A VIOLÊNCIA AUMENTA NO MUNDO NOVIDADES … · Como dizem os chilenos, ... Há um caminho...

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#123 EDIÇÃO OÁSIS DE CARRO, MOTO OU BIKE PELA CARRETERA AUSTRAL PATAGONIA NORTE A VIOLÊNCIA AUMENTA NO MUNDO É o que mostra o Mapa da Paz 2013 NOVIDADES GALÁTICAS Galáxia do Pinguim, satélites de Plutão, Opportunity em Marte QUANDO A MORTE ESTÁ PRÓXIMA Cinco práticas para um bom final de vida

Transcript of A VIOLÊNCIA AUMENTA NO MUNDO NOVIDADES … · Como dizem os chilenos, ... Há um caminho...

#123

Edição Oásis

dE carro, moto ou bikE pEla carrEtEra austral

PATAGONIA NORTE

A VIOLÊNCIA AUMENTA NO

MUNDOÉ o que mostra

o mapa da paz 2013

NOVIDADES GALÁTICAS

Galáxia do pinguim, satélites de plutão,

opportunity em marte

QUANDO A MORTE ESTÁ PRÓXIMA

cinco práticas para um bom final de vida

2/45OÁSIS . Editorial

por

Editor

PEllEgriniLuis

“A PAtAgôniA norte é PerfeitA PArA quem APreciA um Pouco de silêncio, solidão, imensos esPAços vAzios, e PAisAgens de

tirAr o fôlego”

J aime Borquez é o autor da reportagem de capa, sobre a Pata-

gônia norte. Percorri com ele o território descrito, situado na região centro-sul do Chile, e posso garantir: é uma emoção

atrás da outra. raras vezes, no mundo todo, pode-se encontrar uma geografia tão exuberante. Um litoral muito recortado, cheio de ilhas, fiordes, desembocaduras de rios; extensões planas de pampas cheios de lagos, de ovelhas, vacas e cavalos; por fim, a cordilheira dos andes, na fronteira com a argentina, com sua su-cessão de picos nevados e vulcões fumegantes.

Como dizem os chilenos, na Patagônia norte “hay de todo, mu-cho”. Menos grandes centros habitados e grandes concentrações humanas. tem pouca gente na Patagônia norte, apenas cerca de 0,8% habitante por quilômetro quadrado! Certamente uma das menores demografias de todo o continente americano. Mas cada um dos que lá estão valem por dez. os patagões do norte são

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fortes, saudáveis, muito conectados com a natureza, risonhos, bem humorados e extremamente ligados ao mundo natural. não é para menos. Como conta Borquez na matéria, podemos viajar 2, 3, 4 horas de carro, até mesmo pela grande Carretera austral, a maior rodovia da região, e não encontrar nenhuma aldeia pelo caminho. o território é perfeito para quem aprecia um pouco de silêncio, solidão, imensos espaços vazios, e paisagens de tirar o fôlego.

Só os rios da Patagônia norte já valem a viagem: transparentes, muito piscosos sobretudo de trutas e salmão, adequados para esportes náuticos, e quase todos com uma cor azul turquesa in-crível. a comida é farta e saudável, com destaque para os frutos do mar no litoral, e as carnes de churrasco no interior. o ideal é percorrer a região de carro, mas inúmeros o fazem de motocicle-ta, de bicicleta, e até mesmo a pé. Sem perigo de assalto, nem de ser comido por algum bicho faminto.

E que dizer quando chegamos diante de algum dos vários gla-ciares da região? Esses monumentais rios de gelo nascem no alto das montanhas e vão descendo, até quebrarem a ponta em algum lago ou rio. Mais uma vez como dizem os chilenos: “Para que ir para longe para ver montanhas nevadas, florestas tempera-das, aves e animais exóticos e rios de águas que parecem pedras preciosas? temos tudo isso aqui, no Chile, em doses cavalares.” Para os chilenos, mas também para os visitantes brasileiros ou de qualquer outra nacionalidade.

VIA

GEM

PATAGONIA NORTEDe carro, moto ou bike pela Carretera Austral

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cada dia mais brasileiros visitam o Chile. Os destinos chilenos es-tão em alta. Desde o deserto de Atacama até a Patagônia Sul, as zonas centrais produtoras de vi-nho, as margens do Estreito de Magalhães, já chegando aos li-mites da Antártica. Mas há ainda um pedaço do Chile que poucos conhecem, inclusive os próprios chilenos. É a chamada Patagônia Norte, atravessada em quase toda a sua extensão pela Carretera Austral. Essa estrada tem mais de

700 quilômetros de comprimento, e passa por regiões chilenas que não têm mais de 40 quilômetros de largura, comprimidos entre as montanhas dos Andes e as águas do Pacifico, com a cordilheira praticamente beijando o oceano.

