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#70 OFERECIMENTO: HORA DE EMBARCAR, PASSAGENS CAEM 43% RENDA EXTRA NO FIM DE ANO MENOS IMPOSTO, MAIS EMPREGO FUJA DO CHEQUE “BORRACHUDO” SEU DINHEIRO A SUA REVISTA DE FINANÇAS PESSOAIS É possível. Basta saber escolher roteiros econômicos e pesquisar muito antes de viajar MUNDO A VOLTA AO SEM TANTO DINHEIRO ASSIM NOVA YORK DICA DE ROTEIRO DO PAULISTANO VITOR MELO, DE 23 ANOS, CONFIRA

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#70

oferecimento:Hora de embarcar,

Passagens caem 43%

renda extra no fim de ano

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“borrachudo”

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É possível. Basta saber escolher roteiros econômicos e pesquisar muito antes de viajar

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Vitor Melo, de 23 anos, confira

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A voltA Ao

É possível viajar muito de forma econômica.

E isso mesmo nos destinos mais badalados. Saiba como

Gastar

sem tAnto dinheiro Assim

mundo

piazza navona, roma

dica de Gabriel ferreira eM sua

‘trip dos quebrados’, confira Matéria

a seGuir

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nunca se gastou tanto em viagens para o exterior. Nos dez primeiros meses do ano, os brasileiros gastaram 18,5 bilhões de dólares em viagens para fora do país, se-gundo o Banco Central. Com o aumento da renda média do trabalhador, tem mui-

ta gente viajando e gastando cada vez mais lá fora. Mas isso não significa que seja preciso ter muito dinheiro para viajar. Quem estiver com a grana curta também pode sair para desbravar o mundo. Basta ter paciência de pesquisar tudo com antecedência e traçar o melhor planejamento.

O casal Henry Bugalho e Denise Nappi se tornou especia-lista em ensinar aos brasileiros a arte de viajar gastando pouco. Tudo começou quando eles criaram um blog para contar a rotina diária em Nova York. O sucesso foi tão grande que virou livro: o “Guia de Nova York para Mãos--de-Vaca”, com dicas de passeios e atrações gratuitos ou muito baratos na Big Apple. Atualmente morando na Es-panha, o casal de escritores mantém um site (maodevaca.com) com dicas que serão compartilhadas abaixo com os leitores do 247. Aproveite, porque viajar como um autên-tico “mão de vaca” não é nenhum demérito, muito pelo contrário.

Os escritores acreditam que quem quer gastar pouco em uma viagem deve seguir três passos fundamentais: pes-quisar, não comprar pacotes de agências e fugir das ar-madilhas turísticas. “A internet é uma das maiores alia-das do viajante ‘mão de vaca’, onde ele pode pesquisar preços de museus, cardápios de restaurantes, valor de transporte público e muito mais. Sem pacotes turísticos, a pessoa tem a liberdade de selecionar suas rotas e hotéis mais em conta. A outra dica é básica: fuja dos lugares tu-

Gastar

Sem pacoteS turíSticoS, a pessoa

tem a liberdade de selecionar suas rotas e hotéis

mais em conta

explica o casal Henry BugalHo e Denise nappi

rísticos, porque tudo lá vai ser mais caro”, explica Henry.

O segredo para gastar pouco, segundo os especialistas, é agir em qualquer lugar como se estivesse na própria cidade. “O viajante econômico é, acima de tudo, aquele que age no exterior da mesma maneira que age em casa, pesquisando preços e fugindo das furadas, mas este é um traquejo que frequentemente vem com o tempo, com ten-tativa e erro”, afirma o escritor.

Geralmente, o mais caro da viagem são as passagens e a hospedagem. E para encontrar os melhores preços é pre-ciso pesquisar bastante. Existem vários sites indexadores de passagens aéreas e hotéis, que fazem simulações de preços com várias empresas e também apresentam des-contos. Alguns exemplos: Decolar, Submarino Viagens, Melhores Destinos, Booking e Hostel World. Esses dois últimos são restritos a hospedagem.

Gastar

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Henry tem uma dica que tonará sua pesquisa mais fá-cil: “O valor dos gastos dependerá muito da época da viagem. Há uma grande oscilação no período de alta temporada, seja no verão do hemisfério norte ou duran-te os grandes feriados do fim de ano. Viajar na prima-vera ou no outono ajudará bastante a cortar estes gas-tos”.

