A UTILIZAÇÃO DO SOM E DA MÚSICA NO TRATAMENTO DE SÍNDROME DO PÂNICO
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁEugênio Texeira Fim
GRR20031335
A UTILIZAÇÃO DO SOM E DA MÚSICA NOTRATAMENTO DE SÍNDROME DO PÂNICO
EUGÊNIO TEXEIRA FIM
Curitiba2008
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Eugênio Texeira Fim
A UTILIZAÇÃO DO SOM E DA MÚSICA NOTRATAMENTO DE SÍNDROME DO PÂNICO
Trabalho de graduação apresentado àdisciplina Trabalho de Graduação(HA092), curso de Produção Sonora,
Departamento de Artes, Setor de CiênciasHumanas, Letras e Artes, UniversidadeFederal do Paraná.Orientador: Prof. Dr. Hugo S. Mello
.
Curitiba - 2008
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SUMÁRIO
RESUMO
ABSTRACT
INTRODUÇÃO.: . ........................................................................................................................
2. PANORAMA HISTÓRICO DAS PROPRIEDADES MEDICINAIS DO SOM ..................
2.1 Seus usos e recursos na Antiguidade .................................................................................
2.2 A relação entre música e medicina ....................................................................................
2.3 A música na medicina tradicional chinesa .........................................................................
3. PROPRIEDADES FÍSICAS E MEDICINAIS DO SOM ......................................................
3.1 Freqüência ..........................................................................................................................
3.2 Ressonância ........................................................................................................................3.3 Intervalos Musicais ............................................................................................................
3.4 Melodia ..............................................................................................................................
3.5 Modos musicais .................................................................................................................
3.6 Harmonia ............................................................................................................................
3.7 Ritmo ..................................................................................................................................
3.8 Timbre ................................................................................................................................
4. O TRATAMENTO DA SÍNDROME DO PÂNICO PELA MÚSICA E PELO SOM ...........4.1 Síndrome do pânico o que é? ..........................................................................................
4.2 O condicionamento dos padrões de ondas do cérebro pelo som e pela luz .....................
4.3 Som binaural, acupuntura e luz associados para o tratamento da síndrome .....................
4.4 Sincronização dos hemisférios cerebrais e seus benefícios ..............................................
4.4 Ações fisiológicas da terapia vibratória de baixa freqüência ............................................
5. CASOS DE CURA E TRATAMENTO DA SÍNDROME ......................................................
5.1 Casos de cura através do som e da música .......................................................................5.2 Entrevista com o médico Augusto Weber ........................................................................
CONCLUSÃO ..............................................................................................................................
REFERÊNCIAS ...........................................................................................................................
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1. INTRODUÇÃO
Os humanos há muito tempo tem apreciado os poderes de expansão mental
promovidos pela música e por milhares de anos músicos e compositores têm consciente ou
intencionalmente influenciado, os estados cerebrais dos ouvintes pela manipulação de
freqüências de ritmos, timbres, melodias, harmonias de sua música e atualmente por
manipulações de freqüências. Desde os tempos da antiguidade, a música possuía em suas
propriedades físicas alguns poderes mágicos e terapêuticos, então ela sempre foi tida como
algo que possui poderes ainda desconhecidos, mas com muitas evidências no decorrer da
história.
No entanto, atualmente alguns estudos (autor) voltados para a descrição de
peculiaridades pertinentes às modalidades sensoriais, com ênfase na audição e no seu
potencial de produzir mudanças comportamentais e emocionais em humanos, despertaram a
atenção de pesquisadores e estudiosos do mundo inteiro dado a contribuição que essas
pesquisas têm trazido para as diversas áreas do conhecimento. Até há pouco tempo ninguém
pensaria na importância de manter o equilíbrio entre os dois lados do cérebro para se ter umamelhor qualidade de vida. Sincronização dos hemisférios cerebrais é uma novidade que está
instigando várias pesquisas a respeito.
Estudos demonstram que surpreendentes efeitos positivos são desencadeados pelos
sons no cérebro e segundo De Paula (1997), as pesquisas que fundamentam esse estudo são
embasadas por pesquisadores de mais de 50 paises e do Instituto EMDR ®
utilizando este
método na resolução de Estresse Pós-Traumático. A integração entre os hemisférios é
possibilitada por estímulos sonoros, sendo que uma das técnicas chama-se binaural beat ou
som binaural. São sons psicoacústicos que alteram nossa configuração de ondas cerebrais e
induzem nossos hemisférios cerebrais a trabalharem sincronizados. Através da meditação,
alguns pesquisadores constaram pelo eletroencefalograma (aparelho que mede as alterações e
os padrões de ondas cerebrais), que os dois hemisférios cerebrais se integram e trabalham em
sincronia, gerando então, segundo eles um maior aproveitamento de nossas capacidades
motoras, emocionais e intelectuais.
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Através de um panorama histórico, traço nesse trabalho algumas evidências
terapêuticas da música e do som no decorrer da história. Desde as antigas propriedades
terapêuticas da música e do som até as atuais técnicas psicoacústicas, focando na técnica por
som binaural ou binaural beat.
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2. PANORAMA HISTÓRICO DO PODER MEDICIAL DO SOM
2.1 Seus usos e recursos na antiguidadeOs primeiros registros da ação da música sobre o homem estão nos papiros médicos
egípcios de 4.500 antes de Cristo, descobertos pelo antropólogo britânico, Flandres Petrie.
Esses papiros explanavam sobre o encantamento que a música produz sobre as mulheres e a
estimulação de suas fertilidades. Os papiros também revelaram a utilização de um sistema de
sons e de músicas, instrumentais e vocais para o tratamento de problemas mentais e
emocionais e incluía indicações para a cura de algumas doenças físicas.
Um antigo relato de aplicação terapêutica da música está na Bíblia (I Samuel 6,23):David tocava sua harpa para afastar o mal que dominava Saul, que logo se acalmava e
melhorava (ZAMPRONHA, 2007, p. 99). Além disso, conforme Palisca e Grout (1994 ), no
Antigo Testamente existem alguns relatos de benefícios musicais, como o caso de David que
cura a loucura de Saul tocando harpa (1 Samuel, 16, 14- 23) e também o tocar das trombetas e
as vozes que derrubaram as muralhas de Jericó (Josué, 6, 12-20).
De acordo com Palisca e Grout (1994 p. 17), pela mitologia grega a música é de
origem divina e seus inventores e primeiros intérpretes foram alguns deuses e semideuses,
como Apolo, Anfião e Orfeu. Nesse período atribuíu-se à música poderes mágicos onde
pessoas pensavam que ela era capaz de curar doenças, purificar corpo e o espírito. Os gregos,
segundo Zampronha (2007, p.92), tinham também uma relação com a música bem científica.
Alegavam que a música gerava ordem, equilíbrio, harmonia e a usavam para propiciar ao
indivíduo o bem-estar. Também na Grécia antiga, encontra-se muitas das idéias modernas a
respeito da saúde e das doenças ligadas à lógica e à razão. A cura, por exemplo, acontecia
depois de uma análise criteriosa, segundo os princípios lógicos e também ligados ao uso de
alguns benefícios da música. Os gregos valorizavam muito a arte musical e usavam-na para
curar, para prevenir doenças físicas ou mentais e para ajudar na educação dos jovens. Na
mitologia grega o médico e o músico, segundo Weber (2004), são simbolizados pelo mesmo
personagem.
Segundo GROUT E PALISCA (1994 p. 18), quando os festivais e a arte musical
começaram proliferar-se cada vez mais, Aristóteles preocupado com o excesso de treino
musical do homem, diz que o ideal era que o homem estudasse música até o patamar de criar
melodias simples e ritmos simples e que não seria recomendado que as pessoas estudassem
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música com excesso de detalhes. Isso porque Aritstóteles tinha medo de perder o controle do
estado, pois o povo poderia evoluir sem controle e segurança.
