UCAM UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

MARY CELINA BARBOSA DO NASCIMENTO

A SOCIOLOGIA SUAS REPRESENTAES E SUAS

CONTRIBUIES FORMAO CIDAD.

UCAM UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

BARBACENA, MG- BRASIL.

MAIO DE 2014

MARY CELINA BARBOSA DO NASCIMENTO

A SOCIOLOGIA SUAS REPRESENTAES E SUAS

CONTRIBUIES FORMAO CIDAD.

ARTIGO CIENTFICO ENCAMINHADO

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES -

UCAM, COMO REQUISITO PARCIAL PARA

OBTENO DO TTULO DE ESPECIALISTA

EM ENSINO DE SOCIOLOGIA.

BARBACENA, MG- BRASIL.

MAIO DE 2014.

1

A SOCIOLOGIA SUAS REPRESENTAES E SUAS CONTRIBUIES

FORMAO CIDAD.

1Mary Celina Barbosa do Nascimento

RESUMO:

O presente trabalho tem como objetivo refletir sobre os elementos que constituem as

representaes da Sociologia como cincia contempornea. Os objetivos so organizar e

desenvolver uma pesquisa bibliogrfica e documental sobre os sentidos atribudos ao

nosso papel na sociedade. Sua metodologia foi reviso de literatura nas obras de

autores como Camargo (2010), Moscovici (1978), Jodelet (2001), entre outros, quanto

aos sentidos que a Sociologia desperta visto que as pessoas vivem em grupos e vivem

de acordo com as influncias e culturas criadas ou herdadas por seus grupos de

pertena. A partir da anlise dos documentos oficiais referentes Sociologia, as

representaes sociais so conhecimentos que se acumulam a partir da experincia, das

informaes, saberes e viso de mundo que os sujeitos recebem e transmitem pela

tradio, pela educao e pela comunicao social. O estudo se justificou frente

necessidade do ser humano se tornar cidado em uma sociedade de desafios e

complexidade crescentes.

Palavras-chave: Representaes Sociais. Sociologia. Sociedade.

Introduo

O presente artigo tem como ttulo A sociologia suas representaes e

suas contribuies formao cidad devido anlise das percepes das

transformaes da sociedade, pois entendemos que, as novas geraes emergem

como uma nao, que vem discutindo e enfrentando vrias mudanas, onde

coisas novas surgem o tempo todo, assim os educadores devem compreender

1 Pedagoga. Ps-Graduada em Educao Inclusiva, Especial e Polticas de Incluso / Universidade Candido Mendes e Instituto Prominas (UCAM/PROMINAS). E-mail: marye-celina@hotmail.com

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que preciso formar cidados, capazes de compreender a realidade do mundo atravs da

criticidade e da autonomia, tendo a Sociologia como aliada.

Desde os primrdios tentamos entender qual o nosso papel para a sociedade,

com os anos, evolumos e aprendemos novas culturas, normas, e nos moldamos

conforme a necessidade. Com o passar dos anos aprendemos que o desafio conviver

com o prximo, entender qual o nosso limite, e qual o dele.

Desde o surgimento da humanidade as transformaes econmicas, polticas,

culturais e industriais evidenciam a importncia da vida em sociedade, pois a vida em

sociedade est fortemente baseada em tradies (Camargo, 2010).

A motivao para a escolha do tema reside na diversidade tnica e cultural que a

sociedade possui, onde a Teoria das Representaes Sociais caracterizam e distinguem

grupos, e o quanto os aproximam, dando condies de inteligibilidade s aes e

reaes e permitindo que os indivduos circulem e estabeleam trocas de diferentes

ordens. Dessa forma, a atribuio de sentido um processo dinmico e criativo, no qual

o indivduo se faz e se expressa como individuo social.

As representaes sociais so elementos simblicos que os homens expressam

mediante o uso de palavras e de gestos. No caso do uso de palavras, utilizando-se da

linguagem oral ou escrita, os homens explicitam o que elaboram, ou seja, suas

condies socioeconmicas e culturais. Da a importncia de conhecer os emissores no

somente em termos de suas condies de subsistncia ou de sua situao educacional ou

ocupacional. preciso ampliar esse conhecimento pela compreenso de um ser

histrico, inserido em uma determinada realidade familiar, com expectativas

diferenciadas, dificuldades vivenciadas e diferentes nveis de apreenso crtica da

realidade. Quando falamos em representaes sociais, partimos de outras premissas.

