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AA-209AERODINÂMICA DA ASA E FUSELAGEM EM REGIME

SUBSÔNICOProf. GIL

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Forma geométrica das asas

• A) Forma em planta– Enflechamento– Afilamento– Quebras

• B) Diedro– Ângulo entre uma linha de

referencia da asa e o plano x-y

• C) Torção geométrica– Variação da incidência dos

perfis ao longo da envergadura

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Parâmetros geométricos• As asas podem ser do tipo afiladas

(a), delta (b) e elípticas (c), neste último caso com propriedades especiais.

• Parâmetros importantes – revisão

– Corda na raiz (cr)

– Corsa na ponta (ct)

– Linha a ¼ da corda – Corda local c(y)– Envergadura b– Semi-envergadura s

– yc – posição da corda c(y)

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Torção Geométrica das asas

Não confundir com ângulo de ataque, é o ângulo que a corda do perfil faz com o eixo de referencia da aeronave x,

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Carregamento distribuído

• Existe uma variação do carregamento aerodinâmico ao longo da envergadura

• Depende de efeitos aerodinâmicos tridimensionais

• Pode-se integrar o carregamento local (em cada seção da asa – perfil) para se obter um carregamento total

Pergunta: por que existe esta queda da sustentação local a medida que se aproxima das pontas da asa?

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Sistemas de vórtices da asa

• Analisando o escoamento localmente sobre a asa, observa-se que dada a diferença de pressão, existirá um escoamento ao redor da ponta da asa.

• Quando este escoamento ao redor da ponta de asa se combina com a velocidade do escoamento não perturbado, surge uma vórtice em forma de espiral, cujo potencial perturbará todo o campo de escoamento sobre a asa.

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Sistemas de vórtices da asa

• Idealização da asa através de um vórtice ligado (bound vortex) e vórtices emitidos das pontas de asa (free trailing vortex)

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Velocidade Normal Induzida

• Ou do inglês, downwash (w):

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Downwash na asa finita

• Conseqüências da asa finita:– O angulo de ataque é reduzido devido ao efeito do downwash;– O a direção do escoamento local é defletida para baixo a sustentação

(vetor) inclina-se de forma a ficar perpendicular a velocidade local relativa;

– Da diferença vetorial entre a sustentação com e sem e efeito do ângulo de ataque induzido surge o arrasto induzido → CL < cl e CD > cd

Chord line

ii

ii

LD

LD

sin

geométrico efetivo induzido

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ARRASTO TOTAL EM UMA ASA

• Componentes de arrasto de uma asa:

,

atrito pressão

pe

induzido

induzidrfil

D d perf l

o

ii

D D D

D D

C c

D

D

q S

D

“arrasto devido a sustentação”

Pode ser calculado pela teoriada linha sustentadora

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Estudo da ASA FINITATeoria tridimensional de vórtices

Escoamento em torno da asa escoamento uniforme mais vórtice

V

2D: linha de vortices reta: 3D filamento de vórtices curvo:

Velocidade induzidar

V2

r P

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Biot-Savart• Supunha um filamento de vórtices que pode inclusive ser curvo

• Trata-se o problema através da lei de Biot-Savart:

34 r

rdldV

Analogia eletromagnética:Idealize que o filamento de vórtice como um fio través do qual passa uma corrente I. O campo magnético induzido por um segmento de fio de comprimento dl em um ponto P é:

34 r

rdlIdB

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Teoremas sobre vórtices Lei de Biot-Savart

contribuição dV de um filamento de vórtice de comprimento dl na velocidade induzida em P

3||4 r

rdlVd

θ

direção: são perpendiculares a

e

Magnitude:

Vd

dl

r

dlr

Vd2

sin

4||

Note que : é o ângulo entre

rdl

Lei de Biot-Savart

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Propriedades de um segmento de vórtices

A

B

B

A

dlr

V2

sin

4

Ph

rl

A

θ-

2sintan

sinh

dlh

l

hr

)cos(cos4

sin

4 B

B

A

Ahd

hV

Segmento AB finito com constante

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Propriedades de um segmento de vórtices

Note: A e B são os ângulos internos ao ABP

)cos(cos4

)cos(cos4 BABA hh

V

Ph

BBθ

B B

Casos especiais:• Filamento infinito :

A = B = 0:

• Filamento semi-finito:

A =90º; B = 0:

hhV

2)11(

4

hhV

4)10(

4

P

A

A

(igual ao vórtice 2D)

A A

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Exemplos:

hV

4

hV

2

• Case 1: Biot-Savart aplicado a um filamento infinito (± ∞)• Case 2: Biot-Savart aplicado a um filamento semi-infinito (entre A e ∞)

34 r

rdldV

Case 1 Case 2

Ref. Karamcheti

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TEOREMA DE HELMHOLTZ1. A intensidade da vorticidade ao longo de um filamento de vórtices é

constante ao longo de seu comprimento.

2. Um filamento de vórtices estende-se ao infinito, ou forma um caminho fechado.

3. Lembre-se que no infinito encontra-se o vórtice de partida, que na realidade é uma linha de vórtices de partida para o caso da asa

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TEOREMA DE HELMHOLTZ

• A circulação permanece constante ao longo de um filamento

• Um filamento de vórtice nunca termina no fluido, mas:– Pode estender-se ao infinito– Terminar em uma fronteira– Formar um contorno fechado

conseqüência:

1

21

2

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Sistemas de vórtices da asa• Pode-se idealizar portanto que uma asa sustentadora apresenta o

seguinte sistema de vórtices, • Este sistema de vórtices permitira calcular a sua influência através

da Lei de Biot-Savart e sua existência é fisicamente explicado através do Teorema de Helmholtz.