O filósofo Platão recomendava-a para a cura de angústias, fobias e também educar e
direcionar o caráter da sociedade. No entanto, a música era controlada pelo estado, pois
segundo Platão os efeitos da música nem sempre correspondia ao esperado, então o estado
controlava o que tinha que ser ouvido. Logo, apenas duas espécies de música deveriam ser
utilizadas: a música viva, excitante, adequada à guerra, e a música tranqüila, induzindo à
concentração e relaxamento. Ainda os gregos herdaram de culturas anteriores os
conhecimentos da música como tratamento (ZAMPRONHA, 2007, p. 101).
Para Platão, a música era concebida pelo mito da Música das Esferas1 (SCHAFER,
1991, p. 163), que possibilitava ao indivíduo sintonia com o universo macrocosmo, pois para
ele existia uma música produzida pela revolução dos planetas, mas que os homens não
conseguiam ouvir, apenas senti-la, sintonizando-o então com o universo. A harmonia das
esferas, decorrente da eterna mobilidade dos astros. Segundo Wisnik (1989 p. 99), os planetas
aparecem dispostos no universo como escala. Os astros são os sete planetas da astrologia
antiga, o sol, a lua, Vênus, Mercúrio, Marte, Júpiter e Saturno. O caráter heptatônico dos
planetas coincide com a escala heptatônica dos gregos, além de possuírem o número sete em
sua simbologia que é sagrado em todo universo por todas as culturas, pois o número 3corresponde a harmonização divina e o 4 aos humanos e a soma deles dá-se o 7.
Segundo Menezes (2003 p.19), a primeira constatação sobre fenômeno acústico e a
existência de sons vem do conceito da física que diz que sem movimento não pode haver som
e todo movimento produz som, sejam estes percebidos ou não por nosso mecanismo auditivo.
Então, como as moléculas estão em movimento contínuo movimento, a produção de sons no
mundo é ininterrupta. Através dessas constatações é possível afirmar que não existe o
silêncio, ele penas é um fenômeno eminentemente humano e está relacionado às limitaçõesfisiológicas dos sons pelos humanos.
No Império Romano, visando a saúde e o bem-estar físico e psíquico dos indivíduos, a
prática musical foi continuada por eles. Filósofos, sacerdotes e médicos usaram a música
como terapia. No entanto, com a queda do Império Romano, acabou enfraquecendo e
obscurecendo os conhecimentos assimilados dos gregos, mas na Alexandria o espírito
científico musical conseguiu sobreviver, passando depois o conhecimento para os árabes, que
1 A Música das Esferas é uma teoria antiga dos gregos da escola de Pitágoras, o qual dizia que cada planeta eestrela faziam música enquanto viajava pelos céus ressonando algum tipo de som correspondente a seu tamanhoe velocidade de rotação e translação.
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desde o século XIII já fazia uso de “salas de música” em hospitais, procurando melhorar a
saúde de seus enfermos.
Segundo afirma Abdounur (1999, p. 21), Boetius (480-524 d.C.), cidadão e escritor
romano, escreveu sobre matemática, aritmética, geometria, astronomia e música. Tudo isso
publicado em cinco volumes no livro De Institutione Musica, em que considera a música uma
força que ocupava todo o universo e um princípio unificador tanto do corpo e alma do homem
quanto das partes do seu corpo. Sua obra foi muito difundida na Idade Média, seu tratado
apoia-se em estudos de Pitágoras.
Há também a Doutrina de Etos e de acordo com Palisca e Grout (1994 p. 20), essa
Doutrina é um sistema de efeitos e qualidades de tons e ritmos regidos pelas mesmas leis
matemáticas que influenciam o conjunto da criação visível e invisível. A música era capaz de
afetar o universo, assim ocorreram várias atribuições de milagres aos músicos lendários da
mitologia. Posteriormente, constataram os efeitos da música sobre a vontade, sobre o caráter e
a conduta dos seres humanos. O jeito como a música agia sobre a vontade das pessoas foi
explicada por Aristóteles na doutrina da imitação. Segundo Aristóteles, a música imita as
paixões e estados da alma como ira, coragem, brandura entre outros estados. Assim, quando
ouvimos um trecho musical que imita algum desses estados de alma, ficamos repletos desse
estado de espírito. Resumidamente, quando ouvimos música adequada nos tornamos boas pessoas e quando ouvimos música inadequada, nos tornamos pessoas más.
Ainda segundo Palisca e Grout (1994 p. 21), houve momentos históricos em que o
estado proibiu determinados tipos de música, com o argumento de que se tratava de uma
questão importante para a proteção e o bem-estar das pessoas. Em Atenas e Esparta havia leis
sobre a música nas primeiras constituições. Até mesmo no século XX as ditaduras tanto
fascistas quanto comunistas, tentaram controlar a atividade musical de seus povos.
No Renascimento, época de grandes recriações, releituras e de profunda criatividadeartística, que tentavam desvendar a verdadeira arte de curar, a música, tratada racionalmente
como recurso de saúde, expressão e comunicação, era usada para o tratamento de certas
doenças, e fundia-se com a medicina. Segundo Zampronha (2007), no século XVII, a filosofia
de Descartes (1596-1650) em conjunto com a teoria dos afetos2 , seria a base de uma nova
ciência, a musicoterapia. Acreditava-se que os intervalos musicais podiam expandir ou
contrair o espírito do corpo e influenciar de maneira direta no estado mental. (cit. in Ruud,
1990, p.17). Ainda conforme Zampronha et al. (2007), no século XVIII, são escritas várias
2 Desenvolvida no barroco, defendia o princípio de que a música reproduz emoções.
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obras a respeito da música como possibilidade de cura para diversos males. Pierre Buchoz,
escreveu Mémoire sur la manière de guèrir la melancolie par la musique, livro baseado na
pesquisa sobre a ação da música nas fibras nervosas e no tratamento de doentes melancólicos.
J.E.D. Esquirol (1772- 1840), um dos fundadores da psiquiatria moderna,
recomendava música, pois segundo ele, se a música não cura, ela distrai; logo, alivia (cit. In
RIBAS, 1957, p.123). No século XIX Chomet escreve The Influence of Music on Health and
Life, discorrendo sobre tratamentos realizados com o auxílio da música, priorizando o gosto
musical do paciente. Dalcroze, um dos precursores que rompeu com a escola tradicional de
musicoterapia, ligava o estudo do ritmo com o ser humano e suas deficiências. Por
conseguinte, seus alunos desenvolveram cursos de rítmica para crianças deficientes e
tornaram-se os pioneiros da terapia do ritmo (apud ZAMPRONHA, 2007, p. 103).
2.2 Algumas relações entre música e medicina
Conforme afirma Weber (2004, p.6) uma relação entre música e medicina está no fato
de inúmeras descobertas médicas terem sido inspiradas na música. Leopold Joseph
Auenbrugger (1722 - 1809), de Viena, Áustria era médico e músico, inventou a percussão
torácica, uma analogia entre a caixa torácica e o tambor, onde Auenbrugger concluiu quequalquer anormalidade presente dentro do corpo do indivíduo é percebida através da alteração
do som ao percutir na caixa torácica. Assim criou também a percussão melódica, método onde
os dedos do médico percutem o corpo do paciente, geralmente no tórax ou no abdômen, e
através dos sons produzidos é avaliado o estado dos órgãos internos.
O estetoscópio, inventado por René-Theophile H. Laennec (1781 - 1826), médico e
flautista, pela dificuldade e pelo pudor de escutar o coração das pacientes encostando o
ouvido no tórax, usou um tubo de papel, parecido com uma flauta e conseguiu ouvir commuito mais clareza o coração de seus pacientes. Então ele deu o nome do instrumento de
estetoscópio, que vem de sthethos, tórax, e skopos, observador.
Georg von Békésy recebeu o Prêmio Nobel de medicina em 1961, por descobrir como
os ouvidos percebem os sons e ele também era médico e músico. Ele mostrou que a cóclea
diferencia o ouvido humano de um sistema de amplificação. Assim sendo, pode-se dizer que a
música e a medicina compartilham muitos princípios comuns.
2.3 A Música na medicina tradicional chinesa
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Os antigos chineses afirmavam que tudo começou com o Wu Chi, a vibração primordial
ou som cósmico que se divide em Tai Chi (Fig 1) que cria dois tons (polaridade yin/ yang ),
sendo também estes subdivididos em 12 tons ou Lu.
