A Vontade Sob o Olhar de Schopenhauer Nietzsche e Freud

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  • 7/25/2019 A Vontade Sob o Olhar de Schopenhauer Nietzsche e Freud

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    A VONTADE SOB O OLHAR DE SCHOPENHAUER, NIETZSCHE E FREUD

    Aps Kant, a razo perdeu seus superpoderes, sua capacidade ilimitada no

    processo de conhecimento; a partir de Schopenhauer, ela no , seno, um veculo da

    qual a vontade se utiliza para conhecer, deixando de ser a uia para ser overnada!

    A dimenso inconsciente, a dos dese"os e paix#es, torna$se, assim, superior %

    consci&ncia, a 'or(a motriz que leva$a a conhecer o mundo o)"etivo de acordo com as

    suas pretens#es, de modo que as disposi(#es da razo so re'lexo daquilo que a vontade

    requer; suas limita(#es, como "* perce)era Kant, aquilo que esta no requer!

    +odo o conhecimento da o)"etividade , ento, em)asado pela su)"etividade,

    tomando o car*ter de mera representa(o! entendimento uma conexo de ideias ou

    sensa(#es do mundo material 'eita pela vontade! -estarte, este est* im)udo dela, no

    somente na mente do su"eito pelo conhecimento, mas pela sua prpria natureza! .sta

    vontade a vontade de perdurar$se a vida e est* presente em todas as 'ormas de vida /e

    as lia de 'orma indissoci*vel0!

    1odemos de'ini$la dessa 'orma, "* que Schopenhauer no admite sua

    denomina(o como uma 'or(a presente em todas as coisas, para no restrini$la %

    'initude e, por 'im, a exausto! 2as, admitindo seu car*ter in'inito, ela no se exaure,

    mesmo diante das mazelas da vida3A isso, Schopenhauer no o'erece resposta, mas, a

    conce)e como uma dimenso incans*vel no ser humano, sem a qual a vida se resume

    em puro tdio!

    A )usca da 'elicidade a constante )usca de sacia(o da vontade, tal como

    ditava o hedonismo, e a 4nica 'orma de alcan(*$la uiando$se pelos anseios!

    .ntretanto, a prpria vontade, que traz a 'elicidade, ao ser sanada traz consio a

    consequ&ncia da in'elicidade, pois, to loo satis'eita, to loo retorna ao tdio de no

    querer alo mais!

    5reud, concordando com tal a'irmativa, denomina este tdio de desmotiva(o,

    partindo do princpio de que a motiva(o, de oriem inconsciente, determinada pelas

    puls#es e atra(#es do indivduo /ou se"a, seus dese"os ou necessidades0, a voli(o

    humana, sem o qual somos apenas condicionados!

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    6ietzsche, discordando dessa entrea da razo % vontade, no sentido que toma

    em Schopenhauer e 5reud, prop#e uma supera(o desta para a concretiza(o da

    pot&ncia do homem em sua individualidade /ao contr*rio do que preava Schopenhauer,

    6ietzsche prop#e uma m*xima a'irma(o do su"eito0 e da sua li)erdade! .ntretanto, no

    nea a dimenso irracional presente no homem e nas coisas!

    Assim, Schopenhauer admitia esta /vontade0 como insuper*vel; 5reud "* admite

    uma restri(o desta pela consci&ncia; e, por 'im, 6ietzsche a de'ine como

    completamente super*vel pelo homem rumo % sua satis'a(o de li)erdade! 2as am)os

    trouxeram % tona, validaram e determinaram a import7ncia da vontade e da es'era

    inconsciente, irracional, no homem!