A TARDE-16 de Marco de 2015-A Tarde-pag11

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SALVADOR SEGUNDA-FEIRA 16/3/2015 SALVADOR REGIÃO METROPOLITANA B3 Dialogando a sala de aula: uma nova arquitetura aprendente Vanessa Fragosso* A acelerada mudança nas exigências educacionais inaugura um marco para o revigoramento do currícu- lo escolar e da identidade docente. Tão nobre quanto complexa, ambos são his- toricamente marcados por valores e novas tecnologias educacionais que interfe- rem e contribuem na ges- tão e comunicação do co- nhecimento. algum tempo, não muito distante, entrávamos na sala de aula e víamos um cenário de cadeiras enfilei- radas composto por: revis- tas, papel, cartolina, quadro negro e branco, livros, ca- dernos, gibis, tinta, tesoura, giz, piloto, jornais... Através das novas tecnologias edu- cacionais eis que se inaugu- ra um tempo onde: tablets, iPads e aplicativos em seus diversos sistemas operacio- nais (Windows, IOS, Androi- de...), que dantes seriam ob- jetos de desatenção, hoje compõemumnovodesenho da aula. As aulas de hoje – não me- nos criativas do que as aulas que respeitosamente fazem parte da nossa história – po- dem digitalizar e agregar mais dinamismo ao audio- visual e aos conteúdos dis- ciplinares. As salas ganharam uma nova ecologia na dispo- sição das cadeiras (semicír- culo, circulares, “u” quadra- do, pequenos subgrupos...). Exposição Os assuntos se organizam em exposição dialogada e interagem melhor (em tem- po real da aula) com o vídeo que antigamente ganhava uma extensa pausa para “ar- mar” todo aparato tecnoló- gico – retroprojetor, trans- parências, data-show, VHS, DVD... Um exemplo simples: o assunto sistema digestivo ganhou um clique para uma explicação mais dinâmica e imagética que enredada com os saberes docentes, tornou-se mais compreen- siva. As aulas sobre sistema solar e movimentos da terra saíram do abstrato sendo possível compreendê-los melhor com material didá- tico de multimídias, sons e imagens que agregam valor ao assunto. Enquanto o professor ex- põe a explicação na tela di- gital, na própria, ele tam- bém registra, anota e des- taca, informações e, na se- quência, em tempo real, aproveita o momento fértil e curioso da aula para propor e realizar pesquisa digital em grupos de estudo, em re- de. Contam com áudio e vi- deoconferência que aproxi- mam alunos do mundo in- teiro possibilitando, apren- dizagem da diversidade e in- terculturalidade de maneira mais colaborativa. Lembro-me de que, du- rante a minha infância, eu tinha vários cadernos com cores diferentes para cada disciplina. Minha mãe vas- culhava a agenda para saber qual era o “dever de casa” e a televisão era o meu único acesso tecnológico para as- sistir aos vídeos que inter- textualizavam os assuntos. Quem não recorda do filme A Viagem Fantástica (1966), dirigido por Richard Fleis- cher? Era assunto certeiro em de ciências! Pesquisar, era sempre na Barsa em- prestada pelo vizinho. Hoje, concomitantemen- te com as aulas, sob media- ção e em parceria com seus professores, os estudantes arquitetam uma sala de aula mais interativa onde as no- vas tecnologias deixam de nos fazer reféns tornando- -se nossa aliada. Algumas escolas ganha- ram site, portal, plataforma e se comunicam através de meios digitais para: agendar reuniões; cadastrar aluno e realizar pagamentos; con- sultar boletim e conselho de classe. As agendas foram personalizadas com senhas para aluno e família; as fotos dos respectivos eventos es- colares estão disponíveis pa- ra visualizar e comentar; o ensino pode ser EaD – a dis- tância. Os fóruns educativos (meio digital de algumas es- colas) aproximam professo- res e familiares em temá- ticas do contexto escolar. A docência para além do século XXI vivencia mudanças que certamente nos convida a uma nova arquitetura da aula A aula de ontem pode ser revisada “na tela” a qualquer momento... Para tanto, se in- formalmente ou formalmen- te, é preciso metalinguagem na gestão do conhecimento: aprender a aprender. Tecnologias A ideia de uma escola que – junto aos seus pares – possa aprender tornou-se cada vez mais proeminente nos últi- mos anos. Seja pelas tecno- logias de inteligência (novos saberes e pesquisas) ou pelas tecnologias de produção (ar- tefatos tecnológicos) as prin- cipais transformações que as tecnologias trouxeram – en- tre os anos 80 até o momento – onde a cada instante inau- gura o novo – foram sobre- tudo a fragmentação e des- centralização da informa- ção: internet, mídias sociais, banda larga, etc. Se todos os dias coisas no- vas surgem e outras mor- rem de véspera, está claro, então, que as escolas podem e devem ser repensadas, vi- talizadas e renovadas de for- ma sustentável, não por de- creto lei, mas, sobretudo, pe- la consciência de uma orien- tação aprendente. Inicia-se então a tomada de decisão: rejeitar ou aperfeiçoar e so- mar cumplicidade de inten- ções? Ameaça ou oportuni- dade? Este pode ser o fator de tensão criativa, para nos responder com a inquieta pergunta: Por que não? Escolas que aprendem com as novas tecnologias renovam os seus modelos mentais e se preparam para o cenário das novas com- petências. Salvo todos os recursos tecnológicos, não poupe- mos elogios aos que apos- tam e