Os passeios e a alimentação são as melhores partes para os que estão “apertados”. Em várias cidades do mundo existem atrações culturais gratuitas tão boas ou melhores que as pagas. Sem falar nas opções de comi-das na rua ou em restaurantes bons e baratos. Em Nova York, por exemplo, é possível asssitir de graça a um show de uma banda de jazz e depois comer uma bela comida mexicana por menos de 10 dólares por pessoa. E de quebra comer um cheeskake imperdível por cinco dólares.

Não é só em Nova York que se come bem com pouco. “Em Paris, comemos muitíssimo bem num restaurante marroquino por 4 euros para um prato super-capricha-do. Em Roma, encontramos uma portinha no Gueto Ju-daico com uma das melhores massas que já provamos e que custou uns 5 euros. A dica é evitar os grandes res-taurantes do esquemão turístico e procurar onde fre-quentam os moradores locais”, afirma Henry.

E quais seriam as melhores cidades para os “mãos de vaca”? Denise responde: “Nova York certamente é uma delas, pois possui várias atrações gratuitas. Em Madri também existem incontáveis atrações com desconto ou com dias e horários gratuitos. Cusco, no Peru, é muito barata, com atrações incríveis e custos tão baixos, que

Gastar

parque Guell, barcelona (espanHa)

encoMendado por eusebi Güell e projetado

por antonio Gaudí

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às vezes tínhamos pena de pechinchar. Você roda com um táxi por uma hora e o preço é ridículo. Em Buenos Aires, come-se bem e as passagens aéreas são baratas. Para compras, os destinos que deixam os brasileiros ensandecidos são Miami e Orlando”.

CuidAdos

Alguns países exigem visto de entrada, reservas de hotéis para apresentar na imigração ou vacinas contra doenças es-pecíficas”. “O viajante precisa saber dessas exigências antes de embarcar, para não acabar se enrolando na entrada no país”, explica Denise. Outra exigência comum é um seguro saúde. Várias empresas brasileiras oferecem o serviço em seus seguros viagem, que cobrem gastos médicos e jurídicos, auxilia quem perde documentos e indeniza quem tem baga-gens extraviadas.

Rosana Techima, diretora da CAIXA SEGUROS, alerta sobre a importância do produto: “É muito desagradável ser vítima de imprevistos durante uma viagem e não ter a quem recor-rer. Com um seguro viagem, o cliente entra em contato com a seguradora e tem o acompanhamento e a solução do pro-blema, sem ter trabalho algum ou perder tempo. Isso sem falar que ele terá a garantia de receber atendimento médico se precisar”.

roteiros espeCiAis

A pedido do 247, pessoas que moraram ou passaram muito tempo no exterior prepararam uma programação de um dia em quatro cidades. Em comum, os roteiros têm muita diver-são e pouco dinheiro gasto. Acompanhe e anote as dicas para a sua próxima viagem.

Gastar

parque Guell, barcelona (espanHa)

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romAcantinas nas vielas da Piazza Navona são sensacio-nais. Por uns 10 euros, você come a melhor massa da sua vida e ainda toma uma taça de um vinho delicio-so. De sobremesa, nada melhor que o bom gellato ita-liano”.

leblon romano: “Fim da tarde a pedida é a Tras-tevere, uma espécie de Leblon de Roma, com vários bares e restaurantes. Dá pra ficar tomando cerveja e vinho e gastar uns 15 euros. Quando a fome bater, in-dico a pizzaria Nuevo Mondo. Nunca comi uma pizza igual. Depois é só voltar para os barzinhos e curtir a noite”.

O produtor de audiovisual Gabriel Ferreira pode ser considerado um ícone para os “mãos de vaca” do mundo inteiro. Ele conseguiu a façanha de fazer uma viagem de três semanas pela Europa gastando cerca de 600 euros. “Eu estava estudando em Dublin e re-solvi fazer a ‘trip dos quebrados’ com mais dois ami-gos. Fomos a Madri, Barcelona, Milão, Ibiza e Malta”.