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Vórtices ao longo da envergadura• Pode-se idealizar uma

distribuição de vórtices discretos associados a cada uma das seções da asa;

• Associa-se uma distribuições de vórtices ao longo da envergadura, onde o incremento de circulação por unidade de envergadura vem da contribuição do vórtice de ponta de asa (Biot-Savart)

• Estas hipóteses e idealizações permitiram construir uma teoria para o cálculo da sustentação em uma superfície sustentadora.

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LINHA SUSTENTADORA DE PRANDTL

• O Teorema de Helmholtz (apresentado anteriormente sem a prova) diz que uma linha de vorticidade não pode iniciar ou terminar abruptamente no espaço.

• Afirma também que sua força não pode mudar de ponto a ponto, a menos que outros vórtices interajam com ele de forma a adicionar ou subtrair vorticidade a sua intensidade.

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LINHA SUSTENTADORA DE PRANDTL

• É claro que a linha de sustentação acima viola esse teorema. Abruptamente começa em uma ponta da asa e termina na outra ponta.

• Para satisfazer o teorema de Kelvin, Prandtl adicionou vórtices de arrastados e uma linha de vórtices de partida, como mostrado ao lado:

• E que também por sua vez satisfaz a condição de Helmholtz.

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LINHA SUSTENTADORA DE PRANDTL

• Substitui-se a asa finita por um filamento de vorticidade ligada de y = -b/2 to y = b/2 com origem no centro da asa (do filamento de vórtice)

• Teorema da vorticidade de Helmholtz’s: um filamento de vorticidade nunca termina em um fluido . Conseqüência:

– O filamento continua estendendo-se das pontas da asa como dois filamentos livres, arrastados até o infinito

– Este filamento de vorticidade assemelha-se a uma ferradura, dando assim o nome a ele – “vórtice em ferradura”(Horseshoe Vortex)

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LINHA SUSTENTADORA DE PRANDTL

• Para uma forma arbitrária de asa pressupõem que a mesma tem corda c(y) e torção (y) arbitrárias e como função da envergadura.

• Deseja-se calcular sustentação , distribuição de sustentação e momento e arrasto da asa.

• Na teoria proposta por Prandtl, assume-se que a vorticidade distribuída ao longo da corda é (tal como se viu na teoria do aerofólio fino) é concentrada em um ponto a ¼ da corda

• E esta magnitude depende de cada perfil situado ao longo da envergadura.

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Validade da Teoria a ser apresentada• Teoria linearizada, para pequenos ângulos de ataque, espessura e

arqueamento dos perfis que compõem a asa (pequenas perturbações); os vórtices livres (arrastados) estão aproximadamente alinhados com o escoamento não perturbado, bem como a esteira (folha de vórtices) é plana.

• Neste modelo de esteira simplificado, os vórtices livres dispõem-se como linhas retas de posição conhecida.

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LINHA SUSTENTADORA DE PRANDTL

• O sistema vórtice deve estender-se a jusante para o infinito, compondo o sistema vórtices da asa finita composto por:– Circulação ligada, varia ao longo da envergadura, e reduz para zero em cada

ponta de asa.– Folha de vórtices entre as pontas das asas;– Vórtices de ponta, um em cada extremidade da asa, tornam-se cada vez mais

fortes a medida que são potencialmente alimentados pela vorticidade que compõem a esteira da asa.

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LINHA SUSTENTADORA DE PRANDTL

• Este mecanismo de interação entre a esteira da asa (folha de vórtices) e o vórtice de ponta de asa caracteriza o enrolamento desta esteira.

• Enquanto isto, o vórtice de partida de cada perfil, que na realidade comporá uma linha de vorticidade ( ou linha de vórtices) de partida, é arrastada para o infinito, preservando assim o mecanismo de término de uma linha de filamento de vórtices.

• Em resumo, a folha de vórtices da esteira da asa enrola junto com o vórtice da asa, como se pode ver na figura.

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Vortices Arrastados

• Pode-se observar o que na realidade ocorre, o enrolamento da esteira de vórtices

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Vorticidade Ligada• Observe que a vorticidade da esteira “nasce” de uma vorticidade distribuída ao longo da superfícies da asa• Está associada a vorticidade dos perfis

• Note que a medida de que se aproxima da ponta a vorticidade é mais ou menos influenciada pelo vórtice de ponta de asa

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Vortice em Ferradura

• O sistema completo de vórtices:

– Vórtice de partida

– Dois vórtices arrastados

– Vórtice ligado

• Vórtice em ferradura:

– Dois vórtices arrastados

– Vórtice ligado

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LINHA SUSTENTADORA DE PRANDTL

LIMITAÇÕES • Agrupar a vorticidade de um perfil em um único ponto tem uma conseqüência ruim. • Não podemos determinar como a sustentação é distribuída ao longo da corda, e, como conseqüência, não se

pode determinar o momento do de arfagem• Assim, a teoria da linha sustentadora de Prandtl não fornece momentos aerodinâmicos, somente sustentação e

arrasto distribuídas ao longo da envergadura, ou concentráveis em um ponto de referencia a partir da integração dos carregamentos supracitados.

