ABC da Caatinga Nr. 11 - 12 abril

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Fortaleza-Ceará-Brasil Terça-feira, 12 de abril de 2011 8 Verde Verde N os últimos anos o Ceará teve avanços significativos em relação a legislações ambientais que favorecem a preserva- ção ambiental. Desafiando a lógica de punir aqueles que cometem crimes ambientais – e muitas vezes punir mal pela ineficiência dos órgãos e morosidade da própria justiça – bus- cou-se reconhecer aqueles que promovem ati- tudes ambientais exemplares. Em 2003, numa iniciativa do Governo do Es- tado em parceria com mais de 20 entidades, foi criado o Programa Selo Município Verde, o pri- meiro programa de certificação ambiental mu- nicipal do país. O programa avalia anualmente os municípios participantes em relação ao seu desempenho ambiental, premiando aqueles que se destacam. Municípios ganhadores já recebe- ram estações de reciclagem, viveiros de mudas, computadores entre outros. Na mesma linha de reconhecer aqueles que atuam em prol da natureza foi criado, em 2007, o ICMS Socioambiental que direciona parte dos recursos do ICMS a municípios com bom de- sempenho na gestão dos recursos sólidos. Am- bas as legislações tem contribuído para ampliar a preservação dos recursos naturais da Caatinga. O projeto “No Clima da Caatinga” dissemina novas tecnologias sociais e ambientais junto a moradores da zona rural de Crateús, no entorno da Reser- va Natural Serra das Almas. A adoção destas tecnologias ajuda a enfrentar al- gumas das principais causas do aque- cimento global através da fixação e emissão evitada de carbono. Em 28 de abril comemora-se o Dia Nacional da Caatinga. Nesta data, em Crateús, haverá uma grande mobiliza- ção das 16 comunidades participantes do projeto para apresentar as princi- pais ações previstas pelo projeto nos próximos dois anos. Esse projeto é pa- trocinado pela Petrobras, através do Programa Petrobrás Ambiental. Maio- res informações sobre o projeto: www. noclimadacaatinga.org.br. ABC da Caatinga Conheça mais em: www.acaatinga.org.br Políticas Públicas para a Caatinga BIODIVERSIDADE DA CAATINGA Umbuzeiro Nome científico: Spondias tuberosa Arruda Árvore de 4-7 m de altura, de copa baixa e bastante ramificada. Tronco curto e retorcido, de 40-60 cm de diâmetro e revestido por casca lisa. Tem flores brancas e aromáticas e fruto amarelo- esverdeado, sem pelos ou coberto por uma leve penugem, arre- dondado, com 2 a 4 cm de diâmetro, de superfície lisa ou dotado de 4-5 pequenas protuberâncias em uma das extremidades. A polpa é branco-esverdeada, mole, suculenta, de sabor agri- doce agradável. Em seu interior há um único caroço, onde se encontra a semente. A floração acontece quase sempre um pouco antes das primeiras chuvas, quando ainda sem folhas, ou no iní- cio das chuvas quando já enfolhada. Como as chuvas na Caatinga não iniciam na mesma época, a floração e produção de frutos variam de local para local. De ma- neira geral os períodos de floração e maturação dos frutos são, respectivamente, setembro-dezembro e janeiro-fevereiro. A árvore é muito cultivada em todo o Nordeste para a produ- ção de frutos e para fornecimento de sombra. Possui madeira leve, mole, fácil de trabalhar, de baixa durabilidade natural. Em- pregada nas obras internas, em caixotaria e no fabrico de pas- ta celulósica. Os frutos, comestíveis, são muito consumidos no Nordeste ao natural, misturados com leite ou sob forma de doces diversos. As flores servem à apicultura. SINTA O CLIMA DA CAATINGA

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Fortaleza-Ceará-BrasilTerça-feira, 12 de abril de 20118 VerdeVerde

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Nos últimos anos o Ceará teve avanços signifi cativos em relação a legislações ambientais que favorecem a preserva-

ção ambiental. Desafi ando a lógica de punir aqueles que cometem crimes ambientais – e muitas vezes punir mal pela inefi ciência dos órgãos e morosidade da própria justiça – bus-cou-se reconhecer aqueles que promovem ati-tudes ambientais exemplares.

Em 2003, numa iniciativa do Governo do Es-tado em parceria com mais de 20 entidades, foi criado o Programa Selo Município Verde, o pri-meiro programa de certifi cação ambiental mu-

nicipal do país. O programa avalia anualmente os municípios participantes em relação ao seu desempenho ambiental, premiando aqueles que se destacam. Municípios ganhadores já recebe-ram estações de reciclagem, viveiros de mudas, computadores entre outros.

Na mesma linha de reconhecer aqueles que atuam em prol da natureza foi criado, em 2007, o ICMS Socioambiental que direciona parte dos recursos do ICMS a municípios com bom de-sempenho na gestão dos recursos sólidos. Am-bas as legislações tem contribuído para ampliar a preservação dos recursos naturais da Caatinga.

O projeto “No Clima da Caatinga” dissemina novas tecnologias sociais e ambientais junto a moradores da zona rural de Crateús, no entorno da Reser-va Natural Serra das Almas. A adoção destas tecnologias ajuda a enfrentar al-gumas das principais causas do aque-cimento global através da fi xação e emissão evitada de carbono.

Em 28 de abril comemora-se o Dia Nacional da Caatinga. Nesta data, em Crateús, haverá uma grande mobiliza-ção das 16 comunidades participantes do projeto para apresentar as princi-pais ações previstas pelo projeto nos próximos dois anos. Esse projeto é pa-trocinado pela Petrobras, através do Programa Petrobrás Ambiental. Maio-res informações sobre o projeto: www.noclimadacaatinga.org.br.

ABC da CaatingaCaatingaCaatingaConheça mais em: www.acaatinga.org.br

Políticas Públicas para a Caatinga

BIODIVERSIDADE DA CAATINGA

Umbuzeiro

Nome científi co: Spondias tuberosa Arruda Árvore de 4-7 m de altura, de copa baixa e bastante ramifi cada.

Tronco curto e retorcido, de 40-60 cm de diâmetro e revestido por casca lisa. Tem fl ores brancas e aromáticas e fruto amarelo-esverdeado, sem pelos ou coberto por uma leve penugem, arre-dondado, com 2 a 4 cm de diâmetro, de superfície lisa ou dotado de 4-5 pequenas protuberâncias em uma das extremidades.

A polpa é branco-esverdeada, mole, suculenta, de sabor agri-doce agradável. Em seu interior há um único caroço, onde se encontra a semente. A fl oração acontece quase sempre um pouco antes das primeiras chuvas, quando ainda sem folhas, ou no iní-cio das chuvas quando já enfolhada.

Como as chuvas na Caatinga não iniciam na mesma época, a fl oração e produção de frutos variam de local para local. De ma-neira geral os períodos de fl oração e maturação dos frutos são, respectivamente, setembro-dezembro e janeiro-fevereiro.

A árvore é muito cultivada em todo o Nordeste para a produ-ção de frutos e para fornecimento de sombra. Possui madeira leve, mole, fácil de trabalhar, de baixa durabilidade natural. Em-pregada nas obras internas, em caixotaria e no fabrico de pas-ta celulósica. Os frutos, comestíveis, são muito consumidos no Nordeste ao natural, misturados com leite ou sob forma de doces diversos. As fl ores servem à apicultura.

SINTA O CLIMA DA CAATINGA