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I A utilização de ácido hialurónico no tratamento periodontal melhora o outcome da doença quando comparada ao método convencional? Monografia de revisão sistemática com meta-análise Mestrado Integrado de Medicina Dentária da Universidade do Porto Helena Sofia Ligório Bonifácio PORTO 2019

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I

A utilização de ácido hialurónico no tratamento periodontal

melhora o outcome da doença quando comparada ao método

convencional?

Monografia de revisão sistemática com meta-análise

Mestrado Integrado de Medicina Dentária da Universidade do Porto

Helena Sofia Ligório Bonifácio

PORTO

2019

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MESTRADO INTEGRADO EM MEDICINA DENTÁRIA

A utilização de ácido hialurónico no tratamento periodontal melhora o

outcome da doença quando comparada ao método convencional?

Helena Sofia Ligório Bonifácio

Estudante do 5º ano do Mestrado Integrado da FMDUP

[email protected]

Orientador:

Prof. Doutor José António Lobo Pereira.

Professor auxiliar da Unidade Curricular de Periodontologia da Faculdade de Medicina Dentária

da Universidade do Porto

Coorientadora:

Profª. Doutora Luzia da Conceição Martins Mendes Gonçalves.

Professora auxiliar convidada da Unidade Curricular de Periodontologia da Faculdade de

Medicina Dentária da Universidade do Porto

Porto

2019

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III

“If you can't fly then run, if

you can't run then walk, if you can't

walk then crawl, but whatever you do

you have to keep moving forward.”

Martin Luther King Jr

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Agradecimentos

Aos meus orientadores, Prof Doutor José António e Profª Doutora Luzia Gonçalves pela

dedicação, ajuda e disponibilidade na elaboração deste trabalho, bem como pelo conhecimento

transmitido.

À minha família por ser o meu pilar, pela educação e oportunidade de me poder formar.

Ao Pedro e a todos os meus amigos que a faculdade me permitiu conhecer, um grande obrigada

pela partilha destes anos e pelas memórias que levo para a vida.

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Resumo

Introdução: O ácido hialurónico é um glicosaminoglicano presente em todos os

organismos vivos, permitindo o bom funcionamento da matriz extracelular dos tecidos

mineralizados e não-mineralizados. Encontra-se presente nas estruturas periodontais e, devido às

suas propriedades benéficas, pode ser aplicado no campo da medicina dentária. O tratamento

convencional não cirúrgico, raspagem e alisamento radicular, é considerado o principal no

tratamento periodontal. Na tentativa de melhorar a eficácia do tratamento a curto e médio prazo,

têm sido feitos estudos que aliam esta técnica às propriedades do ácido hialurónico.

Objetivo: O objetivo desta monografia é avaliar a aplicabilidade e eficácia do uso do ácido

hialurónico como coadjuvante do tratamento periodontal não-cirúrgico.

Material e Métodos: Foi realizada uma pesquisa do tema nas bases de dados da Pubmed,

Google, Google Académico e biblioteca da faculdade de Medicina Dentária da Universidade do

Porto, até março de 2019. Foram considerados elegíveis todos os estudos que tivessem pacientes

com periodontite, sem outras co-morbilidades, submetidos a terapias não-cirúrgicas e uso de ácido

hialurónico como coadjuvante do tratamento periodontal e referência do parâmetro clínico de

profundidade de sondagem. Na realização da meta-análise foi usado o software R com os packages

“Esc” e “metaphor”.

Resultados: A revisão sistemática permitiu selecionar 11 artigos de estudos clínicos

randomizados controlados que cumpriam todos os critérios de inclusão. Para a meta-análise foram

selecionados 8 dos 11 estudos que eram, entre si, mais homogéneos. No final permitiu perceber

que o uso do AH é vantajoso no tratamento convencional.

Conclusão: Embora sejam necessários mais estudos nesta área, o uso do ácido hialurónico

parece ter vantagens como coadjuvante no tratamento periodontal não cirúrgico.

Palavras-chave: “Hyaluronic acid”, “periodontal disease”, “periodontitis treatment”,

“hyaluronan, treatment”.

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VI

Abstract

Introduction: Hyaluronic acid is a glycosaminoglycan present in all living beings,

allowing a good operation of the extracellular matrix of mineralized and non-mineralized tissues.

It can be found in periodontal structures and, given its beneficial properties, it may be used in the

dentistry field. The non-surgical standard treatment, scaling and root planing, is perceived as the

main one among periodontal treatments. Aiming at improving the effectiveness of short and

medium term treatments, studies allying this tecnique with hyaluronic acid properties have been

being conducted.

Objective: The goal of this monography is to evaluate the effectiveness of hyaluronic

acid’s use as support for non-surgical periodontal treatment.

Material and Methods: It has been conducted a research on this matter using Pubmed,

Google, Academic Google and FMDUP’s library as databases, until March, 2019. All studies

concerning patients with periodontitis, with no other co-morbidities, under non-surgical therapies

and using hyaluronic acid as periodontal treatment and reference to mounting depth as clinical

parameter were considered. The R software, with “Esc” and “metaphor” packages, was the chosen

one for the meta-analysis.

Results: A systematic review came up with 11 randomized, controlled articles that matched

all the inclusion requirements. Concerning the meta-analysis, the 8 most homogeneous articles

were chosen out of the 11. In the end, the results showed that the use of the HA is an advantage in

the standard treatment.

Conclusion: Although this is an area that requires further studies, the use of hyluronic acid

seems to have advantages as support for non-surgical periodontal treatment.

Key-Words: “Hyaluronic acid”, “periodontal disease”, “periodontitis treatment”,

“hyaluronan treatment”.