Os números da Patagônia Norte chamam a atenção. Na região cabem uma Suíça e duas

AHá um pedaço do chile que poucos conhecem, inclusive os próprios chilenos. é a chamada Patagônia norte, atravessada em quase toda a sua extensão pela carretera Austral

Por: Jaime Borquez

Bélgicas. Ela é cinco vezes menor que o Pantanal Matogrossense. Possui 90 mil habitantes, 1.800 mil ovelhas e 950 mil cabeças de gado. Possui 4.800 rios, mais de dois mil lagos e lagoas, 1.200 ilhas e 28 glaciares!

Noites abaixo de zero

Ela só pode ser descoberta em veiculo próprio, pois ainda não existem ônibus ou outros meios de transporte coletivo que façam o percurso inteiro. Mochila e dedi-nho para a carona? Esqueça. Os veículos que a cada dia percorrem as estradas da Patagônia Norte contam-se com os dedos das mãos. Percorrê-la é um bom desafio, não porque a estrada seja perigosa ou ruim, mas porque a logística local ainda precisa ser mais bem planejada e o pilo-to tem de ser bom e ter experiência em estradas de terra e cascalho. Trata-se de fazer um rally pessoal, cheio de inúmeras paradas para se admirar a paisagem e fa-zer fotografias. Um rally turístico onde os tempos devem ser respeitados, caso con-trário, se o viajante “dormir no ponto”, acabará dormindo mesmo em seu carro...

É bom ir avisando desde já que, no inver-no, as noites costumam ter temperaturas abaixo de zero. Então, ir lá fazer o que? A

CiClistas e motoqueiros do mundo todo PerCorrem a Carretera austral. na foto, Casal de CiClistas franCeses em lua-de-mel

a Pequena Puerto aysén, uma das Portas de entrada à Patagônia norte

resposta pode ser como a de Sir Edmund Hillary, quan-do lhe perguntaram por qual razão queria subir o Eve-rest: Porque está lá... Mas a verdade é que a Carretera Austral tem muito mais atrativos que subir nessa mítica montanha, e as tais temperaturas muito baixas só acon-tecem no inverno. Na primavera e no verão pode fazer calor de até 30 graus, e não falta quem vá se refrescar – literalmente – nas águas das centenas de lagos e cacho-eiras que existem nessas paragens. Nossa intenção não é escrever para o leitor um guia detalhado de viagem, até porque, para isso, existe o excelente guia Turistel Sur de Chile. Todo visitante da região meridional do Chile deve comprar um exemplar assim que por os pés no aeroporto de Santiago. Ele será de inestimável ajuda. Queremos apenas transmitir algu-mas impressões e dar dicas do que achamos mais inte-ressante ao longo do caminho. Até porque, por mais que falemos, sobrarão centenas de quilômetros para o visi-tante descobrir e se surpreender.

De carro ou de moto Há duas formas principais de se visitar a Patagônia Norte: a leve e a pesada, a light e a hard. Quem optar pela forma suave chegará de avião a Balmaceda, aluga-rá um carro e com ele fará a viagem do aeroporto para o sul, até dar de cara com os campos de gelo norte, em Villa O’Higgins.

Uma outra forma, a mais pesada, pode ser de moto a partir de Puerto Montt: cruzar no “barco-transborda-dor” até Chaitén e a seguir ir pela estrada como Peter

Fonda e Dennis Hopper no antológico filme Easy Rider (Sem Destino), ouvindo em alto e bom som The Pusher e Born to Be Wild, com o grupo Stepenwolf. Animado com a ideia da moto? Pois saiba que é muito comum achar gente rodando pela região de bicicleta. Para quem não liga se tiver de pedalar alguns dias debaixo de chu-va, a ideia é muito interessante. A bicicleta é um meio silencioso, e as paisagens são de tirar o fôlego.

À direita e à esquerda da Carretera Austral as paisa-gens são realmente cativantes. Altas montanhas co-bertas por vegetação nativa, principalmente o coigue, a lenga, e o ñirre, todos primos da família do carvalho. Há um caminho memorável à beira do encontro dos rios Frio e Palena. A construção da Carretera Austral come-çou em 1976. A ideia era unir povoados isolados e brin-dá-los com possibilidades de desenvolvimento.

