapas do Processo Fabríl a serem verificadas ou testemunhadas pela inspeção de fabricação - estabelece quais serão os pontos de espera (hold points) a serem verificados ou testemunhados pela inspeção (certificações, inspeções dimensionais e visuais, testes, etc.). A definição desses pontos de espera deve estar compatível com o tipo de inspeção requerido para o material objeto da licitação e com a documentação técnica contratual.

• Notas Gerais - nessa parte dos Requisitos são explicitados, quando necessário, os critérios de amostragem a serem seguidos e as exceções ou complementações às regras estabelecidas nesse documento.

6. Quem inspeciona

1. Pedidos de Compras adjudicados pela Unidade de MATERIAIS, Regionais Sudeste e Nordeste dos Serviços Compartilhados em fornecedores nacionais cadastrados - a indicação do órgão inspetor ou empresa de inspeção contratada é definida pelo MATERIAIS/CDBS/IF previamente no SAP, preferencialmente com base na localização geográfica do fornecedor, na criticidade do material para a Companhia e na situação do fornecedor quanto ao seu Grau de Inspeção; A distribuição dos órgãos inspetores da PETROBRAS que inspecionam o material desses Pedidos de Compras, devem preferencialmente contemplar:

o MATERIAIS/CDBS/IF - para os estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo; o COMPARTILHADO/RSPS/BS/STEC - para os estados de São Paulo, Paraná, Santa

Catarina e Rio Grande do Sul; o COMPARTILHADO/RNNE/BS/SCNTR - para os estados do Nordeste e Norte.

2. Pedidos de Compra adjudicados diretamente pelos órgãos locais de suprimento, em

fornecedores nacionais - a princípio, a inspeção deverá ser realizada pelo órgão inspetor do próprio órgão licitante ou por empresa de inspeção contratada diretamente por ele. Mediante prévio acordo e dependendo da localização geográfica do fabricante e da disponibilidade de pessoal, os órgãos de inspeção da Unidade de MATERIAIS, do Compartilhado/RSPS ou Compartilhado/RNNE poderão prestar esse serviço. Outra alternativa, após contato prévio com a área de MATERIAIS/CDBS/IF, é a utilização dos contratos de inspeção gerenciados por este órgão.

3. Pedidos de Compra adjudicados em fornecedores estrangeiros - caso haja interesse dos órgãos de suprimento, a Unidade de MATERIAIS poderá ter sua participação solicitada e ela coordenará a inspeção de fabricação, utilizando principalmente uma de suas contratadas no exterior. O órgão de suprimento em questão, deverá enviar o Pedido de Compra e toda as documentação técnica envolvida (RM, FD, ET, etc), para o planejamento da inspeção.

4. Pedidos de Compra adjudicados em revendedores ou distribuidores: 1. Durante a fase de licitação, para os processos de aquisição de Bens (Materiais) sujeitos à

qualificação técnica, onde participem revendedores ou distribuidores: o 1a. Os revendedores ou distribuidores devem comprovar a origem do material; o 1b. O material deve ser originário de fabricante devidamente qualificado pela

PETROBRAS (verificando-se através do CRCC ou do SAP); o 1c. O tipo de inspeção de fabricação a ser considerado é aquele constante do CRCC do

fabricante original, na correspondente família de material; o 1d. Para Bens (Materiais) com inspeção tipo C, deve ser evitada a adjudicação em

revendedores, pela impossibilidade da realização do acompanhamento da fabricação; o 1e. Devem constar do Edital:

1. que o revendedor, conforme protocolo assinado por ocasião do seu cadastramento na PETROBRAS, deve se responsabilizar pela contratação de firma de inspeção independente, previamente aprovada pela PETROBRAS, para a realização da inspeção no fabricante original do material;

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2. Quando da emissão dos Pedidos de Compra para revendedores de Bens (Materiais) sujeitos a qualificação técnica:

IIa. Indicar o tipo de inspeção em cada item do Pedido de Compra, conforme consta do CRCC do fabricante original, para as famílias de material correspondentes;

IIb. Incluir as seguintes notas padrões: 1. “A inspeção de fabricação será efetuada de acordo com o tipo

designado em cada item deste Pedido de Compra e em conformidade com o quadro de atividades mínimas de inspeção de fabricação (em anexo)".