Pois elas so elaboraes mentais construdas socialmente, a partir da dinmica que se

estabelece entre a atividade psquica do sujeito e o objeto do conhecimento tendo a

relao que se d na prtica social e histrica da humanidade e que se generaliza pela

linguagem.

Em todas as sociedades, em todos os grupos humanos existem relaes entre

cultura, produtos e ideias, modos de pensar e agir criados pelo homem e as

caractersticas da evoluo dos indivduos e da espcie.

Nesta ptica, este trabalho constitui uma janela sociolgica pela qual podemos

olhar a realidade da sociedade e analisar a convivncia dos indivduos na sua

singularidade que estudado pela psicologia, e a Sociologia tem uma base terico-

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metodolgica, que serve para estudar os fenmenos sociais, tentando explic-los,

analisando os homens em suas relaes de interdependncia. Compreender as diferentes

sociedades e culturas sendo um dos objetivos da sociologia.

A presente pesquisa tem por objetivo apreender os sentidos atribudos ao nosso

papel para a sociedade, por essa razo, o conhecimento sociolgico, atravs dos seus

conceitos, teorias e mtodos, pode constituir para as pessoas um excelente instrumento

de compreenso das situaes com que se defrontam na vida cotidiana, das suas

mltiplas relaes social e, consequentemente, de si mesmas como seres

inevitavelmente sociais.

A Sociologia ocupa-se, ao mesmo tempo, das observaes do que repetitivo

nas relaes sociais para da formular generalizaes tericas; e tambm se interessa por

eventos nicos sujeitos inferncia sociolgica (como, por exemplo, o surgimento do

capitalismo), procurando explic-los no seu significado e importncia singulares, com

os anos, evolumos e aprendemos novas culturas, normas, e nos moldamos conforme a

necessidade que constituem as representaes da Sociologia como cincia

contempornea.

Os objetivos especficos sero atingidos a partir da anlise dos documentos

oficiais referentes Sociologia, sendo ela a nica cincia que tem como tema central de

estudo as interaes sociais sobre os sentidos atribudos ao nosso papel na sociedade.

As justificativas que levaram a escolha do tema foram baseadas nas

transformaes e exigncias do mundo atual, pois o ser humano desde o seu nascimento

vive em uma sociedade; a sociedade familiar. E esta ser a responsvel de introduzir o

indivduo em outras sociedades, como: escolar, cultural, religiosa, profissional etc.,

tendo frente necessidade do ser humano se tornar cidado em uma sociedade de

desafios e complexidade crescentes.

A pesquisa contribuir decisivamente para a construo do conhecimento. E a

transmisso de conhecimento, mesmo sendo essencial para a sociedade se acumulam a

partir da experincia, das informaes, saberes e viso de mundo que os sujeitos

recebem e transmitem pela tradio, pela educao e pela comunicao social.

Desenvolvimento

A disciplina Sociologia oferece uma discusso contempornea sobre o

conhecimento sociolgico, apresentando conceitos, temas e autores centrais na

definio da Sociologia.

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Optamos aqui por uma abordagem no necessariamente cronolgica ou autoral,

mas temtica. Assim a Sociologia surgiu como uma disciplina no sculo XVIII, na

forma de resposta acadmica para um desafio de modernidade: se o mundo est ficando

mais integrado, a experincia de pessoas do mundo crescentemente atomizada e

dispersada e ocupa-se, ao mesmo tempo, das observaes dos seres humanos, ajudando-

os a compreender melhor a si mesmos, seus conceitos, bem como da sociedade onde

vivem.

Conhecendo-se melhor, pode-se entender a sua maneira de agir, bem como a dos

outros membros da sociedade. Suas motivaes, seus limites e suas tradies.

Segundo Wright Mills, a sociologia no seria simplesmente uma disciplina acadmica

ou uma cincia ultrassofisticada...

A sociologia seria uma forma de argumento pblico capaz de revelar as conexes

entre transformaes na vida cotidiana e processos mais amplos de mudana histrica.

A opo pela teoria das representaes sociais justifica-se na medida em

que estas, como forma de conhecimento ajuda-nos a apreender uma verdadeira teoria

construda pelo senso comum dos sujeitos a respeito do fenmeno da formao inicial e

continuada da sociedade.