Figura 1 – Taichi (yin- yang)
A filosofia chinesa, conforme Weber (2004, p. 8), acredita na polaridade de duas
forças opostas o Yang (força positiva, masculina) e o yin (força negativa, feminina) e tudo isso
está permeado na natureza aqui presente, onde também, dentro dos 12 tons, seis são de
natureza feminina e seis de natureza masculina, responsáveis pela sustentação do universo.
Ainda conforme Weber (2004 p. 8), os primeiros a estudarem as propriedades dos
sons, antes de Pitágoras, foram os chineses através de notas emitidas por tubos sonoros (seis
tubos yin e seis yang ), onde as relacionavam aos 12 meses do ano. Essas proporções surgiram
através de intervalos de quintas ascendentes, o ciclo das quintas3. A descoberta do ciclo das
quintas para os chineses foi muito importante, pois para eles o número cinco é sagrado, pois é
o número dos elementos básicos: madeira, fogo, terra, metal e água. A musicoterapia chinesa
relaciona esses cinco elementos com a escala pentatônica que pode influenciar as emoções e o
corpo humano.
Assim podemos aferir de acordo com a Medicina Tradicional Chinesa que as
freqüências agudas são Yang e as freqüências graves são Yin. Partindo deste princípio básico
já podemos usar o som e a música como tratamento. Por exemplo: em um indivíduo comdeficiência do Yang, apresentando, cansaço, letargia, depressão, palidez, pulso lento, língua
pálida, está indicado sons com alta freqüência, estas podem estar em CDs produzidos
especialmente em laboratórios ou podem-se aprender a desenvolver o instinto de usar o som e
a música. Concertos de violino de Mozart possuem altas freqüências, cantos gregorianos, sons
de guitarra elétrica, saxofone, cítara indiano, solo de violino como Vivaldi, Mozart e Bach. O
ritmo deve ser o andante e o allegro. Os timbres principais é o violino, a voz humana,
instrumentos de corda como violão, guitarra elétrica, trompete, saxofone, cítara, guitarra
3 Ciclo das quintas – a partir de uma nota chega-se a todas as outras por um intervalo de quinta justa.
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baiana, sons de baleias, sinos tibetanos, diapasões, som do vento e juntamente com uma nova
técnica, o som binaural (será visto nos próximos capítulos) condicionando um padrão de onda
beta (capítulo 4).
Para um indivíduo com deficiência do Yin apresentando insônia, ansiedade,
irritabilidade, hipertensão, enxaquecas, sensação de calor, pulso rápido, língua vermelha, está
indicado o uso de freqüências e sons graves. Os sons binaurais são indicados, pois são de
baixa freqüência (utilizando principalmente ondas alfa, theta, delta), assim como concertos de
violoncelo, piano, teclados, oboé, tambores. O ritmo deve ser o largo, largueto, adágios. Os
timbres principais são do piano, teclado, flautas, violoncelo, tambores, fagote, trompa, sons da
água. Isso ajuda muito o indivíduo com problemas desse nível.
2.4 A musicoterapia dos cinco elementos
2.4.1 Terra
A música de terra corresponde a melodias suaves, prolongadas e calmas. Isso estimula o
baço, o pâncreas e o estômago. A música de terra é serena, equilibrada, mas ao mesmo tempo
intensa e visceral. Como exemplo tem-se a música de raiz em geral, moda de viola, repente
nordestino e compositores eruditos como Bach e Bartok. Os instrumentos musicais utilizadossão de percussão como vasos, ocarinas e sopros feitos de barro. Seu intervalo musical mais
utilizado é a terça maior e oitava e escala pentatônica chinesa no modo gong (mi, sol, lá, dó,
ré). O modo ocidental é o mixolídio e o ritmo principal é o adágio (66 - 76bpm) e o andante
(76 - 108).
2.4.2 Madeira
A música da madeira possui melodias alegres, expansivas e em tonalidade maior.
Estimulam o fígado e a vesícula biliar e a madeira representa a origem e a vida. Como
exemplo tem-se Mozart, Vivaldi e Jimi Hendrix. Os instrumentos que representam essa
música são as flautas de bambu e os sopros em geral. O intervalo musical mais utilizado é a
quinta, sexta maior e oitava. A escala pentatônica chinesa utilizada é o modo Jiao (dó, ré, mi,
sol, lá). Os modos ocidentais são o jônio e o lídio. O ritmo é moderato (108 - 120bpm);
allegro (120 - 168bpm).
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2.4.3 Fogo
A música do fogo é uma música dramática que leva ao transe. Ajuda na organização,
melhora o coração, a circulação sanguínea e o intestino delgado. Essa música representa a
energia, como o fogo e dentre os exemplos musicais estão o Tecno, frevo, carnaval, óperas,
Beethoven, Wagner e Vivaldi. Os instrumentos mais utilizados são os de cordas como
guitarra, violão e cítaras. O intervalo musical é a quinta justa. A escala pentatônica chinesa é o
modo Zhi (sol, lá, dó, ré, mi). O modo ocidental utilizado é o frígio. O ritmo é o presto (168 –
200 bpm); prestíssimo (200 - 208bpm).
2.4.4 Metal
A música do metal é intimista, em tonalidade menor e expressa certa melancolia.
Estimula os pulmões e o intestino grosso. A sua energia é a de limpeza e purificação. Como
exemplos musicais têm-se Chopin, Debussy, alguns jazzistas americanos, Stravinsky,
Schoenberg e Stockhausen. Os instrumentos utilizados são os gongos, carrilhões, sinos
tibetanos, xilofones e instrumentos de metal em geral. Os intervalos musicais são as segundas,
segundas menores, terças menores, e sextas menores. A escala pentatônica chinesa é o modo
Shang (ré, mi, sol, lá, dó). O modo ocidental é o dórico, eólio e lócrio. O ritmo é o largueto
(60- 68 bom); adágio (66 – 76 bpm).
2.4.5 Água
A música da água é densa e profunda e estimula rins, bexiga e dá sabedoria. Os
exemplos são: música erudita romântica, música clássica chinesa, música minimalista, new
age de sons oceânicos e primordiais. Os instrumentos são os tambores, xilofones, calimbas,
trompas e violoncelo. Os intervalos musicais freqüentes são os de terça menor, sexta menor
e sexta maior. A escala pentatônica chinesa é o modo Yu (lá, dó, ré, mi, sol). O modo
ocidental eólio e dórico. O ritmo largo (40 – 60 bpm); largueto (60 – 66 bpm).
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3. PROPRIEDADES FÍSICAS DO SOM E DA MÚSICA
3.1
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4. OS PADRÕES DE ONDAS NO CÉREBRO
Segundo Weber (2004 p. 67), as ondas são divididas em mecânicas ou não mecânicas.
Ondas mecânicas ( yin) são as que se propagam em meio sólido ou elástico, por exemplo:ondas sonoras, ondas na água. As ondas não mecânicas ( yang ) não precisam de meio material
para se propagar, como por exemplo: ondas eletromagnéticas, luz, ondas elétricas, ondas de
rádio.
Conforme DePaula (2007), a condução de informação entre um neurônio e outro é
feita por impulsos elétricos. O termo onda implica num sobe desce contínuo da descarga
elétrica que é conduzida. A carga elétrica pode ser positiva ou negativa e quantas vezes por
segundo ele varia entre essas duas é o significado do termo freqüência. A freqüência,representada por Hz, implica em quantas vezes em um segundo houve uma variação par de
positivo e negativo. A variação da freqüência das ondas cerebrais no indica que tipo de
atividade cerebral está predominado em dado momento.
As ondas cerebrais, conforme Weber (2004 p. 79) são medidas como as ondas sonoras,
em Hertz (ciclos por segundo). No decorrer do dia nosso cérebro passa por quatro estados
mentais ou quatro tipos de ondas cerebrais. São as freqüências cerebrais alfa, beta, teta e delta
que têm forma de ondas eletromagnéticas produzidas pela atividade elétrica das célulascerebrais. Com o aparelho eletroencefalógrafo4, elas podem ser medidas e registradas em
ciclos por segundo ou Hz (hertz). Essas ondas eletromagnéticas mudam de freqüência,
conforme as atividades elétricas dos neurônios, adaptando-se às suas tarefas e se adequando
com as diversas atividades diárias de cada pessoa (Fig. 1).