• Para uma asa enflechada, a linha dos pontos a ¼ da corda também será enflechada. • Na teoria da linha sustentadora de Prandtl não se considera efeitos de enflechamento da linha a ¼ da corda,

limitando o seu emprego a asas retas.

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LINHA SUSTENTADORA DE PRANDTL• A vorticidade arrastada induz velocidade aos longo da vorticidade ligada

contribuindo na direção para baixo (downwash) w negativo na direção z

2

2

2

4

24

24

4

yb

byw

yb

yb

yw

hV

Contribuição do vórtice arrastado esquerdo(partindo de –b/2)

Contribuição do vórtice arrastado direito(partindo de b/2)

• Problema: não representa a distribuição de downwash de uma asa real

• Em y → ±b/2, w → ∞

• Embasamento físico para a solução deste problema: A asa finita não deve ser representada por um único filamento de vórtices (ou vorticidade) constante, mas sim deve-se pressupor uma variação da vorticidade ligada com a envergadura

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• Parte-se para a representação da asa por vários vórtices de ferradura, onde a parcela do filamento que é ligada à asa possui diferentes comprimentos ao longo da envergadura;

• Todos as parcelas devem ser situadas ao longo de uma linha reta, que é conhecida como LINHA SUSTENTADORA

Ao invés de =constanteConsidera-se =(y)

LINHA SUSTENTADORA DE PRANDTL

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• E a circulação de cada filamento de comprimento finito, , varia de intensidade ao longo desta linha sustentadora

• Uma vez que foram empregados vórtices de ferradura para representar cada segmento da linha sustentadora, surgirão vários segmentos de vórtices arrastados perpendiculares à linha sustentadora, de diferentes intensidades que por sua vez modificarão a intensidade da circulação associada ao filamento ligado

LINHA SUSTENTADORA DE PRANDTL

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LINHA SUSTENTADORA DE PRANDTL

d1

• Por exemplo, usando 3 vórtices de ferradura ...

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LINHA SUSTENTADORA DE PRANDTL

d1

d2

• Por exemplo, usando 3 vórtices de ferradura ...

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LINHA SUSTENTADORA DE PRANDTL

d1

d2

d3

• Por exemplo, usando 3 vórtices de ferradura ...

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LINHA SUSTENTADORA DE PRANDTL

• Este exemplo mostra o emprego de apenas 3 vórtices do tipo ferradura;

• Observe que a contribuição em cada um dos segmentos de vórtices ligados possui intensidade igual à soma das vorticidades associadas aos vórtices arrastados Teorema de Helmholtz;

• Vamos partir agora para uma situação onde se considera infinitos vórtices de ferradura dispostos ao longo da envergadura, superpostos sobre a linha sustentadora

d1

d2

d3

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LINHA SUSTENTADORA DE PRANDTL

• Agora tem-se uma distribuição contínua de = (y), com origem em =

• Os vórtices arrastados por sua vez forma a já apresentada folha de vórtices que emana da linha sustentadora, e é paralela a V∞

– A intensidade total integrada ao longo desta folha de vórtices (vorticidade) é nula (porque?).

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LINHA SUSTENTADORA DE PRANDTL

• Considere uma localização arbitrária y0 sobre a linha sustentadora;

• Note que o segmento dx vai induzir velocidade em y0 de acordo com a lei de Biot-Savart;

• A velocidade dw em y0 induzida pelo vórtice arrastado semi-infinito em y é:

• A circulação em y é (y)• A variação de circulação ao longo de dy é

d = (d/dy)dy• A intensidade do vórtice arrastado em y =

d ao longo da linha sustentadora

04

ddy

dydw

y y

Lembre-se, BIOT-SAVART

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LINHA SUSTENTADORA DE PRANDTL

• Por sua vez a velocidade total induzida w em y0 por toda folha de vórtices pode ser obtida integrando a contribuição do vórtice em uma dada coordenada da envergadura y de

–b/2 até b/2:

2

20

0 4

1b

b

dyyy

dyd

yw

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RESUMINDO A HISTÓRIA CONTADA

• Representação da sustentação da asa finita através de um modelo matemático– Foi feito algo similar para o aerofólio– Este modelo matemático é chamada de Linha Sustentadora– A circulação (y) varia continuamente ao longa da linha sustentadora– Obtêm-se uma expressão para o downwash, w, agindo sobre a linha

sustentadora• Para que uma expressão para calcular (y)

– Sustentação, L (Teorema de Kutta-Joukowski)

– Cálculo do CL

– Cálculo de eff

– Cálculo do arrasto induzido, CD,i (também conhecido como arrasto devido a sustentação)

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DOWNWASH NA ASA FINITA

• Recall: Wing tip vortices induce a downward component of air velocity near wing by dragging surrounding air with them

2

20

0 4

1b

bi dy

yy

dyd

Vy

i

V

ywy

V

ywy

i

i

00

010 tan

Equação para o ângulo de ataque induzidoAo longo da asa finita em termos de (y)

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Ângulo de ataque efetivo, eff

0

0 0 0 0

20 0

0

0

0 0

00

0

2

1

22

2

eff eff

l l eff L eff L

l

l

l eff L

eff L

y

c C y y

L V c y c V y

yc

V c y

c y

y

V c y

eff , é o ângulo percebido pelo aerofólio em uma dada estação y ao longo da envergaduraUma vez que se conheça a derivada de sustentação do aerofólio correspondente;

