A técnica e a arte complementam se - WordPress.com...utilizar a técnica da escuta ativa, pois “A...
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Boqué Torremorell, M.C. (2008). Cultura de mediação e mudança social. Porto: Porto Editora. pp. 34-35, 53-70 Freire, I. & Caetano, A. P. (2004).
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Martinez de Murguia, B. (1999).
Cap. 10 - La difusión de las técnicas alternativas de resolución de conflictos. In B. Martinez de Murguia. Mediación y resolución de conflictos – una guia introductoria. Buenos Aires: Paidós. pp. 159-169
Muldoon, B. (1998). La confluencia:
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Torrego Seijo, J.C.. (2003). Mediação
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Porto: ASA. Pp. 57-59, 68-72; 98-104;
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A técnica e a arte complementam se
na medida em que é importante o
mediador ter em conta as técnicas
necessárias para a resolução de
conflitos mas também é importante
que este adote uma perspetiva
pessoal com base nas suas
experiências, uma vez que este deve
ser criativo, flexível, capaz de se
adaptar a diferente contextos.
Segundo o autor Seijo (2003), o processo de mediação passa por cinco fases: apresentação e
regras do jogo, onde são apresentados os mediadores e o próprio processo; ora conta lá, onde os mediados contam o que se passou; a clarificação do problema, onde se percebe em que ponto está o problema; a proposta de soluções, onde decidem
como resolver o problema; e para finalizar, o acordo, onde ambos os intervenientes assinam o que ficou acordado para a resolução do conflito.
O mesmo refere que os mediadores devem evitar os doze tipos de respostas que a maioria das pessoas
utiliza quando tenta ajudar alguém que se encontra no meio de um conflito (como por exemplo, dar
lições, aconselhar, ofender, interpretar…), pois, de certa forma, impedem que o mediado exprima as suas opiniões e os seus sentimentos, impedindo assim a compreensão deste pelos mediadores.
Seijo (2003) afirma que os mediadores devem utilizar a técnica da escuta ativa, pois “A escuta
ativa é a competência mais poderosa, interessante e útil para mediar qualquer conflito.” (Seijo, 2003,
p.70).
Segundo Torremorell (2008),
“As funções ligadas à figura do mediador requerem formação, estilo pessoal e um código ético que
impregne qualquer intervenção” p.59;
“cada mediador combina a técnica e a arte edificando um estilo próprio construído sobre um
universo de significações próprio.”p. 66 ;
“(...) desenvolvimento do processo (...) ser-lhe-á de grande utilidade conhecer e dominar um grande
leque de técnicas.”; “Se tentássemos aplicar sempre as mesmas receitas, não poderíamos, seguramente,
intervir com eficácia”. p.34
A medição é uma ‘tecnarte’, na medida em que, a
técnica e a arte na mediação complementam-se, pois
se na técnica temos o código ético, na arte temos o
estilo pessoal. O código ético é técnica, pois são um
conjunto de condutas iguais para qualquer mediador,
contudo, cabe ao medidor impor o seu estilo no ato
de mediar, até porque não existe nenhum conflito
igual e, perante cada caso, o mediador irá aplicar a
técnica de acordo com o tipo de conflito existente e
aí entra a arte de como é que cada mediador
consegue adaptar a técnica da mediação a cada
situação de conflito.
O conflito é inegavelmente parte integrante do quotidiano da sociedade em que vivemos,
tornando-se assim impossível evitá-lo. As situações de conflito desenrolam-se nas mais variadas esferas e meios, aos quais nenhum
indivíduo consegue estar imune. São exemplos disso o círculo de amigos, a
família, o trabalho ou outros grupos como o religioso ou até clubístico.
Dada esta imprevisibilidade e sendo que a mediação socioeducativa trabalha essencialmente situações de conflito, o mediador dificilmente trabalhará duas vezes com o mesmo contexto, as mesmas pessoas, o mesmo problema e as mesmas circunstâncias. A natureza espontânea, imprevisível e única dos conflitos requer muitas vezes que o mediador desenvolva algumas competências, independentes das técnicas que descrevem os procedimentos de forma linear, como as seguintes:
A criatividade
A adaptabilidade
A flexibilidade
A originalidade
A coragem/capacidade de arriscar, de inovar
e de improvisar
No fundo há uma aproximação àquilo que é o processo criativo, no sentido em que o mediador não consegue prever e acautelar tudo o que possa surgir no âmbito de uma mediação de conflitos. Além disso, o facto do mediador imprimir o seu
estilo e expressão pessoais, de forma criativa, leva, idealmente, a que os mediados aprendam a lidar
com os próprios conflitos, capacitando-os para tal.