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VII

Índice

Agradecimentos ............................................................................................................................ IV

Resumo ........................................................................................................................................... V

Abstract ......................................................................................................................................... VI

Índice de Tabelas ........................................................................................................................ VIII

Índice de Figuras .......................................................................................................................... IX

Introdução ...................................................................................................................................... 10

Materiais e métodos ....................................................................................................................... 12

Métodos da Revisão Sistemática ............................................................................................... 12

Métodos da Meta-análise ........................................................................................................... 13

Resultados da revisão sistemática .............................................................................................. 16

Resultados da Meta-análise........................................................................................................ 19

Fluxograma dos resultados da revisão sistemática e da meta-análise........................................ 28

Discussão Revisão Sistemática ...................................................................................................... 29

Objetivo ..................................................................................................................................... 29

Discussão ................................................................................................................................... 29

Segurança e limitações ............................................................................................................... 30

Discussão da meta-análise ............................................................................................................. 31

Conclusão ...................................................................................................................................... 32

Referências .................................................................................................................................... 33

Anexos ........................................................................................................................................... 35

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VIII

Índice de Tabelas

Tabela I - Características dos ensaios clínicos .............................................................................. 17

Tabela II - Valores clínicos em milímetros (mm) do uso do ácido hialurónico como adjuvante no

tratamento periodontal não cirúrgico em pacientes com periodontite ........................................... 18

Tabela III - Modelo de efeitos aleatórios para k=8 (8 estudos) ..................................................... 19

Tabela IV- Estatísticas da análise GOSH ...................................................................................... 22

Tabela V – Análise de “leave-one-out” ......................................................................................... 23

Tabela VI- Testes à simetria do “Funnel plot” do modelo de EA ................................................. 24

Tabela VII- Análise “Trim and Fill” para avaliar o viés de publicação - Modelo EA para k=9 (9

estudos) .......................................................................................................................................... 25

Tabela VIII-Modelo de efeitos fixos para k=8 (8 estudos) ........................................................... 26

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IX

Índice de Figuras

Figura 1- Forest plot com os resultados do modelo EA ................................................................ 20

Figura 2- Gráfico do perfil de máxima verosimilhança restrita de τ^2 ......................................... 20

Figura 3-Gráficos Quantil-Quantil dos resíduos do modelo de Efeitos Aleatórios para avaliação

dos pressupostos da distribuição dos resíduos ............................................................................... 21

Figura 4-Estudo da heterogeneidade por análise GOSH ............................................................... 22

Figura 5- “Funnel plot” do modelo de EA para avaliação do viés de publicação ......................... 24

Figura 6-Forest plot da análise trim and fill .................................................................................. 25

Figura 7-“Funnel plot” com “Trim and Fill” para avaliação do viés de publicação ..................... 26

Figura 8-Forest Plot com os resultados o modelo EF .................................................................... 27

Figura 9- Fluxograma dos resultados da revisão sistemática e da meta-análise. .......................... 28

Figura 10 - Itens da checklist a serem incluídos na revisão sistemática ou meta-análise. ............ 35

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Introdução

O periodonto consiste nos tecidos de revestimento e suporte dos dentes como a gengiva,

ligamento periodontal, cemento e osso alveolar e é dividido em duas partes: gengiva, cuja função

primária é a proteção dos tecidos adjacentes e o aparelho de inserção que é formado pelo ligamento

periodontal, cemento e osso. Ao longo dos anos o periodonto sofre mudanças fruto do avanço da

idade, variações morfológicas e funcionais (1).

A doença periodontal é uma patologia de origem inflamatória que afeta os tecidos de

suporte dentário, podendo ocorrer em todas as faixas etárias desde crianças a idosos (2, 3). A

doença periodontal é o resultado do processo entre o biofilme dental (placa bacteriana) e os tecidos

periodontais através de respostas celulares e vasculares, e, para que a progressão e instalação da

doença periodontal aconteça, são necessárias repostas imunopatológicas e inflamatórias com

auxílio dos fatores modificadores locais, sistémicos, ambientais e genéticos. Assim, o fator

etiológico primário deste distúrbio é a placa bacteriana (4). Desta forma, esta patologia caracteriza-

se pela perda de suporte dentário, começando pelo tecido gengival, culminando na destruição

óssea, levando, por consequência, à possível perda de dentes. A área médica que se dedica ao

tratamento desta doença é a periodontologia.

A periodontite tem como principais características clínicas; a inflamação gengival,

menor resistência dos tecidos periodontais à sondagem, hemorragia, perda da inserção gengival e

de osso alveolar. Tal condição pode resultar em resseção gengival, exposição da furca, mobilidade

dentária aumentada e perda de dentes (5).

O tratamento periodontal não cirúrgico pretende restabelecer a saúde dos dentes e o seu

suporte. Tem como objetivo impedir a colonização bacteriana e diminuir a inflamação/infeção

associada, traduzindo-se na diminuição da profundidade de sondagem, hemorragia pós sondagem,

mobilidade dentária e aumento dos níveis de inserção clínica. Objetiva melhorar as funções

dentárias e prevenir a reinfeção (6, 7). O tratamento convencional, não cirúrgico, designado de

raspagem e alisamento radicular é um meio de eliminação de placa bacteriana através de ação

mecânica, aliando ultrassons e/ou curetas para possibilitar a saúde periodontal.

Atualmente, alguns estudos têm sido feitos para tentar demonstrar a utilidade do ácido

hialurónico como um coadjuvante no tratamento da doença periodontal.