Coeficiente de sustentação;

Relacionando as duas expressões anteriores;

Resolve-se para eff

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Combinando os Resultados …

Ângulo de ataque efetivo

Ângulo de ataque induzido

Ângulo de ataque geométrico = Ângulo de ataque efetivo + Ângulo de ataque induzido

0

00

eff L

y

V c y

2

00

2

1

4

b

ib

ddy

y dyV y y

ef if

0 0

0

2

2

00

1

4L

b

b

y

V c

ddy

dyV y y

yy

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EQUAÇÃO DA LINHA SUSTENTADORA DE PRANDTL

• Equação fundamental da teoria da linha sustentadora de Prandtl– Fisicamente explicando, o angulo de ataque é soma do ângulo de

ataque efetivo mais um angulo de ataque induzido– A parcela induzida vem do sistema de vórtices em ferradura idealizado– Esta idealização está em conformidade física com o estabelecimento

de um vórtice de ponta de asa que induz velocidades normais ao plano da asa – ou como chamamos em aerodinâmica, downwash .

– Note que a nossa única incógnita é (y), V∞, c, , L=0 são parâmetros conhecidos para a condição a ser investigada.

– A solução do problema deverá ser (y0), com –b/2 ≤ y0 ≤ b/2 .

2

20

00

00 4

1b

bL dy

yy

dyd

VycV

yy

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Pode-se calcular para a asa finita, desde que se conheça a distribuição de (y0):

2 2

0 0

2 2

2

2

2 2

2 2

2

,

2

;

2

;

2

b b

b b

b

Lb

b b

i i i i i ib b

b

iD i i

b

L y V y L L y dy V y dy

LC y dy

q S V S

D L D L y y dy V y y dy

DC y y dy

q S V S

COEFICIENTE DE SUSTENTAÇÃO

COEFICIENTE DE ARRASTO INDUZIDO

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Observando a natureza• Porque as aves normalmente quando em bandos e migrando voam

em formação?

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Caso de estudo: Distribuição de sustentação elíptica• Para uma asa com o mesmo perfil ao longo da envergadura, sem

torção geométrica, uma asa com forma em planta elíptica apresentará uma distribuição de sustentação também de forma elíptica em função da envergadura y.

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Distribuição de sustentação elíptica

Observe que:

1. Na origem (y=0) =0

2. A circulação varia elipticamente com y ao longo da envergadura

3. Nas pontas da asa, temos (-b/2)=(b/2)=0, ou seja sustentação nula nas pontas das asas

2

0

2

0

21

21

b

yVyL

b

yy

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Solução da Equação da Linha Sustentadora de Prandtl

• Não é uma equação de solução direta, tem-se que adotar uma estratégia adequada.

• Método de Glauert – novamente, baseado em transformação de coordenadas, tal como se usou na teoria do aerofólio fino;

• Método de resolução da equação integro-diferencial da linha sustentadora através da sua transformação em um sistema de equações algébrico;

• Asas simétricas, sem diedro e sem enflechamento

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Distribuição de sustentação elíptica

Assume-se uma distribuição de sustentação elíptica,

Calcula-se o downwash em um ponto y0 devido a influência de todos os pontos y ao longo da envergadura, o motivo da integração em y para se obter o downwash

Transformação de coordenadas →

Resolve-se a integral em .

02 2

2

20

0 122 2

202

00

00

0 00

0

0 00

4

41

41

cos ; sin2 2

cos,

2 cos cos

sincos

cos co

2

s sin

2

b

b

i

d y

dy b yb

yw y dy

b yy y

b

b by dy d

w db

ww

b V b

n

V

nd

Glauert

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Distribuição de sustentação elíptica

• Novamente, tem-se que escolher ponto y0 para calcular a circulação naquele ponto com a influência tridimensional representada pela integral da circulação dos demais vórtices de ferradura de largura infinitesimais que representam a influência em downwash ao longo da envergadura.

• Na asa elíptica, o downwash é constante ao longo da envergadura para uma distribuição de sustentação sobre a linha sustentadora assumida elíptica;

• Note que : w and i → 0 com b → ∞

0 00 2 2i

ww

b V bV

Downwash e o ângulo de ataque induzido são constantes ao longo da envergadura !

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Resolvendo a distribuição elíptica

sin)( 0Cálculo da sustentação total:

0 0

02

0

2/

2/ 4sin

2sin)(

2)(

bVd

bVd

bVdyyVL

b

b

db

dy sin2

LL C

b

SV

bV

SVC

bV

L

2)(44 2

21

0

022 ( / )

Li

L CC

bV b S A

A = b2/S: é o alongamento da asa

Valores tipicos: 6-8 para aeronaves subsônicas

10-22 para planadores

ângulo de ataque induzido

• Relação entre 0 e CL:

Page 58: AA-209 AERODINÂMICA DA ASA E FUSELAGEM EM REGIME SUBSÔNICO Prof. GIL.

