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A/449228 Eça de Queirós e o Naturalismo na Península Ibérica ANTÓNIO APOLINÁRIO LOURENÇO António Apolinário Lourenço é professor de Literatura Espanhola na Universidade de Coimbra, director do Instituto de Estudos Espanhóis e membro da Comissão Executiva do Centro de Literatura Portuguesa. Para além de ter colaborado em diversos jornais e revistas, publicou, na editora Angelus Novus, edições anotadas e comentadas da Mensagem, de Fernando Pessoa (1994), e de Tempo de Orfeu, de Alfredo Guisado (2003), o livro intitulado Identidade e alteridade em Fernando Pessoa e António Machado (1995, traduzido para espanhol em 1997) e uma antologia de textos críticos sobre Os Máias: O Grande Ma/a. A recepção imediata de Os Maias de Eça de Queirós (2000). É co-autor (com Eloísa Álvarez) de uma História da Literatura Espanhola (Asa, 1994) e co-editor (com José Luis Cavilanes) de uma Historia de Ia Literatura Portuguesa (Cátedra, 2000). Obra patrocinada pelo Instituto Português do Livro e das Bibliotecas (Ministério da Cultura), no âmbito do Programa de Apoio à Edição 2005 - Ensaio Mar da Palavra - Edições, L. di

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A/449228

Eça de Queirós e o Naturalismona Península Ibérica

ANTÓNIO APOLINÁRIO LOURENÇO

António Apolinário Lourenço é professor de Literatura Espanhola na Universidade deCoimbra, director do Instituto de Estudos Espanhóis e membro da Comissão Executiva do

Centro de Literatura Portuguesa. Para além de ter colaborado em diversos jornais e revistas,publicou, na editora Angelus Novus, edições anotadas e comentadas da Mensagem,

de Fernando Pessoa (1994), e de Tempo de Orfeu, de Alfredo Guisado (2003), o livrointitulado Identidade e alteridade em Fernando Pessoa e António Machado (1995, traduzido

para espanhol em 1997) e uma antologia de textos críticos sobre Os Máias: O GrandeMa/a. A recepção imediata de Os Maias de Eça de Queirós (2000). É co-autor (com EloísaÁlvarez) de uma História da Literatura Espanhola (Asa, 1994) e co-editor (com José Luis

Cavilanes) de uma Historia de Ia Literatura Portuguesa (Cátedra, 2000).

Obra patrocinada pelo Instituto Português do Livro e das Bibliotecas(Ministério da Cultura), no âmbito do Programa de Apoio à Edição 2005 - Ensaio

Mar da Palavra - Edições, L.di

ÍNDICE GERAL

INTRODUÇÃO 11

CAPÍTULO IGÉNESE, EVOLUÇÃO E OCASO DO NATURALISMO LITERÁRIO 31

1. As origens e os antecedentes do Naturalismo 311.1 Termo a quo 311.2. Nas origens do Realismo moderno: Stendhal e Balzac 371.3. Courbet e o grupo realista dos anos 50 421.4. Enfin Flaubert vint 462. A génese do romance naturalista 552.1. Zola e o Naturalismo 552.2. Os Rougon-Macquart 592.3. O grupo de Médan 642.4. O romance experimental 673. Dissensão, Contestação, Irradiação 723.1. Dissidentes 723.2. Os adversários 783.3. A irradiação do Naturalismo no espaço europeu..... 814. Epílogo 85

CAPÍTULO IIDO ROMANTISMO AO LIMIAR DO NATURALISMO 89

1. A "Questão Coimbrã" e as origens do Realismo português 891.1. Bom senso e bom gosto 891.2. As conferências do Casino Lisbonense 941.3. A crítica marginal de Luciano Cordeiro 1001.4. Outros críticos 1052. A singularidade realista de Camilo e Júlio Dinis 1083. Galdós e o romance de costumes contemporâneos 1153.1. Antes de Galdós 1153.2. As "Observaciones sobre Ia novela contemporânea" 1194. Realismo e anti-realismo em Espanha 1224.1. O ensaísmo anti-realista 1224.2. A polémica sobre a moral na arte 127

CAPÍTULO IIIA FICÇÃO NATURALISTA EM PORTUGAL E ESPANHA 135

1. O Naturalismo na ficção portuguesa 1351.1. A introdução da estética naturalista em Portugal. Eça de Queirós.... 1351.2. Teixeira de Queirós 1451.3. Outros escritores naturalistas 1511.4. A paródia do Naturalismo: Camilo 1692. O Naturalismo na ficção espanhola 1 732.1. A tardia recepção do Naturalismo em Espanha 1 732.2. La desheredada e a sua recepção 1772.3. Outros romances galdosianos 1842.4. Pardo Bazán e Narcís Olier 1882.5. Outros autores naturalistas espanhóis. O naturalismo radical 2002.6. O naturalismo epidérmico 2063. O Naturalismo epigonal: breve referência 2144. Zola e os seus discípulos ibéricos 2155. As gerações realistas 221