assinam nesta nova arquitetura e gestão da sala de aula bem como na sua interface: O professor aprendente! Muitos, diferentemente de sentirem-se ameaçados com os alunos que já che- gam digitalmente fluentes, não sentem que aí está a re- tirada da sua autoridade, mas que, exatamente por ser este um novo caminho de partilha para aprender, lhe confere humanidade. Topam o desafio e, conec- tados, aprendem juntos, agregando aprendizagem colaborativa no seu fazer docente. Arquitetam aulas mais participativas, interati- vas, criativas e contextuali- zadas. Não impõem a frase: “desliguem tudo”. Na era da criatividade, inovação e pen- samento critico, ensinam co- mo usar tudo a favor da aula, do assunto gerando conhe- cimento a partir das infor- mações. A docência para além do século XXI vivencia mudanças entre avanços, teoria e prática que certa- mente são diálogos possíveis e nos convida a uma nova arquitetura da aula. Dialogar sobre a sala de aula e sua interseção com a contemporaneidade convi- da-nos a uma proposta ino- vadora e desafiadora que nos prepare para dar respos- tas ao novo. E para todo novo que reverbera em nossa cul- tura (leia-se cultura como hábitos, educação, costu- mes) é preciso endoculturar sempre, aprender sempre novas competências e suas exigentes habilidades. * PEDAGOGA COM ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL E VOCACIONAL; ESPECIALISTA EM METODOLOGIA DO ENSINO SUPERIOR E PRÁTICAS LÚDICAS: ESCOLAR E ORGANIZACIONAL – COACH INTERNACIONAL PROFESSIONAL & SELF COACHING PSC – ARTETERAPEUTA JUNGUIANA –ASBART 0132/0215 – TERAPEUTA EET: 0004-BA – CONSULTORA EDUCACIONAL E DIRETORA EXECUTIVA DO ATELIÊ DOCENTE. Escola Viva Ensino médio EDUCAÇÃO Para alcançar a almejada vaga nas universidades, é preciso ter dedicação, foco e uma rotina equilibrada Estratégias de estudo ajudam na aprovação WYNNE CARVALHO Estudantes de todo o Brasil se preparam o ano inteiro para os vestibulares e para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), em busca do resultado positivo que se tra- duz em ver o nome na lista de aprovados das institui- ções de ensino superior. Mas para conseguir alcan- çar a sonhada aprovação nas universidades é preciso ter dedicação, foco e uma rotina equilibrada. A dica, segundo a orien- tadora da 3ª série do ensino médio do Colégio Anchieta, Marília Galvão, é conciliar a disciplina nos estudos ao bom hábito de leitura e com- preensão dos diversos as- pectos contemporâneos”. “São muitas as variáveis internas e externas que co- laboram ou não para a con- quista desse êxito. Este é o momento de realizar uma escolha profissional, e, mui- tas vezes, fazer essa opção gera medos e tensões. Então se faz necessário também cuidar de aspectos psicoe- mocionais que podem sur- gir nesse momento” , expli- ca Marília. É da mesma opinião o co- ordenador-geral do Sartre COC e professor de biologia Emanuel Ribeiro. Ele diz que é preciso fazer o aluno en- tender que essa preparação para o vestibular não deve começar apenas no 3º ano. “O estudo deve ser diário! Para o aluno, o estudo pode não ser prazeroso, mas ele tem que entender que é ne- cessário” , acrescenta. Rotina disciplinada Foi buscando esse resultado que o ex-aluno do Colégio Anchieta Murilo Alan, 18 anos, passou a intensificar os estudos e foi aprovado em primeiro lugar no curso de engenharia civil na Ufba. “É preciso, também, que seja reservado um tempo para você e para ficar com os amigos. Fora o colégio, eu estudava basicamente qua- tro horas por dia, sempre es- cutando o que os professo- res falavam e colocando em prática” , diz o estudante. Mas os métodos de estudo nem sempre são os mesmos. Dependendo de cada pes- Luciano da Matta / Ag. A TARDE O estudante Murilo Alan foi aprovado em 1º lugar em engenharia civil na Ufba “É importante conciliar rotina de estudos com bom hábito de leitura” MARÍLIA GALVÃO, orientadora “O ideal é não olhar o estudo como tortura, para conseguir o resultado” BRENDO WASHINGTON, estudante soa, as estratégias para aprendizagem são as mais diversas. Como a estudante Bruna de Oliveira, ex-aluna do Colégio Aplicação que passou no curso de medi- cina na Ufba. “Eu estudava de manhã no colégio e de tarde ficava para o curso preparatório. Sepa- rava cerca de quatro horas para tentar repetir, em casa, o que via na aula” , afirma Bruna. Foi para alcançar a apro- vação, também no curso de medicina da Ufba, que João Teles incluiu no cotidiano os estudos entre oito e nove ho- ras de segunda a sexta e até seis horas no domingo. “Meu estudo sempre foi baseado em metas de pro- dutividade. Havia sempre assuntos para estudar ou exercícios para resolver, fei- to geralmente com metas se- manais. Também adotava a estratégia de estudar os te- mas de forma extensiva, quase nunca ultrapassando uma hora e meia na mesma atividade” , explica. Brendo Washington, 18, foi aprovado para jornalis- mo na Uesb e foi aluno do Colégio Agroindustrial de Itapetinga. Ele diz que estu- dava, em média, oito horas por dia além de ler muito. “A leitura desperta. Eu sempre procurei ler, enten- der, resumir e fichar. Bus- cando sempre relação de um assunto com outro. O ideal é não olhar o estudo como tor- tura, para conseguir o resul- tado que se espera” , conta o universitário.