2. “A inspeção deverá ser executada por firma de inspeção independente, contratada pelo fornecedor e previamente aceita pela PETROBRAS, para execução dos serviços diretamente no fabricante original do material”.

3. “A PETROBRAS, através do órgão inspetor designado neste Pedido de Compra, para acompanhamento do processo, poderá solicitar formalmente do fornecedor, a apresentação do Plano de Inspeção e Testes e/ou os procedimentos de testes, a fim de designar os eventos a serem executados pela firma de inspeção contratada".

4. “Os relatórios de inspeção comunicando a liberação do material, emitidos pela firma de inspeção contratada, deverão ser encaminhados para o órgão requisitante, juntamente com os Bens (Materiais) objetos deste Pedido de Compra, com cópia para o órgão gerenciador do contrato".

IIc. No Pedido de Compra deverá constar o órgão inspetor que acompanhará este processo. O órgão inspetor a ser designado deverá ser aquele que dá apoio ao órgão local na área do revendedor/distribuidor.

topo 7. Planejamento da inspeção a. Planejamento da inspeção de fabricação para Pedidos de Compra adjudicados em fornecedores nacionais ou internacionais: Em Pedidos de Compra nacionais, cabe ao órgão inspetor da PETROBRAS ou empresa contratada pela Companhia, cumprir as seguintes etapas dentro do planejamento da inspeção:

• contato inicial com o fornecedor, esclarecendo os procedimentos que serão seguidos pelo órgão ou empresa inspetora;

• análise da documentação técnica contratual, para verificar sua compatibilidade com o material objeto do Pedido de Compra;

• contato com o gerente do contrato e com o órgão requisitante, para verificar particularidades sobre o Pedido de Compra, corrigir divergências relacionadas com a documentação técnica contratual e acertar, caso desejem, o acompanhamento conjunto de etapas do processo de inspeção;

• quando aplicável, análise e quando aplicável, análise e adequação da Rotina de Inspeção e Lista de Verificação - LV referente ao material;

• verificação (para inspeções tipo “A” ou “B”) ou análise e aprovação (para inspeções tipo “C”) do Plano de Inspeção e Testes do fornecedor, para o material referente à PEDIDOS DE COMPRA. Deve ser verificada a compatibilidade do Plano de Inspeção e Testes do fabricante com o exigido nos Requisitos de Inspeção e condições contratuais;

• indicação no Plano de Inspeção e Testes, dos pontos de espera (hold points) em que é obrigatória a presença do órgão ou empresa inspetora para testemunho ou verificação de uma etapa do processo de fabricação/controle de qualidade interno, relativa ao fornecimento.

No caso de Pedidos de Compra adjudicados no exterior, todo o planejamento mencionado acima é realizado por órgão da PETROBRAS, e posteriormente se informa ao fornecedor o nome de uma das empresas contratadas que irá acompanhar os eventos alocados no Plano de Inspeção e Testes. Deve ser informado pelo gerente do contrato o nome, endereço, pessoa de contato e demais dados do fornecedor no exterior.

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A PETROBRAS poderá realizar reuniões de pré-inspeção nas dependências dos fornecedores tanto a nível nacional como internacional, visando esclarecer os eventos contratuais a serem realizados pelo fornecedor, os itens a serem acompanhados pela fiscalização, bem como os documentos contratuais a serem gerados. A nível internacional os acompanhamentos deverão seguir a matriz mencionada no Quadro V. QUADRO V

Qualificação Técnica do Fornecedor e/ou

Resultados do PGQMSA

Criticidade Fabril /

Operacional

Contrato com valor acima de US$500.000

(quinhentos mil dólares americanos)

RESPONSABILIDADE PELA INSPEÇÃO

Não Adequada - - PETROBRAS Pré-Inspeção e acompanhamento de pontos ao

longo do ciclo fabril.

Adequada Alta Qualquer valor PETROBRAS Pré-Inspeção e acompanhamento de pontos ao

longo do ciclo fabril.