CAPÍTULO IVA CRÍTICA NATURALISTA E ANTINATURALISTA 227

1. A crítica naturalista em Portugal 2271.1. Uma estética positivista? 2271.2. A crítica imediata 2321.3. A crítica "científica" de Alexandre da Conceição 2401.4. Fialho de Almeida. Do Naturalismo ao antinaturalismo 2451.5. A viciação do cânone naturalista: Reis Dâmaso 2501.6. A Ilustração de Mariano Pina 2591.7. Sampaio Bruno, Moniz Barreto, Luís de Magalhães 2632. A crítica naturalista em Espanha 2682.1. Os primeiros passos 2682.2. O debate no Ateneo e a sua sequência 2732.3. O ensaísmo naturalista catalão 2843. La cuestión palpitante e Estética naturalista:

os dois principais "manifestos" ibéricos do Naturalismo 2864. Os detractores do Naturalismo 2994.1. Em Portugal 2994.2. Em Espanha 3095. Primeiras conclusões 321

CAPÍTULO VNATURALISMO E IBERISMO: AS POSSÍVEIS CONEXÕESDO NATURALISMO PENINSULAR 325

1. Irmãos desavindos ou inimigos íntimos? 3251.1. O "antifrancesismo" dos afrancesados 3251.2. Simões Dias: o lusitanismo visitado por um hispanista 3291.3. Outras interpretações: Cândido de Figueiredo e Galdós 3341.4. O lusitanismo diplomático de Valera 3362. Eça e Espanha: um ruidoso silêncio 3432.1. As Espanhas da Geração de 70 3432.2. Eça, a Espanha e a questão ibérica 3473. Clarín e Portugal. A Liga Literária Hispano-Portuguesa 3544. A recepção de Eça de Queirós em Espanha na época do Naturalismo.. 3604.1. As primeiras traduções 3604.2. Clarín e Eça: da descoberta à paixão 3624.3. O lusitanismo e o queirosianismo de Emilia Pardo Bazán 3694.4. Referências finais 374

CAPÍTULO VIEÇA E CLARÍN, DOUTRINADORES NATURALISTAS 379

1. Eça de Queirós, antes do Naturalismo 3791.1. Da Gazeta de Portugal às Conferências do Casino 3791.2. Eça na época das Conferências do Casino Lisbonense 3842. Eça, naturalista 3892.1. Contra o Idealismo 3892.2. Do Mandarim aos Maias 3912.3. O debate sobre o Naturalismo nos Maias 4023. O pós-naturalismo queirosiano 4084. A actividade crítica e ensaística de Clarín 4144.1. Breves notas sobre o seu método crítico 4144.2. Do Krausismo ao Naturalismo 41 74.3. A conferência de Clarín no Ateneo. Del Naturalismo 4224.4. O combate naturalista 428

5. Clarín, pós-naturalista 4366. Conclusão 440

CAPÍTULO VilAS REFERÊNCIAS FRANCESAS DO NATURALISMO QUEIROSIANO ECLARINIANO 453

1. Entre a angústia da influência e o terror do plágio 4532. A influência de Zola 4682.1. La faute de l'abbé Mouret 4682.2. La conquête de Plassans 4742.3. Outros romances zolianos 4853. A presença de Balzac 4893.1. Le cure de Tours 4893.2. Balzac e A Capital! 4924. O inevitável Flaubert 4994.1. O mestre 4994.2. O bovarismo 5054.3. L'éducation sentimentale 51 55. E os Goncourt? : 5286. Também Champfleury? 538

CAPÍTULO VIIIEÇA, CLARÍN E O ROMANCE NATURALISTA 541

1. A recepção imediata de La Regenta e dos romances queirosianosda época naturalista 541

1.1. O Naturalismo por surpresa 5411.2. Nova surpresa 5491.3. Clarín romancista: La Regenta 5531.4. Os Maias 5661.5. Os Maias e La Regenta perante a crítica: questões actuais e

aspectos comuns 5751.6. Polémicas 5882. O estatuto de Eça e de Clarín na narrativa naturalista ibérica 6003. Clarín, discípulo de Eça de Queirós 6103.1. O ponto da situação 6103.2. Fermín e Amaro : 6223.3. De O Primo Basílio a La Regenta 6293.4. Eça, leitor de La Regenta? 635

CONCLUSÃO 643BIBLIOGRAFIA 651

Obras e edições de Eça de Queirós utilizadas 651Obras e edições de Leopoldo Alas "Clarín" utilizadas 652Textos doutrinários 653Teoria 654Crítica 657Outras referências 675

ÍNDICE DE AUTORES 677índice de escritores realistas e naturalistas 677índice de críticos 681