Resolvendo a distribuição elíptica

Conclusões:

• O arrasto induzido é um arrasto devido a sustentação

• Lembrando : Arrasto total

• : depende quadraticamente

• : grande alongamento decréscimo do arrasto induzido

Cálculo da arrasto induzido:

LdyLdyLD i

b

b

i

b

b

ii

2/

2/

2/

2/

''

Note que é constante

A

CCC L

LiDi

2

A

CLi

2~ LD CCi

AC

iD

1~

iDdD CcC

Page 59: AA-209 AERODINÂMICA DA ASA E FUSELAGEM EM REGIME SUBSÔNICO Prof. GIL.

Distribuição elíptica – forma da asa

Qual forma em planta de asa gera uma sustentação elíptica?

• Assume-se: não há torção: e L-0 são constantes em y

• Assume-se: Cl = dcl /d ( 2) e constante em y

• A conseqüência é que, sendo i constante:

• Portanto a variação requerida para a corda será:

L00 Cconstant][ Lil ac

Note: Prova:

2/

2/

2/

2/

11 b

b

l

b

b

llL cdycS

cdyccS

C

)(~)('~)('

)( yyLcq

yLyc

l

)()(' ycqcyL l

LClc

Ou seja, a forma da asa também deverá ser elíptica!

Page 60: AA-209 AERODINÂMICA DA ASA E FUSELAGEM EM REGIME SUBSÔNICO Prof. GIL.

Asa elíptica

Na asa elíptica, a linha a ¼ da corda é reta e perpendicular ao eixo x

Linha a ¼ da corda

Page 61: AA-209 AERODINÂMICA DA ASA E FUSELAGEM EM REGIME SUBSÔNICO Prof. GIL.

O Supermarine Spitfire

Page 62: AA-209 AERODINÂMICA DA ASA E FUSELAGEM EM REGIME SUBSÔNICO Prof. GIL.

Propriedades aerodinâmicas da asa elípticaResumo

Concluiu-se que: • (= constante)

• (= constante)

onde:

LClc

A

CLi

para asa elíptica

para asa qualquer

][ 00 Lil ac

d

dca l0

Combinando:

A

CaacC L

LLilL 0000 ][

Resolvendo para CL:

Note que: CL = 0 quando = L=0 e:

)(1 000

LL a

A

aC

1 /lL

l

cdC

d c A

Page 63: AA-209 AERODINÂMICA DA ASA E FUSELAGEM EM REGIME SUBSÔNICO Prof. GIL.

Efeito do alongamento na curva de sustentação CL()

Para asa elíptica

d

d

d

dc

d

dc

d

dC llL eff

eff

.

A taxa de variação da sustentação é reduzida explicação física: o downwash reduz o angulo de ataque efetivo.

lc 11

d

d i

1 /lL

l

cdC

d c A

Page 64: AA-209 AERODINÂMICA DA ASA E FUSELAGEM EM REGIME SUBSÔNICO Prof. GIL.

Resumo sobre a aerodinâmica daasa elíptica

• Downwash constante ao longo da envergadura

• Arrasto induzido:

• Derivada da sustentação:

• Efeito do acréscimo do alongamento: - arrasto induzido menor

- derivada da sustentação maior

• Significado pratico da asa elíptica:– Forma em planta otimizada: pensando em um arrasto mínimo para

uma dada sustentação– Asa de referência: aproximação razoável para asas reais

A

CLi

1 /lL

Ll

cdCC

d c A

A

CCC L

LiDi

2

Page 65: AA-209 AERODINÂMICA DA ASA E FUSELAGEM EM REGIME SUBSÔNICO Prof. GIL.

Distribuição de sustentação – caso geralAsas com forma em planta retas ou afiladas

cos2

by Para a asa elíptica: com:

e:

sin)( 0

A

CbV L

20

A idéia será descrever uma sustentação geral como uma função ao invés de elíptica, mas sim uma combinação delas através de uma série de Fourier da forma:

nAbVN

nn sin2)(

1

Observações importantes:

• O número de termos da série deve ser escolhido suficientemente grande. = 0 nas pontas da asa

Busca-se como resultado desta teoria:

• Propriedades aerodinâmicas tais como sustentação e arrasto induzido;

• A relação entre tais coeficientes (An) e a geometria da asa.

Uma constante que depende linearmente de CL, ou seja, do angulo de ataque

Constantes que dependem de

Asa elíptica:N=1; A1=CL/A

Page 66: AA-209 AERODINÂMICA DA ASA E FUSELAGEM EM REGIME SUBSÔNICO Prof. GIL.

Distribuição de sustentação geral

nAbVN

nn sin2)(

1

0

2/

2/

sin)()(2

dSV

bdyy

SVSq

LC

b

b

L

0

11

2

0 1

2

2..2sinsin2sinsin

2AAdnA

S

bdnA

S

b N

nn

N

nn

Integrais padrão: = 0 para n 1 = /2 para n =1AACL .1

Resultado importante: A sustentação dependerá apenas do primeiro termo da série de Fourier

Cálculo do coeficiente de sustentação:

A

Page 67: AA-209 AERODINÂMICA DA ASA E FUSELAGEM EM REGIME SUBSÔNICO Prof. GIL.

Distribuição de sustentação geral

nAbVN

nn sin2)(

1

Integrais padrão:

Cálculo do ângulo de ataque induzido: dyyy

dyd

Vy

b

b

i

2/

2/ 00 )(

)/(

4

1)(

dn

nAbV

bVd

dd

bV

N

nni

0 010 00 coscos

cos

2

2

coscos

/

2

1)(

nnAbVd

d N

nn cos2

1

0

0

sin

sin

n

0

0

10 sin

sin)(

n

nAN

nni

Page 68: AA-209 AERODINÂMICA DA ASA E FUSELAGEM EM REGIME SUBSÔNICO Prof. GIL.

