A Vida é um jogo e desistir é batota

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Trabalho de Cristiana Mesquita

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Page 1: A Vida é um jogo e desistir é batota

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A Vida é um Jogo e Desistir é Batota

Novembro de 2011

Cristiana Mesquita Reis

Page 2: A Vida é um jogo e desistir é batota

A Vida é um Jogo e Desistir é Batota

Era uma vez eu, uma pequena menina julgada por tudo e por todos…

mas, para mim, se os outros são crianças, eu também sou… se os outros,

são felizes, eu também, mas se os outros são diferentes, eu não.

Apenas sou alguém que quer ser diferente do que é, que quer ser

“um”, sem ser eu.

Mas porque é que a vida me escolheu este destino?! Pensamos

sempre que só os outros é que têm problemas (o que eu também

pensava), mas, quando isto me aconteceu, é como se algo me quisesse

roubar a vida. Aconteceu assim:

Era eu, pequena, sozinha, no meio de uma cidade abandonada por

alguém, quando, de repente, ouço um barulho, seguido de um estrondo.

Tentei-me mexer e dei conta que não sentia as pernas. Comecei aos

gritos, com vontade de morrer, mas com vontade ser feliz.

Quando dou por mim, estou num local, onde as paredes são brancas,

sem nada para ver.

Olho para a cama onde estava e vejo uma carta. Pego nela, e li: “A

criança está paraplégica.”. Quando refleti pensei: “Não posso chorar.”, e,

de repente, entra um médico por uma das várias portas, e diz:

“Arranjamos-te uma família que te possa amar e ajudar na tua

recuperação.”. A partir desse momento passou a existir “pai e mãe” na

minha vida.

Passado um ano voltei para a escola e, como a maior parte das

crianças julgam tudo por nada, senti-me ofendida e fiquei a pensar…

Quando cheguei a casa deitei-me, adormeci e fiquei a sonhar (porque se

os outros sonham, eu também sonho). Sonhei em poder andar, em ter

amigas que me possam maquilhar, rapazes que me ensinem a chutar uma

bola… mas de repente ouço um som como aquele que ouvi quando,

provavelmente, fui atropelada.

Page 3: A Vida é um jogo e desistir é batota

Fiquei com febre e, de tão nervosa que estava, disse aos meus “pais”:

“Quero desistir.”. Então os meus “pais” perguntaram-me: “De quê?”.

Pensei e a primeira palavra que me saiu da boca foi “terapia”. Os meus

pais falaram com o médico e este disse que a escolha era minha. Mas

estava cansada, não me apetecia mais.

Passaram muitos anos e eu sempre a ser julgada pelos outros. Mas se

eu sou julgada, porque é que os outros não?

Passados todos esses anos, com a vontade de ser feliz, pensei: “ Mas,

se não sou eu…, a minha vida, o que será?”. Abri, então, as portas do meu

Coração e deixei entrar aquele que me fez voltar à Vida.

Hoje tenho emprego, marido e sou feliz! Continuo a ser quem eu era

antes, não mudei nada. Apenas mudei a minha maneira de olhar para os

outros e para a vida.

Agora sei que: “A Vida é um Jogo e Desistir é Batota”…

Trabalho realizado por:

Cristiana Mesquita Reis__5.ºI