A velocidade de repercussão de uma frase

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A velocidade de repercussão de uma frase Caliel Lima da Costa Com a disseminação dos computadores e do acesso à internet, as redes sociais estão cada vez mais presentes no dia a dia das pessoas. A fronteira de conhecer uma pessoa ou concordar com as suas ideias não está mais limitada à localização geográfica, por exemplo, uma pessoa do Brasil pode ter suas ideias rapidamente propagadas pela Ásia, através de um de seus seguidores do Twitter ou amigo do Facebook. Não só as pessoas compartilham suas fotos ou o que estão fazendo naquele momento; mas as organizações também estão inseridas nesse mundo apresentando sua marca. Quando alguém elogia ou reclama de um produto fornecido pela empresa, instantaneamente seus amigos ficam sabendo e qualquer outra pessoa pode consultar e fazer uso disso. As empresas estão vendo essa propagação rápida da informação como uma oportunidade para melhorar seus serviços, além de conseguirem trazer novos clientes e não perdendo outros. Quando um cliente está insatisfeito, ele pode ser diretamente atendido, visando solucionar seu problema mais rápido. Neste artigo apresenta-se argumentos para a utilização das redes sociais pelas organizações. Com a Web 2.0, a referência de amigos para um produto passou a ser a postagem em um blog ou a discussão em um fórum de vários desconhecidos, sendo assim uma menção positiva pode ampliar o alcance da marca, conforme Torres (2011). Medeiros (2011) cita a empresa Adams, por causa de uma grande mobilização feita na internet, decidiu por recolocar no mercado o seu sabor de Halls Uva Verde, juntamente com uma grande campanha de marketing onde quatro pessoas que solicitam a volta do sabor foram homenageados com seu busto feito da bala. O mesmo ocorre com reclamações, conforme Torres (2011) e Salustiano (2010), onde o monitoramento pode criar contornos e saídas, evitando que “bolas de neve” sejam criadas. Pode-se citar o caso ocorrido com a Telefonica que teve de suspender a venda de novas assinaturas após um grande número reclamações nas redes sociais. Para Mendes (S.d) “a marca é o que dizem e não o que o marketing determina” sendo assim, profissionais de marketing podem analisar quais palavras são mais mencionadas pelos clientes e concorrentes e através de técnicas de SEO 1 (PERROTTA, 2011) utilizadas pelos mecanismos de busca (Google e Bing, por exemplo) levar novos clientes a utilizarem a marca. A utilização de tags em anúncios objetiva atingir um público mais seleto e com mais interesse na compra da ideia. Salustiano (2010) comenta que no Brasil, a maioria das agencias publicitarias não tem acesso aos dados financeiros dos seus clientes, assim sendo obter o índice de retorno do investimento (ROI) é ainda complicado. Uma das formas de medi-lo é através da quantidade de menções positivas espontâneas feitas à marca antes, durante e depois da campanha. Com relação ao custo da produção e execução da campanha, uma pesquisa de maio de 2011, citada por Sarraf (2011), aponta que utilizar as redes sociais pode diminuir em 54% o custo total. Neste artigo foram apresentados alguns motivos para que as empresas utilizem e acompanhem as redes sociais para difundir a sua marca frente ao mercado, um exemplo disso é a frase, de Erik Qualman autor do livro Socialnomics: How Social Media Transforms the Way 1 Conforme definição da Wikipedia (S.d), SEO significa Search Engine Optimization, é o processo que melhora a avaliação de um site ou página, apresentando-o primeiro nos mecanismos de busca.

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A velocidade de repercussão de uma frase

Caliel Lima da Costa Com a disseminação dos computadores e do acesso à internet, as redes sociais estão

cada vez mais presentes no dia a dia das pessoas. A fronteira de conhecer uma pessoa ou concordar com as suas ideias não está mais limitada à localização geográfica, por exemplo, uma pessoa do Brasil pode ter suas ideias rapidamente propagadas pela Ásia, através de um de seus seguidores do Twitter ou amigo do Facebook. Não só as pessoas compartilham suas fotos ou o que estão fazendo naquele momento; mas as organizações também estão inseridas nesse mundo apresentando sua marca.

Quando alguém elogia ou reclama de um produto fornecido pela empresa, instantaneamente seus amigos ficam sabendo e qualquer outra pessoa pode consultar e fazer uso disso. As empresas estão vendo essa propagação rápida da informação como uma oportunidade para melhorar seus serviços, além de conseguirem trazer novos clientes e não perdendo outros. Quando um cliente está insatisfeito, ele pode ser diretamente atendido, visando solucionar seu problema mais rápido.

Neste artigo apresenta-se argumentos para a utilização das redes sociais pelas organizações.

Com a Web 2.0, a referência de amigos para um produto passou a ser a postagem em

um blog ou a discussão em um fórum de vários desconhecidos, sendo assim uma menção positiva pode ampliar o alcance da marca, conforme Torres (2011). Medeiros (2011) cita a empresa Adams, por causa de uma grande mobilização feita na internet, decidiu por recolocar no mercado o seu sabor de Halls Uva Verde, juntamente com uma grande campanha de marketing onde quatro pessoas que solicitam a volta do sabor foram homenageados com seu busto feito da bala.