O ácido hialurónico é um glicosaminoglicano não-sulfatado de alto peso molecular –

entre 103 a 104 kDa -, sintetizado na membrana plasmática dos fibroblastos e outras células, sendo

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o constituinte mais abundante da matriz extracelular dos tecidos da pele, articulações sinoviais e

tecidos periodontais. A sua estrutura consiste em unidades dissacarídeas polianiónicas de ácido

glicorónico e N-acetil-glucosamina, ligados por ligações alternadas de β 1-3 e β1-4, resultando

num polissacarídeo linear. Este polissacarídeo desempenha um papel vital no funcionamento das

matrizes extracelulares, incluindo tecidos periodontais mineralizados e não mineralizados. Nos

tecidos não mineralizados como a gengiva e ligamento periodontal o ácido hialurónico está

presente em maior predominância, já nos tecidos mineralizados como o caso do cemento e osso

alveolar este aparece em menor quantidade. Este glicosaminoglicano desempenha um papel crucial

na hidrodinâmica tecidular, migração, proliferação e diferenciação celular. Por ter capacidade anti-

inflamatória, através da diminuição da carga bacteriana, reduz a destruição dos tecidos,

promovendo a sua regeneração (3, 8, 9).

O uso do ácido hialurónico no tratamento de processos inflamatórios já é conhecido nas

especialidades médicas de ortopedia, dermatologia e oftalmologia, começando a ser demonstrado

o seu sucesso a nível da medicina dentária (3, 10). Através das suas interações complexas entre

componentes da matriz e células, o ácido hialurónico tem papéis diversos na biologia, utilizando

tanto as suas propriedades físico-químicas como biológicas, nomeadamente função estrutural e

fisiológica nos tecidos, que ajudam a manter a integridade estrutural e homeostática dos mesmos.

Através da produção de citocinas pró-inflamatórias, permite modular a inflamação, recupera as

espécies reativas do oxigénio, evitando a destruição periodontal e, devido ao seu alto peso

molecular diminui a angiogénese, reduzindo e sangramento quando usado em periodontologia.

Outras propriedades do ácido hialurónico é o seu potencial osteoindutor, que promove a

regeneração óssea, a capacidade de regulação osmótica e o efeito bacteriostático (10).

As vantagens do uso do ácido hialurónico no tratamento da doença periodontal devem-se às

propriedades anti-inflamatórias, anti-edematosas e anti-bacterianas (3, 8, 10).

O objetivo desta monografia é conhecer e estudar as propriedades do ácido hialurónico e

avaliar o seu efeito nos tecidos periodontais e na doença periodontal como coadjuvante no

tratamento periodontal convencional, não cirúrgico, avaliando os benefícios e eficácia deste

polissacarídeo no parâmetro clínico da profundidade de sondagem.

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Materiais e métodos

Métodos da Revisão Sistemática

Para a realização desta revisão sistemática foi feita uma pesquisa nas bases de dados da

Pubmed (Medline), google, google académico, livros e revistas da biblioteca da faculdade de

medicina dentária da universidade do Porto sem restrição de tempo. As seguintes palavras-chave

foram combinadas com operadores booleanos: “Periodontal disease”, “Hyaluronic acid”,

“treatment”; “Hyaluronan”, “treatment periodontal disease”; “Hyaluronic acid”, “periodontitis”,

“treatment”; “hyaluronic acid”, “Periodontology treatment”, estruturadas da seguinte forma:

[(Periodontal Diseases) OR (Periodontistis)] AND [(treatment)] AND [(hyaluronic acid) OR (hyaluronan)].

• A revisão sistemática foi realizada de acordo com as guidelines PRISMA (11), em anexo,

após a elaboração da pergunta PICO (Patient, Intervention, Comparison, Outcome):

• Paciente: indivíduos portadores de bolsas periodontais.

• Intervenção: aplicação local de ácido hialurónico (AH) após raspagem e alisamento

radicular (tratamento não-cirúrgico/convencional).

• Comparação: comparação dos grupos controlo (RAR) e experimentais (RAR+HA).

• Resultados: Avaliação de parâmetros clínicos – Profundidade de sondagem, após follow

up entre o início e fim do estudo e avaliação no grupo controlo e experimental.

Questão PICO: A utilização local de ácido hialurónico no tratamento de bolsas periodontais

melhora parâmetros clínicos como a profundidade de sondagem da doença quando comparada ao

método convencional não cirúrgico (RAR)?

Os critérios de inclusão considerados foram os estudos clínicos realizados em humanos,

pacientes com periodontite sem outras co-morbilidades, tratamento de doença periodontal não-

cirúrgico convencional (raspagem e alisamento radicular) e uso de ácido hialurónico como

tratamento coadjuvante, e artigos em inglês. Foram excluídos artigos irrelevantes para o tema, com

os estudos feitos em animais e in vitro, pacientes apenas com gengivite e submetidos a tratamentos

cirúrgicos.

Os estudos observaram parâmetros clínicos para avaliar o efeito o AH como coadjuvante

do tratamento periodontal não-cirúrgico, nomeadamente o nível de aderência clínica, profundidade

de sondagem, índice de hemorragia, índice gengival, índice de placa e avaliação histológica.

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Métodos da Meta-análise

Para a realização da meta-análise o software utilizado foi o R (R Core Team, 2019) com os

packages “Esc” (12) e “metaphor” (13).

A dimensão dos efeitos foi apresentada sob a forma de standardized mean diference.

Os modelos de EA e o de EF foram ajustados pelo método da “variância inversa”, também

chamado de “modelo normal-normal”, pois assume distribuições amostrais normalmente

distribuídas com variâncias conhecidas e efeitos aleatórios normalmente distribuídos para a

heterogeneidade total/residual.

No modelo EA utilizou-se o método da máxima verosimilhança restrita (REML) para

estimar a heterogeneidade e o ET e no modelo EF o método da máxima verosimilhança (ML).

A quantidade de heterogeneidade entre estudos para além da esperada, resultante da

variabilidade amostral, ou seja, a variância dos “verdadeiros” ET dos estudos, foi estimada pela

estatística 𝜏2.

A percentagem da variabilidade total dos estimadores de ET (que é composta pela

heterogeneidade mais a variabilidade amostral) pode ser atribuída à heterogeneidade entre os

efeitos verdadeiros foi estimada pelo I2.