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o glaCiar o’Higgins, um dos maiores do CamPo de gelo norte

trutas e salmões são muito aBundantes nos rios da Patagônia norte

Queulat, um glaciar suspenso

Era bem difícil morar nessa região naqueles tempos. Uma simples visita ao dentista podia obrigar o resi-dente a subir num cavalo e encarar quatro ou cinco dias de trote até o mais próximo povoado dotado de um dispensário médico. Até o final dos anos 70 era normal que as mães tivessem seus filhos em casa, so-zinhas, com a ajuda de vizinhos ou, com muita sorte, a presença de uma parteira. A colonização da região é bastante recente. Começou ao redor de 1898. Mes-mo hoje, a densidade demográfica da Patagônia Norte não supera 0,8 habitante por quilômetro quadrado. Imaginem o que era há um século! Só a partir dos anos 70 os povoados puderam ter alguma melhor in-fraestrutura, e dispor de bens como pronto socorro, luz elétrica de gerador, telefone e comércio elemen-tar. É preciso lembrar que o homem chegou à Lua em 1969, mas o povo da Patagônia Norte só ficou sabendo disso algum tempo depois.

Na Patagônia Norte, quando se visita o Parque Nacio-nal Queulat, tem-se uma visão clara de como e quan-to o planeta está sofrendo por causa do aquecimento global e seus consequentes efeitos. No parque fica um glaciar suspenso, o Queulat. Ele possui uma monu-mental cascata de gelo, mas ela se desintegra cada vez mais rapidamente por causa do aquecimento global. No pequeno salão de visitas do escritório de turismo instalado nas imediações da cascata existem fotogra-fias dos anos 60, quando esse glaciar ainda terminava no lago ou no leito do rio. As fotos mostram pessoas pisando um solo que ainda estava coberto pelo gelo

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tanto nos treCHos em asfalto quanto nos de terra Batida, na Carretera norte Há semPre uma montanHa nevada à frente

na Cueva de las manos, esta é uma das muitas roCHas CHeias de imPressões Pré-HistóriCas de mãos Humanas

desde a última glaciação do planeta, há pouco mais de 10 mil anos. A vegetação que ali cresce é muito es-tranha e primitiva.

A estrada continua pela orla de rios e lagos, sempre com as altas montanhas do lado leste. Quase não há povoados em longos trechos da estrada. Só a impo-nência da natureza e algumas pequenas aldeias, como Puyuhuapi, Amengual e Mañihuales, até chegar a Puerto Aysén, cidadezinha a partir da qual podem--se fazer vários passeios interessantes. Um deles é a navegação em caiaque pelo rio Los Palos até chegar ao grande lago de mesmo nome. As águas são muito tranquilas, ideais para passeios em família.

Hotel e acampamento base A poucos quilômetros de Aysén fica Porto Chacabuco, onde está um dos melhores hotéis da região, o Lobe-rias del Sur. Esse hotel é uma surpresa, tanto pela sua bem cuidada construção em madeira, como por seu impecável serviço, com destaque para a gastronomia, que mistura perfeitamente a cozinha local com a in-ternacional. Desde o Loberias tem-se a possibilidade de tomar o catamarã Chaitén e ir até a geleira San Ra-fael, durante o dia. Esse glaciar é o xodó da Patagônia Norte. É imperdoável deixar de visitá-lo: são setenta metros de altura e um quilômetro e meio de gelo. O navio passa o dia inteiro frente a esse paredão conge-lado. Os passageiros tem a oportunidade de se acer-car dele em lanchas zodíaco e passear entre as forma-ções geladas, com cores que vão do azul profundo ao verde intenso, até grandes blocos de gelo

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aCima, faCHada do Hotel loBerias del sur. aBaixo, Patas de CarangueiJo, iguaria tíPiCa desse Hotel

atraCadouro da Caleta tortel, um dos mais PitoresCos Povoados da região

o Caiaque é um dos esPortes Preferidos nos vários treCHos tranquilos do Belíssimo rio Baker

absolutamente transparentes. Uma experiência mági-ca que nos deixa literalmente... gelados! O Loberias é um excelente e finíssimo “acampamento base” para quem deseja percorrer a região.

À medida que nos aproximamos da cidade de Coyhai-que, as montanhas vão se abrindo, deixando passo a amplos pampas verdejantes. A cidade tem um peque-no centro de artesanato, lojas, bancos e alguns restau-rantes. Vale uma visita. No pequeno povoado de Cer-ro Castillo há uma visita interessante: as Rocas das Mãos, declaradas monumento nacional. São imagens feitas por nativos, que deixaram suas mãos pintadas na superfície desses rochedos, há pelo menos 15 mil anos. Constituem uma prova da adaptabilidade huma-na aos elementos e climas hostis! As forças da nature-za estão presentes em todo o trajeto. Depois do povo-ado de Cerro Castillo, aparece o rio Ibañez, num largo e formoso vale. Se prestar atenção, verá que na região aparecem só as pontas das antigas cercas que delimi-tavam as propriedades. É que em 13 de agosto de 1991 o vulcão Hudson produziu uma erupção com violência inusitada, cobrindo com até um metro de cinzas gran-de parte daquela zona. Foram três dias de escuridão quase total, a tal ponto as cinzas na atmosfera impe-diram a passagem da luz do sol. A própria estrada so-bre a qual se trafega é feita de cinza compactada. Pa-rece asfalto.