O mesmo ocorre com reclamações, conforme Torres (2011) e Salustiano (2010), onde o monitoramento pode criar contornos e saídas, evitando que “bolas de neve” sejam criadas. Pode-se citar o caso ocorrido com a Telefonica que teve de suspender a venda de novas assinaturas após um grande número reclamações nas redes sociais.

Para Mendes (S.d) “a marca é o que dizem e não o que o marketing determina” sendo assim, profissionais de marketing podem analisar quais palavras são mais mencionadas pelos clientes e concorrentes e através de técnicas de SEO1 (PERROTTA, 2011) utilizadas pelos mecanismos de busca (Google e Bing, por exemplo) levar novos clientes a utilizarem a marca. A utilização de tags em anúncios objetiva atingir um público mais seleto e com mais interesse na compra da ideia.

Salustiano (2010) comenta que no Brasil, a maioria das agencias publicitarias não tem acesso aos dados financeiros dos seus clientes, assim sendo obter o índice de retorno do investimento (ROI) é ainda complicado. Uma das formas de medi-lo é através da quantidade de menções positivas espontâneas feitas à marca antes, durante e depois da campanha. Com relação ao custo da produção e execução da campanha, uma pesquisa de maio de 2011, citada por Sarraf (2011), aponta que utilizar as redes sociais pode diminuir em 54% o custo total.

Neste artigo foram apresentados alguns motivos para que as empresas utilizem e

acompanhem as redes sociais para difundir a sua marca frente ao mercado, um exemplo disso é a frase, de Erik Qualman autor do livro Socialnomics: How Social Media Transforms the Way

1 Conforme definição da Wikipedia (S.d), SEO significa Search Engine Optimization, é o processo

que melhora a avaliação de um site ou página, apresentando-o primeiro nos mecanismos de busca.

We Live and Do Business, citada no vídeo Brazil Social Media Revolution (2010): “Nós não temos a escolha se devemos usar mídia social, a questão é a forma como vamos usá-la”. Em 2009 eram feitas 34 bilhões de consultas ao Google por mês, em 2010 ele foi ultrapassado em tráfego semanal (nos Estados Unidos) pelo Facebook; as redes sociais e a mídia social estão guiando cada vez mais as interações com a internet e com o mundo real. As redes sociais existem a mais de 5 anos, quantos mais tempo as empresas demorarem para utiliza-las mais estragos a sua imagem podem acontecer.

Referências

Brazil Social Media Revolution. You tube, 2010. Disponivel em: <http://www.youtube.com/watch?v=QOJ-Dvi6hcw>. Acesso em: 24 nov. 2011. Did You Know 3.0. You Tube, 2009. Disponivel em: <http://www.youtube.com/watch?v=Gv8pmIr3a7k>. Acesso em: 23 nov. 2011. MEDEIROS, P. Através das Redes Sociais Halls ouviu os consumidores e volta com o sabor de Uva Verde, 06 set. 2011. Disponivel em: <http://www.tecnocratadigital.com.br/atraves-das-redes-sociais-halls-ouviu-os-consumidores-e-volta-com-o-sabor-de-uva-verde/>. Acesso em: 07 nov. 2011. MENDES, A. 10 razões para monitorar mídias sociais, S.d. Disponivel em: <http://www.annemendes.com.br/blog/2011/03/14/10-razoes-para-monitorar-midias-sociais/>. Acesso em: 09 nov. 2011. PERROTTA, R. 10 Motivos para Monitorar a sua Marca nas Redes Sociais. Slideshare, 2011. Disponivel em: <http://www.slideshare.net/ricoperrotta/10-motivos-para-fazer-monitoramento-de-redes-sociais>. Acesso em: 09 nov. 2011. SALUSTIANO, S. Monitoramento de Redes Sociais: Muito mais que uma análise de sentimentos. Slideshare, 2010. Disponivel em: <http://www.slideshare.net/skrol/monitoramento-de-redes-sociais>. Acesso em: 06 nov. 2011. SARRAF, T. Como tirar o máximo do monitoramento das redes sociais, 18 ago. 2011. Disponivel em: <http://www.doutorecommerce.com.br/como-tirar-o-maximo-do-monitoramento-das-redes-sociais/>. Acesso em: 07 nov. 2011. SEARCH engine optimization. Wikipédia, S.d. Disponivel em: <http://en.wikipedia.org/wiki/Search_engine_optimization>. Acesso em: 30 nov. 2011. TORRES, C. 4 razões para monitorar uma empresa nas redes sociais, 25 mar. 2011. Disponivel em: <http://www.pontomarketing.com/midias-sociais/4-razoes-para-monitorar-uma-empresa-nas-redes-sociais/>. Acesso em: 07 nov. 2011.