Abacaxi

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FRUTICULTURA Professora Dra Alexandra Sanae Maeda Abacaxi Julho de 2012

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FRUTICULTURA Professora Dra Alexandra Sanae Maeda

Abacaxi

Julho de 2012

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Planta e o seu ciclo

O abacaxizeiro (Ananas comosus L.,Merril):

- planta monocotiledônea;

- herbácea perene;

- família Bromeliaceae.

Planta:

- Caule (talo) curto e grosso;

- Folhas (forma de calhas), estreitas e rígidas;

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Planta e o seu ciclo

O abacaxizeiro (Ananas comosus L.,Merril):

- planta monocotiledônea;

- herbácea perene;

- família Bromeliaceae.

Planta:

- Caule (talo) curto e grosso;

- Folhas (forma de calhas), estreitas e rígidas:

raízes axilares;

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Planta e o seu ciclo

- sistema radicular fasciculado, superficial e

fibroso (30 cm);

- 1,00 m a 1,20 m de altura;

- 1,00 m a 1,50 m de diâmetro.

Folhas são classificadas: formato e posição

na planta: A, B,C, D, E e F.

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Fonte: Malavolta (1982)

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Planta e o seu ciclo

Folha D:

- importante do ponto de vista do manejo da

cultura;

- a mais jovem dentre as folhas adultas

(metabolicamente: mais ativa);

- avaliação nutricional da planta;

- forma um ângulo de 45° entre o nível de solo

e um eixo imaginário que passa pelo centro

da planta.

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Planta e o seu ciclo

Caule:

- pedúnculo que sustenta a inflorescência (o

fruto);

Fruto:

-fruto composto ou múltiplo chamado sincarpo:

formado pela coalescência dos frutos

individuais, do tipo baga, numa espiral sobre

o eixo central, que é a continuidade do

pedúnculo.

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Planta e o seu ciclo

- Compõe-se de 100 a 200 flores individuais

arrumadas em espiral em volta de um eixo.

Os rebentos ou mudas:

- desenvolvem-se a partir de gemas axilares

localizadas no caule (rebentões) e no

pedúnculo (filhotes).

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Planta e o seu ciclo

CICLO DA PLANTA: 3 fases

A 1ª: fase vegetativa ou de crescimento

vegetativo (folhas):

- plantio ao dia do tratamento de indução floral

(TIF) ou da iniciação floral natural;

- duração variável: 8 a 12 meses.

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Planta e o seu ciclo

A 2a fase: reprodutiva ou de formação do

fruto:

-duração bastante estável para cada região: 5

a 6 meses.

O primeiro ciclo completo da cultura: 13 a 18

meses (região tropical brasileira).

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Planta e o seu ciclo

A 3ª fase: propagativa (formação de mudas

(filhotes e rebentões), sobrepõe-se,

parcialmente, à segunda fase:

- 4 a 10 meses para mudas tipo filhote

(formação se inicia no período pré-floração)

- 2 a 6 meses para mudas do tipo rebentão;

Essas mudas dão origem ao segundo ciclo

da planta soca que também passa por 3

fases.

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Planta e o seu ciclo

SOCA

- 1ª fase é mais curta (6 a 7 meses);

- 2ª fase com duração total de 11 a 13 meses.

SEGUNDA SOCA

Brasil: dois ciclos da cultura.

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Tipos de mudas convencionais do abacaxizeiro

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Planta e o seu ciclo

Tipos de mudas (reprodução assexuada)

- Qualidade e vigor da muda: condições

ambientais onde são produzidas e o manejo

dado a cultura.

COROA

- Brotação do apíce do fruto: produzida a partir

do meristema apical.

- Tipo de muda menos usado: acompanha o

fruto na comercialização “ in natura”(Brasil).

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Planta e o seu ciclo

- Menor peso (75 a 100 g).

- Crescimento lento apesar de um

enraizamento + rápido maior juvenilidade.

- Frutificação + tardia.

- Plantios + homogêneos e – sensíveis aos

estímulos naturais à floração.

- Suscetível às podridões (Phytophthora

parasitica).

- Não produz enquanto estiver ligado à planta-

mãe.

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Planta e o seu ciclo

FILHOTE

- Brotação do pedúnculo: gemas axilares nas

bainhas das brácteas do pedúnculo.

- Peso de 100 a 300 g.

- Crescimento sincronizado com a

inflorescência.

- Não produzem enquanto estiverem ligados a

planta-mãe.

- Tipo de muda + disponível no Brasil (cv.