Os dois hemisférios estão ligados pelo corpo caloso e essa estrutura funciona como uma
ponte entre ambos os lados e pode ser exercitada e fortalecida mentalmente até se tornar
fisicamente capaz de transmitir informação entre os dois hemisférios com mais velocidade e
potência. Sincronizando os dois hemisférios e permitindo que estes trabalhem em uníssono,
podemos potencializar as nossas capacidades mentais. É como um computador que possui um
processador mais rápido e mais forte e seus componentes funcionando com maior eficiência5.
Através de estudos já comprovados, segundo Weber (2004, p.68), a atividade elétrica
cerebral ou os padrões de ondas cerebrais estão relacionados com a atividade neuroquímica no
cérebro; logo, os padrões de ondas cerebrais correspondem a neuroquímicos do cérebro como
4 Aparelho que mede em que padrão de onda o cérebro está trabalhando.5 http://arcadesonhos.googlepages.com/ohomemeosonho Acessado em 12/07/08 as 23:32hs
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noradrenalina, endorfinas e serotonina. Assim sendo, se alterarmos o padrão de ondas no
cérebro, consequentemente altera-se a química cerebral.
Tabela dos estados mentais
4.1.1 Beta
Essa freqüência é do estado de alerta, vigília e desperto. São ondas mais rápidas. Gera
atenção, concentração e cognição. Estado mental de atenção total, onde os neurônios
transmitem informações rápidas, permitindo atingir um estado de concentração. O
treinamento de onda beta é usado por terapeutas para tratar problemas de aprendizagem e
concentração. A faixa de ondas beta está entre 13-30 Hz. É indicado estimular esse padrão de
onda quando se tem déficits de cognição, cansaço mental, dificuldade com o raciocínio
lógico, dificuldade de atenção ou déficit neurológico (WEBER, 2004, p. 82).
[...] Consciência alerta, atenção, vigília, concentração, atividade mental. O estado beta está associado ao pensamento linear da atividade mental. Esse é o estado emque usualmente estamos para atender as nossas atividades do dia a dia como dirigir,ir ao banco, ler, conversar. No estado beta, a mente está concentrada usualmente emapenas uma coisa e a concentração é focalizada. O neuroquímico associado a esse
estado é a noradrenalina. (WEBER, 2004)
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4.1.2 Alfa
Estado de meditação e relaxamento onde a ansiedade desaparece e gera uma sensação
de paz e bem-estar. A faixa de ondas alfa está entre 7Hz e 12 Hz. No estado alfa é possívelacessar estados de consciência bem profundos. Quase um estado de dormência. Quando você
está relaxado, sua atividade cerebral baixa do rápido padrão Beta para as ondas Alfa mais
lentas. Sua consciência interna se expande. Sua energia criativa começa a fluir e a ansiedade
desaparece. O treinamento Alfa é muito indicado para tratamento do estresse e as sessões de
som binaural que contém freqüências alfas, são excelentes para a solução de problemas de
memorização e para relaxar. Essa freqüência alfa funciona como um portal para estados de
consciência mais profundos. Dentro da faixa Alfa, está a Schuman Resonance - a freqüênciado campo eletromagnético da Terra, essa freqüência tem chamado muita atenção dos
cientistas da área de neuroacústica pelos seus imensos benefícios6. O ritmo alfa é o padrão
básico vibratório de todas as criaturas do planeta segundo Weber (2004 p. 82). Mediante
estudos com eletroencefalograma, chegou-se a conclusão que alcoólatras, viciados em drogas,
indivíduos ansiosos, produzem pouca atividade alfa. Sendo assim, regularizando esse padrão
de onda nesses indivíduos, equilibram-se os neurotransmissores. Assim é certa a possibilidade
de utilizar terapias que atuem nas atividades cerebrais, alterando os padrões de onda do
cérebro. Uma das técnicas é o tratamento pelo som binaural, que será visto posteriormente
nesse trabalho.
[...] Relaxado, calmo lúcido, sem pensamentos, contemplativo. As ondas alfa estãoassociadas com um reflexivo, interiorizado e quieto estado mental. Nesse estado, amente está como foco aberto olhando para a pintura como um todo. Se em beta, nósolhamos a árvore, em alfa, nós olhamos a floresta. O neuroquímico associado é aacetilcolina e serotonina. (WEBER, 2004)
4.1.3 Teta
Segundo Weber (2004 p. 47), esse padrão de onda, a atividade cerebral baixa quase ao
ponto do sono. Teta é o estado do relaxamento profundo e meditação, onde incríveis
capacidades mentais ocorrem. Esse estado propicia flashes de imagens do inconsciente,
criatividade e acesso a memórias há muito tempo esquecidas. Você pode sentir a sua mente
expandir além dos limites do seu corpo.
6
http://www.holosonic.com.br/os4estados.htm acessado em 21/07/08 as 13:22hs
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As ondas Teta têm um importante papel em programas de modificação de
comportamento e têm sido usadas no tratamento do vício de drogas e álcool. Teta é também o
estado ideal para aprendizagem acelerada, reprogramação mental e lembrança de sonhos.
A faixa das ondas Teta está entre 4 e 7 Hz. Em Teta, fica-se receptivo a informações
que estão além do nosso estado normal de consciência, ativando estados mentais
extrasensoriais.
[...] Relaxamento profundo, meditação, imagens mentais, aprendizado, criatividade.Ondas cerebrais theta estão relacionadas aos sonhos. No estado de vigília, as ondastheta estão relacionadas com criatividade, imaginação, visualização e resolução d
problemas. Nas crianças é o ritmo cerebral predominante. Esse expansivo estadoemocional em terapia pode facilitar a catarse e romper com determinadas barreirascomportamentais ou de defesa. O neuroquímico associado é a endorfina (WEBER,2004).
4.1.4 Delta
Delta é a mais baixa de todas as freqüências de ondas cerebrais. Está associada ao sono
profundo, sonhos, inconsciência e algumas freqüências na faixa Delta liberam o hormônio do
crescimento humano (HGH) que é muito benéfico para a regeneração celular e a cura.
Delta é a onda cerebral onde a intuição pode aflorar facilmente. Os programas que contêm
Delta são ideais para o sono, a recuperação físico/mental e meditação profunda. A faixa Delta
está entre 0,1 e 4 Hz. Esse padrão de onda pode ajudar muito na recuperação da saúde da pessoa.
[...] Sono profundo, sonhos, inconsciência, coma. As ondas cerebrais delta, estãorelacionadas com o relaxamento profundo. O sono delta é o mais profundo estado desono, com a menor taxa metabólica, menor pressão sanguínea, menor temperaturacorporal e menor freqüência cardíaca. Esse é também o estado de mais rápidarecuperação da saúde física. O neuroquímico associado é o hormônio docrescimento. (WEBER, 2004).
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5. AS NOVAS TERAPIAS SONORAS E SEUS EFEITOS NO SER HUMANO
Conforme afirma Hamel (1976 p. 204), a cura de doenças mentais através da música e
sons tem uma história milenar que passa por todas as culturas. A tarefa dos curandeiros e
xamãs consistiam em oferecer aos doentes cânticos curativos em vez de remédios. Os antigos
gregos acreditavam poder curar dessa forma pessoas que sofriam de diversos males. Com um
instrumento de sopro tocavam sons da escala frigia sobre os pontos doloridos. Diz-se também,
que Pitágoras utilizava canções contra problemas corporais, para melhorar a aflição e para
acalmar a ira das pessoas. Ainda segundo Hamel (1976 p. 204), um médico vienense
Hofgartner, relata que com música mais acelerada e agradável os olhos do paciente brilhavam,o pulso se acelerava e a face ficava mais corada; por outro lado, música mais lenta e sombria
embaçava os olhos dos pacientes, palidez no rosto e desacelerava a pulsação.