E chegamos ao Lago General Carrera, o maior do Chi-le. Uma parte dele está em território argentino, e lá se chama Lago General San Martin. Em Puerto Rio Tran-quilo são oferecidos passeios até as “catedrais de már

18/45a flor do CHilCo está em toda a Parte ao lado da Carretera norte

no inverno, na Patagônia norte, a neve desCe das montanHas e reCoBre tamBém as PlaníCies

more”, fantásticas formações desse material produzi-das pela erosão da água e do vento. Mais adiante está o salto do Rio Baker, com águas de cor e transparên-cia surpreendentes, e o pequeno povoado de mesmo nome. A pesca ali é muito boa e os passeios em caia-que são também o seu forte. Outro lugar sensacional para pescar é o rio Cochrane, no povoado homônimo. As trutas nadam embaixo das embarcações, nas águas desse rio de transparência absurda. Na área está tam-bém a Reserva Nacional Los Huemules, (o huemul, cervo andino, é o maior veado da América do Sul). Os huemules são difíceis de ver, pois têm a cor do mato em que vivem, porém são fáceis de serem encontra-dos: muitos deles carregam colares de monitoramen-to ao pescoço.

Para quem chega até aí, continuar até Villa O´Higgins é um desafio obrigatório. Estamos na parte final da estrada. É preciso cuidado redobrado nesse trecho, que corre pela borda do rio Bravo. Os precipícios são de arrepiar. Não fazer esse trajeto à noite, nem quan-do acontecem chuvas fortes. Para chegar a O’Higgins será preciso pegar uma balsa. O povoado tem serviços básicos e hospedagem. Está-se a pouca distância da fronteira com a Argentina e do início das geleiras do Campo de Gelo Norte, o mais setentrional dos dois grandes campos de gelo andinos da Patagônia. Na beira do lago sobe-se no barco que leva até o glaciar O’Higgins.

Na viagem de volta, vale a pena visitar Caleta Tortel, uma simpática cidadezinha inteiramente composta de casas sobre palafitas e unidas por passarelas de

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um Bem Humorado vaqueiro CuJo ranCHo se enContra nas Proximidades

da Carretera austral

Pode-se PerCorrer a Carretera austral em qualquer tiPo de veíCulo. mas fazê-lo a Pé, Pelo menos em alguns treCHos, ProPorCiona uma exPeriênCia realmente esPiritual

madeira. Tortel é uma prova do que o homem conse-gue fazer quando decide descobrir e ocupar sua terra. Você viverá aspectos dessa aventura ao desbravar a mítica Carretera Austral.

Mais informações: www.loberiasdelsur.cl

Vídeo: Chile: O país mais bonito do mundo

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mais um treCHo do rio Baker, Com suas inCríveis águas azul turquesa

A VIOLÊNCIA AUMENTA

NO MUNDOÉ o que mostra o

Mapa da Paz 2013OÁSIS . tEndênCia

TEN

DÊN

CIA

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edir a paz no mundo e colocá-la em números e medidas: é o que faz o Ins-titute for Economics and Peace (Instituto para a Economia e a Paz), com sede na Austrália, junta-mente com a Economist Intelligence Unit, todos os anos, desde 2007. A insti-tuição é responsável pelo

Global Peace Index (índice da paz global: http://www.visionofhumanity.org/#/page/indexes/global-peace-index), deixando de lado o pacifismo utópico e es-tudando concretamente o que é a paz, como ela é distribuída nos cinco continentes e

qual é o seu valor monetário. “A nossa missão é individuar e medir os fatores e atribuir um valor econômico para a paz”, explica Michelle Breslauer, do IEP.Como se mede a paz? Isso não é impos-sível, se a estudarmos em termos de au-sência de violência e de políticas voltadas à sua promoção: em primeiro lugar, isso significa que não podemos mais nos base-ar na ideia de que um país que se abstém da guerra seja necessariamente um país pacífico.

O GPI revela uma classificação de 162 países, baseando-se em 22 indicadores capazes de medir os conflitos em curso (internos e externos), a segurança social (número de homicídios, índice de encar-ceramento) e as despesas militares. Todos esses dados são sintetizados num mapa interativo que possibilita selecionar os países isoladamente e visualizar os seus dados específicos, classificando-os por indicadores de interesse, confrontando cronologicamente os resultados. Os dados utilizados provém de institutos de aferi-ção considerados confiáveis. O GPI é um instrumento precioso para as organiza-ções internacionais que se ocupam de paz e desenvolvimento. A primeira delas é a ONU.