Peróla).

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Planta e o seu ciclo

- Desenvolvimento relativamente uniforme (-

coroa).

- Ciclo mais longo que rebentão: restrigem

como material para plantio.

- Formato curvada

REBENTÃO

- Brotação do caule: gemas axilares nas

bainhas das folhas do caule.

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Planta e o seu ciclo

- Peso de 200 a 500 g.

- Desuniformidade do desenvolvimento

(dificulta culturas homogêneas).

- Risco de florescimento precoce (ciclo +

curto).

- Utilizado para 2o ciclo: produz na planta-mãe.

- Usado em plantios da cv. Smooth Cayenne.

- Formato bico-de-pato da sua base.

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Planta e o seu ciclo

FILHOTE-REBENTÃO

- Brotação da região da inserção do pedúnculo

no caule.

- Apresenta características intermediárias

entre o filhote e rebentão: muda de reduzida

expressão (produção limitada).

PLÂNTULAS

- Bastante recomendada: ótimas condições de

sanidade.

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Planta e o seu ciclo

- Disponível se houver um programa de

produção de mudas (viveiros).

- Muda produzida em viveiros, a partir de

pedaços do talo (caule) das plantas.

- Muda obtida em laboratório por meio de

técnicas de cultura de tecidosexcelente

sanidade, mais cara, uso mais restrito.

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TIPOS DE MUDAS

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Tipos de mudas

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Seções do caule em disco

Mudas sadias produzidas por seccionamento do caule

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Mudas sadias produzidas por seccionamento do caule

Viveiro

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Mudas sadias produzidas por seccionamento do caule

Mudas de seções do caule

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MANEJO CONVENCIONAL DAS MUDAS

Compreende as etapas de ceva, colheita,

cura, seleção e tratamento fitossanitário.

CEVA

- Após a colheita dos frutos deve-se manter as

mudas ligadas à planta mãe até que estas

alcancem o tamanho adequado para o

plantio 30 a 45 cm período varia de 1 a 6

meses (menor nos filhotes e maior nos

rebentões).

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MANEJO CONVENCIONAL DAS MUDAS

CEVA

- Uso da irrigação, pulverização para controle

de ácaros e cochonilhas e adubação

suplementar, via pulverização foliar, com

uréia a 3% e cloreto de potássio a 2%

melhorar o vigor e o estado fitossanitário das

mudas.

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MANEJO CONVENCIONAL DAS MUDAS

COLHEITA

- É feita quando a maioria das mudas

atingirem o porte satisfatório.

- Nesta operação é recomendado se descartar

as mudas com sintomas de ataque de pragas

e doenças e eliminar o fruto pequeno.

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MANEJO CONVENCIONAL DAS MUDAS

CURA

- Consiste na exposição das mudas ao sol,

com a base virada para cima, sobre as

próprias plantas-mãe ou espalhando-as

sobre o solo em local próximo ao do

plantio acelerar a cicatrização da lesão

oriunda da colheita, reduzir a população de

cochonilhas e eliminar o excesso de umidade

da muda

- As mudas nunca devem ser amontoadas.

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Cura

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MANEJO CONVENCIONAL DAS MUDAS

SELEÇÃO

- Nesta fase deve-se eliminar todas as mudas

com sintomas de doenças, danos mecânicos

e ataque de pragas.

- Padronização das mudas em função do tipo

(filhotes e rebentões) e tamanho (30 a 40cm,

40 a 50 cm e maiores que 50cm).

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MANEJO CONVENCIONAL DAS MUDAS

TRAMENTO FITOSSANITÁRIO

- Mudas com alta infestação de cochonilhas

devem ser mergulhadas em uma solução

acaricida-inseticida-fosforado (Paration

metílico ou Etion) por 3 a 6 minutos.

- Após este período as mudas são espalhadas

e mantidas à sombra por 10 dias, quando é

feita outra seleção às vésperas do plantio.

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Tratamento fitossanitário

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Principais variedades

A produção comercial de abacaxi é baseada

nas variedades:

- Smooth Cayenne

- Pérola

- Queen (África do Sul e na Austrália)

- Singapore Spanish (Malásia)

- Española Roja

- Perolera (Colômbia e na Venezuela)

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Principais variedades

Cerca de 70% da produção mundial de

abacaxi provém de Smooth Cayenne.

Brasil: Peróla, Smooth Cayenne e Jupi.

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Principais variedades

Smooth Cayenne

- Conhecida vulgarmente como abacaxi

havaiano.