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SALVADOR SEGUNDA-FEIRA 16/3/2015 SALVADOR REGIÃO METROPOLITANA B3

Dialogando a sala de aula: umanova arquitetura aprendente

Vanessa Fragosso*

A acelerada mudança nasexigências educacionaisinaugura ummarco para orevigoramento do currícu-lo escolar e da identidadedocente. Tão nobre quantocomplexa, ambos são his-toricamente marcados porvalores e novas tecnologiaseducacionais que interfe-rem e contribuem na ges-tão e comunicação do co-nhecimento.Há algum tempo, não

muito distante, entrávamosna sala de aula e víamos umcenário de cadeiras enfilei-radas composto por: revis-tas, papel, cartolina, quadronegro e branco, livros, ca-dernos, gibis, tinta, tesoura,giz, piloto, jornais... Atravésdas novas tecnologias edu-cacionais eis que se inaugu-ra um tempo onde: tablets,iPads e aplicativos em seusdiversos sistemas operacio-nais (Windows, IOS, Androi-de...), que dantes seriam ob-jetos de desatenção, hojecompõemumnovodesenhoda aula.As aulas de hoje – nãome-

nos criativas do que as aulasque respeitosamente fazemparte da nossa história – po-dem digitalizar e agregarmais dinamismo ao audio-visual e aos conteúdos dis-ciplinares.Assalasganharamuma nova ecologia na dispo-sição das cadeiras (semicír-

culo, circulares, “u” quadra-do, pequenos subgrupos...).

ExposiçãoOs assuntos se organizamem exposição dialogada einteragemmelhor (em tem-po real da aula) com o vídeoque antigamente ganhavaumaextensapausapara“ar-mar” todo aparato tecnoló-gico – retroprojetor, trans-parências, data-show, VHS,DVD...Um exemplo simples: o

assunto sistema digestivoganhouumcliqueparaumaexplicação mais dinâmica eimagética que enredadacom os saberes docentes,tornou-se mais compreen-siva. As aulas sobre sistemasolar emovimentos da terrasaíram do abstrato sendopossível compreendê-losmelhor com material didá-tico de multimídias, sons eimagens que agregam valorao assunto.Enquanto o professor ex-

põe a explicação na tela di-gital, na própria, ele tam-bém registra, anota e des-taca, informações e, na se-quência, em tempo real,aproveitaomomentofértilecurioso da aula para propore realizar pesquisa digitalemgrupos de estudo, em re-de. Contam com áudio e vi-deoconferência que aproxi-mam alunos do mundo in-teiro possibilitando, apren-dizagemdadiversidadee in-terculturalidadedemaneiramais colaborativa.