Por incrível que pareça, a parte mais barata da via-gem foram as passagens aéreas. “A empresa Ryan Air tem uns preços inacreditáveis. Gastamos bem menos de 100 euros com todo o transporte da viagem”, ex-plica Gabriel, que para economizar raramente comeu em restaurantes e dormiu na praia em Malta e em um banheiro público em Ibiza. Apesar de ter gostado muito dessa viagem, Gabriel cita Roma como uma ci-dade ideal para quem quer curtir muito e gastar pou-co. Veja o roteiro que ele preparou:

Gastar com café pra quê? “A minha dica para que está viajando com a grana contada é tomar um belo café da manhã onde estiver hospedado. Qualquer hostel vagabundo tem pelo menos um pão e uns cereais no café”.

programa de turista: “Geralmente, os maiores pontos turísticos são programas de índio. Em Roma, não. Eu adorava andar pela Piazza Spagna, pela Fon-tana di Trevi e pela Piazza Navona. É legal ficar pas-seando por essa região até o meio da tarde”.

Almoço de rei. ou melhor, de imperador: “Pra quem gosta de comer, como eu, Roma é o paraíso. As

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mAdri Nem a charmosa Paris, nem as cosmopolitas e mul-ticulturais Londres e Nova York. A melhor cidade do mundo é Madri. Pelo menos para a advogada Jéssica Moura, que conhece quase todos os parques e museus da capital espanhola. “Fui a primeira vez a passeio e a segunda para estudar. Fiquei dois meses e me apaixo-nei pela cidade”.

A advogada elege a beleza, a cultura e, principalmente, a segurança como as melhores características da cida-de. “Dá para andar sozinha à noite, pegar metrô a qual-quer hora do dia. Em que outra grande cidade dá para se sentir assim?”. Como vida de estudante não é fácil, Jéssica garimpou bem os programas gratuitos que a ca-pital oferece. Confira a programação dela para um dia:

-passeio na puerta del sol: “Este é o coração não só de Madri, mas de toda a Espanha. É lá que ficam as melhores lojas das marcas espanholas como Zara e H&M. Mesmo quem está fazendo uma viagem de ‘mão de vaca’ pode fazer umas comprinhas. Eu só compra-va blusas na Zara por menos de três ou no máximo por cinco euros. As mesmas blusas que chegam ao Brasil meses depois e custando uma fortuna. Impulso das compras controlado, vale a pena continuar passeando pela Puerta del Sol e depois seguir para a Plaza Mayor. Tudo a pé. É muito bom ficar de bobeira na praça, des-cansando e apreciado a paisagem. Quem quiser ir à Ca-tedral de la Almudena e ao Palácio real tem que andar mais, mas vale a pena”.

-liquidação de “tapas” e cervejas: “Perto do Pa-lácio Real, fica o restaurante 100 Montaditos, que ofe-

rece 100 tipos de ‘tapas’ (petiscos) e mais 100 de mini sanduíches. Todo dia é barato, mas na quarta-feira é inacreditável: tudo por um euro. Você pode comer bas-tante, beber cerveja e vinho e gastará uns 10 euros. Adoro o mini sanduíche de salmão com cream cheese. Para beber, a melhor pedida, principalmente no verão, é o ‘tinto de verano’, que é uma sangria bem refrescan-te”.

-passeio cultural: “Pegue o metrô e vá até a estação Retiro. É lá que fica o famoso Parque do Retiro. Uma coisa legal é andar pela beira do lago, apreciando a pai-sagem. A entrada do Museu do Prado, que fica lá perto, é gratuita das 18h às 20h de segunda a sábado. Lá, es-tão expostas obras famosas de vários artistas. Os meus preferidos são os quadros do Velázquez e do Goya. Esse é meu museu preferido na cidade, apesar de o Reina Sofia ter obras de Picasso e Dalí”.

Noite madrilenha: “Quem ainda tiver disposição pode voltar à Puerta del Sol e ‘salir de marcha’, como dizem os espanhóis. Eles geralmente saem andando de bar em bar. É comum as pessoas entregarem na rua panfletos que podem ser trocados por pequenos shots de bebi-da. De graça mesmo! Para terminar a noite, nada como comer churros. A churreria San Ginés é a melhor. Com cinco euros, vêm vários churros e o chocolate à parte. Não estranhe se o lugar estiver completamente lotado. Comer churros de madrugada é uma mania madrile-nha”.