O conceito de Representaes Sociais surge do olhar psicossocial de Moscovici

(1961) realidade e implica na considerao de aspectos individuais e coletivos do

conhecimento social, registrando que o sujeito se constitui nas relaes sociais atravs

da linguagem. Para Jodelet (2001), o estudo de tais fenmenos possibilita a anlise de

diversos elementos que foram estudados isoladamente anteriormente: (...) elementos

informativos, cognitivos, ideolgicos, normativos, crenas, valores, atitudes, opinies,

imagens etc. (p.21). Estes elementos so organizados como um saber que se refere a

um estado da realidade e o conjunto desses componentes em processo configuram uma

totalidade significante na medida em que a teoria desenvolvida por Moscovici (1961)

traz luz a idia de que as representaes sociais produzem realidades e senso comum.

Analisando ainda o fenmeno das representaes sociais como construes

mentais, evidncias que fazem parte de nosso dia-a-dia, deve-se enfatizar o fato de que,

como ser social, o homem precisa ajustar-se ao mundo em que vive, sobretudo para

adequar-se a ele, no que se refere a comportamento e sobrevivncia. Isso implica uma

busca contnua de informaes sobre esse mundo, informaes essas que so de grande

importncia vida cotidiana, na medida em que instrumentalizam o indivduo para o

convvio em sociedade.

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As representaes sociais so, assim, ao mesmo tempo produtos e processos de

uma atividade de apropriao de uma realidade externa e de elaborao psicolgica e

social dessa realidade; so, portanto, pensamento constitutivo e constituinte.

Toda representao se origina em um sujeito (individual ou coletivo) e se refere

a um objeto e tem um contedo. Dependem da cultura, da comunicao e linguagem, e

da insero econmica, institucional, educacional ou ideolgica.

As representaes sociais possuem dois aspectos essenciais: os processos

responsveis por sua formao e o sistema cognitivo que lhe prprio. A elaborao e

funcionamento de uma representao podem ser compreendidos atravs de dois

processos descritos por Moscovici (1978): a objetivao e a ancoragem.

A objetivao consiste na transformao de um conceito e de uma ideia em algo

concreto. Na ancoragem procura-se relacionar o diferente, o estranho, muitas vezes,

visto como desestabilizador, em alguma categoria pr-existente, em nosso repertrio

cognitivo. Este processo dinmico permite as ligaes nos sistemas cognitivos. Para

Campos (2003), a ancoragem pode ser estudada em suas duas dimenses: a sociolgica

e a ideolgica. A sociolgica traduz as prticas desenvolvidas pelos grupos sociais e as

prticas institucionalizadas. Uma abordagem mais ideolgica abrange as representaes

sociais nos grandes sistemas de crenas.

Jodelet (1990) aprofunda a compreenso da ancoragem ao determinar trs

condies estruturantes para sua efetivao: atribuio de sentido; instrumentalizao

do saber e enraizamento no sistema de pensamento.

A representao sempre se constri sobre um j pensado. A ancoragem

relaciona-se, dialeticamente, objetivao, articulando as trs funes bsicas da

representao: a funo cognitiva de integrao da novidade, a funo de interpretao

da realidade e a funo de orientao das condutas e das relaes sociais.

Para Jodelet (1990), esse processo permite compreender como a significao

conferida ao objeto representado; como esta utilizada na orientao e interpretao de

condutas e como se d a integrao da representao em um sistema de recepo (como

influencia e influenciada pelos elementos que a se encontram).

Nesta ptica, este trabalho constitui uma janela sociolgica pela qual podemos

olhar a realidade da sociedade e analisar a convivncia dos indivduos a partir deste

fenmeno que produto de interao social dos indivduos dentro do

grupo/comunidade.

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Como se procurou demonstrar anteriormente, as representaes sociais

contribuem para definir um grupo social em sua peculiaridade, um dos instrumentos

com o qual os indivduos sociais apreendem o meio ambiente. Elas so importantes

tambm porque desempenham um papel na formao das comunicaes e aes sociais

daqueles indivduos.

Segundo Moscovici (1978), esses conjuntos de conceitos, afirmaes e explicaes, que so as representaes sociais, devem ser considerados como verdadeiras teorias do senso comum, cincias coletivas suis generis, pelas quais se procede interpretao e mesmo a construo das

realidades sociais. A propsito, quem nunca ouviu algum dizer na discusso

de um ou outro daqueles assuntos: eu tenho uma teoria sobre isso (S, 1995, p. 26).