Lembro-me de que, du-rante a minha infância, eutinha vários cadernos comcores diferentes para cadadisciplina. Minha mãe vas-culhava a agenda para saberqual era o “dever de casa” ea televisão era o meu únicoacesso tecnológico para as-sistir aos vídeos que inter-textualizavam os assuntos.Quem não recorda do filmeA Viagem Fantástica (1966),dirigido por Richard Fleis-cher? Era assunto certeiroem de ciências! Pesquisar,era sempre na Barsa em-prestada pelo vizinho.Hoje, concomitantemen-

te com as aulas, sob media-ção e em parceria com seusprofessores, os estudantesarquitetamumasaladeaulamais interativa onde as no-vas tecnologias deixam denos fazer reféns tornando--se nossa aliada.Algumas escolas ganha-

ram site, portal, plataformae se comunicam através demeiosdigitaispara:agendarreuniões; cadastrar aluno erealizar pagamentos; con-sultar boletime conselhodeclasse. As agendas forampersonalizadas com senhasparaalunoefamília;asfotosdos respectivos eventos es-colaresestãodisponíveispa-ra visualizar e comentar; oensino pode ser EaD – a dis-tância.Os fóruns educativos(meio digital de algumas es-colas) aproximamprofesso-res e familiares em temá-ticas do contexto escolar.

A docência paraalém do séculoXXI vivenciamudançasque certamentenos convidaa uma novaarquiteturada aula

A aula de ontem pode serrevisada “na tela” a qualquermomento... Para tanto, se in-formalmenteouformalmen-te, é preciso metalinguagemna gestão do conhecimento:aprender a aprender.

TecnologiasA ideia de uma escola que –junto aos seus pares – possaaprender tornou-se cada vezmais proeminente nos últi-mos anos. Seja pelas tecno-logias de inteligência (novossaberesepesquisas)oupelastecnologias de produção (ar-tefatos tecnológicos) asprin-cipais transformaçõesqueastecnologias trouxeram – en-treosanos80atéomomento– onde a cada instante inau-gura o novo – foram sobre-tudo a fragmentação e des-centralização da informa-ção: internet, mídias sociais,

banda larga, etc.Se todos os dias coisas no-

vas surgem e outras mor-rem de véspera, está claro,então, que as escolas podeme devem ser repensadas, vi-talizadase renovadasde for-ma sustentável, não por de-creto lei,mas, sobretudo,pe-laconsciênciadeumaorien-tação aprendente. Inicia-seentão a tomada de decisão:rejeitar ou aperfeiçoar e so-mar cumplicidade de inten-ções? Ameaça ou oportuni-dade? Este pode ser o fatorde tensão criativa, para nosresponder com a inquietapergunta: Por que não?Escolas que aprendem

com as novas tecnologiasrenovam os seus modelosmentais e se preparamparao cenário das novas com-petências.Salvo todos os recursos

tecnológicos, não poupe-mos elogios aos que apos-tam e assinam nesta novaarquitetura e gestão da salade aula bem como na suainterface: O professoraprendente!Muitos, diferentemente

de sentirem-se ameaçadoscom os alunos que já che-gam digitalmente fluentes,não sentem que aí está a re-tirada da sua autoridade,mas que, exatamente porser este um novo caminhode partilha para aprender,lhe confere humanidade.Topam o desafio e, conec-

tados, aprendem juntos,agregando aprendizagem

colaborativa no seu fazerdocente. Arquitetam aulasmais participativas, interati-vas, criativas e contextuali-zadas. Não impõem a frase:“desliguem tudo”. Na era dacriatividade, inovação epen-samentocritico,ensinamco-mousar tudoa favorda aula,do assunto gerando conhe-cimento a partir das infor-mações. A docência paraalém do século XXI vivenciamudanças entre avanços,teoria e prática que certa-mentesãodiálogospossíveise nos convida a uma novaarquitetura da aula.Dialogar sobre a sala de

aula e sua interseção com acontemporaneidade convi-da-nos a uma proposta ino-vadora e desafiadora quenosprepareparadarrespos-tasaonovo.Epara todonovoque reverbera emnossa cul-tura (leia-se cultura comohábitos, educação, costu-mes) é preciso endoculturarsempre, aprender semprenovas competências e suasexigentes habilidades.