Mquais são os países mais pacíficos? que posição ocupa o Brasil nessa lista? onde houve maior aumento da violência este ano? o mapa da paz, elaborado pelo global Peace index 2013, mostra que, infelizmente, a paz está cada vez mais ameaçada no mundo

Por: equiPe oásis

Violência no mundo aumentou 5%

O que descobrimos com o GPI? Em primeiro lugar que, desde 2008, a violência no mundo aumentou 5%, apesar da diminuição dos conflitos internacionais. Isso porque aumentaram os homicídios, as mortes causadas por conflitos civis, as despesas militares e a instabilidade política. O país que mais chama a atenção é a Síria, que teve a maior deterioração na história do GPI por causa da guerra civil em curso. A seguir vem o México, onde as ferozes lutas entre os cartéis da droga provocaram no ano passado o dobro do número de mortes violentas que aconteceram no Iraque e no Afeganistão. Mas também a primavera árabe, os conflitos internos no Paquistão e n o Afeganistão, os protestos antiausteridade ocorridos na Europa são alguns dos outros exemplos evidentes dessa tendência. Observando-se os indicadores do GPÌ, verifi-ca-se que em cerca de 110 países, do total de 162 aferidos, a paz foi virando fumaça nos últimos seis anos.

Explorando o mapa descobrimos também que, mais uma vez, os primeiros lugares são ocupados pelas democ-racias pequenas e estáveis: Islândia, Dinamarca, Nova Zelândia, Áustria, Suíça, Japão, Finlândia, Canadá, Sué-cia e Bélgica são, nessa ordem, as dez mais do pacifismo global. Partindo da parte mais baixa da lista, vamos en-contrar países muito instáveis, de tendência autoritária ou em estado de guerra: Afeganistão, Somália, Síria, Iraque, Sudão, Paquistão, República Democrática do Congo, Rússia, Coreia do Norte e República Centro-Afri-cana.

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as Cores da Paz no maPa do gloBal PeaCe index 2013

Nada de novo no fronte

Por que os dados do GPI não causam surpresa? Responde Melanie Greenberg, da Alliance for Peacebuilding: “É sempre a mesma questão de quem surgiu primeiro, o ovo ou a galinha: é impossível desenvolver um sistema in-stitucional e sair da fragilidade quando existem conflitos em curso, mas sem desenvolvimento e instituições es-táveis é muito fácil cair de novo no conflito”. Comprovan-do esta chave de leitura, o GPI evidencia o fato de que os países que se encontram na extremidade superior da lista tendem a permanecer em seus lugares, e este é o caso, por exemplo, do Japão, que tinha saído da lista dos dez mais depois do terremoto, mas que rapidamente voltou a subir aos primeiros lugares na classificação. Ao contrário, sete país dentre os dez situados na extremidade inferior da lista continuam a piorar. Este é o caso do Afeganistão, que hoje é muito menos pacífico do que em 2008. Out-ros países que pioram São a Costa do Marfim, o Burkina Faso, o Perú e a Ucrânia. Algumas boas notícias chegam da Líbia, do Sudão e do Chade, que saem gradualmente dos conflitos e começam a subir na classificação.

Deslocando-se para o noroeste do mundo, chama a aten-ção o posicionamento dos Estados Unidos, que se classifi-caram numa triste 99ª posição, não apenas por causa dos conflitos internacionais dos quais são protagonistas, mas também – e sobretudo – pelo alto grau de encarceramen-to, de homicídios e de disponibilidade de armas.Em melhor situação encontra-se o Brasil, ocupando o 81º da lista. Nosso país encontra-se exatamente no meio da classificação da violência no mundo. Os brasileiros vivem, portanto, uma situação intermediária em relação às out-ras nações do mundo. Se não é possível andar nas ruas

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com a mesma segurança que Islândia ou Dinamarca – que ocupam o topo da lista - tampouco vive-se num es-tado de guerra civil e medo como Somália e Afeganistão, nas últimas posições.

Quanto vale a paz

Idealmente, a paz é incomensurável e representa não apenas a ausência de violência, mas também o índice de desenvolvimento da sociedade e o bem estar das pessoas que a constituem. Mas se tomamos os fatores analisados pelo GPI, a paz possui também um valor quantificável de modo bastrante simples. UM exemplo? A Coreia do Norte gasta 20% do seu PIB para a segurança interna. A Islândia gasta apenas 1%.

Segundo os dados do Institute for Economics and Peace a violência custou em 2012 cerca de 9,46 trilhões de dólares, equivalente a 11% do produto interno bruto global, duas vezes mais que o valor da produção agríu-cola mundial. Se reduzíssemos essa despesa em cerca de 50%, poderíamos anular o débito dos países em via de desenvolvimento.