Distribuição de sustentação geral

nAbVN

nn sin2)(

1

0

2/

2/

sin)()()()(2

dSV

bdyyy

SVSq

DC i

b

b

ii

Di

0 11

2

sinsin

sinsin

2d

nnAnA

S

b N

nn

N

nn

= 0 para n m = /2 para n = m

N

nnD nAAC

i1

2

Cálculo do coeficiente de arrasto induzido:

sin

sin)(

1

nnA

N

nni

01 1

2

sinsin2

dmnAAnS

b N

nmn

N

m

Page 69: AA-209 AERODINÂMICA DA ASA E FUSELAGEM EM REGIME SUBSÔNICO Prof. GIL.

Distribuição de sustentação geralResumo

AACL .1

Conclui-se portanto que:• Para a asa elíptica ( = 0, e = 1) o arrasto induzido de fato será

sempre mínimo, para uma dado alongamento e sustentação

1

2 21

21

2

1i

N

D nn

n

N

n

AC A

AnA A nA

2

2

2

1

(1 ) , 0i

Nn

n

LD

ACnC

A A

2

,1

1(1 )i

LD e

e

CC

A

Fator de eficiência deEnvergadura, ou fator De “Oswald”

Page 70: AA-209 AERODINÂMICA DA ASA E FUSELAGEM EM REGIME SUBSÔNICO Prof. GIL.

O efeito da torção da asa

Para uma asa sem torção:

• A forma da distribuição de sustentação é a mesma para cada ângulo de ataque :

• A sustentação nula circulação nula:

• E o arrasto induzido é nulo para sustentação nula:

oft independen are and ratios1A

An

2 2

2 1

(1 ) where 0i

NnL

Dn

CC

An

A A

AACL .1

10 0 0L nC A A 0)( y

0)(yi 0iDC

Para uma asa com torção:

• A forma da distribuição de sustentação não é a mesma para cada ;

• A circulação rara sustentação nua não é por sua vez nula;

• E o arrasto induzido é diferente de zero mesmo. para sustentação nula

1

razões e variam com nA

A

Page 71: AA-209 AERODINÂMICA DA ASA E FUSELAGEM EM REGIME SUBSÔNICO Prof. GIL.

Asa com torção a sustentação nula

3sin2)( 3AbVExemplo:

•Distribuição de sustentação L’ ~

-b/2 b/2-+ +

• Ângulo de ataque induzido

sin

3sin3)( 3Ai i

-+ +

•Contribuição para o arrasto induzido

sin

3sin~~

22

3AdD ii + + +

Carregamento total nulo

Arrasto induzido total maior que zero

Page 72: AA-209 AERODINÂMICA DA ASA E FUSELAGEM EM REGIME SUBSÔNICO Prof. GIL.

Curva de sustentação para a asa geral

Conceito: comparação com a asa elíptica

• Assume-se um downwash efetivo médio:

• Sustentação:

• Derivada da sustentação:

• Comparando o arrasto induzido:

)1(

A

CLi

/1 (1 )L L

L l

dC dC dc c

d A

0[( )]L l L iC c

1 ( / )(1 )l

Ll

cc

c A

)1(2

A

CCC L

LiDi

O valor de depende da forma da asa

• A sustentação vem de:

• Para achar A1() requer-se a solução da asa

geralmente:

)(1 AACL

and d

dCL

seria um fator de Oswald Para uma asa qualquer com distribuição média constante dedownwash

Page 73: AA-209 AERODINÂMICA DA ASA E FUSELAGEM EM REGIME SUBSÔNICO Prof. GIL.

Dependência da distribuição de sustentação com

• Equação de Prandtl para a asa

• Efeito na distribuição de circulação (y) devido a variação em ângulo de ataque as asa (y)/ = (y)

– Diferencia-se a equação com relação a :

– consequentemente:

/ 20

twist 0 0 00 0 0/ 2

2 ( ) 1 ( / )( ) ( )

( ) ( ) 4 ( )

b

Ll b

y d dydy y y

c y V c y V y y

geométrico + torção aerodinâmica

= ângulo de ataque da asa

/ 20

0 0 0/ 2

2 ( ) ( / )11

( ) ( ) 4 ( )

b

l b

y d dydy

c y V c y V y y

(y) = (y)/ independente de (e da torção)

2/

2/

)(2 b

b

L dyySV

C

2/

2/

)(2 b

b

L dyy

SVd

dC

dCL/d também é independente de (e da torção)

Page 74: AA-209 AERODINÂMICA DA ASA E FUSELAGEM EM REGIME SUBSÔNICO Prof. GIL.

Dependência do CL com a distribuição de sustentação

• Mudança da circulação com o coeficiente de sustentação da asa, CL=CL():

• Forma geral da distribuição de sustentação (circulação):

• Em termos dos coeficientes An :

d

dC

C

yy L

L

)()(

LAB Cyyy )()()(

(y)/CL é independente de e por sua vez do CL

distribuição de sustentação

adicional

Distribuição de sustentação básica =

Distribuição de sustentação a sustentação total nula

nAbVN

nn sin2)(

1

An = bn + an · CL

Independente de

Page 75: AA-209 AERODINÂMICA DA ASA E FUSELAGEM EM REGIME SUBSÔNICO Prof. GIL.