- Variedade mais plantada no mundo (termos

de área, quanto em faixa de latitude.

- Rainha das variedades de abacaxi:

características favoráveis.

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Principais variedades

Smooth Cayenne

Planta:

- Robusta.

- Porte semi-ereto

- Folhas não apresentam espinhos, a não ser

alguns encontrados na extremidade apical do

bordo da folha.

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Principais variedades

Smooth Cayenne

Fruto:

- Atraente.

- Ligeiramente cilíndrico.

- 1,5 a 2,5 kg.

- Casca de cor amarelo-alaranjada (maduro)

- Polpa amarela, rico em açúcares (13ºBrix a

19 ºBrix).

- Acidez maior do que as outras variedades.

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Principais variedades

Smooth Cayenne

- Adequada para a industrialização e a

exportação como fruta fresca.

- A coroa é relativamente pequena e a planta

produz poucas mudas do tipo filhote.

- Suscetível à murcha associada à cochonilha

Dysmicoccus brevipes e à fusariose

Fusarium subglutinans.

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Principais variedades

Smooth Cayenne

- Foi introduzida no Brasil, em São Paulo, na

década de 30 e, posteriormente, difundida

para outros estados, como PB, MG, ES, GO

e BA.

- 1960 assumiu crescente importância

econômica.

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Smooth Cayenne

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Principais variedades

Pérola

- Cultivada amplamente no Brasil.

- Conhecida como Pernambuco ou Branco de

Pernambuco.

Planta:

- Porte médio e crescimento ereto (vigorosa).

- Folhas com cerca de 65 cm de comprimento

e espinhos nos bordos.

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Principais variedades

Pérola

Planta:

- O pedúnculo do fruto é longo (em torno de 30

cm).

- Produz muitos filhotes (5 a 15).

Page 50: Abacaxi

Principais variedades

Pérola

Fruto:

- Forma cônica.

- Casca amarelada (maduro).

- Polpa branca, sucosa, com sólidos solúveis

totais de 14 ºBrix a 16 ºBrix.

- Pouca acidez (agradável ao paladar do

brasileiro).

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Principais variedades

Pérola

Fruto:

- 1,0 a 1,5 kg.

- Coroa grande.

- Pouco utilizado para a exportação “in natura”

e industrialização sob a forma de rodelas.

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Principais variedades

Pérola

- Apresenta tolerância à murcha associada à

cochonilha Dysmicoccus brevipes e é

suscetível à fusariose (Fusarium

subglutinans).

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Pérola

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Principais variedades

Jupi

- Semelhante à Pérola: frutos com formato

menos cônico e polpa mais amarela.

- Plantada : PB, PE, TO e GO.

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Resistente à Fusariose

Cultivar Imperial (Embrapa)

Híbrido : Perolera com Smooth Cayenne

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Cultivar IAC- Gomo-de-Mel

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PREPARO DO SOLO

Um bom preparo do solo:

- favorecer o desenvolvimento;

-aprofundamento do sistema radicular da:

normalmente limitado e superficial.

Em áreas virgens:

- eliminação da vegetação;

- aração e duas gradagens (realizadas nos

dois sentidos do terreno): atingir uma

profundidade de 30 cm.

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PREPARO DO SOLO

Em áreas cultivadas:

- proceder à eliminação dos restos culturais:

mediante a sua incorporação ao solo, após a

decomposição parcial do material.

- vantagem de incorporar ao solo um grande

volume de massa vegetal (60 t/ha a 100

t/ha): restituindo-lhe os nutrientes

remanescentes na vegetação e contribuindo

para melhorar o seu teor de matéria orgânica

e as suas características físicas.

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PREPARO DO SOLO

Eliminação dos restos culturais:

- Opção dos produtores pela queima: menos

onerosa.

- Queima é tecnicamente recomendável em

áreas com histórico de elevada incidência de

pragas e doenças.

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CORREÇÃO DE ACIDEZ

Abacaxizeiro como planta acidófila;

- A calagem é sempre recomendável

avaliação sobre a necessidade de calcário

(NC), normalmente definida a partir da

análise do solo.

Se for necessário a aplicação e a

incorporação do corretivo: realizada durante

as operações de preparo do solo (antes das

arações e/ou gradagens.

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CORREÇÃO DE ACIDEZ

Deve-se dar preferência aos calcários

dolomíticos demanda do abacaxizeiro pelo

magnésio.

Aplicação e a incorporação do corretivo:

- 30 a 90 dias antes do plantio.