De acordo com Hamel (1976 p. 205), é um fato comprovado que música rápida acelera
o batimento cardíaco e também que música pode influir na pressão sanguínea e até mesmo
modificar um eletrocardiograma e eletroencefalograma. Um pesquisador do comportamento
Johannes Kneutgen, relata que adolescentes débeis mentais e retardados passavam noites mais
calmos pelo fato de colocarem para eles ouvirem, canções de ninar e também casos deincontinência urinária noturna foram reduzidos em dois terços. Também constataram que era
possível interromper a medicação de vários calmantes.
Segundo Weber (2004 p.30), o som e a música causam grandiosos efeitos no cérebro
dos seres humanos. A via auditiva possui conexões com todas as regiões do cérebro. Assim
sendo, por meio do som podem-se ativar todos os níveis do cérebro, como o tronco cerebral, o
tálamo e o sistema límbico. O som pode alterar a quantidade de secreção de neuroquímicos7,
agindo também alterando e modificando o nível de dor, por exemplo. Tudo isso porque o som
tem o poder de alterar o padrão de ondas cerebrais e consequentemente modifica o nível de
neurotransmissores.
Como afirma Roederer (2002 p.267), a música transmite informação sobre estados
afetivos. Ela pode contribuir para a equalização do estado emocional de pessoas. Porém,
infelizmente não existem paradigmas para mensurarmos o quanto a música pode ajudar, mas
as evidências no decorrer da história são muitas sobre os efeitos terapêuticos, curativo e
mágicos da música e dos sons.
7 São os hormônios secretados pelo cérebro, como a adrenalina e a serotonina
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Conforme Zampronha (2007 p. 85), a partir da segunda metade do século XIX, tem-se
notícias de estudos acerca dos efeitos fisiológicos da música e dos sons sobre a digestão, a
circulação, a respiração, a força muscular, as secreções cutâneas, as ondas cerebrais, as
emoções no homem e nos animais. Os pesquisadores acreditam que as vibrações sonoras de
uma música entram em ressonância com essas vibrações internas do organismo e causam
diversas reações motoras e psíquicas.
O som e a música geram poderosos efeitos no cérebro pela via auditiva que possui
conexões com todas as regiões do cérebro, segundo Helmholtz (1821 - 1894). Sendo assim,
podem-se ativar todos os níveis do cérebro alterando a secreção de neuroquímicos através do
som binaural que será discutido logo as seguir. Os sons, segundo Alfred Tomatis, médico e
pesquisador da área da audiopsicofonologia, de alta freqüência possuem propriedades
tonificantes e energizantes e os de baixa freqüência possuem propriedades relaxantes.
6.2 O som binaural e a sincronização dos hemisférios cerebrais
De acordo com Weber (2004 p. 110), tem sido demonstrado que pulsos sonoros podem
estimular alterações nas ondas cerebrais e o cérebro tem a tendência em igualar seu próprio
pulso de onda cerebral com pulsos de som exteriores, um fenômeno conhecido como“condicionamento acústico de onda cerebral” (acoustic brainwave entrainment). Conforme
Weber (2004 p. 90), pesquisas têm demonstrado que os diferentes estados da mente podem
ser induzidos através da audição de pulsos de som que igualam à velocidade das ondas
cerebrais associadas com estes estados da mente.
Em 1839, o estudioso alemão Heinrich Wilhelm Dove descobriu essas batidas
binaurais (binaural - beats) ou som binaural. Segundo Weber (2004, p.118), esse fenômeno
acontece quando são incididos simultaneamente aos dois ouvidos através de fones de ouvido,
dois sons com freqüências diferentes, com freqüências abaixo de 1.000Hz, resultando em um
batimento 8. Por exemplo, em um ouvido é incidido 200 Hz e em outro é enviado 210 Hz.
Existe uma diferença de 10 Hertz. Esse batimento de freqüência formada pela diferença dos
dois sons, cria um estímulo no núcleo olivar superior (estrutura da base do cérebro a qual é
responsável pela integração dos sons percebidos pelas duas orelhas), estimulando-o a produzir
um padrão de onda relativo a 10 Hertz, que no caso refere-se ao padrão de onda alfa. Sendo
8 Dois sons com frequências ligeiramente diferentes, ocasionando uma constante mutação no ouvido. Quantomais próximos forem os sons, mais lento é o batimento.
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assim, esse padrão de onda alfa faz com que o cérebro, nesse caso, secrete o neuroquímico
acetilcolina.
No entanto, esse som binaural não é ouvido pelo homem, pois sua capacidade deaudição vai de 20 a 20.000 Hz. Essa onda é apenas percebida pela área auditiva do cérebro,
núcleo olivar (WEBER, 2004).
Novas pesquisas têm descoberto que essas freqüências podem ser superpostas, camada
após camada, produzindo complexas matrizes sonoras com poderosos efeitos de mudança de
estado mental (WEBER, 2004). Certas combinações de freqüências podem produzir intensa
atividade de ondas alfa, teta e delta.
[...] dessa maneira se quiséssemos condicionar um ritmo delta entre 1,5 e 3Hz,usaríamos diferenças de 3Hz por exemplo: em um ouvido seria enviada umafreqüência audível em torno de 400Hz e em outro ouvido 403Hz. Se quisermoscondicionar um ritmo alfa, a diferença deve ser em torno de 8e 13Hz e assim por diante. (WEBER, 2004)
[...] é o caso de Geral Oster e Robert Monroe, ambos, trabalhando de formaindependente, descobriram os efeitos dos sons binaurais. Eles descobriram que, comessa incidência de sons simultâneos com diferentes freqüências nos ouvidos, onúcleo olivar, uma estrutura do cérebro, começa a ressonar e cria um padrão de ondacerebral compatível com a diferença de freqüência entre os dois sons. Por exemplo,
à incidência simultânea de uma freqüência de 200Hz em um ouvido e 210Hz emoutro, a diferença de 10Hz estimula a criação de um padrão de onda relativo a 10Hz,isto é, um padrão de onda alfa. . (WEBER, 2004)
Quando se ouve este efeito através de fones de ouvido durante cerca de 15 a 30 minutos,
cria-se um estado denominado de sincronização hemisférica, ambos os hemisférios cerebrais
produzem um único padrão de onda.. Segundo Weber (2004 p.136), este estado mental
acontece geralmente em pessoas que meditam com freqüência e é extremamente benéfico
para a saúde mental, quando ambos os hemisférios trabalham sincronizados, pois geralmente
cada hemisfério cerebral trabalha em padrões de ondas diferentes. Sendo assim, nossacapacidade cerebral fica elevada.
Conforme afirma Hutchison (1994 p. 44), Robert Monroe um pesquisador dos mundos
interiores escreveu o livro Jorneys Out of the Body e fundou o Instituto Monroe na Virgínia,
EUA. Esta é uma organização dedicada ao estudo da consciência e seus estados modificados.
Através de muitos anos de experimentação, Monroe e seu grupo de amigos ao qual ele
chamou de Explorer Team, trabalharam no pequeno laboratório de Monroe, pacientemente
explorando e notificando os efeitos físicos e mentais (particularmente freqüência de ondacerebral, amplitude, e sincronicidade indicada pelo EEG) de vários freqüências, e comparando
com os efeitos de outros sons, como seleções de Mozart, Bach, música popular, rock e
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simples batidas rítmicas em vários tempos. Então ele descobriu cerca de 53 freqüências que
podem ter um positivo e forte efeito no cérebro humano.
Ainda conforme Hutchison (1994 p. 31), ao longo de anos de pesquisa desenvolveramum processo capaz de alterar os padrões de ondas cerebrais de forma a induzir estados de
consciência particulares. Através dos anos 60 e no início dos anos 70, Monroe explorou os
efeitos dos sons no cérebro e descobriu que poderia produzir um direcionamento ou
condicionamento das ondas cerebrais Com o tempo, esta equipe de pesquisadores
desenvolveu o processo de criar sons binaurais também. Assim como um copo de cristal
ressona a uma pura tonalidade, o cérebro ressona quando é bombardeado com ondas sonoras
pulsantes, esse efeito foi patenteado em 1975, e é chamado de frequency following responseof FFR.