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AS

TR

ONOVIDADES GALÁTICASGaláxia do Pinguim, satélites de Plutão, Opportunity em Marte

OÁSIS . aStro

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uando duas galáxias passam muito próximas uma da outra, começam a interagir. As forças de gravidade recíprocas cau-sam mudanças espetaculares na forma e na estrutura de ambos os objetos celestes. Em alguns casos, as galáxias acabam por colidir, em outros casos po-dem se fundir, tornando-se um único sistema, e podem ainda serem ambas inteiramente des-truídas. Pouco abaixo do centro da imagem vemos a galáxias NGC 2936, um dos dois corpos que integragem e formam a Arp 142, muitas vezes chamada de “galáxia

Q

o telescópio espacial Hubble conseguiu a mais nítida e detalhada imagem de um casal de galáxias interativas conhecidas como Arp 142, a “galáxia do Pinguim”. cérbero e styx são os nomes dos dois novos satélites de Plutão, recém descobertos. em marte, a sonda opportunity completa dez anos de bons serviços na superfície do planeta

Por: equiPe oásis.

Pinguim”. NO passado remoto ela era uma galáxia em espiral normal, mas foi forte-mente deformada pelas forças gravitacionais produzidas pela sua companheira cósmica. Os restos da sua estrutura em espiral ainda podem ser vistos; o antigo núcleo galáctico, parcialmente obscurecido por uma enorme nuvem de poeira, agora constitui o “olho” do pinguim. Ao redor dele ainda é possível se ver o que restou de um dos braços da espiral da galáxia original. Embaixo vemos a com-panheira NGC 2937, visível como um oval branco. O casal parece um pinguim que pro-tege ou choca o seu ovo.

Os efeitos da interação gravitacional entre as três galáxias, com uma consequente troca de materiais, podem ser devastadores e se man-ifestam como imensas nuvens de gás e poe-ira que, ao colapsar, provocam um violento aumento das produção de estrelas jovens e maciças. Na parte alta da imagem são visíveis duas es-trelas luminosas que na realidade pertencem à nossa própria galáxia, mas se encontram posicionadas na mesma linha de visão da Arp 142. Atrás de uma delas observamos uma faixa azul que na realidade é uma outra galáxia, ainda mais longe e que não tem nada a ver com a Arp 142.

Esse casal de galáxias foi batizado com o

a galáxia do Pinguim é na realidade um sistema de duas galáxias que interagem. o "olHo" do Pinguim é o núCleo de uma delas; o "ovo", aBaixo, é a outra galáxia

nome de Arp em homenagem ao astrônomo norte-amer-icano Halton Arp que publicou em 1966 um catálogo de galáxias muito estranhas, chamado “Atlas de Galáxias Pe-culiares”. Arp elaborou esse catálogo na tentativa de com-preender como se formam as galáxias, mas só temnpo de-pois percebeu qwue muitas dessas galáxias estranhas eram na realidade galáxias interativas ou em fase de fusão. Na época em que compilou esse catálogo, as dinâmicas das interações entre galáxias eram ainda pouco conhecidas e difíceis de explicar.

O telescópio espacial Hubble conseguiu dar um enorme salto de qualidade nesse sentido, graças à observação tão detalhadas que revelam inclusive os detalhes mais diminu-tos desses curiosos corpos celestes.

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o telesCóPio esPaCial HuBBle, semPre em órBita, Continua a fazer desCoBertas extraordinárias no esPaço sideral

nessa ilustração de artista da nasa, vemos as luas kérBeros (a maior, à esquerda) e styx (a menor, à direita) amBas vistas da suPerfíCie de Plutão

CÉRBERO E STYX

As duas novas luas de Plutão

Depois de longa e atenta avaliação, International Astro-nomical Union (IAU), decidiu os nomes dos dois pequenos satélites recentemente descobertos ao redor de Plutão pelo telescópio espacial Hubble. Até agora esses dois corpos ce-lestes eram identificados pelas siglas provisórias de P4 e P5. Para P4, o nome oficial escolhido é è Kerberos (Cérbero), o cão mitológico com três cabeças, guardião dos infernos. Para P5, o nome escolhido foi Styx, um dos rios dos infer-nos, que na mitologia grega separava o mundo dos vivos do mundo dos mortos. As duas novas luas de Plutão se so-mam às três precedentes: Caronte (o barqueiro do inferno), Nyx (a Noite) e Hydra. A escolha dos nomes pelo comitê da IAU foi ditada pela associação de todos esses personagens a Plutão, o deus dos infernos na mitologia Greco-romana.

As duas pequenas luas, Kerberos e Styx foram descobertas, respectivamente, em 2011 e 2012 graças a uma longa série de observações efetuadas com o Hubble e coordenadas por Mark Showalter, do SETI (Search for Extraterrestrial Intel-ligence) Institute.