Em Madri, é possível vinhos, cervejas e petiscos por 1 euro

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puerta del sol, madri (espanHa)

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novA York O paulistano Vitor Melo, de 23 anos, passou pelos menos metade da vida pulando de cidade em cidade. Ele já morou em vários estados do Brasil e dos Esta-dos Unidos, além de passar temporadas na Europa. Há um ano e meio, decidiu dar uma pausa nessa jor-nada e se estabeleceu em Nova York, onde trabalha como barman. Apaixonado pela Big Apple, Vitor pre-parou um roteiro com as coisas que ele mais gosta de fazer em seus dias de folga, sempre gastando pouco. Confira:

-Brunch no harlen: “Uma maneira legal de come-çar o dia é indo pro Harlen comer um brunch. Gosto muito do restaurante Amy Ruth’s. Eles servem vários tipos de waffles. O meu preferido é um com frango frito. Meio pesado, né? Mas é bom, acompanhado de um café com leite simples mesmo. Gasto entre 10 e 15 dólares nesse café da manhã que vale por almoço”.

-Caminhada pela cidade: “O mais bacana Nova York é poder caminhar bastante. Andar pelas ruas da cidade já é um programão. Um lugar bacana de dar uma volta é no High Line, que era uma antiga li-nha de trem. Eles fizeram um parque sensacional por cima, indo da Rua 12 às Rua 30. É como se tivesse um parte super legal no Minhocão, em São Paulo. E a me-lhor parte: é tudo de graça”.

-roosevelt island: “É uma pequena ilha entre Ma-nhattan e Queens. Lá tem uma vista muito legal da ci-dade. É bem tranquilo. Nem parece que fica em Nova York. Para chegar lá, o meio de transporte mais práti-co é também o mais divertido: um bondinho. Lembra dele do filme do Homem Aranha?”

-lanche e happy hour: “ir para NY e não comer em uma deli é um erro grave. Minha preferida é a Katz, na Houston St, em Downtown. Eles servem um sanduíche de pastrami muito bom e bem servido. Quem gosta de doce não pode deixar de comer um cheesecake, um dos símbolos gastronômicos da cidade. Toda essa farra sai por uns 15 dólares. À noite, o legal é seguir para a Wa-shington Square, onde ficam localizados dezenas de barzinhos. Até as 21h, quase todos fazem promoções. Dá pra tomar shots de tequila, rum e vodca por 1 dó-lar, ou uma jarra de cerveja por 3 dólares. O meu bar preferido lá é o Red Lion, que tem música ao vivo. De-pois é legal ir pro Meatpacking District, onde tem vá-rios rooftops, que são festas no topo de prédios altos. Não paga pra entrar, mas a bebida é cara. A dica que eu dou é que tomem só um drink e fiquem curtindo o visual”.

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roosevelt island nova york

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londresA capital da Inglaterra é uma das cidades mais caras do mundo. Só uma pessoa que conheça todas as ruas e canais de Londres para conseguir gastar pouco. O em-presário brasiliense Ricardo Dias conhece. Apegado à cidade, onde morou em três ocasiões, ele sempre dá um jeito de visitar sua antiga cidade, nem sempre com muito dinheiro. Aproveite as dicas desse quase londri-no.

hyde park- “Adoro ir de manhã ao Hyde Park. Para quem não conhece, é um Central Park maior e mais interessante. Sempre vai ter alguma coisa legal lá para fazer. Dá para passar o dia todo lá. Depois de lá dá para ir a pé pro Tate Museum, que tem entrada gratui-ta. Programa imperdível”.

Almoço na rua: “Quando a fome apertar, é só procu-rar uma barraquinha de kebab. Tem em qualquer es-quina de Londres. Almoce em uma delas. São delicio-sos. Quem preferir, pode comer fish and chips. Quem não está com muito dinheiro tem que se virar, mas apesar de não ter o glamour dos restaurantes, a comi-da de rua em Londres é muito boa. Por umas 5 libras você come bem”.

Candem town: “Não existe lugar nenhum no mundo como Candem Town, minha parte preferida de Lon-dres. Lá é meio que o “reduto dos doidões” de Lon-dres. Tem lojas de todos os tipos, bares, feiras e pes-soas interessantes do mundo inteiro. Lá é um paraíso para que está com pouca grana. Sempre visito a loja Cyberdog, que é gigante e tem de tudo um pouco. Nem precisa comprar nada. A loja vale o passeio. Do lado

dela, tem um bar cubano excelente. Bom para fazer um pit stop e tomar uma pint e comer alguma coisa”.