A calagem em excesso:

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CORREÇÃO DE ACIDEZ

- pH do solo a valores acima da faixa mais

adequada para a cultura (4,5 a 5,5): limitar a

disponibilidade e a absorção de alguns

micronutrientes (Zn, Cu, Fe e Mn)

- Favorecer o desenvolvimento de

microorganismos prejudiciais à cultura

(fungos do gênero Phytophthora).

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Page 65: Abacaxi

PLANTIO

Plantio das mudas:

- Covas: abertas com enxada ou enxadeta;

- Sulcos: sulcador.

Após a abertura das covas ou sulcos, faz-se

a distribuição das mudas, para o plantio.

A profundidade das covas ou dos sulcos:

- deve corresponder à terça parte do

comprimento da muda, tomando-se o

cuidado de evitar que caia terra no seu olho.

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PLANTIO

O plantio deve ser efetuado em quadras

Tipo de mudas Tamanhos de mudas

Facilitar os tratos culturais

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PLANTIO

Quanto ao posicionamento do plantio:

- dar preferência à exposição leste, evitando-se

a exposição oeste que favorece a ocorrência

de queima solar nos frutos.

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ESPAÇAMENTO

Os espaçamentos utilizados variam:

- cultivar

- destino da produção

- o nível de mecanização e outros fatores.

Os plantios podem ser estabelecidos:

- sistemas de filas simples

- filas duplas

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Sistemas de plantio em filas simples e duplas.

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ESPAÇAMENTO

O plantio em filas duplas: associado ao uso

de herbicidas para o controle das plantas

daninhassistema dificulta a capina manual

entre as filas que compõem cada fila dupla.

O plantio em filas duplas seja alternado

(plantas descasadas): as plantas de uma fila

colocadas na direção dos espaços vazios da

outra fila.

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Sistemas de plantio em filas simples e duplas.

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ESPAÇAMENTO

São recomendados os seguintes

espaçamentos:

a) filas simples:

0,90 m x 0,30 m (37.030 plantas/ha)

0,80 m x 0,30 m (41.660 plantas/ha)

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ESPAÇAMENTO

b) filas duplas:

0,90 m x 0,40 m x 0,40 m (38.460 plantas/ha)

0,90 m x 0,40 m x 0,35 m (43.950 plantas/ha)

0,90 m x 0,40 m x 0,30 m (51.280 plantas/ha)

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ÉPOCA DE PLANTIO

A escolha da melhor época de plantio é

crucial para o cultivo de abacaxi de sequeiro.

A época de plantio mais indicada

(SEQUEIRO):

- final da estação seca e início da estação

chuvosa.

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ÉPOCA DE PLANTIO

Janeiro a Maio: nos tabuleiros costeiros do

Nordeste e Sudeste do Brasil.

Outubro a Dezembro: na região do Cerrado

brasileiro.

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ÉPOCA DE PLANTIO

Plantios efetuados no segundo semestre do

ano:

- Executar o tratamento de indução floral antes

do mês de junho do ano seguinte.

evitar a ocorrência da floração natural

precoce em altas % de plantas

colheita dos frutos em período de

elevada oferta: baixos preços (final de

novembro a meados de janeiro).

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ÉPOCA DE PLANTIO

Cultura irrigada:

realizada durante todo o ano, de

acordo com a disponibilidade de mudas e a

época em que se deseja colher o fruto.

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ADUBAÇÃO

EXIGÊNCIAS NUTRICIONAIS

- K > N > Ca > Mg > S e P

- Mn > Fe > Zn > B > Cu

4 a 15 g K2O/pl;

6 a 10 gN/pl;

1 a 4g P2O5/pl

ADUBAÇÃO: Análise de solo

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ADUBAÇÃO

Recomendação de adubação de acordo com a análise do

solo

N P resina, mg/dm3 K

+ trocável, mmol c/dm

3 Produtividade

esperada Kg/ha 0-12 13-30 >30 0-1,5 1,6-3,0 >3,0

T/ha P2O5 Kg/ha K2O Kg/ha

<30 300 80 60 40 300 200 100

30-40 400 100 80 60 400 300 200

40-50 500 120 100 80 500 400 300

>50 600 140 120 100 600 500 400

Fonte: Boletim 100

Plantio em março ou abril- P2O5 no sulco de plantio;

- N e K em cobertura: 10% abril-maio, 20% novembro;

40% em janeiro e 30% março-abril.

Plantio outubro-nov- 10% nov; 30% janeiro; 60% março.