Relação entre An e a geometria da asa

Resolvendo a equação da linha sustentadora de Prandtl:

• Substitui-se:

Método de solução numérica:

• Assume-se uma série com N coeficientes: A1, A2,…AN

• Adota-se para tal, N estações ao longo da envergadura para as quais a equação deve ser satisfeita: 1, 2, .. N, desconsiderando as pontas das asa (0 < N < )

• Chega-se a um sistema de N equações a N incógnitas

matriz N N

0

2lL i

l l

c

c c V c

1 1

sin( ) 2 sin , ( )

sin

N N

n i nn n

nbV A n nA

01 1

4 sinsin

sin

N N

n n Ln nl

b nA n nA

c c

Page 76: AA-209 AERODINÂMICA DA ASA E FUSELAGEM EM REGIME SUBSÔNICO Prof. GIL.

Exemplo numérico

• Considere: asa retangular : c = constante; envergadura = b; b/c = A;sem torção : = constante; L=0 = 0

• Calcular a equação da asas em N pontos para i :

• Asa simétrica A2, A4 … são nulos

– Assume-se A1, A3,… como incógnitas

– Dada a simetria do carregamento, consideremos pontos apenas em meia asa: 0 < i /2

• Para N=3:– A1, A3, A5 incógnitas

– Pontos de controle (eqüidistantes em ): 1 = /6, 2 = /3, 3 = /2

– Emprega-se a derivada de sustentação local do aerofólio cl = 2, e um alongamento A = 2

1

4sin

sin

N

n in l i

A nA n

c

1, 2, ...i N

Page 77: AA-209 AERODINÂMICA DA ASA E FUSELAGEM EM REGIME SUBSÔNICO Prof. GIL.

Exemplo numérico: Asa retangular com N=3

• A equações resultam em: resolvendo:

• Cálculo das propriedades da asa retangular (com A = cl = 2):

• Note que 0.05, ou seja apenas 5% a mais em arrasto induzido que uma asa elíptica.

1

1

1

975

464.80464.4

7103

3

2

1

A

A

A

0040.0

0277.0

2316.0

3

2

1

A

A

A

572.41 AACL4.572 (4.583)

0.176 (0.166)

LL

dCC

d

02

2

1

N

n

n

A

An

)951.0(957.0

)051.0(044.0

e

N=3 N=20

Page 78: AA-209 AERODINÂMICA DA ASA E FUSELAGEM EM REGIME SUBSÔNICO Prof. GIL.

Efeito da forma em planta e alongamento

• Os valores de e dependem da forma em planta e alongamento da asa

)1(2

A

CC L

Di 1 ( / )(1 )l

Ll

cC

c A

• Efeito da forma em planta sobre para uma asa afilada

Um asa com razão de afilamento ct/cr = 0.3 é tão

eficiente em termos de arrasto quanto uma asa elíptica

exemplo

Page 79: AA-209 AERODINÂMICA DA ASA E FUSELAGEM EM REGIME SUBSÔNICO Prof. GIL.

Conclusões: o efeito da forma em planta no arrasto induzido

)1(2

A

CC L

Di

• A redução do arrasto induzido pode ser feita aumentando o alongamento A ao invés de se tentar uma forma elíptica.

• Uma asa com razão de afilamento de ct/cr = 0.3 é tão boa quanto uma asa elíptica e mais fácil de fabricar;

• Observe que o parâmetro é uma constante, independe de , apenas para uma asa sem torção geométrica.

• arrasto total = arrasto induzido + arrasto de perfil (~ viscosidade)

Page 80: AA-209 AERODINÂMICA DA ASA E FUSELAGEM EM REGIME SUBSÔNICO Prof. GIL.

Método de linha sustentadora não linear

Procedimento numérico para uma dada forma de asa e ângulo de ataque conhecido :

1. Divide-se a asa em posições definidas ao longo da envergadura: yn

2. Assume-se uma distribuição inicial elíptica:

n=(yn)

3. Calcula-se o ângulo de ataque:

4. obtêm-se:

5. coeficiente de sustentação:

6. atualiza a circulação:

dyyy

dyd

Vy

b

b nni

2/

2/ )(

)/(

4

1)(

)()(eff nin yy

))(()( eff nlnl ycyc

(avalia-se a integral numericamente)

)(2

)()( nl

nn yc

ycVy

Itera-se até a convergência

Page 81: AA-209 AERODINÂMICA DA ASA E FUSELAGEM EM REGIME SUBSÔNICO Prof. GIL.

Efeito do afilamento• A partir da teoria generalizada da linha sustentadora de Prandtl, vale fazer

considerações a respeito do efeito do afilamento de asas, em especial em suas características não lineares de estol.

• A medida que o afilamento aumenta, nota-se que o estol desenvolve a partir das pontas das asas;

• Isto pode ser ruim principalmente porque ailerons usualmente estão próximos destas posições;

• A ocorrência deste fenômeno deve-se ao súbito incremento as sustentação local com a diminuição da corda local.

Page 82: AA-209 AERODINÂMICA DA ASA E FUSELAGEM EM REGIME SUBSÔNICO Prof. GIL.