Candem town 2: “Quem gosta de festa e curtição, o melhor é permanecer em Candem Town. As festas e boates de Londres são excelentes, mas caríssimas. Em Candem Town dá para gastar pouco. Eu gosto de pas-sar nas barraquinhas de comida, comprar alguma coisa e comer na beira dos canais, sentado nos bancos. Tem comida de todo lugar do mundo. Até coxinha de gali-nha dá pra achar lá. À noite, são dezenas de opções de pubs. Escolha um mais em conta e curta”.

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Hyde park, londres

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A horA e A vez do emprego temporário

Mais de 300 mil vagas estão sendo oferecidas em todo o Brasil no comércio varejista

Ganhar

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em todo o país, cerca de 300 mil vagas de emprego tem-porário estão disponíveis no comércio varejista, segundo pesquisa divulgada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), vinculado à Confederação Nacional de Dirigentes

Lojistas (CNDL). De acordo com o estudo, 293,2 mil comercian-tes (28% do total) já começaram ou deverão contratar mão de obra para suprir a demanda de fim de ano - 44% das vagas dis-poníveis deverão ser ocupadas só em novembro. Os salários mé-dios de 85% dos trabalhos temporários em 2012 deverão variar entre um e dois salários mínimos (de R$ 622 a R$ 1,2 mil), mais as comissões por vendas. Apenas 1% dos comerciantes pretende pagar mais de seis salários (R$ 3,7 mil).

Dessas contratações, a expectativa é que pelo menos 80% se-jam efetivados. “A taxa de efetivação é alta. Muitos varejistas aproveitam o período para fazer troca de funcionários, pois nem sempre há 100% de satisfação em relação ao quadro, com pes-soas preparadas e comprometidas. Se os temporários se saem muito bem e têm interesse, as chances são grandes. O trabalho temporário é uma oportunidade de buscar novos talentos”, in-formou o economista do SPC, Nelson Barrizzelli.

As funções mais procuradas são as de vendedor (71%), caixa (26%) e estoquista (17%), atividades relativamente simples de se exercer, que não requerem treinamento especializado, con-siderando o tempo limitado. Os setores em que deverá haver a maior quantidade de vagas nessas áreas são o de vestuário, cal-çados, tecidos, perfumaria e cosméticos. O estudo do SPC apon-ta que grande parte das empresas contratantes têm até 9 funcio-nários (55%) e mais de um estabelecimento (46%).A dica do economista do SPC para encontrar uma vaga entre es-sas oportunidades é procurar diretamente a empresa e levar um currículo, com informações sobre escolaridade, experiências an-teriores, justificativas para buscar a função e expectativas para o

Saiba mais

Ganhar

futuro. Segundo ele, os locais onde há mais facilidade para en-contrar estabelecimentos interessados são os shoppings centers.

A faixa etária em que há mais perspectivas de contratação tem-porária é a de 18 a 24 anos (55% dos demandados) seguida pela de 25 a 34 anos (30%). Para Barrizzelli, isso se justifica pela pos-sibilidade de manutenção do trabalhador na empresa, com pers-pectivas de crescimento, em cargos de supervisão e gerência.

Ter ensino médio completo é um dos requisitos mais importan-tes para os trabalhos temporários: 68% dos empresários querem funcionários com esse nível mínimo de escolaridade. Essa exi-gência, segundo Barrizzelli, é um indicativo de que o comércio varejista está cada vez mais especializado, o que demanda fun-cionários com mais conhecimento e quantidade de informações. Outras características identificadas pela pesquisa do SPC como fundamentais para a contratação são o comprometimento, o di-namismo e a pró-atividade.

Dos total de comerciantes que não pretendem contar com tra-balhadores temporários neste fim de ano, 71% alegaram ao SPC que estão satisfeitos com a mão de obra já existente na empresa. Segundo Barrizzelli, esse é um indicativo de que as políticas de qualificação e capacitação conduzidas pelo empresariado têm surtido efeito.

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BraSil eStá perto do pleno empreGo

Oferta de empregos temporários ajuda a reduzir as taxas de desocupação no mercado de trabalho

o aumento Da oferta De vagas temporárias no comércio, neste fim De ano, começa a se refletir na queDa Da taxa De Desemprego. a avaliação é Do coorDenaDor Da pesquisa mensal De emprego Do instituto Brasileiro De geografia e estatística (iBge), cimar azereDo. o ínDice caiu De 5,4% para 5,3% entre setemBro e outuBro, o menor nível para o mês DesDe 2002.

segunDo o economista, a queDa De 0,1 ponto percentual na passagem De um mês para o outro reflete, principalmente, as novas vagas em são paulo, região que tem peso De 42% na composição Do inDicaDor e funciona “como um farol” para outras regiões. a tenDência, explica, é que o mesmo movimento seja verificaDo em outras regiões, nas próximas semanas.