SOCA- metade do recomendado: março-abril e out-nov.

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Fonte: Malavolta et al.

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MODOS DE APLICAÇÃO DOS

ADUBOS

Fertilizantes (SÓLIDOS):

covas ou nos sulcos de plantio (opção mais

utilizada para os adubos orgânicos e adubos

fosfatados).

Cobertura:

junto as plantas ou nas axilas das folhas basais

(adubos nitrogenados e potássicos,

fosfatados solúveis em água).

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RELAÇÃO POTÁSSIO x NITROGÊNIO

Influências do N e do K são antagônicas em

relação à maioria das características de

qualidade do fruto: determinar as relações

potássio/nitrogênio.

Mercado externo ou mercados internos

distantes: relação K2O/N na adubação (1,5 a

2,5) fruto maior resistência ao transporte

de longas distâncias.

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RELAÇÃO POTÁSSIO x NITROGÊNIO

Indústria de rodelas (fatias): mesma

proporção (K2O/N): polpas mais consistentes

(facilidade e forma do corte apropriada)

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Diagnose Visual:

Nitrogênio

Deficiência

• Clorose em folhas velhas

• Folhas pequenas e

estreitas

• Crescimento lento

• Frutos pequenos,

deformados e muito doce

Excesso

• Polpa frágil

• “ Verde – Maduro ”

• Pedúnculo longo

• Acidez

• Antecipa a colheita

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Deficiência de N

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Potássio

Função:

Responsável pela qualidade do fruto

• Teor de sólidos solúveis e acidez

• Peso médio e diâmetro dos frutos

• Teor de ácido ascórbico - escurecimento

interno da polpa

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Potássio

Deficiência

• Maturação tardia e

incompleta

• Folhas velhas-pontas

secas

• Pintas amarelas-pálidas

• Fruto pequeno- ácido

• Sem cheiro

Excesso

• Acidez do fruto

• Eixo da inflorescência

• Melhor aroma e sabor

• Clareamento da polpa

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Deficiência de Potássio

- Folhas com pequenas pontuações amareladas

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Quadro 1. Influência do nitrogênio e potássio sobre características do fruto do

abacaxizeiro.

Nutriente Res.

Ped.

Peso Cor Cons.

Polpa

Acidez SST Esc.

Interno

Casca Polpa

N

K

Doses crescentes

Efeitos positivos das doses crescentes

Efeitos negativos das doses crescentes

Ausência de influência

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COLHEITA, ACONDICIONAMENTO E

TRANSPORTE

Qualidade do fruto:

- associado à destinação do fruto (consumo ao

natural ou industrialização).

Os frutos para consumo ao naturalmais

valorizados que os destinados à indústria.

tamanho, forma, cor, sanidade e odor

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PONTO DE MATURAÇÃO

Estágios de maturação diferentes destino

e a distância do mercado consumidor.

Fruto destinado à indústria:

- colhido maduro (com casca mais amarela

que verde)teor SST mais elevado e maior

conteúdo de suco.

Page 103: Abacaxi

PONTO DE MATURAÇÃO

Frutos destinados aos mercados “in natura”:

- colhidos mais cedo frutos “de vez”: com os

espaços entre os frutilhos estendendo-se e

adquirindo cor clara.

- surgir os primeiros sinais de amarelecimento

na casca: os frutilhos achatados (vários dias

de transporte, em boas condições ao

consumidor).

Page 104: Abacaxi

O grau de abertura da malha do abacaxi é um

bom indicativo de maturação:

- quanto mais aberta a malha: mais madura e

mais doce é a fruta (com raríssimas exceções).

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Page 106: Abacaxi

Grau de coloração da casca ou de maturação aparente

(Smooth Cayenne)

M1 – as frutas de vez: apresentam coloração

amarelo-alaranjada apenas na base, até um

quarto da altura do fruto.

M2 – a classe que abrange as frutas meio

maduras, com a casca amarelo- alaranjada em

um quarto da metade da altura do fruto.

M3 – aquela que compreende as frutas

denominadas maduras: casca com a cor

amarelo-alaranjada em mais da metade da

altura do fruto.

Page 107: Abacaxi

PONTO DE MATURAÇÃO

Deve-se evitar a colheita de frutos verdes

(imaturos) não amadurecem mais na fase

pós-colheita (não atingindo qualidades

satisfatórias para o consumo: teor de

açúcares mais baixo e sabor e aroma pouco

atraentes).

ABACAXI: fruto não climatérico (não

apresentam elevação na taxa respiratória

próximo ao final do período de maturação).