Adequada Baixa Maior que 500.000 PETROBRAS Pré-Inspeção (antes do início do ciclo fabril)

Adequada Baixa menor que 500.000 Contratada b. Planejamento da inspeção de fabricação para Pedidos de Compras adjudicados em revendedores ou distribuidores: Quando a inspeção for executada por uma empresa de inspeção independente, contratada diretamente pelo fornecedor, o órgão inspetor ligado organizacionalmente ao órgão licitante deve cumprir as seguintes etapas:

1. Análise e aprovação do Plano de Inspeção e Testes do fornecedor, para o material referente à PEDIDOS DE COMPRA que deverá ser seguido pela empresa de inspeção independente.

2. Verificação da compatibilidade do Plano de Inspeção e Testes do fabricante com o exigido nos documentos contratuais e a indicação dos pontos de espera (hold points), onde é obrigatória a presença da empresa inspetora mencionada, para testemunho ou verificação de uma etapa do processo de fabricação/controle de qualidade interno, relativa ao fornecimento.

3. O Plano de Inspeção e Testes após analisado pelo Órgão Inspetor deverá ser encaminhado ao fornecedor do PCS, ao Gerente do Contrato da PETROBRAS e ao órgão requisitante, caso se encontrar mencionado no PCS.

8. Execução da inspeção a. Execução da inspeção de fabricação para Pedidos de Compra adjudicados em fornecedores nacionais ou estrangeiros, por órgão inspetor da PETROBRAS ou por empresa de inspeção contratada diretamente pela Companhia: Devem ser cumpridas as seguintes etapas dentro do processo de inspeção de fabricação:

• O fornecedor deverá comunicar ao Órgão Inspetor, indicado no CONTRATO, com antecedência mínima de 05 (cinco) dias úteis, a data a partir da qual o Bem estará disponível para ser inspecionado. O início da inspeção ocorrerá em até 05 (cinco) dias úteis após esta data. Ocorrendo impossibilidade da PETROBRAS realizar a inspeção, o Órgão Inspetor comunicará ao FORNECEDOR a nova data, mantendo-se em vigor as demais condições contratuais.

• Para o FORNECEDOR com instalações fabris localizadas no exterior, a comunicação ao Órgão Inspetor deverá ter a antecedência mínima de 10 (dez) dias úteis.

• Para inspeções onde há necessidade do órgão inspetor estar residente, mediante procedimentos estabelecidos na etapa de planejamento de inspeção, o fornecedor nacional deve encaminhar ao

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órgão inspetor, até a quinta-feira da semana anterior, a programação semanal dos eventos assinalados no Plano de Inspeção e Testes, como pontos de espera. Serão aceitos desvios, de no máximo 20% da programação proposta, desde que informados com até 24 horas de antecedência. Esses desvios devem ser reprogramados, seguindo os mesmos critérios acima. Para os fornecedores estrangeiros vale a mesma regra, com exceção da primeira programação semanal, que deve ser informada com dez dias úteis de antecedência.

• Cabe ressaltar que esses prazos estabelecidos, tanto para a informação pelo fornecedor da disponibilidade do material para inspeção, quanto de sua realização pelo órgão ou empresa inspetora, são necessários, visto que os recursos humanos do órgão ou empresa inspetora são limitados e quaisquer desvios da programação incorrem em custos extras, pela necessidade de remanejamento de pessoal.

• É responsabilidade do fornecedor manter disponível para o órgão ou empresa inspetora todas as condições necessárias para a realização das inspeções, tais como:

1. acompanhamento por pessoal responsável no seu controle de qualidade pela etapa que está sendo inspecionada, para prestar todas as informações necessárias;

2. instrumentação/equipamentos necessários para a realização da inspeção, devidamente calibrados e dentro dos prazos de validade;

3. desenhos de fabricação, procedimentos internos, certificações, especificações, normas técnicas ou qualquer outra documentação técnica relacionada ao material e processo sob inspeção, disponíveis (e devidamente aprovados pela PETROBRAS quando o contrato assim exigir);