No decorrer do processo de pesquisa, de acordo com Hutchison (1994 p. 54), Robert
Monroe descobriu um acontecimento de grande significância. Fantasticamente o
condicionamento de frequency following response não acontecia somente na área responsável
pela audição, ou somente no lado esquerdo ou direito dos hemisférios cerebrais, o cérebro
inteiro ressona, as formas de onda de ambos os hemisférios tornam-se idênticas em
freqüências, amplitude, fase e coerência. O que Monroe descobriu foi uma técnica de produzir
um estado de equilíbrio e unidade entre os dois hemisférios cerebrais pelo som binaural.
Com a descoberta em 1960, como diz Hutchison (1994 p. 57) que os hemisférios
cerebrais operam independentemente e em diferentes modos, cientistas rapidamente chegaram
às implicações: a atividade cerebral humana é predominantemente focada em um hemisfério a
cada tempo, com dominância movendo-se para trás ou para frente entre os hemisférios de
acordo com o tipo de atividade diária. Mas o que aconteceria se, nossos cérebros usassem
todo seu poder simultaneamente, ambos os hemisférios funcionando igualmente e
cooperativamente? Essa resposta veio no início dos anos 70, quando estudos de EEG sobre as
ondas cerebrais de meditadores, revelou que em estados de profundo relaxamento, as ondas
cerebrais mudavam de sua forma assimétrica normal com dominância hemisférica para um
estado de balanço e integração de todo o cérebro, com mesma freqüência de onda cerebral,
esse estado foi denominado de sincronização hemisférica ( Hemi-Sync).
Os cientistas notaram que este fenômeno raro é acompanhado de profundatranqüilidade, flashes de insight criativo, euforia, atenção intensamente focada e aumento das
habilidades de aprendizado. Mas infelizmente eles notaram que somente meditadores com
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experiência parecem aptos a criar este estado. Mas agora Monroe, estimulando o cérebro dos
indivíduos com sons, os coloca em um estado de sincronização hemisférica. Meditação
instantânea. Cientistas há muito tempo conhecem que específicas freqüências de ondas
cerebrais produzem estados mentais indo de altos estados de concentração, provocados por
ondas betas, através de relaxamento de alfa ou ativação de memória criativa de ondas tetas ao
sono profundo, de delta. Agora Monroe pode determinar as freqüências de onda cerebral
simplesmente selecionando a apropriada binaural beat. Isto significa que é possível produzir
padrões de onda cerebral unificados em ambos os hemisférios, para evocar efeitos fisiológicos
e estados mentais desejados. Para testar isso, Monroe produziu um tape que induz a very slow
(delta ) binaural beat no cérebro e quando ministrada a centenas de indivíduos eles
rapidamente dormem.
Pelas afirmativas de Hutchison (1994 p. 63), os resultados dos experimentos de
Monroe com a sincronização dos hemisférios do cérebro , tornam-se claro que o processo tem
um amplo campo de aplicações, incluindo o aumento de um variedade de funções mentais e
cerebrais, incluindo focalização e atenção, resolução de problemas, insônia, criatividade,
memória e aprendizado. Muito da evidência avaliável vinha de médicos, psicólogos,
educadores, cientistas, terapeutas e outros através do mundo que investigam e documentam os
efeitos da técnica de Hemi-Sync em suas próprias áreas de especialização. Através das
pesquisas publicadas a técnica de Hemi-sync ajuda no tratamento de drogas, alcoolismo,
aumento nas habilidades de aprendizado, retardamento mental, autismo e distúrbios
emocionais em crianças, melhora da visão, redução da dor durante e após a cirurgia e aumento
do potencial criativo.
Conforme Hutchison (1994 p. 68), alguns engenheiros elétricos na área de Tacoma,
EUA, desenvolveram um gerador de sinal binaural, que produz freqüências desejadas eautomaticamente mistura com música ou outros sons. O som pode ser enviado através de fone
estéreo ou alto-falantes externos. O aparelho do tamanho de um pequeno livro, não somente
produz o som binaural, mas pode produzir diversos sinais que você pode mesclar ondas theta
com beta ou theta com delta para um profundo relaxamento e uma experiência soporífica.
Como resultado do trabalho de Edrington e Owens, o gerador de sinal binaural está sendo
usado para melhora de aprendizado em muitas escolas públicas. Os sons binaurais são usadas
em muitas instituições de alto aprendizado, incluindo Brown University Medical School, theUniversity of North Carolina, University of Kansas Medical School, and the United States
Army language schools.
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De acordo com Hutchison (1994 p. 70), encorajado pelo sucesso do som binaural na
melhora no aprendizado, Edrington determinou a análise justamente de quais efeitos a técnica
provoca nas ondas cerebrais. Seu estudo é o mais rigoroso, cuidadoso e conduzido e talvez o
mais impressivo estudo científico da exploração das batidas binaurais. Antes de colocar os
indivíduos em um ambiente neutro (uma cama em um quarto escuro e sem barulho),
Edrington colocou uma variedade de estímulos sonoros através de fones de ouvido estéreo,
incluindo o som binaural em freqüências de 4hertz, ruído rosa, música, pulsos rítmicos, som
binaural, silêncio e combinações de estímulos. Em resposta ao som binaural de 4hertz, os
indivíduos mostraram um enorme aumento em amplitude de onda cerebral theta. O
condicionamento ocorreu em resposta ao estimulo binaural. Em adição a mensuração de
sincronização hemisférica indicou de 87% dos indivíduos mostraram significantes aumentos
de sincronização hemisférica, significando um aumento de suas habilidades cerebrais. O
estudo Edrington afirmou não deixar dúvidas de que as batidas binaurais possuem um direto e
significante efeito de condicionamento e sincronização cerebral.
Ainda conforme Hutchison (1994 p. 84), provavelmente a maior autoridade em
sincronização hemisférica é o Dr. Lester Fehmi, diretor do Princeton Behavioral Medicine
and Feedback Clinic, que observou ondas cerebrais usando um Multicanal de monitor de
EEG que permitiu uma imagem de toda atividade cerebral. Fehmi confirma que a
sincronização hemisférica de onda cerebral pode ser induzida por som binaural.
5.2 As propriedades medicinais do som binaural
Segundo DePaula (2007), o primeiro estudo que se tem registro sobre os efeitos do
som na atividade cerebral foi à publicação de Fechner, em 1860, com o título Elementos da
Psicofísica. Vários cientistas estudaram a atuação funcional do ato de ouvir e suas influências
no humor e na percepção do mundo. Um dos que mais se destaca é Dr. Guy Bérard cujo
trabalho e pesquisa culminaram na publicação de Audition égale Comportement .
Conforme afirma De Paula (1997), pesquisadores fizeram uma importante constatação:
os sons emitidos pelos equipamentos de Imagem por Ressonância Magnética (MRI) reduzia a
dor dos pacientes submetidos a este exame. Foi realmente surpreendente demonstrar que um
paciente com dor ao se submeter a uma ressonância, tinha sua sensação de dor diminuída, ou
suprimida completamente. Não só confirma a questão dos sons como instrumento terapêutico
(desta vez acidentalmente), bem como, alerta os pesquisadores sobre levantamentos feitos por
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MRI e outras possíveis alterações neste tipo de exame largamente utilizado nos mapeamentos
cerebrais.
Conforme Weber (2004 p.119), quando se equilibra o padrão de onda cerebral,
consequentemente haverá uma alteração na química do cérebro. Essa técnica psicoacústica,
pode servir para a medicina complementar ou abolir o uso de medicamentos químicos, pois o
som binaural pode então estimular o cérebro a produzir o que ele necessita.
O Instituto Monroe, e posteriormente outras empresas, desenvolveu uma linha de CDs
Hemi-Sync (tecnologia de sons binaurais criada e patenteada pelo instituto Monroe). Usando
estes CDs podem-se atingir determinados estados de consciência. Existem CDs que auxiliam
para potencializar a aprendizagem, deixar de fumar, melhorar o sono, promover uma cura para síndromes mentais e induzir sonhos lúcidos9.