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PONTO DE MATURAÇÃO

Outra avaliação: grau de maturação real do

fruto (avaliado com base na translucidez da

sua polpa).

O fruto é cortado, transversalmente, na

altura do seu maior diâmetro determinando-se

a percentagem da área translúcida existente na

superfície da seção obtida.

Translucidez é diretamente proporcional ao grau

de maturação do fruto.

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PONTO DE MATURAÇÃO

Para frutos de abacaxi cv. Smooth Cayenne

A porcentagem de polpa amarela

translúcida não deve ultrapassar 50% suportar

uma viagem superior a 5 dias a 12°C.

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PONTO DE MATURAÇÃO

Para uniformizar a coloração da casca:

Frutos que se encontram próximos ao estádio

de maturação adequado para a colheita.

Tratamento com produto à base de Etefon,

utilizando-se 1 ml a 2 ml do produto comercial

a 24% de Etefon por litro de água.

Page 111: Abacaxi

PONTO DE MATURAÇÃO

Smooth Cayenne: pulverização dirigida aos

frutos (realizada cerca de 4 a 7 dias antes da

colheita);

Pérola: mais indicado efetuar o tratamento

dos frutos por imersão, sem atingir a coroa,

logo após a colheita ( para não atingir as

mudas tipo).

Page 112: Abacaxi

PONTO DE MATURAÇÃO

Esse processo não promove o

amadurecimento interno do fruto não deve

ser aplicado em frutos verdes.

O tratamento pós-colheita dos frutos com

Etefon, em câmaras de armazenamento,

provoca a descoloração das coroas, não

sendo recomendado.

Page 113: Abacaxi

COLHEITA

Facão:

- o colhedor proteger as mãos com luvas de

lona grossa segura o fruto pela coroa com

uma mão e corta o pedúnculo 3 a 5 cm

abaixo da base do fruto (2 a 4 mudas do

cacho de filhotes sejam levadas para

servirem de embalagem natural do fruto

:processo chamado sangria).

- As demais mudas permanecem na planta

para uso como material de plantio.

Page 114: Abacaxi

COLHEITA

Frutos que se destinarem a mercados

próximos ou à indústria (menos suscetíveis a

ocorrência de podridões) colhidos

(quebrados) sem as mudas.

Smooth Cayenne:

-por falta de mudas

- frutos mais fibrosos e mais resistentes:

o transporte feito a granel (sem “embalagem”

de mudas), ou usando-se apenas

camadas finas de capim entre as de frutos.

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COLHEITA

Os frutos colhidos são entregues a outros

operários que os transportam em cestos,

balaios, caixas ou carros de mão, até o

caminhão ou carreta.

Page 116: Abacaxi

SELEÇÃO, CLASSIFICAÇÃO,

ACONDICIONAMENTO E

TRANSPORTE

Após a colheita frutos são selecionados:

- qualidade

- sanidade

Classificados:

- Tamanho

- Peso

- Grau de maturação

Os padrões

requeridos

pelos compradores

e consumidores.

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Page 118: Abacaxi

Padrão Mínimo de Qualidade: CEAGESP

Companhia de Entrepostos

e Armazéns Gerais de

São Paulo.

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CEAGESP-Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo.

Page 120: Abacaxi

SELEÇÃO, CLASSIFICAÇÃO,

ACONDICIONAMENTO E

TRANSPORTE

Frutos direcionados ao mercado interno:

- Transportados a granel: caminhões sem

refrigeração (mas é fundamental que haja

uma boa circulação de ar entre as camadas

de frutos).

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Page 123: Abacaxi
Page 124: Abacaxi

SELEÇÃO, CLASSIFICAÇÃO,

ACONDICIONAMENTO E

TRANSPORTE

Frutos direcionados à exportação:

- não deve permanecer em temperatura

ambiente por mais de 24 horas após a

colheita.

- acondicionamento: caixas de madeira ou

papelão.

posição vertical (sobre os pedúnculos);

posição horizontal (alternando fruto e

coroa).

Page 125: Abacaxi

SELEÇÃO, CLASSIFICAÇÃO,

ACONDICIONAMENTO E

TRANSPORTE

Armazenamento, durante o transporte:

- 12ºC e 14°C

- URar 85% e 90% (evitar que o fruto perca

peso e conservar a cor da casca)

- Duração de 10 a 20 dias (renovação de ar

das câmaras de armazenamento deve ser

semanal).

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Frutos destinados à

exportação para a

Argentina.

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