H2 estima a razão da quantidade total de variabilidade dos estimadores dos ET sobre a

variabilidade amostral.

Os resultados da meta-análise estão apresentados sob a forma de tabela, onde se encontram

os estimadores de heterogeneidade, variabilidade já descritos e o ET médio, todos acompanhados

pelos respetivos intervalos de confiança a 95%.

1- Identifiabilidade do estimador de 𝝉𝟐

A Identifiabilidade do estimador foi avaliada graficamente pelo perfil da máxima

verosimilhança restrita.

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2- Avaliação do pressuposto de normalidade

O pressuposto de normalidade da distribuição dos resíduos do modelo foi verificado pelo

gráfico quantil-quantil.

3- Análise de sensibilidade dos estimadores (“leave-one-out”)

A sensibilidade do modelo a cada estudo incluído foi avaliada pela análise de sensibilidade

“leave-one-out”. Neste processo são ajustados modelos sucessivos e em cada ajustamento exclui-

se um estudo diferente (14).

4- Análise de GOSH

A avaliação gráfica da heterogeneidade foi feita pelo método GOSH (graphical display of

study heterogeneity) proposto por Olkin et al. (2012) que baseado no exame dos resultados de

modelos de efeitos fixos, ajusta todos os possíveis subgrupos de estudos de dimensão 1 a 8

incluídos na meta-análise. Também serão apresentadas as estatísticas descritivas dos diferentes

estimadores de efeito de tamanho e heterogeneidade (15).

5- Viés de publicação

O viés de publicação, ou seja, se a publicação dos resultados das investigações foi afetada

pela sua natureza, foi avaliado pelo funnel plot, trim and fill, funnel plot com trim and fill, e a

assimetria pela regressão de Egger e pelo teste de correlação de classificações 𝜏 de Kendall.

5.1- Funnel Plot

Uma das técnicas utilizadas para avaliar o funnel plot mostra os ET observados no eixo dos

xx e uma medida de precisão no eixo dos yy, dos ET observados. Neste caso a medida de precisão

escolhida é o erro padrão recomendada por Sterne and Egger (2001). Na ausência de viés de

publicação o gráfico deve apresentar a forma de um funil (16) e os estimadores dos ET distribuem-

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se de forma simétrica em redor do eixo do funil, que interseta o eixo dos xx no valor do ET

estimado na meta-análise.

A simetria do funnel plot será testada pela regressão de Egger (17) e pelo teste de correlação

de classificações 𝜏 de Kendall (18).

5.2- Método Trim and fill

O método trim and fill é uma técnica não paramétrica de aumento dos estudos proposta por

Duval and Tweedie (19, 20). Tem como objetivo identificar e corrigir a assimetria do funnel plot

resultante do viés de publicação. Este método ocorre em três fases, na primeira (trim) remove os

estudos mais pequenos que causam a assimetria do funnel plot, na segunda usa o funnel resultante

para estimar o “verdadeiro” centro do funnel e na terceira fase substitui os estudos omitidos e os

“simétricos” ausentes em torno do centro (filling). Além de estimar o número de estudos ausentes

estima um ET médio com uma meta-análise com os estudos acrescentados.

Os resultados desta análise serão representados por uma tabela com as estatísticas do

modelo, e respetivo forest plot com os estudos acrescentados e o funnel plot corrigido.

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Resultados da revisão sistemática

Como resultados obtiveram-se um total de 157 artigos, sendo que 45 estavam repetidos,

restando 112 artigos. Destes últimos, 71 foram excluídos pela análise do título e resumo por não

se relacionarem com o tema. Após leitura dos 41 artigos restantes foram excluídos aqueles que

não obedeciam aos critérios de inclusão, sobrando 11 artigos (21-31) clínicos randomizados de

pacientes com periodontite crónica para a realização desta monografia.

Todos os ensaios clínicos, grupo controlo e experimental, começaram com o mesmo tipo

de tratamento, raspagem e alisamento radicular, e depois nos indivíduos do grupo experimental

foi aplicado periodicamente o elemento coadjuvante - ácido hialurónico.

Como nem todos os ensaios clínicos avaliaram os mesmos parâmetros não foi possível

estudar as diferentes variáveis em todos os estudos, tendo sido escolhido o elemento comum a

todos os ensaios clínicos para avaliar a eficácia do uso do ácido hialurónico. O parâmetro que

permite, assim, comparar a eficácia do ácido hialurónico como método coadjuvante foi a

profundidade de sondagem (PS).

As tabelas que se seguem dizem respeito ao resumo e estatística, respetivamente, dos

estudos selecionados e mostram de forma sistemática no caso da tabela 1 as

características dos ensaios clínicos em humanos sobre a aplicação do ácido hialurónico como

monoterapia ou como adjuvante no tratamento periodontal não cirúrgico em pacientes com

periodontite. Esta tabela identifica o artigo, o desenho do estudo, o número de indivíduos que

participaram, discriminando ou não a distribuição do sexo, idade (média ou intervalo), fumadores/

não fumadores, os critérios de inclusão para avaliação do estudo, o tipo de intervenção não

cirúrgica no grupo experimental e controlo, número de aplicações do AH, local de aplicação do

produto, frequência das aplicações, período do estudo em dias e o produto usado (marca).

Na tabela 2 está discriminado o desfecho dos ensaios clínicos com os valores das médias e

desvios padrões da profundidade de sondagem em milímetros do uso do ácido hialurónico como

monoterapia ou como adjuvante no tratamento periodontal não cirúrgico em pacientes com

periodontite.

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ERC, ensaio randomizado controlado; (R)EC, ensaio controlado, randomizado pelo autor; BD, boca dividida; PC, periodontite crónica; SR, sem registo; AH, ácido hialurónico; RAR, raspagem e

alisamento radicular; PS, profundidade de sondagem; F, fumador; NF, não fumador; GT, grupo teste; GC, grupo controlo.