4. material devidamente preparado para a realização da inspeção; 5. nas inspeções do tipo “C”, mediante acordo prévio, o fornecedor deverá manter à

disposição do órgão ou empresa inspetora uma sala devidamente arejada contendo no mínimo, mesas, cadeiras, armário e extensão telefônica, para seu uso;

• o inspetor da PETROBRAS ou da empresa inspetora contratada deve manter conduta condizente com sua atividade, devendo quaisquer desvios serem imediatamente comunicados à gerência do órgão responsável pela atividade de inspeção;

• se os prazos estipulados para a realização da inspeção não forem cumpridos pelo órgão ou empresa inspetora, o fornecedor terá o direito de pleitear, junto ao órgão da PETROBRAS gerenciador do contrato, a prorrogação do contrato pelo número de dias referentes a esse atraso;

• O fabricante deverá apresentar ao órgão ou empresa inspetora, para análise, todos os registros de não-conformidades - RNC ocorridos no decorrer do processo de fabricação. Aqueles RNC que envolvam soluções de engenharia, que alterem o projeto original ou que venham de encontro à Requisição de Material ou Especificação Técnica originais, deverão ser submetidos pelo órgão ou empresa inspetora à aprovação do órgão requisitante;

• Como decorrência da atividade de inspeção, são emitidos pelo órgão ou empresa inspetora os seguintes documentos:

o COMUNICADO DE LIBERAÇÃO DE MATERIAL - CLM. O original do CLM deve ser entregue ao fornecedor e, no mínimo, devem receber cópias, o órgão gerenciador do contrato, o órgão requisitante do material e o órgão inspetor (e a empresa inspetora, quando for o caso).

o Cabe ressaltar que a emissão do CLM não exime o fornecedor de sua responsabilidade em garantir o funcionamento do material/equipamento nas condições adequadas e dentro da vida útil, previstos na documentação contratual.

o COMUNICADO DE REJEIÇÃO DE MATERIAL - CRM. O original do CRM deve ser entregue ao fornecedor e no mínimo devem receber cópias, o órgão gerenciador do contrato, o órgão requisitante do material e o órgão inspetor (e a empresa inspetora, quando for o caso);

o LISTA DE VERIFICAÇÃO-LV - O original da LV, quando preenchida, deve ser

entregue ao órgão gerenciador do contrato e no mínimo devem receber cópias, o órgão requisitante do material e o órgão inspetor (e a empresa inspetora, quando for o caso);

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o RELATÓRIO DE INSPEÇÃO-RI. O original do RI deve ser entregue ao fornecedor e no mínimo devem receber cópias, o órgão gerenciador do contrato, o órgão requisitante do material e o órgão inspetor (e a empresa inspetora quando for o caso);

o PLANILHA DO ÍNDICE DE REJEIÇÃO - Para cada PEDIDO DE COMPRA inspecionado, o órgão ou empresa inspetora preenchem no Controle de Inspeções, denominado INSPETRO a quantidade total de eventos inspecionados e a quantidade total de eventos rejeitados (por CRM ou RI).

o O órgão inspetor deverá comunicar ao órgão financeiro, responsável pelos pagamentos relacionados à PEDIDOS DE COMPRA, todos os custos decorrentes de serviços de reinspeção ocasionados por culpa do fornecedor, para desconto nos pagamentos a ele efetuados.

o Cópias desse comunicado deverão ser enviadas para o fabricante e para o órgão gerenciador do contrato.

o No caso da reinspeção ser efetuada por empresa de inspeção contratada, essa deverá comunicar tal fato ao órgão gerenciador do contrato de inspeção, para as ações acima descritas.

b. Acompanhamento, pelo MATERIAIS/CDBS/IF, da execução da inspeção de fabricação para Pedidos de Compras adjudicados em fornecedores estrangeiros, por empresa de inspeção contratada diretamente pelo fabricante: Devem ser cumpridas as seguintes etapas nesse acompanhamento:

• dirimir dúvidas transmitidas pelo fabricante ou pela empesa de inspeção, relacionadas com as atividades de inspeção de fabricação;

• intermediar junto ao órgão requisitante eventuais pareceres sobre soluções de engenharia que modifiquem o projeto ou as RM originais, apresentadas pelo fabricante em atendimento a registros das não-conformidades;