“em função Do traBalHo temporário De final De ano, perceBe-se aumento Do número De pessoa traBalHanDo em toDas as regiões Do país [como em são paulo]”, Disse o economista.

em são paulo, a taxa De Desemprego caiu De 6,5% para 5,9%, enquanto no recife cresceu De 5,7% para 6,7% - o maior aumento entre as seis regiões pesquisaDas. “a queDa na taxa De Desocupação na região metropolitana De são paulo mostrou um comportamento Diferente Do que foi oBservaDo nas outras regiões”, informou.

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BraSil eStá perto do pleno empreGo

Oferta de empregos temporários ajuda a reduzir as taxas de desocupação no mercado de trabalho

“em contraponto, aumenta o número De pessoas que começam a procurar traBalHo”, informou. foi o que ocorreu, segunDo ele, em relação ao recife. mais pessoas procuranDo emprego no períoDo pressionam ainDa mais a taxa De Desocupação na região metropolitana, que perDeu 19 mil vagas entre setemBro e outuBro.

segunDo o iBge, a população ocupaDa cresceu 0,9% entre setemBro e outuBro e somou 23,4 milHões De traBalHaDores. em relação a outuBro De 2011, o aumento foi 3%, equivalente a 684 mil vagas. já a população DesocupaDa somou 1,3 milHão em outuBro.

o pesquisaDor tamBém cHama a atenção para o crescimento menor Dos empregos com carteira assinaDa, que se elevava a uma taxa De 7% ao ano, mas Devem fecHar 2012 com aumento De 3,2%, equivalente a cerca De 350 mil empregos a mais com carteira, em relação a 2011.nDa De fim De ano - 44% Das vagas Disponíveis Deverão ser ocupaDas só em novemBro. os salários méDios De 85% Dos traBalHos temporários em 2012 Deverão variar entre um e Dois salários mínimos (De r$ 622 a r$ 1,2 mil), mais as comissões por venDas. apenas 1% Dos comerciantes pretenDe pagar mais De seis salários (r$ 3,7 mil).

Dessas contratações, a expectativa é que pelo menos 80% sejam efetivaDos. “a taxa De efetivação é alta.

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ConsórCio,

Mais de 10% dos brasileiros já são consorciados, utilizando este investimento para adquirir os mais diversos bens

multiplicar

o queridinho

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foi o crescimento deste ano, na quantidade de pessoas que utilizaram o consórcio para comprar imóveis

o s negócios por meio da modali-dade consórcio atraem cada vez

mais brasileiros. O percen-tual de consorciados no país cresceu 10,9% este ano em comparação a 2011. Em setembro de ano passado eram 4,57 milhões, passan-do para 5,07 milhões no mesmo mês de 2012. Os da-dos foram divulgados hoje (21) pela Associação Brasi-leira de Administradoras de Consórcios (Abac).

De acordo com a entidade, os consórcios participa-ram de 12,9% das vendas no mercado interno de ve-ículos leves e de 43,6% na comercialização interna de motocicletas, no período de janeiro a setembro de 2012.O volume negociado pelos consórcios no período (ja-neiro a setembro de 2012) atingiu R$ 59,4 bilhões, 5,3% a mais que os R$ 56,4 bilhões registrados no mesmo período do ano passado. O levantamento mostra que a quantidade

de pessoas que usaram consórcio para comprar veículos leves aumentou 20%: passou de 1,5 mi-lhão em setembro de 2011 para 1,8 milhão no mesmo mês de 2012. O volume negociado pelos consórcios na compra de veículos leves saltou de 24,2 bilhões para 27,2 bilhões, uma alta de 12,4%.

A quantidade de pessoas que usaram o consór-cio para comprar imóveis cresceu 9% em relação a setembro de 2011: passou de 610 mil para 665 mil.

multiplicar

9%

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FujA do Cheque

Proporção de “borrachudos” na economia brasileira está em

alta; melhor opção para receber pagamentos é o dinheiro de

plástico ou o boleto bancário

proteger

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2,02%

a proporção de cheques devolvidos por falta de fundos aumentou, em outubro, atingindo 1,94% do total compensado ante 1,87%, em setem-

bro, segundo a pesquisa mensal da empresa de consultoria Serasa Experian. Na compa-ração com o de outubro de 2011 (1,92%), no entanto, o índice ficou praticamente estável.