Dentro de dois anos, portanto, se tudo correr como previsto, poderemos ver de muito próximo as imagens de Plutão e de Caronte, e possivelmente também dos seus outros quatro satélites.

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esse mosaiCo de três imagens, oBtidas Pelo telesCóPio esPaCial HuBBle Com uma exPosição de 3 minutos Cada uma, mostra Plutão Com as suas CinCo luas (nasa /stsCi)

as órBitas das CinCo luas de Plutão. a sonda new Horizons, em JulHo de 2015, transitará a aPenas 12.500 quilômetros da suPerfíCie de Plutão (nasa/esa/stsCi)

OPPORTUNITY

A longa maratona marciana de uma sonda espacialPor essa ninguém esperava: prevista para funcionar apenas 90 dias na superfície do planeta Marte, a sonda Opportunity, da NASA, festeja os dez anos do seu lançamento, e de trabal-ho ininterrupto.Lançada do Cabo Canaveral, em 2003, a missão da Oppor-tunity não deveria durar mais de 3 meses. Mas no dia 7 de julho essa sonda, a mais longeva da NASA, celebrou dez anos da sua partida em direção a Marte e mais de 9 anos de bons serviços na superfície do planeta vermelho.

Trata-se de um verdadeiro recorde de resistência, acompan-hado de uma infatigável caminhada sobre a superfície marci-ana: desde que lá chegou, a Opportunity pode se gabar de ter percorrido 35,76 quilômetros, subindo e descendo colinas, conquistando o recorde de sonda mais incansável de todo o programa espacial norte-americano (o recorde absoluto pertence ao veículo soviético Lunokhod 2, que percorreu 42 quilômetros da superfície da Lua em 1973.

A missão do pequeno robô sobre rodas consiste sobretudo em encontrar traços da presença de água em Marte. Esses indícios foram realmente encontrados, nos últimos 20 me-ses, na borda da cratera Endeavor. Nessa região a sonda de-tectou importantes depósitos de gesso, sinal seguro da pas-sada presença de água no subsolo marciano.

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a sonda marCiana oPPortunity

Marte nunca antes visto nas fotos panorâmicas do Opportunity

Depois dos seus muitos sucessos, essa sonda se prepara para seus próximos objetivos: Solander Point, uma zona muito estratificada nas margens da cratera Endeavour na qual está bem visível um amplo corte transversal das várias camadas de rocha marciana: uma espécie de “diário geológico” da historia do planeta.

Abaixo, o vídeo que a NASA preparou para comemorar o décimo aniversário da Opportunity em Marte:

Vídeo: http://youtu.be/Gz0QZ6jwFN8

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três imagens do Polo norte de marte, em três oCasiões distintas. Como na terra, a Calota de gelo aumenta ou diminui segundo as estações do ano marCiano

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QUANDO A MORTE ESTÁ PRÓXIMA

Cinco práticas para um bom final de vida

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urante o dia, Judy MacDonald Johnston desenvolve programas de leitura para crianças. À noite, ela ajuda as pessoas para que mantenham sua qualidade de vida à medida que se aproximam da morte.

Judy MacDonald Johnston é editora e cofundadora do Blue

Lake Children’s Publishing, especializada na produção de ferramentas didáticas.

DPensar sobre a morte é assustador, mas o planejamento é prático e deixa mais espaço para a tranquilidade em nossos dias finais. em uma palestra solene e ponderada, Judy macdonald Johnston compartilha cinco práticas para o planejamento de um bom final de vidavídeo: ted – ideas wortH sPreadingtradução Para o Português: isaBel villanrevisão: leonardo silva

Tradução integral da palestra de Judy MacDonald Johnston

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“O que seria um bom final de vida? E estou falando sobre o fim mesmo. Estou falando sobre morrer.Todos nós pensamos muito em como viver bem. Eu gos-taria de falar sobre aumentar nossas chances de morrer bem. Não sou uma geriatra. Crio programas de leitura para a pré-escola. O que sei sobre este assunto vem de um estudo qualitativo com uma amostragem de dois. Nos últimos anos, ajudei dois amigos a ter o fim de vida que queriam.Jim e Shirley Modini passaram os 68 anos de seu casamento vivendo serenamente em seu rancho de 1.700 acres, nas montanhas do Condado de Sonoma. Eles man-tinham apenas o gado necessário para pagar as contas, a fim de que a maior parte do rancho permanecesse como um refúgio para os ursos, leões e tantas outras coisas que viviam lá. Esse era o sonho deles.Conheci Jim e Shirley quando tinham uns 80 anos. Am-bos eram filhos únicos e escolheram não ter filhos. Quan-do ficamos amigos, tornei-me a administradora deles e sua defensora nos assuntos médicos. Mas, principalmen-te, tornei-me a pessoa que administrou suas experiências de final de vida. E juntos aprendemos algumas coisas so-bre como ter um bom final.Nos últimos anos, Jim e Shirley encararam cânceres, fra-turas, infecções, doenças neurológicas. É verdade. Ao fi-nal, nossas funções corporais e independência caem para zero. O que descobrimos é que, com planejamento e com as pessoas certas, a qualidade de vida pode permanecer alta. O começo do fim é desencadeado por uma consciên-cia de mortalidade, e durante esse tempo, Jim e Shirley escolheram a ACR preservação da natureza para assumir o rancho quando tivessem partido. Isso deu-lhes tranqui-lidade para prosseguir. Pode ser um diagnóstico. Pode ser sua intuição. Mas um dia, você vai dizer: “Essa coisa vai