• analisar e aprovar o relatório final de inspeção emitido pela empresa inspetora contratada, verificada sua conformidade com o exigido nos Requisitos de Inspeção e na documentação técnica contratual.

c. Custos decorrentes da Reinspeção Conforme previsto no item 7.3.2 das CFM, no caso da inspeção não se realizar por responsabilidade exclusiva do FORNECEDOR, ou for necessária uma reinspeção em decorrência de rejeição do material em inspeção anterior, este reembolsará a PETROBRAS os custos da presença do Inspetor, ou seus prepostos, nas suas instalações, incluindo os eventuais custos de deslocamento e hospedagem. Os órgãos de inspeção de fabricação devem comunicar aos respectivos órgãos gerenciadores dos contratos, todos os custos decorrentes de serviços de reinspeção realizados por eles ou pela empresa de inspeção mantida sob contrato, ocasionados por culpa do fornecedor, para descontos em futuros pagamentos a ele efetuados pela PETROBRAS. Devem ser cobrados os seguintes custos de reinspeção:

1. Custos do HH dispendidos para a execução da reinspeção, tanto pelos inspetores da PETROBRAS como pelos inspetores da firma contratada;

2. Despesas com diárias, deslocamentos e hospedagens necessárias para a execução da reinspeção.

8. Rotinas de inspeção

O MATERIAIS/CDBS/IF mantém à disposição dos órgãos de inspeção de fabricação da Companhia e das empresas de inspeção contratadas uma coletânea de Rotinas de Inspeção, como ferramenta de apoio: Cada Rotina de Inspeção está relacionada a um determinado material e tem como objetivos: orientar o órgão inspetor sobre todas as etapas do processo fabril que necessitam de intervenção da inspeção, padronizar as ações de inspeção, instruir sobre os critérios de aceitação e rejeição do material e, quando necessário, ressaltar detalhes que devem ser observados durante a inspeção.

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Para cada Pedido de Compra a ser inspecionado, a Rotina de Inspeção e sua respectiva Lista de Verificação, devem ser analisadas em conjunto com a documentação técnica contratual e, sempre que necessário, serem adaptadas às condições especificas do fornecimento. Cada Rotina de Inspeção está dividida em três partes, que são:

• Índice de Normas Técnicas, Padrões de Materiais e Especificações Técnicas: da PETROBRAS, nacionais e internacionais, que servem de documento de referência para a Rotina.

• A Rotina de Inspeção propriamente dita. • Lista de Verificação - é um documento emitido pela PETROBRAS, em forma de questionário,

com descrição sucinta de todas as etapas a serem observadas pelo inspetor, de acordo com o descrito na Rotina. Devem ser utilizadas e preenchidas pelo órgão inspetor, quando necessário, para cada item ou grupo de itens inspecionados, em atendimento ao documento de colocação da compra.

Atualmente existem cerca de 130 Rotinas elaboradas, assim divididas:

• I - Mecânica; • II - Exploração, Perfuração e Produção; • III - Instrumentação e Automação; • IV - Elétrica;V - Química; • VI - Caldeiraria; • VII - Válvulas; • VIII - Geral.

A Unidade de MATERIAIS/CDBS/IF mantém programa anual de elaboração de novas Rotinas e de revisão das já existentes. topo 10. Índices de rejeição A partir do preenchimento das planilhas constantes no Programa de Gestão de Inspeção denominado INSPETRO pelos órgãos e empresas inspetoras, são calculados os Índices de Rejeição do Fornecedor -Ir, relativo a inspeção de fabricação. Basicamente, o Índice de Rejeição afere a confiabilidade do Sistema da Qualidade do fabricante em fornecer Bens (Materiais) em conformidade com a documentação contratual, independente da intervenção da inspeção da PETROBRAS ou de seu representante. Esse Índice de Rejeição realimenta a obtenção do Grau de Inspeção do Fornecedor, que por sua vez estabelecerá um maior ou menor rigor no tipo de inspeção a ser realizado. O cálculo do Índice de Rejeição é baseado na relação entre os eventos rejeitados (Er) pelo inspetor (através de CRM) ou RI) e os eventos por ele acompanhados (Ea), para cada PCS. Os eventos considerados são: verificação dos registros da qualidade do fabricante relativos ao processo, inspeções visual, dimensional, de pintura, etc. acompanhadas pelos inspetores, testemunhos de testes e ensaios e verificação de identificação, embalagem e acondicionamento do material. Os índices de rejeição estão divididos em quatro graus: leves, médios, graves ou gravíssimos. Foram designados pesos diferentes para os quatro graus acima citados, conforme exemplos constantes no Quadro VI abaixo:

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QUADRO VI - MATRIZ PARA INDICAÇÃO DO INDICE DE REJEIÇÃO Índice de Rejeição Característica Peso Exemplos

Leve

Não-conformidade identificada pelo responsável pela inspeção da PETROBRAS, em relação ao Sistema da Qualidade do fornecedor, cuja implicação não afete o desempenho do equipamento, nem o prazo contratual, ou em nova visita.

0,125

1. Identificação de necessidade uma simples revisão de documentos internos;

2. Identificação de vazamentos na bancada de testes do fornecedor que inviabilize momentâneamente, o testemunho do evento contratual.

3. Pendência de aprovação de desenhos ou documentos gerados por exigência contratual, cuja não conformidade não venha acarretar em problemas relacionados a segurança e/ou funcionalidade do material.

4. Sistemática de rastreabilidade feita de forma prática aceitável, mas sem a elaboração de procedimento respectivos bem como seus registros;

5. Ausência de ensaio ou ensaio executado em desacordo com as especificações, porém repetido com testemunho da inspeção, com resultados satisfatórios.

Médio

Não conformidade no equipamento, detectada pelo responsável pela inspeção da PETROBRAS, com possibilidade de correção, sem implicação em prazo, ou em nova visita.

0,25

1. Evento identificado pela Inspeção/PETROBRAS que gere uma RNC e parecer técnico do fornecedor, face estar fora da norma contratual e aceito pelo órgão inspetor da PETROBRAS, sem necessidade de parecer do órgão requisitante.

2. Não conformidade dimensional passível de correção.

3. Falta de atendimento à completeza dos certificados de materiais.

Grave

Não conformidade no equipamento, detectada pelo responsável pela inspeção da PETROBRAS, sem condições de correção, com implicação em prazo, em nova visita, mesmo que haja a aceitação pelo cliente.

0,50

1. Curva de performance fora de norma, mesmo com aceite do órgão requisitante do equipamento. b) Falta de certificados de conformidade para equipamentos elétricos (Classificação de área).

2. Evento acordado no Plano de Inspeção como testemunhado, porém realizado sem a presença da Inspeção/PETROBRAS e sem possibilidade de nova execução.

3. Problemas técnicos documentais durante a realização dos testes que impeçam a realização dos mesmos.

4. Utilização de profissional não atendendo aos requisitos de qualificação exigido.

5. Falta de atendimento aos procedimentos e/ou exigências de processos especiais, previamente aprovados pela PETROBRAS: Ex. Soldagem, TT.

6. Falta e/ou ensaio executado em

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desacordo com especificações, quando o teste não possa ser repetido.

7. Não atendimento a NR-13 para vasos de pressão e decretos para área classificada.

8. Substituição inadequada de componentes e/ou materiais.

Gravíssimo

Não conformidade detectada pelo responsável pela inspeção da PETROBRAS relacionada à atitude de má fé, adulteração de documentos e/ou identificação de componentes pelo fornecedor.

1 1. Adulteração de certificados 2. Fraudes em geral.

Os índices de rejeição calculados são informados à área de Cadastro da PETROBRAS, para que possam ser tomadas ações. Este documento foi revisado pela Gerência Setorial de Inspeção de Fabricação da Unidade de MATERIAIS. Para quaisquer comentários sobre seu conteúdo ou esclarecimentos adicionais, solicitamos se dirigir ao:

• MATERIAIS/CDBS/IF Av. Almirante Barroso, 81, 27º andar - Centro - CEP: 20031-004 - Rio de Janeiro/RJ Telefone: (21) 3229-1899; Fax: 3229-1837 E-mail: [email protected]

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