Os economistas da Serasa justificaram que a elevação está relacionada às compras para o Dia da Criança. Eles observaram, porém, que a taxa de devoluções no décimo mês do ano é a terceira mais baixa este ano, atrás apenas das de setembro (1,87%) e janeiro (1,93%).

No acumulado do ano, o volume devolvido alcançou 2,02% do total de cheques com-pensados, acima da taxa registrada em igual período de 2011. Na análise comparativa de janeiro a outubro, o estado de Roraima apre-sentou a maior taxa (11,8%) e São Pauto re-gistrou a menor (1,47%). Por região, a Norte lidera, com 4,42%, enquanto o Sudeste teve a menor variação (1,59%).

proteger

no acumulado do ano, o volume devolvido alcançou

do total de compensados

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mAis empregoEmpresários aprovam desoneração da folha de pagamentos e planejam mais contratações

menos imposto,

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a desoneração da folha de pagamento repercute melhor nas empresas de grande porte. Segundo estudo divulgado hoje (22) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o percentual de

empresários que enxerga a medida como positiva e acre-dita que ela contribuirá para a retomada do crescimen-to, é maior no segmento das grandes empresas do que no de pequenas e médias empresas.

De acordo com a pesquisa, entre as empresas de grande porte, 59% veem a medida como positiva. Esse patamar cai para 49% entre as empresas de médio porte e para 30% nas pequenas empresas. Já na avaliação sobre a contribuição parcial da medida para retomada do cres-cimento, 60% das grandes empresas acreditam que ela auxiliará. Entre as médias empresas, o percentual cai para 51%, e entre as pequenas, para 42%.“Uma razão [para a diferença na avaliação] é que par-te das pequenas empresas podem estar recolhendo pelo Simples [regime tributário diferenciado]. Se estão reco-lhendo pelo Simples, não há mudança. Uma outra razão é que as grandes empresas em geral são mais exportado-ras do que as de menor porte. E a nova sistemática per-mite deduzir do faturamento as parcelas das vendas de

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de acordo com essa pesquisa, entre as empresas de grande

porte, 59% veem a medida comopoSitiva

exportação”, avalia Flávio Castelo Branco, gerente exe-cutivo de política econômica da CNI.

Ele destacou ainda que a medida é melhor vista en-tre as empresas intensivas em mão de obra do que entre as que são intensivas em capital. Os setores contemplados pela medida deixam de pagar a contri-buição de 20% ao Instituto Nacional do Seguro So-cial (INSS) e arcam com um percentual sobre o fatu-ramento como forma de compensação.

O gerente da CNI acredita que as empresas que ava-liaram a desoneração como parcialmente favorável-levaram em conta o fato de a carga tributária não ser o único entrave à competitividade. “Temos outras distorções na economia brasileira. Temos custos de insumo, como a energia e custos de capital, como as taxas de juro. Existe ainda a questão da própria lo-gística, infraestrutura”, comentou.

Além de empresários de ramos diversos, beneficia-dos ou não pela medida, a pesquisa da CNI ouviu representantes do setor da construção civil, que não faz parte do novo regime. Cerca de 55% das empre-sas do setor disseram que gostariam de ter sido in-cluídas na medida. Também no caso da construção, o interesse é maior entre as empresas de maior parte. O percentual das grandes que gostaria de participar do novo regime é 59%. O das médias, 56% e o das pequenas, 51%. “Quando perguntado sobre a desone-ração da folha [o setor da construção], entende que é fundamental. É um setor intensivo em mão de obra”, comentou Luís Fernando Melo, economista da Câma-ra Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).

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Nos últimos dez anos, o preço das passagens aéreas caiu 43% no Brasil

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o preço médio da tarifa de passagens aéreas na-cionais caiu 43% entre 2002 e 2011, segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). No mesmo período, a procura por passagens

cresceu quase 200%. Segundo Cristian Vieira, gerente de Análise e Estatísticas e Acompanhamento de Mercado da Anac, o aumento na demanda e a queda de preços devem--se, em larga medida, à mudança de atuação do Estado nesse mercado.