me pegar.” Jim e Shirley passaram esse tempo avi-sando aos amigos que seu fim estava próximo e que estavam bem com isso.Morrer de câncer e morrer de uma doença neuroló-gica são coisas diferentes. Em ambos os casos, os úl-timos dias são uma reafirmação silenciosa. Jim mor-reu primeiro. Ele estava consciente até o fim, mas no último dia ele não conseguia falar. Pelos seus olhos, sabíamos que ele precisava ouvir novamente: “Está tudo arrumado, Jim. Vamos cuidar de Shirley bem aqui, no rancho, e a ACR vai cuidar da vida selvagem para sempre.”Dessa experiência, vou compartilhar cinco práticas. Coloquei planilhas online, então, se quiser, você pode planejar seu próprio final.Começa com um plano. A maioria das pessoas diz: “Eu gostaria de morrer em casa. Mas oitenta por cento dos americanos morrem em um hospital ou

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em uma casa de repouso. Dizer que gostaríamos de mor-rer em casa não é um plano. Muitas pessoas dizem: “Se eu ficar assim, me dê um tiro.” Isso também não é um plano; isso é ilegal. (Risadas) Um plano compreende responder honestamente questões sobre o fim que você quer. Onde você quer estar quando não for mais independente? O que você quer em termos de intervenção médica? E quem vai se certificar de que seu plano seja seguido?Você precisa de defensores. Ter mais de um aumenta suas chances de ter o fim que você quer. Não presuma que a escolha natural é o cônjuge ou os filhos. Você quer alguém que tenha tempo e disponibilidade para fazer esse traba-lho bem, e você quer alguém que possa trabalhar com as pessoas sob a pressão de uma situação que está sempre mudando.A prontidão do hospital é crucial. É provável que você

seja encaminhado ao pronto-socorro, e você quer isso certo. Prepare um resumo de uma página com seu histórico médico, medicamentos e informações do médico. Ponha isso em um envelope vistoso com cópias de seus cartões de seguro, sua procuração e sua ordem de não ressuscitação. Faça com que seus defensores tenham uma cópia no carro deles. Cole esse conjunto em sua geladeira. Quando você apare-ce no pronto-socorro com esse envelope, sua admis-são é simplificada na prática.Você vai precisar de cuidadores. Você precisará ava-liar sua personalidade e situação financeira para determinar se uma comunidade de assistência a ido-sos ou ficar em casa é sua melhor opção. Em ambos os casos, não se acomode. Passamos por uma série de cuidadores não tão bons antes de encontrarmos a equipe perfeita, comandada por Marsha, que não deixará você ganhar no bingo só porque você está morrendo, mas irá fazer vídeos de seu rancho para você ver quando você não puder ir lá, e Caitlin, que não deixará você perder os exercícios matinais, mas sabe quando você precisa ouvir que sua esposa está em boas mãos.Por fim, últimas palavras. O que você quer ouvir no final, e de quem você quer ouvir isso? Em minha experiência, você vai querer ouvir que, seja qual for a sua preocupação, vai ficar tudo bem. Quando você acreditar que está bem para ir, você irá.Então, este é um assunto que normalmente desperta medo e negação. O que aprendi é que, se gastamos algum tempo planejando o fim da vida, temos mais chance de manter nossa qualidade de vida. Aqui es-tão Jim e Shirley logo depois de decidir quem toma

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ria conta de seu rancho. Aqui está Jim algumas semanas antes de morrer, comemorando um aniversário que ele não esperava ver. E aqui está Shirley alguns dias antes de morrer, ouvindo a leitura de um artigo no jornal daquele dia sobre a importância do refúgio para a vida selvagem no rancho Modini.Jim e Shirley tiveram um bom fim de vida e, ao compar-tilhar a história deles com vocês, espero aumentar nossas chances de fazer o mesmo.”

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