* PEDAGOGA COM ORIENTAÇÃO

EDUCACIONAL E VOCACIONAL;

ESPECIALISTA EM METODOLOGIA

DO ENSINO SUPERIOR E

PRÁTICAS LÚDICAS: ESCOLAR

E ORGANIZACIONAL – COACH

INTERNACIONAL PROFESSIONAL

& SELF COACHING PSC –

ARTETERAPEUTA JUNGUIANA

–ASBART 0132/0215 – TERAPEUTA

EET: 0004-BA – CONSULTORA

EDUCACIONAL E DIRETORA

EXECUTIVA DO ATELIÊ DOCENTE.

EscolaViva Ensinomédio

EDUCAÇÃO Para alcançar a almejada vaga nas universidades, é preciso ter dedicação, foco e uma rotina equilibrada

EstratégiasdeestudoajudamnaaprovaçãoWYNNE CARVALHO

Estudantes de todo o Brasilse preparam o ano inteiropara os vestibulares e para oExame Nacional do EnsinoMédio (Enem), em busca doresultadopositivoquesetra-duz em ver o nome na listade aprovados das institui-ções de ensino superior.Maspara conseguir alcan-

çar a sonhadaaprovaçãonasuniversidades é preciso terdedicação, focoeumarotinaequilibrada.A dica, segundo a orien-

tadora da 3ª série do ensinomédio do Colégio Anchieta,Marília Galvão, é conciliar adisciplina nos estudos aobomhábitode leituraecom-preensão dos diversos as-pectos contemporâneos”.“São muitas as variáveis

internas e externas que co-laboram ou não para a con-quista desse êxito. Este é omomento de realizar umaescolha profissional, e, mui-tas vezes, fazer essa opçãogeramedos e tensões. Entãose faz necessário tambémcuidar de aspectos psicoe-mocionais que podem sur-gir nesse momento” , expli-ca Marília.É da mesma opinião o co-

ordenador-geral do SartreCOC e professor de biologiaEmanuel Ribeiro. Ele diz queé preciso fazer o aluno en-tender que essa preparaçãopara o vestibular não devecomeçar apenas no 3º ano.“O estudo deve ser diário!

Para o aluno, o estudo podenão ser prazeroso, mas eletem que entender que é ne-

cessário” , acrescenta.

Rotina disciplinadaFoi buscando esse resultadoque o ex-aluno do ColégioAnchieta Murilo Alan, 18anos,passouaintensificarosestudos e foi aprovado emprimeiro lugar no curso deengenharia civil na Ufba.“É preciso, também, que

seja reservado um tempoparavocêepara ficar comosamigos. Fora o colégio, euestudava basicamente qua-trohoras por dia, sempre es-cutando o que os professo-res falavam e colocando emprática” , diz o estudante.Masosmétodosdeestudo

nemsempresãoosmesmos.Dependendo de cada pes-

Luciano da Matta / Ag. A TARDE

O estudante Murilo Alan foi aprovado em 1º lugar em engenharia civil na Ufba

“É importanteconciliar rotinade estudos combom hábitode leitura”MARÍLIA GALVÃO, orientadora

“O ideal é nãoolhar o estudocomo tortura,para conseguiro resultado”BRENDO WASHINGTON, estudante

soa, as estratégias paraaprendizagem são as maisdiversas. Como a estudanteBruna de Oliveira, ex-alunado Colégio Aplicação quepassou no curso de medi-cina na Ufba.“Euestudavademanhãno

colégioede tarde ficavaparao curso preparatório. Sepa-rava cerca de quatro horaspara tentar repetir, em casa,o que via na aula” , afirmaBruna.Foi para alcançar a apro-

vação, também no curso demedicina da Ufba, que JoãoTeles incluiunocotidianoosestudosentreoitoenoveho-ras de segunda a sexta e atéseis horas no domingo.“Meu estudo sempre foi

baseado em metas de pro-dutividade. Havia sempreassuntos para estudar ouexercícios para resolver, fei-togeralmentecommetasse-manais. Também adotava aestratégia de estudar os te-mas de forma extensiva,quase nunca ultrapassandouma hora emeia namesmaatividade” , explica.Brendo Washington, 18,

foi aprovado para jornalis-mo na Uesb e foi aluno doColégio Agroindustrial deItapetinga. Ele diz que estu-dava, em média, oito horaspor dia além de ler muito.“A leitura desperta. Eu

sempre procurei ler, enten-der, resumir e fichar. Bus-candosemprerelaçãodeumassunto comoutro. O ideal énãoolharoestudocomotor-tura, para conseguir o resul-tado que se espera” , conta ouniversitário.