Tabela I - Características dos ensaios clínicos

Estudo (ano) Desenho do

estudo

Nr. de

pacientes,

patologia, (m/f,

idade) fumador

ou não

Critérios de inclusão Intervenção

não

cirúrgica

(teste vs

controlo)

Nr. de aplicações, locais

(A)/quadrante (Q)/pacientes

(P)/dentes (D)

Local de

aplicação

Frequência

de

aplicação

Período de

aplicação (dias)

Produto

Xu (2004)

ERC, BD 20, PC, (11/9,

média 49) NF Mínimo de 20 dentes com

2 dentes por Q com

PS≥5mm.

RAR+AH vs

RAR (2 quadrantes do GT e 0 quadrantes

do GC) /P Subgingival 7 42 Gengigel ®

(0,2%)

Koshal (2007)

(R)EC, BD 52, PC, (SR, [18-

65]) SR Pelo menos 2 Qs com

PS≥3,5mm.

RAR+AH vs

RAR (2 quadrantes do GT e 0 quadrantes

do GC) /P Subgingival 1 1 Gengigel ®

(0,8%)

Johannsen (2009)

(R)EC, BD 12, PC, (7/5, [42-

63]), 9F e 3NF Mínimo de 20 dentes com

PS>5mm. RAR+AH vs

RAR (3 dentes do GT e 0 dentes do GC)

/P Subgingival 2 7 Gengigel ®

(0,8%)

Pilloni (2011)

(R)EC, BD 19, PC, 10/9,

média 42), NF Pelo menos 2 Qs com

PS<4mm. RAR+AH vs

RAR (1 quadrante do GT e 0 quadrante do

GC) /P Supragingival 21 21 HYAFF®

Rajan (2011)

ERC, BD 33, PC, (15/18,

SR), NF

Pelo menos 20 dentes

com mínimo de 5 locais

de PS≥5mm.

RAR+AH vs

RAR (1 quadrante do GT e 0 no quadrante

do GC) /P

Subgingival 2 84 Gengigel ® (0,2%)

Bevilacqua

(2012)

ERC, BD 11, PC, (7/4,

média 51), NF

Mínimo de 18 dentes com

2 locais/Q com PS≥5mm.

RAR+AH vs

RAR (22 locais do GT e 0 locais do GC)

/P Subgingival 5 45 Aminogam ®

Gontiya & Galgali

(2012)

(R)EC, BD 26, PC, (11/15,

[25-55]), SR

PS≥5mm. RAR+AH vs

RAR (60 locais do GT e 0 locais do GC)

/P Subgingival 4 21 Gengigel ®

(0,2%)

Chauhan (2013)

(R)EC 40, PC, (20/20,

média 38), NF

Pelo menos 20 dentes c/

mínimo de 8 dentes com

PS 4-8mm.

RAR+AH vs

RAR (20 pacientes do GT e 0 pacientes do

GC) Subgingival 1 1 Gengigel ®

(SR)

Salavandhi (2016)

(R)EC, BD 12, PC (SR, [42-

63], SR Pelo menos 20 dentes

com mínimo de 5 locais

de PS≥5mm.

RAR+AH vs

RAR (4 a 6 dentes da maxila/mandibula

do grupo teste e 0 dentes do grupo

controlo) /P

Subgingival 2 84 Gengigel ®

(0,8%)

Shah (2016)

Basheer (2018)

ERC, BD

(R)EC, BD

50, PC, (SR, [30-

60]), NF

33, PC, (SR, [22-

62]), SR

Mínimo de 20 dentes com

PS>5mm, em pelo menos

1 dente/Q.

PS≥4mm.

RAR+AH vs

RAR

RAR+AH vs

RAR

SR

SR

Subgingival

Subgengival

2

1

84

42

Gengigel ®

(0,8%)

AFTA MED

® (0,2%)

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Tabela II - Valores clínicos em milímetros (mm) do uso do ácido hialurónico como adjuvante no tratamento periodontal

não cirúrgico em pacientes com periodontite

Estudo e ano Grupos Início PS (mm) Follow up (dias) outcome

Xu (2004) Teste

Controlo

5,3 ±1,6

5,2 ±1,6 84

4,3 ±1,5

4,2 ±1,6

Koshal (2007) Teste

Controlo

3,83 ±0,8

3,91 ±0,9 90

2,59 ±0,9

3,19 ±1,1

Johannsen (2009) Teste

Controlo

4,2 ± SR

4,2 ±SR 84

3,2 ±SR

3,4 ±SR

Pilloni (2011) Teste

Controlo

3,3 ±0,6

3,3 ±0,6 21

2,5 ±0,7

3,0 ±0,7

Rajan (2011) Teste

Controlo

6,33±0,99

6,09±1,26 84

2,49±0,51

4,36±1,29

Bevilacqua (2012) Teste

Controlo

6,14 ±SR

6,36 ±SR 90

4,64 ±SR

5,36 ±SR

Gontiya & Galgali (2012) Teste

Controlo

6,57 ±0,5

6,42 ±0,4 84

4,82 ±0,3

4,94 ±0,3

Chauhan (2013) Teste

Controlo

5,93 ±0,6

5,9 ±0,3 90

3,43 ±0,4

4,3 ±0,3

Salavandhi (2016) Teste

Controlo

7,33±0,98

6,92±0,90 54

4,5±0,98

5,25±0,87

Shah (2016) Teste

Controlo

5,37±0,56

5,37±0,56 90

2,37±0,61

3,33±0,92

Basheer (2018) Teste

Controlo

5,64±1,29

5,45±0,97 42

4,15±1,92

5,33±0,99

Page 19: A utilização de ácido hialurónico no tratamento ... · organismos vivos, permitindo o bom funcionamento da matriz extracelular dos tecidos mineralizados e não-mineralizados.