Efeito do Enflechamento

• As asas podem ser enflechadas, ou seja, apresentar uma inclinação de uma linha de referencia ao longo da envergadura (LE, TE, ¼ corda, ¾ da corda) em busca de desempenho aerodinâmico diferenciado em altas velocidades

• Mas como a aeronave tem que pousar e decolar, situações de baixa velocidade deve-se estudar o comportamento aerodinâmica destas asas nestas condições.

• Asas enflechadas vão requer um tratamento especial para o cálculo de sustentação e arrasto induzido - a teoria da linha sustentadora não prevê o efeito do enflechamento – integração das influencias aerodinâmicas em um contexto unidimensional (variação em “y”apenas).

• Entendimento do escoamento sobre asas enflechadas - escoamento sobre asa infinitas e guinadas com relação ao escoamento não perturbado

Page 83: AA-209 AERODINÂMICA DA ASA E FUSELAGEM EM REGIME SUBSÔNICO Prof. GIL.

Velocidade Efetiva

• Linha de corrente passando por uma asa enflechada:

• : ângulo de enflechamento do bordo de ataque da asa

• O escoamento não perturbado é decomposto em:

Page 84: AA-209 AERODINÂMICA DA ASA E FUSELAGEM EM REGIME SUBSÔNICO Prof. GIL.

Velocidade Efetiva

• Velocidade total é comporta pela velocidade do escoamento não perturbada + componente de perturbação

1. Direção da linha de corrente:

2. Deflexão máxima da linha de corrente no ponto de estagnação;

3. Depois do BA, o escoamento acelera rapidamente, a velocidade de perturbação torna-se positiva e depois o escoamento é defletido na direção oposta;

4. O escoamento defletido retorna a velocidade do escoamento não perturbado.

Page 85: AA-209 AERODINÂMICA DA ASA E FUSELAGEM EM REGIME SUBSÔNICO Prof. GIL.

Sustentação da asa enflechada

• A sustentação é calculada em função das componentes decompostas;

• Onde a0 e a0n são os ângulos de incidência com relação a x’

ou:

• Derivada de sustentação para a asa guinada e infinita:

Page 86: AA-209 AERODINÂMICA DA ASA E FUSELAGEM EM REGIME SUBSÔNICO Prof. GIL.

Asa finita enflechada• O sistema de vórtices ligados se

altera, e a conseqüência é a deficiência de sustentação introduzida a medida que as aproxima do centro da asa;

• Este comportamento torna impossível a aplicação de uma teoria unidimensional, em termos de variável de integração como a teoria da linha sustentadora de Prandtl;

• Destas observações conclui-se que o caminho natural para a solução deste problema é a busca de uma teoria que trate o problema tridimensional a teoria da superfícies de sustentação.

Page 87: AA-209 AERODINÂMICA DA ASA E FUSELAGEM EM REGIME SUBSÔNICO Prof. GIL.

Asa finita enflechada• No caso da asa reta, o efeito tridimensional é importante nas

pontas das asas, mas para as asas enflechadas, o efeito tridimensional é predominante na região média da envergadura;

• A asa reta para se tornar enflechada, basta introduzir uma quebra no meio

• As linhas de vórtices ligados são por sua vez severamente modificadas, transformando-se em vórtices arrastados;

• Este efeito gera uma velocidade normal induzida que introduz uma severa modificação na sustentação;

• O padrão de escoamento por sua vez torna-se mais próximo ao de uma asa de baixo alongamento.

Page 88: AA-209 AERODINÂMICA DA ASA E FUSELAGEM EM REGIME SUBSÔNICO Prof. GIL.

Diferenças nos carregamentosasa reta e enflechada

• Este efeito é evidente quando compara-se as distribuições de coeficientes de pressão nas duas asas abaixo:

• Asa enflechada – a ponta apresenta uma maior pressão em sucção, a ponta da asa tem maior pressão de sucção, o que implica em uma escoamento mais importante em torno da ponta da asa;

• Representa um efeito de incremento significativo em ângulo de ataque efetivos promove um estol nas primeiro nas pontas de asa.

Page 89: AA-209 AERODINÂMICA DA ASA E FUSELAGEM EM REGIME SUBSÔNICO Prof. GIL.

Asas enflechadas especiais

• Por outro lado, as asas podem ser enflechadas no bordo de ataque e o bordo de fuga pode ser ou não enflechado;

• Ou ainda o BF pode ter enflechamento negativo, tornado a explicação anterior insuficiente para justificar o não emprego da linha sustentadora de Prandtl.

• Todavia, a partir do momento que a linha a ¼ da corda deixa de ser reta com relação a envergadura da asas, a teoria de linha sustentadora permanece insuficiente para ser aplicada na integração dos vórtices de ferradura ao longo da asa.

• Dada a diferença ao longo da corda dos vórtices elementares ligados, os efeitos de interferência ao longo da envergadura serão diferentes, o que reforça mais ainda a necessidade de uma teoria que leve em conta simultaneamente os efeitos de interferência ao longo da corda e da envergadura, ou seja ao longo da superfície de sustentação.

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Sobre a figura do slide inicial

• Engine Inlet Vortices

• “Ambient circulation or crosswind will sustain vortex flow around a stagnation streamline extending between an engine inlet and the ground. Inlet vortex structure develops high velocities at the ground capable of kicking-up debris and entraining dust often ingested by the engines. Water is recommended for full-scale inlet vortex flow visualization tests”. Ref. AIAA-2002-5894