Vieira diz que, até 2002, não existiam assentos por me-nos de R$ 100, enquanto em 2011 cerca de 16% das pas-sagens aéreas foram comprados nessa faixa de preço e, nesse mesmo ano, 65% das passagens foram compradas por menos de R$ 300. Ele acrescenta que, com a desre-gulação de preços, 63% dos assentos comercializados em 2011 tiveram valor abaixo do mínimo de quando havia regulação máxima e mínima de preços.

Segundo Vieira, hoje as empresas aéreas são livres para estipular o valor das tarifas cobradas, desde que não haja concorrência “predatória”. Mas nem sempre foi assim. Antes de 1989, o Estado fixava os preços das passagens aéreas. Foi nesse ano que o Estado começou a estipular limites mínimo e máximo do valor das tarifas domésticas. Em 2001, houve a implantação da liberdade tarifária no transporte aéreo em viagens nacionais.

Em 2004, depois de uma promoção de passagens por R$ 50, as empresas passaram a ter que registrar valores pro-mocionais com no mínimo cinco dias de antecedência. Desde 2010 não existe a obrigatoriedade, as empresas precisam apenas registrar posteriormente os valores exe-cutados no mês.

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Rafael Scherre, gerente de Regulação Econômica da Anac, diz que os resultados da desregulação de preços foram novas rotas e serviços, a queda dos preços e o aumento do número de passageiros. Marcelo Guaranys, diretor-presi-dente da Anac, avalia que hoje a população sofre “algumas dores do crescimento”, mas que o desafio é fazer com que a infraestrutura acompanhe o crescimento da demanda por viagens aéreas.

Rogério Coimbra, secretário de Política Regulatória de Aviação Civil, diz que agora a atenção é para o consumi-dor. “Antes a preocupação era proteger as empresas” dis-se. Coimbra explica que hoje a regulação deve se voltar para a infraestrutura aeroportuária.

Juliana Pereira, secretária Nacional do Consumidor, acre-dita que o crescimento deve ser olhado com cautela e que a atenção das empresas aéreas deve estar voltada para os consumidores que não tinham acesso a viagens de avião e agora têm. “Essas pessoas precisam de informações bási-cas, como onde é o banheiro do avião. Nivelar os usuários de transporte aéreo pelo premium é bobagem”, diz a se-cretária. “Falta informação básica e isso não é caro para as empresas”.

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comprar, comprar, comprarViajando cada vez mais, brasileiros gastaram US$ 2 bilhões no exterior em outubro

u m dos principais fatores que impulsiona-ram o recorde no rombo das contas ex-ternas em outubro, os gastos de turistas brasileiros no exterior dispararam no mês

passado. De acordo com dados divulgados pelo Banco Central (BC), as despesas dos brasileiros com viagens internacionais atingiram US$ 2,087 bilhões em outu-bro. O montante é o maior registrado para o mês e só não é menor que o registrado em julho do ano passa-do, quando os turistas brasileiros haviam desembol-sado US$ 2,234 bilhões em outros países.

Por causa do aumento desses gastos, o saldo de via-gens internacionais, que mede a diferença entre os gastos de turistas estrangeiros no Brasil e as despe-sas de turistas brasileiros no exterior, registrou rom-bo de US$ 1,536 bilhão em outubro. De acordo com o BC, foi o maior déficit registrado para o mês.

Para o chefe adjunto do Departamento Econômico do Banco Central, Fernando Rocha, a estabilidade do câmbio nos últimos meses e o crescimento da renda do brasileiro explicam a retomada dos gastos fora do país. “Depois de subir no meio do ano, o dólar ficou estável em torno de R$ 2 nos últimos meses. Isso permitiu que os turistas planejassem melhor as des-pesas no exterior, o que permitiu que os brasileiros voltassem a viajar. Sem contar que a renda do brasi-leiro continuou crescendo nesse período”, ressaltou.

Com a alta recente do dólar, que nos últimos dias su-biu e está alcançando R$ 2,10, o chefe do Departa-mento Econômico do BC diz que ainda levará algum tempo para que os gastos com viagens internacionais voltem a cair. “Os brasileiros que vão para fora do país agora já tinham planejado a viagem. Desta for-ma, sempre existe uma defasagem entre uma subida do dólar e o enfraquecimento dessa conta [de viagens internacionais]”, declarou.

De acordo com Rocha, os dados preliminares de no-vembro indicam que os gastos de turistas no exterior devem fechar em níveis menores em relação a outu-bro. Até o último dia 20, os brasileiros tinham de-sembolsado US$ 1,178 bilhão em outros países.