19

Resultados da Meta-análise

De entre a pesquisa realizada para a revisão sistemática, foram selecionados 8 artigos para a

realização da meta-análise que eram mais homogéneos entre si, tendo em conta o fator tempo (21-

24, 26-29).

1- Avaliação do Modelo de Efeitos Aleatórios

Tabela III - Modelo de efeitos aleatórios para k=8 (8 estudos)

ET EP z-value IC a 95%

1.0001 0.277 3.605 0.456 – 1.544

Variâncias/ heterogeneidade: 𝝉𝟐= 0.266 (0.00 - 2.39); 𝝉 = 0.516 (0.00 - 1.55);

I2 = 45.345 (0.00 - 88.12); H2 = 1.83 (1.00 - 8.440); Q (df = 7) = 12.6896, p-value= 0.08

Ajustamento do modelo logLik = -8.48; deviance = 16.97; AIC = 20.96; BIC = 20.86

ET – Efeito Tamanho; EP – Erro Padrão; AIC – Aikaike Information Criteria; BIC – Baesean

Information Criteria; logLiK – LogLikelihood

Podemos observar na tabela III o modelo de EA ajustado pelo método REML em que a

dimensão média do efeito 1.0001 é significativamente diferente de zero (IC a 95%: 0.456 – 1.544)

e a heterogeneidade entre os efeitos verdadeiros apesar de ser elevada não é significativamente

diferente de zero (𝝉𝟐= 0.266; IC: 0.00 - 2.39) confirmado pelo teste Q de Cochran. Cerca de 45.35

da variabilidade total do modelo é devida à heterogeneidade dos verdadeiros efeitos. A quantidade

de variabilidade no tamanho dos efeitos observados é superior à variabilidade amostral. Os

intervalos de confiança largos sugerem que os estimadores pontuais da heterogeneidade não são

fiáveis. Na Figura 1 mostramos a representação gráfica do modelo de EA.

Page 20: A utilização de ácido hialurónico no tratamento ... · organismos vivos, permitindo o bom funcionamento da matriz extracelular dos tecidos mineralizados e não-mineralizados.

20

Figura 1- Forest plot com os resultados do modelo EA

A figura 1 - Forest plot com os resultados o modelo EA e a efetividade do tratamento

periodontal não cirúrgico associado à aplicação de ácido hialurónico. A figura mostra a diferença

padronizada entre as médias de profundidade à sondagem nos sítios tratados versus sítios não

tratados, com os respetivos intervalos de confiança a 95% dos estudos individuais.

2- Identifiabilidade do estimador de 𝝉𝟐

Figura 2- Gráfico do perfil de máxima verosimilhança restrita de τ^2

O perfil de máxima verosimilhança restrita (Figura 2) mostra que o pico da função de máxima

verosimilhança ocorre para 𝜏2= 0.266, portanto podemos aceitar a identificabilidade deste

estimador.

Page 21: A utilização de ácido hialurónico no tratamento ... · organismos vivos, permitindo o bom funcionamento da matriz extracelular dos tecidos mineralizados e não-mineralizados.

21

3- Avaliação do pressuposto de normalidade

Figura 3-Gráficos Quantil-Quantil dos resíduos do modelo de Efeitos Aleatórios para avaliação dos pressupostos da

distribuição dos resíduos

O Gráficos Quantil-Quantil dos resíduos do modelo EA avalia os pressupostos da distribuição

dos resíduos, nele podemos verificar que os resíduos se encontram dentro do intervalo de confiança

a 95%, assim podemos aceitar com um nível de confiança de 95% que se verifica o pressuposto

de normalidade.

Page 22: A utilização de ácido hialurónico no tratamento ... · organismos vivos, permitindo o bom funcionamento da matriz extracelular dos tecidos mineralizados e não-mineralizados.

22

4- Avaliação da Heterogeneidade

Tabela IV- Estatísticas da análise GOSH

média min Q1 mediana Q3 max

k 4.016 1 3 4 5 8

Q 5.452 0 3.215 5.710 7.640 12.691

I2 38.337 0 21.139 45.604 55.717 82.669

H2 1.879 1 1.268 1.838 2.258 5.770

𝝉𝟐 0.307 0 0.078 0.269 0.444 2.000

ET 0.996 0 0.807 1.006 1.190 2.209

K – nº de casos; Q – estatística de 𝝉𝟐; ET – efeito de tamanho; I2 – Medida de consistência

A tabela IV mostra as estatísticas descritivas para o efeito de tamanho e indicadores de

heterogeneidade, para os modelos EF ajustados a todos os subgrupos possíveis de dimensão de 1

a 8 dos 8 estudos da meta-análise. Verificamos que a média dos estimadores de ET é próxima do

estimador de ET obtido no nosso modelo 1.0001 versus 0.996)

Figura 4-Estudo da heterogeneidade por análise GOSH

Análise gráfica da heterogeneidade (Figura 4) mostra uma simetria grosseira na distribuição

dos ET (gráfico de topo) e alguma assimetria da estatística do I2, embora não acentuada. Esta

análise sugere alguma heterogeneidade o que está de acordo com o valor de 𝜏2.

