A2 LTR4 Teorias Do Letramento Videoaula Revisao Impressao
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22/08/2014
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Teorias do LetramentoRevisão
Profa. Ma. Gilse T. Lazzari Perosa
Fala e escrita são modalidades complexas da
linguagem, isto é, ao mesmo tempo se distanciam e
se aproximam.
Existem situações comunicativas diferentes do
ambiente escolar e que devem ser levadas para o
espaço de sala de aula.
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Alfabetização é um conceito muito restrito no que
diz respeito à aquisição da escrita.
O processo de letramento ocorre antes da
escolarização e a experiência de cada aluno nos
ambientes letrados é individual.
O letramento pode ocorrer de dois modos: na
escola e fora dela, ou seja, a partir de textos
verbais e não verbais que estão presentes no
cotidiano dos alunos.
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Na perspectiva do letramento, o núcleo do
processo de aprendizagem do desenvolvimento
da leitura e da escrita está na atribuição de
significados estabelecidos ao longo da prática de
leitura e de escrita realizada na escola e fora
dela.
A linguagem ensinada nas escolas é a
linguagem das classes sociais favorecidas.
Uma criança pertencente às classes populares traz
consigo variedades não prestigiadas, ou seja, a
variedade com que teve contato durante o
processo de aquisição da linguagem.
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Os estudos da perspectiva estrutural têm
mostrado como a escola dificulta o processo de
aquisição da língua escrita pela criança
pertencente às camadas populares.
Os estudos da perspectiva funcional
demonstram o processo de desaprendizagem das
verdadeiras funções da escrita imposta pela escola.
As crianças de classes favorecidas dominam a
função representativa da língua em suas produções
orais e escritas, graças ao papel que a escrita
exerce em seu cotidiano (ambientes letrados).
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As crianças pertencentes às classes populares
entendem a escola como um ambiente de regulação
de seus comportamentos sociais.
As crianças que aprendem a usar a escrita apenas
de acordo com a função reguladora (repetida nas
escolas) atribuem a essa modalidade linguística
um sentido de interlocução artificial.
A persistência da escola em permitir aos alunos
usar a escrita, em situações que privilegiam a
normatização e a aquisição da linguagem padrão,
converge em um processo de aprendizagem e
desaprendizagem das funções da escrita (SOARES,
2003).
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A questão do fracasso da alfabetização é foco de
pesquisas e estudos da Educação, Psicologia,
Linguística e, especificamente, da Sociolinguística.
A escola, muitas vezes, é o lugar que favorece o
distanciamento entre a variedade padrão e as
variedades não padrão. O papel da escola no
processo de aquisição da escrita deve ser
repensado.
A escola deve buscar aproximar as práticas que
envolvem a escrita das práticas sociais vivenciadas
pelos alunos. Para isso, é necessário entender o
conceito de letramento.
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Os novos paradigmas teóricos, a prática com
textos aliada ao conhecimento de situações de uso
da linguagem formam um conjunto fundamental
do qual se sustenta o ensino da língua portuguesa.
Não se deve abrir mão do ensino da gramática,
porém é preciso inseri-la no texto como método de
aprendizagem para um melhor desempenho, e não
simplesmente atribuí-la como regra, como um meio
de desenvolver um texto, conforme a norma-
padrão.
A escola ainda continua sendo um espaço de
acesso à norma-padrão. Porém, não se deve
reduzir o ensino de língua materna ao ensino de
regras e nomenclaturas gramaticais.
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O questionamento vindo da psicologia genética, da
psicolinguística, da linguística textual e da análise
do discurso, contribuiu para importantes mudanças
acerca do ensino da língua portuguesa no cenário
brasileiro.
Paulo Freire foi um ativista social e educador
brasileiro. Nasceu em Recife em 1921 e faleceu em
São Paulo em 1997. Deixou um legado que
revolucionou as práticas pedagógicas no Brasil e na
América Latina.
Paulo Freire apresenta uma noção de alfabetização
que transforma o material e o objetivo com que se
alfabetiza e as relações sociais em que se alfabetiza.
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A concepção de Paulo Freire se opõe ao método de
alfabetização tradicional, que faz uso de palavras
descontextualizadas da vida do alfabetizando,
ignora seu espaço social, cultural e político de
vivência e não objetiva o desenvolvimento da
consciência crítica.
A concepção de alfabetização de Paulo Freire foi
diferente por possibilitar uma aprendizagem
libertadora, não mecânica, que requer uma tomada
de posição frente ao cotidiano difícil.
O diferencial de Paulo Freire está na promoção
da horizontalidade na relação entre educador e
educando, na valorização de sua cultura e no
aspecto humanístico de alfabetizar.
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Paulo Freire é contra a hierarquia vertical entrealunos e professores e defende uma aprendizagemdo ler e do escrever integradora, abrangente, nãofragmentada com forte teor ideológico.
• Uma aprendizagem do ler e do escreverintegradora, abrangente, não fragmentada comforte teor ideológico.