A Teoria das Representaes Sociais foi adotada enquanto forma de

conhecimento elaborado e sistemtico, na busca da construo de uma realidade

comum, com vistas ao homem como um ser histrico-poltico-social. Sendo assim, as

RS so, ao mesmo tempo, individuais e coletivas. Logo, a ideia da representao

dialtica. O homem possui suas representaes individuais que circularo ao meio

coletivo e simultaneamente recebe influncias desse mesmo coletivo, uma vez que o

Individuo compem a coletividade e, por isso, est inserido na prpria sociedade.

Assim, parte-se da ideia de que essas relaes so fundamentais para o

entendimento do grupo, de suas aes dentro e fora dele e, tambm, que estas relaes

sociais so dinmicas, que esse dinamismo deve ser acompanhado pelo conhecimento

consensual construdo por eles. Para Moscovici (1978, p. 59),

As representaes individuais ou sociais fazem com que o mundo seja o que

pensamos que ele ou deve ser. Mostram-nos que, a todo instante, alguma

coisa ausente se lhe adiciona e alguma coisa presente se modifica.

Conhecendo as histrias de cada povo podemos entender suas razes e

compreender seus motivos, dando assim, liberdade e aceitando a sua maneira de ser. O

que para muitos normal, para outros extremamente abusivo, tanto na maneira de se

vestir como na maneira de falar. Por isso devemos respeitar as diversidades, buscando

sempre conhecer sua histria e com ela aprender um pouco mais, dando assim nossa

contribuio para a sociedade em que vivemos. O ser humano influenciado pela

sociedade em que vive.

Concluso

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A sociologia definida como processo para aprimoramento de regras normas e

valores de um determinado meio social. E este processo tem como alvo principal o

individuo.

Assim sendo, a socializao no algo simples, ela acontece por um longo

perodo na vida de cada pessoa, e tem como princpio bsico a socializao.

Precisamos compreender qual nosso papel na sociedade, e desempenha-lo da

melhor maneira possvel, respeitando sempre as normas e as leis. Com isso, ns, somos

desafiados a agir criticamente na sociedade para enfrentar as transformaes da

atualidade.

Para tanto, devemos priorizar a formao intelectual como forma de nos

tornarmos cidados crticos reflexivos e dinmicos, capacitados intelectualmente e

profissionalmente para atender as exigncias do mercado, podendo vir a atuar e

transformar efetivamente a sociedade.

As representaes sociais dizem respeito ao universo de opinies construdas,

reelaboradas e redimensionadas pelos indivduos, em relao a um determinado objeto

social, de acordo com a histria de vida de cada um.

Assim, a sociologia contempornea caracteriza-se, sobretudo, por sua tentativa

de superar as divises entre o indivduo versus sociedade.

REFERNCIAS

CAMARGO, Orson. Sociologia, Como Cincia da Sociedade, 2010 Disponvel em

http://www.brasilescola.com/sociologia/formacao-da-sociologia.htm. Acesso em 13 de

Fevereiro de 2013.

CAMPOS, Pedro Henrique. A abordagem estrutural das relaes entre prticas e

representaes sociais. In: CAMPOS. Pedro Humberto Far. LOUREIRO, Marcos

Coria da Silva (Org.). Representaes Sociais e prticas educativas. Goinia. Ed.

UCG, 2003.

JODELET, Denise (org.) Representaes Sociais: Um domnio em Expanso. In: As

Representaes Sociais. Rio de Janeiro: UERJ, 2001. Traduo.

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MOSCOVICI, S.. Attitudes and opinions. Annual Review of Psychology, p. 231- 260,

1963. In: WAGNER, Wolfgang. Scio Gnese e Caractersticas das Representaes

Sociais.

MOSCOVICI, Serge. A representao social e psicanlise. Rio de Janeiro: Zahar,

1978.

S, Celso P. Representaes sociais: o conceito e o estado atual da teoria. In:

SPINK, Mary Jane P. (Org.). O conhecimento do cotidiano: as representaes sociais

na perspectiva da psicologia social. So Paulo: Brasiliense, 1995.

MILLS, C. W. A imaginao sociolgica. Rio de Janeiro: ed. Jorge Zahar, 1965.