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23

5- Análise de sensibilidade

Tabela V – Análise de “leave-one-out”

Nome Ano ET EP z-value p value IC a 95% Q Qp 𝝉𝟐 I2 H2

Xu 2004 1.132 0.276 4.099 0.000 0.590 1.673 9.858 0.131 0.198 38.717 1.632

Koshal 2007 1.091 0.320 3.409 0.001 0.464 1.719 10.950 0.090 0.321 46.290 1.862

Johannsen 2007 1.068 0.295 3.617 0.000 0.489 1.647 11.739 0.068 0.288 49.211 1.969

Rajan 2011 0.847 0.266 3.188 0.001 0.326 1.368 8.828 0.183 0.149 31.137 1.452

Bevilacqua 2012 1.043 0.299 3.485 0.000 0.456 1.63 12.26 0.056 0.309 51.238 2.051

Gontiya 2012 1.037 0.321 3.234 0.001 0.409 1.666 12.389 0.054 0.359 52.693 2.114

Chauhan 2013 0.870 0.274 3.182 0.001 0.334 1.406 9.437 0.15 0.196 38.973 1.639

Shah 2016 0.912 0.325 2.803 0.005 0.274 1.549 11.519 0.074 0.348 48.957 1.959

ET- efeito de tamanho; EP – erro padrão; IC – intervalo de confiança; Q – estatística de 𝝉𝟐; 𝝉𝟐 –

Heterogeneidade residual

A análise “leave-one-out” (Tabela V) mostra que na ausência do estudo de Xu, 2004 o ET

aumenta substancialmente, assim como na ausência de Rajan, 2011 o ET diminui, sugerindo que

estes dois estudos são os mais influentes no estimador de ET obtido, sendo o de Rajan 2011 o que

mais contribui para a heterogeneidade.

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24

6- Viés de publicação

Figura 5- “Funnel plot” do modelo de EA para avaliação do viés de publicação

A análise do Funnel plot da figura 5 indica uma quase simetria dos estudos, uma vez que

há uma distribuição homogénea dos pontos, tanto à direita como à esquerda do eixo que marca a

diferença da média padronizada. Contudo, aparenta alguma assimetria, não sendo estatisticamente

significativa de acordo com os resultados dos testes de regressão de (Eggers p=0.610) e teste de

correlação de classificação (p=0.905) (tabela VI).

Tabela VI- Testes à simetria do “Funnel plot” do modelo de EA

Teste Estatística p-value

Teste de Correlação de Classificação 𝝉 de Kendall -0.071 0.905

Regressão de Egger z -0.511 0.610

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25

6.1- Análise Trim and Fill

Tabela VII- Análise “Trim and Fill” para avaliar o viés de publicação - Modelo EA para k=9 (9 estudos)

Est EP z-value IC a 95%

1.129 0.280 4.028 0.580 – 1.679

Variâncias/ heterogeneidade: 𝝉𝟐= 0.347 (0.000 - 2.450); 𝝉 = 0.589 (0.000 1.565);

I2 = 51.471 (0.000 88.222); H2 = 2.061 (1.000 - 8.491); Q (df = 8) = 16.244, p-value= 0.039

Est- estimate; EP- Erro padrão; Z-value- Valor de Z; IC- intervalo de confiança

Figura 6-Forest plot da análise trim and fill

Através da figura 6 que mostra um Forest plot da análise Trim and Fill, observamos que

para minimizar o viés de publicação seria necessário um novo estudo (filled 1) com um efeito de

tamanho de 2,26.

Filled 1 – estudo acrescentado pelo modelo trim and fill

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26

Figura 7- “Funnel plot” com “Trim and Fill” para avaliação do viés de publicação

Na figura 7, observamos o estudo novo (filled 1) através do símbolo do triângulo que se

enquadra dentro do intervalo adequado, podendo obter-se uma melhoria da simetria no gráfico de

funil.

7- Modelo de efeitos fixos

Tabela VIII-Modelo de efeitos fixos para k=8 (8 estudos)

ET EP z-value IC a 95%

1.013 0.196 5.169 0.629 - 1.397

Variâncias/ heterogeneidade: Q (df = 7) = 12.6896, p-value= 0.08

Ajustamento do modelo logLik = -9.563; deviance = 12.90; AIC = 21.13; BIC = 21.21

ET – Efeito Tamanho; EP – Erro Padrão;

Page 27: A utilização de ácido hialurónico no tratamento ... · organismos vivos, permitindo o bom funcionamento da matriz extracelular dos tecidos mineralizados e não-mineralizados.

27

Figura 8-Forest plot com os resultados o modelo EF

Com a heterogeneidade (𝝉𝟐) do modelo EA não foi significativa, ajustamos um modelo de

efeitos fixos pelo método da máxima verosimilhança (ML). Os resultados obtidos não alteram de

forma relevante os resultados do modelo EA.

Page 28: A utilização de ácido hialurónico no tratamento ... · organismos vivos, permitindo o bom funcionamento da matriz extracelular dos tecidos mineralizados e não-mineralizados.

28

Fluxograma dos resultados da revisão sistemática e da meta-análise

Figura 9- Fluxograma dos resultados da revisão sistemática e da meta-análise.

Pubmed (MEDLINE)

(n =145)

9~)

Sel

eçã

o

Incl

usã

o

Ele

gib

ilid

ad

e Id

enti

fica

ção

Google académico (autor)

(n = 9)

Nr de artigos sem os repetidos (n =112)

Artigos selecionados (n =41)

Artigos excluídos pelo título e resumo

(n =71)

Leitura total dos artigos (n = 41)

Nr de artigos excluídos por não obdecerem aos critérios

de inclusão (n = 30)

Seleção final de artigos para revisão sistemática

(n = 11)

Seleção final de artigos para meta-análise

(n = 8)

Literatura Cinzenta

(n = 3)

Page 29: A utilização de ácido hialurónico no tratamento ... · organismos vivos, permitindo o bom funcionamento da matriz extracelular dos tecidos mineralizados e não-mineralizados.

29

Discussão Revisão Sistemática

Objetivo

Estudos sugerem que o ácido hialurónico diminui a inflamação, a carga bacteriana e o

edema associados. O objetivo da minha revisão sistemática foi estudar e avaliar os resultados dos

diferentes ensaios clínicos que usaram o ácido hialurónico de aplicação local, como coadjuvante

do método não cirúrgico convencional para tratamento da doença periodontal.