O pesquisador Andrew Neher investigou os efeitos dos tambores em padrões de EEG
e encontrou que ritmos podem dramaticamente alterar a atividade do padrão de onda cerebral.
Outro pesquisador de rituais shamânicos, Harner encontrou que no ritmo da batida do tambor
predominam as ondas theta durante os procedimentos iniciais shamanicos. Esse tipo de
indução de estados mentais, de acordo com Weber (2004 p.219), são fatos que os xamãs ou os
monges do Tibete, descobriram há séculos usando métodos naturais. Os xamãs chegam a
estados mentais alterados através da ingestão de substâncias naturais e os monges tibetanos
através da meditação e yoga.
Conforme afirma Hutchison (1994 p. 85), muitos dos geradores de pulsos sonoros agora
geram um campo na freqüência de 7.83hz. Este é o pulso relacionado of the earth ionosphere
cavity, também conhecido como "Schumann Ressonance". Foi constatado que essa é uma das
que possuem uma ampla variedade de efeitos benéficos no seres humanos, indo de melhora da
saúde a aprendizagem acelerada. Quando um sistema biológico vibra nesta frequencia,
podemos dizer que ele está em um estado de ressonância ou afinação com a freqüência
magnética do planeta, e talvez este ritmo único que tem sido denominado de "earth's natural
brain wave" produz profundos efeitos.
Cada padrão de onda cerebral tem sua própria freqüência e sua forma de onda, assim
quando o som modifica algum determinado padrão de onda gera efeitos diversos no cérebro.
9 http://arcadesonhos.googlepages.com/ohomemeosonho acessado em 21/07/08 as 11:29hs
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A Tabela 2 mostra os estados mentais e os efeitos gerados por essas freqüências através da
aplicação do som binaural.
TABELA 2: EFEITOS GERADOS PELA ALTERAÇÃO DOS PADRÕES DE ONDAS CEREBRAIS
0,5 – 1,5 Hz Liberação de endorfina, que relaxa e dá prazer.
0,9 Hz Sensação de euforia.
2,5 Hz Produção de opiáceos endógenos (anestésicos e ansiolíticos).
4,0 Hz Liberação de encefalina, narcótico com efeitos similares aos da morfina e
heroína.
10 Hz Liberação de serotonina (neurotransmissor que regula a liberação de
hormônios), que é estimulante e melhora o humor.
14 Hz Estado alerta, concentração.
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Figura 2 - Aparelho de infrasom, outra técnica de terapia por som.
Segundo Weber (204 p. 165), o Infrasom é um aparelho que emite ondas sonoras
audíveis, entre 60 e 100 Hertz, e é aplicado diretamente no local afetado do corpo humano e
nos pontos de acupuntura, aliviando as dores. Estas ondas, por sua vez, desencadeiam a
estimulação no local onde o corpo se encontra debilitado. Este processo faz com que as dores
diminuam, que o estado físico se fortaleça e que o organismo se estabilize em um processo
batizado de "regeneração de dentro para fora", tornando o organismo mais resistente.
Para Weber (2004 p. 86), uma importante propriedade terapêutica do som é o seu efeitoregenerativo e a diminuição do estado de adesão e coesão das estruturas orgânicas, que
promove um efeito circulatório, aliviando dores, espasmos, nodulações e tumores Além disso,
destaca o especialista, essa é a única eletroterapia que também pode ser aplicada, sem
restrições ou efeitos colaterais, em bebês, crianças e mulheres grávidas. O médico acredita
que, por essas características, essa terapia se torna uma alternativa interessante, tanto aplicada
como terapia complementar direcionada e adaptada a cada paciente individualmente, quanto
combinada com outras terapias convencionais.
20,215 Hz Efeito similar ao do LSD.
30 Hz Efeito da maconha.
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As músicas utilizadas na terapia são escolhidas conforme critérios como freqüência,
ritmo, timbre, melodia e a emoção que ela evoca. A utilização do som na acupuntura é feita de
várias formas, seja por meio de alto-falantes direcionados para o corpo do paciente ou fazendo
uso de fones de ouvido, com a aplicação de técnicas psicoacústicas. Também são utilizados
aparelhos, conhecidos como integradores audiovisuais, como microcomputadores
programados com diferentes freqüências sonoras, diferentes ritmos e sons de natureza
psicoacústica. Weber (2004 p. 87) comenta que evidências médicas demonstram que esses
aparelhos são importantes aliados no tratamento de inúmeros estados mentais, podendo ser
utilizados em distúrbios da ansiedade, do sono, na síndrome do pânico, em dores crônicas e na
prevenção de doenças degenerativas cerebrais. As principais indicações da terapia de ondas
sonoras são: enxaquecas e dores em geral, lombalgia, hérnia de disco, osteoporose, tendinites
e bursites, artrite e artroses, reumatismo, asma, bronquite, sinusite e rinite, insônia, ansiedade,
estresse, hiperatividade, depressão e síndrome do pânico.
6.3 Som e luz que modificam a mente
Segundo Hutchison (1994 p. 110), humanos há muito tempo tem se intrigado com as
possibilidades de influenciar o funcionamento mental pela combinação de ambos os sons e
luzes ritmadas para a estimulação. Por exemplo, rituais ancestrais para adentrar em estados de
transe sempre envolvem sons rítmicos na forma de batidas de percussão, chocalhos e luzes
piscantes produzidas por velas, tochas, fogueiras, ou longas linhas de corpos humanos
dançando ritmicamente. Alguns compositores do passado como o visionário Scriabin, criaram
músicas intencionalmente para serem experienciadas em combinação com luzes rítmicas. Os
avanços na tecnologia tornaram possível a combinação de sons e luzes. O cinema rapidamente
explorou o potencial de som e o poder de luzes na tela. Assim experiências audiovisuais nas
quais foram mesclados luzes piscantes e os ritmos da montagem de técnicas de edição para
criar alterações na consciência da audiência, seria impossível usando apenas som ou luz
separadamente.
De acordo com Hutchison (1994 p. 112), através dos anos 70 e no início dos anos 80 os
avanços tecnológicos ajudaram os cientistas a compreenderem mais integralmente como o
som e a luz podem influenciar a atividade eletroquímica cerebral. Em 1972, R. E. Townshe
desenvolveu o primeiro aparelho para usar óculos de luz preferivelmente a uma fonte
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luminosa piscante. No mesmo tempo o pesquisador do cérebro e mente Jack Schwarz
começou a fazer e vender um óculos de luz similar ao qual foi denominada de ISIS. Em 1974
um cientista da cidade de Nova York, Seymour Charas, obteve a primeira patente para uma
máquina de luz e som combinada. Mas no início dos anos 80 o tempo estava pronto para o uso
da combinação de som e luz.
Em adição esses aparelhos feitos com fones estéreos capacitam o usuário a selecionar
ou criar uma quase infinita variedade de sons sintetizados eletronicamente em qualquer
desejada intensidade e freqüência. Usando sofisticados circuitos de computador, os aparelhos
interligam as pulsações sonoras e visuais em uma relação sincrônica, assim as luzes podem
ser diminuídas ou aumentadas e os sons também. Isto é, as luzes estimulam o cérebro atravésdo trato visual a um freqüência de cerca de 8Hz, os sons estimulam o cérebro através do trato
auditório a exatamente na mesma freqüência.
A pesquisa científica com direcionamento fótico mostrou claro condicionamento de
onda cerebral e está associado aos efeitos de sincronização hemisférica. Através dos novos
aparelhos que reproduzem som e luz, os experimentadores chegaram a conclusões acima da
sua expectativa que a combinação de som e luz integrados em variáveis freqüências
aumentam os poderes de sincronização hemisférica. Os indivíduos não somente entram
rapidamente em um profundo estado de relaxamento corporal, mas também reportam que as
máquinas induzem a um fluxo caleidoscópico brilhante e emocionalmente carregado de
imagens e mandalas. Frequentemente os usuários experimentam cenas vívidas com uma
extraordinária qualidade de bem estar e as cenas são memórias esquecidas da infância. Em
muitos casos, o relaxamento e o senso de estar energizado mentalmente mantém-se por cerca
de vários dias após o uso do aparelho.