Discussão

Avaliando as tabelas I e II podemos observar que todos os estudos, de mogo geral,

obtiveram resultados positivos no tratamento periodontal, o que nos permite aferir que tanto o

método convencional como o experimental são eficazes no tratamento da periodontite. Contudo,

através dos valores de profundidade de sondagem, é notável que o grupo teste (RAR+AH) obteve

melhores resultados face ao grupo controlo, com a exceção do estudo desenvolvido por Xu e seus

colaboradores que não encontrou nenhuma vantagem no uso do ácido hialurónico como

coadjuvante do tratamento periodontal convencional.

De facto, o estudo de Xu e seus colaboradores (2004) não mostrou evidência de melhoras

do tratamento periodontal com o uso do gel de ácido hialurónico comparativamente ao grupo de

controlo. Tal pode dever-se a falhas no uso do gel de ácido hialurónico. Todos os pacientes

receberam na boca toda o tratamento de raspagem e alisamento radicular e o grupo teste (1º e 3º

quadrantes) recebeu a aplicação de 1ml de gel de ácido hialurónico a 0,2% uma vez por semana,

num total de 7 aplicações. Contudo, o fabricante recomenda aplicações diárias durante 3/4 semanas

para que haja maior efeito do produto, o que não se observou na realização deste estudo, podendo

justificar a ausência de sucesso.

De acordo com os estudos supracitados, todos os ensaios clínicos relataram maior redução

da profundidade de sondagem no grupo escolhido para teste. O grupo teste que recebeu a aliança

de dois métodos de tratamento revelou melhores resultados, com maior redução da profundidade

das bolsas periodontais do que o grupo controlo que embora tivesse sempre redução deste

parâmetro, o seu valor estatístico foi menor. Os ensaios que obtiveram uma maior diminuição da

Page 30: A utilização de ácido hialurónico no tratamento ... · organismos vivos, permitindo o bom funcionamento da matriz extracelular dos tecidos mineralizados e não-mineralizados.

30

profundidade de sondagem foram os descritos por Pilloni e Rajan com reduções de 3mm na

profundidade de sondagem.

Segurança e limitações

O hialurano é seguro e biocompatível, não se encontrando evidência de citotoxidade

associada. Pode ser usado sempre que seja oportuno, mas não deve ser administrado em pacientes

com alergias ou intolerância. Os efeitos colaterais conhecidos do uso do ácido hialurónico são o

inchaço, hematomas, vermelhão e comichão, sensibilidade no local da aplicação e dor que podem

ser devidos a erros médicos e de técnica (10).

Page 31: A utilização de ácido hialurónico no tratamento ... · organismos vivos, permitindo o bom funcionamento da matriz extracelular dos tecidos mineralizados e não-mineralizados.

31

Discussão da meta-análise

Este trabalho de meta-análise tem o objetivo verificar a aplicabilidade e eficácia do uso do

ácido hialurónico como coadjuvante no tratamento não-cirúrgico periodontal. Para isso, a meta-

análise combina os resultados de diferentes estudos com a finalidade de obter um estimador

pontual do efeito do ácido hialurónico, através de modelos de efeitos fixos e modelos de efeitos

aleatórios.

Nesta análise estatística incorporáramos os estudos com desenho experimental semelhante,

permitindo sintetizar a sua informação. Embora idênticos existem variações como a etnicidade,

idade, dimensão da amostra e tempo de duração da experiência e destreza dos operadores, entre

outras, conferindo alguma heterogeneidade ao estudo.

A avaliação da eficácia do uso do ácido hialurónico no tratamento periodontal não

cirúrgico, de uma forma geral, foi feita pelos resultados da revisão sistemática. Todos os estudos

revistos, exceto Xu e colaboradores, apresentaram melhores resultados clínicos quando avaliados

parâmetro clínico da profundidade de sondagem.

A meta-análise propriamente dita, corrobora os resultados da revisão sistemática,

mostrando o ácido hialurónico bons resultados. Assim os resultados da meta-análise indicam que

este método coadjuvante pode ser uma opção para melhorar o prognóstico do tratamento. Contudo,

o estudo Xu e colaboradores, relevou ausência de efeito positivo do ácido hialurónico, tendo o

desfecho do tratamento sido igual entre o grupo estudo e o grupo controle, porém não foram

nodados efeitos adversos (efeito de tamanho de valor zero).

Avaliação das tabelas e gráficos acima apresentados, permitem-nos afirmar que a meta-

análise concluiu que o uso do ácido hialurónico reduz a profundidade de sondagem ao termo do

estudo, tal como na revisão sistemática.

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32

Conclusão

Com o propósito de avaliar a eficácia e aplicabilidade do uso do ácido hialurónico como

coadjuvante no tratamento periodontal não cirúrgico em pacientes com periodontite crónica, os

estudos avaliaram a profundidade de sondagem como parâmetro clínico através dos resultados das

medições e a sua comparação com os valores finais em milímetros(mm).

O uso do ácido hialurónico como coadjuvante do tratamento periodontal não cirúrgico,

mostra ser um aliado do método convencional, uma vez que surte efeitos positivos na medição de

profundidade de sondagem. De acordo com os estudos supracitados houve uma maior eficácia de

tratamento nos grupos de teste, ou seja, quando o tratamento foi duplo (RAR + AH).

Os resultados da meta-análise, relativamente ao parâmetro clínico da profundidade de

sondagem, indicaram que o uso do ácido hialurónico tem vantagens quando aliado ao tratamento

periodontal convencional não cirúrgico (RAR), mostrando, assim, ser um coadjuvante.

Page 33: A utilização de ácido hialurónico no tratamento ... · organismos vivos, permitindo o bom funcionamento da matriz extracelular dos tecidos mineralizados e não-mineralizados.

33

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Anexos

Figura 10 - Itens da checklist a serem incluídos na revisão sistemática ou meta-análise.

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