Figura 3 - Terapia por Som Binaural e luzes piscantes sincronizadas ao som na Clínica de Augusto Weber em Curitiba.
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O primeiro relato sobre isso é a maior autoridade em biofeedback (auto- conhecimento e
percepção do corpo) no mundo, Dr. Thomas Budzynsky que possui uma clínica Behavioral
Medicine Associetes em Denver. De acordo com Budzynsky o aparelho é efetivo para
produzir um estado de " sensation of detached relaxation". O grupo da clínica encontrou que a
máquina é muito útil como " Hypnotic Facilitator ", usando freqüências em uma faixa de 3-7
Hz, os clientes rapidamente entram em um estado hipnótico. O aparelho atua como um
facilitador de material inconsciente.
Em 1988, Robert Cosgrove Jr., Phd., M.d., do departamento de anesthesia da Sanford
University School of Medicine, iniciou estudos sobre o aparelho que reproduz som e luz. Em
sua avaliação inicial, Cosgrove, uma autoridade em engenharia biomédica e farmacêutica,notou que o aparelho era claramente poderoso na habilidade de causar relaxamento em uma
grande quantidade de indivíduos. Este efeito era tão grande que ele ficou entusiasmado sobre
o prospecto de avaliação do aparelho por suas propriedades sedativas em pacientes que
antecedem a cirurgia, durante o ato cirúrgico e após. Ele também fez estudos para provar a
utilidade em stress crônico. Cosgrove concluiu que com a seleção apropriada de estimulação,
os protocolos têm sido observados por nós e concluímos que os aparelhos são um excelente
caminho para fortalecer a mente. Nós acreditamos que tenha um grande potencial para o uso
de promoção de ótima melhoria mental. Dr. Cosgrove conclui que os aparelhos de
estimulação áudio visual talvez vão revolucionar ambas as neurociências e a Medicina.
Em 1990 Bruce Harrah-Conforth, Phd. da Indiana University, completou um estudo
controlado de uma máquina computadorizada de som e luz e o resultado de dois anos de
pesquisa no campo do condicionamento cerebral , onde um grupo de pessoas recebendo as
freqüências dos aparelhos de luz e som mostrou dramáticos alterações em seus padrões de
ondas cerebrais e também mostrou evidência de sincronização hemisférica. Participantes do
estudo quando foram questionados por Conforth comentaram típicas descrições como "Eu
perdi o senso do meu corpo", "Eu senti como se estivesse voando", "Me senti profundamente
relaxado', "Senti como se estivesse fora do meu corpo".
Em outros estudos aparelhos de som e luz o clínico e pesquisador C. Norman Shealy,
chefe do Shealy Institute of Comprehensive Health Care in Springfield Missouri, revelou que
o sangue e o líquido cérebro espinhal de indivíduos usando aparelhos de som e luz, mostramdramáticos aumentos nos níveis de betaendorfinas. Sua pesquisa tem mostrado que estes
aparelhos são efetivos não somente no tratamento de dor e stress, mas para o tratamento da
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ansiedade, depressão, insônia e desordem de aprendizado. Outros cientistas têm usado
estimulação luminosa para o tratamento de cefaléias e tiverem grande êxito.
Isto faz sentido, pois as alterações de aprendizado são frequentemente ligadas a umaanormal atividade de onda cerebral em áreas específicas do cérebro. Em muitos casos a
atividade de onda cerebral nessas áreas é muito lenta, funcionam em theta ou delta quando
deveriam funcionar em beta.
6.4 “I -doser” – A dose virtual de som que altera a mente
Com todos esses estudos que relacionam os efeitos dos sons na mente humana,
atualmente surgiram alguns sites que usam desse princípio e vendem “doses” sonoras que
simulam alguns efeitos de entorpecentes como maconha, ácido, cocaína entre outros. Eles
utilizam o som binaural para obterem lucros. O site chama-se I- Doser 10 e a Gazeta do Povo
(jornal do estado do Paraná, em Curitiba) 11, fez uma matéria completa sobre John Ashton, o
inventor do software I-Doser . As simulações são de drogas tanto as lícitas, quanto as ilícitas,
como maconha, cocaína, heroína, ecstasy, ópio, diazepam, peiote e outros relaxantes ou
estimulantes.
Esse software parece algo desconhecido para os brasileiros, mas nos Estados Unidos
esse assunto está muito popular e existem diversas citações em fóruns e sites do gênero.
Chamada de brainwave binaural beat entrainment (sincronização de ondas cerebrais por som
binaural), o engenho se aproveita do fenômeno natural já explicado anteriormente, que ocorre
quando dois sons de freqüências similares se misturam e criam um terceiro som com umafreqüência intermediária.
Especialistas que se pronunciaram, após o advento do programa i-doser , afirmaram
que ele pode ser útil no tratamento de dependentes químicos e que estudos devem ser feitos
para revelar as conseqüências reais deste produto.
10
Programa facilmente baixado na internet do site http://www.i-doser.com para simular efeitos de drogasvirtualmente através do som binaural, onde o internauta compra uma dose sonora do que pretende sentir 11 Site:http://www.guiadasemana.com.br/noticias.asp?/TEEN/SAO_PAULO/&a=1&ID=16&cd_news=25314&cd_city=1&pig=1 – acessado em 18/08/08 as 16:38
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CONCLUSÃO
Atualmente as pesquisas têm mostrado que está existindo um grande interesse de
tratamento por novas terapias. As pessoas estão ficando menos resistentes perante as
novidades que vem surgindo. Como foi visto aqui nesse trabalho de pesquisa é percebível que
já existem desde a antiguidade muitas evidências e fatos de que o som pode curar ou senão
induzir a uma cura, aliviar, regenerar e alterar estados de consciência. Essas novas evidências
de terapias sonoras ainda estão sendo testadas e avaliadas, mas já possuem uma grande parte
comprovada. Como é o caso de que inserindo em nossos ouvidos o binaural beat ou som
binaural, nossos hemisférios cerebrais depois de um tempo exposto a esse som, entram em
ressonância e sincronizam-se, alterando então o padrão de onda cerebral. Assim, conforme o
som exposto pode-se melhorar ou curar vários males. Por exemplo, a depressão emocional
nada mais é do que a falta de um neuroquímico chamado: serotonina. Quando então
induzimos nosso cérebro a trabalhar em padrão de onda alfa, estamos gerando uma indução da
cura da depressão, pois o padrão de onda alfa faz o cérebro secretar serotonia, justamente o
hormônio que os depressivos não possuem e só conseguem repor com remédios fortíssimos e
paleativos. Essa, eu creio ser a grande evolução da interdiciplinaridade entre a música e a
medicina, para beneficiar nós humanos que estamos expostos a tantos males provenientes das
conseqüências de nossas atitudes dentro desse planeta.
Eu, há dois anos atrás, tive um trauma por ter quase morrido por intoxicação de dois
remédios. Assim desenvolvi a chamada “Síndrome do Pânico”. Tive que tomar mais remédios
fortíssimos. Até que encontrei um médico chamado Augusto Weber que me consultou e me
tratou pela terapia das ondas sonoras, utilizando acupuntura, som binaural associado a óculos
piscantes e infrasom. Depois de 10 sessões tive uma melhora muito grande. Não precisei
nunca mais tomar remédio nenhum. Minha mente voltou a trabalhar sem medos e traumas.
Essa foi minha experiência. O engraçado é que estudo música e a cura estava tão próxima que
nem imaginava ser curado por princípios físicos da música.
Assim sendo, acredito muito nas novas tendências de tratamento alternativo que não
seja a velha e as vezes ultrapassada medicina tradicional. A terapia por ondas sonoras,
acredito ser a grande evolução medicina e da música.
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Autor. Droga Virtual: testamos!
http://www.revistaladoa.com.br/website/artigo.asp?cod=1592&idi=1&moe=84&id=4757
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ZAMPRONHA, Maria de Lourdes Sekeff. Da música, seus usos e recursos. São Paulo
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